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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CLÁUDIA MARIA TEIXEIRA MARIANO DECISÕES DE INVESTIMENTOS INTERFERÊNCIA DIRETA NO FUTURO DE UMA EMPRESA Maracanaú 2022 2 CLÁUDIA MARIA TEIXEIRA MARIANO DECISÕES DE INVESTIMENTOS INTERFERÊNCIA DIRETA NO FUTURO DE UMA EMPRESA Trabalho apresentado à disciplina de finanças como requisito parcial para aprovação. Professora: Daniel Alves Campelo Maracanaú 2022 3 RESUMO No conteúdo desse trabalho, consta uma pesquisa que tem como finalidade relatar a necessidade que uma empresa tem de analisar, e melhorar a cada dia suas finanças. Para que tudo aconteça de forma assertiva, é preciso que os administradores financeiros da organização analisem, planejem e controle tudo o patrimônio da empresa, visando sempre maximizar o lucro, garantir o retorno de investimento, e fazer uma boa administração dos riscos. São atitudes necessárias para que o gestor possa avaliar as transações para que o gestor possa avaliar as transações de investimentos e consequentemente o seu retorno; com o objetivo de auxiliar na tomada de decisões, e assim, ajudar a criar planos estratégicos financeiros, para evitar riscos indesejáveis, com o propósito de atingir o retorno desejado. Palavras-chave: analisar; investimentos; decisões. 4 SUMÁRIO 1. Introdução........................................................................................................05 2. Atividade contextualizada................................................................................06 2.1. Decisões de Investimentos Interferência Direta no Futuro de Uma Empresa................................................................................................06 2.2. Perguntas e Respostas sobre Riscos Financeiros e Operacionais nas Empresas..............................................................................................07 2.3. Risco, Retorno e Liquidez.....................................................................08 2.3.1. Métodos de Avaliação de Investimentos.........................................09 3. Conclusão........................................................................................................13 4. Referências......................................................................................................14 5 INTRODUÇÃO O presente trabalho irá relatar a importância que tem a análise da gestão financeira em uma empresa, com relação às decisões de investimentos, pois, o objetivo do gestor é elevar ao máximo a riqueza, tornar maior o patrimônio, analisar o risco e o retorno de investimentos feitos pela organização. Além disso, para conseguir atingir o objetivo da empresa, o gestor faz análise da situação patrimonial, observando os possíveis riscos e retornos, para tomar as decisões de investimentos cabíveis, a fim de que, não aconteçam as surpresas desagradáveis. O principal objetivo desse trabalho é informar o quanto a análise de risco e retorno é importante para uma decisão de investimentos e a necessidade de ser bem sucedida, com a finalidade de que o retorno supere o esperado e como resultado a empresa continue existindo. O conteúdo elaborado irá apresentar os riscos financeiros e operacionais e como eles podem interferir na saúde da empresa; assim como também, os cuidados que o gestor deve ter ao analisar o investimento empresarial, fazendo aplicação dos métodos de avaliações mais comuns para ter a certeza de levar a frente essa idéia de investimento e consequentemente tomarem a decisão mais eficiente. Por fim, para fazer o relato de todo conteúdo, foi utilizado à pesquisa em livros e sites que abordam sobre o assunto introduzido nesse trabalho. 6 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA FINANÇAS DECISÕES DE INVESTIMENTOS INTERFERÊNCIA DIRETA NO FUTURO DE UMA EMPRESA Cláudia Maria Teixeira Mariano 01479037 Gestão Financeira Uma empresa seja ela, de grande, pequeno ou médio porte, independente do modelo de negócio, tem como objetivo o seu crescimento patrimonial. Para que aconteça esse crescimento financeiro, o gestor deve identificar as oportunidades, analisar o cenário e definir estratégias para controlar, prevenir e migrar os riscos, assim como também, fazer um bom planejamento para garantir a segurança operacional e uma tomada de decisão mais assertiva. Ainda convém lembrar, que é fundamental conhecer os vários tipos de riscos que envolvem finanças de um negócio ou investimento e analisar os retornos dos investimentos feitos pela instituição, para poder verificarem se vale à pena prosseguir com a idéia de alavancar. A análise de investimento é de grande importância para a tomada de decisão, visto que, deve ter os devidos cuidados com os principais riscos que podem impactar o retorno desse investimento. Basicamente ele pode ser dividido em quatro: risco de crédito, risco de mercado, risco de liquidez e risco operacional. Quando não controlados, podem possibilitar a existência de prejuízos para a empresa. Diante dessa situação, existe uma relação entre risco e retorno que deve ser observado na hora de tomar uma decisão de investimento: Quanto maior o risco, maior o retorno; Quanto menor o risco, menor o retorno. Nesse sentido, no mercado financeiro, existem riscos e incertezas no momento da análise de investimentos, que devem ser controlados, avaliados, para não afetar no retorno desejado pela empresa. Portanto, a sabedoria de investir envolve planejamento, análise e o controle das atividades financeiras da instituição, objetivando formas de investimento que apresentam a melhor relação risco-retorno, para beneficiar o futuro da empresa. 7 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA FINANÇAS PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE RISCOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS NAS EMPRESAS Cláudia Maria Teixeira Mariano 01479037 Gestão Financeira 01 – Como os riscos financeiros podem afetar nas decisões empresariais? Endividamento elevado. Exposição a variações de câmbio, ou taxas de juros. Operações de mercado ou investimentos de alto grau de incertezas sobre o seu retorno. Baixa qualidade das informações que atrapalham a tomada de decisões. 02 – Como os riscos operacionais podem afetar nas decisões empresariais? Danos a ativos físicos. Demandas trabalhistas e segurança deficiente no local de trabalho. Falhas na execução cumprimento dos prazos e gerenciamento de atividades. Falhas tecnológicas. Fraudes externas. Fraudes internas. Interrupção das atividades. Práticas inadequadas em relação à cliente soluções. FIGURA 1 – FONTE: O AUTOR 8 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA FINANÇAS RISCO, RETORNO E LIQUIDEZ Cláudia Maria Teixeira Mariano 01479037 Gestão Financeira No mercado financeiro, ambiente de negociação financeira, onde existem duas partes: quem empresta o dinheiro e quem toma emprestado, existem riscos e incertezas que faz o investidor analisar com muita cautela uma decisão de investimentos. Nessa análise, existe várias etapas importantes para avaliar, uma delas são as variáveis: risco, retorno e liquidez. Ainda convém lembrar que, o risco é conceituado como as chances que tem de perder ou ganhar dinheiro, sendo proporcional ao valor investido, assim como também, o tipo de ativo que se pretende investir. Já o retorno é conceituado como a rentabilidade que se tem na expectativa de obter retorno do investimento enquanto que a liquidez é a facilidade de um ativo financeiro ser transformado em um ativo financeiro ser transformado em dinheiro, de forma que não tenha desvalorização.Certamente, essas informações são importantes para controlar e gerenciar esse trio. Convém lembrar que a relação entre eles influencia nas decisões de investimentos e que a melhor estratégia para a gestão, é contar com uma variedade de títulos e ativos com características variadas. Sobre riscos, rentabilidade e liquidez. FIGURA 2 – FONTE: O AUTOR 9 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA FINANÇAS METÓDOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS Cláudia Maria Teixeira Mariano 01479037 Gestão Financeira Para fazer a análise de investimento é necessário aplicar técnicas financeiras e contábeis com o objetivo de descobrir se um projeto é viável ou não. Com base de que todo investimento tem o seu risco e consequentemente o seu retorno, consideramos que, geralmente, em investimentos menos arriscados, o retorno tende a ser menor, porém mais seguro. Por isso, a necessidade de utilizar métodos de avaliação para que o gestor possa tomar a decisão correta. Na gestão de riscos existem alguns métodos que ajudam a gerenciar os riscos prejudiciais a empresa e avaliar os retornos, dentre eles pode-se destacar: VaR – Value at Risk: é um indicador de risco que estima a perda potencial máxima de um investimento para um período de tempo, com um determinado intervalo de confiança. o Para o seu cálculo, o VaR se baseia em três elementos: 1 – Estimativa de perca máxima: valor monetário total da carteira que pode ser perdida. 2 – Horizonte de tempo: intervalo de tempo a ser analisado. Como esse indicativo é utilizado para avaliar ativos voláteis, recomenda-se que o período seja de no máximo um mês. 3 – Nível de confiança: mostra o grau de cobertura estatística que o indicador alcança. Para o indicador ser confiável, recomenda-se a utilização de pelo menos 95% de confiança, o que significa estatisticamente, dois desvios padrões. Por exemplo, suponha a seguinte situação: Uma gestora de investimentos anuncia que sua carte4ira possui um VaR de R$ 5 milhões para 1 dia. O grau de confiança dessa informação é de 95%. Logo, conclui-se que a perda potencial dessa carteira, de um dia para o outro, seria de no máximo R$ 5 milhões. Mas, como a confiança é de 95%, a chance de o gestor perder mais do que R$ 5 milhões de um dia para o outro é de 5%. o Técnicas para estimar o Var de um investimento, são duas técnicas principais: I – VaR parâmetro ou método analítico, também usado método variância e covariância: é o cálculo que utiliza rentabilidades estimadas e pressupõe que esses dados seguem uma distribuição normal. É dado pela seguinte fórmula: VaR = R – Z σ | V 10 Onde: R = retorno esperado. Z = valor relacionado a um determinado nível de significância. Σ = desvio padrão de rentabilidade. V = valor do investimento. II – VaR histórico não-paramétrico: é um cálculo que exclui as hipóteses e estimativas sobre a distribuição do retorno dos ativos; para calcular as possíveis perdas financeiras que um investidor pode ter, é utilizado com base o rendimento histórico dos próprios retornos. Observações: É aceito na recomendação, venda ou compra de ativos. Facilidade de compreensão. Aplicabilidade facilitada. Eficácia na localização dos fatores de risco do mercado. Por quantificar apenas a renda potencial dentro de um nível de confiança, o VaR não dá nenhuma indicação do tamanho da perda que está fora desse aspecto. Por isso, muitos consideram que o VaR é um indicador incompleto. O VaR não é cumulativo. A soma do VaR de cada ativo não é igual ao VaR da carteira global. Existem diferentes métodos de cálculos para o VaR, cada um deles com resultados diferentes. O seu uso só é recomendado se associado a outros cálculos e informações. RoI – Retorno sobre investimentos: é uma ferramenta da análise fundamentalista que ajuda a examinar a viabilidade de projetos e investimentos. Como cálculo do RoI é possível mensurar quais foram os ganhos ou as perdas obtidas com os recursos que foram injetados em um determinado investimento. o Fórmula: RoI = (lucro obtido - investimento) / investimento Exemplo: Suponha a seguinte situação. Uma determinada empresa apresenta um ganho de R$ 100.000 sendo que o investimento total para iniciar as suas operações foi de R$ 80.000, então: RoI = (100.000 – 80.000) / 80.000 = 0,25 ou 25% Essa empresa apresenta um retorno sobre investimento no valor de 25%. Observações: É uma ferramenta simples de ser calculada. Importante no processo de tomada de decisões é também uma ferramenta muito usável. Pode ser usado por qualquer agente econômico das mais diversas formas. Mede o custo-benefício de investir em um ativo em detrimento do outro. Serve como métrica para analisar o retorno obtido sobre qualquer tipo de investimento. Não é possível prever o RoI de eventos futuros. Não é uma ferramenta de análise absoluta e independente. 11 CAMP ou método de precificação de ativos de capital: se trata de uma forma de analisar e investigar as relações existentes entre o risco e o retorno esperado de um investimento. o Fórmula: E (R) = Rf +B (Rm - Rf) Onde: E (R) = retorno esperado. Rf = taxa de juros livre de risco. B = risco associado ao investimento. Rm = taxa de remuneração do mercado. Exemplo: Utilizando a taxa Selic em 6,5%, considerada como o investimento livre de risco, uma taxa de retorno do mercado de 12% e um beta de 1,2%. E (R) = Rf +B (Rm - Rf) E (R) = 0,065 + 1,2 x (0,12 – 0,065) = 0,131. Portanto, o retorno esperado para o investimento deve ser equivalente a 13,1% Observações: Na fórmula a taxa livre corresponde ao valor do dinheiro no tempo. Os outros componentes são úteis para expressar os riscos adicionais que o investidor assume. A taxa livre de risco é uma taxa de rendimento que não tem risco, como por exemplo: o tesouro direto. Essa taxa é o valor mínimo que deve ser obtido pelo retorno previsto. O CAMP é um método que funciona por meio de suposições de comportamento dos investidores, fundamentos do mercado e distribuições de risco. Esse método de precificação de ativos funciona a partir do risco do investimento e do custo capital. Método CAMP é muito importante em finanças para precificar títulos de risco e gerar retornos esperados para os ativos, determina a taxa de retorno teórica apropriada para certo ativo em relação a uma carteira de mercado diversificada. Método CAMP (β - Beta e APM - Modelo de precificação por arbitragem): - β - Beta é um investimento potencial e um nível de risco que a aplicação irá aderir ao portfólio. - APM - Modelo de precificação por arbitragem é uma das opções do CAMP, torna flexível as premissas de custos de transação, o que pode vir a atrapalhar a informação perfeita e a liquidez. Ocorre por meio de modelagem de fontes múltiplas de risco de mercado. O método CAMP, leva em consideração duas principais possibilidades de riscos: - risco não diversificável: não pode ser evitado por meio da diversificação, por exemplo, aspectos climáticos, mudanças na taxa básica de juros, inflação e cenário político. 12 - risco diversificável: pode ser reduzido com a correta diversificação de ativos. Esses riscos estão ligados a um ativo ou setor em específico, logo, a diversificação pode reduzi-lo. As premissas do método CAMP: - não há custo de transação. - há liquidez para compra e venda de ativos nos mercados. - existe informação perfeita, todos os agentes possuem o mesmo conjunto de informação. - o risco pode ser totalmente eliminado com diversificações. O método CAMP tem suas vantagens: facilidade de uso, carteira diversificada, risco sistemático (Beta) e variabilidade do risco empresarial e financeiro. Mas também, tem suas desvantagens. As principais são refletidas nas insumos e nas premissas do modelo: taxa sem risco (Rf), retorno no mercado (Rm), capacidadede pedir empréstimo a uma taxa sem risco, determinação do projeto Proxy βeta 13 CONCLUSÃO Ao término desse trabalho concluí que o gestor financeiro tem uma grande importância e responsabilidade para o projeto de uma empresa. Pois, através de seus conhecimentos, conseguirá minimizar os riscos existentes no mercado financeiro, e que, antes de fazer qualquer investimento, esses riscos são controlados para não impactar o resultado do retorno esperado. Portando, o assunto abordado tem como objetivo fazer entender que antes de qualquer investimento deve planejar, analisar e controlar todos os possíveis riscos para uma correta compreensão e uma tomada de decisão assertiva. Tendo em vista o exposto, compreende-se que utilizando adequadamente os métodos de avaliação: VaR – Value At Risk, RoI – Retorno sobre Investimentos, a empresa possivelmente atingirá o sucesso desejado. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAYO, Hebert B. Mayo. Finanças básicas; tradução Antonio Tibúrcio da Cunha Gomes Carneiro; revisão técnica Carlos Roberto Martins Passos. São Paulo: Cengage Learning, 2008. GITMAN, Lawrence J. Gitman. Princípios de administração financeira; tradução Allan Vidigal Hastings; revisão técnica Jean Jacques Salim. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. HOJI, Masakazu Hoji. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.