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Programa minha EmPrEsa rural ComerCialização de Produtos agríColas Neste curso será apresentada a organização e o funcionamento da comercialização de produtos agrícolas. Dentre os assuntos abordados ao longo do curso estão: comercialização, demanda e oferta, mercado e preço, margem de comercialização e análise de mercado. O objetivo é que você compreenda os processos e as cadeias nas quais os produtos agropecuários estão inseridos. Este curso tem 20 horas Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 70 Comercialização de Produtos Agrícolas aula 3 PolítiCas PúbliCas de aPoio à ComerCialização agroPeCuária Com produtos estratégicos e de importância indiscutível na economia e na própria sobrevivência humana, somados à incerteza relacionada à sua produção, os produtores agropecuários atraem a atenção do se- tor público. O setor público, ao desenvolver políticas específicas para a agropecuá- ria, ajuda a reduzir as oscilações de preços e garante renda aos produ- tores. Nos próximos tópicos, serão apresentados alguns instrumentos da comercialização agrícola. Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 71 Comercialização de Produtos Agrícolas Reflexão Leia o trecho referente à manchete Governo promete apoio à comerciali- zação de milho publicada no Estadão em 29/06/2014: “O Ministério da Agricultura poderá anunciar nas próximas semanas apoio à comercialização de milho caso os preços do cereal se mantenham abaixo do mínimo de garantia no Centro-Oeste, maior produtora de segunda safra. [...] Algumas entidades do setor produtivo afirmam ser imprescindível essa in- tervenção governamental para não desestimular o plantio do cereal já que a tendência é de preços mais baixos no segundo semestre e menor demanda para exportação.” A partir da leitura do trecho da notícia, reflita: Por quais motivos, o governo intervém na produção e na comercialização de produtos agrícolas? Se preferir, utilize o espaço abaixo para anotar suas reflexões. Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 72 Comercialização de Produtos Agrícolas Há dois lados que devem ser analisados para se entender a presença do governo nas ações de políticas voltadas para a agropecuária: o lado da oferta e o lado da demanda de produtos agropecuários. Oferta Pelo lado da oferta, fica fácil de- pois de entendermos a lógica de funcionamento do mercado agro- pecuário, que prevê grande insta- bilidade da produção. A interven- ção do governo, com crédito para a comercialização, por exemplo, pode ser justificada como uma forma de garantir a estocagem do produto. Essa ação de política pú- blica pode garantir maior estabili- dade na oferta desses produtos, com impactos positivos nos pre- ços. O governo pode, também, evitar uma crise de abastecimen- to ou atuar de forma a responder as pressões do setor produtivo. x Demanda Pelo lado da demanda, entende- -se que os produtos agropecuá- rios têm importância na distribui- ção de renda, pois alimentam a população. Portanto, se o gover- no pensar em segurança alimen- tar, o setor agropecuário já terá o argumento necessário para que a comercialização e a produção, dentre outros aspectos, estejam sob o olhar da política pública. Assim, a política voltada para o setor agropecuário afeta a comerciali- zação, em particular, no sentido de reduzir as variações de preços que sazonalmente enfrenta. Isso se dá em virtude do governo intervir na safra quando há grande oferta, formando estoques e repondo o merca- Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 73 Comercialização de Produtos Agrícolas do nos períodos de escassez do produto, criando um cenário de menor oscilação de preços. A política de intervenção governamental na agropecuária a ser apre- sentada é a política de preços mínimos, bem como seus instrumentos de operacionalização. Atualmente, o preço mínimo serve como refe- rência para outros instrumentos de apoio à comercialização agrícola. PolítICa de Preços mínImos A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) busca reduzir a vo- latilidade dos preços agrícolas. Desde a década de 1960, sua existên- cia prevê a antecipação de um preço calculado a partir dos custos de produção e das condições gerais do mercado. Constitui-se, portanto, de uma intervenção do governo no sentido de garantir aos produtores o recebimento de um valor quando os preços de mercado ficarem abai- xo do valor fixado pela política. Saiba Mais A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) é a empresa pública en- carregada de gerir as políticas agrícolas e de abastecimento. A aquisição de produtos, a armazenagem, a venda, a realização de leilões e a oferta de con- tratos são administradas pela CONAB. Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 74 Comercialização de Produtos Agrícolas O produtor, quando contemplado por essa política, tem sua renda assegurada e, em consequência, a oferta é garantida, pois gera estímulos de aumento da área plantada e da produtividade (MENDES e PADILHA JR., 2007). Há duas formas de execução da PGPM: o governo pode comprar pro- dutos dos produtores ou pode conceder empréstimos para os produto- res ou para as cooperativas, visando a estocagem. A seguir, leia o que o Miguel tem a dizer sobre as formas de execução da Política de Garantia de Preços Mínimos. Olá, tudo bem? Neste tópico você está estudan- do sobre a política de garantia de preços mínimos e conhecerá as duas formas de execução dessa política de garantia de preço mínimo que pode ser quando o governo compra produtos dos produtores ou quando o governo concede empréstimos para os produtores ou cooperativas para estocagem. No primeiro caso, o Governo adquire o produto e este passa a integrar os estoques públicos de abastecimento. Ao se definir o piso de preços e, se Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 75 Comercialização de Produtos Agrícolas esse for maior que o preço de mercado, o governo pode comprar excedentes dos produtos constantes na pauta. Trata-se da AGF – Aquisições do Governo Federal e pode ser feita, diretamente, à vista e pagando esse preço mínimo. No segundo caso, chamado de Empréstimo do Governo Federal – EGF, por meio do crédito rural, o produtor é financiado para estocar seu produto e ven- der em uma conjuntura melhor para seu produto. O preço mínimo serve de referência para o valor do empréstimo, com base na quantidade de produto que será objeto do empréstimo. Essa modalidade não prevê a venda da produção. O produtor apenas vincula a produção como um penhor do empréstimo que vai receber. Durante o período vigente de financiamento, caso os preços de mer- cado aumentem, o produtor pode quitar o empréstimo e destinar a produção ao mercado. Atualmente, os preços mínimos são utilizados, em sua grande maioria, para empréstimos e execução de outros instrumentos de apoio à comercialização. Não há, como no passado, grandes estoques públicos e o governo compra cada vez menos dos produtores e das cooperativas. Nos últimos anos, entre- tanto, tem ocorrido a aquisição de produtos por meio de AGF (Aquisição do Governo Federal) e CDAF (Compra Direta da Agricultura Familiar). Um fator limitante dessa política é que a política de garantia de preço mínimo não leva em consideração a remuneração do capital, bem como os custos in- diretos dos produtores. Até logo e bons estudos! Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 76 Comercialização de Produtos Agrícolas PrêmIo Para esCoamento do Produto Além desses dois instrumentos destacados da PGPM, deve-se desta- car o Prêmio para Escoamento de Produto (PEP). O PEP é uma sub- venção econômica (prêmio) concedida àqueles que se disponham a adquirir o produto indicado pelo Governo Federal. O produto é compra- do diretamente do produtor rural, e/ou da cooperativa de produtores, pelo preço mínimo. O objetivo do PEP é escoar a produção entre regiões produtoras e consumidoras, sem queo governo tenha que adquirir diretamente a produção. Normalmente, o governo lança o PEP quando, na região de produção, os preços praticados estão menores que os custos de transação. A diferença entre o preço de custo e o preço mínimo é o valor do prêmio pago ao produtor. Contrato de oPção de venda O contrato de opção de venda também busca um seguro contra a que- da dos preços agropecuários. Trata-se de um título negociado pelo go- verno, que, por sua vez, assume o compromisso de adquirir a quanti- dade de produto vinculado ao contrato, no seu vencimento, a um preço determinado. Módulo 2 - Instrumentos de comercialização agropecuária // 77 Comercialização de Produtos Agrícolas Fonte: Shutterstock Esse contrato dá ao produtor o direito, mas não o dever, de vender a sua produção ao preço preestabelecido, na data do vencimento do contrato. Por meio da CONAB, o governo leiloa os contratos organiza- dos pelas bolsas. No próximo módulo você aprenderá que todas as ações de comerciali- zação envolvem custos, uma vez que produtores e consumidores, em economias modernas, estão cada vez mais distantes. Para precificar os produtos agropecuários deve-se ter mente a existência dos inter- mediários. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 78 Comercialização de Produtos Agrícolas Planejamento e estratégias de ComerCialização agroPeCuários Olá! Bem-vindo ao Módulo 3: Planejamento e estratégias de comer- cialização agropecuários. Você percebe que há uma distância entre o produtor e o consumidor na produção agropecuária? Esse fato revela a existência de intermediários, que são os transportadores, os armaze- nadores e os distribuidores dessa produção. módulo 3 Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 79 Comercialização de Produtos Agrícolas Todos esses passos que separam uma ponta da comercialização da outra implicam em custos. Saber rastrear esses custos é importante para que o produtor consiga maximizar seu lucro, uma vez que esse deve ser incorporado ao preço do produto que chega consumidor. Este módulo é composto por 3 aulas: • Aula 1: Margem de comercialização; • Aula 2: Canais de comercialização agropecuária; • Aula 3: Estratégias de comercialização. Siga em frente e bons estudos! Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 80 Comercialização de Produtos Agrícolas aula 1 margem de ComerCialização Imagine que os consumidores demandam, por exemplo, carne suína. Normalmente, um longo caminho é traçado para que essa carne saia do produtor e chegue à mesa do consumidor. Para que o produtor de suí- nos faça chegar sua mercadoria nas mãos do consumidor, um conjunto de serviços de comercialização é somado ao produto, como transporte, armazenamento, processamento, embalagem, promoção etc. Todas essas etapas da comercialização significam cus- tos, os quais podem ser de dois tipos: variáveis e fixos. Esses custos são incorporados ao preço do produto sen- do, em consequência, repassados ao consumidor final. Nesta aula, você estudará o conceito de margem de comercialização, que mede quanto o preço final dos produtos é apropriado pelos inter- mediários, bem como seus métodos de quantificação. Entenderá tam- bém como esses conceitos podem ampliar a visão dos tomadores de decisão envolvidos no processo de comercialização agropecuária. Ex.: Embalagens, frete etc Ex.: Máquinas e equi- pamentos, pagamen- to de seguro etc. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 81 Comercialização de Produtos Agrícolas o ConCeIto de marGem de ComerCIalIzação A comercialização funciona como um sistema e a justifi- cativa para isso é que, em geral, os produtores e os con- sumidores não estão geograficamente perto, resultando na existência de vários intermediários. Os intermediários se encarregam de conduzir a produção agropecuária da região em que foi produzida, até os consumidores finais. A margem de comercialização (M) é dada pela diferença entre preços nos diferentes níveis de comercialização ajustada para o nível inferior de mercado e que sempre é cobrada do consumidor final (Mendes e Padilha Jr, 2007). São os transportadores, os processadores, os armazenadores, dentre outros Em outras palavras, as margens permitem avaliar quanto do preço final pago pelo con- sumidor é apropriado pelos diversos agentes envolvidos no processo de comercialização da produção. Teoricamente, as margens devem cobrir os custos relacionados ao processo de comer- cialização, os riscos associados ao mercado, além de gerar lucro aos agentes envolvidos na comercialização. Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 82 Comercialização de Produtos Agrícolas A margem é definida como: M = C + L Em que: C = Custo L = Lucro (ou prejuízo do intermediário) A margem absoluta é calculada a partir da diferença entre o preço pelo qual o intermediário vende o produto para o próximo nível do sistema de comercialização e o custo, que se refere ao valor pago na aquisição da matéria-prima. Você percebeu que a margem pode ser dividida em custo de comercialização e lucro (ou prejuízo) do intermediário? Observe que estimar margens por meio dos preços do produto nos diferentes níveis de mercado parece ser uma tarefa bem mais fácil do que a estimativa de custos e de lucros. Dessa forma, o cálculo da mar- gem se torna um conceito muito adequado para verificar a eficiência do setor de comercialização. Assim, a análise das margens de comercialização nos fornece dados a respeito da magnitude das parcelas de cada um dos níveis de comer- cialização no preço final do produto – produtor, atacado e varejo. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 83 Comercialização de Produtos Agrícolas marGem bruta e líquIda de ComerCIalIzação Ao longo do sistema de comercialização, várias perdas acontecem. Na análise das margens brutas, não são consideradas essas per- das. Analise a figura abaixo para compreender o funcionamento das margens brutas. Como a existência de intermediários afeta diretamente o cálculo da margem, ela deve ser segmentada em margem total, de atacado e de varejo. Abaixo, conheça cada uma delas. MARGEM TOTAL A margem total representa as despesas do sistema de comercialização que são co- bradas diretamente do con- sumidor. MARGEM DE ATACADO A margem de atacado mostra a diferença entre o preço de atacado e o preço ao produtor. MARGEM DE VAREJO A margem de varejo trata da diferença entre o preço de varejo e o preço de ata- cado. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 84 Comercialização de Produtos Agrícolas Como a margem de atacado mostra a diferença entre o preço de atacado e o preço ao produtor, então a margem de atacado de soja a 15% significa que essa é a diferença entre o preço do atacado e o preço ao produtor. Reflexão Suponha que você tenha em mãos os preços da soja quando sai do produtor, no atacado e no varejo. Agora, suponha que você calculou que a Margem Total expressa é de 30%. Isso significa que, do preço final pago pelo consumidor no mercado, 30% ficaram no sistema como pagamento de serviços de comercialização. Você saberia responder o que uma Margem de Atacado de soja de 15% e 45% de Margem de Varejo significam? Se preferir, utilize o espaço abaixo para anotar suas reflexões. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 85 Comercialização de Produtos Agrícolas Como a margem de varejo trata da diferença entre o preço de varejo e o preço de atacado, então a margem de varejo da soja a 45% significa que essa é a diferença entre o preço de varejo e o preço de atacado. Em outras palavras, para se calcular a Margem Líquida, o Pp° = Pre- ço da soja em grãos (saca de 60 kg), o Pv¹ = Preço do farelo de soja (tonelada) e o Pv² = Preço do óleo de soja (0,9 litros)teriam que ser considerados. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 86 Comercialização de Produtos Agrícolas Embora não seja nosso objetivo mostrar o cálculo de forma detalhada, imediatamente se percebe que o primeiro passo seria a transformação de todas as unidades de medidas em uma só. De que forma poderiam ser somadas sacas com toneladas e litros? Transformados os preços relativos à kg, por exemplo, calcularíamos os rendimentos industriais (R) que, no nosso exemplo, se relacionariam a cada 1,0 kg de soja em grão. Com preços ponderados pelos rendimentos industriais, a margem lí- quida permite uma interpretação econômica. Mostra como percentual que a comercialização como um todo foi responsável pelo preço (custo + lucro). Dentre os métodos de cálculo, há o que considera as “perdas e quebras” ao longo do sistema de comercialização; o que não con- sidera; e o que as “perdas e quebras” são consideradas apenas no processamento. fatores que Podem afetar a marGem de ComerCIalIzação Vários fatores podem afetar as margens de comercialização, sendo os principais: Estrutura de mercado do produto em questão Quanto maior o poder de mercado (oligopólio, monopólio), maior deve ser a margem de comercialização. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 87 Comercialização de Produtos Agrícolas Na próxima aula você estudará os canais de comercialização agrope- cuária. Siga em frente e bons estudos! Instabilidade dos preços Quanto maior a intensidade e a frequência dos choques de oferta e demanda do produto e de seus insumos de produ- ção, maior a instabilidade e, portanto, maior a margem. Características do produto Produtos processados ou perecíveis tendem a apresentar maiores margens, por demandarem maiores cuidados na co- mercialização. Quanto maior a rapidez de amadurecimento do produto e sua sazonalidade, maior a margem. Mudanças tecnnológicas As mudanças tecnológicas podem tanto reduzir, quanto ele- var as margens. O primeiro caso ocorre quando as mudanças reduzem os custos de comercialização (melhorias no arma- zenamento e transportes). Já o segundo acontece quando são incorporados novos serviços ao produto agrícola (agre- gação de valor na cadeia do produto). Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 88 Comercialização de Produtos Agrícolas aula 2 Canais de ComerCialização agroPeCuária A comercialização de produtos da agropecuária envolve muito mais etapas do que a simples entrega da produção nas mãos dos consu- midores finais. Isso acontece porque muita coisa mudou: o mundo re- duziu suas fronteiras; o produtor está cada vez mais longe, geogra- ficamente, do consumidor; as economias cresceram e houve grande avanço tecnológico. Nas aulas anteriores, mesmo sem nominá-los, analisamos os sistemas de comercialização a partir de vários enfoques. Falamos de funções da comercialização, das formas como a comercialização pode ser afetada institucionalmente e da estrutura dos mercados. Agora, discutiremos aspectos relacionados ao conceito de canais de comercialização. Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 89 Comercialização de Produtos Agrícolas Você, que está inserido nesse mercado, acompanha o dinamismo que envolve o sistema de comercialização e perceberá a importância des- ses conceitos no seu cotidiano de tomada de decisões. os métodos de análIse dos sIstemas de ComerCIalIzação Por ser um processo que envolve tanto dinamismo e complexidade, é natural que não exista um único método para se analisar o sistema de comercialização. Abaixo, acompanhe o que o Miguel tem a dizer sobre os métodos para análise do sistema de comercialização. Olá, tudo bem? Neste tópico você está estudando os métodos de análise dos sistemas de comercia- lização. Dentre os enfoques possíveis, há a análise fun- cional, que ocorre quando a “quebra” das ativi- dades dentro do sistema em funções acarreta o conhecimento dos custos de comercialização dos intermediários e da diferença de custos entre os produtos. As funções podem ser entendidas como ativida- des especializadas, desempenhadas por instituições durante as diversas fa- ses da comercialização. Exemplos dessas funções são a compra, a venda, a formação de preços, a movimentação da produção, o financiamento da produção, a informação do mercado, dentre outras. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 90 Comercialização de Produtos Agrícolas Durante a explicação do Miguel, você percebeu que todas essas medi- das expressam a complexidade da organização de um sistema de co- mercialização. A figura abaixo expressa a organização de um sistema de comercialização. Outra alternativa seria a análise institucional dos sistemas de comercialização. Dentro desse enfoque, os intermediários e agências são os atores que execu- tam os serviços de comercialização de um produto. Quanto ao método estrutural, serão analisadas as características dos merca- dos ligadas à estrutura de mercado, à conduta de firmas e à eficiência industrial. Do ponto de vista da estrutura, as características de mercado, seu grau de concentração, bem como a diferenciação ou não dos produtos são objetos de estudo. Quanto à conduta, leva-se em conta a forma como são definidas as políticas da firma em relação às demais concorrentes no mercado. Em outras palavras, sob essa perspectiva, busca-se entender como as empresas fazem as políticas de preços (os arranjos comerciais, por exemplo), as políticas de produtos (gastos com propaganda) e conduta coerciva (enfraquecimento do concorrente). Ainda, dentro dos métodos de análise da comercialização precisam ser citadas as medidas de desempenho. As medidas de desempenho estão relacionadas com a eficiência, sendo que as margens de comercialização representam uma dessas medidas. Até logo e bons estudos! Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 91 Comercialização de Produtos Agrícolas Esse sistema se concentra na figura do produtor e nas atividades in- termediárias, que atuam no sentido de reduzir os impactos da sazo- nalidade, gerando o equilíbrio. O sistema se dispersa quando ocorre a distribuição aos consumidores. Nessa figura fica claro que os agentes intermediários, como atacadis- tas, varejistas, centrais de compra e de distribuição, transportadores, armazenadores, agroindústrias processadoras, dentre outros, desem- penham funções que geram o alcance dos objetivos da comercializa- ção agrícola. Essas funções só são bem exercidas quando esses ato- res se reúnem em canais de comercialização eficientes. o ConCeIto de CanaIs de ComerCIalIzação Os canais de comercialização tratam do trajeto que o produto agrope- cuário faz, desde as mãos do produtor, até o consumidor final. Claro que esses canais de comercialização apresentam níveis de complexidade diferentes, dependendo da sequência e do número de mercados pelos quais passam o produto até chegar às mãos de quem deseja consumir. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 92 Comercialização de Produtos Agrícolas Os canais de distribuição podem ser conceituados como “conjuntos de organizações interdependentes envolvidos no processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo” (Kotler, 1998). Esquematicamente, a figura abaixo ilustra esse conceito. Produtos, serviços e informações são escoados dentro desses canais de comercialização, mediados pelos agentes intermediadores. Ainda em relação à figura, observe que os canais de comercialização são de- finidos por níveis, a partir do tamanho da rede de atores intermediários envolvidos. Nível zero No canal de nível zero teríamos os produtores rurais, pre- dominantemente pequenos e tomadores de preços. Nesse caso, o produtor vende a sua produção em feiras, no porta-a- -porta ou em cooperativas, sem intermediários.Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 93 Comercialização de Produtos Agrícolas Se tivesse o nível 4, mais um agente seria adicionado, como as cen- trais de abastecimento e, até mesmo, os segmentos ligados à exporta- ção dos produtos. Nível 1 O canal de nível 1 tem um intermediário, que é o agente que compra o produto agropecuário e o conduz para os outros níveis da comercialização, como supermercados e sacolões. Nível 2 No canal nível 2 estão os atacadistas e os varejistas que, por meio das centrais de distribuição e de restaurantes, por exemplo, são os responsáveis pelo escoamento do produto. Nível 3 Incluindo mais um intermediário, o canal de nível 3 soma o processamento de alimentos, além dos agentes atacadistas e varejistas. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 94 Comercialização de Produtos Agrícolas A existência de intermediadores garante, por um lado, a padronização da chegada dos produtos ao consumidor final, e pode ajudar na redução de custos de transação. Por outro lado, como os intermediadores representam grandes empresas processadoras ou fornecedoras de insumos, eles possuem muito poder de barganha e, portanto, as margens podem ser altas. A seguir, analise a descrição dos canais de comercialização a partir da figura. Reflexão Será que a existência de intermediadores é sempre benéfica às cadeias produtivas? Reflita considerando o dia a dia do seu negócio ou mesmo em relação ao que você tem observado no mercado. Se preferir, utilize o espaço abaixo para anotar suas reflexões. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 95 Comercialização de Produtos Agrícolas Você percebe que a natureza do produto e do mercado no qual ele se insere determinam a complexidade dos canais de comercialização? Um produto perecível teria canais de comercialização distintos de ou- tro produto cuja perecibilidade é maior? Claro que sim! Quanto maior o grau de perecibilidade, menor será o canal de comercialização. Por outro lado, canais de distribuição mais longos estão atrelados a produtos de grande consumo. Será que os ca- nais de comercialização de frutas, o morango, por exemplo, se diferem do apresentado na figura acima, que mostra o caso do feijão? Na próxima aula você estudará as estratégias de comercializa- ção e os fatores determinantes para a competitividade dos produtos agropecuários. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 96 Comercialização de Produtos Agrícolas aula 3 estratégias de ComerCialização Pensar estrategicamente significa se posicionar no mercado de forma diferente dos concorrentes, buscando aumentar o lucro e a sustenta- bilidade do negócio. Por quais motivos, os produtores deveriam criar estratégias ao escolher a melhor forma de comercializar a produção agropecuária? Não há dúvidas de que, por natureza, os produtos agropecuários ge- ram incerteza e risco na produção e, todo produtor, em algum momen- to, já se perguntou quando, quanto e como comercializar a produção. Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 97 Comercialização de Produtos Agrícolas Assim, a estratégia escolhida é de muita importância na garantia dos resultados econômicos esperados pelo produtor. A seguir, entenda as estratégias de comercialização dos produtos agropecuários. as estratéGIas de ComerCIalIzação de Produtos aGroPeCuárIos Um dos principais autores que trata do conceito de estratégia, Porter (1999), afirma que estratégia é criar uma posição que torne o produto e/ou a empresa únicos. A estratégia pode ter o seu trunfo na diferencia- ção do produto ou na geração de custos de produção menores. Do ponto de vista da comercialização de produtos agropecuários, estratégia é criar mecanismos capazes de provocar aumento da venda de seus produtos. À medida que o governo intervém menos na comercialização, junta- mente ao fato de haver mais capacidade de armazenamento, as estra- tégias de comercialização começam a ser mais difundidas e utilizadas. No caso da comercialização, a grande volatilidade dos preços é o que amplia o risco e os produtores buscam estratégias para driblar a insta- bilidade que acompanha os preços nos períodos de plantio, de safra e de entressafra. Acompanhe a seguir algumas estratégias de comercialização de pro- dutos agrícolas. Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 98 Comercialização de Produtos Agrícolas Olá! Tudo bem? Neste tópico você está estudan- do as estratégias de comercialização de produtos agropecuários. Você sabia que em mercados competitivos, como o agropecuário, a demanda é afetada pelas alte- rações na renda dos consumidores, do gosto, do hábito e do tamanho do mercado? Pelo lado da oferta, preço dos insumos e tecnolo- gia, dentre outros, são responsáveis por mudan- ças. Quando somados, esses impactos sobre a oferta e a demanda geram a instabilidade dos preços e justificam a adoção de estratégias de comercialização. Uma dessas estratégias é a venda à vista na época da colheita. Embora cada vez menos utilizada, essa alternativa prevê que os agricultores e pecuaristas vendam suas produções para o mercado ou para o governo. Ao optar por essa estratégia, o produtor se afasta da possibilidade de obter retornos mais expressivos dos investimentos feitos, pois na época da safra, historicamente, os preços estão mais baixos. Mas, por quais motivos, sabendo que os preços estarão mais baixos, os produtores escolheriam essa estratégia de comercialização? Sempre que houver problemas relacionados ao armazenamento da produção, a falta de recursos para gerir o negócio agrícola ou a uma previsão de preços futuros mais baixos a adoção da venda à vista será a escolha do produtor. A estratégia de comercialização que mais tem crescido no setor agropecuá- rio é o contrato de venda antecipada da produção. Nessa modalidade, a Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 99 Comercialização de Produtos Agrícolas Em seguida, realize a leitura do trecho da matéria Milho: cenário para preços estimula mercado de opções na BM&FBovespa. venda firmada por contrato antes da colheita (e, às vezes, antes do plantio) tem entrega firmada em data futura. A venda antecipada deve ser a estratégia de comercialização escolhida quando o produtor desejar garantir um determinado preço antes da colheita, garantindo assim o pagamento de crédito informal. Os intermediários também podem optar por venda da produção por meio de contratos de venda antecipada buscando garantir fornecedores fixos ou aumentar o horizonte de planejamento da produção e da logística. Outro método ou estratégia de comercialização seria a formação de esto- ques para a especulação. Caso o produtor, ou a cooperativa a qual pertence, tenha silos e armazéns, a produção poderá ser estocada e vendida na en- tressafra, garantindo preços maiores. Essa estratégia só deve ser adotada quando se percebe que os custos de armazenamento são relativamente menores que os ganhos potenciais da venda do produto. Por fim, o mercado de futuros agropecuários se desenha como uma estraté- gia de comercialização uma vez que, conforme discutimos em aulas anterio- res, permite que o produtor dilua o risco das oscilações de preços. Até logo e bons estudos! Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 100 Comercialização de Produtos Agrícolas O trecho da notícia revela que, quando as condições de mercado de- primem os preços e as condições de financiamento da produção não são adequadas, os produtores devem escolher uma estratégia capaz de proteger seus rendimentos e o mercado de futuros agropecuário produz um cenário de redução de incerteza e de risco. Saiba mais Milho: cenário para preços estimula mercado de opções na BM&FBo- vespa “O crescimento da produção doméstica de milhoe o cenário de cotações pressionadas pela ampla oferta têm impulsionado o mercado de contratos de opções de milho negociados na BM&FBovespa. Em um ano, o número de contratos abertos mais que dobrou. A safra brasileira do grão atingiu 79,9 milhões de toneladas na temporada 2013/2014, 2% menor que a colhida no ciclo anterior, mas após dois anos de preços abaixo do mínimo de garantia durante a safra, em virtude do excedente de produção, agricultores começam a buscar alternativas de proteção de preço, sem depender da subvenção do governo, garantindo a renda no campo. Segundo dados do fechamento de outubro da bolsa, foram negociados 16.721 contratos de opção, volume 379,4% superior ao registrado em igual período de 2013.” Fonte: Futuros Agrícolas. Disponível em: http://www.futurosagricolas.com.br/ conteudo/milho-cenario-para-precos-estimula-mercado-de-opcoes-na-bmfbo- vespa.html http://www.futurosagricolas.com.br/conteudo/milho-cenario-para-precos-estimula-mercado-de-opcoes-na-bmfbovespa.html http://www.futurosagricolas.com.br/conteudo/milho-cenario-para-precos-estimula-mercado-de-opcoes-na-bmfbovespa.html http://www.futurosagricolas.com.br/conteudo/milho-cenario-para-precos-estimula-mercado-de-opcoes-na-bmfbovespa.html Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 101 Comercialização de Produtos Agrícolas fatores determInantes da ComPetItIvIdade dos Produtos aGroPeCuárIos Imagine uma corrida na qual você participa. Você quer chegar à frente de todos e cada um dos competidores é seu adversário. Essa situação de competição pode ser trazida para o cenário das produções agrícola e pecuária, definindo competitividade? Em definitivo, não. Embora a competitividade inclua medidas de desempenho, ela depen- de de relações que são construídas entre os agentes, ou seja, trata-se de uma relação sistêmica. Em outras palavras, a produção pode ter sido feita com altos padrões de qualidade, mas a sua competitividade depende das estruturas de armazenamento, de logística, dentre outros. Competitividade pode ser definida como a capacidade sustentável de sobreviver e de crescer em mercados correntes ou novos. A sustentabilidade implica em repetir essa posição em outros períodos, garantindo resultados econômicos condizentes com a atividade. Tampouco, competitividade não é sinônimo de concorrência. No con- texto estudado, de acordo com Zylbersztajn e Neves (2000), a concor- rência se relaciona mais ao estudo do funcionamento dos mercados e refere-se à corrida entre as empresas pela renda do consumidor e pelo acesso aos insumos. O conceito de concorrência se parece mais com o exemplo da corrida. Uma das formas de medir a competitividade diz respeito à inovação em produto e processo, buscando atender a demandas que têm atributos específicos de qualidade exigidos por consumidores. Uma das faces Módulo 3 - Planejamento e estratégias de comercialização agropecuários // 102 Comercialização de Produtos Agrícolas da inovação pode ser identificada pela definição de mercados-alvo a serem alcançados. Fonte: Shutterstock Nesse caso, a diferenciação dos produtos está intimamente relacio- nada aos atributos de qualidade. Então, conhecer as preferências do consumidor e adequar o processo ou a tecnologia passam a ser ne- cessários para se ganhar competitividade. Essa compreensão dos aspectos do mercado e a escolha de canais de comercialização adequados possibilitam ampliar a competitividade dos negócios agropecuários. Você chegou ao final do curso Comercialização de Produtos Agrícolas, em que estudou o conceito de comercialização agrícola e sua evolu- ção, bem como a caracterização, o planejamento e a comercialização da produção agropecuária. Durante o curso, você observou que pensar na demanda é pensar na relação entre preço do bem e nas suas quantidades demandadas, por intervalo de tempo. Pensar na oferta é pensar na relação entre preço do bem e suas quan- tidades ofertadas, por intervalo de tempo. Conhecer os fatores capazes de alterar a resposta do consumidor e do produtor é criar um conjunto de informações capazes de predizer seus comportamentos. Finalizando o curso Você também entendeu que o papel da comercialização agropecuária no estímulo à produção, ao consumo e à criação das utilidades é re- conhecer sua importância no desenvolvimento econômico das nações. Estudou que, quanto mais informações o sistema de comercialização puder oferecer aos principais atores do processo, maior será o grau de assertividade e, em consequência, de benefícios econômicos advin- dos das transações. Ao longo do curso você estudou como o produtor deve lidar com o risco inerente à produção agropecuária e os mecanismos de comercialização que devem ser escolhidos para minimizar esse risco. Analisou que o mercado spot para commodities dificilmente atende a esse objetivo e deve ser complementado pelos mercados de futuros. Para outros produtos agropecuários, em especial aqueles que depen- dem da qualidade e da regularidade do suprimento, mais do que pre- ços, os contratos de longo prazo se apresentam como um mecanismo adequado de comercialização. Da necessidade de redução dos riscos inerentes à produção agrope- cuária se derivou mecanismos de proteção, dentre eles, o mercado de futuros. Então, durante o curso, você estudou a lógica dos mercados que envolvem mais de um ponto no tempo na transação e viu que isso faz com que os produtores encontrem uma forma de minimizar as in- certezas, aumentando o horizonte de planejamento. Fonte: Shutterstock As margens de comercialização servem como um indicador de eficiên- cia de mercado. Todos os envolvidos no processo de comercialização, ao analisarem séries de informações das margens de comercialização, têm a percepção do quanto o consumidor final paga aos intermediários e ao produtor por serviços no processo de comercialização. A complexidade crescente da produção e da comercialização exige ca- nais de distribuição cada vez mais adequados ao tipo de produto e de mercado. A organização desses fluxos de concentração, de equilíbrio e de dispersão é fundamental para que o consumidor final tenha em mãos, da melhor forma possível, os produtos que deseja. As políticas públicas voltadas para o setor agropecuário têm por objetivo garantir a ren- da do produtor e gerar situações mais favo- ráveis para o processo de comercialização. Percebe-se que as intervenções públicas no setor estão menos ligadas a uma real per- cepção das lacunas estruturais existentes e mais vinculadas ao atendimento de situ- ações conjunturais. Há um caminho longo a ser percorrido. As estratégias de comercialização implicam na escolha de mecanismos capazes de reduzir o risco e a incerteza inerentes à produção agrícola. Essas estratégicas estão vinculadas à natureza do produto a ser comercializado. Portanto, a garantia de ganhos em termos de competitividade, em especial, do agente produtor, está condicionada a adoção de novas tecnologias e do atendimento a demandas específicas do mercado, por exemplo, a diferenciação da produção. Escolher as melhores es- tratégias de comercialização resulta, necessariamente, em ganhos de competitividade do setor. Desejamos sucesso na sua caminhada e conte conosco sempre que precisar! Agora que você finalizou os estudos de todos os módulos, será neces- sário responder à pesquisa de satisfação para ser considerado con- cluinte no curso. Acesse o AVA e verifique se você já respondeu à última atividade de aprendizagem e avançou para a Finalização do curso, pois somente de- pois de fazer isso é que a pesquisa ficará disponível na página INÍCIO. No AVA, na página “Finalizando o curso”, você encontrará mais orien- tações de como responder à pesquisa de satisfação! rEFErências bibliográFicas Abordagem Econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. ARBAGE, A.P. Fundamentos de Economia Rural. 2. ed. Chapecó: Argos, 2012. BARROS, G. S. de C. Economia da Comercialização Agrícola.Pira- cicaba, FEALQ, 1987, 306p. BATALHA, Mário Otávio. Gestão Agroindustrial. GEPAI: Grupo de Es- tudos e Pesquisas Agroindustriais 2. ed. 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