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O Plano de Atendimento Educacional

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O Plano de Atendimento Educacional 
Especializado e os desafios para a 
compreensão e inclusão do aluno com 
deficiência, no currículo geral
APRESENTAÇÃO
A partir de agora, você terá a oportunidade de adentrar no universo das discussões acerca da Edu
cação Especial, para, assim, repensar as concepções, posturas e as (re)ações que você possa ter n
o âmbito educativo. A Unidade de Aprendizagm trará também o Plano de Atendimento Educaci
onal Especializado - AEE, a fim de possibilitar que você perceba sua significância e importância 
neste cenário. Você verá, ainda, uma compreensão sobre o currículo escolar frente às questões q
ue envolvem a pessoa com deficiência. É conhecimento para todo lado! 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar como o aluno com deficiência deve seguir o currículo geral.•
Avaliar o desenvolvimento do aluno com deficiência.•
Criar um Plano de Atendimento Educacional Especializado - AEE.•
DESAFIO
Imagine que você é um(a) professor(a) de determinada escola e necessita elaborar um Plano de 
Atendimento Educacional Especializado - AEE de maneira que este precise possibilitar recursos 
pedagógicos necessários para que a aluna Gabriela Maria de Miranda, de 10 anos, seja incentiva
da a se expressar, pesquisar, inventar hipóteses e reinventar o conhecimento partindo de suas pró
prias experiências, como também se tornar independente, autônoma nas atividades escolares e d
a vida diária e aprender a conviver e interagir com seus pares.
O Plano de AEE deverá ser elaborado dentro do padrão abaixo:
INFOGRÁFICO
No Infográfico a seguir, você terá a chance de aprender um pouco mais sobre algumas caracterís
ticas importantes para a elaboração de um currículo escolar inclusivo, para, assim, descobrir que 
a escola deve ocupar-se da formação do sujeito e estimular o desenvolvimento das habilidades e 
competências de cada aluno. É preciso levá-los/as a aperfeiçoar as próprias características e desc
obrir recursos para lidar com suas dificuldades e/ou inabilidades.
CONTEÚDO DO LIVRO
Este artigo traz reflexões sobre o Planejamento Escolar e o Plano de Atendimento Educacional 
Especializado, bem como promove uma discussão acerca da importância da formação continuad
a de professores. Todas estas temáticas culminam na necessidade de compreendermos a prática 
docente para além de uma proposta curricular estagnada. Certamente, é um texto que pretende n
os elevar a discussões sobre um currículo em movimento, que valoriza a diversidade e promove 
a inclusão.
Boa leitura!
PSICOLOGIA E 
A PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA
Vania Aparecida 
Maques Leite 
O plano de atendimento 
educacional especializado 
e os desafios para a inclusão 
do aluno com deficiência, 
no currículo geral
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Explicar como o aluno com deficiência deve seguir o currículo geral.
  Avaliar o desenvolvimento do aluno com deficiência.
  Desenvolver um plano de atendimento educacional especializado.
Introdução
A matrícula de alunos com necessidades especiais na escola regular não é 
garantia de educação inclusiva, apesar de ser um passo importante nessa 
direção. Estar incluído implica apropriar-se do saber e das oportunidades 
educacionais oferecidas à totalidade dos alunos. Isso requer dos governos 
e gestores escolares ações que façam valer os direitos resguardados pela 
política nacional de educação especial na perspectiva da educação 
inclusiva. Mas o que precisa ser feito para que a educação inclusiva se 
efetive nas escolas? O que caracteriza um currículo inclusivo? Como as 
necessidades educacionais desses alunos podem ser atendidas?
Neste capítulo, você vai encontrar respostas para essas questões. 
Inicialmente, abordaremos as diretrizes nacionais para a inclusão desses 
alunos no currículo regular; em seguida, trataremos das diretrizes para o 
atendimento educacional especializado (AEE). Por fim, apresentaremos 
alguns elementos que devem compor um Plano de Atendimento Edu-
cacional Especializado, no intuito de subsidiar as duas decisões quanto 
à avaliação do desenvolvimento e das necessidades educacionais do 
aluno e à definição das estratégias de intervenção mais apropriadas no 
âmbito da educação especial.
O currículo geral e os princípios 
da educação inclusiva
A educação inclusiva é um instrumento fundamental à transformação da 
escola e da sociedade como um todo. De acordo com Carvalho (2004), o 
movimento pela educação inclusiva plantou as primeiras sementes rumo a essa 
transformação, pois defende como princípios básicos não somente o acesso de 
todos à educação escolar, mas também a mobilização de políticas que visem 
à sua permanência na escola. Essas políticas devem ser subsidiadas por uma 
educação de qualidade, que inclua em suas atividades e em seu currículo 
serviços que realmente correspondam às necessidades dos alunos, dos pais 
e da comunidade local.
Para Carvalho (2004, p. 113), a proposta de educação inclusiva é a de 
“[...] remover as barreiras para a aprendizagem e para a participação de qualquer 
aluno, independentemente de suas características orgânicas, psicossociais, 
culturais, étnicas ou econômicas”.
A autora sugere que a educação inclusiva deve se fundamentar na exis-
tência de um projeto político-pedagógico (PPP) coerente com os princípios 
da inclusão. Contudo, são várias as barreiras a serem superadas para que se 
avance no objetivo de oferecer uma educação de qualidade, que acolha todos 
os alunos, promovendo o seu pleno aprendizado e participação.
De acordo com Blanco (2004), um fator importante que dificulta a consoli-
dação de um projeto político-pedagógico inclusivo nas escolas é a concepção 
de currículo que impera na educação. Os sistemas educacionais se organizaram 
e se estruturaram historicamente sustentando as suas práticas em um modelo 
de currículo rígido e homogeneizador, por meio do qual se ensina e se avalia 
todos da mesma forma. Para a autora, a educação inclusiva requer que se 
flexibilize esse currículo, a fim de atender a diversidade de formas de ser e 
de aprender dos alunos. No que se refere aos alunos que apresentam neces-
sidades educacionais específicas, essa flexibilização deve ser possibilitada 
pelas adequações curriculares.
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...2
As adequações curriculares são modificações realizadas pela escola para 
responder às necessidades de cada aluno, visando à equidade e à participação 
do aluno no currículo vivenciado por todos. Essas adequações podem ser menos 
ou mais significativas, dependendo das necessidades específicas que o aluno 
apresentar. Assim, as mudanças no currículo podem ser feitas intuitivamente 
pelo professor, na sua prática pedagógica, ou representar modificações mais 
emblemáticas, em que o haja a necessidade de alterações em aspectos estru-
turais e funcionais do currículo geral. 
As adequações significativas geralmente são aquelas voltadas para alu-
nos que apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes das 
deficiências que acarretam dificuldades mais acentuadas ou limitações para 
aprender em igualdade de condições. Para realizar essas adequações, a escola 
deve providenciar recursos técnicos e materiais para a remoção de barreiras 
arquitetônicas e atitudinais que impeçam esses alunos de terem acesso a 
experiências bem-sucedidas de ensino-aprendizagem. 
De acordo com Blanco (2004), as adequações curriculares têm por objetivo 
garantir que esses alunos recebam os meios e a resposta educativa para que 
possam progredir em seus aprendizados em condições de igualdade. Visam 
também atender às necessidades individuais desses alunos, dentro do currí-
culo comum, bem como orientar os serviços, os recursos e as estratégias de 
intervenção junto ao aluno, à família e à comunidade escolar. 
A autora afirma que as adequações se tornam possíveis somente quando 
estãosustentadas numa concepção de currículo flexível. Elas envolvem uma 
abordagem de educação que tem as seguintes características:
  foco na aprendizagem cooperativa e combinação de diferentes agru-
pamentos de alunos;
  ensino em diferentes graus de complexidade;
  oportunidade de os alunos fazerem escolhas e praticarem o que 
aprenderam;
  avaliação adaptada ao diferentes estilos e às capacidades dos alunos;
  flexibilização dos espaços e dos tempos;
  clima de respeito e valorização das diferenças (BLANCO, 2004).
De acordo com o documento Saberes e Práticas (BRASIL, 2006), ao 
adequar o currículo para atender às necessidades individuais e específicas 
dos alunos, as seguintes modificações podem ser realizadas.
3O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
  Priorização de áreas curriculares ou de certos conteúdos da área, em 
relação aos propostos no currículo escolar geral para todos os alunos: 
sugerem decisões que modificam significativamente o planejamento 
quanto aos objetivos definidos, sempre em função das necessidades 
mais prementes do aluno.
  Modificações na temporalidade: consistem na realização de ajustes 
no tempo previsto para que o aluno alcance determinados objetivos e 
desenvolva conhecimentos, habilidades e competências, em função do 
ritmo próprio do aluno e da obtenção de um repertório anterior, que 
seja indispensável a novas aprendizagens.
  Adaptações avaliativas: relacionam-se diretamente às modificações 
realizadas nos objetivos e conteúdos, definindo formas de avaliar mais 
realistas, as quais focalizam o processo, mais que o produto final, e 
evitam a “cobrança” de conteúdos e habilidades que possam estar além 
das atuais possibilidades de aprendizagem do aluno para determinado 
momento.
  Inclusão de conteúdos e objetivos complementares, em função de as-
pectos específicos que possam interferir na aprendizagem do aluno: 
por exemplo, podem ser introduzidos no planejamento do trabalho 
junto a um aluno com deficiência intelectual conteúdos e objetivos 
relacionados à autonomia, desde que essa necessidade seja identificada. 
Convém ressaltar, contudo, que a introdução de objetivos e conteúdos 
não elimina os demais objetivos e conteúdos previstos na etapa em que 
o aluno se encontra da educação regular.
  Adaptações organizativas: possuem um caráter facilitador do processo 
de ensino-aprendizagem e dizem respeito ao modo como são organizadas 
as atividades da aula (agrupamentos de alunos, disposição física de 
mobiliários e uso de materiais didáticos adaptados, bem como o tempo 
de realização das atividades).
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...4
Para compreender melhor o conceito de adequações curriculares, leia o caso a seguir.
Uma utopia possível – Por Mara Cassas
Recebi um aluno com síndrome de Down em classe, que tinha completado nove anos no 
início de 2003 e cursou a primeira série numa outra escola comum. A classe era pequena, 
tinha apenas 10 alunos e duas professoras. Ele estava em processo de alfabetização, na 
fase alfabética, e conhecia algarismos até 15 e contava até 10, respeitando a sequência.
Ao realizar o planejamento, eu ia, sempre que possível, em busca de uma es-
tratégia que possibilitasse o envolvimento de todos os alunos e, na hora de fazer os 
registros, pensava na melhor maneira de atender o aluno em processo de inclusão.
Numa aula da disciplina de português, havia uma atividade que deveria ser 
realizada no livro didático. O objetivo era estudar um novo gênero textual, que é 
tirinhas em quadrinhos e suas características, tais como o uso de balões para indicar 
diálogos, fala de narrador, expressões dos personagens etc. Para que houvesse 
maior envolvimento do aluno, eu trouxe para a classe uma cestinha com vários 
gibis da Turma da Mônica, cujos personagens faziam parte da tirinha do livro. 
Proporcionei um tempo para que todas as crianças escolhessem um gibi, fossem 
para o fundo da classe, se espalhassem pelo chão e se divertissem com sua leitura. 
Esperei que o aluno em questão escolhesse uma delas, visse sozinho a história 
e depois pedisse que alguém lhe contasse. Em seguida, alguns contaram suas 
histórias, inclusive ele, e depois retornamos às carteiras para fazer as atividades 
propostas pelo livro. Oralmente fui fazendo adaptações das atividades do livro, 
solicitei que as respostas fossem dadas de acordo com as histórias dos gibis que 
eles haviam lido. Dessa forma, foi mais interessante para o aluno em processo de 
inclusão, que se envolveu e deu respostas adequadas, levando-se em conta suas 
dificuldades, e para toda a classe, que ficou mais interessada. A leitura dos gibis 
proporcionou um envolvimento maior.
Os objetivos propostos para essa atividade foram atingidos, o aluno participou, 
envolveu-se e trabalhou com o conteúdo apresentado. Interagiu com todos os 
seus colegas, pois todos leram e compartilharam suas histórias e conteúdos com 
os demais.
Numa outra atividade, também de português, o objetivo era que os alunos 
trabalhassem com outro gênero textual: cartas. O assunto iniciava-se pela necessi-
dade do uso de selo para o envio de cartas. O planejamento tinha por base o uso 
5O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
De acordo com Stainback e Stainback (1999), a educação inclusiva tem 
como desafio promover a colaboração e a cooperação de todos os envolvidos. 
Para isso, é necessário construir redes de apoio interno que permitam a ajuda 
mútua entre alunos, professores e demais funcionários, pais e familiares. 
Além disso, exige da escola o estabelecimento de parcerias com profissionais 
e setores da comunidade externa.
do livro didático. Também, para maior envolvimento do aluno em questão, solicitei 
que as crianças trouxessem objetos de coleções de casa. Os alunos trouxeram várias 
coleções, tais como papel de carta, tampinhas de Coca-Cola, cartões de telefone, 
mas o mais frequente foi mesmo coleção de selos. O aluno também trouxe sua 
coleção de casa. Utilizei um selo que um dos alunos trouxera e o imprimi, fazendo 
parte de uma das atividades para a classe trabalhar.
Você identificou as adequações curriculares realizadas pela professora Mara, no 
intuito de incluir o seu aluno com síndrome de Down? Provavelmente você deve 
ter identificado que a professora realizou adequações organizativas, redefinindo 
as estratégias de aula, propondo o trabalho em grupo e a cooperação dos alunos, 
fazendo a leitura da história para a criança com síndrome de Down.
Além disso, observa-se que a professora não modificou os conteúdos a serem 
trabalhados (gêneros textuais: história em quadrinhos e cartas), proporcionando que 
o aluno em questão participasse das atividades de forma ativa, mas possivelmente 
realizou adequações no modo de avaliar esse aluno. Ela indicou alguns critérios que 
vão além do conhecimento do próprio conteúdo, como a interação com os colegas 
e a participação nas atividades, com a interpretação dos quadrinhos, mesmo sem a 
aquisição da leitura alfabética. Assim, mesmo que, ao final da atividade, o aluno não 
alcançasse o objetivo de identificar os gêneros textuais, outros seriam alcançados 
(CASSAS, 20-?, documento on-line).
Para ler mais casos como este, acesse o documento “Educação inclusiva: o que o 
professor tem a ver com isso?”, disponível no link a seguir.
https://goo.gl/jPbHiQ
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...6
Para os autores, as redes de apoio se formam na interação entre diversos sujeitos, 
definindo diferentes formas de colaboração, conforme apresentado no Quadro 1.
 Fonte: Adaptado de Stainback e Stainback (1999). 
Elementos da rede Tipo de apoio
Apoio entre alunos A previsão, no currículo, de práticas que envolvam 
a cooperação entre alunos, promovendo a ajuda 
mútua e também a possibilidade de alguns alunos 
atuarem como tutores na sala de aula ou fora dela.
Apoio entre 
professores
A organizaçãode espaços de formação continuada, 
em que os professores possam ser multiplicadores 
do conhecimento construído em cursos de 
capacitação ou na experiência docente. 
Apoio entre 
escola e família
A família vista como fonte de informações sobre 
as necessidades específicas do aluno; o professor 
como o elo entre aluno e família, fornecendo um 
feedback constante acerca do desenvolvimento do 
trabalho pedagógico; o gestor como articulador dos 
interesses e das necessidades da família, para que 
sejam assegurados os direitos do aluno à inclusão.
Apoio entre 
profissionais da 
área da saúde e 
da educação
O estabelecimento de um diálogo permanente 
entre os profissionais que trabalham com o aluno 
(fisioterapeutas, psicopedagogos, psicólogos, 
fonoaudiólogos ou médicos) e a escola, para 
orientações sobre necessidades dos alunos. 
Serviços Busca de apoio nos serviços da educação especial e do 
atendimento educacional especializado ofertados em 
programas vinculados ao sistema público municipal, 
estadual ou federal — por exemplo, organização 
de salas multifuncionais e contratação de estagiário 
para acompanhar o aluno em sala de aula.
Parcerias Busca de parcerias com instituições da comunidade 
para apoiar a inclusão (comunidades de bairro, 
postos de saúde, associações, clubes, entre outros).
 Quadro 1. Redes de apoio à inclusão 
7O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
Em consonância com os preceitos da Política Nacional de Educação Es-
pecial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008b), o Decreto 
de Acessibilidade nº. 5.296 (BRASIL, 2004), a Lei Brasileira de Inclusão 
nº. 13.146 (BRASIL, 2015), entre outros dispositivos legais, a escola deve 
planejar, implementar, coordenar e avaliar o processo de inclusão de alunos 
com deficiência, altas habilidades, transtornos globais do desenvolvimento e 
outras condições atípicas relacionadas a transtornos funcionais específicos. 
Indo ao encontro dessa prerrogativa, Sassaki (2009) contribui ampliando o 
conceito de acessibilidade, de modo que a inclusão seja compreendida como um 
processo de equiparação de oportunidades de aprendizagem e participação na 
vida escolar. Para o autor, a acessibilidade deve abranger as dimensões atitudi-
nal, arquitetônica, comunicacional, metodológica, programática e instrumental. 
Acessibilidade atitudinal
Uma das demandas mais prementes no atual cenário da educação é a cons-
trução de uma cultura curricular comprometida com a ética e o respeito aos 
direitos humanos. Para Sassaki (2009), a acessibilidade atitudinal se insere no 
modo como a escola oportuniza a construção dessa cultura. Nesse sentido, é 
importante que o currículo escolar contemple a formação humanista, por meio 
da abordagem de conteúdos atitudinais, que possam combater a discriminação 
e o preconceito, assim como valorizar atitudes mais inclusivas e abertas ao 
acolhimento da diversidade em todas as suas formas de expressão.
Para promover o desenvolvimento de atitudes mais humanitárias, combater a discrimi-
nação e promover o respeito às diferenças, as escolas podem desenvolver projetos em 
que sejam problematizados temas como preconceito, violência, bullying, entre outros.
Acessibilidade arquitetônica
Ao tratar dessa dimensão, Sassaki (2009) reitera os dispositivos da Portaria 
nº. 3.284, de 7 de novembro de 2003 (BRASIL, 2003), que dispõe sobre requi-
sitos de acessibilidade de pessoas portadoras de defi ciências. Da mesma forma, 
o Decreto nº. 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004) estabelece 
as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...8
pessoas portadoras de defi ciência ou com mobilidade reduzida. A acessibilidade 
arquitetônica indica a supressão das barreiras físicas que difi cultam o acesso 
aos ambientes e a utilização dos mobiliários, possibilitando a mobilidade e o 
exercício do direito de ir e vir.
A seguir, são apresentadas as ações voltadas à promoção da acessibilidade arquitetônica:
  instalação de elevadores com sinalização em braile e aviso sonoro;
  adaptação de portas e banheiros com espaço suficiente para permitir o acesso 
de cadeira de rodas;
  instalação de barras de apoio nas paredes dos banheiros;
  instalação de lavabos e bebedouros em altura acessível aos usuários de cadeira de 
rodas e pessoas com nanismo;
  instalação de assentos de uso preferencial sinalizados, em espaços e instalações 
acessíveis;
  adaptação de bancadas e carteiras escolares;
  instalação de piso tátil direcional para acessibilidade de pessoas com deficiência 
visual aos setores de acesso público;
  instalação de faixa antiderrapante nas rampas de acesso e nos corrimãos.
Acessibilidade comunicacional
Em conformidade com a Resolução CNE/CEB nº. 2/2001, art. 12, § 2º (BRA-
SIL, 2001), o autor chama atenção para a necessidade de a escola eliminar as 
barreiras comunicacionais, servindo-se de recursos e serviços que propiciem 
e/ou ampliem habilidades funcionais de pessoas com defi ciência nessa área. 
Para assegurar a acessibilidade dos estudantes com dificuldades de comunicação ao 
processo educativo, a escola pode providenciar:
  capacitação do corpo técnico-administrativo e dos professores em noções básicas 
da Língua Brasileira de Sinais (Libras);
  contratação de tradutor-intérprete para acompanhamento do aluno surdo nas 
atividades curriculares;
  instalação de softwares sintetizadores de voz e ampliadores de telas nos compu-
tadores da biblioteca e dos laboratórios de informática; 
9O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
Acessibilidade metodológica
Segundo Sassaki (2009), a acessibilidade metodológica indica a supressão das 
barreiras nos métodos e nas técnicas de ensino. Essa forma de acessibilidade 
defende como princípio a diferenciação dos dispositivos de aprendizagem, 
adequando estratégias e recursos para ensinar de forma diferente aqueles que 
necessitam de algumas diferenciações para aprender com equidade.
Como exemplos de acessibilidade metodológica, podemos citar:
  flexibilização do tempo de realização das atividades curriculares;
  adequação de formas, instrumentos e critérios de avaliação da aprendizagem dos 
estudantes com necessidades educacionais específicas;
  adequações na forma de organização das aulas, dos tempos e dos espaços escolares;
  atividades em duplas ou em grupo.
Acessibilidade instrumental
De acordo com Sassaki (2009), a acessibilidade instrumental se refere à pro-
visão de recursos materiais específi cos para atender às necessidades de apren-
dizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais. Tais materiais 
podem ser adquiridos ou adaptados, conforme a demanda pedagógica. Em 
ambos os casos, a escola deve contar com o apoio do atendimento educacio-
nal especializado, que ajudará os professores na identifi cação dos recursos 
necessários, bem como na sua aquisição. 
  audiodescrição de imagens e vídeos para estudantes com deficiência visual;
  disponibilização, quando da ocorrência de matrícula de alunos com sequelas 
neurológicas como tetraplegia e paralisia cerebral, de pranchas de comunicação 
e computadores adaptados para comunicação.
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...10
Entre as possibilidades de acessibilidade instrumental, podemos destacar:
  o fornecimento de computadores de mesa e/ou notebooks para estudantes com 
restrições motoras nas mãos;
  tecnologias assistivas como pranchas de comunicação;
  textos com fonte ampliada;
  leitores de tela;
  livros falados;
  impressão em Braile;
  materiais adaptados em forma de maquete ou com aplicação de relevo;
  reprodução de objetos;
  sistemas e conceitos em material concreto;
  acervo em braile para a biblioteca.
Acessibilidade programática
Sassaki (2009) afi rma que a acessibilidade programática diz respeito à eli-
minação de barreiras relacionadas às políticas públicas e à legislação.Para 
que essas barreiras sejam rompidas, faz-se necessária a conscientização de 
todos os agentes responsáveis direta e indiretamente pela educação, sobre os 
direitos assegurados à inclusão educacional. 
Como exemplo de acessibilidade programática, podemos citar a recorrência de casos 
em que os alunos e os seus familiares — ou mesmo os professores — desconhecem os 
direitos assegurados na legislação e nas políticas públicas de inclusão. A escola tem um 
papel fundamental na conscientização e orientação desses sujeitos e deve zelar para 
que esses direitos sejam concretizados no âmbito do projeto pedagógico e curricular.
Concluindo, é de suma importância que os princípios da educação inclusiva 
sejam a base do currículo geral, devendo orientar o projeto político-pedagógico 
da escola. Somente assim as barreiras que se apresentam à inclusão serão 
superadas, e a escola cumprirá o objetivo de oferecer educação de qualidade, 
que acolha todos os alunos, independentemente das condições que estes ve-
nham a apresentar.
11O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
A educação especial no contexto 
da educação inclusiva
O que é educação especial? Como ela se realiza na escola inclusiva? Para 
encontrar respostas a essas questões, é importante que você compreenda o 
que mudou no conceito de educação especial com o paradigma da inclusão.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (BRASIL, 2008b), antes do paradigma da inclusão, a educação 
especial era vista como um elemento isolado e separado da educação regular. Era 
uma forma de "escolarização" que acontecia somente em espaços específicos de 
atendimento a alunos com deficiência, a exemplo das classes ou escolas especiais.
Uma das críticas feitas a essa forma de organização da educação especial 
é que ela expressa uma ideia equivocada e preconceituosa de que pessoas com 
deficiência não são capazes de aprender — ou, na melhor das hipóteses, podem 
aprender somente em espaços segregados. Contudo, com os avanços no debate 
sobre a inclusão, essa visão deu lugar a uma nova concepção de educação es-
pecial, que passou a ser compreendida como uma modalidade de educação que 
orienta e colabora com a educação regular, numa relação de interdependência e 
complementariedade. Essa visão é afirmada também nas Diretrizes Operacionais 
para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, instituídas 
na Resolução CNE/CEB, 04/2009 (BRASIL, 2009).
O público alvo do AEE
De acordo com as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional 
Especializado, o público-alvo do AEE é composto de alunos com (BRASIL, 
2009, documento on-line):
[...] deficiência – aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza 
física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas 
barreiras, podem ter obstruída sua participação plena e efetiva na escola e 
na sociedade;
transtornos globais do desenvolvimento – aqueles que apresentam quadro 
de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas 
relações sociais, na comunicação e/ou estereotipias motoras. Fazem parte dessa 
definição estudantes com autismo infantil, síndrome de Asperger, síndrome 
de Rett, transtorno desintegrativo da infância;
altas habilidades ou superdotação – aqueles que apresentam potencial elevado e 
grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou com-
binadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade. 
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...12
O Decreto nº. 6.571 (BRASIL, 2008a) afirma o direito desses alunos de serem 
matriculados em classe comum da rede regular de ensino e também no AEE. Isso 
é reiterado na Resolução CNE/CEB 04/2009 (BRASIL, 2009), que preconiza 
que a educação especial deve ser institucionalizada no projeto pedagógico da 
escola e que os sistemas de ensino devem matricular esses alunos nas classes 
comuns do ensino regular e no atendimento educacional especializado (Art. 29).
O AEE, segundo as Diretrizes Operacionais referidas, deve ser transversal 
ao currículo geral, com caráter complementar ou suplementar, devendo ocorrer 
no contraturno da educação regular. Ele não substitui o trabalho realizado 
na sala de aula, mas complementa e suplementa esse trabalho, com vistas ao 
pleno desenvolvimento do aluno.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva (2008b) destaca que o AEE deve ser ofertado em todos os níveis 
de educação, contemplando desde a educação infantil até o ensino superior. 
De acordo com a Resolução 04/2009, em seu art. 2º, o AEE deve promover a 
inclusão, por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade 
e estratégias para eliminar os obstáculos que possam interferir no desenvol-
vimento da aprendizagem e na plena participação dos alunos que fazem parte 
do seu público-alvo na sociedade (BRASIL, 2009).
Embora os alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de altas 
habilidades ou superdotação não apresentem dificuldades ou limitações à aprendiza-
gem, eles também fazem parte do público-alvo do AEE e necessitam de adequações 
curriculares para que possam ser incluídos no currículo geral. 
Alunos com altas habilidades/superdotação apresentam desempenho acima da 
média ou elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou 
combinados: capacidade intelectual superior; aptidão acadêmica específica; pen-
samento criador ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes 
visuais, dramáticas e música; capacidade psicomotora. Eles precisam ser desafiados e 
estimulados, de forma a não perderem a motivação de frequentar a escola; para tanto, 
o professor do AEE deverá desenvolver, junto aos professores e à equipe gestora, um 
programa de enriquecimento curricular, por meio do qual sejam desenvolvidas ações 
para estimular e favorecer o desenvolvimento das potencialidades desses alunos. 
Contribui-se assim para a ampliação e o aprofundamento de conhecimentos na 
perspectiva de aprimorar os seus desempenhos no campo dos saberes, fazeres e 
valores humanos, bem como possibilita-se a aceleração dos estudos.
13O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
Espaços de realização do AEE
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, 
instituída pela Resolução CNE/CEB n°. 04/2010, o AEE deve ser “[...] ofertado 
em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou 
de instituições comunitárias, confessionais ou fi lantrópicas sem fi ns lucrativos” 
(art. 1º). No âmbito interno da escola, esse atendimento pode ocorrer também 
na sala de aula regular, por meio de acompanhamento de tutores, intérpretes 
de Libras e professores especializados.
A Política Nacional de Educação Especial define também que esse atendi-
mento pode ocorrer de forma itinerante, em que o professor responsável pelo AEE 
possa atender o aluno em ambiente hospitalar ou domiciliar (BRASIL, 2010).
O professor do AEE
A Política Nacional de Educação Especial (2008b) reafi rma a necessidade de que 
as duas modalidades de ensino — educação especial e educação regular — dialo-
guem. Nesse sentido, o professor do AEE tem um papel de articulação e suporte 
ao projeto pedagógico da escola, e deve buscar constantemente esse diálogo.
Em seu artigo 12º, a Resolução CNE/CEB 04/2009 indica que esse pro-
fissional deve ser habilitado para o exercício da docência e possuir formação 
específica na educação especial. O documento destaca ainda as atribuições 
desse profissional, descritas a seguir (BRASIL, 2009):
  elaborar, executar e avaliar o plano de AEE;
  definir o cronograma e as atividades a serem realizadas;
  organizar, identificar, produzir e providenciar recursos de acessibilidade 
ao currículo;
  desenvolver atividades de apoio específico, como o ensino da Libras, o 
ensino do braile e a orientação e mobilidade para alunos comdeficiência 
visual, o ensino da língua portuguesa para alunos surdos, o ensino 
de informática acessível, a utilização de recursos de comunicação 
alternativa e aumentativa (CAA) junto a alunos com deficiências de 
comunicação, atividades voltadas ao desenvolvimento de habilidades 
mentais superiores e atividades de enriquecimento curricular para 
alunos com altas habilidades/superdotação;
  acompanhar a funcionalidade e usabilidade dos recursos de tecnologia 
assistiva na sala de aula comum e nos ambientes escolares;
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...14
  articular o trabalho realizado no AEE ao trabalho realizado nas classes 
regulares, nas diferentes etapas e modalidades de ensino;
  orientar os professores do ensino regular e as famílias;
  fazer a interface do trabalho realizado junto às áreas de saúde, assis-
tência, trabalho e outras.
Organização da escola para o AEE
Como vimos anteriormente, a escola deve assumir em seu projeto político-
-pedagógico os princípios da educação inclusiva, construindo uma proposta 
pedagógica que contemple o AEE de forma integrada ao currículo geral. Essa 
é uma orientação expressa nas Diretrizes Nacionais da Educação Básica, con-
forme disposto no art. 10º da Resolução CNE/CEB nº. 4/2010, que preconiza 
que o PPP da escola deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na sua 
organização (BRASIL, 2010, documento on-line):
I – Sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliários, materiais di-
dáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; 
II – Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria 
escola ou de outra escola; 
III – Cronograma de atendimento aos alunos; 
IV – Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos 
alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; 
V – Professores para o exercício do AEE; 
VI – Outros profissionais da educação: tradutor-intérprete de Língua Brasi-
leira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente 
às atividades de alimentação, higiene e locomoção; 
VII – Redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do 
desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, 
entre outros que maximizem o AEE (Art. 10º).
De acordo com Dutra, Santos e Guedes (2010), para apoiar a institucionaliza-
ção da educação inclusiva pelos sistemas educacionais, o Ministério da Educação 
(MEC) criou o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, 
instituído por meio da Portaria Ministerial nº. 13/2007 (BRASIL, 2007).
O programa visa fornecer apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino 
para a efetivação do AEE e tem como algumas de suas ações fomentar a aquisição 
de recursos para a montagem de salas de recursos multifuncionais, promover a 
formação continuada dos professores para o AEE e apoiar a acessibilidade nas 
escolas que possuem as salas implantadas. Para adesão ao programa, as escolas 
15O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
devem atender alguns critérios e realizar um cadastro, que será avaliado pela 
Secretaria de Educação e encaminhado para as providências junto ao MEC.
As salas de recursos multifuncionais
De acordo com Oliveira (2006), as salas de recursos multifuncionais são espaços 
voltados para a realização do AEE. Nesses espaços, devem ser desenvolvidas 
“[...] estratégias de aprendizagem centradas em um novo fazer pedagógico, que 
favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que 
desenvolvam o currículo e participem da vida escolar” (OLIVEIRA, 2006, p. 13).
No que se refere à composição das salas de recursos multifuncionais, o 
Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, por meio da 
Portaria Ministerial nº. 13/2007, prevê o envio de recursos materiais às escolas 
cadastradas (BRASIL, 2007), os quais serão descritos a seguir.
  Mobiliário: cadeiras, armários, mesas para computador, mesa de reu-
nião, quadro branco, notebooks e impressora multifuncional adaptados 
conforme especificações da Norma 9.050 da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) (2004).
  Materiais didáticos e outros recursos de tecnologia assistiva: kit 
de lupas, ampliadores de texto, alfabeto braile, dominó tátil, jogos de 
memória tátil, suporte para livros, software de comunicação aumentativa 
alternativa, instrumentos musicais com nomes em braile, sacolão cria-
tivo “monta-tudo”, tapete de alfabeto encaixado, bonecos articulados, 
quebra-cabeças superpostos, material dourado, dominó de associação 
de ideias, alfabeto móvel e sílabas, memória de numerais, caixa tátil, 
globo terrestre tátil, máquina de escrever braile, calculadora sonora, kit 
de desenho geométrico, reglete e punção, softwares sintetizadores de 
voz, guias de assinatura, bolas de guizo; teclado com colmeia, aciona-
dores de pressão e mouse adaptado para alunos com deficiência física 
(mobilidade reduzida), dominó de frases e dominó de animais e de 
frutas em Libras, entre outros (DUTRA; SANTOS; GUEDES, 2010).
Concluindo este tópico, convém destacar que a sala de recursos multi-
funcionais é um dos espaços de atuação do AEE que é utilizado com maior 
frequência, especialmente por reunir os recursos e as condições necessárias a 
esse atendimento. É importante que o profissional responsável pelo atendimento 
atualize esse espaço, solicitando, adaptando ou construindo novos materiais, 
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...16
conforme as demandas trazidas pelos alunos, em cooperação com o professor 
da sala de aula regular e com a gestão da escola. 
O plano de atendimento educacional especializado 
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
(2008b) defi ne que o AEE exige um trabalho diferenciado e individualizado, 
de modo a entender e atender as especifi cidades dos alunos no que tange à sua 
inclusão no currículo escolar. Para isso, faz-se necessária a elaboração de um 
plano de desenvolvimento individual para o atendimento educacional especia-
lizado que, segundo Poker et al. (2013), deve ser elaborado em duas etapas. A 
primeira etapa compreende o levantamento de informações e a avaliação do 
aluno; a segunda etapa compreende o planejamento do trabalho a ser realizado.
Etapa 1: levantamento de informações 
a avaliação do aluno
O objetivo dessa primeira etapa é o levantamento de informações que possibilitem 
o conhecimento do aluno, de suas necessidades específi cas e de seu contexto 
familiar e escolar. A avaliação detalhada dos aspectos sociais, familiares e esco-
lares, segundo Poker et al. (2013), é de fundamental importância, pois possibilita 
a identifi cação das áreas comprometidas, bem como das potencialidades a serem 
exploradas no trabalho junto ao aluno do AEE, subsidiando a escolha de estratégias 
pedagógicas individualizadas mais adequadas às suas necessidades. Desse modo,
[...] com base nos dados coletados na avaliação, o professor é capaz de planejar 
e oferecer respostas educativas específicas adequadas e diversificadas, que 
proporcionam para o aluno, formas de superar ou compensar as barreiras de 
aprendizagem existentes nos diferentes âmbitos (POKER et al., 2013, p. 22).
A montagem de um instrumento para levantamento de informações e 
avaliação do aluno deve contemplar cinco itens, conforme apresentado a 
seguir (POKER et al., 2013).
1. Identificação do aluno: nome completo do aluno, endereço completo 
e data de nascimento.
2. Dados familiares: nome do pai e da mãe, profissão e escolaridade dos 
pais, número de irmãos, pessoas com quem mora.
17O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
3. Informações sobre a escola: nome e endereço da escola, ano de escola-
ridade do aluno, idade em que entrou na escola, histórico de vida escolar 
na educação especial e na educação regular, indicação dos antecedentes 
escolares mais importantes, motivode encaminhamento para o AEE.
4. Avaliação geral: informações relevantes à compreensão do contexto 
familiar e escolar do aluno. No âmbito familiar, devem ser apontados 
aspectos relativos à dinâmica das relações familiares, como se dá o con-
vívio entre os membros da família, as relações afetivas, as expectativas 
da família em relação ao aluno, O tipo de apoio familiar para a apren-
dizagem do aluno. No âmbito escolar, devem ser apontados aspectos 
relativos à organização e estrutura da escola para promover a inclusão 
do aluno, como a cultura e a filosofia da escola, se possui acessibilidade 
física, o relacionamento da escola com a família e a comunidade, a 
quantidade de alunos nas salas de aula, ações de formação e suporte 
aos professores, recursos humanos e parcerias com profissionais de 
saúde, atitudes frente ao aluno, estratégias metodológicas e avaliativas.
5. Avaliação do aluno: condições apresentadas pelo aluno em três as-
pectos principais, que são as suas condições gerais de saúde; as suas 
necessidades educacionais específicas; o grau de desenvolvimento de 
áreas e habilidades importantes ao seu aprendizado.
Saiba mais sobre a avaliação do aluno com deficiência nos tópicos a seguir.
a) Condições gerais de saúde: verificar se há presença de deficiência ou problemas 
de saúde, indicar se há laudos ou avaliações de diagnóstico, verificar as recomen-
dações de outros profissionais e se o aluno faz uso de medicação controlada, se o 
medicamento interfere no aprendizado, se apresenta algum comprometimento 
sensorial (visual e auditivo), motor ou comportamental.
b) Necessidades educacionais específicas: identificar e avaliar indicadores que 
possivelmente apontem para a presença de alguma deficiência ou suspeita de 
deficiência. Devem ser avaliados o tipo de sistema linguístico utilizado pelo aluno 
para se comunicar, se faz uso ou depende de algum equipamento ou tecnologia 
assistiva para mobilidade e/ou participação nas atividades escolares, bem como 
as acessibilidades que precisam ser providenciadas.
c) Desenvolvimento: para avaliar o desenvolvimento do aluno, devem ser observa-
dos aspectos como afetividade e sociabilidade, cognição, linguagem, percepção, 
atenção, memória, raciocínio lógico e função motora.
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...18
Segundo Poker et al. (2013), devem ser avalizadas, no aspecto cognitivo, 
as competências e as dificuldades relacionadas à percepção visual e auditiva. 
Devem ser avaliadas também as capacidades motoras e tátil-sinestésica; as 
noções espacial e temporal; a capacidade de controle da atenção e concentração; 
a compreensão de ordens; as memórias auditiva, visual, verbal e numérica; o 
uso da linguagem para comunicação e como se dá a compreensão e a expressão 
da língua oral; a leitura e a escrita; se há outros sistemas linguísticos utilizados 
pelo aluno (Libras, comunicação alternativa, Braile, etc.).
Etapa 2: planejamento do AEE
O objetivo dessa etapa é defi nir as estratégias a serem empregadas no atendi-
mento educacional especializado, tendo em vista as informações adquiridas 
na primeira etapa.
De acordo com Poker et al. (2013), tais estratégias devem ser organizadas 
em um plano pedagógico especializado composto de três grupos de ações, 
conforme apresentado a seguir.
1. Ações necessárias para satisfazer às necessidades 
educacionais especiais do aluno
O professor do AEE deve planejar as ações necessárias para atender às ne-
cessidades educacionais especiais do aluno, indicando a quais instâncias 
essas ações se articulam, ou seja, se devem ser direcionadas à escola como 
um todo, ao trabalho em sala de aula, à família ou agentes parceiros, como 
profi ssionais da área da saúde.
Em cada uma dessas instâncias, devem ser identificadas as ações que já 
foram desenvolvidas e as que ainda precisam ser realizadas ou aprimoradas. 
O planejamento deve indicar, no âmbito da escola, da sala de aula e da família, 
quais ações já existem e quais precisam ser implementadas, detalhando os 
responsáveis por executá-las ou providenciá-las.
2. Ações necessárias à organização do atendimento 
educacional especializado
O professor do AEE deve informar quais as estratégias e os recursos que serão 
necessários para atender às necessidades do aluno, indicando, por exemplo, se 
o aluno precisa de material adaptado, recursos de comunicação aumentativa 
alternativa como pranchas de comunicação, entre outros recursos possíveis.
19O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
De acordo com Poker et al. (2013), no plano de desenvolvimento para o AEE 
deve detalhar o tipo de atendimento e os espaços em que ele será realizado, 
como a sala de recursos multifuncionais, a sala de aula regular, o ambiente 
domiciliar ou hospitalar. Deve indicar também se outros profissionais da 
escola serão responsáveis pelo atendimento especial ao aluno, considerando 
as necessidades por ele apresentadas — por exemplo, tutores em sala de aula 
ou intérpretes de Libras.
A periodicidade e o tempo destinado ao AEE são, segundo Poker et al. 
(2013), um item importante do planejamento. Além disso, é essencial definir 
se o atendimento será individual, em grupo ou na sala de aula, com os demais 
alunos que não fazem parte do público-alvo do AEE. Da mesma forma, o 
planejamento deve prever a parceria com outros profissionais, como fonoau-
diólogos, psicólogos, médicos, entre outros.
Ainda no que se refere à organização do atendimento educacional es-
pecializado, Poker et al. (2013) ressalta que o planejamento deve prever as 
orientações a serem realizadas pelo professor do AEE junto aos envolvidos 
direta ou indiretamente com o aluno, por exemplo, professor da sala de aula 
regular, colegas de turma, família, funcionários da escola.
3. Ações relativas às intervenções realizadas na sala 
de recursos multifuncional
O plano individual para o desenvolvimento do AEE deve apresentar quais as 
intervenções pedagógicas deverão ser realizadas, com a indicação dos objetivos 
e o detalhamento das atividades a serem desenvolvidas, a metodologia de 
trabalho, os recursos materiais e os equipamentos, e os critérios de avaliação. 
Deve especifi car também a área a ser trabalhada, por exemplo, cognitiva, 
motora, comunicativa, social, entre outras.
De acordo com Poker et al. (2013), é importante que, ao final do período 
definido para o desenvolvimento do plano, seja elaborado um relatório em 
que sejam descritos os avanços, as conquistas e os aspectos a serem aperfei-
çoados no AEE. O relatório deve servir como base para a melhoria contínua 
do trabalho realizado.
O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...20
1. “É fundamental considerar o 
cotidiano das escolas, levando em 
conta as necessidades e capacidades 
dos seus alunos e os valores que 
orientam a prática pedagógica. 
Para os alunos que apresentam 
necessidades educacionais 
especiais, essas questões têm 
um significado particularmente 
importante.” O texto se refere a:
a) políticas públicas.
b) adequação curricular.
c) Leis de Diretrizes e Bases – 
LDB 9.394/96.
d) exclusão.
e) diversidade.
2. O currículo é construído a partir do 
projeto pedagógico da escola e deve 
viabilizar a sua operacionalização, 
orientando as atividades educativas 
e as formas de executá-las, e 
definindo as suas finalidades. Tais 
ações devem ocorrer segundo:
a) a Declaração de Salamanca.
b) a autoridade da escola.
c) os Parâmetros Curriculares para 
a Educação Inclusiva (1998).
d) a Secretaria Municipal 
de Educação.
e) as salas de recursos 
multifuncionais.
3. No contexto da educação inclusiva, 
reconhecer a responsabilidade 
para a criação e implementação 
de um plano educacional 
inclusivo, refletir sobre processos 
de planejamento, coordenação e 
avaliação dos processos educativos 
e, ainda, valorizar o planejamento 
e o plano de AEE como elementos 
fundamentais para garantir um 
desenvolvimento promissor no 
alcance das metas são objetivos:
a) da formaçãocontinuada 
de professores.
b) da educação especial.
c) da acessibilidade.
d) das salas de recursos 
multifuncionais.
e) das adaptações curriculares.
4. Propicia ao aluno com necessidades 
especiais a apropriação do 
conhecimento escolar junto com os 
demais. Para isso, faz-se necessário 
um planejamento inclusivo e 
coerente. O texto se refere a:
a) inclusão social.
b) integração social.
c) inclusão escolar.
d) formação continuada.
e) acessibilidade.
5. É um serviço da educação 
especial que identifica, elabora e 
organiza recursos pedagógicos 
e de acessibilidade, que 
eliminem as barreiras para a 
plena participação dos alunos, 
considerando as suas necessidades 
específicas. O texto se refere a:
a) acessibilidade.
b) formação continuada.
c) plano de atendimento 
educacional especializado.
d) avaliação diagnóstica.
e) apoio pedagógico.
21O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
BLANCO, R. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: 
COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. A. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: 
transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. Porto Alegre: 
Artmed, 2004. 
BRASIL. Decreto nº. 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis n. 10.048, de 8 
de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 
10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos 
para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mo-
bilidade reduzida, e dá outras providências. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em: 9 ago. 2018.
BRASIL. Decreto nº. 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educa-
cional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 
2007. 2008a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/
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BRASIL. Lei nº. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
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www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 9 
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Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação 
Básica, modalidade Educação Especial. 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.
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trizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. 2010. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=5916-
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O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...22
BRASIL. Portaria nº. 13, de 24 de abril de 2007. Brasília: MEC. 2007. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9935-
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CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004
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DUTRA, C. P.; SANTOS, M. C. D.; GUEDES, M. T. Manual de orientação: programa de 
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OLIVEIRA, D. A. Sala de recursos multifuncionais: espaços para atendimento educacional 
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POKER, R. B. et al. Plano de desenvolvimento individual para o atendimento educacional 
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STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Art-
med, 1999.
23O plano de atendimento educacional especializado e os desafios...
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DICA DO PROFESSOR
A Dica do Professor está trazendo orientações de como avaliar e perceber o desenvolvimento de 
alunos com deficiência intelectual, quais ferramentas e quais estratégias utilizar neste processo, 
no contexto escolar. É mais uma possibilidade de aprendizagem que irá contribuir com o seu cat
álogo de diferentes conhecimentos! Então vamos lá!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) É fundamental considerar o cotidiano das escolas, levando-se em conta as necessidade
s e capacidades dos seus alunos e os valores que orientam a prática pedagógica. Para 
os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, essas questões têm um 
significado particularmente importante. 
 
O texto acima se refere a: 
A) 
Políticas públicas.
B) 
Adequação curricular.
C) 
Leis de Diretrizes e Bases - LDB 9394/96.
D) 
Exclusão.
E) 
Diversidade.
2) O currículo é construído a partir do projeto pedagógico da escola e deve viabilizar a 
operacionalização do mesmo, orientando as atividades educativas, as formas de execu
tá-las e definindo as suas finalidades. Tais ações devem ocorrer segundo: 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ca15cfb0b29828a78f8447aa7f866823
A) 
A Declaração de Salamanca.
B) 
A autoridade da escola.
C) 
Os Parâmetros Curriculares para a Educação Inclusiva (1998).
D) 
A Secretaria Municipal de Educação.
E) 
As Salas de Recursos Multifuncionais.
3) No contexto da Educação Inclusiva, reconhecer a responsabilidade para a criação e i
mplementação de um plano educacional inclusivo, refletir sobre processos de planeja
mento, coordenação e avaliação dos processos educativos e, ainda, valorizar o planeja
mento e o Plano de AEE como elementos fundamentais para garantir um desenvolvi
mento promissor no alcance das metas são objetivos da: 
A) 
Formação continuada de professores.
B) 
Educação Especial.
C) 
Acessibilidade.
D) 
Salas de Recursos Multifuncionais.
E) 
Adaptações curriculares.
4) Propicia ao aluno com necessidades especiais a apropriação do conhecimento escolar 
junto com os demais e, para isso, faz-se necessário um planejamento inclusivo e coere
nte. 
O texto se refere a: 
A) 
Inclusão social.
B) 
Integração social.
C) 
Inclusão escolar.
D) 
Formação continuada.
E) 
Acessibilidade.
5) É umserviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagó
gicos e de acessibilidade, que elimine as barreiras para a plena participação dos aluno
s, considerando suas necessidades específicas. 
O texto se refere a: 
A) 
Acessibilidade.
B) 
Formação continuada.
C) 
O Plano de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
D) 
Avaliação diagnóstica.
E) 
Apoio pedagógico.
NA PRÁTICA
Adaptações e inclusão do aluno com deficiência no currículo geral Geralda Timóteo Ribeiro é m
ãe de Júlio Rômulo Ribeiro, de 7 anos, e diz que o filho, matriculado em uma escola municipal 
na região metropolitana de São Paulo, exige mais atenção e paciência para aprender. Júlio tem sí
ndrome de Down e está na escola desde os 4 anos de idade. Ele está integrado aos outros colega
s e tem as mesmas exigências que eles.
Geralda diz o seguinte: “A evolução de Júlio [em uma instituição só para alunos especiais] teria 
sido mínima, ele é muito esperto e inteligente.” Para a mãe, a convivência com as outras criança
s só traz vantagens. Ela diz que não é comum o filho sofrer preconceito ou bullying por parte do
s colegas. Pelo contrário, é querido pelos amigos, que se oferecem para ajudá-lo em várias situaç
ões e se preocupam quando ele falta à escola. O garoto reconhece todas as letras do alfabeto, lê e 
escreve algumas palavras e aprendeu a dizer as cores em inglês.
Além da escola, Letícia faz atividades na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) 
de São Paulo para estimular raciocínio e coordenação motora. Com anos de experiência no trato 
com crianças e jovens com deficiência intelectual, Valquíria Barbosa, gerente de serviço sócioas
sistencial da Apae de São Paulo, afirma que a criança com deficiência exige aulas mais lúdicas, 
repetições e um currículo flexível. Na ausência desses itens, a verdadeira inclusão fica comprom
etida.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
Avaliação da aprendizagem e as Necessidades Educacionais Especiais
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Educação Especial e Educação Inclusiva: Adaptações Curriculares.
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Currículo em movimento da Educação Básica
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Sala de Recursos Cecília Meireles
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https://www.youtube.com/embed/30eRmzCD_2g?rel=0
https://www.youtube.com/embed/688QWgkh3Cs?rel=0
http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/cur_mov/8_educacao_especial.pdf
http://saladerecursosceciliameireles.blogspot.com.br/p/plano-de-aula.html

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