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�������� �������� ��� ���� ��������� �� �������������� ������������� � �������� ��������������� !� " � #��$%�������#������� ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM ÍÍNNDDIICCEE 1. Sistema Cardiovascular____________________________________________________1 1.1. Afecções----------------------------------------------------------------------------------------------------1 1.2. Manifestações Gerais---------------------------------------------------------------------------------12 1.3. Técnicas e Exames Complementares de Diagnóstico----------------------------------------14 1.4. Arritmias--------------------------------------------------------------------------------------------------17 2. Sistema Digestivo________________________________________________________19 2.1. Afecções da Boca--------------------------------------------------------------------------------------19 2.2. Afecções do Esófago----------------------------------------------------------------------------------20 2.3. Afecções do Estômago-------------------------------------------------------------------------------21 2.4. Afecções Intestinais------------------------------------------------------------------------------------23 2.5. Afecções do Fígado------------------------------------------------------------------------------------26 2.6. Cuidados de Enfermagem a Doentes Submetidos a Técnicas e Exames Complementares de Diagnóstico em Gastroenterologia-------------------------------29 3. Sistema Respiratório_____________________________________________________36 3.1. Afecções--------------------------------------------------------------------------------------------------36 3.2. Cinesiterapia Respiratória----------------------------------------------------------------------------42 3.3. Técnicas e Exames Complementares de Diagnóstico----------------------------------------44 4. Afecções do Sangue e do Sistema Reticuloendotelial__________________________54 4.1. Anemias---------------------------------------------------------------------------------------------------54 4.2. Técnicas e Exames Complementares de Diagnóstico----------------------------------------56 5. Sistema Nervoso_________________________________________________________61 5.1. Afecções--------------------------------------------------------------------------------------------------61 5.1.1. Alzheimer-------------------------------------------------------------------------------------------------61 5.1.2. AVC--------------------------------------------------------------------------------------------------------61 5.1.3. Bexigas Neurogénicas--------------------------------------------------------------------------------69 5.1.4. Esclerose Múltipla--------------------------------------------------------------------------------------70 5.1.5. Parkinson-------------------------------------------------------------------------------------------------71 5.1.6. Miastenia Gravis----------------------------------------------------------------------------------------71 6. Diabetes________________________________________________________________72 7. Afecções Oncológicas____________________________________________________79 7.1. Quimioterapia--------------------------------------------------------------------------------------------80 7.2. Fisiopatologia da Morte-------------------------------------------------------------------------------81 7.3. Cuidados Pós a Morte---------------------------------------------------------------------------------82 8. Sinais Vitais_____________________________________________________________83 9. Diagnóstico de enfermagem da N.A.N.D.A. segundo as 14 necessidades básicas de Virgínia Henderson______________________________91 10. Processo de Enfermagem_________________________________________________94 11. Exame Neurológico______________________________________________________95 12. Escala de Braden_______________________________________________________101 13. Preparação e Administração de Medicamentos______________________________103 13.1. Prevenção de Erros----------------------------------------------------------------------------------103 13.2. Componentes Essenciais das Prescrições-----------------------------------------------------103 13.3. Tipos de Prescrições---------------------------------------------------------------------------------103 13.4. Abreviaturas Mais Comuns-------------------------------------------------------------------------103 13.5. Vias de Administração de Medicamentos------------------------------------------------------100 13.5.1. Via Oral----------------------------------------------------------------------------------------------105 13.5.2. Via Oftálmica---------------------------------------------------------------------------------------107 13.5.3. Via Auricular---------------------------------------------------------------------------------------109 13.5.4. Via Nasal--------------------------------------------------------------------------------------------109 13.5.5. Via Rectal-------------------------------------------------------------------------------------------112 13.5.6. Via Vaginal-----------------------------------------------------------------------------------------113 13.5.7. Via Cutânea----------------------------------------------------------------------------------------114 13.5.8. Via Sub-cutânea----------------------------------------------------------------------------------114 13.5.9. Via Intradérmica-----------------------------------------------------------------------------------115 13.5.10. Via Intramuscular---------------------------------------------------------------------------------116 13.5.11. Via Endovenosa-----------------------------------------------------------------------------------118 14. Farmacologia___________________________________________________________119 15. Nutrientes_____________________________________________________________122 15.1. Glícidos--------------------------------------------------------------------------------------------------122 15.2. Lípidos---------------------------------------------------------------------------------------------------122 15.3. Proteínas------------------------------------------------------------------------------------------------123 15.4. Vitaminas-----------------------------------------------------------------------------------------------124 15.5. Minerais-------------------------------------------------------------------------------------------------126 15.6. Celulose ou Fibra-------------------------------------------------------------------------------------128 15.7. Água------------------------------------------------------------------------------------------------------128 15.8. Alimentação--------------------------------------------------------------------------------------------129 16. Fracturas______________________________________________________________130 17. Ligaduras______________________________________________________________132 17.1. Penso Simples-----------------------------------------------------------------------------------------133 18. Fezes_________________________________________________________________134 18.1. Enemas--------------------------------------------------------------------------------------------------135 19. Colheita Asséptica de Urina______________________________________________137 20. Algaliação_____________________________________________________________138 21. Resíduos Hospitalares___________________________________________________140 22. Dicionário_____________________________________________________________141 23. Acessos_______________________________________________________________151Pág. 1 LIVRO DE ESTÁGIO 11.. SSIISSTTEEMMAA CCAARRDDIIOOVVAASSCCUULLAARR 1.1. AFECÇÕES Aterosclerose - espessamento e endurecimento das artérias de médio e grande calibre ��Ocorre em orifícios e bifurcações das artérias aorta, femoral, carotídeas… ��Factores de risco: o Irreversíveis – envelhecimento, sexo masculino, genética; o Reversíveis – tabaco, HTA, obesidade; o Potencialmente reversíveis – hiperlipidemia (hipercolosterolemia, hipertrigliceridemia), hiperglicemia, diabetes e � HDL ��Indicador – cardiopatia isquémica (Indicador menos fiável � AVC) Arterosclerose - doença das artérias de todos os calibres. Doença das artérias coronárias - acumulação de depósitos de gordura na íntima ��O aumento lesão (placa/ateroma) � estreitamento crítico (oclusão a 75%) � diminuição fluxo sanguíneo � diminuição de O2 do miocárdio ��Lípidos (colesterol) + material fibroso (células dos músculos lisos) na íntima = DAC o aumento LDL (transporta o colesterol) lesiona a parede da íntima � estrias gordurosas ��São amarelas, planas e não produzem obstrução significativa ��As lesões desenvolvem-se entre 8-18 anos o As células nos músculos lisos da camada média da artéria desloca-se para a íntima e envolve a estria gordurosa � tecido fibroso � estimula o depósito de cálcio o A lesão continua a evoluir: estria gordurosa � placa fibrosa � DAC ��Crescimento dos vasos sanguíneos na placa fibrosa � núcleo da lesão cresce � calcifica ��Esta lesão pode obstruir � hemorragia � ulceração ��Factores de risco: o Os três principais são: colesterol, HTA e hábitos tabágicos; o Irreversíveis – idade, sexo masculino, raça e antecedentes familiares; o Potencialmente reversíveis – hiperlipidemia, diabetes mellitus, obesidade e � HDL o Outros: vida sedentária, stress e personalidade tipo A. Cardiopatia Isquémica: � Angina Pectoris � Enfarte do Miocárdio �� Angina Pectoris - isquémia miocárdica transitória devido a défice relativo de O2; quando o consumo de O2 pelo miocárdio excede o aporte ��Causas: o Obstrução/aterosclerose; o Causas cardíacas – hipertrofia ventricular, estenose aórtica, insuf.aórtica e mitral, estenose sub-aórtica hipertrofica idiopática (hipertrofia do septo); o Causas extra-cardíacas – anemia, hipertiroidismo, feocromocitoma, exercício físico, emoções, frio, após refeições; ��Mecanismos fisiopatológicos: o Aterosclerose progressiva, trombose parcial, espasmo arterial e agregação plaquetária transitória; Pág. 2 LIVRO DE ESTÁGIO ��Diagnóstico: o Clínico � DOR PRECORDIAL - aumenta com o esforço; diminui com o repouso; irradiação para região cubital do braço esquerdo (pescoço, maxilar inferior, ombro, braço, abdómen); o Laboratorial � Definitivo; Rx tórax, ECG (infradesnivelamento ST com ou sem inversão T � dor; onda Q patológica � EM antigo), teste electrocardiográfico de esforço (relação entre desconforto e sinais ECG típicos de isquémia), cintigrafia (avalia perfusão miocárdica e função ventricular esquerda), ecocardiograma (anomalias regulares parede), coronariografia (invasivo, arterioesclerose); ��Classificação: o A. Estável – surge com o esforço ou em condições que aumenta o consumo de O2; previsível; aliviada com repouso ou nitroglicerina; o A. Instável – surge com menos esforço ou repouso; dura mais tempo; imprevisível; o A. Variante ou de Printzmetal – repouso com elevação ST, sem aumento da FC e da TA; provocada por espasmo coronário; o Enfarte agudo do miocárdio; �� Enfarte do Miocárdio - lesão celular irreversível por défice absoluto O2 resultando em necrose do miocárdio (consequência de isquémia prolongada) �� Mecanismos: o Estenose por placa aterosclerótica das coronárias (oclusão por trombo; diminuição do fluxo sanguíneo para aumentar o consumo de O2; hemorragia da placa aterosclerótica; êmbolos; espasmo coronário; vasculite; fístulas); �� Manifestações clínicas: o Principal sintoma � DOR retroesternal, profunda e visceral, semelhante à dor anginosa porém mais intensa, dura mais tempo; palidez, sudorese, náuseas, tonturas, ansiedade, inquietação, sensação de morte iminente, agitação, extremidades frias; o Dispneia súbita, edema pulmonar, perda súbita de consciência, fraqueza profunda, arritmias, diminuição inexplicável da TA e morte súbita; o Hipofonese dos sons cardíacos; ritmos de galope; sopro sistólico por disfunção músculo papilar; atrito pericárdico; engorgitamento jugular (enfarteVD); �� Complicações: o Agudas ou precoces – arritmias(alterações do ritmo e condução – taquicardia sinusal; fibrilhação ventricular), choque cardiogénico (falha da bomba), IC, embolismo (pulmonar e/ou arterial sistémica), ruptura do miocárdio (dissociação electromecânica, ruptura da parede, do septo e/ou dos músculos papilares) e pericardite; o Tardias – aneurisma ventricular (área não contráctil com movimentos paradoxal; IC, maior risco de tromboembolismo), síndrome pós-enfarte tardio de Dressler, síndrome ombro-mão, hipodinamia circulatória (não adaptação da circulação a novas exigências) e psiconeurose pós-enfarte; �� Avaliação: o Identificar dor torácica: ��Natureza e intensidade; ��Início e duração; ��Localização e irradiação; ��Factores precipitantes e agravantes. Pág. 3 LIVRO DE ESTÁGIO o Questionar quanto ao estado de saúde: medicação actual (aspirina), patologias anteriores (AVC, úlcera), … o Avaliar o estado cognitivo, comportamental e emocional; o Reunir informações relativas aos factores de risco; o Identificar as reacções relativas aos familiares e pessoas significativas. �� Intervenções de enfermagem: o Dor relacionada com diminuição da perfusão sanguínea ��Reduzir a dor • Enquanto se procede a monitorização cardíaca e dos SV, manter dialogo com o doente; • Administrar nitroglicerina SL; • Avaliar novamente os SV; • Administrar morfina • diminuição a actividade simpática (VC, FR, PA, ansiedade – atenção aos doentes com DPCO, PA e idosos); • em relação a maperidina (demerol), atenção a acção vagolítica (leva ao aumento da FC) o Ansiedade relacionada com ambiente da UCI e ameaça de morte ��Aliviar a ansiedade • Explicar o equipamento utilizado e a frequência na avaliação de alguns parâmetros vitais; • Explicar a importância em limitar o número de visitas; • Permitir que exteriorize os seus sentimentos; • Observar quanto aos sinais de aumento de ansiedade (FC, PA, FR) • Administração de ansiolíticos • Explicar o motivo e objectivo da sedação; • Despiste de sinais colaterais. ��Nota: a via de eleição na administração de terapêutica é IV. o Diminuição de DC relacionado com a contractilidade cardíaca • Manter a estabilidade hemodinâmica ��Monitorização ECG contínuo (arritmias � aumento do consumo de O2, disritmias e ESSV) ��Monitorização contínua dos parâmetros hemodinâmicos • Obter leituras de PAP, CO • Calcular IC, RVS ��Monitorizar PA (aumento PA � aumento pós-carga � aumento consumo de O2; diminuição PA � diminuição perfusão coronária) e PAM ��Monitorizar FR (despiste de EAP por insuficiência ventricular esquerda) ��Observar quanto à dispneia, taquicardia, ortopneia, secreções brônquicas espumosas ��Avaliação da PVC ��Distensão jugular, pele fria, diminuição PA, auscultação pulmonar � insuficiência ventricular direita ��Avaliação de temperatura (aumento 24-48h por necrose tecidular) ��Avaliar débito urinário. Balanço hídrico rigoroso ��Avaliar os electrolíticos séricos o Intolerância à actividade relacionada com diminuição da oxigenação para realizar AVD ��Aumentar a tolerância à actividade • Garantir o repouso no leito �diminuição a FC, volume sistólico, TA � diminuiçãolesão residual � promover a cicatrização o Minimizar o ruído ambiental Pág. 4 LIVRO DE ESTÁGIO o Manter a temperatura ambiente confortável o Elaborar um plano de actividades em parceria com o doente o Promover actividades recreativas o Necessidade para modificar as actividades a curto prazo o Alternância de decúbitos • Ajudar nas AVD o Protocolo de levante o Introdução progressiva de actividades de acordo com a tolerância ��Elevação da cabeceira a 90º ��Levante para a cadeira ��Elevação dos membros inferiores o Alteração da perfusão miocárdica relacionada com aumento zona de isquémia ��Manter perfusão tecidular • Observar a persistência/reincidência da sintomatologia: sudorese, diminuiçãoPA, dor torácica o Registo ECG com 12 derivações o Oxigeno terapia o Administração de vasodilatador coronário e morfina o Prepara o doente para a cirurgia cardíaca o Adaptação individual ineficaz relacionada com ameaça da auto-estima, ruptura do padrão do sono ��Reforçar a capacidade de lidar com a doença • Escutar o doente e familiar e avaliar o grau de compreensão • Ajudar a ter uma atitude positiva • Promover um ambiente tranquilo • Despiste de sinais que evidenciem a falta de repouso/sono (irritabilidade, desorientação, diminuição da tolerância à dor) • Preparar a lata para a UCI intermédios/enfermaria o Risco de hemorragia (Fibrinolíticos) ��Prevenir a hemorragia • Avaliação de SV ��Despiste de lesões cutânea (petéquias, equimoses, hematomas) • Evitar traumatismos • Cuidado a lavar os dentes e a barbear ��Avaliar as queixas do doente a nível lombar (retro peritoneu) ��Observar os locais das diversas punções durante a fibrinólise. Pensos compressivos nos locais de acesso ��Despiste de sinais hemorrágicos: gengivorragias, hematúria, retrorragias, secreções hemáticas ��Minimizar as venopunções ��Evitar administrar medicamentos por vis I.M. ��Colheita de sangue para: tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, hematócrito e hemoglobina ��Administrar antiácidos para evitar úlceras de stress ��Evitar procedimentos invasivos (aspirações…) o Educação/Manutenção da Saúde ��Informar o doente e família relativamente: • Fisiologia e anatomia do coração • Diferença entre angina de peito e enfarte agudo do miocárdio • Processo de cicatrização do miocárdio (6-8 semanas) Pág. 5 LIVRO DE ESTÁGIO ��Instruir o doente relativamente a resposta do organismo à actividade • Explicar o conceito de que as actividades exigem diferentes gastos de oxigénio • Salientar a importância do repouso alternado com actividade • Instruir o doente a fazer a avaliação do P antes e após as actividades • Sinais que indicam uma resposta face à intolerância à actividade (pré-cordialgia, fadiga e dispneia) ��Planear um programa de aumento progressivo de actividades • Determinar níveis de actividades de acordo com o resultado da prova de esforço de exercícios de nível baixo • Estabelecer um plano de actividade segundo o nível de energia gasto por ordem crescente o Caminhar diariamente e aumentar progressivamente a distância e o tempo o Evitar actividades que promovam exercícios isométricos o Evitar trabalhar com os braços acima da cabeça o Retornar ao trabalho progressivamente o Evitar temperaturas extremas o Evitar actividades após uma refeição pesada • Retorno às relações sexuais o Se o doente tolerar a subida de dois lances de escadas, pode voltar à actividade sexual • Aconselhar a repousar 7h de sono e 2períodos diurnos de 30 min. • Dieta alimentar, pequenas refeições e várias (6-7) o Limitação de ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína • Medicação: objectivos e efeitos colaterais • Instruir quanto à seguinte sintomatologia o Pré-cordialgia não aliviada em15min. com o repouso ou nitroglicerina o Dispneia o Fadiga acentuada o Edema maleolar o Bradicardia e taquicardia o Lipotimia o Ajudar a diminuir os factores de risco ��Explicar que os factores de risco podem aumentar a probabilidade de outro EAM; ��Analisar com o doente as estratégias que possam modificar os factores de risco, ou seja, explicar que os factores de risco podem aumentar a probabilidade de outro EAM; ��Analisar com o doente as estratégias que possam modificar os factores de risco, ou seja, a adopção de estilos de vida saudáveis. Endocardite Infecciosa infecção microbiana das válvulas cardíacas ou do endocárdio na proximidade de defeitos cardíacos congénitos ou adquiridos ��E.B. sub-aguda desenvolve-se numa válvula cardíaca previamente lesada, contudo também se pode desenvolver em válvulas sãs(E.B.aguda) ��Válvula normal � lesão endotelial � deposição de plaquetas � E.trombótica não bacteriana � colonização � endocardite infecciosa � endocardite curada ��Doentes + infectados – cardiopatia valvular reumática, cardiopatia congénita(actual), próteses valvulares e endocardite infecciosa prévia; Pág. 6 LIVRO DE ESTÁGIO ��Válvulas + atingidas – mitral, mitro-aórtica, aórtica (E.B. em válvulas sãs), tricúspide(em viciados em drogas i.v.) e pulmonar(raro); ��Foco primário � dentário, amigdalino, cutâneo… ��Manifestações clínicas: o E.B.sub-aguda – inicio incidioso ��Síndrome infeccioso: anorexia, fraqueza, cefaleias, mialgias, artralgias, febre com arrepios e suores nocturnos, palidez, taquicardia, toxemia; ��Sinais e sintomas cardíacos – novos sopros doente com síndrome infeccioso ou nenhuma anomalia; perfusão duma válvula ou rotura de corda tendinosa � insuficiência cardíaca severa; o Manifestações cutâneas – petéquias, nódulos de Osler (quase patognómicos), hemorragias”em lasca”, lesões de Janeway, hipocratismo digital; o Esplenomegalia; o Fenómenos embólicos – baço (dor e esplenomegalia), rim (lombalgia, hematúria), cérebro (hemiplagia, síndromes neurológicos), MI; o Hemorragias punctiformes de Roth; Pericardite inflamação da serosa cardíaca (pericárdio) havendo a formação de um derrame rico em proteínas (exsudato) ��P.Aguda (<6sem.): o Com pequeno derrame: ��Manifestações clínicas – dor (início +/-brusco, retroesternal ou apexiana, com irradiação variável – pescoço, ombro, trapézio, epigastro, braço - e de intensidade flutuante, agrava-se com tosse, inspiração…), atrito pericárdico (início), alterações no ECG (supra-desnivelamentoST, alteração da ondaT e complexos[QRS] de baixa voltagem) ��Sintomas – anorexia, astenia, emagrecimento, taquicardia; o Com derrame significativo: ��A mais importante alteração circulatória é a restrição à distensão diastólica dos ventrículos � aumento da pressão diastólica final � aumento da pressão venosa � dispneia, aumento da pressão venosa central, engorgitamento e congestão venosa (quadro de ICC); ��Manifestações clínicas – dor, taquicardia, dispneia, diminuição da intensidade, choque ponta, não atritos, aumento da área de macicez cardíaca, baixa voltagem nos complexos[QRS], aumento progressivo da sombra cardíaca em Rx tórax, congestão venosa (aumento da pressão venosa central, engorgitamento jugular inspiratório, hepatomegalia congestiva, edema MI; ��Pericardiocentese; o Com tamponamento cardíaco � acumulação de derrame pericárdio que causa pressão, impedindo o enchimento das câmaras cardíacas e diminuindo o débito cardíaco; doente em choque devido a queda brusca de TA e débito cardíaco (ICC); ��Sintomas sub-agudos – dispneia, fraqueza e confusão; ��Exame físico – taquicardia, hipotensão, pulsus paradoxus, engorgitamento jugular, hipofonese; se sub-aguda tb edemas periféricos, hepatomegalia e ascite; ��Tratamento � pericardiocentese; Pág. 7 LIVRO DE ESTÁGIO o Tuberculosa: início incidioso; dor pré-cordial pouco intensa; tuberculose noutros órgãos;líquido punção pericárdica hemorrágico; sintomas – astenia, anorexia, emagrecimento, frutícola; o Reumática o Benigna ou idiomática � precedida de infecção vias aéreas superiores, instala-se de forma abrupta com febre e dor pré-cordial intensa. Também tosse e dispneia. o Urémica � doentes com IRC ou hemodiálise, atrito pericárdico, sem dor; o Purulenta � doente em toxémia com febre e leveda e leucocitose com neutrofilia; muitas vezes tamponamento; líquidopurulento com agente patogénico; o Neoplásica � invasão do pericárdio por células Neoplásicas; ��Derrame Pericárdico Crónico (>6meses): o Causa + frequência � tuberculose o Outras � mixedema (hipertiroidismo), neoplasias, colagenoses, quilopericárdio, infecções micóticas ou piogénicas, radioterapias, doença pericárdica pelo colesterol; o Causas com mais frequência derrame pericárdico hemorrágico � neoplasias, tuberculose, uremia, extravasamento lento de aneurisma aórtico, ��P. Constritiva Crónica (>6meses): o Ocorre quando a cicatrização d1 pericardite aguda é seguida pela obturação da cavidade pericárdica com espessamento fibrótico dos folhetos pericárdicos que forma 1 carapaça que encarcera o coração e interfere com o enchimento dos ventrículos; taquicardia compensadora; pressões ; função miocárdica normal; o Causas – tuberculose (+importante), pericardite idiopática ou virusal, neoplasias, pós- radiação/traumática/cirurgia cardíaca, colagenoses; o Manifestações clínicas – astenia, anorexia, �peso , dispneia e congestão pulmonar, engorgitamento jugular com acentuação inspiratória, pulso paradoxal, hepatomegalia congestiva, ascite, tons cardíacos abafados e batimento apical mal definido, sombra cardíaca, P.venosa central; ECG (inversãoT, P larga e entalhada), Rx tórax (calcificação pericárdica); o Tratamento – Pericardiectomia ou descorticação cardíaca completa é o único tratamento definitivo. Insuficiência Cardíaca Congestiva �� Avaliação: o Obter a história da sintomatologia, limite de actividades e respostas ao repouso o Avaliar os pulsos arteriais periféricos (qualidade e características), FC, ritmo e TA o Identificar os padrões de sono e dispositivos utilizados para dormir �� Intervenções de enfermagem: o diminuição DC relacionado com a contractilidade prejudicada e a pré e pós carga aumentada ��Manter o débito cardíaco adequado • Manter o repouso físico e emocional (diminuição W cardíaco) Pág. 8 LIVRO DE ESTÁGIO • Avaliação frequente da TA (diminuição TA � isquémia do miocárdio) e P alternante • Monitorizar para despiste de arritmias • Observar sinais e sintomas de diminuição da perfusão tecidular periférica: pele fria, palidez facial, enchimento capilar retardado. • Administração de terapêutica prescrita • Avaliar a resposta quanto ao alívio de sintomas (dispneia, ortopneia, redução de crepitação, edema periférico) o Troca gasosa prejudicada relacionada com edema alveolar (aumento pressões ventriculares) o Melhorar a oxigenação ��Elevar a cabeceira da cama (reduz o retorno venoso e alivia a congestão pulmonar) • Usar apoios como almofadas ��Auscultação pulmonar (crepitações e sibilos) ��Observar se há aumento FR (diminuição pH arterial) e padrão (Cheyne- Stokes) ��Alternância de decúbitos (atlectasias e pneumonia) ��Estimular os exercícios frequentes de respiração profunda ��Refeições fraccionadas e em pouca quantidade ��Administrar oxigénio o Excesso de volume de líquidos relacionado com a retenção de Na e água ��Restabelecer o equilíbrio hídrico • Administrar diuréticos (dar preferencialmente de manhã, já que a diurese nocturna perturba o sono) o Balanço hídrico rigoroso • Pesar diariamente • Avaliar astenia, mal-estar, cãibras (hipocalcémia) • Administração de K (agressivo para a mucosa gástrica) • Estar atento aos problemas associados à terapêutica diurética (hiponatrémia, deplecção de Mg, distúrbios de hiperuricemia) • Sinais de distensão da bexiga no homem idoso com hiperplasia da prostata • Dieta hipocalórica e hiposalina o Intolerância à actividade relacionada com dispneia e fadiga (diminuição de oxigénio) aumentada ��Melhorar a tolerância à actividade • Aumentar gradualmente as actividades o Auxiliar o doente nas AVD (a fadiga estabelece-se à medida que o dia evoluí) o Despiste de pré-cordialgias durante e após as actividades • Avaliar o P, sintomas e resposta comportamental na execução de actividade que requer mais força • Planear os períodos de repouso e equilibrá-los com a actividade • Encorajar o auto-cuidado quando tolerado • Aliviar a ansiedade nocturna, proporcionar repouso e sono (são doentes com tendência para a agitação nocturna devido a hipoxia cerebral) • Administrar sedativo para aliviar a insónia e agitação Pág. 9 LIVRO DE ESTÁGIO o Ansiedade relacionada com dispneia grave aumentada ��Controlo da ansiedade • Permitir que exteriorize os seus sentimentos • Incentivar a identificar a força de motivação e de vontade • Administração de ansiolíticos • Ensinar medida de controlo da IC e de redução de stress o Alto risco de alteração da integridade cutânea relacionada com o edema dos tecidos aumentada ��Que permaneça íntegra • Manter os membros inferiores ligeiramente elevadas com apoio de almofadas • Encorajar frequentes mudanças de posição • Atenção especial relativamente às zonas de pressão • Avaliar diariamente a integridade da pele o Educação / Manutenção da saúde aumentada ��Desmistificar o conceito de insuficiente • Explicar a diferença entre insuficiência cardíaca congestiva e ataque cardíaco ��Ensinar os sintomas de recidiva • Aumento de peso • Edema a nível dos maléolos, pés e abdómen • Tosse persistente • Cansaço, perda de apetite • Micção frequente à noite ��Revisão dos esquemas terapêuticos • Esquema terapêutico • Pesar diariamente • Efeitos adversos dos medicamentos ��Rever o programa de actividades • Aumentar a marcha e outras actividades progressivamente de modo que não produzam fadiga nem dispneia • Não ultrapassar o nível de tolerância • Evitar excessos de alimentos e bebidas • Evitar as temperaturas extremas (aumento do trabalho cardíaco) ��Restringir o sódio. Uso de condimentos, ervas e sumo de limão Valvulopatias � sopros � estenose aórtica e mitral � insuficiência aórtica e mitral �� Sopros sistólicos; diastólicos; proto…(início); meso…(meio); tele…(fim); holo…(em todo…); � No jovem é sinal de cardiopatia congénita ou reumática, enquanto que no idoso é devido a alterações degenerativas; �� Estenose (aperto da válvula): ��Aórtica (aperto saída VE) – dor torácica, síncope (perda súbita de consciência por má perfusão), IC, doença coronária, hemorragia digestiva por angiodisplasia, endocardite; o Sopro diastólico em crecendo-decrescendo e pulso tardus e parvus(amplitude diminuída, pico retardado e prolongado); ��Mitral dilatação da AE e veias pulmonares proeminentes (RX tórax); Pág. 10 LIVRO DE ESTÁGIO o Tratamento – digitálico para fibrilhação auricular, anticoagulante (varfarina); �� Insuficiência (alargamento da válvula/refluxo): ��Aórtica dilatação VE (sobrecarga de volume), eventual hipertrofia e aumento P.diastólica final; assintomática; sintomas de ICE; o Causas – febre reumática, HTA, aterosclerose, sífilis, espondilite, anquilosante; o Pressão do pulso aumentada, sopro diastólico em decrescendo(esquerda), sopro de Austin Flint devido a vibração da válvula anterior da mitral pelo jacto de regurgitação(apex); o Tratamento – vasodilatadores, cirurgia de prótese valvular; ��Mitralsobrecarga de volume VE, dilatação AE e FA; o Causas – prolapso da válvula mitral, doença coronária, calcificação do anel, doença tecido conjuntivo; o Sintomas pulmonares de IC tardios + sopro holosistólico apical; Edema Agudo do Pulmão (EAP) ��Avaliação: ��Vigilância de uma nova tosse não produtiva ��Avaliar sinais de hipoxia: agitação, confusão, cefaleias. ��Identificar factores precipitantes ��Intervenções de enfermagem: o Troca gasosa prejudicada relacionada com excesso de líquidos nos pulmões ��Melhorar a oxigenação • Administrar O2 (hipoxia e dispneia) • Promover a diminuição do retorno venoso o Sentar o doente à beira da cama com as pernas pendentes • Administração de morfina em bolus (diluída até 10cc de SF) o A morfina não deve ser administrada no caso de AVC, doença pulmonar crónica ou choque cardiogénico o Despiste da depressão respiratória o Monitorizar a PA (hipotensão) o Ter antídotos disponíveis papa a morfina - Nalaxona • Administrar diuréticos o Cateterismo vesical para controle do débito urinário o Estar atento a sinais de hipovolémia o Avaliar o K sérico o Vigiar obstrução urinária nos caos de hipertrofia prostática • Administrar broncodilatadores o Avaliar efeitos colaterais (arritmias, hipotensão e cefaleias) • Administrar cardiotonicos • Avaliar de forma contínua a resposta do doente ao tratamento o Ansiedade relacionada com angustia respiratória e receio de morte ��Diminuir a ansiedade • Permanecer com o doente e apresentar uma atitude de confiança tem um impacto positivo • Explicar ao doente a terapêutica administrada e os seus objectivos • Informar o doente e família sobre o progresso na resolução de EAP Pág. 11 LIVRO DE ESTÁGIO • Estimular que o doente e a família exteriorize os seus sentimentos o Educação/Manutenção da saúde ��Durante a convalescência, instruir o doente a prevenir recidivas de EAP: • Sintomatologia precoce • Na presença de tosse adoptar posição de doente com as pernas pendentes HTA PA sistólica� 140mmHg, PA diastólica� 90mmHg e/ou Hipertensores ��Avaliação: o Anamnese de enfermagem ��Antecedentes familiares de HTA ��Episódios prévios de HTA ��Ingestão excessiva de sal ��Anomalias lipídicas ��Hábitos tabágicos ��Episódios de cefaleia, astenia, cãibras musculares, parestesias, palpitações, sudurese, distúrbios visuais ��Medicação �aumento TA • Anticoncepcionais, esteróides • Descongestionantes nasais, supressores do apetite o Exame físico ��Auscultar a FC ��Determinar o estado mental do doente (capacidade de concentração e cálculos simples de matemática) o Avaliação de PA � 2+ avaliações PA (2min.), verificação no braço contralateral, altura, peso, circunferência da cintura, fundoscopia, exame do pescoço (sopros carotídeos, engorgitamento jugular, aumento volume tiróide), avaliação cardíaca (frequência, ritmo, tamanho, choque da ponta, clicks, sopros, 3º e 4ºsons) e pulmonar(ralas, broncoespasmo), exame abdominal(sopros, massas, aumento de volume renal, pulsação aórtica anormal), avaliação das extremidades e neurológica o Investigar causas secundárias de HTA – feocromocitoma, doença renovascular, rins poliquísticos, coartação da aorta, síndrome de Cushing, hiperaldosteronismo primário ( aldosterona Na+H2O � K+), hiperparatiroidismo, insuficiência renal, acromegalia, hipotiroidismo ( frequência cardíaca); ��Intervenções de enfermagem: o Conhecimento ineficaz relacionado com o esquema terapêutico e ao controle do processo da doença ��Fornecer informação • Explicar o significado da HTA, factores de risco e suas influências no sistema cardiovascular, cerebral e renal. Nota: os valores de TA normal (‹ 130 e ‹ 85 mmHg) e normal-alta (130-139 e 85- 89mmHg)são considerados pré-hipertensos. O risco cardiovascular aumenta a partir de 115-75mmHg, e a cada 20mmHg de aumento na sistólica e de 10mmHg na diastólica o risco cardiovascular duplica. Pág. 12 LIVRO DE ESTÁGIO • Salientar: o Que a HTA poderá ser controlada; o As consequências da HTA não controlada. • Fazer o doente reconhecer que a HTA é crónica e exige um tratamento persistente e uma avaliação periódica Tratamento eficaz � melhora a expectativa de vida • Elaborar um plano de orientação e apresentar ao doente o Comprometer a família no plano terapêutico; o Plano dietético. • Explicar o controle farmacológico da HTA o Objectivos: • É de controlar a HTA; • Reduzir a possibilidade de complicações; • Usar o nº. mínimo de fármacos com a menor dose possível. o Efeitos colaterais: • Levante gradual; • Sensação de lipotimia � deve deitar-se; • Alertar para os efeitos previstos como congestão nasal, astenia, anorexia, hipotensão ortostática. o Determinadas situações provocam vasodilatação (banho quente, clima quente, consumo de álcool e hipovolémia – desidratação, diarreia, hemorragia) o Tratamento ineficaz de esquemas terapêuticos relacionados com os efeitos colaterais da medicação e difíceis ajustes no estilo de vida ��Estimular o autocuidado • Conseguir a colaboração para mudar o seu estilo de vida adaptando-o para o tratamento; • Estabelecer um programa que se adapte às exigências individuais; • Incentivar o doente a adaptar-se às actividades e ajustá-las com esquema terapêutico instituído; • Determinar os planos dietéticos recomendados. Miocardites inflamação do miocárdio (+ frequente infecção viral aguda); pode ser precedida deinfecção devias respiratórias superiores; pode progredir para cardiomiopatia dilatada crónica; o Sintomas – febre, fadiga, palpitações, sintomas d IC; o Laboratório - CPK-MB; o ECG(alterações transitórias d ST-T), Rx tórax(cardiomegalia), ecocardiograma(depressão de função VE); o Tratamento – repouso, = ICC. 1.2. MANIFESTAÇÕES GERAIS Dispneia • Esforço respiratório exagerado • Sensação de desconforto associado à respiração • Associada a insuficiência ventricular esquerda (aumento da pressão auricular esquerda; aumento pressão venosa capilar; aumento da congestão pulmonar) • TIPOS (de esforço; ortopneia; dispneia paroxística nocturna; respiração Cheyne-Stokes) • Avaliação de Enfermagem: • O que provoca? Posição adoptada? Coloração da pele e mucosas? Pág. 13 LIVRO DE ESTÁGIO Dor torácica • Causas cardíacas • Isquémia (aumento das necessidades de fluxo sanguíneo e de O2 nas coronárias) • Dor lacinante (com irradiação para as costas e os flancos- dissecção aneurisma da aorta) • Dor pré-cordial em pontada (sobre a área cardíaca; com irradiação para ombro esq. e parte superior das costas agravada com a respiração- Pericardite aguda) • Avaliação de Enf.: • Localização da dor e irradiação • Características da dor • Sinais e sintomas (sudorese, vertigens, náuseas) • Quando surge, duração e factores precipitantes (respiração, tosse, deglutição, caminhadas) Palpitações • Batimento rápido e perceptível pelo dte, vigoroso ou irregular • Sensação de pressão agitação • Pode estar associada a ansie//, febre, aneurisma, etc • Avaliação de Enf.: • Avisar o médico • Registo ECG, TA e P • Identificar associação de vertigem, dor torácica, dispneia Edemas • Ascite, Derrame Pleural; Anasarca Fadiga (Débito cardíaco baixo) • Vertigens e desmaios (por diminuição débito cardíaco ou secundária a arritmias, bloqueios) Temperatura e coloração da pele • Ruborização, palidez, cianose ou icterícia • Pele húmida, fria, pegajosa, quente ou seca (lobo da orelha, unhas, palma das mãos) Hemoptises • Sangue escuro na expectoração (estenose mitral, embolia ou enfarte pulmonar) • Expectoração rósea-espumosa (edema agudo do pulmão) • Hemoptisefranca-sangramento bastante abundante – (Patologia pulmonar) Dor e desconforto abdominal • Dor no epigastro (distensão hepática) • Dor abdominal interna (dissecção da aorta abdominal ou rotura aneurisma) • Dor abdominal intermitente (insuficiência circulatória da artéria mesentérica) Outras manifestações • Distensão das veias do pescoço (reflexo hepato-jugular) • Dedos em baquete de tambor (pode ser genética) • Icterícia Pág. 14 LIVRO DE ESTÁGIO 1.3. TÉCNICAS E EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Angiografia Injecção de produto de contraste no sistema vascular, procurando visualizar o coração e grandes vasos. Preparação: • Jejum (prevenção da aspiração vómito) Após a realização do exame: • Avaliação de SV 15/15 minutos • Vigiar hemorragia no local da punção • Vigiar pulso e coloração das extremidades • Estar atento a possíveis cefaleias e desconforto • Recomendar repouso Cateterização cardíaca Introdução de cateter no coração ou vasos: • Avaliar saturação e pressão de O2 • Detectar “shunts” • Colher sangue • Determinar o débito cardíaco ou fluxo sanguíneo Complicações: • Alergias, arritmias, espasmos, tromboflebite, infecção, perfuração e tamponamento Intervenções de enfermagem: Antes da cateterização • Qual a abordagem (normalmente é a femoral – dta ou esq) • Suspensão da hidratação oral • Detectar alergias • Avaliar pulso distal • Alertar para o posicionamento em decúbito dorsal prolongado • Possibilidade de extrassístoles • Tosse, calor • Remoção de próteses Após cateterização • Registar SV 15/15 minutos • Vigiar hemorragias, edema e dor • Dor torácica (Enfarte?) • Recomendações Pericardiocentese Punção do saco pericárdico com o objectivo de remover fluidos e, por esse meio aliviar o tamponamento cardíaco. Manifestações clínicas de tamponamento cardíaco: • Aumento da pressão venosa • Diminuição da tensão arterial Pág. 15 LIVRO DE ESTÁGIO • Coração pequeno e “imóvel” • “Pulsus Paradoxus” – uma diminuição anormal da PA sistólica durante a inspiração Avaliação do pulso paradoxal: • Colocar o doente em posição deitado • Insufle o manguito do aparelho de TA até desaparecerem os ruídos Korotkoff, esvazie lentamente o manguito • Uma diminuição de 10 mmHg ou + na PA sistólica a cada inspiração é o indício paradoxal, ou uma diminuição na amplitude (palpável no pulso) durante a inspiração pode ser percebida quando o declínio é menor ou igual a 15 mmHg • Distensão (engurgitamento) das jugulares e aumento da pressão venosa com a inspiração (sinal de Kussmal) • Dispneia, taquipneia • Palidez ou cianose • Postura característica: sentado e inclinado para a frente; choque Locais de punção: • Subxifóide: introduz-se a agulha entre o bordo costal e o apêndice xifóide • Junto ao ápice cardíaco • No 5º ou 6º espaço intercostal esquerdo rasando o esterno • No 4º espaço costal dto próximo ao esterno Material: • Tabuleiro esterilizado • Agulha adequada • Desinfectante • Luvas esterilizadas • Seringa 20 cc • Anestésico local + seringas + agulhas • Electrocardiógrafo e/ou monitor cardíaco • Carro de emergência • Frascos esterilizados para colheita • Pinças esterilizadas Cuidados de enfermagem: Antes da punção: • Administrar pré-medicação de acordo com a prescrição • Cateterizar uma veia e colocar infusão de soro glicosado 5% (ou NaCl 0,9% se diabético) • Colocar o doente numa posição confortável, elevando a cabeceira da cama num ângulo de mais ou menos 60º • Monitorizar o doente • Prepara e testar o desfibrilhador para qualquer eventualidade • Prepare 1 “pace-maker” • Abrir o tabuleiro do material usando técnicas assépticas Durante a punção: • Desinfectar o local da punção e colocar 1 campo estéril para anestesiar o local de seguida • Adaptar a uma torneira de 3 vias, uma seringa e uma agulha • Introduz-se lentamente a agulha ligada a uma derivação pré-crondial até se obter líquido e aspirar-se lentamente Pág. 16 LIVRO DE ESTÁGIO • Observar continuamente a PVC, a PA e o traçado ECG (despiste de ESSV, supra desnivelamento de ST e aumento do espaço PR) • Se existir grande quantidade de líquido, pode ser drenado através de 1 cateter para 1 sistema (frasco) de drenagem • Observar a presença de líquido sanguinolento. Se houver 1 rápido acumulo de sangue � coração atingido � tracotomia e cardiorrafia imediata • Valorizar as queixas do doente Após a punção: • Colocar penso compressivo no local da punção • Enviar o doente para uma UCIC • Despistar aumento da PVC e diminuição da TA • Despistar recidiva do tamponamento cardíaco • Avaliação das complicações: • Punção cardíaca involutiva • Arritmias • Punção do pulmão, estômago ou fígado • Laceração das artérias coronárias ou do miocárdio • Prepara o doente para drenagem cirúrgica do pericárdio se: • Há acumulação repetida de líquido pericárdico • A aspiração (drenagem) foi mal sucedida • Surgirem complicações • Enviar amostra ao laboratório, devidamente rotuladas • Registos Pressão venosa central (PVC) Pressões na aurícula dta ao nível da veia cava superior. Fornece-nos informação relativa ao volume de sangue circulante, do tónus vascular e até certo ponto à função cardíaca. Os valores normais da PVC 5 a 10 cmH2O. Dever-se-á valorizar uma alteração da PVC de 5 para 10, num período de meia hora, apesar de ambos os valores serem normais. Factores que afectam a PVC: • Volume de sangue em circulação • Função de bombeamento do lado direito • Grau de vasoconstrição periférica Para se conseguir a leitura da PVC introduz-se 1 cateter através de uma veia que segue através da veia cava superior até à aurícula dta. O cateter está conectado, através de uma torneira de 3 vias, a uma infusão intravenosa (SF heparinizado) e 1 manómetro de H2O. Como fazer a leitura da PVC: • Certificar-se que o ponto zero do manómetro se encontra ao nível médio auricular. Este posicionamento deve ser sempre aferido antes de se efectuar a medição (fiável até uma elevação de 45º) • Abre-se a torneira para o manómetro que se enche com o soro • Volta-se a torneira para a linha venosa (doente). O nível do líquido do manómetro deve flutuar a cada respiração • Deixa-se estabilizar o SF antes de se fazer a leitura, e utiliza-se o nível + elevado do SF que flutua na coluna Pág. 17 LIVRO DE ESTÁGIO Negativo �Neutro Positivo • Após a leitura, volta-se a torneira para a posição da solução e a infusão prossegue • Para que a leitura seja exacta, o doente deve estar descontraído • O local de inserção do cateter deve ser correctamente desinfectado e com penso • Os movimentos não são limitados, desde que se mantenha a infusão e as tubagens correctamente fixadas • Executar o penso no local da punção Medidas para minimizar o risco de embolia gasosa: • Utilização exclusiva de conexões Luer-Locque (conexões que têm 1 sistema de rosca) • Evitar o sistema de iv muito compridos • Usar tampas de rosca nas torneiras de 3 vias No caso de embolia gasosa: (angústia respiratória e colapso cardiovascular) • Administração de O2 a 100% • Decúbito em Trendelenburg lateral esquerdo Interpretação do traçado PVC: • Onda a – contracção auricular e segue-se à onda P do ECG • Onda c – encerramento da válvula tricúspide e corresponde ao intervalo QT do ECG • Onda v – enchimento da aurícula e aumento da pressão contra a válvula tricúspide encerrada no início da diástole ECG O comprimento de uma quadrícula grande corresponde ao de 5 pequenas. 1 mm = 0,04 segundos ; 5 mm = 0,2 segundos Determinação da frequência cardíaca:• O nº de intervalos RR em 6 segundos vezes 10 (6 seg = 30 quadrículas) • 300 dividido pelo nº de quadrículas grandes entre os complexos QRS • 1500 dividido pelo nº de quadrículas pequenas existentes entre os complexos QRS 1.4. ARRITMIAS • Onda P – representa a activação eléctrica ou despolarização das aurículas e tem origem no nódulo SA • Complexo QRS – representa a despolarização dos ventrículos. Qualquer deflexão positiva dentro deste complexo é denominada onda R. A deflexão negativa que precede uma onda R é chamada onda Q. A deflexão negativa que segue uma onda R é chamada onda S • Onda T – representa a recessão da despolarização ou repolarização dos ventrículos • Intervalo PR (PQ) – representa o tempo que leva a despolarização auricular e a condução do impulso através do nódulo SA. O segmento PR regista um atraso fisiológico na transmissão do impulso devido ao nódulo SA Monitorização Pág. 18 LIVRO DE ESTÁGIO • Segmento ST – representa o período de inactividade eléctrica depois de todo o miocárdio ter sido depolarizado • Intervalo QT – representa o tempo necessário para a despolarização e repolarização dos ventrículos, isto é a duração da sístole eléctrica • Intervalo TP – representa o estado de repouso do miocárdio durante o qual não existe actividade eléctrica, de tal modo que o traçado é uma linha horizontal denominada de linha de base ou isoeléctrica • Intervalo PP – no ritmo sinusal regular, é a distância entre duas ondas P sucessivas (também nos podemos guiar pelas R) Determinação da frequência cardíaca: • O número de intervalos RR em 6 segundos vezes 10 (no ritmo irregular) • 300 divididos pelo número de quadrículas grandes entre os complexos QRS (no ritmo regular) • 1500 divididos pelo número de quadrículas pequenas entre os complexos QRS Tipos de arritmias: • Bradicardia sinusal – ritmo sinusal abaixo de 60 • Taquicardia sinusal – ritmo sinusal acima de 100 • Extrassístole ventrícular – batimentos isolados e precoces, originados num foco ectópico auricular, mantendo-se o ritmo sinusal. O ritmo regular é interrompido por uma onda P prematura e anormal, seguida por uma pausa compensatória • Fibrilhação auricular – representa uma contracção desorganizada e descoordenada do músculo auricular devido a vários focos ectópicos, tornando impossível a propagação organizada da despolarização. Pequenas porções musculares são activadas individualmente provocando espasmos e não uma contracção eficiente. A frequência é de 100 a 180 • Flutter auricular – vibração regular e rápida da auricula. Esta é causada por um trajecto circular fixo, através da qual a onda de despolarização desloca-se continuamente. A frequência é de 250 a 300. Necessária cardioversão • Extrassístole ventricular – causada por um impulso ectópico isolado originado nos ventrículos. Se os batimentos forem idênticos, são unifocais. Se não o forem, são multifocais • Taquicardia ventricular – semelhante à auricular, no entanto ocorre no nódulo SA e nos ventrículos • Fibrilhação ventricular – resultante de múltiplos focos ventriculares, impedindo um enchimento correcto do ventrículo. Necessária cardioversão Pág. 19 LIVRO DE ESTÁGIO 22.. SSIISSTTEEMMAA DDIIGGEESSTTIIVVOO 2.1. AFECÇÕES DA BOCA Estomatites (“aftas”) Causas Tratamento • Vírus • Insuficiências nutricionais • Traumatismo mecânico (prótese ou aparelhos dentários) • Terapêutica citotóxica • Higiene oral • Medidas profiláticas • Suplementos nutricionais, se necessário • Terapêutica farmacológica Cancro oral Intervenções de enfermagem: Pré-operatório • Idêntico a qualquer cirurgia geral, em especial • Higiene oral cuidada para minimizar complicações pós-operatórias (risco potencial de infecção) • Apoio psicológico (aparência desfigurada e tende a afastar-se das pessoas – hálito, baba, aparência; estimular apoio familiar; inspirar confiança no tratamento) • Promover boa nutrição • Preparar para dificuldades de comunicação no pós-operatório (leitura dos lábios, sinais manuais e leitura) Pós-operatório • Evitar complicações respiratórias e circulatórias • Aspirações frequentes • Funcionamento de drenagem • Despiste de hemorragias e hematomas (dificuldade respiratória) • Manter cuidados de higiene • Proporcionar nutrição adequada • SNG ou parenteral • Balanço hídrico • Iniciar refeições pequenas e frequentes e vigiar reacções • Encorajar o doente a auto-cuidar-se • Reabilitar e prepara para a alta • Integrá-lo com outros doentes semelhantes • Atenção especial à fala, se ficou afectada (colaboração terapêutica) • Alimentação que lhe é recomendada • Higiene cuidada • Estimular convívio com amigos • Informar das complicações • Consultas periódicas • Ensino sobre próteses se houver Medidas preventivas: • Eliminar causas de irritação crónica (tabaco, álcool, café, etc) • Boa higiene oral • Eliminar alimentos muito condimentados Pág. 20 LIVRO DE ESTÁGIO 2.2. AFECÇÕES DO ESÓFAGO Perfurações Causas: • Situações espontâneas (vómitos) • Iatrogénica (endoscopias, dilatação do esófago, intervenção cirúrgica – vagotomia, reparação de hérnia do hiato, cirurgia mediastinica e pulmonar) • Traumatismos fechados ou penetrantes do tórax • Úlceras profundas ou queimaduras causticas ou corpos estranhos deglutidos Sinais e sintomas: • Dor em queimadura ou em dilaceração subesternal baixa que pode irradiar para o pescoço, costas, ombro esquerdo • Segue-se taquipneia, dispneia, dor pleurética • Disfagia e odinofagia • Pode haver dor à palpação abdominal se a rotura for no esófago intra-abdominal • Presença de ar no espaço peri-esofágico e contaminação do mediastino • Diaforese, febre, taquicardia, hipotensão, enfisema subcutâneo • Hipoventilação, drenagem pleural • Hidropenumotórax (se houver ruptura da pleura média) Queimaduras cáusticas do esófago A extensão da lesão depende da substância ingerida, do tempo de exposição e da quantidade ingerida. As lesões instalam-se em pouco tempo (< 1 min) e originam destruição celular (necrose), trombose vascular, invasão bacteriana. Estenose fibrótica – todas situações graves que podem levar a perfuração. Sintomas: Fase aguda Fase crónica • Odinofagia • Dificuldade respiratória e rouquidão (se lesões da laringe) • Dor no pescoço e tórax • Febre e taquicardia (invasão bacteriana) • Obstrução do esófago com disfagia secundária ao edema • Podem surgir sintomas respiratórios, se aspiração por vias aéreas • Proliferação de tecido de granulação e fibrose que leva a disfagia progressiva na 5ª ou 6ª semana • Infecção mediastínica • Infecção pulmonar – se formação de fístula traqueobrônquica • Hemorragia maciça – se formação de fístula no S. cardiovascular Diverticulite e perturbação da motilidade (acalásia, espasmos) • Refeições liquefeitas na fase aguda • Permanecer erecto após as refeições • Evitar compressão abdominal (atenção roupa apertada) • Refeições pequenas e frequentes • Alimentação por sonda ou parenteral SOS Pág. 21 LIVRO DE ESTÁGIO Refluxo gastroesofágico / esofagite de refluxo Sinais e sintomas: • Pirose (agrava com o decúbito lateral dto, inclinado para a frente, refeições abundantes em gorduras, café, álcool e tabaco e com esforços – tosse, defecação - ; alivia com a ingestão de H2O e/ou antiácidos) • Regurgitação • Odinofagia • Disfagia • Queixas respiratórias (tosse nocturna) • Laringite crónica • Dor torácica • Hemorragia (habitualmente crónica)Complicações: • Estenoses (devido à formação tecido fibroso) • Úlcera esofágica (dores intensas, odinofagia, disfagia, regurgitação, etc) • Perfuração • Carcinoma Tratamento e intervenções de enfermagem: Medidas gerais • Refeições pequenas e frequentes, sendo a ultima 2 a 3 h antes deitar • Os obesos deverão perder peso (para diminuir a pressão abdominal) • Elevar a cabeceira da cama (cama articulada ou com tacos, não com almofadas) • Evitar roupas apertadas e obstipação • Evitar trabalhos que obriguem a permanecer dobrados pela cintura ou a levantar pesos • Evitar gorduras, chocolate, álcool, bebidas gasosas, sumos de citrinos, tomate e café (substâncias que irritam a mucosa esofágica e provocam dor) Suspender medicamentos susceptíveis de contribuir para o refluxo gastro-esofágico (diminuir a tonicidade esfincteriana) Terapêutica medicamentosa Cirurgia 2.3. AFECÇÕES DO ESTÔMAGO Gastrite Tratamento e intervenção de enfermagem: 7 Pausa alimentar na fase aguda (alimentação parenteral) 7 Doente em repouso 7 Vigiar sintomatologia e cuidados inerentes 7 Administrar terapêutica 7 Reiniciar dieta progressiva e vigiar reacção do doente 7 Ensino sobre dieta, álcool, café, tabaco, para evitar recidivas Doença ulcerosa (gástrica e duodenal) Manifestações clínicas (duodenal): • Dor epigástrica (90 min a 3h após as refeições)- a dor diminui qd o dte come • Azia • Hemorragia digestiva (Hematemeses e melenas) Pág. 22 LIVRO DE ESTÁGIO • Dor à palpação epigastro e hipocôndrio direito • Assintomática Manifestações clínicas (duodenal): • Dor epigástrica; • Náuseas e vómitos; • Emagrecimento; • Hemorragia digestiva Cuidados: • Mastigar bem e devagar • Cumprir terapêutica (sintomática ou de cura) • Repouso, sobretudo na fase aguda (físico e emocional) – a duodenal está relacionada com o stress • Dieta – tanto quanto possível deve ser normal (excepto na fase aguda), mas simples e com 5 a 6 refeições dia • Evitar excitantes de secreção gástrica como chá, café, álcool e condimentos • Evitar o tabaco • O teor em fibras parece também reduzir o nº de recidivas • Evitar factores que agravam a situação (medicamentos, stress…) • Estar atento a sintomatologia: dor Carcinoma, azia, digestão difícil, mau estar, alteração nas fezes • Reconhecer complicações Complicações da doença ulcerosa: • Hemorragia Manifestações clínicas Intervenção de enfermagem • Hematemeses, melenas, sangue oculto • Alterações dos SV (sinais de estado de choque se hemorragia grave) • É uma situação que exige tratamento médico ou cirúrgico urgente • Repouso no leito • Dieta zero • Lavagem gástrica com H2O ou soro fisiológico gelado e deixar em drenagem livre • Repor volume sanguíneo • Oxigenoterapia • Monitorizar doente: SV, coloração e temperatura da pele, débito urinário, estado de consciência, gasometria, hematócrito e hemoglobina • Vigiar fezes: características, nº, quantidade • Tratamento farmacológico • Cuidados cirúrgicos: pré e pós-operatório • Terapêutica endoscópica • Estenose pilórica Manifestações clínicas Intervenção de enfermagem • Vómitos • Anorexia • Emagrecimento • Anemia • Obstipação • ENG e aspiração do conteúdo gástrico (para descompressão) • Lavagem gástrica até o conteúdo sair claro • Administrar terapêutica prescrita • Hidratação parentérica para correcções electrolíticas Pág. 23 LIVRO DE ESTÁGIO • Perfuração Manifestações clínicas • Início súbito • Intensa dor epigástrica que irradia para a parte superior do abdómen, ombro e depois para todo o abdómen • Reacção peritoneal (dor à descompressão, ventre em tábua silêncio abitual, sinais de choque) • Doente permanece imóvel para evitar dor • Presença de ar infradiafragmático no RX em pé (confirma) 2.4. AFECÇÕES INTESTINAIS Diarreia Ter em atenção a parte psicológica, pois há mecanismos psicossomáticos que produzem alterações intestinais. • Repouso nos períodos agudos • Assegurar dieta específica ( diminuição resíduos; se há esteatorreia diminuição a gordura; diminuiçãoou retirar o leite e lacticínios se há intolerância à lactose; se doença celíaca suprimir glúten; proteínas e calorias em quantidades adequadas; evitar álcool, café, condimentos e tabaco) • Fazer balanço hídrico • Sinais Vitais • Pesquisar desidratação (podem ser necessários líquidos EV) • Administrar terapêutica – sintomática e curativa • Pode haver necessidade de alimentação parentérica • Se necessário prestar cuidados de higiene e conforto, evitar maceração da pele • Registos rigorosos – sintomatologia e dejecções Síndrome de má absorção Locais de absorção: • Parte proximal do intestino delgado: Ca, Fe, ác. Fólico, vitaminas do complexo B, monossacarinas, xilose • Parte média do intestino delgado: lípidos, ác. Aminados • Parte distal do intestino delgado: vit. B12, sais minerais Manifestações clínicas: Sintomas digestivos • Diarreia Podem surgir em alternância • Obstipação • Fezes – amarelo acinzentadas e brilhantes (gordas) – geralmente volumosas, moles, gordurosas e flutuam na H2O • Dor abdominal – cólica ou sensação de mal-estar • Borborigmos – ruídos hidroaéreos (fezes líquidas e ar) Pág. 24 LIVRO DE ESTÁGIO Sintomas precoces • Alteração da consistência e do volume das fezes que se tornam moles, pastosas, abundantes, maior nº de dejecções • Fadiga fácil, desinteresse • Bordos da língua lisos e com “boqueiras” Outros sintomas • Astenia, anorexia, emagrecimento • POR xs febre • Nervosismo, irritabilidade, depressão • Sintomas neurológicos (parestesias e neuropatias periféricas - diminuição B12) • Dermatites (diminuição PP) • Glosite (diminuição proteínas e gorduras) • Hemorragias (diminuição vit. QUE) • Anemia (diminuição B12, ferro, ác. Fólico) • Alterações ósseas (diminuição Ca) Obstipação Tratamento e acção de enfermagem: • Tratar patologia de base se secundária a alguma doença • Se obstipação aguda não orgânica (enemas de limpeza ou laxantes por curto período de tempo) • Se obstipação crónica não orgânica (aumento do conteúdo de firas) • Alimentos com resíduos (fibras e vegetais) • Consumo de cereais • Frutos secos na dieta • Aumento na quantidade de líquidos ingeridos • Evitar sedentarismo e programas de exercício físico segundo idade e condições do paciente • Acostumar o organismo a uma dejecção diária a uma hora fixa do dia • Utilização de laxantes, polissacáridos não digeríveis que aumentam a massa fecal e diminuem a sua consistência • Lubrificantes (azeites minerais) Doenças inflamatórias intestinais • Colite ulcerosa • Inflamação da mucosa, ulcerações múltiplas, abcessos criptais, fibrose, retracção longitudinal, colón em “cano de chumbo”, ilhas de regeneração circundadas por áreas ulceradas e desnudadas surgem como pseudopólipos. Displasia e risco de carcinoma. • Uniformidade e continuidade, s/ áreas intercalares de mucosa normal Manifestações clínicas: • Diarreia sanguinolenta • Dor abdominal • Febre • Perda de peso • Obstipação, Tenesmo (falsa vontade de defecar) – Rectite Pág. 25 LIVRO DE ESTÁGIO Tratamento e acção de enfermagem: • Repouso • Dieta sem resíduos e sem leite • Medicação: salazopina, prednisolona, clister de retenção com corticosteróides • Poderá haver necessidade de suprimir alimentação temporariamente e fazer alimentação parenteral • Estar atento a complicações (perfurações, hemorragia, megacólon tóxico), actuar de acordo com os sintomas • Se necessário, cirurgia para extracção do cólon, com ou s/ colostomia ou iliostomia– cuidados inerentes • Doença de Crohn • Inflamação de todas as camadas da parede intestinal – Transmural • Intestino espessado com estenose do lúmen • A mucosa pode estar normal e em casos avançados a mucosa tem aspecto nodular, em “paralelipípedo”- resultado do espessamento da submucosa e ulceração da mucosa que pode resultar em fístulas e fissuras • Doença descontínua • Presença de granulomas Manifestações clínicas: • Diarreia (com frequência s/ sangue) • Dor abdominal na fossa ilíaca direita • Febre • Perda de peso • Obstrução intestinal (estenoses) • Formação de fístulas • Perturbação intestinal • Cálculos biliares • Cálculos de oxalato na urina Tratamento e acção de enfermagem: • Idênticos aos da colite ulcerosa • Repouso • Alimentação pobre em resíduos e hipercalórica • Correcção dos desequilíbrios nutritivos e electrolíticos • Pode ser necessário a intervenção cirúrgica e alimentação parenteral Enterocolite pseudomembranosa Sinais e sintomas • 2 a 3 dejecções semissólidas ou líquidas por dia • Desidratação pela diarreia grave • Dor abdominal • Febre Complicações • Desequilíbrio hidroelectrolítico • Megacólon tóxico • Perfuração e peritonite Pág. 26 LIVRO DE ESTÁGIO Tratamento e acção de enfermagem • Suspender antibióticos • Administrar líquidos • Monitorizar equilíbrio hidroelectrolítico e SV • Cuidados com a pele (região perineal) • Controle de infecção • Batas para o pessoal • Luvas para cuidados de higiene • Lavagem frequente das mãos do pessoal e do doente • Eliminar material contaminado • Esterilizar objectos contaminados • Tratamento farmacológico • Vigiar dor e distensão abdominal. SNG em SOS • Preparar para cirurgia em SOS Hemorróides Sintomas • Prurido • Prolapso • Dor anal • Rectrorragias Tratamento e acção de enfermagem • Medidas de higiene e dietéticas • Evitar obstipação, treino intestinal diário • Tratamento farmacológico, heparina local 2.5. AFECÇÕES DO FÍGADO Hepatite A (doença de declaração obrigatória) Transmissão orofecal. Tratamento e acção de enfermagem: • Observação para despiste de complicações • Actuar perante sintomatologia • Repouso na fase aguda, iniciar actividade de forma progressiva • Dieta – pequena quantidade e frequente, hipolipídica, hipercalórica, eliminação de bebidas alcoólicas • Suspender outro tipo de medicação (se possível) • Boa higiene oral e corporal (unhas curtas) • Vigiar funcionamento intestinal e evitar obstipação, vigiar características das fezes e urina • Fazer balanço hídrico • Evitar contaminação com produtos excretados pelo indivíduo e praticar medidas higiénicas após manipulação com o doente Pág. 27 LIVRO DE ESTÁGIO Hepatite B Vias de transmissão: • Horizontal • Directa de indivíduo para indivíduo (via parentérica) – transmissão de sangue ou derivados; indivíduos que manipulam sangue; doentes hemodializados; toxicodependentes; tatuagens, lâmina de barbear, escova de dentes…; seringas abandonadas; cirurgia oral (cada vez -) • Via não parentérica – sexual (homo ou hetero); difusão intra-familiar por contacto (oral, genital ou orogenital) • Vertical • De mães portadoras para o recém-nascido – por via transplacentária; durante o parto Hepatite C Transmissão: Percutânea; (Perinatal; Sexual – com co-infecção HIV e altos níveis de virémia; risco +/- 5%) – (picada acidental em material contaminado - pessoal de saúde) Cirrose hepática Manifestações clínicas • Hepatomegália e esplenomegália • Edemas dos membros inferiores • Icterícia • Circulação colateral • Anorexia, astenia e desnutrição • Varizes esofágicas e do fundo gástrico • Aranhas vasculares cutâneas • Eritema palmar e retracção da aponevrose palmar • Alterações do sistema piloso (rarefeito) • Perturbações circulatórias • Perturbações hematológicas (anemia, trombocitopneia) • Perturbações endócrinas (feminização, ginecomastia, hipogonadismo) • Perturbações digestivas (refluxo gastro-esofágico, gastrite, colelitíase e diarreia) • Perturbações renais (quando há insuficiência hepática) Alterações laboratoriais: • Hipoprotrombinémia - diminuição fibrinogénio, diminuição factor II (protrombina), diminuição tempo de protrombina • Hipoalbuminémia ou hipergamaglobulinémia • Hiperbilirubinémia • aumento fosfatase alcalina • aumento transaminases O doente pode morrer de insuficiência hepática: • Astenia • Delírio • Convulsões • Coma Pág. 28 LIVRO DE ESTÁGIO Tratamento e acção de enfermagem: • Prepara o doente para exames laboratoriais e radiológicos • Avaliar estado de consciência e necessidades nutricionais • Controlar ingestão, eliminação e peso (detectar edemas e ascite) • Atender à anorexia • Observar apele e controlar prurido (se icterícia), higiene cuidada e unhas curtas • Estar atento a complicações: hemorragias (epistaxis e gengivorragias), hematemeses, melenas, equimoses • Avaliar SV • Observar fezes e registar características • Evitar traumatismos • Estar atento a alterações neurológicas/consciência • Repouso • Prevenir alterações da pele Complicações: • Ascite • HDA • Encefalopatia portos sistémica (ou hepática) Tratamento da ascite • Repouso melhora a circulação renal e aumenta a diurese • Dieta hipossalina rigorosa • Restrição de carne e peixe e eliminação do leite na fase aguda, mas que se vai introduzindo posteriormente • Controlo e registo do peso (evitar perder + que 800 gr/dia) • Avaliar e registar perímetro abdominal • Avaliar e registar SV • Diuréticos • Cuidados inerentes à sua administração • Fazer balanço hídrico para evitar hipovolémias • Atenção aos sinais de hipocaliémia • Paracentese evacuadora • É de efeito transitório • Pode desencadear complicações (hipovolémia e espoliação proteica) • Usa-se como medida para casos de compromisso respiratório e mesmo assim com drenagem lenta ou limitada (1 a 3l no máximo) • Prevenir alterações da pele – posicionamentos, higiene e protecção das zonas de pressão • Atenção à parte psicológica do doente (alterações da auto-imagem) • Estar atento a hematemeses e melenas, sinais neurológicos e estado de consciência Encefalopatia porto sistémica ou hepática Alterações psíquicas e neurológicas que acompanham a insuficiência hepática aguda e crónica. Vai desde perturbações da consciência até ao coma profundo (coma hepático). Alterações do metabolismo da amónia. • Tratamento e acção de enfermagem • Repouso no leito • Despiste de hematemeses e melenas Pág. 29 LIVRO DE ESTÁGIO • Avaliar e registar SV • Detectar precocemente sinais e sintomas de alterações de consciência, intelectuais, comportamento e neuromusculares • Fazer esvaziamento intestinal (laxantes, enemas de limpeza) • SNG, aspiração e lavagem gástrica para retirar sangue se houver hemorragia • Controlo hidroelectrolítico (normalmente algaliar) e glicémico • Controlo de potenciais infecções • Administrar medicação prescrita • Atenção às diarreias que são ácidas e lesam a mucosa e pele devendo ter bons cuidados de higiene • Redução do aporte proteico a zero • Cuidados de higiene orais • Se agitação psicomotora proteger com grades laterais ou imobilizar em SOS com devidas protecções, administrar terapêutica em SOS (anticonvulsivos) • Informar familiares da situação do doente e das alterações do comportamento • cuidados de enfermagem a doente acamado e incosciente Doenças do sistema biliar • Litíase vesicular • Icterícia A bilirrubina e os sais biliares acumulam-se na pele e actuam como irritantes originando prurido. Ao friccionara pele pode provocar hemorragias subcutâneas. Evitar sabões e soluções alcoólicas. Usar soluções humidificantes para manter a pele suave. Manter as unhas pequenas. Administração de anti histamínicos se necessário. 2.6. CUIDADOS DE ENFERMAGEM A DOENTES SUBMETIDOS A TÉCNICAS E EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO EM GASTROENTEROLOGIA Entubação nasogástrica Pág. 30 LIVRO DE ESTÁGIO Finalidades: • Descompressão do estômago • Quando existe estase gástrica • Alimentação • Colheita de suco gástrico • Lavagem gástrica • Estagnar hemorragias A sonda mais utilizada é 1 tipo de sonda designada de sonda de Levin (lúmen único). No caso de hemorragias usam-se sondas de 2 vias. Material: • Sonda nasogástrica • Luvas • Compressas • Lubrificante • Adesivo • Copo de H2O • Couvete • Recipiente para sujos • Seringa de 20 cc • Saco colector • Estetoscópio Intervenções de enfermagem: • Explicar ao doente todos os procedimentos • Medir a sonda: distância do lóbulo da orelha à asa do nariz e ao apêndice xifóide • Posicionar o doente com cabeça ligeiramente flectida • Lubrificar a extremidade da sonda com 1 lubrificante hidrossolúvel • Inserir a sonda lentamente e com firmeza através de uma das narinas, até chegar à faringe. Pedir ao doente que degluta, enquanto a sonda avança até o sítio marcado • Certificar-se da localização da sonda no estômago: aspirar conteúdo gástrico ou introduzir ar pela sonda e auscultar • Fixar a sonda ao nariz com adesivo • Adaptar a sonda ao saco colector – a aspiração pode ser contínua ou intermitente Promover conforto: • Remover o excesso de secreções à volta das narinas • Aplicar lubrificante na sonda e na narina, para evitar a formação de secreções • Proporcionar alívio de dores de garganta • Atenção a pneumonia de aspiração, se sonda na árvore respiratória Lavagem gástrica Finalidades: • Remover venenos não absorvidos • Diagnosticar e controlar hemorragias gástricas • Limpar o estômago antes de procedimentos endoscópicos • Remover do estômago partículas ou líquidos ingeridos Material: • SNG de grande calibre • Seringa grande, com adaptador • Lubrificante hidrossolúvel • H2O fria ou solução salina • Couvete para líquidos de aspiração � Pág. 31 LIVRO DE ESTÁGIO Intervenções de enfermagem: • Igual à da entubação nasogástrica • Aspirar o conteúdo gástrico com seringa, antes de introduzir H2O ou soro • Introduzir H2O soro no estômago, pela sonda • Retirar o soluto aspirado e repetir a operação até sair líquido de retorno claro • No final deixar estômago vazio, dar medicação específica ou manter sonda em drenagem livre Análise gástrica (por aspiração de conteúdo gástrico) Finalidades: • Determinar actividade secretora da mucosa gástrica • Estudar o composto secretado • Analisar venenos, etc Material: • Igual ao da ENG • Seringa para aspiração Intervenções de enfermagem: • Idêntico ao da ENG, aspirar conteúdo gástrico • Avaliar e registar características do conteúdo Aspiração gástrica Pode fazer-se pela SNG de forma intermitente ou contínua. Deve aspirar-se suavemente para evitar lesões. Deve proceder-se da seguinte forma: • POR seringa • POR aspirador de baixa pressão • Drenagem livre Intervenções de enfermagem: • Inserção da sonda • Fixação da sonda: inspecção várias xs por dia para despistar alergias ao adesivo ou outras complicações • Se a sonda for conectada a saco ou frasco de drenagem, colocar estes em posição inferior • O tubo de drenagem deve permitir o movimento do doente na cama • Cuidados de higiene com a boca e nariz • Manutenção de drenagem • Comprovar o funcionamento para despiste de obstrução • Se necessário, introduzir H2O ou soro para desobstruir • Pode ser necessário fazer aspiração frequentemente, mesmo quando em drenagem livre • Observar e registar as características e volume • Cuidados com a extracção da sonda (expirar fundo na zona da orofaringe) Pág. 32 LIVRO DE ESTÁGIO Trânsito esofagogastroduodenal Execução: • O doente ingere uma papa baritada • São efectuadas várias radiografias • Algumas horas depois o doente repete o RX para verificar a motilidade gástrica e duodenal Preparação do doente: • Informar e explicar ao doente o tipo de exame a que vai ser submetido e pedir a sua colaboração • Doente em jejum • Acompanhar ou fazer acompanhar o doente ao serviço de imagiologia • Vigiar a reacção do doente e eliminação intestinal – pelo risco de obstipação (enema de limpeza em SOS) • Fazer registos Clíster opaco Administração de substância, opaca ao RX, pelo ânus, durante o exame seguido de radiografia ao intestino. Durante o exame o doente deve tomar várias posições, para facilitara introdução e progressão do produto de contraste e recolher as várias imagens. O enfermeiro deve ajudar a posicionar o doente, mas protege-se sempre da radiação. Preparação do doente: • Na antevéspera do exame iniciar dieta pobre em resíduos (habitualmente líquida), até a véspera do exame • Na véspera de manhã, administrar-se 1 laxante e à noite, inicia-se enemas de limpeza are sair H2O limpa • Na manhã do exame fica em jejum e repetem-se os enemas • Deve explicar-se ao doente a necessidade de reter o produto de contraste durante o exame • No final do exame deve evacuar para eliminar a papa, o enfermeiro deve vigiar essa eliminação, pelo risco de obstipação, pode ser necessário enema de limpeza Colecistografia oral Exame radiológico da vesícula biliar, após a sua opacificação por produto de contraste (ingerido pelo doente e eliminado pelo fígado). Preparação do doente: • Na véspera, jantar pobre em gorduras • Na véspera, enema de limpeza • O doente fica em jejum • Administrar os comprimidos indicados às horas estabelecidas pelo serviço de imagiologia (habitualmente 12 h antes) • Este exame deve ser evitado em doentes com insuficiência renal (parte é eliminado pelos rins), hepática ou circulatória grave • O exame identifica cálculos, permite visualizar a vesícula (forma, tamanho, posição), o colédoco, a motilidade (no esvaziamento) Pág. 33 LIVRO DE ESTÁGIO Colangiografia intravenosa Preparação do doente: • Laxante na véspera • Doente em jejum • Saber se o doente não é alérgico a outros produtos de contraste radiológicos • Saber se o doente não sofre de insuficiência renal, hepática ou circulatória grave • Deve evitar-se em doentes com hipertiroidismo ou feocromocitoma O exame é feito por injecção IV ou por infusão gota a gota. Contra-indicações: • Alterações da coagulação • Sensibilidade ao produto de contraste • Febre • Ascite acentuada • Anemia grave Angiografia Execução: • No aparelho digestivo, são normalmente utilizadas a artéria e veia femorais para introduzir o cateter • Para avaliar o sistema porta, que é inacessível pelos vasos periféricos, utiliza-se a punção percutânea do baço – esplenoportografia (punção do baço a nível do 9º ou 10º espaço intercostal, na linha axilar posterior e requer anestesia local) ou do fígado – portografia trans-hepática Contra-indicações: • Pode descompensar doentes com insuficiência cardíaca, provocar insuficiência renal ou agravar nefropatias • Pode provocar reacções de hipersensibilidade em doentes alérgicos ao produto de contraste • Não é aconselhado em doentes com distúrbios da coagulação Complicações: • Relacionadas com o cateterismo • Hematoma local • Trombose • Deslocamento de placas de ateroma (+ em doentes idosos e por manobras intempestivas)
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