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Os riscos da automedicação

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· Os riscos da automedicação
A automedicação consiste no fato da ingestão de medicamentos por conta própria, sem a orientação de um especialista ou receita médica. Ou seja, você se automedica, ingere uma substância sem nenhum respaldo técnico, científico e profissional sobre a ação dela no seu organismo. Nesse sentido, trata-se de uma atitude capaz de colocar sua saúde e até sua vida em risco. Isso porque qualquer remédio depende do diagnóstico, da prescrição e do acompanhamento para o tratamento devido. Um medicamento ingerido de forma inadequada pode agravar a doença ou condição. Assim, ele gera justamente o problema que o indivíduo procura combater. Sem contar que todo remédio possui efeitos colaterais, que se não forem previstos em uma rotina correta de intervenção médica, podem gerar danos sérios ou até irreversíveis. Sem contar que a automedicação pode esconder sintomas importantes para o diagnóstico de patologias, o que prejudica seu tratamento precoce e sua recuperação. 
· Quais são os maiores riscos da automedicação?
Pode levar o corpo a grandes consequências, principalmente as ligadas à resistência a certas substâncias, interações, intoxicações, entre outros casos. Entre esses fatores de risco, alguns são mais recorrentes e merecem atenção especial. A junção entre diferentes substâncias e suas finalidades específicas pode gerar reações diversas no organismo, que às vezes trazem ameaças, existem situações em que um medicamento pode diminuir o efeito do outro ou mesmo acentuar a sua ação. Nos dois casos os danos ao paciente são significativos e podem comprometer o tratamento. Esse tipo de risco é presente em pessoas que tomam remédios de uso contínuo e eventualmente ingerem outro medicamento, sem a prescrição. Além disso, quem tem o hábito recorrente da automedicação pode se acostumar a tom. Um exemplo clássico, é de quem toma anticoncepcionais deve evitar certas categorias de antibióticos e não pode tomar anticoagulantes. Sendo assim, para evitar problemas, somente o médico sabe prever essas interações e estipular os melhores meios de ministrar um tratamento seguro. Segundo informações do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). A automedicação é a principal causa de intoxicação no país, De acordo com a entidade, 70% da população realiza algum tipo de automedicação que se define como o consumo de medicamentos sem prescrição médica ou quando se altera a prescrição referente à dose ou frequência. É importante dizer que, o uso indiscriminado de remédios pode levar ainda a graves problemas como lesões no fígado, insuficiência nos rins, sangramentos no estômago e nos intestinos e ainda à aplasia de medula, uma doença que interfere na formação das células do sangue. A superdosagem acontecer, também, com o uso exagerado e prolongado de remédios, mesmo que você esteja tomando a quantidade recomendada, porque isso sobrecarrega alguns órgãos. Para se ter uma noção, o uso excessivo de anti-inflamatórios pode gerar problemas gástricos e renais, enquanto o abuso de analgésicos causa danos ao fígado (onde são, normalmente, metabolizados). A automedicação está relacionada ao uso irracional de medicamentos. É importante dizer que existe uma questão chamada de dependência, ao se automedicar, pois o alívio imediato trazido por alguns fármacos pode se tornar um vício, fazendo com que a pessoa não consiga mais ficar sem ele. O problema é que o uso constante da mesma substância ativa pode fazer com que ela não cause mais efeito no organismo com o passar do tempo, ou que as doses precisem ser ajustadas com frequência (o que leva à superdosagem). Isso é algo muito comum principalmente nos remédios que induzem ao sono, nos sedativos (que diminuem a ansiedade) ou nos medicamentos controlados para a dor (geralmente derivados da morfina). Outro grande perigo que se é discutido dentro da automedicação, é o desenvolvimento de resistência ao medicamento. Isso acontece principalmente no caso de anti-inflamatórios e antibióticos estes que por sinal, são vendidos apenas com prescrição médica, justamente por essa razão. O uso de antibióticos sem orientação médica, assim também como não tomar o tempo sugerido pelo médico ou pelo fabricante, torna os microrganismos resistentes à substância ativa, isto é, será necessária a administração de um medicamento cada vez mais forte. O uso incorreto de antibióticos levou, inclusive, ao desenvolvimento da superbactéria KPC (que é resistente a múltiplos medicamentos desse tipo). Como há poucas classes de antibióticos eficazes contra a superbactéria, a prevenção é extremamente importante.	A automedicação pode ser motivada por inúmeros fatores, mas a grande maioria deles está associada à noção de que esse tipo de prática é normal e inofensivo. Podemos citar situações a qual leva as pessoas a tomarem remédios sem a devida orientação profissional, entre elas:
· Ampla disponibilidade de produtos farmacêuticos;
· Facilidade para a compra de remédios;
· Cultura de comodidade, associada ao consumo de fármacos;
· Noção de que a farmácia é um comércio de conveniência;
· Propagação equivocada de que certas condições, como o vírus da COVID-19, podem ser tratadas com medicamentos sem comprovação científica;
· Grande difusão de informações médicas e de saúde na internet, seja em blogs, sites ou redes sociais.
É importante ressaltar que a automedicação gera a piora de doenças ou o agravamento de certas condições de saúde. O motivo é simples: o uso de alguns remédios pode aliviar certos sintomas, que muitas vezes indicam um problema mais sério no corpo do paciente.  Ou seja, ao mascarar determinada condição, é mais difícil obter o diagnóstico para um tratamento adequado. Por exemplo, quando alguém sente dores de cabeça frequentes e toma analgésicos excessivamente, é possível que condições sérias como uma encefalite passem despercebidas. No mesmo sentido, quando você toma paracetamol ou ibuprofeno para se livrar de uma eventual febre, pode esconder os sintomas iniciais de uma pneumonia. Dessa maneira, se adia a intervenção correta, e a condição se agrava até gerar danos mais sérios ao paciente.
A automedicação parece uma das melhores soluções a ser tomada, sendo rápida e prática para certas dores, desconfortos ou problemas de saúde à primeira vista. Entretanto, ela gera consequências muito negativas e devem ser evitadas. É muito perigoso e arriscado, tomar tal medida, sendo assim, sem o seu apoio e o uso indiscriminado de remédios podem levar a intoxicações, falência hepática, agravamentos, vícios e muitos grandes e graves problemas que podem surgir. A prática da automedicação deve e precisa ser combatida e para que isso aconteça, os profissionais da área de saúde devem orientar os pacientes e os seus familiares no sentido de evitar os abusos dos medicamentos, além do estímulo a fiscalização apropriada, sempre visando o bem-estar do paciente e o desenvolvimento de um tratamento correto e eficaz.

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