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IESC II

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INTEGRAÇÃO ENSINO 
SERVIÇO EM 
COMUNIDADE - IESC II 
IESC II
ATRIBUTOS DA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA 
ESTRUTURA JURÍDICA 
1-Constituição Federal de 1988: Art 195-A 
asseguridade social será financiada por toda a 
sociedade de forma direta ou indireta nos termos 
da lei,mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União,dos Estados e municípios. 
2-lei 8080/90 -Art 3ª:Dispõe-se sobre as 
condições para a promoção,proteção e recuperação 
da saúde,a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes. 
3-Lei 8142/90: Dispõe-se sobre a participação da 
comunidade na gestão do Sus e sobre as 
transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros da área da saúde. 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
1-PRINCÍPIOS 
Universalidade:Acesso igualitário aos serviços de 
s a ú d e p a r a t o d o s , s e m p re c o n c e i t o s o u 
privilégios,em todos os níveis de assistência. 
Equidade:Igualdade na assistência à saúde,com 
ações e serviços priorizados em função de situações 
de risco,das condições de vida e da saúde de 
determinados grupos da população.”Tratar 
desigualmente o desigual”. 
Integralidade:Considera a pessoa como um 
todo,indivisível e membro de uma comunidade e 
que as ações de promoção,proteção e recuperação 
da saúde devem acontecer de forma integrada em 
t o d o s o s n í v e i s d e c o m p l e x i d a d e d o 
sistema.Assistência que transcende a prática 
curativa,contemplando em todos os níveis de 
atenção e considerando o sujeito inserido no 
contexto social. 
2-DIRETRIZES DO SUS 
• Regionalização e hierarquização: Os 
serviços devem ser organizados em ordem 
crescente de complexidade,circunscritos a 
determinada área geográfica,planejados a partir 
de critérios epidemiológicos e com definição e 
conhecimento da clientela a ser atendida. 
• O b s e r v a ç ã o : Q u a n t o m a i s p e r t o d a 
população,maior será a capacidade do sistema 
identificar a necessidade de saúde e melhor será 
a forma de gestão. 
• Te r r i t o r i a l i z a ç ã o / p o p u l a ç ã o 
a d s c r i t a : M a p e a m e n t o d a á r e a , 
compreendendo o seguimento populacional 
determinado e apropriar-se junto com ela do 
perfil da área e da comunidade, reconhecer 
dentro da área de abrangência barreiras, 
acessibilidade,condições de infraestrutura, 
r e c u r s o s s o c i a i s , i d e n t i fi c a r o p e r fi l 
s o c i o d e m o g r a fi c o , 
epidemiológico,socioeconômico e ambiental. 
• Cuidado centrado na pessoa 
• Resolutividade:O sistema deve ser capacitado 
para enfrentar e resolver no nível de uma 
competência, os problemas individuais ou 
coletivos da população da sua área adscrita. 
• Longitudinalidade do 
cuidado:Continuidade do cuidado 
• Coordenação do cuidado:Continuidade da 
atenção(reconhecer os problemas que requerem 
seguimento). 
• Participação da comunidade:A sociedade 
participara do processo de formulação das 
políticas de saúde e do controle de sua execução 
em todas as esferas de governo. 
ATENÇÃO BÁSICA 
• Conjunto de ações de saúde individual e coletiva 
que envolvem promoção, prevenção, proteção, 
diagnóstico,tratamentos reabilitação e etc. 
• É a principal porta de entrada e centro das redes 
de atenção à saúde, coordenadora do cuidado e 
ordenadora das ações e serviços disponibilizados 
na rede. 
Atributos essenciais 
Longitudinalidade : O profiss iona l da 
continuidade ao tratamento e acompanhamento. 
Cria-se uma relação mútua de confiança. 
Primeiro contato :Facil idade do acesso, 
acessibilidade aos serviços de APS a cada novo 
problema ou resídua. 
Integralidade:Olha o sujeito de forma completa, 
trabalho, cultura, crenças e etc.Além da prestação 
de serviços em sua totalidade(promove, previne, 
cura, cuida, reabilita e ameniza). 
Coordenação:Ordenação da rede. 
Atributos derivados 
Orientação familiar:A família é o sujeito da 
atenção. 
Orientação comunitária:Reconhecimento das 
necessidades da família analisando o contexto social 
em que vivem. 
C o m p e t ê n c i a c u l t u r a l : Re s p e i t o d a s 
singularidades culturais e as preferências do 
paciente da família. 
Papéis essenciais 
-Resolutividade 
-Comunicação 
-Responsabilização 
PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAUDADE DA 
FAMÍLIA(ESF) 
Adscrição da clientela:Definição precisa do 
território de atuação. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
Te r r i t o r i a l i z a ç ã o : M a p e a m e n t o d a 
área,compreendendo segmento populacional 
determinado. 
Diagnóstico situacional:Cadastramento das 
famílias e dos indivíduos,analisando a situação de 
saúde do território. 
Planejamento:Programação das atividades 
segundo critérios de risco a saúde,priorizando 
soluções dos problemas.
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
DESAFIOS DA ATENÇÃO BÁSICA 
NO CONTEXTO DO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
Durante estes últimos 30 anos o sistema de saúde 
brasileiro tem contribuído não somente para o 
acesso como também para os desfechos da atenção 
que são refletidos em seus indicadores. 
INDICADORES 
- Diminuição da taxa de mortalidade infantil. 
- Diminuição da taxa de mortalidade e de 
internação por problemas cardiovasculares. 
- Aumento da cobertura vacinal. 
Uma atenção primária com uma base forte é 
importante para melhorar os indicadores de saúde. 
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 
Em definição a APS é considerada como uma 
es t ratég ia chave dentro de um mode lo 
organizacional regionalizado e integrado a redes de 
atenção ordenadas. 
- A APS cuida das pessoas, em vez de apenas tratar 
doenças ou condiçõess específicas. 
- Pode atender de 80% a 90% das necessidades de 
saúde de um indivíduo ao longo do tempo. 
- Desenvolve ações que vão desde a promoção de 
saúde e prevenção até o controle de doenças 
crônicas e cuidados paliativos 
- Pode intervir nos determinantes sociais, 
econômicos, ambientais que geralmente estão além 
do setor da saúde. 
POR QUE A ATENÇÃO PRIMÁRIA É IMPORTANTE? 
- A APS está bem posicionada 
para responder às rápidas 
mudanças, econômicas , 
tecnológicas e demográficas, 
que impactam a saúde e o 
bem-estar. 
- Agir sobre as principais 
causas de problemas de saúde 
e riscos ao bem-estar, bem 
como de lidar com os desafios emergentes que 
ameaçam a saúde e bem-estar 
- É essencial para alcançar os Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030. 
RELATÓRIO DOS 30 ANOS DO SUS 
● Expansão e consolidação de uma atenção 
primária à saúde forte. 
● Ordene as redes de atenção e as integra aos 
sistemas de vigilância em saúde. 
●Melhores resultados, eficiência, menores custos e 
maior quantidade de atendimento. 
FINANCIAMENTO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE 
Programa Previne Brasil 
P O R T A R I A N º 2 . 9 7 9 , D E 1 2 D E 
NOVEMBRO DE 2019 
Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece 
novo modelo de financiamento de custeio da 
Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema 
Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria 
de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro 
de 2017. 
De acordo com a portaria nº 2.979, de 12 de 
novembro de 2019, o repasse é feito pelo 
Previne Brasil, por meio de 3 critérios: 
1-Capitação Ponderada: calculada com base 
no nº de cadastros, incentivando que a 
população que depende do SUS esteja sob 
responsabilidade das equipes e dos serviços de 
saúde. 
I - a população cadastrada na equipe de Saúde da 
Família (eSF) e equipe de Atenção Primária 
(eAP) no Sistema de Informação em Saúde para a 
Atenção Básica (SISAB); 
II - a vulnerabilidade socioeconômica da população 
cadastrada na eSF e na eAP.(o critério de 
vulnerabilidade contempla pessoas beneficiárias do 
Programa Bolsa Família (PBF), do Benefício de 
Prestação Continuada (BPC), ou de benefício 
previdenciário no valor de até dois salários-
mínimos) 
III - o perfil demográfico por faixa etária da 
população cadastrada na eSF e na eAP; e 
IV - classificação geográfica definida pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
2-Pagamento por desempenho: calculado a 
partir do desempenho do municípioe um 
conjunto de indicadores de processos e resultados 
em saúde, monitorados e avaliados no trabalho das 
equipes da ESF. Visa reconhecer as necessidades e 
aperfeiçoar as estratégias de intervenção, 
definindo prioridades de melhoria. 
Para o pagamento por desempenho deverão 
ser observadas as seguintes categorias 
de indicadores: 
I - processo e resultados intermediários das equipes; 
II - resultados em saúde; e 
III - globais de APS. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
3-Incentivo para Ações Estratégicas: Parte do 
financiamento que é baseado na implementação de 
programas, estratégias e ações que tragam 
melhorias para a APS. 
O cálculo para a definição dos recursos 
fi n a n c e i r o s p a r a i n c e n t i v o p a r a 
açõesestratégicas deverá considerar: 
I - as especificidades e prioridades em saúde; 
II - os aspectos estruturais das equipes; e 
III - a produção em ações estratégicas em saúde. 
- incentivo para ações estratégicas 
contemplará o custeio das seguintes 
ações, programas e estratégias: 
I - Programa Saúde na Hora; 
II- Equipe de Saúde Bucal (eSB); 
III - Unidade Odontológica Móvel (UOM); 
IV - Centro de Especialidades Odontológicas 
(CEO); 
V - Laboratório Regional de Prótese Dentária 
(LRPD); 
VI - Equipe de Consultório na Rua (eCR); 
VII - Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF); 
VIII - Equipe de Saúde da Família Ribeirinha 
(eSFR); 
IX - Microscopista; 
X - Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP) e 
etc. 
Observação: PORTARIA GM/MS Nº 2.254, 
DE 3 DE SETEMBRO DE 2021 Altera o Título II 
da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 
de setembro de 2017, que dispõe sobre o custeio da 
Atenção Primária à Saúde. 
Segundo a portaria nº 2.254 de 3 de 
setembro de 2021 o repasse será realizado a 
partir do: 
-Pagamento por desempenho. 
-Incentivo para ações estratégicas. 
-Incentivo financeiro com base em critério 
populacional. 
Portaria GM/MS Nº 102, de 20 de janeiro 
de 2022 
São indicadores do pagamento por 
desempenho para o ano 2022: 
I- Proporção de gestantes com menos de 6 meses, 
consultas pré-natal realizadas, sendo a 1° até a 12° 
semana de gestação. 
II-Proporção de de gestantes com realização de 
exames para sífilis e HIV. 
III- Proporção de gestantes com atendimento 
odontológico realizado. 
IV- Proporção de mulheres com coleta de 
citopatológico na APS. 
V- Proporção de crianças de um ano de idade 
vacinadas na APS contra diftéria , tétano, 
coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por 
haemophilus influenza tipo B e poliomielite 
inativada. 
VI- Proporção de pessoas com hipertensão, com 
consulta e pressão arterial aferida no semestre. 
VII- Proporção de pessoas com diabetes, com 
consulta e hemoglobina glicada solicitada no 
semestre. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
TERRITORIALIZAÇÃO NA 
ATENÇÃO BÁSICA 
CONCEITO 
Consiste no mapeamento da 
á r e a , c o m p r e e n d e n d o o 
segu imento popu lac iona l 
determinado e apropriar- se 
junto com ela do perfil da área 
e dá comunidade, reconhecer 
dentro da área de abrangência 
b a r r e i r a s , 
acessibilidade,condições de 
infraestrutura, recursos sociais, identificar o perfil 
sociodemografico,epidemiológico,socioeconômico e 
ambiental. 
PONTO DE PARTIDA 
1. Definição de território em saúde 
2. Elementos que compõe o território 
3. Objetivos da territorialização 
4. Contribuições da territorialização 
TERRITORIALIZAÇÃO E PLANEJAMENTO 
• Descentralização das ações de saúde – aproximar 
e adequar ações e recursos às necessidades e ao 
perfil epidemiológico das diferentes regiões. 
• A definição e analise do território - constitui-se a 
base para o trabalho das equipes de saúde da 
família. 
• Apreender as potencialidades presentes e o perfil 
das necessidades a serem trabalhadas. 
OPERACIONALIZAÇÃO DA TERRITORIALIZAÇÃO 
Visita ao território - previamente sistematizada - 
identificação de barreiras geográficas, áreas de 
risco, equipamentos sociais públicos ou privados, 
organizações não governamentais, empresas, 
espaços de lazer, etc. 
• Número de equipes ou profissionais de saúde, 
• Capacidade de atendimento da unidade, 
• Número de domicílios cadastrados ou de usuários 
a serem atendidos no serviço. 
• Deve-se destacar áreas desocupadas. Consultar 
moradores e órgãos públicos sobre projetos e 
ocupações. Evitar incapacidade de atendimento 
futuro; 
• Delimitar a área em um mapa base que poderá 
ser obtido por meio de um guia de ruas. 
• Cada cópia do mapa deve constituir uma base 
para a demarcação como: delimitação do 
território, área de abrangência e influencia, área 
e/ou micro áreas de risco, equipamentos sociais 
públicos e privados. 
PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
- Adscrição de clientela- definição precisa do 
território de atuação. 
- Territorialização- mapeamento da área, 
comprometendo s egmento popu lac iona l 
determinado. 
- Diagnóstico situacional- cadastramento das 
famílias e dos indivíduos, análise da situação de 
saúde do território. 
- Planejamento- programação de atividades 
segundo critérios de risco a saúde, priorizando 
solução dos problemas. 
FUNÇÕES DA TERRITORIALIZAÇÃO: 
• Delimita-se uma área de atuação das equipes, as 
quais são importantes para conhecer as 
necessidades da comunidade e melhorar a 
qualidade da assistência. 
• Permite conhecer os fatores de risco presentes no 
território para que seja possível fazer uma 
intervenção que busca minimizar ou eliminar 
esses riscos, dessa forma, contribuir para a 
qualidade de vida e saúde da população. 
• Permite direcionar a quantidade de equipes que 
vai trabalhar ou atuar na área, isto é, fazer gestão 
do território. 
• Possibilitagerirmelhorosrecursosfinanceiros. 
• Permite conhecer os dados epidemiológicos 
daquela população( quais as doenças prevalentes, 
fatores de adoecimento presentes no território e 
etc) , ou seja os determinantes daquela região. 
Observação: Dentro da área de atuação existe as 
chamadas micro áreas, no qual cada agente 
comunitário de saúde que compõe a equipe da 
saúde da família é responsável por uma dessas 
áreas. O agente comunitário de saúde reconhece 
todos os problemas existentes dentro daquela micro 
área, sabendo identificar quantas gestantes, 
diabéticos, hipertensos, fumantes e etc, bem como 
sabe onde está localizado os recursos da área, a 
exemplo de creches, praças, reservatório de lixo, 
entre outros. 
CONCLUSÕES 
• Envolvimento da equipe e comunidade; 
• É a base de informações para a construção do 
perfil epidemiológico; 
• É responsabilidade de todos os técnicos e 
comunidade local manter o cadastro do território 
atualizado; 
• Como produto desse processo, obter-se-á o 
estabelecimento de uma rede social solidária, que 
resultará em melhoria da condição de saúde da 
comunidade, dos trabalhadores inseridos nesse 
espaço e a ampliação de projetos sociais 
envolvendo diferentes sujeitos da comunidade na 
busca de recursos. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
CONCEITO 
• É um conjunto de práticas pedagógicas de caráter 
participativo e emancipatório, que perpassa 
vários campos de atuação e tem como objetivo 
sensibilizar, conscientizar e mobilizar para o 
enfrentamento de situações individuais que 
interferem na qualidade de vida. 
• A APS amplia muito o campo de interação dos 
profissionais de saúde, possibilitando uma 
atuação profissional integrada ao esforço dos 
moradores e seus movimentos sociais para o 
enfrentamento dos problemas de saúde. 
• A educação em saúde é uma importante 
ferramenta da promoção de saúde, envolvendo os 
aspectos teóricos e filosóficos, os quais devem 
orientar a pratica de todos os profissionais de 
saúde. 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
• Não é o modelo tradicional de educação em 
saúde. 
• Não é uma educação bancária. 
• Não é considerada como um ato de depositar, 
transferir valores e conhecimentos. 
• Não é um diálogo verticalizado, em que o 
educando é um ser passivo. 
• É um método dialógico- Pedagogia de Paulo 
Freire. 
AGENDA DE COMPROMISSOPELA SAÚDE - SUS/ 
2005 
- Pacto em Defesa do Sistema Único de Saúde 
(SUS) 
- Pacto em Defesa da Vida 
- Pacto de gestão 
Pacto em Defesa a vida- aprimoramento do 
acesso e da qualidade dos serviços prestados no 
SUS, qualificação estratégica da Saúde da família. 
Informação e educação em saúde com ênfase- 
promoção de atividade física, promoção de hábitos 
saudáveis de alimentação e vida, controle do 
tabagismo, controle do uso abusivo de bebida 
alcoólica, cuidados voltados ao processo de 
envelhecimento. 
LEGISLAÇÃO 
Portaria de consolidação N° 2, de 28 de 
setembro de 2017. 
-Consolidação das normas sobre as políticas 
nacionais de saúde do sistema único de saúde. 
-Art. 2° - A PNPS: Traz em sua base o conceito 
ampliado de saúde e o referencial teórico da 
promoção de saúde como um conjunto de 
estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito 
individual e coletivo, caracterizando-se pela 
articulação e cooperação intra e intersetorial, pela 
formação da rede de atenção à saúde (RAS), 
buscando articular suas ações com as demais redes 
de proteção social, com ampla participação e 
controle social. 
-Art. 6° A PNPS: Tem por objetivo geral promover 
a equidade e a melhora das condições e modos de 
viver, ampliando a potencialidade da saúde 
individual e da saúde coletiva, reduzindo 
vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos 
determinantes sociais, políticos, culturais e 
ambientais. 
-Art. 10° São temas prioritários da PNPS: 
• Formação e educação permanente 
• Alimentação adequada e saudável 
• Práticascorporaiseatividadesfísicas 
• Enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados 
• Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras 
drogas 
• Promoção da mobilidade segura 
• Promoção de cultura da paz e de direitos 
humanos 
• Promoção do desenvolvimento sustentável 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 
• Se propõe a desenvolver atenção à saúde no 
contexto em que as pessoas vivem. 
• Constitui-se em um cenário perfeito para que 
essas questões sejam efetivadas na prática. 
• Presta assistência à saúde direcionada a realidade 
da comunidade, tendo em vista suas necessidades 
e potencialidades para uma educação em saúde, 
que consiga atingir os princípios da promoção em 
saúde. 
COMO DESENVOLVER AS AÇÕES? 
• Trabalho em equipe; 
• Reuniões de equipe; 
• Discussão de casos/situação problema; 
• Diagnóstico situacional em saúde; 
• Avaliação dos indicadores; 
• Uso dos recursos da rede; 
• Articulação inter e intrassetorial; 
 
 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
CONCEITO: 
Processo contínuo e sistemático de coleta, 
consolidação, análise de dados e disseminação de 
informações sobre eventos relacionados a saúde. 
Visa o planejamento e a implementação de 
medidas de saúde pública, incluindo a regulação, 
intervenção e atuação em condicionantes e 
determinantes de saúde, para a proteção e 
promoção da saúde da população, prevenção e 
controle de riscos, agravos e doença. 
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
(PNVS) 
Resolução N°588, 12 de julho de 2018 
• Vigilância epidemiológica 
• Vigilância em saúde ambiental 
• Vigilância em saude do trabalhador 
• Vigilância sanitária 
1- VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Conjunto de ações que proporcionam o 
conhecimento e a detecção de mudanças nos 
fatores e condicionantes da saúde individual e 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar 
as medidas de prevenção e controle das doenças, 
transmissíveis ou não, e agravos à saúde. 
2-VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
Conjunto de ações e serviços que propiciam o 
conhecimento e detecção de mudanças nos fatores 
determinantes e condicionantes do meio ambiente 
que interferem na saúde humana, com a finalidade 
de recomendar e adotar medidas de promoção à 
saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de 
riscos relacionados as doenças ou agravos à saúde. 
3-VIGILÂNCIA EM SAUDE DO TRABALHADOR 
Conjunto de ações que visam promoção da saúde, 
prevenção de morbimortalidade e redução de riscos 
e vulnerabilidades na população trabalhadora, por 
meio de integração de ações que intervenham nas 
doenças e agravos e seus determinantes decorrentes 
dos modelos de desenvolvimento, de processos 
produtivos e de trabalho. 
4-VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou 
previnir riscos à saúde e de intervir nos problemas 
sanitários decorrentes do ambiente, de produção e 
circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde. 
Observação: A PNVS incide sobre todos os níveis 
e formas de atenção à saúde, públicos e privados, 
além de estabelecimentos que se relacionem com a 
saúde. 
PNVS CONTRIBUI PARA: 
• Integralidade na atenção à saúde; 
• Análise de situação de saúde; 
• Inserção de ações de vigilância em saúde em 
todos as instâncias e pontos da Rede de Atenção 
à Saúde (RAS) do SUS; 
• Articulação e construção conjunta de protocolos, 
linhas de cuidado e matriciamento da saúde; 
• Definição das estratégias e dispositivos de 
organização e fluxos da rede de atenção. 
Observação :Art igo 5° a PNVS deverá 
contemplar toda a população, territórios, pessoas e 
g r u p o s e m s i t u a ç ã o d e m a i o r r i s c o e 
vulnerabilidade, na perspectiva de superar 
desigualdades sociais e de saúde e de buscar a 
equidade. 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS 
1-PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
• Previnem o surgimento da doença. 
• Visa aumentar a capacidade da pessoa se manter 
livre de doenças. 
• Visa a promoção da saúde e proteção específica. 
• Ações dirigidas para a manutenção da saúde. 
• Ex:Pratica de atividades físicas, saneamento 
ambiental, educação em saúde. 
2- PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
• Previnem a evolução da doença. 
• Detectar precocemente doenças e iniciar o 
tratamento adequado para evitar complicações. 
• Interromper ou reduzir a disseminação da 
doença para outras pessoas. 
3-PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
• Tratar doenças já instaladas para minimizar as 
incapacidades já instaladas. 
• Tratamento e reabilitação. 
• Permitir que as condições impostas e provocadas 
pela doença prejudiquem o mínimo possível o 
cotidiano e a qualidade de vida das pessoas. 
• Ex: Fisioterapia. 
4- PREVENÇÃO QUATERNÁRIA 
• Iden t ificação de pe s soas em r i s co de 
medicalização excessiva e sua proteção contra 
novas intervenções desnecessárias, evitando 
danos. 
• Evitar procedimentos desnecessários.
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
CONCEITOS BÁSICOS EM 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. 
CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA 
É a ciência que estuda o processo saúde-doença em 
coletividades humanas, analisando a distribuição e 
os fatores determinantes das enfermidades, danos à 
saúde e eventos associados à saúde coletiva, 
propondo medidas específicas de prevenção, 
controle ou erradicação de doenças, e fornecendo 
ind i cadore s que s i r vam de supor t e ao 
planejamento, administração e avaliação das ações 
de saúde. 
OBJETIVO 
O objetivo principal da epidemiologia é a 
compreensão do processo saúde-doença com 
finalidade de prevenir e controlar as doenças. 
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA 
-Descrever as condições de saúde da população; 
- N a s c i m e n t o s , ó b i t o s e o p e r fi l d e 
morbimortalidade; 
-Identificar os fatores determinantes da situação de 
saúde; 
- Avaliar o impacto das ações e políticas de saúde; 
CONCEITOS 
Endemia 
É a presença habitual de uma doença, dentro dos 
limites esperados, em uma determinada área 
geográfica, por um período de tempo ilimitado 
Epidemia 
É a ocorrência de doenças de natureza similar, 
excedendo claramente a expectativa normal, 
derivada de uma fonte comum de propagação. 
Pandemia 
É a ocorrência em grandes proporções geográficas, 
atingindo vários países, inclusive mais de um 
continente. 
Surto 
É a ocorrência epidêmica, em que todos os casos 
estão relacionados entre si, acometendo uma área 
geográfica pequena e delimitada ou uma população 
institucionalizada. 
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS 
Prevalência 
A prevalência se refere ao número de casos 
existentes de uma doença, em um determinado 
momento.Observação:A constante é uma potência com 
base de 10 (100. 1.000. 100.000). 
Exemplo:Voltando ao exemplo das crianças 
acompanhadas pela Equipe de Saúde da Família. 
Suponha que em determinada semana todas as 
crianças fizeram exames laboratoriais. Das 400 
crianças participantes, foram encontradas 40 com 
resultado positivo para Ascaris lumbricoides. 
Resposta:40/400= 0,01 que, multiplicado por 
100 (constante), nos dará a seguinte prevalência: 10 
casos existentes de verminose por Ascaris a cada 
100 crianças. 
Incidência 
Diz respeito aos novos casos novos de uma doença 
que surgiram em determinado período de tempo. 
Observação:A constante é uma potência com 
base de 10 (100, 1.000, 100.000), pela qual se 
multiplica o resultado para torná-lo número inteiro. 
Exemplo:Entre 400 crianças cadastradas na 
Estratégia Saúde da Família e acompanhadas 
durante um ano, foram diagnosticados, neste 
período, 20 casos novos de anemia. 
Resposta:20/400= 0,05 que, multiplicando por 
100 ( constante ) nos dará a seguinte incidência: 5 
novos casos a cada 100 crianças. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A PREVALÊNCIA 
DE UM AGRAVO À SAÚDE 
-A maior frequência com que surgem novos casos 
(incidência) 
-Melhoria no tratamento, prolongando-se o tempo 
de sobrevivência, porém sem levar à cura (aumento 
da duração da doença). 
-Redução no número de casos novos 
-Redução no tempo de duração dos casos 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
MEDIDAS DE MORTALIDADE 
Outro indicador de saúde tradicional na saúde 
colet iva é o coeficiente de mortal idade, 
determinado de forma genérica pelo número de 
óbitos dividido pela população exposta (total da 
população em questão). 
Taxa ou Coeficiente Geral de Mortalidade 
(CGM) 
MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS 
Exemplo:Por exemplo, em 2013, no Brasil, 
morreram 1.210.474 pessoas desse total de óbitos, 
339.672 foram por doenças do aparelho 
circulatório. Mortalidade proporcional por DAC 
no Brasil em 2013? 
Resposta:339.672/1210474= 0,28 x 100= 28% 
MORTALIDADE INFANTIL 
Estimativa do risco de morte a que está exposta 
uma população de nascidos vivos em determinada 
área e período, antes de completar o primeiro ano 
de vida. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
DADO E INFORMAÇÃO: 
• Dado: medidas objetivas das características de 
pessoas de lugares, de coisas e de eventos. 
• Informação: dados processados e convertidos 
em um contexto significativo e em usos específico 
Coletado → Codificado → processamento → 
divulgação 
REQUISITOS DE QUALIDADE DE UM DADO 
• Fidedignidade - o dado corresponde 
exatamente à realidade do evento 
• Atualidade - o dado é reg i s t rado e 
disponibilizado em tempo oportuno para o uso; 
• Completude - o dado abrange todas as 
características do evento. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
Conjunto de pessoas, de equipamentos, de 
procedimentos e de recursos de comunicação que 
coleta, transforma e dissemina dado e informação 
em uma organização. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO SUS 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO - SINAN 
Notificação e investigação de casos de doenças e 
agravos que constam da lista nacional de doenças 
de not ificação compulsór ia (Portar ia de 
Consolidação n°4 de 28 de Setembro de 2017, 
anexo V-Capitulo I). 
• Documentos básicos- ficha individual de 
notificação e ficha individual de investigação. 
• É facultado a estados e municípios incluir outros 
problemas de saúde importantes em sua região. 
• Permite a realização do diagnóstico dinâmico da 
ocorrência de um evento na população. 
• Identificação da realidade epidemiológica. 
• Ins trumento re levante para auxi l iar o 
planejamento da saúde, definir prioridades de 
intervenção, além de permitir que seja avaliado o 
impacto das investigações. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE 
• Criado pelo DATASUS para a obtenção regular 
de dados sobre mortalidade no país, subsidiar as 
diversas esferas de gestão na saúde pública. 
• É possível realizar análises de situação, 
planejamento e avaliação das ações e programas 
na área. 
• Benefícios: 
- Produção de estatísticas de mortalidade. 
- Construção dos principais indicadores de saúde. 
- Anál ises es tat í s t ica, epidemiológicas e 
sociodemograficas. 
SINASC-SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE NASCIDOS 
VIVOS 
• Reune informações epidemiológicas referentes 
aos nascimento informados em todo território 
nacional. 
• Declaração de Nascido Vivo (DN) 
• Benefícios: 
- Subsidiar as intervenções relacionadas a saúde 
da mulher e da crianças para todos os níveis do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
• O acompanhamento da evolução das séries 
históricas do SINASC permite a identificação de 
prioridades de intervenção, o que contribui para 
efetiva melhoria do sistema. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
NOVO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
SISAB (Sistema de informação em saúde para a 
atenção básica). 
QUESTÃO PARA FIXAÇÃO 
Em relação as ações de vigilância em saúde 
desenvolvidos pelos profissionais no âmbito da 
atenção básica, controladas pela política nacional 
de atenção básica, 2017, assinale co, V ou F as 
alternativas abaixo. 
(V) Possibilitam o planejamento, o estabelecimento 
de prioridades e estratégias para o monitoramento 
e avaliação das condições de saúde da população 
adscrita. 
(F) Constitui atribuição privativa do enfermeiro da 
estratégia de saúde da família à vigilância das 
violências, das doenças crônicas não transmissíveis 
e acidentes. 
(F)A realização da busca ativa e a notificação de 
doenças e agravos de notificação compulsória é 
atribuição privativa do agente comunitário em 
saúde. 
(V)Todos profissionais de saúde deverão realizar a 
notificação compulsória e conduzir a investigação 
dos casos suspeitos ou confirmados de doenças, 
agravos e outros eventos.
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
ATUAÇÃO EM EQUIPE DOS 
TRABALHADORES DA APS 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
PORTARIA N° 2.436, DE 21 DE SETEMBRO 
DE 2017: Aprova a Politica Nacional de Atenção 
Básica, estabelecendo revisão de diretrizes para 
organização da Atenção Básica, no âmbito do 
Sistema Único de Saude (SUS). 
Art. 2° A Atenção Básica: 
Conjunto de ações de saúde individuais, familiares 
e coletivas que envolvem a promoção, prevenção, 
proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, 
redução de danos, cuidados paliativos e vigilância 
em saúde práticas de cuidado integrado e gestão 
qualificada = Equipe multiprofissional. 
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ESF 
As atribuições dos profissionais das equipes que 
atuam na AB deverão seguir normativas especificas 
do MS, bem como as definições de escopo de 
práticas, protocolos, diretrizes cl inicas e 
terapêuticas, além de outras normativas técnicas 
estabelecidas pelos gestores federal, estadual, 
municipal ou do DF (BRASIL,2017). 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Processo de trabalho na atenção básica: 
- Unidades Básicas de Saúde 
- Carga horária mínima de 40 horas/semanais, 
- Mínimo 5 (cinco) dias da semana 
- 12 meses do ano, 
- Acesso facilitado à população. 
O b s e r v a ç ã o : H o r á r i o s a l t e r n a t i vo s d e 
funcionamento podem ser pactuados através das 
instâncias de participação social, desde que 
atendam expressamente a necessidade da 
população. 
Deverá estar afixado em local visível, próximo 
à entrada da UBS: 
- Identificação e horário de atendimento; 
- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada 
equipe; 
- Identificação do Gerente da Atenção Básica no 
território e dos componentes de cada equipe da 
UBS; 
- Relação de serviços disponíveis; 
- Detalhamento das escalas de atendimento de 
cada equipe. 
EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): 
> Médico 
> Enfermeiro 
> Auxiliar e/ou técnico de enfermagem 
> Agente comunitário de saúde (ACS). 
Observação: Ainda podem fazer parte da equipe 
os agente de combate às endemias (ACE), 
profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, 
e auxiliar ou técnico em saúde bucal. 
TIPOS DE EQUIPES 
Estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à 
reorganizaçãoda Atenção Básica no pais, de 
acordo com os preceitos do SUS. 
Equipe de Saúde Bucal (eSB): 
Modalidade l: Cirurgião-dentista e auxiliar em 
saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) 
Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, 
ou outro TSB. 
-Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção 
Básica (Nast-AB) 
-Equipes de atenção básica para populações 
especificas 
Equipe de Saúde da Familia Ribeirinha (eSFR) 
Equipe de Consultório na Rua (eCR) 
PROCESSO DE TRABALHO 
Trabalho em equipe 
Um conjunto de pessoas com conhecimentos 
diversos, mas que se unem em prol de objetivos 
comuns, negociando e elaborando um plano de 
ação bem definido, trabalhando em consonância e 
com comprometimento mútuo, complementando o 
trabalho com suas habi l idades variadas, 
aumentando a chance de êxito no resultado do 
trabalho empreendido. 
Atributos indispensáveis ao trabalho em 
equipe: 
Valorizar a opinião dos membros do grupo: 
Saber se comunicar; negociar no grupo. 
Elaborar um plano de ação bem definido: 
Apresentar as próprias ideias; discutir. 
Perceber como a diversidade de vocês sobre 
um mesmo problema enriquece uma 
discussão: Saber ouvir; ser curioso. 
TIPOS DE TRABALHO EM EQUIPE 
O trabalho em uma equipe integrada pode ser 
dividido em três tipos principais: 
Normativo: definidas as atribuições de cada 
componente da equipe, autonomia preservada, 
preconiza a interdependência, flexibilidade de 
poderes adequada às competências e habilidades de 
cada um. 
Estratégico: quando se consegue identificar os 
objetivos para um trabalho, os recursos disponíveis 
ou que serão gerados, os parceiros e os obstáculos 
que podem influenciar o alcance do resultado final 
do que está sendo proposto. 
Comunicativo: há espaços para discussões entre 
todos permitindo que todos externem seus objetivos 
individuais; criar um projeto assistencial comum. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
ATRIBUIÇÕES COMUNS A TODOS OS MEMBROS DAS 
EQUIPES 
- Participar do processo de territorialização e 
mapeamento da área de atuação da equipe 
- Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e 
outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos 
no sistema de informação da Atenção Básica 
vigente. 
- Realizar o cuidado integral à saúde da população 
adscrita, prioritariamente no âmbito da Unidade 
Básica de Saúde, e quando necessário, no domicilio 
e demais espaços comunitários. 
ATRIBUIÇÕES COMUNS A TODOS OS MEMBROS DAS 
EQUIPES QUE ATUAM NA ATENÇÃO BASICA 
- Realizar ações de atenção à saúde conforme a 
necessidade de saude da população local. 
- Garantir a atenção à saúde da população 
adscrita, buscando a integralidade por meio da 
realização de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, prevenção de doenças e 
agravos e da garantia de atendimento da 
demanda espontânea, da realização das ações 
programáticas, coletivas e de vigilância em 
saúde, e incorporando diversas racionalidades 
em saúde, inclusive Práticas Integrativas e 
Complementares. 
SÃO ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DOS PROFISSIONAIS 
DAS EQUIPES QUE ATUAM NA ATENÇÃO BÁSICA: 
MÉDICO 
I. Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias 
sob sua responsabilidade; 
II. Real izar consultas c l inicas, pequenos 
procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo 
na UBS e, quando indicado ou necessário, no 
d o m i c i l i o e/ o u n o s d em a i s e s p aç o s 
comunitários (escolas, associações entre outros); 
em conformidade com protocolos, diretrizes 
clinicas e terapêuticas, além de outras 
normativas técnicas. 
III. Realizar estratificação de risco e elaborar plano 
de cuidados para as pessoas que possuem 
condições crônicas no território, junto aos 
demais membros da equipe; 
IV. Encaminhar, quando necessário, usuários a 
outros pontos de atenção, respeitando fluxos 
locais, mantendo sob sua responsabilidade o 
acompanhamento do plano terapêutico 
prescrito; 
V. Indicar a necessidade de internação hospitalar 
ou domiciliar, mantendo a responsabilização 
pelo acompanhamento da pessoa; 
VI. Planejar, gerenciar e avaliar as ações 
desenvolvidas pelos ACS e AC em conjunto 
com os outros membros da equipe; 
VII.Exercer outras atribuições que sejam de 
responsabilidade na sua área de atuação.
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE 
ATENÇÃO À SAÚDE -SUS 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
São arranjos organizativo de ações e serviços de 
saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que 
integradas por meio de sistemas de apoio técnico, 
logístico e de gestão, buscam garantir a 
integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 
2010-Portaria 4.279, de 30/12/2010). 
Portaria de consolidado N° 3, de 28 de setembro de 
2017 - Consolidação das normas sobre as redes do 
sistema único de saúde. 
POR QUE ORGANIZAR AS REDES DE ATENÇÃO EM 
SAÚDE? 
• Diversidade de contextos regionais - diferenças 
sócio econômicas e de necessidades de saúde da 
população entre as regiões 
• Atual perfi l ep idemiológ ico bras i le i ro, 
caracterizado por uma tripla carga de doença - 
persistência de doenças parasitárias, infecciosas e 
desnutrição, problemas de saúde reprodutiva com 
mortes maternas e óbitos infantis, as condições 
crônicas e seus fatores de risco como 
sedentarismo, tabagismo, 
• alimentação inadequada, obesidade e o 
crescimento das causas externas (aumento da 
violência e dos acidentes de trânsito) 
Objetivos 
• Melhorar a saúde da população e atender às 
necessidades em saúde. 
• Controlar o crescimento das despesas de origem 
pública com a saúde. 
• Alcançar maior eficiência gestora no uso de 
recursos escassos. 
• Coordenar as atividades das partes envolvidas, 
assegurar a produção e cumprimento dos 
compromissos. 
• Disponibilizar a informação de produção, 
financiamento, desempenho, qualidade e acesso, 
de forma a garantir informação ao cidadão. 
Para atingir esses objetivos as partes 
adotam em três áreas de aplicação que são: 
• cuidados primários, 
• atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) 
• cuidados de urgência e emergência 
CARACTERÍSTICAS DAS RAS 
I. Formar relações horizontais entre os diferentes 
pontos de atenção 
I1. Atenção Primária à Saúde como centro de 
comunicação 
Ill. Planejar e organizar as ações segundo as 
necessidades de saude de uma população especifica 
IV. Ofertar atenção contínua e integral 
(Aproximadamente 80% dos problemas de saúde 
que são demandados pela APS são solucionados. 
Os outros 20% dos casos seguem um fluxo cuja 
densidade tecnológica do tratamento aumenta a 
cada nível de atenção que se sucede). 
V. Cuidado multiprofissional 
VI. Compartilhar objetivos e compromissos com os 
resultados, em termos sanitários e econômicos (A 
missão de uma equipe de saúde deve contemplar 
objetivos sanitários e objetivos econômicos, de 
modo a gerar o melhor custo-beneficio para a 
população atendida). 
Qual serviço de saúde é mais importante? 
Os pontos de atenção passam a ser entendidos 
como espaços em que são ofertados alguns serviços 
de saúde, sendo todos igualmente importantes para 
o cumprimento dos objetivos da rede de atenção. 
Multiprofissionalidade 
Os problemas de saúde muitas vezes são 
multicausais e complexos, e necessitam de 
diferentes olhares profissionais para o devido 
manejo. 
Interdisciplinaridade 
Para garant i r o compar t i lhamento e a 
corresponsabilização da prática de saúde entre os 
membros da equipe. 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA REDE 
• População do território 
• Estrutura operacional 
- Centro de comunicação 
- Pontos de atenção à saúde secundários e 
terciários 
- Sistemas de apoio 
- Sistemas logísticos 
- Sistemas de governança 
• Modelo de atenção à saúde 
- Organização e funcionamento das RAS. 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
- O ideal é propor modelos de atenção para 
condições crônicas e agudas. 
ATRIBUTOS ESSENCIAIS DAS RAS 
• População e territórios definidos. 
• Extensa gama de estabelecimentos de saúde 
prestando diferentes serviços. 
• APS como primeiro nível de atenção. 
• Serviços especializados. 
• Mecanismos de coordenação,continuidade do 
cuidado e assistência integral fornecidos de 
forma continuada. 
• Atenção à saúde centrada no indivíduo, na 
família e nas comunidades, levando em 
consideração as particularidades de cada um. 
• Integração entre os diferentes entes federativos a 
fim de atingir um propósito comum. 
• Ampla participação social. 
• Gestão integrada dos sistemas de apoio 
administrativo, clínico e logístico. 
• Recursos suficientes. 
• Sistema de informação integrado. 
• Ação intersetorial. 
• Financiamento tripartite. 
• Gestão baseada em resultados 
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO N° 3, DE 28 DE 
SETEMBRO DE 2017 
Consolidação das normas sobre as redes do Sistema 
Único de Saúde. 
Art. 3° São Redes Temáticas de Atenção à 
Saúde: 
1 - Rede Cegonha - Anexo Il 
I1 - Rede de Atenção às Urgências e Emergências 
(RUE) - Anexo IlI 
Il1 - Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com 
Doenças Crônicas - Anexo IN 
IV - Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)-Anexo V 
V - Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência - 
Anexo VI 
Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35

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