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INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO EM COMUNIDADE - IESC II IESC II ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA ESTRUTURA JURÍDICA 1-Constituição Federal de 1988: Art 195-A asseguridade social será financiada por toda a sociedade de forma direta ou indireta nos termos da lei,mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,dos Estados e municípios. 2-lei 8080/90 -Art 3ª:Dispõe-se sobre as condições para a promoção,proteção e recuperação da saúde,a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. 3-Lei 8142/90: Dispõe-se sobre a participação da comunidade na gestão do Sus e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros da área da saúde. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 1-PRINCÍPIOS Universalidade:Acesso igualitário aos serviços de s a ú d e p a r a t o d o s , s e m p re c o n c e i t o s o u privilégios,em todos os níveis de assistência. Equidade:Igualdade na assistência à saúde,com ações e serviços priorizados em função de situações de risco,das condições de vida e da saúde de determinados grupos da população.”Tratar desigualmente o desigual”. Integralidade:Considera a pessoa como um todo,indivisível e membro de uma comunidade e que as ações de promoção,proteção e recuperação da saúde devem acontecer de forma integrada em t o d o s o s n í v e i s d e c o m p l e x i d a d e d o sistema.Assistência que transcende a prática curativa,contemplando em todos os níveis de atenção e considerando o sujeito inserido no contexto social. 2-DIRETRIZES DO SUS • Regionalização e hierarquização: Os serviços devem ser organizados em ordem crescente de complexidade,circunscritos a determinada área geográfica,planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da clientela a ser atendida. • O b s e r v a ç ã o : Q u a n t o m a i s p e r t o d a população,maior será a capacidade do sistema identificar a necessidade de saúde e melhor será a forma de gestão. • Te r r i t o r i a l i z a ç ã o / p o p u l a ç ã o a d s c r i t a : M a p e a m e n t o d a á r e a , compreendendo o seguimento populacional determinado e apropriar-se junto com ela do perfil da área e da comunidade, reconhecer dentro da área de abrangência barreiras, acessibilidade,condições de infraestrutura, r e c u r s o s s o c i a i s , i d e n t i fi c a r o p e r fi l s o c i o d e m o g r a fi c o , epidemiológico,socioeconômico e ambiental. • Cuidado centrado na pessoa • Resolutividade:O sistema deve ser capacitado para enfrentar e resolver no nível de uma competência, os problemas individuais ou coletivos da população da sua área adscrita. • Longitudinalidade do cuidado:Continuidade do cuidado • Coordenação do cuidado:Continuidade da atenção(reconhecer os problemas que requerem seguimento). • Participação da comunidade:A sociedade participara do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução em todas as esferas de governo. ATENÇÃO BÁSICA • Conjunto de ações de saúde individual e coletiva que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico,tratamentos reabilitação e etc. • É a principal porta de entrada e centro das redes de atenção à saúde, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. Atributos essenciais Longitudinalidade : O profiss iona l da continuidade ao tratamento e acompanhamento. Cria-se uma relação mútua de confiança. Primeiro contato :Facil idade do acesso, acessibilidade aos serviços de APS a cada novo problema ou resídua. Integralidade:Olha o sujeito de forma completa, trabalho, cultura, crenças e etc.Além da prestação de serviços em sua totalidade(promove, previne, cura, cuida, reabilita e ameniza). Coordenação:Ordenação da rede. Atributos derivados Orientação familiar:A família é o sujeito da atenção. Orientação comunitária:Reconhecimento das necessidades da família analisando o contexto social em que vivem. C o m p e t ê n c i a c u l t u r a l : Re s p e i t o d a s singularidades culturais e as preferências do paciente da família. Papéis essenciais -Resolutividade -Comunicação -Responsabilização PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAUDADE DA FAMÍLIA(ESF) Adscrição da clientela:Definição precisa do território de atuação. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 Te r r i t o r i a l i z a ç ã o : M a p e a m e n t o d a área,compreendendo segmento populacional determinado. Diagnóstico situacional:Cadastramento das famílias e dos indivíduos,analisando a situação de saúde do território. Planejamento:Programação das atividades segundo critérios de risco a saúde,priorizando soluções dos problemas. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 DESAFIOS DA ATENÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE CONTEXTUALIZAÇÃO Durante estes últimos 30 anos o sistema de saúde brasileiro tem contribuído não somente para o acesso como também para os desfechos da atenção que são refletidos em seus indicadores. INDICADORES - Diminuição da taxa de mortalidade infantil. - Diminuição da taxa de mortalidade e de internação por problemas cardiovasculares. - Aumento da cobertura vacinal. Uma atenção primária com uma base forte é importante para melhorar os indicadores de saúde. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Em definição a APS é considerada como uma es t ratég ia chave dentro de um mode lo organizacional regionalizado e integrado a redes de atenção ordenadas. - A APS cuida das pessoas, em vez de apenas tratar doenças ou condiçõess específicas. - Pode atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo do tempo. - Desenvolve ações que vão desde a promoção de saúde e prevenção até o controle de doenças crônicas e cuidados paliativos - Pode intervir nos determinantes sociais, econômicos, ambientais que geralmente estão além do setor da saúde. POR QUE A ATENÇÃO PRIMÁRIA É IMPORTANTE? - A APS está bem posicionada para responder às rápidas mudanças, econômicas , tecnológicas e demográficas, que impactam a saúde e o bem-estar. - Agir sobre as principais causas de problemas de saúde e riscos ao bem-estar, bem como de lidar com os desafios emergentes que ameaçam a saúde e bem-estar - É essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030. RELATÓRIO DOS 30 ANOS DO SUS ● Expansão e consolidação de uma atenção primária à saúde forte. ● Ordene as redes de atenção e as integra aos sistemas de vigilância em saúde. ●Melhores resultados, eficiência, menores custos e maior quantidade de atendimento. FINANCIAMENTO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE Programa Previne Brasil P O R T A R I A N º 2 . 9 7 9 , D E 1 2 D E NOVEMBRO DE 2019 Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017. De acordo com a portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, o repasse é feito pelo Previne Brasil, por meio de 3 critérios: 1-Capitação Ponderada: calculada com base no nº de cadastros, incentivando que a população que depende do SUS esteja sob responsabilidade das equipes e dos serviços de saúde. I - a população cadastrada na equipe de Saúde da Família (eSF) e equipe de Atenção Primária (eAP) no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB); II - a vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e na eAP.(o critério de vulnerabilidade contempla pessoas beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), ou de benefício previdenciário no valor de até dois salários- mínimos) III - o perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na eSF e na eAP; e IV - classificação geográfica definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2-Pagamento por desempenho: calculado a partir do desempenho do municípioe um conjunto de indicadores de processos e resultados em saúde, monitorados e avaliados no trabalho das equipes da ESF. Visa reconhecer as necessidades e aperfeiçoar as estratégias de intervenção, definindo prioridades de melhoria. Para o pagamento por desempenho deverão ser observadas as seguintes categorias de indicadores: I - processo e resultados intermediários das equipes; II - resultados em saúde; e III - globais de APS. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 3-Incentivo para Ações Estratégicas: Parte do financiamento que é baseado na implementação de programas, estratégias e ações que tragam melhorias para a APS. O cálculo para a definição dos recursos fi n a n c e i r o s p a r a i n c e n t i v o p a r a açõesestratégicas deverá considerar: I - as especificidades e prioridades em saúde; II - os aspectos estruturais das equipes; e III - a produção em ações estratégicas em saúde. - incentivo para ações estratégicas contemplará o custeio das seguintes ações, programas e estratégias: I - Programa Saúde na Hora; II- Equipe de Saúde Bucal (eSB); III - Unidade Odontológica Móvel (UOM); IV - Centro de Especialidades Odontológicas (CEO); V - Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD); VI - Equipe de Consultório na Rua (eCR); VII - Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF); VIII - Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR); IX - Microscopista; X - Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP) e etc. Observação: PORTARIA GM/MS Nº 2.254, DE 3 DE SETEMBRO DE 2021 Altera o Título II da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, que dispõe sobre o custeio da Atenção Primária à Saúde. Segundo a portaria nº 2.254 de 3 de setembro de 2021 o repasse será realizado a partir do: -Pagamento por desempenho. -Incentivo para ações estratégicas. -Incentivo financeiro com base em critério populacional. Portaria GM/MS Nº 102, de 20 de janeiro de 2022 São indicadores do pagamento por desempenho para o ano 2022: I- Proporção de gestantes com menos de 6 meses, consultas pré-natal realizadas, sendo a 1° até a 12° semana de gestação. II-Proporção de de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV. III- Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado. IV- Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS. V- Proporção de crianças de um ano de idade vacinadas na APS contra diftéria , tétano, coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenza tipo B e poliomielite inativada. VI- Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre. VII- Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 TERRITORIALIZAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA CONCEITO Consiste no mapeamento da á r e a , c o m p r e e n d e n d o o segu imento popu lac iona l determinado e apropriar- se junto com ela do perfil da área e dá comunidade, reconhecer dentro da área de abrangência b a r r e i r a s , acessibilidade,condições de infraestrutura, recursos sociais, identificar o perfil sociodemografico,epidemiológico,socioeconômico e ambiental. PONTO DE PARTIDA 1. Definição de território em saúde 2. Elementos que compõe o território 3. Objetivos da territorialização 4. Contribuições da territorialização TERRITORIALIZAÇÃO E PLANEJAMENTO • Descentralização das ações de saúde – aproximar e adequar ações e recursos às necessidades e ao perfil epidemiológico das diferentes regiões. • A definição e analise do território - constitui-se a base para o trabalho das equipes de saúde da família. • Apreender as potencialidades presentes e o perfil das necessidades a serem trabalhadas. OPERACIONALIZAÇÃO DA TERRITORIALIZAÇÃO Visita ao território - previamente sistematizada - identificação de barreiras geográficas, áreas de risco, equipamentos sociais públicos ou privados, organizações não governamentais, empresas, espaços de lazer, etc. • Número de equipes ou profissionais de saúde, • Capacidade de atendimento da unidade, • Número de domicílios cadastrados ou de usuários a serem atendidos no serviço. • Deve-se destacar áreas desocupadas. Consultar moradores e órgãos públicos sobre projetos e ocupações. Evitar incapacidade de atendimento futuro; • Delimitar a área em um mapa base que poderá ser obtido por meio de um guia de ruas. • Cada cópia do mapa deve constituir uma base para a demarcação como: delimitação do território, área de abrangência e influencia, área e/ou micro áreas de risco, equipamentos sociais públicos e privados. PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA - Adscrição de clientela- definição precisa do território de atuação. - Territorialização- mapeamento da área, comprometendo s egmento popu lac iona l determinado. - Diagnóstico situacional- cadastramento das famílias e dos indivíduos, análise da situação de saúde do território. - Planejamento- programação de atividades segundo critérios de risco a saúde, priorizando solução dos problemas. FUNÇÕES DA TERRITORIALIZAÇÃO: • Delimita-se uma área de atuação das equipes, as quais são importantes para conhecer as necessidades da comunidade e melhorar a qualidade da assistência. • Permite conhecer os fatores de risco presentes no território para que seja possível fazer uma intervenção que busca minimizar ou eliminar esses riscos, dessa forma, contribuir para a qualidade de vida e saúde da população. • Permite direcionar a quantidade de equipes que vai trabalhar ou atuar na área, isto é, fazer gestão do território. • Possibilitagerirmelhorosrecursosfinanceiros. • Permite conhecer os dados epidemiológicos daquela população( quais as doenças prevalentes, fatores de adoecimento presentes no território e etc) , ou seja os determinantes daquela região. Observação: Dentro da área de atuação existe as chamadas micro áreas, no qual cada agente comunitário de saúde que compõe a equipe da saúde da família é responsável por uma dessas áreas. O agente comunitário de saúde reconhece todos os problemas existentes dentro daquela micro área, sabendo identificar quantas gestantes, diabéticos, hipertensos, fumantes e etc, bem como sabe onde está localizado os recursos da área, a exemplo de creches, praças, reservatório de lixo, entre outros. CONCLUSÕES • Envolvimento da equipe e comunidade; • É a base de informações para a construção do perfil epidemiológico; • É responsabilidade de todos os técnicos e comunidade local manter o cadastro do território atualizado; • Como produto desse processo, obter-se-á o estabelecimento de uma rede social solidária, que resultará em melhoria da condição de saúde da comunidade, dos trabalhadores inseridos nesse espaço e a ampliação de projetos sociais envolvendo diferentes sujeitos da comunidade na busca de recursos. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONCEITO • É um conjunto de práticas pedagógicas de caráter participativo e emancipatório, que perpassa vários campos de atuação e tem como objetivo sensibilizar, conscientizar e mobilizar para o enfrentamento de situações individuais que interferem na qualidade de vida. • A APS amplia muito o campo de interação dos profissionais de saúde, possibilitando uma atuação profissional integrada ao esforço dos moradores e seus movimentos sociais para o enfrentamento dos problemas de saúde. • A educação em saúde é uma importante ferramenta da promoção de saúde, envolvendo os aspectos teóricos e filosóficos, os quais devem orientar a pratica de todos os profissionais de saúde. EDUCAÇÃO EM SAÚDE • Não é o modelo tradicional de educação em saúde. • Não é uma educação bancária. • Não é considerada como um ato de depositar, transferir valores e conhecimentos. • Não é um diálogo verticalizado, em que o educando é um ser passivo. • É um método dialógico- Pedagogia de Paulo Freire. AGENDA DE COMPROMISSOPELA SAÚDE - SUS/ 2005 - Pacto em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) - Pacto em Defesa da Vida - Pacto de gestão Pacto em Defesa a vida- aprimoramento do acesso e da qualidade dos serviços prestados no SUS, qualificação estratégica da Saúde da família. Informação e educação em saúde com ênfase- promoção de atividade física, promoção de hábitos saudáveis de alimentação e vida, controle do tabagismo, controle do uso abusivo de bebida alcoólica, cuidados voltados ao processo de envelhecimento. LEGISLAÇÃO Portaria de consolidação N° 2, de 28 de setembro de 2017. -Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do sistema único de saúde. -Art. 2° - A PNPS: Traz em sua base o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da promoção de saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação intra e intersetorial, pela formação da rede de atenção à saúde (RAS), buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle social. -Art. 6° A PNPS: Tem por objetivo geral promover a equidade e a melhora das condições e modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e da saúde coletiva, reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, políticos, culturais e ambientais. -Art. 10° São temas prioritários da PNPS: • Formação e educação permanente • Alimentação adequada e saudável • Práticascorporaiseatividadesfísicas • Enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados • Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas • Promoção da mobilidade segura • Promoção de cultura da paz e de direitos humanos • Promoção do desenvolvimento sustentável ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA • Se propõe a desenvolver atenção à saúde no contexto em que as pessoas vivem. • Constitui-se em um cenário perfeito para que essas questões sejam efetivadas na prática. • Presta assistência à saúde direcionada a realidade da comunidade, tendo em vista suas necessidades e potencialidades para uma educação em saúde, que consiga atingir os princípios da promoção em saúde. COMO DESENVOLVER AS AÇÕES? • Trabalho em equipe; • Reuniões de equipe; • Discussão de casos/situação problema; • Diagnóstico situacional em saúde; • Avaliação dos indicadores; • Uso dos recursos da rede; • Articulação inter e intrassetorial; Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 VIGILÂNCIA EM SAÚDE CONCEITO: Processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados a saúde. Visa o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes de saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doença. POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (PNVS) Resolução N°588, 12 de julho de 2018 • Vigilância epidemiológica • Vigilância em saúde ambiental • Vigilância em saude do trabalhador • Vigilância sanitária 1- VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis ou não, e agravos à saúde. 2-VIGILÂNCIA AMBIENTAL Conjunto de ações e serviços que propiciam o conhecimento e detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos relacionados as doenças ou agravos à saúde. 3-VIGILÂNCIA EM SAUDE DO TRABALHADOR Conjunto de ações que visam promoção da saúde, prevenção de morbimortalidade e redução de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio de integração de ações que intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho. 4-VIGILÂNCIA SANITÁRIA Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou previnir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, de produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Observação: A PNVS incide sobre todos os níveis e formas de atenção à saúde, públicos e privados, além de estabelecimentos que se relacionem com a saúde. PNVS CONTRIBUI PARA: • Integralidade na atenção à saúde; • Análise de situação de saúde; • Inserção de ações de vigilância em saúde em todos as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS; • Articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde; • Definição das estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede de atenção. Observação :Art igo 5° a PNVS deverá contemplar toda a população, territórios, pessoas e g r u p o s e m s i t u a ç ã o d e m a i o r r i s c o e vulnerabilidade, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade. NÍVEIS DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS 1-PREVENÇÃO PRIMÁRIA • Previnem o surgimento da doença. • Visa aumentar a capacidade da pessoa se manter livre de doenças. • Visa a promoção da saúde e proteção específica. • Ações dirigidas para a manutenção da saúde. • Ex:Pratica de atividades físicas, saneamento ambiental, educação em saúde. 2- PREVENÇÃO SECUNDÁRIA • Previnem a evolução da doença. • Detectar precocemente doenças e iniciar o tratamento adequado para evitar complicações. • Interromper ou reduzir a disseminação da doença para outras pessoas. 3-PREVENÇÃO TERCIÁRIA • Tratar doenças já instaladas para minimizar as incapacidades já instaladas. • Tratamento e reabilitação. • Permitir que as condições impostas e provocadas pela doença prejudiquem o mínimo possível o cotidiano e a qualidade de vida das pessoas. • Ex: Fisioterapia. 4- PREVENÇÃO QUATERNÁRIA • Iden t ificação de pe s soas em r i s co de medicalização excessiva e sua proteção contra novas intervenções desnecessárias, evitando danos. • Evitar procedimentos desnecessários. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 CONCEITOS BÁSICOS EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA É a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo ind i cadore s que s i r vam de supor t e ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. OBJETIVO O objetivo principal da epidemiologia é a compreensão do processo saúde-doença com finalidade de prevenir e controlar as doenças. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA -Descrever as condições de saúde da população; - N a s c i m e n t o s , ó b i t o s e o p e r fi l d e morbimortalidade; -Identificar os fatores determinantes da situação de saúde; - Avaliar o impacto das ações e políticas de saúde; CONCEITOS Endemia É a presença habitual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado Epidemia É a ocorrência de doenças de natureza similar, excedendo claramente a expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação. Pandemia É a ocorrência em grandes proporções geográficas, atingindo vários países, inclusive mais de um continente. Surto É a ocorrência epidêmica, em que todos os casos estão relacionados entre si, acometendo uma área geográfica pequena e delimitada ou uma população institucionalizada. MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS Prevalência A prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença, em um determinado momento.Observação:A constante é uma potência com base de 10 (100. 1.000. 100.000). Exemplo:Voltando ao exemplo das crianças acompanhadas pela Equipe de Saúde da Família. Suponha que em determinada semana todas as crianças fizeram exames laboratoriais. Das 400 crianças participantes, foram encontradas 40 com resultado positivo para Ascaris lumbricoides. Resposta:40/400= 0,01 que, multiplicado por 100 (constante), nos dará a seguinte prevalência: 10 casos existentes de verminose por Ascaris a cada 100 crianças. Incidência Diz respeito aos novos casos novos de uma doença que surgiram em determinado período de tempo. Observação:A constante é uma potência com base de 10 (100, 1.000, 100.000), pela qual se multiplica o resultado para torná-lo número inteiro. Exemplo:Entre 400 crianças cadastradas na Estratégia Saúde da Família e acompanhadas durante um ano, foram diagnosticados, neste período, 20 casos novos de anemia. Resposta:20/400= 0,05 que, multiplicando por 100 ( constante ) nos dará a seguinte incidência: 5 novos casos a cada 100 crianças. FATORES QUE INFLUENCIAM A PREVALÊNCIA DE UM AGRAVO À SAÚDE -A maior frequência com que surgem novos casos (incidência) -Melhoria no tratamento, prolongando-se o tempo de sobrevivência, porém sem levar à cura (aumento da duração da doença). -Redução no número de casos novos -Redução no tempo de duração dos casos Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 MEDIDAS DE MORTALIDADE Outro indicador de saúde tradicional na saúde colet iva é o coeficiente de mortal idade, determinado de forma genérica pelo número de óbitos dividido pela população exposta (total da população em questão). Taxa ou Coeficiente Geral de Mortalidade (CGM) MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS Exemplo:Por exemplo, em 2013, no Brasil, morreram 1.210.474 pessoas desse total de óbitos, 339.672 foram por doenças do aparelho circulatório. Mortalidade proporcional por DAC no Brasil em 2013? Resposta:339.672/1210474= 0,28 x 100= 28% MORTALIDADE INFANTIL Estimativa do risco de morte a que está exposta uma população de nascidos vivos em determinada área e período, antes de completar o primeiro ano de vida. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE DADO E INFORMAÇÃO: • Dado: medidas objetivas das características de pessoas de lugares, de coisas e de eventos. • Informação: dados processados e convertidos em um contexto significativo e em usos específico Coletado → Codificado → processamento → divulgação REQUISITOS DE QUALIDADE DE UM DADO • Fidedignidade - o dado corresponde exatamente à realidade do evento • Atualidade - o dado é reg i s t rado e disponibilizado em tempo oportuno para o uso; • Completude - o dado abrange todas as características do evento. SISTEMA DE INFORMAÇÃO Conjunto de pessoas, de equipamentos, de procedimentos e de recursos de comunicação que coleta, transforma e dissemina dado e informação em uma organização. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO SUS SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - SINAN Notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de not ificação compulsór ia (Portar ia de Consolidação n°4 de 28 de Setembro de 2017, anexo V-Capitulo I). • Documentos básicos- ficha individual de notificação e ficha individual de investigação. • É facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. • Permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população. • Identificação da realidade epidemiológica. • Ins trumento re levante para auxi l iar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das investigações. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE • Criado pelo DATASUS para a obtenção regular de dados sobre mortalidade no país, subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. • É possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área. • Benefícios: - Produção de estatísticas de mortalidade. - Construção dos principais indicadores de saúde. - Anál ises es tat í s t ica, epidemiológicas e sociodemograficas. SINASC-SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE NASCIDOS VIVOS • Reune informações epidemiológicas referentes aos nascimento informados em todo território nacional. • Declaração de Nascido Vivo (DN) • Benefícios: - Subsidiar as intervenções relacionadas a saúde da mulher e da crianças para todos os níveis do Sistema Único de Saúde (SUS). • O acompanhamento da evolução das séries históricas do SINASC permite a identificação de prioridades de intervenção, o que contribui para efetiva melhoria do sistema. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 NOVO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISAB (Sistema de informação em saúde para a atenção básica). QUESTÃO PARA FIXAÇÃO Em relação as ações de vigilância em saúde desenvolvidos pelos profissionais no âmbito da atenção básica, controladas pela política nacional de atenção básica, 2017, assinale co, V ou F as alternativas abaixo. (V) Possibilitam o planejamento, o estabelecimento de prioridades e estratégias para o monitoramento e avaliação das condições de saúde da população adscrita. (F) Constitui atribuição privativa do enfermeiro da estratégia de saúde da família à vigilância das violências, das doenças crônicas não transmissíveis e acidentes. (F)A realização da busca ativa e a notificação de doenças e agravos de notificação compulsória é atribuição privativa do agente comunitário em saúde. (V)Todos profissionais de saúde deverão realizar a notificação compulsória e conduzir a investigação dos casos suspeitos ou confirmados de doenças, agravos e outros eventos. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ATUAÇÃO EM EQUIPE DOS TRABALHADORES DA APS POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA PORTARIA N° 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017: Aprova a Politica Nacional de Atenção Básica, estabelecendo revisão de diretrizes para organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saude (SUS). Art. 2° A Atenção Básica: Conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem a promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde práticas de cuidado integrado e gestão qualificada = Equipe multiprofissional. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ESF As atribuições dos profissionais das equipes que atuam na AB deverão seguir normativas especificas do MS, bem como as definições de escopo de práticas, protocolos, diretrizes cl inicas e terapêuticas, além de outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores federal, estadual, municipal ou do DF (BRASIL,2017). CONSIDERAÇÕES INICIAIS Processo de trabalho na atenção básica: - Unidades Básicas de Saúde - Carga horária mínima de 40 horas/semanais, - Mínimo 5 (cinco) dias da semana - 12 meses do ano, - Acesso facilitado à população. O b s e r v a ç ã o : H o r á r i o s a l t e r n a t i vo s d e funcionamento podem ser pactuados através das instâncias de participação social, desde que atendam expressamente a necessidade da população. Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS: - Identificação e horário de atendimento; - Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe; - Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS; - Relação de serviços disponíveis; - Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe. EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): > Médico > Enfermeiro > Auxiliar e/ou técnico de enfermagem > Agente comunitário de saúde (ACS). Observação: Ainda podem fazer parte da equipe os agente de combate às endemias (ACE), profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, e auxiliar ou técnico em saúde bucal. TIPOS DE EQUIPES Estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganizaçãoda Atenção Básica no pais, de acordo com os preceitos do SUS. Equipe de Saúde Bucal (eSB): Modalidade l: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB. -Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nast-AB) -Equipes de atenção básica para populações especificas Equipe de Saúde da Familia Ribeirinha (eSFR) Equipe de Consultório na Rua (eCR) PROCESSO DE TRABALHO Trabalho em equipe Um conjunto de pessoas com conhecimentos diversos, mas que se unem em prol de objetivos comuns, negociando e elaborando um plano de ação bem definido, trabalhando em consonância e com comprometimento mútuo, complementando o trabalho com suas habi l idades variadas, aumentando a chance de êxito no resultado do trabalho empreendido. Atributos indispensáveis ao trabalho em equipe: Valorizar a opinião dos membros do grupo: Saber se comunicar; negociar no grupo. Elaborar um plano de ação bem definido: Apresentar as próprias ideias; discutir. Perceber como a diversidade de vocês sobre um mesmo problema enriquece uma discussão: Saber ouvir; ser curioso. TIPOS DE TRABALHO EM EQUIPE O trabalho em uma equipe integrada pode ser dividido em três tipos principais: Normativo: definidas as atribuições de cada componente da equipe, autonomia preservada, preconiza a interdependência, flexibilidade de poderes adequada às competências e habilidades de cada um. Estratégico: quando se consegue identificar os objetivos para um trabalho, os recursos disponíveis ou que serão gerados, os parceiros e os obstáculos que podem influenciar o alcance do resultado final do que está sendo proposto. Comunicativo: há espaços para discussões entre todos permitindo que todos externem seus objetivos individuais; criar um projeto assistencial comum. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ATRIBUIÇÕES COMUNS A TODOS OS MEMBROS DAS EQUIPES - Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe - Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de informação da Atenção Básica vigente. - Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da Unidade Básica de Saúde, e quando necessário, no domicilio e demais espaços comunitários. ATRIBUIÇÕES COMUNS A TODOS OS MEMBROS DAS EQUIPES QUE ATUAM NA ATENÇÃO BASICA - Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saude da população local. - Garantir a atenção à saúde da população adscrita, buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de doenças e agravos e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância em saúde, e incorporando diversas racionalidades em saúde, inclusive Práticas Integrativas e Complementares. SÃO ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DOS PROFISSIONAIS DAS EQUIPES QUE ATUAM NA ATENÇÃO BÁSICA: MÉDICO I. Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade; II. Real izar consultas c l inicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no d o m i c i l i o e/ o u n o s d em a i s e s p aç o s comunitários (escolas, associações entre outros); em conformidade com protocolos, diretrizes clinicas e terapêuticas, além de outras normativas técnicas. III. Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe; IV. Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sob sua responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico prescrito; V. Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; VI. Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e AC em conjunto com os outros membros da equipe; VII.Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE -SUS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE São arranjos organizativo de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010-Portaria 4.279, de 30/12/2010). Portaria de consolidado N° 3, de 28 de setembro de 2017 - Consolidação das normas sobre as redes do sistema único de saúde. POR QUE ORGANIZAR AS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE? • Diversidade de contextos regionais - diferenças sócio econômicas e de necessidades de saúde da população entre as regiões • Atual perfi l ep idemiológ ico bras i le i ro, caracterizado por uma tripla carga de doença - persistência de doenças parasitárias, infecciosas e desnutrição, problemas de saúde reprodutiva com mortes maternas e óbitos infantis, as condições crônicas e seus fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, • alimentação inadequada, obesidade e o crescimento das causas externas (aumento da violência e dos acidentes de trânsito) Objetivos • Melhorar a saúde da população e atender às necessidades em saúde. • Controlar o crescimento das despesas de origem pública com a saúde. • Alcançar maior eficiência gestora no uso de recursos escassos. • Coordenar as atividades das partes envolvidas, assegurar a produção e cumprimento dos compromissos. • Disponibilizar a informação de produção, financiamento, desempenho, qualidade e acesso, de forma a garantir informação ao cidadão. Para atingir esses objetivos as partes adotam em três áreas de aplicação que são: • cuidados primários, • atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) • cuidados de urgência e emergência CARACTERÍSTICAS DAS RAS I. Formar relações horizontais entre os diferentes pontos de atenção I1. Atenção Primária à Saúde como centro de comunicação Ill. Planejar e organizar as ações segundo as necessidades de saude de uma população especifica IV. Ofertar atenção contínua e integral (Aproximadamente 80% dos problemas de saúde que são demandados pela APS são solucionados. Os outros 20% dos casos seguem um fluxo cuja densidade tecnológica do tratamento aumenta a cada nível de atenção que se sucede). V. Cuidado multiprofissional VI. Compartilhar objetivos e compromissos com os resultados, em termos sanitários e econômicos (A missão de uma equipe de saúde deve contemplar objetivos sanitários e objetivos econômicos, de modo a gerar o melhor custo-beneficio para a população atendida). Qual serviço de saúde é mais importante? Os pontos de atenção passam a ser entendidos como espaços em que são ofertados alguns serviços de saúde, sendo todos igualmente importantes para o cumprimento dos objetivos da rede de atenção. Multiprofissionalidade Os problemas de saúde muitas vezes são multicausais e complexos, e necessitam de diferentes olhares profissionais para o devido manejo. Interdisciplinaridade Para garant i r o compar t i lhamento e a corresponsabilização da prática de saúde entre os membros da equipe. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA REDE • População do território • Estrutura operacional - Centro de comunicação - Pontos de atenção à saúde secundários e terciários - Sistemas de apoio - Sistemas logísticos - Sistemas de governança • Modelo de atenção à saúde - Organização e funcionamento das RAS. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 - O ideal é propor modelos de atenção para condições crônicas e agudas. ATRIBUTOS ESSENCIAIS DAS RAS • População e territórios definidos. • Extensa gama de estabelecimentos de saúde prestando diferentes serviços. • APS como primeiro nível de atenção. • Serviços especializados. • Mecanismos de coordenação,continuidade do cuidado e assistência integral fornecidos de forma continuada. • Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e nas comunidades, levando em consideração as particularidades de cada um. • Integração entre os diferentes entes federativos a fim de atingir um propósito comum. • Ampla participação social. • Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico. • Recursos suficientes. • Sistema de informação integrado. • Ação intersetorial. • Financiamento tripartite. • Gestão baseada em resultados PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO N° 3, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde. Art. 3° São Redes Temáticas de Atenção à Saúde: 1 - Rede Cegonha - Anexo Il I1 - Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) - Anexo IlI Il1 - Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas - Anexo IN IV - Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)-Anexo V V - Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência - Anexo VI Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
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