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UNIDADE CURRICULAR ANÁLISES CITOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA Organização celular epitélio escamoso Citologia Oncótica Cérvico-vaginal Principais células analisadas: Escamosas Células superficiais; Células intermediárias; Células parabasais. Células basais Células superficiais e intermediárias. Células parabasais. Esfregaço devidamente fixado: Citologia convencional; Citologia meio-líquido; Técnica de Coloração - Papanicolaou Passo-a-passo da coloração de Papanicolaou. Bateria de coloração manual. Tratamento pré-coloração em álcool 95. Técnica de Coloração - Papanicolaou Hematoxilina: Corante nuclear, basófilo ou cianófilo; Orange G: Corante citoplasmático, afinidade ácida; Cora queratina, grânulos queratos-hialinos; Tempo de coloração limitado, para não inibir E.A. 36; E.A. 36: Corante policromático, acidófilo ou eosinófilo; Cora o citoplasma de células metabolicamente ativas, nucléolos, eritrócitos e cílios. Fatores que afetam a coloração Tipo do fixador; Fórmula da hematoxilina e outros corantes; Número de lâminas coradas / Tempo de uso dos corantes; pH e conteúdo químico da água utilizada; Temperatura da água; Contaminação com solução desidratante; Qualidade de preparo do esfregaço. Adequabilidade da amostra Amostra: Satisfatória / Insatisfatória; Amostra rejeitada: Não identificada; Toda amostra será satisfatória, na presença de lesão; Amostra Satisfatória: Presença de células endocervicais e metaplásicas – JEC, Presença de 8000 a 12000 céls. epiteliais escamosas bem preservadas. Adequabilidade da amostra Amostra Insatisfatória: Esfregaço acelular ou hipocelular; Esfregaço mal fixado: dessecamento em mais de 75% da amostra; Esfregaço inflamatório: PMN em mais de 75% da amostra; Esfregaço hemorrágico: sangue em mais de 75% da amostra; Esfregaço espesso: sobreposição; Contaminantes externos em mais de 75% da amostra. Conduta clínica: repetição do exame. Adequabilidade da amostra Esfregaço hemorrágico. Adequabilidade da amostra Esfregaço inflamatório. Características citológicas nos processos patológicos gerais - Vários fatores interferem na aparência geral dos esfregaços ginecológicos, entre eles a função celular, a atividade geral da célula. Estado hormonal da paciente; Relativos às técnicas de colheita, confecção, fixação e coloração dos esfregaços. Características citológicas nos processos patológicos gerais Atividade geral da célula - É classificada em quatro categorias: Euplasia - Retroplasia Proplasia Neoplasia maligna. Características citológicas nos processos patológicos gerais Euplasia - Representa o estado normal ou saudável de determinado tipo de célula. Retroplasia - Caracteriza-se pela atividade celular diminuída. Compreende as alterações celulares regressivas cuja aparência morfológica depende de vários fatores, como o tipo de estímulo, a sua intensidade e duração. Características citológicas nos processos patológicos gerais Proplasia Representa o estado da célula ou tecido com aumento da atividade biológica e inclui a preparação para a divisão celular, aumento da atividade secretória, resposta a estímulos externos e reparação. Neoplasia Maligna - É o resultado da proliferação anormal de células com estrutura diferente da do tecido original. Características citológicas nos processos patológicos gerais Outros Fatores Deve ser lembrado o papel dos hormônios ovarianos no padrão citológico. - Células escamosas maduras em pacientes jovens na fase reprodutiva e a sua substituição progressiva por células escamosas imaturas (parabasais) nas mulheres pós-menopausadas. - Os fatores técnicos também podem interferir no aspecto geral dos esfregaços cervicovaginais. Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais A análise do esfregaço deve se basear em todas as características citológicas presente na lâmina. Fundo; Arquitetura dos agrupamentos celulares; Estudo do citoplasma celular; Estudo do núcleo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Pode ser entendido como a área do esfregaço entre as células. Caracteristicamente no espécime ginecológico, apresenta-se preenchido por: Substância mucoide, Substância purulenta, Hemorrágica ou Fibrinoide (necrótica). O fundo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Quanto a sua distribuição, as células podem se encontrar dissociadas ou agrupadas. Quando agrupadas, podem ser reconhecidos diferentes tipos de arranjos: Arquitetura dos agrupamentos celulares Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Conjunto organizado de células que mostram espaçamento regular entre si e apresentam limites citoplasmáticos bem definidos. - A polaridade celular é conservada, sendo tal aspecto geralmente associado às condições benignas monocamada Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Em paliçada Células glandulares cilíndricas (colunares) em condições normais ou lesões benignas quando vistas lateralmente são tipicamente distribuídas em fila (arranjo em tira ou paliçada). Paliçada Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Conjunto onde as células se dispõem em torno de um espaço central. É encontrado mais frequentemente nos adenocarcinomas (neoplasias malignas de origem glandular) “Roseta”, acinar ou glandular tem origem em tecidos anormais com crescimento excessivo, como acontece nas neoplasias malignas. Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Agrupamento tridimensional de células. O limite do conjunto celular é bem demarcado, liso. - Apesar de ser comum nos adenocarcinomas, - Ser encontrado em condições normais Em bola ou esférico arranjos de células endometriais descamadas fisiologicamente nos primeiros dias do ciclo menstrual). Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Arranjo celular tridimensional com projeções, conferindo um aspecto arborescente ao conjunto. Na porção central do agregado as células se amontoam, enquanto na periferia as células assumem uma disposição perpendicular, em paliçada, conferindo uma borda bem demarcada ao conjunto. Papilar arranjos de células endometriais descamadas fisiologicamente nos primeiros dias do ciclo menstrual). Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais O citoplasma fornece as pistas da origem, função, estado metabólico e diferenciação celular. Estudo do citoplasma celular Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais O tamanho de uma célula é dependente de sua origem e função e permanece relativamente constante. As células podem ser pequenas, de tamanho médio ou grande. Em processos malignos, as células podem ser pequenas ou maiores que as normais. As células também podem variar de tamanho dentro de um mesmo agrupamento, o que se chama anisocitose. Este aspecto se associa a processos reativos ou malignos. Tamanho da célula Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais A forma das células depende de sua função e ultraestruturalmente se deve à ação dos microtúbulos, rigidez da membrana celular, viscosidade citoplasmática, tensão superficial e pressão exercida pelas células contíguas no tecido de origem. . Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Assim, células de forma poligonal do epitélio escamoso do colo (ectocérvice) exercem função protetora por sua maior resistência ao atrito. Já as células epiteliais com função secretória são cuboidais (altura e largura similares) ou colunares (altura maior que a largura). O citoplasma dessas células é transparente devido ao acúmulo de produtos de secreção, especialmente muco, e coram assim em azul-pálido. . Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Células monomórficas - Apresentam formas idênticas. Células pleomorfismo - celular implica em células com variação de tamanho e forma, muitas vezes associadas a processos malignos. Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Quanto aos limites citoplasmáticos, estão na dependência dograu de diferenciação celular, presença ou não de alterações degenerativas, assim como dos métodos de fixação e coloração da amostra. As células bem diferenciadas tendem a mostrar bordas bem definidas, ao contrário das células pouco diferenciadas encontradas nas neoplasias malignas. Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais A coloração e a textura citoplasmática resultam do estado metabólico da célula, assim como dos métodos de fixação e coloração da amostra. Com a fixação em etanol e a coloração pelo Papanicolaou, habitualmente o citoplasma das células epiteliais escamosas apresenta cor rosa (eosinofílico) ou azul-esverdeado (cianofílico). Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Células metabolicamente ativas com grande síntese de RNA, o citoplasma é cianofílico, como nas células intermediárias, parabasais e basais do epitélio da ectocérvice. A Superficiais padrão de coloração é geralmente eosinófilo e, ocasionalmente, cianófilo. Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Em processos degenerativos (retroplasia) pode ocorrer acúmulo de água no interior da célula, resultando em distensão, vacuolização e palidez citoplasmática, neste último caso decorrente da menor concentração de proteínas. Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais As alterações da estrutura proteica que também podem ocorrer na retroplasia modificam por sua vez a cor do citoplasma: apresenta anfofílico (cor indeterminada ou corado simultaneamente em azul e rosa) ou avermelhado (pseudoeosinofilia). Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais As células com citoplasma laranja-brilhante (orangeofilia) são queratinizadas ou com tendência à queratinização, muitas vezes associadas às lesões pré-cancerosas ou malignas do colo uterino. Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Quanto à textura do citoplasma, ele se mostra homogêneo, granular ou vacuolizado. O citoplasma granular pode refletir produtos de secreção ou mesmo excesso de organelas. - A vacuolização citoplasmática; - Outro produto de secreção são os pigmentos como hemossiderina. Forma das células Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Com exceção das hemácias e das escamas da superfície queratinizada do epitélio escamoso estratificado da ectocérvice quando sofre hiperqueratose, todas as células apresentam núcleo. O tamanho do núcleo pode ser avaliado individualmente (área nuclear absoluta) ou em função do tamanho da célula (relação nucleocitoplasmática, ou área nuclear relativa). Estudo do núcleo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Com exceção das hemácias e das escamas da superfície queratinizada do epitélio escamoso estratificado da ectocérvice quando sofre hiperqueratose, todas as células apresentam núcleo. O tamanho do núcleo pode ser avaliado individualmente (área nuclear absoluta) ou em função do tamanho da célula (relação nucleocitoplasmática, ou área nuclear relativa). Estudo do núcleo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Posição do núcleo pode ser central, retratando geralmente uma célula em equilíbrio, ou excêntrico, desviado para a periferia, pelo acúmulo de substâncias contidas no citoplasma. Estudo do núcleo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Geralmente as células apresentam um único núcleo, mas podem ser observadas células binucleadas ou multinucleadas. Multinucleados são comuns em esfregaços atróficos de mulheres pós-menopausadas sem causa aparente. Células epiteliais também podem ser multinucleadas, como acontece na infecção pelo herpes-vírus ou em condições malignas onde os núcleos assumem forma, tamanho e estrutura cromatínica diferentes, variando de núcleo a núcleo. Estudo do núcleo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Forma do núcleo geralmente acompanha a forma da célula, ou seja, células arredondadas apresentam núcleo arredondado; células cilíndricas ou colunares exibem núcleo oval; células fusiformes revelam núcleo alongado. Em células malignas, o núcleo nem sempre acompanha a forma da célula. Estudo do núcleo Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Núcleo é limitado pela membrana nuclear não visível à microscopia óptica. Porém, quando ocorre depósito de cromatina no folheto interno da membrana nuclear, tem-se a falsa impressão de membrana nuclear espessada, conhecida como membrana cromatínica. Estudo do núcleo Por outro lado, o acúmulo de cromatina pode ser irregular, conferindo áreas mais espessas e mais finas à borda nuclear, um padrão muitas vezes associado às células malignas Roteiro na avaliação dos esfregaços cervicovaginais Em esfregaços citológicos, mitoses não são comuns em células epiteliais normais, com exceção das células de reparação, onde geralmente assumem um padrão típico. Nas neoplasias malignas, especialmente naquelas mais agressivas, mitoses anormais, principalmente multipolares, são vistas. Estudo do núcleo Por outro lado, o acúmulo de cromatina pode ser irregular, conferindo áreas mais espessas e mais finas à borda nuclear, um padrão muitas vezes associado às células malignas
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