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Análise de Investimento e Viabilidade

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Prévia do material em texto

ANÁLISE DE 
INVESTIMENTOS E 
VIABILIDADE
Professor Dr. José Renato de Paula Souza Jardim 
Professor Me. Narciso Américo Franzin 
Professor Esp. José Campos de Araújo Ribeiro Neto 
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; JARDIM, José Renato de Paula Souza; FRANZIN, 
Narciso Américo; RIBEIRO NETO, José Campos de Araújo. 
 
 Análise de Investimentos e Viabilidade. José Renato de Paula 
Souza Jardim; Narciso Américo Franzin; José Campos de Araújo 
Ribeiro Neto. 
 Maringá-Pr.: Unicesumar, 2019. 
 216 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Análise 2.. Investimentos 3. Viabilidade 4. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-1753-3
CDD - 22 ed. 332.63
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Giovana Costa Alfredo
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
Juliana Moraes da Silva 
Designer Educacional
Kaio Vinicius Cardoso Gomes
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Flávia Thaís Pedroso
Qualidade Textual
Jaqueline Mayumi Ikeda Loureiro
Ilustração
Marta Sayuri Kakitani
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Crian-
do oportunidades e/ou estabelecendo mudanças 
capazes de alcançar um nível de desenvolvimento 
compatível com os desafios que surgem no mundo 
contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógi-
ca e encontram-se integrados à proposta pedagógica, 
contribuindo no processo educacional, complemen-
tando sua formação profissional, desenvolvendo com-
petências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos 
em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no 
mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm 
como principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o 
desenvolvimento da autonomia em busca dos conhe-
cimentos necessários para a sua formação pessoal e 
profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fó-
runs e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma 
equipe de professores e tutores que se encontra dis-
ponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
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Professor Dr. José Renato de Paula Souza Jardim
Doutor em Finanças pela Mackenzie (2018), Mestrado em Administração/
Finanças pela PUC-SP (2011), MBA Executivo pela Unicesumar (2010), 
Graduação em Administração de Empresas pela PUC-SP (2006), Graduação 
em Ciências Contábeis (2018). Atualmente é consultor e professor de finanças 
corporativas e contabilidade gerencial nos programas de MBA, Pós-Graduação 
Cursos Executivos - Saint Paul, Insper e Ibmec. É autor dos livros: Orçamento 
Empresarial, Gestão Financeira e de Vendas e Administração Financeira 
para o Mercado Imobiliário. É autor de artigos publicados em revistas e 
apresentados em congressos acadêmicos conceituados. Foi consultor da 
empresa CB Richard Ellis nos departamentos de Investimentos e de Asset e 
coordenador dos cursos no Labfin, Unicesumar e Saint Paul. Pesquisa temas 
nas áreas de finanças corporativas.
Link: http://lattes.cnpq.br/8135792801950318
Professor Me. Narciso Américo Franzin
Doutor em Engenharia de Produção, pela Universidade Metodista de Piracicaba 
- UNIMEP (2018). Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade 
Federal de Santa Catarina - UFSC (2002). Graduação em Administração pela 
Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana - FECEA (1988). 
Graduado em Ciências pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de 
Mandaguari - FAFIMAN (1998). Graduado em Habilitação Matemática Plena 
pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Mandaguarí - FAFIMAN (1999). 
Atualmente é professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) do 
Instituto Federal do Paraná (IFPR), com dedcicação exclusiva. Experiência na 
área de Administração, com ênfase em Administração de Empresas, atuando 
principalmente nos seguintes temas: planejamento estratégico, técnicas de 
negociação, matemática, finanças, matemática comercial e responsabilidade 
social.
Link: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo
=apresentar&id=K4738867U6>. 
Professor Esp. José Campos de Araújo Ribeiro Neto
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Gestão do Conhecimento nas 
Organizações (PPGGCO) - Unicesumar. Especialista em Finanças e em Gestão 
Empresarial de Negócios - Unicesumar. Administrador pela Universidade 
Estadual de Santa Cruz - UESC. Professor de Cursos de Graduação e Pós-
Graduação de ensino presencial e a distância (EaD). Palestrante e instrutor de 
cursos empresariais.
Link: <http://lattes.cnpq.br/9333403002110216>.CU
RR
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SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) acadêmico(a), é com muito prazer que escrevemos este livro que está em 
suas mãos agora. Tenha certeza de que nós, professores José Renato, Narciso Franzin e 
José Campos, escrevemos esta obra com o objetivo de facilitar seu estudo para que você 
interaja com a prática de um gestor financeiro. Dessa forma, preste atenção no texto a 
seguir, que demonstrará o contexto atual da Análise de Investimentos e Viabilidade para 
o sucesso de um empreendimento financeiro.
A Análise de Investimentos e Viabilidade, nos últimos anos, tem se tornado um estudo 
de fundamental importância, principalmente, para os estudantes que desejam aumen-
tar seus conhecimentos em finanças, no entanto, muitos têm o primeiro contato com a 
disciplina tardiamente. Portanto, com este livro, pretende-se fortalecer a importância de 
se fazer um projeto e analisá-lo para verificar se é, ou não, viável sua execução, espera-se 
estimular a autoestima dos estudantes, formando pessoas determinadas que conheçam 
os procedimentos para estruturar um projeto.
Um projeto bem-sucedido, ou seja, para o projeto ter sucesso, ele precisa conseguir atingir 
seus objetivos, deve ser executado de acordo com o planejado. Quando se fala em proje-
tos, espera-se que ele apresente uma sequência lógica e clara da atividade a ser realizada, 
com início, meio e fim, e que seja definido no tempo, no custo, nos recursos e na qualidade.
A viabilidade tem por objetivo principal identificar se o projeto apresentado pode dar cer-
to, ou não, pois todas as ações que são utilizadas no desenvolvimento de um projeto en-
volvem riscos. Estudos mais detalhados sobre o assunto proporcionam um maior grau de 
segurança e certeza, identificam as condições necessárias para que o projeto se concretize 
com um menor grau de riscos e, ao encontrar situações de risco no projeto, possibilita a 
tentativa de neutralização desses fatores, promovendo, assim, o sucesso do mesmo.
Esta obra possibilita ao estudante compreender as formas de executar e analisar um proje-
to, uma vez que o caráter dinâmico e seus desdobramentos permitem a construção desse 
significado para o estudante, especialmente no que tange ao desenvolvimento do conhe-
cimento relacionado a finanças e da metodologia de construção de novos projetos.
A aplicação deste livro dar-se-á numa proposta, em que, nas unidades iniciais, serão 
abordados os riscos e o valor do dinheiro no tempo, com a finalidade de proporcionar 
ao estudante o “alicerce” necessário para que a disciplina seja introduzida.
Na parte central do livro, é apresentado o custo do capital, ou seja, o custo que a empre-
sa terá para obter o dinheiro necessário aos investimentos nos projetos. Na parte final 
do livro, estão as unidades que relatam o orçamento de capital e a análise de viabilidade 
de um projeto.
APRESENTAÇÃO
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E VIABILIDADE
Na primeira unidade, abordaremos os riscos, pois incertezas fazem com que o que 
foi planejado não aconteça da forma que se queria, erros são cometidos durante 
o processo, não se executa da forma que se imaginava no início, talvez pela pró-
pria impossibilidade de se fazer o que se imaginava, e para evitar essa frustração, 
é necessário entender riscos e fazer com que o que foi previamente traçado seja 
realizado com sucesso.
Na segunda unidade, discutiremos o valor do dinheiro no tempo. A leitura dessa 
unidade fará com que fique transparente ao estudante que o valor de R$1,00 hoje 
não será o valor desse mesmo R$1,00 daqui a um ano, fatores que influenciam a eco-
nomia, tais como taxas de juros, inflação, variações cambiais, entre outras, fazem com 
que o poder de aquisição da mesma quantidade de dinheiro mude com o tempo.
Na terceira unidade, verificaremos que a obtenção de capital para realizar os investi-
mentos pode ser oriunda de duas fontes: o capital da própria empresa (capital pró-
prio) ou o capital de agentes externos, como banco (capital de terceiros). Essas duas 
fontes de captação de recursos, no entanto, envolvem custo de aquisição do capital 
que deverão ser identificados para a tomada de decisão.
Na quarta unidade, estudaremos o orçamento de capital como uma “ferramen-
ta” que proporciona ao financeiro optar por investimentos com fluxo de caixa que 
deem retornos satisfatórios, o financeiro, ao analisar índices, como a TMR, o IL, o 
PAYBACK, o VPL, a TIR, entre outros, terá condições de comparar, selecionar e, desta 
forma, escolher os projetos que mais lhe interessam.
E na última unidade, atentaremos aos principais conceitos envolvidos na elaboração 
e avaliação de projetos de viabilidade econômico-financeira. A interdependência 
entre os diversos aspectos de natureza econômico-financeira e contábil envolvidos 
no processo de elaboração de projetos é discutida, uma vez que, ao se analisar um 
projeto, busca-se encontrar as perspectivas de desempenho financeiro do projeto 
em análise e sua viabilidade.
A compreensão do texto é facilitada por se utilizar uma linguagem clara e adequada 
à compreensão dos estudantes e uma sequência lógica do conteúdo, os termos uti-
lizados facilitam a compreensão dos conteúdos e das atividades, atendendo, assim, 
ao objetivo proposto para o ensino.
Este livro apresenta atividades complementares, tais como: saiba mais sobre o as-
sunto, exemplos, dicas, reflita, ilustrações de situações, fontes alternativas de pes-
quisas e a indicação de sítios eletrônicos para pesquisa, o que facilita na execução 
das atividades e possibilita fácil compreensão dos temas abordados. Isso proporcio-
na ao estudante facilidade para entender o conteúdo e enriquece seu conhecimen-
to, assim como o ajuda na compreensão dos temas relacionados à disciplina.
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
11
UNIDADE I
RISCOS
17 Introdução
18 Tipos, Qualificação, Capacitação e Mapeamento dos Riscos 
28 Riscos Organizacionais 
37 Risco e Retorno 
40 Gestão de Risco 
43 Considerações Finais 
48 Referências 
49 Gabarito 
UNIDADE II
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
52 Introdução
53 Capitalização Composta 
59 Períodos e Taxas 
64 Cálculo Financeiro em Contexto Inflacionário 
68 Séries de Pagamentos Uniformes 
80 Considerações Finais 
86 Referências 
87 Gabarito 
SUMÁRIO
12
UNIDADE III
CUSTO DE CAPITAL
91 Introdução
92 Necessidade de Capital 
95 Custo do Capital Próprio 
99 Custo do Capital de Terceiros ou Custo da Dívida 
102 Custo Médio Ponderado de Capital 
108 Considerações Finais 
113 Referências 
114 Gabarito 
UNIDADE IV
DECISÕES DE INVESTIMENTO
117 Introdução
118 Orçamento de Capital 
120 Métodos e Técnicas de Avaliação de Investimentos 
140 Análise Completa de um Orçamento de Capital 
157 Considerações Finais 
164 Referências 
165 Gabarito 
SUMÁRIO
13
UNIDADE V
PROJETO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
168 Introdução
169 Conceito de Projeto 
175 Quadros Financeiros do Projeto 
182 Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira 
185 Análise Completa Utilizando-se a Memória de Cálculo 
199 Considerações Finais 
206 Referências 
207 Gabarito 
208 Conclusão 
U
N
ID
A
D
E I
Professor Dr. José Renato de Paula Souza Jardim
Professor Me. Narciso Américo Franzin
Professor Esp. José Campos de Araújo Ribeiro Neto
RISCOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer os diferentes tipos de riscos, bem como a necessidade de 
qualificação, capacitação, e mapeamento desses riscos.
 ■ Analisar os riscos que estão presentes no dia a dia das organizações.
 ■ Compreender a relação direta existente entre o risco e o retorno 
esperado.
 ■ Compreender a necessidade do estabelecimento de uma gestão de 
riscos. 
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Tipos, qualificação, capacitação e mapeamento dos riscos
 ■ Riscos organizacionais
 ■ Risco e retorno
 ■ Gestão de risco
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), o assunto com o qual iniciamos este estudo é muito interes-
sante e atrativo, espero que ele contribuacom a sua visão sobre o conceito de 
risco. Procurei mostrar a importância de se conhecer os diversos tipos de riscos 
para que se trabalhe com a prevenção, minimizando a chance de que ele venha 
a acontecer.
Você já deve ter percebido que o assunto “risco” está sempre sendo comen-
tado entre as pessoas, porém o seu conceito pode ser compreendido de várias 
formas. Um dos conceitos aplicáveis ao risco encontra-se na existência de situa-
ções que possam impedir o alcance dos objetivos corporativos ou a não existência 
de situações consideradas necessárias para chegar a tais objetivos.
Portanto, pode-se observar que a visão apresentada pelo autor não limita 
o risco ao campo financeiro: o mundo é corporativo e os objetivos são estabe-
lecidos nos mais diversos aspectos. Então, considera-se risco toda e qualquer 
inconformidade que venha a atrapalhar os objetivos anteriormente traçados a 
serem atingidos pela empresa.
O risco pode ser visto como a possibilidade de acontecimentos de eventos 
que nos afetem de forma negativa. Essa visão negativa é predominante, pois o 
risco representa um grau de incerteza em relação à possibilidade de ocorrência 
de um determinado evento, o que ao acontecer, normalmente, incorre em pre-
juízos. Nessa ótica, o risco torna-se a possibilidade de perda decorrente de um 
determinado evento.
Pode-se dizer que um cenário de risco é um fator existente e você terá que 
conviver com ele, ou, dito de outra forma, não adianta você não querer correr 
risco, pois ele existe. Considerando isso, o que você precisa é definir claramente 
o grau de risco que você está disposto a assumir para realizar um determinado 
projeto. A esse risco que você tolera correr dá-se o nome de risco-benefício, 
conceito que expressa qual é o benefício gerado por esse risco. Dessa maneira, 
o conhecimento do risco e a sua tolerância a corrê-lo é fundamental para o 
sucesso do projeto.
Introdução
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17
TIPOS, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E 
MAPEAMENTO DOS RISCOS
Os riscos são uma realidade presente no cotidiano das atividades humanas, porém
apresentam características, impactos e proporções diferentes. Dessa maneira, 
conhecer os tipos, as qualificações e como mapear esses riscos é de fundamen-
tal importância para as organizações que lidam com projetos de investimentos.
TIPOS DE RISCO
Caracteriza-se o risco pela incerteza existente, numa regra bastante simples: 
quanto maior for a incerteza, maior o risco. Eles podem ser estudados e classifi-
cados de acordo com os seus tipos, ou seja, a natureza que dá origem ao objeto 
que está sendo estudado. São múltiplas as possibilidades causadoras de fatos que 
geram os riscos e, quando se analisa o tipo de risco, verifica-se também qual é a 
consequência dos efeitos gerados, caso esse fator indesejado venha a acontecer.
RISCOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Tipos, Qualificação, Capacitação e Mapeamento dos Riscos
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Quando se fala em decisões de financiamento e investimentos, alguns ris-
cos devem ser considerados com mais atenção, entre eles:
a. Risco de fluxo de caixa, que leva em consideração o risco do negócio.
b. Risco financeiro.
c. Risco financeiro operacional.
d. Risco de reinvestimento.
e. Risco de taxa de juros.
f. Risco do poder de compra.
Conforme Cocurullo (2002), os riscos são subdivididos em: estratégicos, operacio-
nais, de conformidade e financeiros. Vamos entender do que trata cada um deles?
 ■ Riscos estratégicos são os riscos associados ao modo que uma organi-
zação é gerenciada.
 ■ Riscos operacionais são aqueles associados às condições operacionais 
dos processos, controles, sistemas e informações.
 ■ Riscos de conformidade relacionam-se à habilidade que a organiza-
ção tem em cumprir normas reguladoras, legais e exigências fiduciárias.
 ■ Riscos financeiros estão direcionados à exposição financeira de uma organização.
Para Brasiliano (2003), o risco operacional é composto por sub áreas, diversifi-
cadas e abrangentes, a saber:
Riscos relacionados à proteção patrimonial
 ■ Risco de overload: que são riscos de perdas por sobrecargas no sistema elétrico.
 ■ Risco de obsolescência: é o risco de perdas pela falta de troca de equi-
pamentos e softwares antigos.
 ■ Risco de equipamento: são as perdas oriundas pelas falhas nos equipamentos.
 ■ Risco de catástrofe: são perdas definidas por catástrofes naturais ou não.
RISCOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Riscos relacionados à segurança das informações
 ■ Risco de presteza e confiabilidade: as informações não são recebidas e 
processadas em tempo hábil e de forma confiável.
 ■ Risco de modelagem: ocorre quando existe a interpretação incorreta dos 
resultados fornecidos por modelagem, inclusive dados incorretos.
Riscos decorrentes diretamente da administração dos recursos 
humanos
 ■ Risco de erro não intencional: é oriundo de equívoco, omissão, distra-
ção ou negligência dos funcionários.
 ■ Risco de fraudes: ocorre em decorrência de procedimentos fraudulentos, 
adulteração de controles, informações dadas incorretamente, entre outras.
 ■ Risco de qualificação: é dado quando profissionais desempenham tare-
fas sem a qualificação exigida.
Riscos provocados pela atividade fim da organização e suas es-
tratégias
 ■ Risco de produtos e serviços: ocorre quando os serviços ou produtos são 
vendidos sem atender às necessidades do comprador em preço e qualidade.
 ■ Risco de regulamentação: quando não existe o controle interno nem 
externo, não existem normas e procedimentos.
 ■ Risco de liquidação financeira: quando não se tem o controle da fina-
lização da transação.
 ■ Risco sistêmico: é oriundo das alterações que ocorrem no ambiente empresarial.
Tipos, Qualificação, Capacitação e Mapeamento dos Riscos
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 ■ Risco de concentração: quando se depende de poucos clientes, produ-
tos e/ou mercados.
 ■ Risco de imagem: são perdas decorrentes do impacto negativo na marca 
da instituição.
Conforme Brito (2007), os tipos de risco na indústria, com suas classificações e 
exemplos são apresentados na tabela a seguir:
Quadro 1 - Tipos de Risco
INDÚSTRIA CONCEITO EXEMPLO
Riscos de Overload
Pode ser definido como o risco 
de perdas por sobrecargas nos 
sistemas elétricos, telefônicos, de 
processamento de dados etc.
Sistemas não operacionais em 
agências bancárias por acúmu-
lo de informação nos canais de 
comunicação com a central de 
atendimento.
Risco de 
Obsolescência
Pode ser definido como risco de 
perdas pela falta de substituição 
frequente dos equipamentos e 
softwares antigos.
Versões atualizadas de software 
não compatíveis com hardware 
antigo.
Impossibilidade de integrar sis-
temas computacionais desenvol-
vidos em versões de softwares 
diferentes.
Risco de Presteza e 
Confiabilidade
Pode ser definido como o risco 
de perdas pelo fato de as infor-
mações não poderem ser rece-
bidas, processadas, armazenadas 
e transmitidas em tempo hábil e 
de forma confiável.
Situações em que as informações 
consolidadas sobre a exposição 
de um banco não podem ser obti-
das em tempo hábil para análise.
Impossibilidade de prestar infor-
mações precisas em determina-
dos horários devido à atualiza-
ção de banco de dados ocorrer 
por processamento em batch.
Risco de 
Equipamento
Pode ser definido como o risco 
de perdas por falhas nos equi-
pamentos elétricos, de processa-
mento e transmissão de dados, 
telefônicos, de segurança etc.
Rede de micros contaminada por 
vírus.
Discosrígidos danificados. Tele-
fonia não operacional por falta 
de reparos.
RISCOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
INDÚSTRIA CONCEITO EXEMPLO
Risco de Erro Não 
Intencional
Pode ser definido como risco de 
perdas em decorrência de equí-
voco, omissão, distração ou ne-
gligência de funcionários.
Mau atendimento de correntis-
tas (má vontade, falta de infor-
mação etc.).
Posicionamento da tesouraria no 
mercado contrário ao especifica-
do pelo comitê de investimentos.
Risco de Fraudes
Pode ser definido como risco de 
perdas em decorrência de com-
portamentos fraudulentos (adul-
teração de controles, descum-
primento intencional de normas 
da empresa, desvio de valores, 
divulgação de informações erra-
das etc).
Desvio de dinheiro de agência 
bancária.
Aceitação de “incentivos” de 
clientes para conceder crédito 
em valores mais elevados.
Risco de 
Qualificação
Pode ser definido como risco de 
perdas pelo fato de os funcio-
nários desempenharem tarefas 
sem qualificação profissional 
apropriada à função.
Uso de estratégias de hedge com 
derivativos sem conhecimento 
por parte do operador da exten-
são desses riscos.
Cálculo de perdas e lucros em 
carteiras sem conhecimento dos 
mercados.
Iniciar operações em mercados 
“sofisticados” sem contar com 
equipes (back-office) adequadas 
(front-office) devidamente pre-
paradas.
Risco de Produtos 
e Serviços
Pode ser definido como risco de 
perdas em decorrência da venda 
de produtos ou prestação de ser-
viços ocorrer de forma indevida, 
ou sem atender às necessidades 
e demandas de clientes.
Envio de cartões de crédito sem 
consulta prévia ao cliente.
Recomendar a clientes de perfil 
conservador o investimento em 
fundos de derivativos alavanca-
dos diante de um bom desempe-
nho no passado recente desses 
mesmos fundos.
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INDÚSTRIA CONCEITO EXEMPLO
Risco de 
Regulamentação
Pode ser definido como risco de 
perdas em decorrência de altera-
ções, impropriedades ou inexis-
tência de normas para controles 
internos ou externos.
Alteração de margens de garan-
tia ou de limites de oscilação em 
bolsas de derivativos, sem aviso 
antecipado ao mercado.
Front-office responsável pela ope-
ração do back-office.
Risco de 
Modelagem
Pode ser definido como risco de 
perdas pelo desenvolvimento, 
utilização ou interpretação incor-
reta dos resultados fornecidos 
por modelos incluindo a utiliza-
ção de dados incorretos.
Utilizar software comprado de 
terceiros sem conhecimento de 
suas limitações.
Utilizar modelos matemáticos 
sem conhecimento de suas hipó-
teses simplificadoras.
Risco de 
Liquidação 
Financeira
Pode ser definido como risco de 
perdas em decorrência de falhas 
nos procedimentos e controles 
de finalização das transações.
Envio e/ou recebimento de di-
visas em praças com diferentes 
fusos horários, feriados, regras 
operacionais etc.
Risco Sistêmico
Pode ser definido como risco de 
perdas devido a alterações no 
ambiente operacional.
Alteração abrupta de limites 
operacionais em bolsas, levando 
todas as instituições financeiras a 
enfrentar dificuldades.
Modificação repentina na base de 
cálculo de tributos corporativos.
Risco de 
Concentração 
(Operacional)
Pode ser definido como risco de 
perdas por depender de poucos 
produtos, clientes e/ou mercado.
Bancos que só operam financian-
do clientes de determinado seg-
mento (por exemplo: setor auto-
motivo, crédito a lojistas etc.).
Risco de Catástrofe
Pode ser definido como risco de 
perdas devido a catástrofes (na-
turais ou não).
Desastres naturais (terremotos, 
enchentes etc.) que dificultem a 
operação diária da instituição ou 
de áreas críticas, como centros 
de processamento, de telecomu-
nicações etc.
Destruição do patrimônio da ins-
tituição por desastres que aba-
lem a estrutura civil de prédios 
(colisão de aviões, caminhões, 
incêndios etc.).
Fonte: Brito (2007).
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Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Você com certeza já percebeu que vivemos em tempos de mudanças constantes. 
Aliás, há um ditado muito conhecido no meio empresarial o qual afirma que a 
única coisa que nunca muda é a mudança. Na questão de contar com funcioná-
rios “ideais”, a mudança já atinge as empresas há algum tempo. Simplesmente 
não existe um funcionário “ideal” – pelo menos do ponto de vista dos contra-
tantes. Na verdade, com a disputa cada vez mais acirrada entre as empresas, os 
melhores talentos também são disputados, e o que resta para as empresas é bus-
car profissionais que atendam minimamente a suas necessidades imediatas e 
treiná-los para outros desafios. A ideia é que a capacitação dos funcionários seja 
constante e que o treinamento oferecido pelas empresas resulte não só no supri-
mento de necessidades de execução de tarefas, mas também no crescimento do 
próprio profissional.
Encontrar profissionais “prontos” é quase uma utopia, pois os diversos cursos 
oferecidos em escolas e em muitas faculdades preparam profissionais generalis-
tas, enquanto, na maioria das vezes, as empresas precisam de especialistas, no 
sentido pleno da palavra, ou seja, alguém que entenda especificamente de um 
processo desenvolvido pela empresa. É verdade que as escolas e as faculdades 
tentam acompanhar essa dinâmica do mercado, mas nem sempre isso é possível. 
Algumas instituições, na verdade, nem tentam, o que determina a obsolescên-
cia de seus cursos.
O ponto a ser observado é o perfil do próprio profissional, este sim é total-
mente responsável por sua própria formação, buscando a todo o momento sua 
atualização por meio de um processo de educação continuada, que nada mais é 
do que a constante procura por qualificação e capacitação.
A qualificação dos profissionais em uma organização é um parâmetro básico 
para analisar sua capacidade de competição. A existência de uma cultura corporativa, 
observância de procedimentos internos e efetivo domínio da tecnologia de geren-
ciamento de riscos corporativos somente são atingidos com pessoal qualificado.
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A qualificação dos profissionais de uma instituição financeira deve ser enten-
dida no sentido mais amplo, envolvendo, por exemplo, questões relacionadas ao 
caráter, ao profissionalismo, à dedicação, à inteligência e ao conhecimento (prá-
tico e teórico).
Pode-se dizer que um passo importante para a implementação de um geren-
ciamento de riscos corporativos é a alta direção estar efetivamente comprometida 
com o processo e a busca da qualificação, trazendo como resultado a formação 
de seu corpo funcional, que torna o profissional individualmente habilitado para 
o exercício das suas funções.
Devemos, porém, considerar que a qualificação nunca será uma formação 
completa, ou seja, o aperfeiçoamento é contínuo e a aquisição de conhecimen-
tos segue esta mesma lógica, sejam conhecimentos teóricos, práticos, técnicos, 
sejam conhecimentos operacionais. Este aperfeiçoamento deve ser aderente aos 
serviços e aos produtos oferecidos pela organização e podem ser oferecidos por 
meio de uma gama extensa de métodos (como cursos presenciais, a distância, 
módulos de auto aprendizado, entre outros), o importante é que se realizem cons-
tantemente, ou seja, devem sempre ser oferecidos, pois atuamos em um mercado 
de trabalho exigente, e a qualificação é um item indispensável para suprir, pelo 
menos, uma dessas exigências.
Por meio da capacitação, busca-se preparar as pessoas para tomar decisões 
acertadas frente às diversas situações referentes à sua atividade. Conhecimentos,resolução de problemas, ofertas de alternativas de melhorias, relacionamento 
interpessoal, entre outros são características que podem ser ofertadas ao cola-
borador por meio da capacitação.
Sabe-se que capacitar é uma questão de planejar e ter visão de futuro, é basi-
camente treinar seus trabalhadores, é ajudá-los a fazer melhor o que já fazem. 
A responsabilidade dos profissionais sobre atividades mais complexas deve vir 
necessariamente acompanhada de capacitação específica, pois responsabilidades 
maiores envolvem geralmente maiores riscos, portanto, as habilidades técnicas 
dos profissionais envolvidos serão constantemente testadas.
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Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Normalmente, a capacitação de profissionais é um investimento barato, 
comparado com a aquisição de profissionais que já têm essas habilidades e que 
estão atuando em outras empresas. Treinar alguém que não tem ou tem pouco 
conhecimento faz com que essa pessoa aprenda e se identifique com a cultura 
da empresa e venha a permanecer nela.
A efetividade de um treinamento pode ser conseguida de diversas formas. 
Uma delas é buscar, por meio de convênios específicos com instituições de 
ensino, os módulos que de fato interessam à empresa na formação de seus fun-
cionários. Outras empresas aproveitam-se de seus próprios quadros, convidando 
funcionários mais experientes e capacitados para treinar os colaboradores recém 
contratados. Outra forma é, por meio de negociação entre as partes, enviar 
funcionários para receber treinamento em fornecedores de máquinas e equipa-
mentos, com o objetivo de qualificarem-se para a operação dessas tecnologias.
Fornecer autonomia, criar autoconfiança e promover o desenvolvimento são 
atributos ofertados às pessoas que participam dos cursos de capacitação, pois o 
ato de capacitar é mais do que simplesmente treinar, capacitar desenvolve com-
petência, que é o resultado de conhecimento, habilidades e atitudes.
Competência não se transfere de uma pessoa para outra, mas é possível aju-
dar as pessoas a construírem sua própria competência.
MAPEAMENTO DOS RISCOS
Podemos definir mapa de risco como uma representação gráfica, normalmente, 
representada por círculos coloridos, distribuídos numa planta baixa da localidade 
que está em estudo e que representa um conjunto de fatores que podem vir a 
acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores e até mesmo acidentes de trabalho.
Esses fatores estão relacionados aos mais diversos tipos de elementos que 
são utilizados para a realização do trabalho, inclusive, levando-se em conside-
ração a forma e a postura que o trabalhador utiliza para realizar sua atividade.
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Um dos principais objetivos do mapa de risco é divulgar visualmente informa-
ções entre os trabalhadores e estimular sua participação em atividades de prevenção.
Por exemplo, ao falarmos de produtos financeiros complexos que auxiliam 
na administração de riscos, podemos citar o desenvolvimento dos derivativos 
que permitem ao profissional fazer um mapeamento dos riscos que possibili-
tam a transferência negociada entre os agentes e conseguir identificar qual é a 
melhor gestão de riscos associados à volatilidade das taxas de juros, às taxas de 
câmbio e ao preço das ações.
Podemos entender volatilidade como sendo a subida ou queda de preço de 
um ativo financeiro. Esta oscilação constante faz com que os mercados estejam 
sempre avaliando a performance destes ativos com a finalidade de prever quando 
estes movimentos irão acontecer.
A análise dessas cotações é padronizada em diversos tipos de riscos com a 
finalidade de facilitar sua identificação.
Sabe-se que as decisões sempre são tomadas levando-se em conta o emocio-
nal e o racional. Após executada uma ação, invariavelmente, somos confrontados 
com questionamentos, como esses: foi executada a ação da melhor forma pos-
sível? Foi tomada a melhor decisão?
O conhecimento e a experiência são ferramentas importantíssimas para se 
evitar riscos, precavendo-nos para não provocar situações indesejadas, ou seja, 
que nos levem aos riscos. Dessa forma, quanto mais conhecimento e experiên-
cia tem-se sobre determinados assuntos, mais se está preparado para evitar que 
os riscos aconteçam e venham causar prejuízos.
Lembre-se: o risco sempre nos leva a uma situação inadequada, e o medo 
de passar por momentos desagradáveis, que nos leve à desilusão, faz com que 
a convivência se torne cada dia mais racional do que emocional. Só não existe 
o risco quando o que deveria ser feito já foi realizado, quando já se tornou um 
fato consumado.
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RISCOS ORGANIZACIONAIS
O risco está inerente a qualquer ativi-
dade humana e, não sendo diferente, 
as organizações estão cercadas por 
diversos tipos de riscos. Sendo assim, 
os gestores necessitam compreender, 
categorizar e analisar esses riscos, no 
intuito de criar uma estrutura de ges-
tão assertiva que minimize os impactos 
causados. Por conseguinte, é de fun-
damental importância compreender 
os tipos de riscos que assolam as 
organizações. 
RISCOS OPERACIONAIS
Define-se como riscos operacionais, nas instituições, a possibilidade de perda 
direta ou indireta resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos.
Esses processos podem ser caracterizados como internos quando são apresen-
tados pela ausência de processos, como conceder crédito baseado em documentos 
falsos ou não atualizados, e como externos quando decorrentes de catástrofes, cri-
ses sociais, problemas com infraestrutura pública, crises sistêmicas, entre outras.
Além dos riscos externos e internos anteriormente citados, deve-se levar em 
consideração, também, outras práticas inadequadas que podem contribuir para 
os riscos operacionais, como as práticas relacionadas com produtos e serviços, 
as demandas trabalhistas, a segurança deficiente no local de trabalho, os danos 
a ativos físicos próprios, os danos que acarretem a interrupção das atividades da 
instituição, as possíveis falhas em sistemas de tecnologia da informação e as falhas 
no cumprimento de prazos, além do gerenciamento das atividades da instituição.
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O risco operacional em instituições financeiras se intensifica por dois motivos 
principais: um é a exigência do mercado para a otimização de controles inter-
nos em instituições financeiras, e o outro é a demanda pela alocação de capital 
específico para o risco operacional.
Destacam-se entre os riscos operacionais mais comuns o risco legal, o risco 
de imagem, o risco de concentração, o risco de tecnologia, o risco estrutural, o 
risco de falha humana e de fraude, o risco de qualidade de controle e o risco de 
produtos e serviços.
O risco legal pode acarretar sanções por parte de órgãos fiscalizadores por 
descumprimento de alguma norma legal. Entre os componentes do risco legal, 
os mais frequentes são os riscos de legislação decorrentes de indenizações por 
danos a terceiros devido à violação da legislação vigente, o risco tributário – 
oriundo do não recolhimento de tributos em virtude de má interpretação da 
legislação aplicável, e o risco trabalhista que provém de processos trabalhis-
tas por não cumprimento ou cumprimento indevido da legislação trabalhista.
O risco de imagem altera a reputação por intermédio da publicidade nega-
tiva, difamando a instituição ou a pessoa perante seu concorrente.
O risco de tecnologia decorre da descontinuidade das atividades apoiadas 
por serviços tecnológicos.
O risco estrutural é provocado por danose recursos inadequados, organização 
hierárquica e segregação de funções. A falha humana e fraudes são riscos que se 
dão em decorrência de equívocos, omissões, negligência ou ações fraudulentas.
A falta de controle de qualidade nas organizações leva ao risco na qualidade 
dos controles, e este é ocasionado pela não observância das normas operacio-
nais e limites definidos.
E, por fim, os riscos de produtos e serviços se dão pela forma inadequada de 
se prestar serviços ou vendas, ou seja, pelo não cumprimento do que foi acor-
dado junto ao contratante.
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IU N I D A D E30
RISCO DE CRÉDITO
A probabilidade de uma empresa ou Estado que emite instrumentos de dívida 
(títulos) não conseguir pagar os juros devidos ou reembolsar o capital aplicado 
aos seus credores é considerado como sendo risco de crédito.
Um governo pode não pagar um título de dívida emitido? Na maioria dos 
países com bons princípios de governança, os títulos do Governo são conside-
rados os mais seguros no mercado. As constantes crises vividas por países pelo 
mundo afora mostram que pode haver, sim, calote por parte de governos. São 
casos raros, porém possíveis.
No caso dos títulos emitidos por empresas, a única garantia existente é a 
situação financeira da entidade que o emite: quanto menor for a credibilidade 
da empresa, maiores as taxas que os investidores tenderão a exigir de remune-
ração por seus investimentos, justamente pela maior possibilidade de perdas.
Para melhor entender o que vem a ser um risco de crédito, é necessário saber 
o que são operações de crédito. Um bom exemplo para entendermos essas ope-
rações é analisarmos como operam os bancos.
Os bancos são intermediários financeiros, isto é, captam dinheiro dos agentes 
superavitários em suas operações passivas, tais como: depósito à vista e a prazo, 
para emprestar aos agentes deficitários, aqueles clientes que precisam de dinheiro.
O gerenciamento do risco de crédito nas instituições financeiras vem sofrendo 
modificações nos últimos anos e, nesse sentido, são várias as técnicas que são 
utilizadas para a mensuração do risco de crédito, em sua maioria, pelos gran-
des bancos, que têm implementado diversos tipos de análise antes de liberar o 
crédito aos tomadores.
Para Brito e Assaf Neto (2008), crédito é uma atividade de dispor dinheiro 
a um tomador que necessita de recursos financeiros para o agora, que toma 
dinheiro de um financiador, e surge uma promessa financeira que deverá ser 
paga num determinado período de tempo.
Um exemplo de operação de crédito é o CDC, crédito direto ao consumi-
dor, em que uma financeira faz intermédio nas operações de compra de um bem 
entre uma loja e um consumidor.
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Os bancos são especialistas em fazer operações de crédito. Nesse sentido, 
podemos citar o Banco do Brasil com o Crédito Rural, importantíssimo para o 
fomento do agronegócio brasileiro.
Existe a possibilidade de o contratante não conseguir honrar o compro-
misso assumido de várias formas, e essas faltas recebem o nome de riscos, os 
quais podemos citar:
 ■ Risco de liberação de crédito, que é a avaliação indevida ou a falta de avaliação.
 ■ Risco de concentração, que corresponde a não diversificação das opera-
ções de crédito.
 ■ Risco de inadimplência, que é a perda da capacidade de pagamento do devedor.
 ■ Risco de controles, que se identifica com a falta ou a ineficiência para 
gerenciamento da carteira de crédito.
 ■ Risco de garantias, que pressupõe a falta ou a insuficiência de garantias 
para a realização do pagamento.
 ■ Risco de degradação do crédito, que é a alteração gradativa de qualidade 
de crédito do tomador.
 ■ Risco de degradação das garantias, que está relacionado à perda da qua-
lidade das garantias.
 ■ Risco de provisão que se refere ao comprometimento com devedores que 
não têm capacidade de pagamento.
Ainda de acordo com Brito e Assaf Neto (2008, p.36),
a mensuração de risco de crédito é o processo de quantificar a possibi-
lidade de a instituição financeira incorrer em perdas, caso os fluxos de 
caixa esperados com as operações de crédito não se confirmem. O risco 
de default “risco cliente” constitui a principal variável desse processo, 
podendo ser definido como a incerteza em relação à capacidade de o 
devedor honrar os seus compromissos assumidos.
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IU N I D A D E32
Modelos de Risco de Crédito
Existem vários modelos, como ferramentas e aplicações, que são utilizados 
com o objetivo principal de medir o risco dos tomadores, sejam nas transações 
individuais, sejam numa carteira de crédito como um todo. Essas importantes 
ferramentas, destinadas ao processo de gestão de riscos, permitem que o conce-
dente do crédito avalie o risco de crédito numa forma agregada, considerando-se 
os efeitos produzidos pela diversidade das correlações entre os ativos da carteira. 
Segundo Andrade (2004, p. 1),
[...] os modelos de risco de crédito podem ser classificados em três gru-
pos: modelos de classificação de risco, modelos estocásticos de risco de 
crédito e modelos de risco de portfólio. 
Os modelos de classificação de risco buscam avaliar o risco de um toma-
dor ou operação, atribuindo uma medida que representa a expectativa 
de risco de default, geralmente expressa na forma de uma classificação 
de risco (rating) ou pontuação (escore). Os modelos de classificação de 
risco são utilizados pelas instituições financeiras em seus processos de 
concessão de crédito. 
Os modelos estocásticos de risco de crédito são aqueles que têm por 
objetivo avaliar o comportamento estocástico do risco de crédito ou 
das variáveis que o determinam. Esses modelos são utilizados pelas ins-
tituições financeiras principalmente para precificar títulos e derivativos 
de crédito. 
Os modelos de risco de portfólio visam a estimar a distribuição estatís-
tica das perdas ou do valor de uma carteira de crédito, a partir da qual 
são extraídas medidas que quantificam o risco do portfólio. 
Para se estruturar um modelo de risco, faz-se necessário que sejam considera-
das as principais variáveis que representam as características das empresas que 
serão analisadas. Por meio de um estudo de insolvência, utilizando-se, para isso, 
fórmulas estatísticas, podem-se selecionar e classificar as empresas proponen-
tes em empresas saudáveis merecedoras de crédito ou empresas com restrições. 
Esses modelos de previsão de insolvência normalmente se baseiam nas técni-
cas estatísticas de análise multivariada, tais como a regressão linear, a correlação 
linear e a análise discriminante. Ressalta-se que outras técnicas também têm sido 
utilizadas no desenvolvimento desses modelos de risco de crédito.
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Processo de Concessão de Crédito
Por meio da análise de um conjunto de fatores se possibilita emitir um pare-
cer sobre uma determinada operação de crédito, a esse processo denominamos 
análise de crédito. Essa análise tem por finalidade atribuir valores ao conjunto 
de fatores analisados e permitir a emissão de um parecer sobre a operação de 
crédito em questão.
Tanto para pessoas físicas como para jurídicas, o processo de concessão de 
crédito é muito parecido. Observe que uma pessoa física tem seu rendimento e 
com ele programa-se para suprir suas necessidades e procura não gastar mais 
do que ganha, para poder honrar seus compromissos, porém, se porventura sur-
gir um imprevisto, a pessoa obriga-se a buscar uma nova fonte de renda para 
suprir tal necessidade, o que muitas vezes resulta na busca por empréstimos. É 
nessemomento que aparece o profissional habilitado que faz a análise de crédito. 
Atualmente, esse profissional conta com os avanços tecnológicos e os softwa-
res específicos como ferramentas de auxílio. Dados estatísticos e um histórico 
do cliente proporcionam ao analista verificar se o cliente é um bom pagador ou 
não. Um cuidado que o analista deve ter é o de não confiar apenas nas informa-
ções prestadas pelo próprio tomador de crédito. É importante que seja feita uma 
checagem para comprovar se as informações prestadas são fidedignas. 
Ao fazer uma análise de crédito, para determinar o risco que se corre na 
operação, busca-se identificar, principalmente, os seguintes fatores: o caráter, a 
capacidade, o patrimônio e a garantia. 
Ao analisar o caráter, busca-se identificar se o tomador de crédito tem, em 
seu histórico, pontos positivos em relação a pagamentos anteriores, se ele sem-
pre foi pontual e se sempre saldou as dívidas anteriormente contraídas. 
Com relação à capacidade, identifica-se a renda do cliente, se ela é suficiente 
para saldar a dívida que por ele será contraída, ou seja, se seus rendimentos são 
suficientes para saldar a dívida que está contraindo. 
Ao se fazer a análise do patrimônio, procura-se descobrir por meio do 
Balanço Patrimonial da empresa, ou da situação econômica apontada no imposto 
de renda da pessoa física, se os seus recursos e bens podem ser utilizados para 
honrar seus compromissos. 
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IU N I D A D E34
No que diz respeito à garantia, procura-se dar segurança a quem está ofe-
recendo o crédito, ou seja, solicita-se um “aval” de terceiros, que pode ser em 
forma de fiador ou outros termos, mas sempre com a mesma finalidade, que é 
fazer com que alguém se comprometa a pagar a dívida do tomador do emprés-
timo, caso o principal devedor não o faça. 
As condições impostas para fornecer o crédito levam em consideração vários 
fatores além dos acima citados, por exemplo, fatores externos, como mudan-
ças na política econômica do país, conjunturas nacionais e internacionais, meio 
ambiente, entre outros, que podem afetar positivamente ou negativamente uma 
operação de crédito. Os fatores internos, como sazonalidade, variação no número 
de pedidos, sobra ou falta de mão de obra também influenciam nesse processo. 
As condições afetam as pessoas/empresas das mais variadas formas e com dife-
rente intensidade.
Processo de Mensuração de Crédito
As funções de crédito têm um papel estratégico na busca de resultados finan-
ceiros, mas, para isso, é necessário que se dominem os processos relacionados à 
concessão de crédito. Esse aprendizado traz conceitos e práticas financeiras para 
que as empresas consigam administrar o crédito, gerando maximização dos lucros 
e, ao mesmo tempo, minimizando os riscos financeiros envolvidos na operação. 
Os modelos de gerenciamento se aprimoram com o passar do tempo e, atu-
almente, existem softwares que tabulam esses riscos. 
O que se busca com a aplicação dessas ferramentas computadorizadas é ante-
ver com clareza os casos de insolvência de empresas, as ameaças de globalização 
de mercados; crescimento de transações com derivativos de crédito; garantias 
apresentadas com valores duvidosos, entre outros.
Risco de Contraparte
Contraparte é a parte oposta em relação à outra. Assim, risco de contraparte é 
o risco de que a outra parte não cumpra as suas obrigações contratuais assumi-
das no negócio. 
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O risco de contraparte é também um risco de crédito, embora possa existir 
essa relação de contraparte não direcionada a finanças. Em mercados de capital, 
o risco de contraparte é importante quando se negociam instrumentos deriva-
dos não cotados, pois em cada um deles, o valor do instrumento está sempre 
dependente da contraparte cumprir as suas obrigações.
Risco de Mercado
O risco de mercado pode ser definido como sendo a possibilidade de ocorrer 
perdas resultantes da variação nos valores de mercado de posições, sejam ativas, 
sejam passivas que são retidas pelas instituições financeiras. 
Os limites operacionais estabelecem os riscos de mercado e têm por objetivo 
assegurar um número máximo de operações nos mercados e produtos autoriza-
dos. Suas principais funções são: 
 ■ Analisar as propostas dos limites de risco de mercado e apresentar 
recomendações.
 ■ Analisar, controlar, desenvolver e realimentar de forma contínua as ten-
dências do mercado, suas evoluções e os riscos desse mercado. 
No risco de mercado, são abordados os riscos das operações sujeitas à variação 
cambial, taxa de juros, descasamento e diversificação dos preços de mercadoria 
e nos preços das ações. 
No que diz respeito ao risco de taxas de juros, estamos nos referindo à perda 
de valor da carteira decorrente de mudança de taxa de juros. 
O risco de descasamento de taxas ocorre quando as taxas de captação são 
superiores às taxas do empréstimo, enquanto que o risco de descasamento de 
prazo está relacionado ao prazo diferenciado entre ativos e passivos. 
O risco de concentração está na não diversificação de aplicações financeiras. 
Aqui, se aplica aquele famoso ditado que diz: “Não devemos carregar todos os 
ovos numa única cestinha, pois, se a cestinha cair, a chance de se perder grande 
parte dos ovos é muito grande”. 
RISCOS
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O risco da variação cambial está nas oscilações que ocorrem nas taxas de 
câmbio e consiste na possibilidade de haver perdas decorrentes dessas oscila-
ções nas taxas de câmbio. 
Para Brasiliano (2003, p. 22), risco de mercado define-se “como uma medida 
numérica da incerteza relacionada aos retornos esperados de um investimento, 
em decorrência de variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, 
preços de ações e commodities”. 
O risco de taxa de juros é representado pelas variações que são observadas 
nas taxas de juros. Quanto maior é o prazo de vencimento do título, maior é a 
sensibilidade que o mesmo tem em relação ao mercado, portanto, este demons-
tra maior risco. 
O risco de preços de ações está relacionado às mudanças dos valores das 
ações no mercado de capitais. Os valores da carteira de ações variam de acordo 
com a valorização ou a desvalorização das ações que a compõe.
RISCO DE LIQUIDEZ
Entender liquidez é de fundamental importância para qualquer instituição do 
mercado financeiro e de capitais. Liquidez é a capacidade de uma organização 
de honrar os seus compromissos financeiros no prazo estabelecido, ou seja, con-
seguir pagar em dia e honrar seus compromissos na data do vencimento. 
O risco de liquidez traduz-se como sendo a possibilidade de a instituição 
não conseguir honrar seus compromissos na data do vencimento ou acumular 
elevadas perdas. Quando isso ocorre numa instituição, essa falha pode acarre-
tar no que se chama de corrente financeira, ou seja, pelo fato de uma empresa 
não receber, ela não terá o dinheiro para efetuar seus pagamentos e assim não 
pagará seus credores, os quais, por sua vez, também não pagarão seus fornece-
dores e assim por diante, num efeito cascata. 
Para Brito (2007), risco de liquidez pode ser considerado como sendo a 
impossibilidade de a organização honrar com suas obrigações financeiras nas 
datas estipuladas. Os reguladores apresentam preocupações direcionadas às 
implicações para o sistema quanto ao risco de liquidez. Como dissemos há 
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pouco, quando ocorre insuficiência de capacidade da organização em cumprir 
seus compromissos, isso pode ocasionar a inadimplência das contrapartes, pro-
vocando umefeito cascata. 
Assim sendo, conseguir gerenciar o risco de liquidez é uma atividade que 
pode ser considerada uma das mais importantes nas organizações do mercado 
de capitais e financeiros. 
Podemos, dessa forma, definir gestão de liquidez como um conjunto de pro-
cessos que visa garantir a capacidade de pagamento de uma instituição.
RISCO E RETORNO
Mudanças ocorrem a todos os momen-
tos, e essas podem nos proporcionar 
oportunidades ou desilusões. Essas 
constantes mudanças que ocorrem 
em todo o mundo fazem com que as 
organizações, independentemente do 
ramo que atuam, seja no fornecimento 
de produtos, seja no fornecimento de 
serviços, se adaptem com a finalidade 
de ter competitividade no mercado em 
que atuam, conscientes de que a concorrência cresce a cada dia, tornando produtos 
e serviços muito parecidos, aumentando, por outro lado, a exigência dos consu-
midores em relação à busca da qualidade com preços menores e maior variedade. 
Planejar ainda é a forma ideal para se precaver de indesejadas situações, em 
curto, médio ou longo prazo. Os investidores querem cada vez mais uma maior 
rentabilidade do seu capital por parte da empresa e, dessa forma, uma maior 
remuneração de seus investimentos. 
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A relação que existe entre o risco e o retorno sobre o dinheiro que é aplicado 
é diretamente proporcional ao risco envolvido na operação, ou seja, se maior for 
o risco envolvido, maior é o valor do retorno que o investidor deseja. Conforme 
Groppelli e Nikbakht (2010, p. 25, on-line)¹, 
risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões racionais e in-
teligentes sobre investimentos. De modo geral, risco é uma medida da 
volatilidade ou incerteza dos retornos, e retornos são receitas esperadas 
ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento.
Um equilíbrio entre o risco e o retorno é o que a maioria dos investidores procura, 
porém é preciso que fique bem claro que investimentos mais seguros oferecem, 
de fato, menor risco, mas também trarão um menor retorno ao investimento. 
O contrário também é verdadeiro, ou seja, maior será o retorno quanto maior 
for o risco. Embora isso seja um fato, existem fatores que determinam o grau de 
risco em relação ao retorno oferecido. 
Os empreendedores confrontam-se com riscos e incertezas quando tomam 
decisões, porém, na maioria das vezes, as alternativas escolhidas visam propor-
cionar retornos que os favoreçam, uma vez que suas escolhas se baseiam em 
estratégias que muitas vezes envolvem elevados riscos, porém calculados, ao 
empreendimento. O que devemos fazer é observar paralelamente se o retorno 
que foi proporcionado está compatível, ou não, com aquele desejado. 
A utilização dos indicadores financeiros é de fundamental importância para 
que os empreendedores tomem decisões. Equações que proporcionam encontrar 
o ponto de equilíbrio, o retorno do investimento, o retorno do patrimônio 
líquido, entre outros, em seus investimentos, dão ao investidor segurança ao 
fazer suas aplicações. 
Existem índices financeiros que dão ao analista não apenas informações sobre 
a empresa em que ele atua, mas também informações sobre seus concorrentes. 
Os resultados esperados pelos investidores são estabelecidos por metas que 
precisam ser cumpridas e, para isso, se faz necessário um acompanhamento no 
desenvolvimento do projeto, sendo imprescindível um monitoramento ade-
quado de todas as etapas. 
Talvez você se questione quanto ao motivo que leva alguém a investir 
numa empresa. Na verdade, a resposta é bastante simples, esse investidor ou 
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empreendedor vislumbra um bom retorno financeiro nessa atividade. Caso con-
trário, com toda certeza buscaria outras alternativas de investimento (algumas 
até muito mais seguras). Para saber se fez, ou não, um bom negócio, se a alterna-
tiva em investir numa empresa foi, ou não, acertada, existe um índice financeiro 
que mede esse resultado que é o ROE, que basicamente é uma medida de com-
paração com outras alternativas.
Sabemos que a empresa precisa gerar lucros, porém esse não deve ser o 
único objetivo, pois a geração de lucro como único foco pode trazer uma visão 
míope para empresa, que direciona sua gestão apenas para o curto prazo, sem 
considerar alternativas mais amplas de geração de riqueza (isso sim deveria ser 
o objetivo maior) em longo prazo. Empresas que enxergam apenas em curto 
prazo são consideradas imediatistas e especulativas e não são boas alternativas 
para verdadeiros empreendedores. 
Como dissemos anteriormente, o investidor tem alternativas para colocar seu 
capital. Portanto, ele deve ponderar sobre qual lhe proporcionará o retorno dese-
jado numa faixa de risco aceitável para ele, já que em menor ou maior grau, todo 
investimento carrega riscos. Segundo Groppelli e Nikbakht (2010, p. 33, on-line)¹, 
risco é o grau de incerteza associado a um investimento. Quanto maior 
a volatilidade dos retornos de um investimento, maior será o seu risco. 
Quando dois projetos têm os mesmos retornos esperados, escolhe-se 
aquele de menor risco. 
O retorno ideal ao investidor relaciona-se diretamente com a capacidade que ele 
tem em assumir riscos que podem ser equivalentes, superiores ou até mesmo 
inferiores ao retorno proporcionado. 
No mercado de títulos, os ganhos são compostos das compras e vendas de 
ações e mais o retorno dos dividendos. Obviamente, o risco e o retorno andam 
juntos quando se fala em investimento e alguns fatores que interferem na deter-
minação desse nível de risco são: a volatilidade, o conhecimento dos diferentes 
tipos de risco, a compreensão do funcionamento de uma pirâmide de risco e a 
percepção de como o risco afeta o retorno. 
Vimos anteriormente o conceito de volatilidade, porém precisamos enten-
der o conceito de pirâmide de risco. 
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IU N I D A D E40
A pirâmide de risco, como o próprio nome já sugere, configura-se em um 
esquema que mostra, em sua base, os investimentos menos arriscados, tais como 
obrigações do tesouro e instrumentos do mercado de câmbio, em sua metade, 
encontramos investimentos com risco pouco maior, por exemplo, bens imobili-
ários e fundos de investimento, e quanto mais nos aproximamos do topo, vemos 
representados investimentos que têm maior risco, como opções futuras e con-
tratos por diferença. 
O maior risco é não correr nenhum risco. Em um mundo que muda rapida-
mente, a única estratégia que certamente falhará é não arriscar.
(Mark Zuckerberg)
GESTÃO DE RISCO
A gestão de riscos já não pode ser mais considerada como uma novidade. Líderes 
empresariais nunca falaram tanto em tomar decisões, somente após fazer a aná-
lise dos riscos do ambiente corporativo, e é improvável encontrar alguém que 
venha a tomar decisões sem que primeiro tenha pelo menos analisado o tama-
nho do estrago que a tomada de decisão pode ocasionar à organização. Um 
tratamento inadequado relacionado à parte operacional, de finanças ou estra-
tégica da empresa em questão, pode levar a situações perigosas. Crescentes são 
as preocupações dos gestores com a sustentabilidade dos negócios e a geração 
de valores aos acionistas. 
De acordo com Rosseti (2008, p. 174), gestão de riscos em empresas refere-se que:
[...] a incerteza afeta as decisões econômicas, e consequentemente, os 
fluxos de investimentos que serão gerados nas relações de produção. 
Agentes de regulação, setor produtivo e mercado financeiro intera-
gem sobre uma visão sistêmica e econômica. Os órgãos reguladores de 
mercado, como os bancos centrais de seus países, possuem um foco na 
Gestão de Risco
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eficiência desse sistema, diante dos riscos proporcionados em toda a 
cadeia produtiva. Assim, surgem legislações e organismos mais dedica-
dos ao controle de mercado.
O mercado está em constante mudança e os profissionais ligados à gestão de riscos 
alegam que já chegou o momento de se atualizar em relação às exigências desse 
novo mercado. Considerar que os riscos estão associados ao sucesso e que isso 
gera oportunidades é correto, mas é preciso levar em consideração que também 
é necessária a prevenção e a recuperação dos fatos negativos já consumados, ou 
seja, é preciso se recuperar de crises que já passaram e se prevenir para enfren-
tar novas crises que possam vir. 
A API (Análise do Perfil do Investidor) representa uma metodologia de análi-
se que possibilita identificar o quanto de risco o investidor suporta, ou seja, 
está disposto a enfrentar na composição da sua carteira de investimentos. 
Fonte: o autor. 
O desafio é então saber se um risco realmente representa uma oportunidade ou 
uma ameaça, um perigo enorme. As necessidades de melhorar as avaliações de 
riscos são imediatas, principalmente, quando se tratam dos chamados riscos não 
financeiros, que são aqueles que envolvem aspectos operacionais e estratégicos. 
Recursos tecnológicos para avaliação de riscos são procurados cada vez 
com mais frequência pelas organizações que necessitam de respostas rápidas 
para tomar decisões relativas às suas estratégias. Um dos fatores que devem ser 
considerados como de fundamental importância é o nível de automação que o 
processo oferece, pois isso tende a facilitar o serviço desenvolvido pelo profis-
sional que se dedica à gestão de riscos. 
RISCOS
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IU N I D A D E42
Se você pesquisar na Internet, com certeza encontrará um vasto material que 
tratará do assunto de riscos versus custos, procurando demonstrar como chegar a 
um equilíbrio entre essas duas variáveis. Por conta dessa busca pelo dimensiona-
mento adequado do risco, o termo “gestão de riscos” não é mais nenhuma novidade. 
Nos últimos anos, a ênfase na gestão de riscos de TI (Tecnologia da 
Informação) ganhou força, partindo, inicialmente, do estudo direcionado aos 
aspectos de segurança e continuidade dos processos para um programa completo 
que aborda tópicos relativos à segurança, à disponibilidade de dados, à confor-
midade com as exigências legais e regulatórias e a performance dos ativos de 
informações. Considerando-se as características de riscos de TI, apresentamos, 
a seguir, os aspectos relativos à segurança, à disponibilidade, ao desempenho e 
à conformidade. 
A segurança pode ser considerada como os riscos relativos a acessos não 
autorizados às informações, acessos esses que podem ser originários tanto de 
fora da empresa como até mesmo de dentro da empresa. Com relação à dispo-
nibilidade, ela refere-se ao risco de uma informação que seja necessária para 
tomada de decisão não estar disponível no sistema, causando transtornos e pre-
juízos aos processos da empresa. Quanto ao aspecto do desempenho, trata-se 
do risco de uma informação não se apresentar por limitações de gargalos dire-
cionados à comunicação de dados. No caso da conformidade, é fazer com que 
esteja tudo de acordo com as exigências regulatórias. 
Não é nenhuma novidade, principalmente para as novas gerações, que os 
negócios pela Internet têm passado a dominar a agenda da maioria das organiza-
ções, mesmo aquelas não focadas para o comércio eletrônico. Por essa dimensão 
e importância que o mundo virtual ganhou, é natural que as organizações preo-
cupem-se com sua dependência da TI e com os investimentos que são aplicados 
nestas tecnologias, buscando conferir segurança, comodidade e confiabilidade 
nos sistemas. 
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os fatores que afetam a relação entre risco e retorno de uma empresa são de fun-
damental importância para qualquer tipo de decisão, seja relacionada a empresas, 
pessoas ou outras organizações. O ramo de atividade, os fatores setoriais, os 
acontecimentos políticos, os ambientais e as condições econômicas influenciam 
a demanda de produtos e, por consequência, isso gera aumentos nos custos de 
produção e encargos financeiros.
Ficou claro para nós que as organizações estão sujeitas a danos causados à 
sua reputação por roubo de identidade ou por vazamento de informações con-
fidenciais. Assim, além de se preocuparem com os riscos relacionados aos ativos 
financeiros – que, aliás, sempre foram prioritários – agora, se associa a esse fator, 
também, os riscos operacionais ligados à Tecnologia de Informação.
Esse estudo nos levou a uma reflexão sobre a necessidade de estarmos pre-
parados para responder a situações de risco, que se tornaram uma constante 
neste mundo turbulento. Situações que estudamos mostram a necessidade de 
nos anteciparmos aos riscos, de percebermos os riscos, sabendo diferenciar os 
riscos operacionais dos outros riscos e também mapear de forma efetiva a ampla 
gama de riscos e suas diversas fontes, proporcionando à administração a possi-
bilidade de transformar tudo o que foi visto em vantagem competitiva, criando 
valores com a tomada de decisões seguras.
Diante disso, ao se deparar com situações, tais como aumento/diminuição de 
produtividade, redução/elevação de preços, investimentos, ou não, em imobiliza-
dos e contratação/demissão de pessoal, entre outras, o que se exige é uma tomada 
de decisão por parte do empreendedor pela escolha de uma entre as mais diver-
sas alternativas. Para essa tomada de decisões é importante que o empreendedor 
tenha o maior número possível de dados e informações ao seu dispor e ponderar 
qual será a mais viável, aquela que lhe trará menor risco e maior lucratividade.
1. Uma determinada empresa está passando por algumas dificuldades e enfrenta 
um seríssimo risco de liquidez. Com base nos seus conhecimentos e na leitura 
da unidade, explique a que se refere esse tipo de risco.
2. Ao ser realizadas negociações com ações por meio da Bolsa de Valores, por 
exemplo, os investidores conseguem mitigar o risco de contraparte. Sendo as-
sim, explique o que é o risco de contraparte.
3. Uma empresa brasileira importou algumas máquinas para o seu processo pro-
dutivo. O valor a ser pago pelas máquinas é US$ 100.000,00 (cem mil dólares). 
Como o pagamento será em dólares, a empresa está correndo o risco de varia-
ção na taxa de câmbio. Esse risco enfrentado pela empresa é denominado de:
a) Risco de crédito.
b) Risco de liquidez.
c) Risco de mercado.
d) Risco de overload.
e) Risco de contraparte.
4. Os riscos estão presentes no cotidiano das organizações e, dessa forma, torna-se 
necessário conhecê-los e gerenciá-los. Sendo assim, analise as afirmações:
I. Riscos estratégicos estão relacionados à forma que a organização é gerenciada.
II. Risco de conformidade são aqueles relacionados à exposição financeira de 
uma empresa.
III. O risco de ocorrer uma sobrecarga no sistema elétrico da empresa está inse-
rido em umas das subáreas dos riscos operacionais.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas:
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
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5. A análise de crédito possibilita identificar a capacidade de pagamento, seja da 
pessoa física, seja da pessoa jurídica. Essa análise ocorre por meio de um pro-
cesso de identificação dos fatores: caráter; capacidade; patrimônio e a garantia. 
Dessa forma, relacione cada conceito à sua característica:
(1) Caráter ( ) Verifica se o cliente possui renda suficiente para pagara dívida que está contraindo.
(2) Capacidade
( ) Utiliza demonstrações financeiras e contábeis para 
identificar se os bens do tomador de crédito podem ser 
utilizados para honrar compromissos.
(3) Patrimônio ( ) Busca promover segurança ao fornecedor do crédito, por meio da solicitação de aval e fiador, por exemplo.
(4) Garantia ( ) Identifica se o tomador de crédito possui um histórico positivo em relação a dívidas e pagamentos anteriores.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) 4, 2, 3 e 1.
b) 3, 4, 2 e 1.
c) 4, 1, 2 e 3.
d) 2, 4, 1 e 3.
e) 2, 3, 4 e 1.
RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO
Risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões racionais e inteligentes sobre in-
vestimentos. De modo geral, risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos, e 
retornos são receitas esperadas ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento.
O exemplo seguinte pode ajudar na explicação do significado de risco. Todo mundo 
sabe que depositar numa caderneta de poupança é mais seguro que apostar em cor-
ridas de cavalo. As cadernetas de poupança rendem um juro constante e baixo ao ano 
e são garantidas. Existe um alto grau de confiança de que esses retornos e o depósito 
inicial serão resgatados. Os retornos de uma caderneta de poupança não flutuam muito 
e, por essa razão, são considerados seguros e tem um baixo grau de risco. Por outro lado, 
ao apostarem, as pessoas não sabem o resultado. Podem ganhar muito, mas também 
podem perder tudo. Retornos sobre apostas em corridas de cavalo são altamente incer-
tos, muito voláteis e sujeitos a um alto grau de risco. Quando dois investimentos rendem 
o mesmo retorno, a escolha final se baseará na avaliação do risco de cada projeto. O 
projeto que tiver menor risco será escolhido.
Alguns investimentos pagam um alto retorno, e outros, um baixo retorno. Certamente, 
você não pode esperar um retorno elevado de um “negócio seguro”. Porém, é razoável 
exigir um retorno elevado ao investir dinheiro num negócio arriscado ou especulativo. 
Em outras palavras, os investidores devem ser adequadamente recompensados pelos 
riscos que assumem. Riscos pequenos estão associados a retornos baixos, e riscos gran-
des a retornos altos.
Em finanças, o risco é mensurado pelo grau de volatilidade associado aos retornos espe-
rados. Volatilidade é a quantidade de flutuações que ocorrem com uma série de núme-
ros ao se desviarem de uma média representativa. Por exemplo, a média da série 1, 2, 3 
é 2 e a média da série 1, 3, 5 é 3. A segunda série de números é considerada mais volátil 
que a primeira. Quanto maior a volatilidade, maior o nível de risco.
Outro fator que aumenta o risco é o prazo. O dinheiro hoje vale mais para os investidores 
do que no futuro. Quando um investidor empresta dinheiro, sempre existe o risco ou 
a incerteza de o empréstimo não ser pago. Os aplicadores devem ser recompensados 
adequadamente, para que assumam o risco de aplicar o dinheiro que tem em caixa. 
Fonte: Groppelli e Nikbakht (2006, p. 73 e 74).
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Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Gestão de Riscos: Uma Abordagem Orientada a Riscos 
Operacionais
Autor: Osias Brito
Editora: Saraiva
Ano: 2010
Sinopse: quando se fala em gestão de riscos, gestão de incertezas logo vem 
à tona. E assumir riscos está na natureza da atividade empresarial. Por essa 
razão, o conhecimento aliado à gestão sistemática e metodológica dos riscos que envolvem o 
ambiente de negócios tornou-se parte fundamental do sucesso empresarial e da longevidade das 
corporações, da proteção aos acionistas, fornecedores e empregados.
Com uma linguagem sincera e moderna, Gestão de Riscos: Uma Abordagem Orientada a Riscos 
Operacionais se propõe a discutir com os leitores o tema “riscos” com foco maior em riscos 
operacionais - associados a erros humanos, processos inadequados, sistemas e modelos de decisão 
frágeis, entre outros.
Descubra seu perfi l de investidor, acessando o material disponível em: <https://www.
clubedospoupadores.com/perfi l-investidor>. Acesso em: 18 set. 2018. 
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
ANDRADE, F. W. M. Desenvolvimento de modelo de risco de portfólio para car-
teiras de crédito a pessoas físicas. 2004. Tese (Doutorado em Administração) - 
Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São 
Paulo, 2004.
BRASILIANO, A. C. R. Manual de planejamento: gestão de riscos corporativos. São 
Paulo: Sicurezza, 2003.
BRITO, O. Gestão de Riscos - Uma abordagem orientada a riscos operacionais, 1. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2007.
COCURULLO, A. Gestão de riscos corporativos: riscos alinhados com algumas fer-
ramentas de gestão: um estudo de caso no setor de celulose e papel. São Paulo: 
Scortecci, 2002.
ASSAF NETO, A.; BRITO, G. A. S. Modelo de classificação de risco de crédito de empre-
sas. Revista Contabilidade e Finanças, USP, São Paulo, v. 19, n. 46, p. 18-29, jan./
abr. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcf/v19n46/v19n46a03.pdf.>. 
Acesso em: 28 nov. 2012.
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração financeira. Tradução Célio Knipel 
Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ROSSETTI, J. P. et al. Finanças Corporativas. Ed Elsevier, Rio de Janeiro, 2008. Disponí-
vel em: <http://books.google.com.br/books?id=bJEJdm7o1jEC&p=-g=P527A&dq-
% 2 2 + G e s t % C 3 % A 3 o + d e + r i s c o s + % 2 2 & h l = p t R & s a = X & e i = p C T 9 L -
S J Y- G i 8 Q S _ 2 c T 2 D g & v e d = 0 C H o Q 6 A E w C Q # v = o n e p a g e & q = % 2 2 % 2 0
Gest%C3%A3o%20de%20riscos%20%22&f=false>. Acesso em: 28 nov. 2018.
REFERÊNCIA ON-LINE
¹Em: <http://diogo86azevedo.blogspot.com.br/2012/03/relacao-entre-risco-e-re-
torno-financas.html>. Acesso em: 28 nov. 2018.
GABARITO
49
GABARITO
1. O risco de liquidez traduz-se como sendo a possibilidade de a instituição não 
conseguir honrar seus compromissos na data do vencimento ou acumular ele-
vadas perdas. O risco de liquidez pode ser considerado como sendo a impossi-
bilidade de a organização de honrar com suas obrigações financeiras nas datas 
estipuladas.
2. Risco de contraparte é o risco de que a outra parte não cumpra as suas obriga-
ções contratuais assumidas no negócio. Dessa forma, ao comprar e vender ações 
por meio da Bolsa de Valores, a bolsa é a responsável por fazer as transferências 
do dinheiro e das ações entre os investidores, eliminando o risco de uma das 
partes não cumprir suas obrigações. 
3. C.
4. C.
5. E.
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
51
U
N
ID
A
D
E II
Professor Dr. José Renato de Paula Souza Jardim
Professor Me. Narciso Américo Franzin
Professor Esp. José Campos de Araújo Ribeiro Neto
VALOR DO DINHEIRO NO 
TEMPO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender o cálculo e a variação do valor ao longo do tempo. 
 ■ Apresentar o cálculo para a transformação dos períodos e das taxas.
 ■ Compreender e calcular o impacto da inflação sobre os 
investimentos.
 ■ Apresentar a metodologia de cálculo de pagamentos periódicos e de 
igual valor.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Capitalização composta
 ■ Períodos e taxas
 ■ Cálculo Financeiro em Contexto Inflacionário
 ■ Séries de Pagamentos Uniformes
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E54
INTRODUÇÃO
Olá, seja bem-vindo(a)! Trataremos, nesta segunda Unidade, dos principais fun-
damentos e cálculos que nortearão o estudo da Matemática Financeira. Estes 
fundamentos são essenciais na compreensão do valor do dinheiro tempo, ou seja, 
dedicam-se a entender e calcular as mudanças ocorridas no valor do dinheiro 
ao longo de um período de tempo qualquer. O valor do dinheiro pode variar ao 
longo do tempo devido à perda do poder aquisitivo desencadeado pelo processo 
inflacionário, bem como pela possibilidade de pagamento de juros ou recebi-
mento de remuneração oriunda de investimentos.
Sob a ótica da matemática financeira, R$ 100,00 na data atual são diferentes

Outros materiais