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AULA 04 - ARBITRAGEM

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AULA 04 – ESPÉCIES DE ARBITRAGEM 
1. Espécies de arbitragem em geral:
· Arbitragem de Direito Internacional Público 
· Arbitragem de investimento
· Arbitragem residual (“comercial”) – embora não se resuma a questões de comércio.
2. Espécies de arbitragem comercial:
· Multiplicidade de critérios; 
· Arbitragem institucional x Arbitragem ad hoc; 
· Arbitragem doméstica x Arbitragem internacional; 
· Arbitragem de direito x Arbitragem de equidade
3. Arbitragem institucional x ad hoc 
	ARBITRAGEM INSTITUCIONAL
	AD HOC
	Presença de uma instituição arbitral (câmara);
Funções dessa instituição:
· Faz a gestão da arbitragem (função administrativa); 
· Traz segurança jurídica;
· Resolve questões processuais e incidentais, exercendo, de certa forma, jurisdição; 
· Auxilia na constituição do tribunal arbitral (considerada a mais importante entre as funções); 
Exigência de previsão expressa (art. 5º); 
Procedimento: 
· Utilização do regulamento da instituição arbitral (art. 5º) – modificação do regulamento pelas partes ou pelo árbitro
· Utilização do regulamento de outra instituição arbitral (o que pode não acontecer, pois essa instituição não é obrigada a seguir o regulamento de outra – ninguém é obrigado a fazer nada se não em virtude de lei, art. 5º, II, CF/88); 
Indicação do árbitro:
· Pelas partes;
· Pela instituição arbitral;
· Por terceiro;
· Pelo Poder Judiciário (art. 7º)? – carece de interesse e necessidade; 
Custos: Tende a ser mais cara, mas não necessariamente. 
Vantagens: 
· Previsibilidade e segurança;
· Regulamento previamente estabelecido;
· Auxílio na nomeação de árbitro;
· Equipe especializada na administração de processos arbitrais; 
Desvantagens:
· Menor flexibilidade;
· Custos; 
Constituição e funcionamento de instituições arbitrais:
· Criação livre;
· Natureza jurídica: pessoa jurídica de direito privado; 
· Não precisam de autorização de uma autarquia especializada; 
· Inexistência de entidade de classe de fiscalização;
· Fiscalização pelo Poder Público – uso de símbolos oficiais;*
· Fiscalização pela sociedade civil - Funções do Conima e do CBAr; 
Exemplos: 
· Instituições arbitrais setoriais e gerais;
Instituições arbitrais setoriais:
· Câmara de Arbitragem do Mercado – B3; 
· CAS – Court of Arbitration for Sport (não integra o Poder Judiciário), localizada na Suíça;
· The Refined Sugar Association; 
· Camagro – Câmara de Arbitragem e Mediação de Agronegócio;
Principais instituições arbitrais gerais internacionais:
· CCI – Paris ; 
· ICDR/AAA – Nova York;
· LCIA – Londres; 
· SCC – Estocolmo; 
· SIAC – Singapura; 
Principais instituições arbitrais nacionais: 
· ACB – Salvador; 
· CCBc – São Paulo;
· CIESP/FIESP – São Paulo
· CAMARB 
	Não há a presença da câmara;
Realizada entre particulares, por isso é difícil mensurar quantas existem; 
Administração do processo arbitral;
Procedimento: 
Estabelecimento na convenção de arbitragem (art. 26);
Estabelecimento pelo árbitro (art. 26, § 1º);
Utilização do regulamento de instituição arbitral;
Utilização do Regulamento de Arbitragem da Uncitral; 
Indicação do árbitro:
· Pelas partes;
· Por terceiro;
· Pelo Poder Judiciário (art. 7º), no caso de falha das partes e de terceiro, já que não há uma câmara na arbitragem ad hoc – isso se mostra extremamente ineficiente;
Custos: Geralmente mais barata; 
Vantagens:
· Flexibilidade;
· Custos; 
Desvantagens: 
· Imprevisibilidade e insegurança;
· Possíveis dificuldades para nomear árbitro;
· Possíveis dificuldades para estabelecer o procedimento;
· Possíveis dificuldades para administrar o processo arbitral;
· Exigência de maior colaboração; 
* 
4. Arbitragem de direito e arbitragem de equidade: 
	ARBITRAGEM DE DIREITO
	ARBITRAGEM DE EQUIDADE
	Arbitragem propriamente dita. 
Geralmente adotado pelas partes.
	A diferença é pautada na liberdade de escolha do critério de julgamento (art. 2º)
· Autonomia privada;
· Consensualismo;
Uma forma de decidir sem que haja remissão necessária ao direito positivo;
Sua característica principal é a liberdade de método decisório;
Quase impossível de ser constatada no dia-dia;
Com o direito positivo (arbitragem de direito) já é difícil obter um resultado, imagina com a equidade. 
Concede poder em demasia ao intérprete; 
Limites da arbitragem de equidade: princípios e garantias fundamentais (ordem pública) – ex: uma ordem que determina o corte da mão de um indivíduo é considerada nula;
Exigência de previsão expressa (art. 11, II) – em virtude da insegurança jurídica por ela proporcionada.

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