AULA Considerações iniciais

Prévia do material em texto

CONTATO
FACEBOOK
.
COM
/
PROF
.
PHMS
INSTAGRAM
.
COM
/
PROF
.
PHMS
YOUTUBE
.
COM
/
C
/
PROF
.P
AULO
SOUSA
T
.
ME
/
PROFPHMS
CONSTITUCIONALIZAÇÃO
Prof. 
Paulo H M Sousa
Constituição
do
Império
de
1824
Códigos
oitocentistas
Movimento da codificação
Código
Civil
de
1916
Raízes
históricas
e
sociológicas
Movimento da codificação
Decreto
Legislativo
3
.
725
de
1919
Esboço
de
Teixeira
de
Freitas
X
Fissuras
legislativas
Movimento da descodificação
Pulverização
dos
microssistemas
legislativos
em
1990
Lei
883
/
1949
Legitimação
dos
filhos
adulterinos
(
STF
–
1970
)
Ápice à origem
Constituição
da
República
Federativa
do
Brasil
de
1988
Um
Código
velho
e
uma
sociedade
nova
Movimento da constitucionalização
Publicização
do
Direito
Privado
Despatrimonialização
das
soluções
jurídicas
Repersonalização
dos
institutos
jusprivatísticos
Movimento da constitucionalização
A
caminho
de
um
Direito
Civil
-
Constitucional
O
direito
ao
não
-
direito
–
la
revolte
des
faits
contre
le
Code
Constitucionalização do Direito Civil
Constitucionalização
em
três
tempos
Formal
Substancial
Prospectiva
Constitucionalização do Direito Civil
Uma
decolagem
em
1969
,
uma
escala
em
1984
e
um
pouso
em
2002
Um
Código
novo
sem
que
se
inove
Movimento da recodificação
CONTATO
FACEBOOK
.
COM
/
PROF
.
PHMS
INSTAGRAM
.
COM
/
PROF
.
PHMS
YOUTUBE
.
COM
/
C
/
PROF
.P
AULO
SOUSA
T
.
ME
/
PROFPHMS
LINDB
Prof. 
Paulo H M Sousa
ORIGEM E DIVISÃO
Lei
4
.
657
/
1942
LICC
Lei
12
.
376
/
2010
:
LINDB
Normatização
Geral
Interpretação
e
integração
Direito
Internacional
Privado
Direito
Público/Administrativo
VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA NORMA
vacatio legis
Validade
Vigência
Por quê?
VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA NORMA
Regra
:
própria
Lei
“Entra
em
vigor
na
data
de
sua
publicação”
Silêncio
:
45
dias
(
art
.
1
º,
LINDB)
VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA NORMA
Contagem
do
prazo
:
CPC?
LC
95
/
1998
Sistema
único
ou
sincrônico
VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA NORMA
Correção
da
Lei
ainda
não
vigente
Conta 
novo
prazo ou vale o prazo da Lei corrigida?
Art. 1º, 
§
3
º, LINDB
CONFLITO DE NORMAS
REPRISTINAÇÃO
:
revogação
da
norma
revogadora
Lei
9
.
528
/
1997
,
Art
.
2
º
:
“Ficam
restabelecidos
o
§
4
º
do
art
.
86
e
os
arts
.
31
e
122
,
e
alterados
os
arts
.
11
,
16
,
18
,
34
,
58
,
74
,
75
,
86
,
94
,
96
,
102
,
103
,
126
,
130
e
131
da
Lei
nº
8
.
213
,
de
24
de
julho
de
1991
”
.
CONFLITO DE NORMAS
ULTRATIVIDADE
:
tempus
regit
actum
CONFLITO DE NORMAS
Princípio
da
continuidade
:
art
.
2
º
Exceção
:
Lei
Temporária
(
Lei
14
.
010
/
2020
,
RJET)
CONFLITO DE NORMAS
ABROGAÇÃO
Total
(
Revogação
em
sentido
estrito)
REVOGAÇÃO
Em
sentido
amplo
Parcial
DERROGAÇÃO
CONFLITO DE NORMAS
Revogação: expressa X tácita (art. 2º, 
§
1
º
)
CONFLITO DE NORMAS
Disposições gerais e/ou especiais a par das existentes
Não geram conflito: não revoga nem modifica a anterior
CONFLITO DE NORMAS
As normas inferiores não precisam ser revogadas
Inconstitucionalidade de normas 
infra
, ilegalidade de Portarias
CONFLITO DE NORMAS
A
norma
revogada
perde
inteiramente
sua
eficácia?
NÃO!
CONFLITO DE NORMAS
A
norma
revogada
perde
inteiramente
sua
eficácia?
NÃO!
Ato
Jurídico
Perfeito
:
consumado
CONFLITO DE NORMAS
A
norma
revogada
perde
inteiramente
sua
eficácia?
NÃO!
Direito
adquirido
:
pode
exercer
CONFLITO DE NORMAS
A
norma
revogada
perde
inteiramente
sua
eficácia?
NÃO!
Coisa
julgada
:
incabível
recurso
CONTATO
FACEBOOK
.
COM
/
PROF
.
PHMS
INSTAGRAM
.
COM
/
PROF
.
PHMS
YOUTUBE
.
COM
/
C
/
PROF
.P
AULO
SOUSA
T
.
ME
/
PROFPHMS
PESSOA NATURAL
Prof. 
Paulo H M Sousa
PERSONALIDADE
Teoria Natalista
Teoria Concepcionista
Teoria da Personalidade 
Condicional (Mista)
Nascimento com vida
Nascituro como potência
Concepção, 
independentemente do 
nascimento com vida
Concepção, condicionada ao 
nascimento
com vida
Art. 2º
Art. 2º
Art. 1.800,
§
º
3
Art
.
2
º
.
A
personalidade
civil
da
pessoa
começa
do
nascimento
com
vida
;
mas
a
lei
põe
a
salvo,
desde
a
concepção,
os
direitos
do
nascituro
.
PERSONALIDADE E CAPACIDADE
Capacidade de direito X Capacidade de fato (gozo)
INCAPACIDADE
Art
.
3
º
.
São
absolutamente
incapazes
de
exercer
pessoalmente
os
atos
da
vida
civil
os
menores
de
dezesseis
anos
.
Art
.
4
º
.
São
incapazes,
relativamente
a
certos
atos
ou
à
maneira
de
os
exercer
:
I
-
os
maiores
de
dezesseis
e
menores
de
dezoito
anos
;
II
-
os
ébrios
habituais
e
os
viciados
em
tóxicos
;
III
–
aqueles
que,
por
causa
transitória
ou
permanente,
não
puderem
exprimir
sua
vontade
;
IV
-
os
pródigos
.
Parágrafo
único
.
A
capacidade
dos
indígenas
será
regulada
por
legislação
especial
Art
.
5
º
.
A
menoridade
cessa
aos
dezoito
anos
completos,
quando
a
pessoa
fica
habilitada
à
prática
de
todos
os
atos
da
vida
civil
.
EMANCIPAÇÃO
Independente
mente da idade
Maiores de 16 anos
Emprego público efetivo
Colação de grau no Ensino Superior
Casamento
Voluntária
:
concessão
dos
pais,
ou
de
um
deles
na
falta
do
outro,
por
instrumento
público,
independente
de
homologação
judicial
Judicial: sentença do juiz, ouvido o tutor
Relação de emprego, com
economia própria
Estabelecimento civil ou comercial, com economia
própria
Art
.
5
º
.
A
menoridade
cessa
aos
dezoito
anos
completos,
quando
a
pessoa
fica
habilitada
à
prática
de
todos
os
atos
da
vida
civil
.
Parágrafo
único
.
Cessará,
para
os
menores,
a
incapacidade
:
MORTE
Art
.
6
º
.
A
existência
da
pessoa
natural
termina
com
a
morte
;
presume
-
se
esta,
quanto
aos
ausentes,
nos
casos
em
que
a
lei
autoriza
a
abertura
de
sucessão
definitiva
.
COMORIÊNCIA
Art
.
8
º
.
Se
dois
ou
mais
indivíduos
falecerem
na
mesma
ocasião,
não
se
podendo
averiguar
se
algum
dos
comorientes
precedeu
aos
outros,
presumir
-
se
-
ão
simultaneamente
mortos
.
PRESUNÇÃO DE MORTE INDIRETA (COM 
PRÉVIA DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA)
desaparecer
do
domicílio
Ausência
falta
de
notícias
falta
de
representante/procurador
ou
procurador
não
pode/não
aceita/não
tem
poderes
suficientes
PROCEDIMENTO DE AUSÊNCIA
Declaração
de
ausência
+
cônjuge
Arrecadação
dos
bens/nomeação
de
curador
pais
descendentes
juiz
escolhe
Publicação
de
editais
cônjuge
Abertura
da
sucessão
provisória
herdeiros
direito
sobre
os
bens
credores
Sucessão
definitiva
MP
Morte
presumida
Direito Civil
Prof. Paulo H M Sousa
Direito Civil
Prof. Paulo H M Sousa
Direito Civil
Prof. Paulo H M Sousa
Direito Civil
Prof. 
PROCEDIMENTO DE AUSÊNCIA
Declaração
de
ausência
+
Arrecadação
dos
bens/nomeação
de
curador
na
sequência
Publicação
de
editais
1
ano
(
3
,
se
havia
procurador)
Abertura
da
sucessão
provisória
10
anos
(
exceção
:
5
anos
p/
+
80
anos)
Sucessão
definitiva
10
anos
não
reaparece
com
herdeiros
reaparece
sem
herdeiros
CONTATO
FACEBOOK
.
COM
/
PROF
.
PHMS
INSTAGRAM
.
COM
/
PROF
.
PHMS
YOUTUBE
.
COM
/
C
/
PROF
.P
AULO
SOUSA
T
.
ME
/
PROFPHMS
PESSOA JURÍDICA
Prof. 
Paulo H M Sousa
PERSONALIDADE
Teoria
da
Realidade
Técnica
Personificação
é
ato
constitutivo
DISTINÇÃO
Separação
entre
pessoas
físicas
e
jurídicas
Art
.
49
-
A
.
A
pessoa
jurídica
não
se
confunde
com
os
seus
sócios,
associados,
instituidores
ou
administradores
.
DISTINÇÃO
Autonomia
patrimonial
Art
.
49
-
A
.
Parágrafo
único
.
A
autonomia
patrimonial
das
pessoas
jurídicas
é
um
instrumento
lícito
de
alocação
e
segregação
de
riscos,
estabelecido
pela
lei
com
a
finalidade
de
estimular
empreendimentos,
para
a
geração
de
empregos,
tributo,
renda
e
inovação
em
benefício
de
todos
.
CONFUSÃO
Dupla
crise
da
pessoa
jurídica
José
Lamartine
de
Oliveira
Lira
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Cabimento
Art
.
50
.
Em
caso
de
abuso
da
personalidade
jurídica,
caracterizado
pelo
desvio
de
finalidade
ou
pela
confusão
patrimonial,
pode
o
juiz,
a
requerimento
da
parte,
ou
do
Ministério
Público
quando
lhe
couber
intervir
no
processo,
desconsiderá
-
la
para
que
os
efeitos
de
certas
e
determinadas
relações
de
obrigações
sejam
estendidos
aos
bens
particulares
de
administradores
ou
de
sócios
da
pessoa
jurídica
beneficiados
direta
ou
indiretamente
pelo
abuso
.
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Teoria Maior 
X Teoria Menor
Desvio
de
finalidade
Abuso
de
personalidade
OU
Confusão
patrimonial
DESCONSIDERAÇÃO DIRETADesvio
de
finalidade
Utilização
da
pessoa
jurídica
com
o
propósito
de
lesar
credores
e
para
a
prática
de
atos
ilícitos
de
qualquer
natureza
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Desvio
de
finalidade
Não
constitui
desvio
de
finalidade
a
mera
expansão
ou
a
alteração
da
finalidade
original
da
atividade
econômica
específica
da
pessoa
jurídica
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Confusão
patrimonial
Ausência
de
separação
de
fato
entre
os
patrimônios
.
Como?
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Confusão
patrimonial
Cumprimento
repetitivo
pela
sociedade
de
obrigações
do
sócio
ou
do
administrador
ou
vice
-
versa
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Confusão
patrimonial
Transferência
de
ativos
ou
de
passivos
sem
efetivas
contraprestações,
exceto
os
de
valor
proporcionalmente
insignificante
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Confusão
patrimonial
Outros
atos
de
descumprimento
da
autonomia
patrimonial
DESCONSIDERAÇÃO DIRETA
Grupo
econômico
A
mera
existência
sem
a
presença
dos
requisitos
anteriores
não
autoriza
a
desconsideração
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA
Cabimento
Extensão
das
obrigações
de
sócios
ou
de
administradores
à
pessoa
jurídica
(
cumpridos
os
requisitos
do
caput
e
nos
§§
1
º
e
2
º
do
art
.
50
)
CONTATO
FACEBOOK
.
COM
/
PROF
.
PHMS
INSTAGRAM
.
COM
/
PROF
.
PHMS
YOUTUBE
.
COM
/
C
/
PROF
.P
AULO
SOUSA
T
.
ME
/
PROFPHMS
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Prof. 
Paulo H M Sousa
CARACTERÍSTICAS
Absolutos
Intransmissíveis
Irrenunciáveis
Indisponíveis
CARACTERÍSTICAS
Imprescritíveis
Extrapatrimoniais
Inatos
PROTEÇÃO DA PERSONALIDADE DO 
MORTO
Art
.
12
,
parágrafo
único
e
art
.
20
,
parágrafo
único
Proteção
em
nome
próprio
CONTATO
FACEBOOK
.
COM
/
PROF
.
PHMS
INSTAGRAM
.
COM
/
PROF
.
PHMS
YOUTUBE
.
COM
/
C
/
PROF
.P
AULO
SOUSA
T
.
ME
/
PROFPHMS
Paulo H M Sousa
Direito Civil
Prof. Paulo H M Sousa
Direito Civil
Prof. Paulo H M Sousa
 
 
1. CONSTITUCIONALIZAÇÃO 
· Movimento da Codificação o Constituição do Império de 1824: Código Criminal e Cível. Posteriormente, o Código Comercial. 
· Código Criminal de 1830, revogado pelo Código Criminal de 1890, revogado pelo Código Penal de 1940 
· Código Comercial de 1850, revogado em parte pelo Código Civil de 2002, mas, ainda vigente quanto ao Direito Marítimo 
· Código Civil de 1916, revogado pelo Código Civil de 2002 o Códigos oitocentistas: pretensão de esgotamento e completude o Código Civil de 1916 
· Raízes históricas e sociológicas do Código: Orlando Gomes 
· Código com um pé no pretérito colonial e aristocrático e outro no futuro republicano e burguês 
· Patriarcal, patrimonial, adultocêntrico 
· Movimento da Descodificação o Esboço de Teixeira de Freitas 
· Ideal de completude 
· Estima-se que seria o maior Código Civil do Ocidente, com mais de 5 mil artigos, se completo 
· Decreto Legislativo 3.725 de 1919 
· Código de uma sociedade em rápida mutação 
· Fissura Legislativas: Lei 883/1949 
· Decisões do STF a partir da década de 1950 o Pulverização dos microssistemas legislativos 
· Início com a Lei 883/1949 
· Legitimação dos filhos adulterinos (STF – 1970) 
· Ápice nos anos 1990: ECA, CDC, Lei 8.009/1990, Lei 8.245/1991 
· Movimento da Constitucionalização o Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
· Um Código velho e uma sociedade nova 
· Término do regime militar e florescimento das liberdades individuais 
· Preocupação protetiva do constituinte 
· Publicização do Direito Privado o Despatrimonialização das soluções jurídicas o Repersonalização dos institutos jusprivatísticos o A caminho de um Direito Civil-Constitucional 
· O direito ao não-direito 
· La revolte des faits contre le Code o Constitucionalização em três tempos 
· Formal 
· Substancial 
· Prospectiva 
· Movimento da Recodificação o Velhas perspectivas 
· Uma decolagem em 1969 
· Uma escala em 1984 
· Um pouso em 2002 o Um Código novo sem que se inove 
· Um Código velho e uma sociedade nova 
· Sístoles e diástoles do sistema jusprivatístico 
· Perspectivas constitucionais e o papel do STF 
2. LINDB 
➢ Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB o Norma sobre normas; de sobredireito; metanorma; lex legum; jurisprudencialmente considerada norma constitucional. 
· Aplicação em Direito Privado, Direito público e Direito Internacional Privado – DIPri. o Correção de texto de lei em vigor é lei nova. 
· Vigência: 
· Em regra, deixar de cumprir a lei não é opção (art. 3º). Exceção: art. 8º da Lei de Contravenções Penais 
· Validade é diferente de vigência! 
· Válida é a lei aprovada de acordo com os requisitos formais; se inválida, é nula. 
· Vigência dá exigibilidade, mas requer um lapso temporal para que a lei seja conhecida: é a vacância ou vacatio legis. 
· A vacatio legis na LINDB é de 45 dias, mas a própria lei indica quando entra em vigor. Quando obrigatória em estados estrangeiros, o prazo é de 3 meses. 
· A contagem do tempo no direito brasileiro diverge dos prazos processuais. São dias corridos, como contamos meses e anos habitualmente. 
· A eficácia trata do surtimento de efeitos, o que se relaciona à incidência, que tem duas características: a incondicionalidade e a inesgotabilidade. 
· Conflitos entre normas são oriundos do princípio da continuidade da lei. 
· A revogação da lei vigente, norma válida, pode ser expressa ou tácita 
(incompatibilidade) o Fala-se também em revogação em sentido amplo. Nessa hipótese, ▪ 	A revogação completa, em sentido estrito, chama-se, ab-rogação. 
	▪ 	Derrogação é a revogação parcial. 
· A modificação da lei, em quaisquer das modalidades indicadas acima, não pode violar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
· Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
· Não é necessário transcrever o texto da norma em uma petição (jura novit curia), exceto se direito estrangeiro, consuetudinário, estadual ou municipal. 
· Antinomia: 
	▪ 	Para solução das antinomias aparentes: 
· Cronologia, norma posterior prevalece sobre norma anterior; 
· Especialidade, norma especial prevalece sobre norma geral; • 	Hierarquia, norma superior prevalece sobre norma inferior. 
3. PESSOA NATURAL 
➢ Pessoas naturais o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
o Personalidade: é a possibilidade de alguém participar de relações jurídicas decorrente de uma qualidade inerente ao ser humano, que o torna titular de direitos e deveres. 
· Teoria Natalista: a personalidade começa com o nascimento com vida. 
· Na esteira do art. 2º do CC/2002, em que pese pessoa ainda não seja, o nascituro tem seus direitos protegidos. 
· Teoria Concepcionista: a personalidade começa com a concepção. 
· Teoria da Personalidade Condicional: a personalidade já se iniciaria com a concepção, mas estaria condicionada (condição suspensiva) ao nascimento com vida. o Capacidade: é a medida da personalidade. 
· Capacidade de direito: aptidão genérica para ser titular de direitos e obrigações, capacidade essa titularizada por todos aqueles que têm personalidade. 
· Capacidade de fato: o poder efetivo de exercer plenamente os atos da vida civil. 
· Somente são absolutamente incapazes os menores de 16 anos. Serão representados. 
· São incapazes relativamente: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; os pródigos. Eles serão assistidos. 
· A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. Apenas quando estritamente necessário for, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, nos termos do art. 84, §1º do EPD. o Emancipação: é a aquisição da plena capacidade antes da idade legal prevista. 
· Voluntária: pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial; 
· Legal: casamento; exercício de emprego público efetivo; colação de grau em curso de ensino superior; estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenhaeconomia própria. 
· Judicial: por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e, eventualmente, pelo casamento. 
· Presunção de morte sem decretação de ausência: extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra; pessoas desaparecidas entre 02/09/1961 a 05/10/1988, sem notícias delas. 
· Com exceção desses três casos, somente se permitirá a presunção de morte do ausente quando da abertura da sucessão definitiva. 
· A ausência ocorre quando a pessoa desaparece do domicílio sem deixar representante ou procurador, havendo dúvida quanto à sua existência. 
· Procedimento: os interessados fazem o pedido de abertura provisória da sucessão; se não reaparecer o ausente, começa nova fase, a sucessão definitiva; se regressa nos 10 anos seguintes, retoma os bens no estado em que se encontram; se não regressa, termina a Sucessão Definitiva e não pode mais reclamar nada, ainda que vivo esteja. 
· Comoriência: é a presunção de morte simultânea de pessoas reciprocamente herdeiras, se não puder ser comprovado quem morreu primeiro. 
4. PESSOA JURÍDICA 
➢ Pessoas jurídicas o Características: capacidade de direito e capacidade de fato; estrutura organizativa; objetivos comuns dos membros; patrimônio próprio e independente; publicidade de sua constituição. 
· A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos 
· Personalidade: 
▪ Teoria da Realidade Técnica: a pessoa jurídica resulta de um processo técnico, a personificação, que depende da lei. 
· Classificação: 
· Quanto à capacidade/função: Pessoa jurídica de direito público (União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, os Municípios, as autarquias, inclusive as associações públicas, as demais entidades de caráter público criadas por lei) e Pessoa jurídica de direito privado (as associações, as sociedades, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos, e as empresas individuais de responsabilidade limitada) 
· Caso a pessoa jurídica tenha administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso, mas é possível anulá-las no prazo (imprecisamente chamado de) decadencial de 3 anos. 
o Desconsideração da personalidade jurídica: 
· Pela Teoria Maior, adotada pelo art. 50 do CC/2002: necessário é se verificar o abuso na utilização da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial. 
· Pela Teoria Menor, adotada pelo art. 28, §5º, do CDC: basta a verificação de dano ao consumidor 
· Desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. 
· Confusão patrimonial é a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada pelo: cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
· “Desconsideração inversa da personalidade jurídica”: a pessoa física se utiliza da pessoa jurídica, indevidamente, para se “blindar” de ataques contra seu patrimônio. 
· Não obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos fora dos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.