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CRÉDITOS Escritores: Christine Beard, Charlie Cantrell, Maggie Carroll, Jackie Cassada, Matthew Dawkins, Shoshana Kessock, Ian Lemke, Jonathan McFarland, Matthew McFarland, Morgan A. McLaughlin McFar- land, Krister M. Michl, Nicky Rea, Holden Shearer, John Snead, Vera Vartanian, Amy Veeres, Pete Woodworth Desenvolvedor: Matthew McFarland Editor: Dixie Cochran Artistas: Charlie Bates, Tony DiTerlizzi, Jason Felix, Richard Kane Ferguson, David Fooden, Rebecca Guay, Anthony Hightower, Mark Jackson, Leif Jones, Priscilla Kim, Clint Langley, Jeff Laubenstein, Brian Leblanc, Larry MacDougall, Shea Anton Pensa, Adam Rex, Bryan Syme, Drew Tucker, Kayla Underwood, Melissa Uran, Kieran Yanner Diretor de Arte: Michael Chaney Diretor Criativo: Richard Thomas Jogadores de Teste: Kristen Barrett, Fletcher Bennett, Anna Matsen Cantrell, Charlie Cantrell, Greg Curley, Katherine Dungan, Sarah Dungan, Sarah Dyer, Glen Gilmore, Jonas Håkansson, Matt Homentotsky, Amy Houser, Matt Karafa, Robert Karlgren, Scott Katinger, Michelle Lyons-McFarland, Matthew McFar- land, Krister M. Michl, Luke Platfoot, Ricky Porcaro, Dan Schermond, Dan Smith, Andreas Sjöberg, Meg Woodworth, Pete Woodworth. Baseado no trabalho original de: Rob Barrett, Bill Bridges, Dierde Brooks, Phil Brucato, Brian Campbell, Jackie Cassada, Sam Chupp, Richard Dansky, Aaron Dembski-Bowden, Bryant Durrell, Beth Fischi, Roger Gaudreau, Carrie Harris, Jennifer Hartshorn, Rob Hatch, Keith Herber, Steve Herman, Stephen Herron, Chris- topher Hind, Carla Hollar, Christopher Howard, Mark Hunter, Steve Kenson, Ian Lemke, Jennifer Lindberg, Buck Marchington, R.S. Martin, Angel Leigh McCoy, Tadd McDivitt, Dee McKinney, Krister M. Michl, Neil Mick, Jim Moore, Kevin Andrew Murphy, Wayne Pea- cock, Nicky Rea, Mark Rein•Hagen, Michael Rollins, Matthew J. Rourke, Nancy Schultz-Yetter, Malcolm Sheppard, Ethan Skemp, Cynthia Summers, Joshua Gabriel Timbrook, Allen Tower, Pete Woodworth. DEDICATÓRIA Este livro é dedicado a: ¶ Todos os escritores e artistas que sonharam dando vida a Changeling. ¶ Todos os jogadores e narradores que mantiveram o sonho. ¶ Todas as pessoas Banais por nos lembrar por que sonhamos. E em particular: Este livro é dedicado à Cyrile Monter, e a todos os outros Sonhadores que não estão mais conosco. © 2017 White Wolf Publishing. Todos os direitos reservados. A reprodução sem a permissão por escrito do editor é expressamente proibida, exceto para fi ns de revisão, e das fi chas de personagem em branco, que podem ser reproduzidas apenas para uso pessoal. White Wolf, Vampire, World of Darkness, Vampire the Masquerade e Mage the Ascension são marcas registradas da White Wolf Publishing AB. Todos os direitos reservados. Vam- pire the Requiem, Werewolf the Apocalypse, Werewolf the Forsaken, Mage the Awakening, Promethean the Created, Changeling the Lost, Hunter the Vigil, Geist the Sin-Eaters, V20, Anarchs Unbound, Storyteller System, and Storytelling System são marcas comerciais da White Wolf Publishing AB Todos os direitos reservados. Todos os personagens, nomes, lugares e texto aqui contidos são propriedade da White Wolf Publishing AB. Este livro usa o sobrenatural para cenário, perso- nagens e temas. Todos os elementos místicos e sobrena- turais são fi cção e apenas para fi ns de entretenimento. Este livro contém conteúdo maduro. É aconselhável discrição do leitor. Confi ra a White Wolf online em http://www. white-wolf.com/ Mantenha-se atualizado sobre a Onyx Path Pu- blishing em http://theonyxpath.com/ CRÉDITOS Escritores: Christine Beard, Charlie Cantrell, Maggie Carroll, Jackie Cassada, Matthew Dawkins, Shoshana Kessock, Ian Lemke, Jonathan McFarland, Matthew McFarland, Morgan A. McLaughlin McFar- land, Krister M. Michl, Nicky Rea, Holden Shearer, John Snead, Vera Vartanian, Amy Veeres, Pete Woodworth Desenvolvedor: Matthew McFarland Editor: Dixie Cochran Artistas: Charlie Bates, Tony DiTerlizzi, Jason Felix, Richard Kane Ferguson, David Fooden, Rebecca Guay, Anthony Hightower, Mark Jackson, Leif Jones, Priscilla Kim, Clint Langley, Jeff Laubenstein, Brian Leblanc, Larry MacDougall, Shea Anton Pensa, Adam Rex, Bryan Syme, Drew Tucker, Kayla Underwood, Melissa Uran, Kieran Yanner Diretor de Arte: Michael Chaney Diretor Criativo: Richard Thomas Jogadores de Teste: Kristen Barrett, Fletcher Bennett, Anna Matsen Cantrell, Charlie Cantrell, Greg Curley, Katherine Dungan, Sarah Dungan, Sarah Dyer, Glen Gilmore, Jonas Håkansson, Matt Homentotsky, Amy Houser, Matt Karafa, Robert Karlgren, Scott Katinger, Michelle Lyons-McFarland, Matthew McFar- land, Krister M. Michl, Luke Platfoot, Ricky Porcaro, Dan Schermond, Dan Smith, Andreas Sjöberg, Meg Woodworth, Pete Woodworth. Baseado no trabalho original de: Rob Barrett, Bill Bridges, Dierde Brooks, Phil Brucato, Brian Campbell, Jackie Cassada, Sam Chupp, Richard Dansky, Aaron Dembski-Bowden, Bryant Durrell, Beth Fischi, Roger Gaudreau, Carrie Harris, Jennifer Hartshorn, Rob Hatch, Keith Herber, Steve Herman, Stephen Herron, Chris- topher Hind, Carla Hollar, Christopher Howard, Mark Hunter, Steve Kenson, Ian Lemke, Jennifer Lindberg, Buck Marchington, R.S. Martin, Angel Leigh McCoy, Tadd McDivitt, Dee McKinney, Krister M. Michl, Neil Mick, Jim Moore, Kevin Andrew Murphy, Wayne Pea- cock, Nicky Rea, Mark Rein•Hagen, Michael Rollins, Matthew J. Rourke, Nancy Schultz-Yetter, Malcolm Sheppard, Ethan Skemp, Cynthia Summers, Joshua Gabriel Timbrook, Allen Tower, Pete Woodworth. DEDICATÓRIA Este livro é dedicado a: ¶ Todos os escritores e artistas que sonharam dando vida a Changeling. ¶ Todos os jogadores e narradores que mantiveram o sonho. ¶ Todas as pessoas Banais por nos lembrar por que sonhamos. E em particular: Este livro é dedicado à Cyrile Monter, e a todos os outros Sonhadores que não estão mais conosco. © 2017 White Wolf Publishing. Todos os direitos reservados. A reprodução sem a permissão por escrito do editor é expressamente proibida, exceto para fi ns de revisão, e das fi chas de personagem em branco, que podem ser reproduzidas apenas para uso pessoal. White Wolf, Vampire, World of Darkness, Vampire the Masquerade e Mage the Ascension são marcas registradas da White Wolf Publishing AB. Todos os direitos reservados. Vam- pire the Requiem, Werewolf the Apocalypse, Werewolf the Forsaken, Mage the Awakening, Promethean the Created, Changeling the Lost, Hunter the Vigil, Geist the Sin-Eaters, V20, Anarchs Unbound, Storyteller System, and Storytelling System são marcas comerciais da White Wolf Publishing AB Todos os direitos reservados. Todos os personagens, nomes, lugares e texto aqui contidos são propriedade da White Wolf Publishing AB. Este livro usa o sobrenatural para cenário, perso- nagens e temas. Todos os elementos místicos e sobrena- turais são fi cção e apenas para fi ns de entretenimento. Este livro contém conteúdo maduro. É aconselhável discrição do leitor. Confi ra a White Wolf online em http://www. white-wolf.com/ Mantenha-se atualizado sobre a Onyx Path Pu- blishing em http://theonyxpath.com/ Eu conheci Changeling no fi nal da adolescência e, inesperadamente, eu acabei me tornando o webmaster da maior rede em espanhol dedicada a ele durante uma década inteira. Eu poderia escrever sobre isso, mas a única coisa em que eu posso pensar quando me lembro desses dias é: eu sinto que minha infância foi roubada. E Changeling desencadeou algo em mim. E nos meus vinte anos eu voltei para todos os contos de fadas que eu nunca li e todas as histórias que me deixaram felizes quando criança. Agora, no meu início dos trinta, eu escrevo contos de fadas e trabalho traduzindo RPGs do Mundo das Trevas para espanhol. Nunca recuperei minha infância, mas fi z as pazes com isso, de certa forma. Então, obrigado Changeling por manter o Sonho vivo dentro de mim. Vamos continuar assim por mais 20 anos! — Héctor Gómez Herrero também conhecido como Eliseo ap Liam Antigo webmaster do El Umbralde Arcádia Madri, Espanha ••• A imaginação é a fonte e a base de todos os jogos de RPG. Changeling: O Sonhar é um jogo sobre o poder da imaginação, sonhos e fantasias - a força que nos torna melhores que os animais. A vida comum é cheia de tarefas rotineiras, chatas, problemas irritantes e sujeira, mas CoS nos dá a salvação - um caminho prateado para o mundo da beleza implícita e dos horrores assustadores, do reino das torres de marfi m e dos sonhos esquecidos. Uma criança se esconde mesmo dentro de cada funcionário velho e cansado, e esse cenário é dedicado a essa criança imortal e onipresente - a parte de nós que busca a aventura, que quer acreditar em fadas, dragões e unicórnios. CoS te dá a capacidade de entrar no mundo de seus livros, fi lmes e lendas favoritas - e se tornar parte disso, porque tudo é possível no Sonhar. Mas também demonstra a dor de ser mal interpretado por outros. É muito difícil acreditar em si mesmo quando seus vizinhos e amigos não acreditam em sua verdadeira natureza feérica. Então, o quão longe você vai em busca de maravilhas? — Serhii “Selerian” Poroshkin Lviv, Ucrânia ••• Meu primeiro jogo do MdT foi Hunter, nunca joguei A Máscara, mas naquela época, todos queriam ser vam- piros. Eu gostei do cenário, mas sempre achei que faltava algo. Muito escuro, muito temperamental. Os jogadores de RPG na época falavam sobre Changeling ser um jogo para “meninas” e, como uma mulher que jogava, fui atrás de entender melhor este rumor. A primeira coisa que me impressionou foi aquele manual fantástico da primeira edição, TODAS AS CORES! As ilustrações, a narrativa, o mundo, o glamour, era tudo o que eu estava procurando em um jogo. A imaginação era o limite; os mitos o ponto de partida. Mas jogar foi outra revelação. Tenho jogado a mesma crônica desde 2008, com pessoas até mesmo da Espanha, e acho que ainda estaremos jogando em 2020 ... — Constanza Díaz Fyfe Santiago, Chile ••• Algum tempo, eu disse para alguém “você deveria amadurecer” e ele, com muita cortesia, me respondeu: “amadurecer é apenas para as frutas”. Changeling me mostrou que não devemos esquecer as crianças travessas que somos sem deixar de sermos adultos sensíveis (é cla- ro, a palavra-chave é sensibilidade). A vida é uma roda, cheia de altos e baixos, mas, antes de tudo, deixar que a banalidade nos consuma depende inteiramente de nossa curiosidade. Cada raça me mostra algo diferente: os trolls mostram que eu devo manter minha palavra acima de qualquer outra coisa; os pooka, me mostram que devo manter as brincadeiras e peças inerente de uma criança pequena. Os boggans, para desfrutar os pequenos prazeres da vida. Os jogos de interpretação não são apenas jogos. Se você for inteligente o sufi ciente, e graças a eles, você pode aprender a viver uma vida melhor. Cada um ensina algo. E Changeling cuida para que você não se esqueça de ver a vida com inocência, doçura e, claro, um pouco de magia. — Laura Mejía “Bathory” Medellín, Colômbia ••• As ruas de Roma sempre foram cheias de magia; adorei esta cidade desde que me mudei para cá, anos atrás; eu sempre gostei de contar histórias (eu sou ator e diretor, e esta sempre foi a melhor parte do meu trabalho) e, ao mesmo tempo, amei “contar histórias” com meus amigos, particularmente no Mundo das Trevas; quando descobri o Sonhar, um lugar dedicado à narração de histórias, à magia e à grande majestade da imaginação, foi tão simples se apaixonar por ele. E assim, Roma, minha cidade, facil- mente se tornou o cenário desta magia, o cenário perfeito para tornar essas histórias “reais”: criar algo que vivia em nossos corações e sonhos. Para sempre. — Federico Moschetti - Thybris, espírito do rio Roma, Itália Eu conheci Changeling no fi nal da adolescência e, inesperadamente, eu acabei me tornando o webmaster da maior rede em espanhol dedicada a ele durante uma década inteira. Eu poderia escrever sobre isso, mas a única coisa em que eu posso pensar quando me lembro desses dias é: eu sinto que minha infância foi roubada. E Changeling desencadeou algo em mim. E nos meus vinte anos eu voltei para todos os contos de fadas que eu nunca li e todas as histórias que me deixaram felizes quando criança. Agora, no meu início dos trinta, eu escrevo contos de fadas e trabalho traduzindo RPGs do Mundo das Trevas para espanhol. Nunca recuperei minha infância, mas fi z as pazes com isso, de certa forma. Então, obrigado Changeling por manter o Sonho vivo dentro de mim. Vamos continuar assim por mais 20 anos! — Héctor Gómez Herrero também conhecido como Eliseo ap Liam Antigo webmaster do El Umbral de Arcádia Madri, Espanha ••• A imaginação é a fonte e a base de todos os jogos de RPG. Changeling: O Sonhar é um jogo sobre o poder da imaginação, sonhos e fantasias - a força que nos torna melhores que os animais. A vida comum é cheia de tarefas rotineiras, chatas, problemas irritantes e sujeira, mas CoS nos dá a salvação - um caminho prateado para o mundo da beleza implícita e dos horrores assustadores, do reino das torres de marfi m e dos sonhos esquecidos. Uma criança se esconde mesmo dentro de cada funcionário velho e cansado, e esse cenário é dedicado a essa criança imortal e onipresente - a parte de nós que busca a aventura, que quer acreditar em fadas, dragões e unicórnios. CoS te dá a capacidade de entrar no mundo de seus livros, fi lmes e lendas favoritas - e se tornar parte disso, porque tudo é possível no Sonhar. Mas também demonstra a dor de ser mal interpretado por outros. É muito difícil acreditar em si mesmo quando seus vizinhos e amigos não acreditam em sua verdadeira natureza feérica. Então, o quão longe você vai em busca de maravilhas? — Serhii “Selerian” Poroshkin Lviv, Ucrânia ••• Meu primeiro jogo do MdT foi Hunter, nunca joguei A Máscara, mas naquela época, todos queriam ser vam- piros. Eu gostei do cenário, mas sempre achei que faltava algo. Muito escuro, muito temperamental. Os jogadores de RPG na época falavam sobre Changeling ser um jogo para “meninas” e, como uma mulher que jogava, fui atrás de entender melhor este rumor. A primeira coisa que me impressionou foi aquele manual fantástico da primeira edição, TODAS AS CORES! As ilustrações, a narrativa, o mundo, o glamour, era tudo o que eu estava procurando em um jogo. A imaginação era o limite; os mitos o ponto de partida. Mas jogar foi outra revelação. Tenho jogado a mesma crônica desde 2008, com pessoas até mesmo da Espanha, e acho que ainda estaremos jogando em 2020 ... — Constanza Díaz Fyfe Santiago, Chile ••• Algum tempo, eu disse para alguém “você deveria amadurecer” e ele, com muita cortesia, me respondeu: “amadurecer é apenas para as frutas”. Changeling me mostrou que não devemos esquecer as crianças travessas que somos sem deixar de sermos adultos sensíveis (é cla- ro, a palavra-chave é sensibilidade). A vida é uma roda, cheia de altos e baixos, mas, antes de tudo, deixar que a banalidade nos consuma depende inteiramente de nossa curiosidade. Cada raça me mostra algo diferente: os trolls mostram que eu devo manter minha palavra acima de qualquer outra coisa; os pooka, me mostram que devo manter as brincadeiras e peças inerente de uma criança pequena. Os boggans, para desfrutar os pequenos prazeres da vida. Os jogos de interpretação não são apenas jogos. Se você for inteligente o sufi ciente, e graças a eles, você pode aprender a viver uma vida melhor. Cada um ensina algo. E Changeling cuida para que você não se esqueça de ver a vida com inocência, doçura e, claro, um pouco de magia. — Laura Mejía “Bathory” Medellín, Colômbia ••• As ruas de Roma sempre foram cheias de magia; adorei esta cidade desde que me mudei para cá, anos atrás; eu sempre gostei de contar histórias (eu sou ator e diretor, e esta sempre foi a melhor parte do meu trabalho) e, ao mesmo tempo, amei “contar histórias” com meus amigos, particularmente no Mundo das Trevas; quando descobri o Sonhar, um lugar dedicadoà narração de histórias, à magia e à grande majestade da imaginação, foi tão simples se apaixonar por ele. E assim, Roma, minha cidade, facil- mente se tornou o cenário desta magia, o cenário perfeito para tornar essas histórias “reais”: criar algo que vivia em nossos corações e sonhos. Para sempre. — Federico Moschetti - Thybris, espírito do rio Roma, Itália Changeling para mim sempre foi um dos jogos mais sombrios. Ele te passa uma imagem feliz - “O mundo dos balões”, por assim dizer. Mas debaixo desta imagem fofi nha está algo diferente. Pense nos sonhos que você se lembra, os que não se dissipam na luz da manhã. Os que fi cam com você. A frustração, medo, confusão e sim, horror. Esses sonhos também compõem o mundo em que você habita. Imagine um mundo em que a classe dominante seja real- mente almas parasitas forçadas a viver como humanos. Um mundo em que as armadilhas e a estrutura da sociedade tanto o suportam como o destroem. Uma vida cheia de contradições, jogos de poder e pesadelos. Trata-se de perder lentamente a guerra por uma parte de si mesmo e não há nada que você possa fazer para detê-la. Mundo dos balões? Talvez. Com metade deles vazios, alguns completamente perdidos e o restante deles você protege desesperadamente, esperando que eles não estourem. — Kat McIvor Birmingham, Inglaterra ••• Um grifo rompante certa vez me desafi ou a abrir um livro de beleza. Me desafi ou a fazer magia nas brechas do nosso mundo cotidiano, a ter uma sensação de admiração em uma era que idolatra conformidade e cinismo. Me desafi ou a tomar uma posição, gritando nos céus de outono que nossa centelha não seria entregue à banalidade. Me desafi ou a sonhar. Changeling é sobre aqueles amigos queridos cuja imaginação deram cor à Serpente Emplumada. É o Ar- tífi ce e a Árvore Solitária, o Cronista e o Cavaleiro da Esperança. Fragmentos de um sonho mundial, moldado por narradores e jogadores. Os sonhos estarão sempre lá quando fecharmos os olhos. Alguns nunca devem terminar. — Alfredo Garcia Padilla (Wally) Teatro de la Mente N.L., Venue Storyteller Monterrey, México ••• Foi por coincidência que eu conheci Chan- geling: O Sonhar. Para um crossover no Mundo das Trevas, precisava de PCs não vampiros foram necessários e, assim, escolhi aleatoria- mente entre os livros de regras básicos. Foi amor à primeira vista: o mosaico na capa. A promessa de que todos aqueles devaneios de quando eu era uma criança não necessariamente eram apenas so- nhos. Contos de fadas que contêm uma pequena parte da verdade antes de tudo. Foi como reencontrar um amigo muito antigo, quase esquecido e ainda capaz de tocar meu eu interior. E, em seguida, a variedade de atmosferas pos- síveis em um único sistema: desde o “felizes para sempre” baseado nas intrigas da corte até uma visão escura e sem esperança como “nosso mundo está morrendo, porque as pessoas deixaram de acreditar em maravilhas”, parecida com os livros de Michael-Ende, tudo se encaixa. Para mim, Changeling: O Sonhar é um dos sistemas mais versáteis em todo o clássico Mundo das Trevas. — Wolfgang Fronius Giessen, Alemanha ••• É um daqueles jogos que deixam uma marca de uma forma muito particular. Em primeiro lugar, você não tem certeza se você deve experimentar ou não, mas quando você joga, ele deixa um gosto duradouro na sua boca chamado “Arcádia”, e te deixa querendo mais. É maravilhoso! Ele estimula a união entre a necessidade de explorar e experi- mentar o cenário, e a busca por novas formas de imaginar tudo o que circula entre os Seelie e Unseelie. O que mais me emociona em Changeling é a forma como ele te leva em uma viagem sideral de dualidade. Nós conseguimos Changeling para mim sempre foi um dos jogos maiis sombrios. Ele te passa uma imagem feliz - “O mundo dos balões”, por assim dizer. Mas debaixo desta imagem fofi nha está algo diferente. Pense nos sonhos que você se lembra, os que não se dissipam na luz da manhã. Os que fi cam com você. A frustração, medo, confusão e sim, horror. Esses sonhos também compõem o mundo em que você habita. Imagine um mundo em que a classe dominante seja real- mente almas parasitas forçadas a viver como humanos. Um mundo em que as armadilhas e a estrutura da sociedade tanto o suportam como o destroem. Uma vida cheia de contradições, jogos depoder epesadelos. Trata-se de perder lentamente a guerra por uma parte de si mesmo e não há nada que você possa fazer para detê-la. Mundo dos balões? Talvez. Com metade deles vazios, alguns completamente perdidos e o restante deles vocêprotege desesperadamente, esperando que eles não estourem. — Kat McIvor Birmingham, Inglaterra ••• Um grifo rompante certa vez me desafi ou a abrir um livro de beleza. Me desafi ou a fazer magia nas brechas do nosso mundo cotidiano, a ter uma sensação de admiração em uma era que idolatra conformidade e cinismo. Me desafi ou a tomar uma posição, gritando nos céus de outono que nossa centelha não seria entregue à banalidade. Me desafi ou a sonhar. Changeling é sobre aqueles amigos queridos cuja imaginação deram cor à Serpente Emplumada. É o Ar- tífi ce e a Árvore Solitária, o Cronista e o Cavaleiro da Esperança. Fragmentos de um sonho mundial, moldado por narradores e jogadores. Os sonhos estarão sempre lá quando fecharmos os olhos. Alguns nunca devem terminar. — Alfredo Garcia Padilla (Wally) Teatro de la Mente N.L., Venue Storyteller Monterrey, México ••• Foi por coincidência que eu conheci Chan- geling: O Sonhar. Para um crossover no Mundo das Trevas, precisava de PCs não vampiros foram necessários e, assim, escolhi aleatoria- mente entre os livros de regras básicos. Foi amor à primeira vista: o mosaico na capa. A promessa de que todos aqueles devaneios de quando eu era uma criança não necessariamente eram apenas so- nhos. Contos de fadas que contêm uma pequena parte da verdade antes de tudo. Foi como reencontrar um amigo muito antigo, quase esquecido e ainda capaz de tocar meu eu interior. E, em seguida, a variedade de atmosferas pos- síveis em um único sistema: desde o “felizes para sempre” baseado nas intrigas da corte até uma visão escura e sem esperança como “nosso mundo está morrendo, porque as pessoas deixaram de acreditar em maravilhas”, parecida com os livros de Michael-Ende, tudo se encaixa. Para mim, Changeling: O Sonhar é um dos sistemas mais versáteis em todo o clássico Mundo das Trevas. — Wolfgang Fronius Giessen, Alemanha ••• É um daqueles jogos que deixam uma marca de uma forma muito particular. Em primeiro lugar, você não tem certeza se você deve experimentar ou não, mas quando você joga, ele deixa um gosto duradouro na sua boca chamado “Arcádia”, e te deixa querendo mais. É maravilhoso! Ele estimula a união entre a necessidade de explorar e experi- mentar o cenário, e a busca por novas formas de imaginar tudo o que circula entre os Seelie e Unseelie. O que mais me emociona em Changeling é a forma como ele te leva em uma viagem sideral de dualidade. Nós conseguimos incluir nossos próprios Chullachaqui e Yacuruna em nossas histórias. É fantástico! — Sophia Heredia “Lunus Flambeau” Membro fundadora do MdT Peru Lima, Peru ••• Changeling: o Sonhar é o melhor jogo que já joguei. Foi no ano após o fi m do mundo, quando o teste bem-sucedido de Manipulação + Empatia de um amigo (em uma Difi culdade muito alta) me convenceu a ler o Kit Introdutório - sempre jogando jogos “sombrios e adultos”, eu estava certa que algo assim leve e colorido não era para mim. No dia seguinte, comprei o livro de regras da 2ª edi- ção. Quinze anos depois, tenho todos os livros originais e uma bandeira da casa Ailil pendurada no meu quarto. Tudo porque este jogo me ensinou a lição que me mudou para sempre como jogadora - “quanto maior a luz, mais profunda as sombras que ela cria”. Ele engana por ser tão brilhante, feliz e colorido por fora, mas por dentro, esconde os monstros mais assustadores e as histórias mais sombrias. Changeling é o melhorjogo que eu nunca joguei, porque sempre que eu o apresento a alguém, eles, assim como eu, se apaixonam quando aprendem a mesma lição que eu aprendi - e, como sou a estranha que possui todos os livros (e todos os cartões de truques e uma bandeira), estou presa a narrar. Maldição. — Ana Silva, também conhecida como Lady Anwyeth da Casa Fiona Changeling: The Dreaming Storyteller @ Immortal Vigilance Porto, Portugal ••• Eu conheci Changeling no fi nal do último milênio, quando a perspectiva de uma nova era se mostrava iminente. Changeling é a combinação da fada exótica e fantasiosa, sub- jugada pela rígida percepção de que eles estão condenados e presos em um mundo que é cada vez mais estranho para eles. É esse outro mundo que me fascina. Como você pode jogar com alguém cuja terra natal é Arcádia, para quem o mundo moderno é uma maldição? Changeling é etéreo, caprichoso, mas também sombrio. As Fadas – forçadas a fi car para sempre do lado de fora, arranhando os portais de Arcádia e Arcádia fi cando cada vez mais longe de seu alcance, deslizando como o Paradoxo de Zenão. É uma corrida que a maioria não pode vencer, mas ainda sonha. Na melhor das hipóteses, Changeling é sobre o potencial, de se esforçar pelo inimaginável, de deslizar alegremente pelo portal ou construir sua própria terra das fadas aqui: na sua mente, no seu quarto, na sua história. Na pior das hipóteses, é o som dos sonhos secando em um mundo hostil. — Thaleia Flessa Glasgow, Escócia ••• Após muito tempo na sociedade sombria e organizada dos Vampiros, Changeling foi minha aventura no playgrou- nd da mente e da memória, onde os escorregadores e as casas nas árvores eram castelos e galhos eram espadas e lanças - exceto que os castelos agora possuíam senhores, senhoras e espiões e as lâminas cortavam mais profundamente do que a mera carne: elas cortavam a alma, a inocência e a crença no impossível, lutando desesperadamente contra a normalidade que aprendemos a aceitar como adultos. Changeling foi e ainda é sobre a criança intimada que aprendeu a vestir uma pele grossa e de repente encontrou-se usando uma armadura. Trata-se do adolescente frustrado, tentando desesperadamente se encaixar em um mundo muito grande ou pequeno demais para poder participar de sua própria jornada do herói. Trata-se de aprender sua própria história, e crescer como um adulto que não vai esquecê-la, que alcançará através das Brumas aqueles que trilham o mesmo caminho e dirá: “Mantenha-se forte, pois sua história nunca vai te trair”. — Andreas Michaelides Atenas, Grécia ••• Todos nós, certamente, pelo menos uma vez em nossa vida já pensamos que nossas vidas já foram escritas. Sempre fui interessado por mitologia e folclore desde a infância. Lembro-me do dia em que a mãe me comprou os dois primeiros livros das Crônicas de Spiderwick; e também do quão forte era minha insistência com minha avó para fazê-la contar histórias sobre djinns. Recebi uma mensagem de um estranho no Twitter há três anos, não tinha ideia de quem ele era. Ele disse que viu minha biografi a sobre coisas de fadas e me convidou para jogar sua crônica de Changeling: O Sonhar. Não demorou muito para perceber que ele era meu “Irmão Espiritual” e o jogo era apenas um resumo da minha vida. Agora estamos trabalhando em um projeto de história/LARP chamado “Portal entre Lendas” com base principalmente em contos populares de Istambul e Anatólia. Nosso conceito talvez não seja tão céltico (com exceção à Galatia), mas estamos usando as referências culturais da incluir nossos próprios Chullachaqui e Yacuruna em nossas histórias. É fantástico! — Sophia Heredia “Lunus Flambeau” Membro fundadora do MdT Peru Lima, Peru ••• Changeling: o Sonhar é o melhor jogo que já joguei. Foi no ano após o fi m do mundo, quando o teste bem-sucedido de Manipulação + Empatia de um amigo (em uma Difi culdade muito alta) me convenceu a ler o Kit Introdutório - sempre jogando jogos “sombrios e adultos”, eu estava certa que algo assim leve e colorido não era para mim. No dia seguinte, comprei o livro de regras da 2ª edi- ção. Quinze anos depois, tenho todos os livros originais e uma bandeira da casa Ailil pendurada no meu quarto. Tudo porque este jogo me ensinou a lição que me mudou para sempre como jogadora - “quanto maior a luz, mais profunda as sombras que ela cria”. Ele engana por ser tão brilhante, feliz e colorido por fora, mas por dentro, esconde os monstros mais assustadores e as histórias mais sombrias. Changeling é o melhor jogo que eu nunca joguei, porque sempre que eu o apresento a alguém, eles, assim como eu, se apaixonam quando aprendem a mesma lição que eu aprendi - e, como sou a estranha que possui todos os livros (e todos os cartões de truques e uma bandeira), estou presa a narrar. Maldição. — Ana Silva, também conhecida como Lady Anwyeth da Casa Fiona Changeling: The Dreaming Storyteller @ Immortal Vigilance Porto, Portugal ••• Eu conheci Changeling no fi nal do último milênio, quando a perspectiva de uma nova era se mostrava iminente. Changeling é a combinação da fada exótica e fantasiosa, sub- jugada pela rígida percepção de que eles estão condenados e presos em um mundo que é cada vez mais estranho para eles. É esse outro mundo que me fascina. Como você pode jogar com alguém cuja terra natal é Arcádia, para quem o mundo moderno é uma maldição? Changeling é etéreo, caprichoso, mas também sombrio. As Fadas – forçadas a fi car para sempre do lado de fora, arranhando os portais de Arcádia e Arcádia fi cando cada vez mais longe de seu alcance, deslizando como o Paradoxo de Zenão. É uma corrida que a maioria não pode vencer, mas ainda sonha. NaN melhor das hipóteses, Changeling é sobre o potencial, de se esforçar pelo inimaginável, de deslizar alegremente pelo portal ou construir sua própria terra das fadas aqui: na sua mente, no seu quarto, na sua história. Na pior das hipóteses, é o som dos sonhos secando em um mundo hostil. — Thaleia Flessa Glasgow, Escócia ••• Após muito tempo na sociedade sombria e organizada dos Vampiros,Changeling foi minha aventura no playgrou- nd da mente e da memória, onde os escorregadores e as casas nas árvores eram castelos e galhos eram espadas e lanças - exceto que os castelos agora possuíam senhores, senhoras e espiões e as lâminas cortavam mais profundamente do que a mera carne: elas cortavam a alma, a inocência e a crença no impossível, lutando desesperadamente contra a normalidade que aprendemos a aceitar como adultos. Changeling foi e ainda é sobre a criança intimada que aprendeu a vestir uma pele grossa e de repente encontrou-se usando uma armadura. Trata-se do adolescente frustrado, tentando desesperadamente se encaixar em um mundo muito grande ou pequeno demais para poder participar de sua própria jornada do herói. Trata-se de aprender sua própria história, e crescer como um adulto que não vai esquecê-la, que alcançará através das Brumas aqueles que trilham o mesmo caminho e dirá: “Mantenha-se forte, pois sua história nunca vai te trair”. — Andreas Michaelides Atenas, Grécia ••• Todos nós, certamente, pelo menos uma vez em nossa vida já pensamos que nossas vidas já foram escritas. Sempre fui interessado por mitologia e folclore desde a infância. Lembro-me do dia em que a mãe me comprou os dois primeiros livros das Crônicas de Spiderwick; e também do quão forte era minha insistência com minha avó para fazê-la contar histórias sobre djinns. Recebi uma mensagem de um estranho no Twitter há três anos, não tinha ideia de quem ele era. Ele disse que viu minha biografi a sobre coisas de fadas e me convidou para jogar sua crônica de Changeling: O Sonhar. Não demorou muito para perceber que ele era meu “Irmão Espiritual” e o jogo era apenas um resumo da minha vida. Agora estamos trabalhando em um projeto de história/LARP chamado “Portal entre Lendas” com base principalmente em contos populares de Istambul e Anatólia. Nosso conceito talvez não sejatão céltico (com exceção à Galatia), mas estamos usando as referências culturais da Ásia Central e do Oriente Médio tiradas dos livros. Então podemos construir uma ponte entre as terras dos sonhos ... — Salih Bugra Algan Istambul, Turquia ••• Eu me apaixonei por Changeling: O Sonhar a partir do momento em que eu li sobre seu cenário na Wikipédia. Para mim, Changeling é muito mais do que um jogo sobre monstros folclóricos ou espíritos mágicos - é um jogo sobre histórias e juventude. Tudo é parte de alguma história quan- do você é jovem: a tarefa mais simples pode se tornar uma aventura mágica, um problema trivial pode se transformar em uma história de terror. Nada é sem sentido! E isso é o que Changeling é - encontrar, imaginar e contar histórias maravilhosas escondidas no mundo ao nosso redor. E agora, enquanto me transformo lentamente de mais um estouvado para um rezingão, eu fi nalmente entendo, o quão valiosa, poderosa e inspiradora é essa habilidade! — Leonid Moyzhes Moscou, Rússia ••• Eu fui um narrador de Changeling desde o início. Recebi a 1ª edição no momento em que ela chegava às prateleiras e narrei minha primeira sessão uma semana depois. Imediatamente eu me apaixonei pelas possibilidades ilimitadas que o jogo fornecia. Que outro jogo permite a um narrador a liberdade de jogar literalmente qualquer coisa para seus jogadores? Eu até narrei um MET de Changeling que ao longo dos anos evoluiu para um LARP genuíno. Nossa primeira sessão de jogos foi em 31 de outubro de 1998. Terminamos a saga em 2014, 16 anos depois ... Quando eu olho para trás vendo todos os jogos de RPG que joguei, Changeling é o jogo que foi, é e sempre será a principal infl uência nos meus jogos. Há muito tempo parei de narrar histórias de Changeling: O Sonhar e me movi para desen- volver e escrever meus próprios jogos e histórias, mas este jogo sempre ocupará um lugar especial no meu coração. — Sven “Faemaster” Gerené Ex-membro do The Fanged Fist (Equipe Ofi cial de testes da White Wolf Bélgica) Antuérpia, Bélgica ••• Changeling foi o que me tornou em um jogador de rpg. Não foi o primeiro rpg que joguei, nem sequer foi o segundo ou o terceiro, mas foi o primeiro a cravar suas garras em mim. Foi o jogo que eu “tive” que jogar e, como não consegui encontrar ninguém para narrar para mim, eu tive que me tornar um Mestre. Algo que eu fi z quase todas as semanas da minha vida desde então. Changeling é um belo jogo sobre esperança e perda, sonhos e desesperos, e sobre a maravilha das menores expres- sões de imaginação. Os jogos podem ser tão variados quanto os contos sobre chegar à adolescência com professores opressivos e os valentões da escola até aventuras fantásticas onde você toma chá com dragões e pilota aeronaves através de terrenos, onde nada faz o menor sentido. A porta para minha propriedade livre está sempre aber- ta. Vamos contar mais contos ao lado da lumeeira juntos. — Thaddeus “Gatharion” Papke (Columbus, Ohio, EUA) Ásia Central e do Oriente Médio tiradas dos livros. Entãão podemos construir uma ponte entre as terras dos sonhos ... — Salih Bugra Algan Istambul, Turquia ••• Eu me apaixonei por Changeling: O Sonhar a partir do momento em que eu li sobre seu cenário na Wikipédia. Para mim, Changeling é muito mais do que um jogo sobre monstros folclóricos ou espíritos mágicos - é um jogo sobre histórias e juventude. Tudo é parte de alguma história quan- do você é jovem: a tarefa mais simples pode se tornar uma aventura mágica, um problema trivial pode se transformar em uma história de terror. Nada é sem sentido! E isso é o que Changeling é - encontrar, imaginar e contar histórias maravilhosas escondidas no mundo ao nosso redor. E agora, enquanto me transformo lentamente de mais um estouvado para um rezingão, eu fi nalmente entendo, o quão valiosa, poderosa e inspiradora é essa habilidade! — Leonid Moyzhes Moscou, Rússia ••• Eu fui um narrador de Changeling desde o início. Recebi a 1ª edição no momento em que ela chegava às prateleiras e narrei minha primeira sessão uma semana depois. Imediatamente eu me apaixonei pelas possibilidades ilimitadas que o jogo fornecia. Que outro jogo permite a um narrador a liberdade de jogar literalmente qualquer coisa para seus jogadores? Eu até narrei um MET de Changeling que ao longo dos anos evoluiu para um LARP genuíno. Nossa primeira sessão de jogos foi em 31 de outubro de 1998. Terminamos a saga em 2014, 16 anos depois ... Quando eu olho para trás vendo todos os jogos de RPG que joguei, Changeling é o jogo que foi, é e sempre será a principal infl uência nos meus jogos. Há muito tempo parei de narrar histórias de Changeling: O Sonhar e me movi para desen- volver e escrever meus próprios jogos e histórias, mas este jogo sempre ocupará um lugar especial no meu coração. — Sven “Faemaster” Gerené Ex-membro do The Fanged Fist (Equipe Ofi cial de testes da White Wolf Bélgica) Antuérpia, Bélgica ••• Changeling foi o que me tornou em um jogador de rpg. Não foi o primeiro rpg que joguei, nem sequer foi o segundo ou o terceiro, mas foi o primeiro a cravar suas garras em mim. Foi o jogo que eu “tive” que jogar e, como não consegui encontrar ninguém para narrar para mim, eu tive que me tornar um Mestre. Algo que eu fi z quase todas as semanas da minha vida desde então. Changeling é um belo jogo sobre esperança e perda, sonhos e desesperos, e sobre a maravilha das menores expres- sões de imaginação. Os jogos podem ser tão variados quanto os contos sobre chegar à adolescência com professores opressivos e os valentões da escola até aventuras fantásticas onde você toma chá com dragões e pilota aeronaves através de terrenos, onde nada faz o menor sentido. A porta para minha propriedade livre está sempre aber- ta. Vamos contar mais contos ao lado da lumeeira juntos. — Thaddeus “Gatharion” Papke (Columbus, Ohio, EUA) Escritor principal do Livro do Kith: Boggan não ofi cial ••• Aquela luz que inundava o vitral era como água no deserto para mim. Anos de livros em preto e branco sobre vampiros que se aproximam das sombras e as imagens icônicas dos Garous de Ron Spencer, e então aqui aparece este maldito urso dançante com um cartola todo colorido. Eu estava dentro Eu tinha jogado os jogos anteriores do Mundo das Trevas, mas nenhum me atraiu para o lugar do Narrador até Changeling. Ele me inspirou a narrar jogos, juntar-se à comunidade de fãs online, criar o site The Right To Dream, criar minhas próprias camisas e fi gurinos e até mesmo adaptar o mundo de Oz. Enquanto eu gostava de jogar Vampiro, Lobisomem, Mago e até Aparição, me senti como se eu realmente pertencesse a Changeling. O jogo sempre foi sobre es- capismo para mim, mas nos outros jogos do Mundo das Trevas, sentia como se estivesse apenas escapando de um mundo sombrio para um mundo ainda mais sombrio e mais sombrio. O Sonhar poderia ser sombrio, mas também guardava aventura, excentricidade, criatividade e alegria. O próprio ato de jogar eliminou a banalidade da minha própria existência no mundo real. Era como entrar no Sonhar onde tudo era possível. — Beau Brown ••• Quando me apaixonei pelo Mundo das Trevas, foi a tristeza que me puxou, primeiro com Vampiro e depois com Aparição. Eu era um jovem adulto angustiado com alguns problemas de saúde mental, e a estética niilista do punk gótico conversava comigo. Por essa razão, subestimei Changeling por anos e não me aproximei para explorá-lo. Na verdade, não parecia se misturar com as outras linhas do Mundo das Trevas porque era muito colorido (literal- mente e também de outra forma), também era cheio de ursos dançarinos e o poder da imaginação. Uma vez que eu fi nalmente li o livro básico, percebi meu erro. Este não era um jogo leve, mas sobre as dores de crescer e os desafi os de se debruçar sobre a maravilha infantil em face das ver- dades mais cruéis do mundo. Por todos os seus elementos fantásticos, Changeling apresentou umhorror central que era quase chocantemente real. Embora eu nunca tenha tido o privilégio de escrever para Changeling, ele me moldou como um autor. Fiquei mais fascinado com as consequências de longo prazo, tanto nos resultados não desejados quanto em examinar como o tempo faz sumir mesmo as maiores lendas imortalizadas em suas histórias. Eu também percebi o quão importante era capturar o fator “Oh Wow! “ Que as ricas imagens e o cenário de Changeling evocavam. Muitos anos depois (e talvez com um ou dois pontos de Banalidade a mais), ainda me deparo com essas questões como escritor, desenvolvedor de jogos e contador de histórias. — Michael A. Goodwin ••• Changeling me ganhou na primeira cena em que jo- gamos, quando um pooka se escondeu no cabelo do infante troll. Isso trouxe algo completamente diferente para a nossa mesa de jogos - a maravilha infantil surgiu lentamente, se misturou com uma sopa de maldade irresistível, rematada com histórias épicas de heroísmo e de amores que dão errado. Quando o mundo acabou - literalmente – implorei para fazer parte deste projeto. Escrever para Changeling foi um dos meus projetos favoritos, e valeu a pena cortar meus cabelos totalmente para lançar esse truque e confundir a equipe do projeto para me contratar. — Carrie Harris, coautora da seção de Changeling no World of Darkness: Time of Judgment ••• Desde que botei os olhos no primeiro anúncio de Faerie, sabia que este era o jogo que eu vinha esperando. Só não sabia o quanto isso mudaria minha vida. Por quase cinco anos, vivi, comi e respirei fadas. E adorei cada mi- nuto! Eu conheci tantas pessoas maravilhosas, muitas das quais ainda são amigas até hoje. Changeling: O Sonhar, tornou-se parte da minha vida - uma parte da minha alma. Fiquei maravilhado com as histórias de jogadores cujas vidas também foram tocadas. Algo sobre este jogo se relaciona com jogadores em um nível pessoal diferente de qualquer outro. Changeling pode não ter uma base de fãs tão grande quanto alguns outros jogos, mas seus fãs são entusiasmados e algumas das pessoas mais maravilhosa- mente criativas que já conheci. De muitas formas, Changeling é um jogo sobre joga- dores. É uma alegoria maravilhosa sobre aqueles que têm uma centelha de magia, mas não sabem o que fazer com ela ou onde se encaixam no mundo. É também sobre o medo de perder essa criatividade, de crescer e ser forçado a deixar os caprichos da infância e sobre perder. Para você, os changelings existem, eu acredito em você - Continue Sonhando e Nunca Cresça! Ian Lemke Ilustrações de Liana Lavoie. Escritorprincipal do Livro do Kith: Boggannão ofi cial ••• Aquela luz que inundava o vitral era como água no deserto para mim. Anos de livros em preto e branco sobre vampiros que se aproximam das sombras e as imagens icônicas dos Garous de Ron Spencer, e então aqui aparece este maldito urso dançante com um cartola todo colorido. Eu estava dentro Eu tinha jogado os jogos anteriores do Mundo das Trevas, mas nenhum me atraiu para o lugar do Narrador até Changeling. Ele me inspirou a narrar jogos, juntar-se à comunidade de fãs online, criar o site The Right To Dream, criar minhas próprias camisas e fi gurinos e até mesmo adaptar o mundo de Oz. Enquanto eu gostava de jogar Vampiro, Lobisomem, Mago e até Aparição, me senti como se eu realmente pertencesse a Changeling. O jogo sempre foi sobre es- capismo para mim, mas nos outros jogos do Mundo das Trevas, sentia como se estivesse apenas escapando de um mundo sombrio para um mundo ainda mais sombrio e mais sombrio. O Sonhar poderia ser sombrio, mas também guardava aventura, excentricidade, criatividade e alegria. O próprio ato de jogar eliminou a banalidade da minha própria existência no mundo real. Era como entrar no Sonhar onde tudo era possível. — Beau Brown ••• Quando me apaixonei pelo Mundo das Trevas, foi a tristeza que me puxou, primeiro com Vampiro e depois com Aparição. Eu era um jovem adulto angustiado com alguns problemas de saúde mental, e a estética niilista do punk gótico conversava comigo. Por essa razão, subestimei Changeling por anos e não me aproximei para explorá-lo. Na verdade, não parecia se misturar com as outras linhas do Mundo das Trevas porque era muito colorido (literal- mente e também de outra forma), também era cheio de ursos dançarinos e o poder da imaginação. Uma vez que eu fi nalmente li o livro básico, percebi meu erro. Este não era um jogo leve, mas sobre as dores de crescer e os desafi os de se debruçar sobre a maravilha infantil em face das ver- dades mais cruéis do mundo. Por todos os seus elementos fantásticos, Changeling apresentou um horror central que era quase chocantemente real. Embora eu nunca tenha tido o privilégio de escrever para Changeling, ele me moldou como um autor. Fiquei mais fascinado com as consequências de longo prazo, tanto nos resultados não desejados quanto em examinar como o tempo faz sumir mesmo as maiores lendas imortalizadas em suas histórias. Eu também percebi o quão importante era capturar o fator “Oh Wow! “ Que as ricas imagens e o cenário de Changeling evocavam. Muitos anos depois (e talvez com um ou dois pontos de Banalidade a mais), ainda me deparo com essas questões como escritor, desenvolvedor de jogos e contador de histórias. — Michael A. Goodwin ••• Changeling me ganhou na primeira cena em que jo- gamos, quando um pooka se escondeu no cabelo do infante troll. Isso trouxe algo completamente diferente para a nossa mesa de jogos - a maravilha infantil surgiu lentamente, se misturou com uma sopa de maldade irresistível, rematada com histórias épicas de heroísmo e de amores que dão errado. Quando o mundo acabou - literalmente – implorei para fazer parte deste projeto. Escrever para Changeling foi um dos meus projetos favoritos, e valeu a pena cortar meus cabelos totalmente para lançar esse truque e confundir a equipe do projeto para me contratar. — Carrie Harris, coautora da seção de Changeling no World of Darkness: Time of Judgment ••• Desde que botei os olhos no primeiro anúncio de Faerie, sabia que este era o jogo que eu vinha esperando. Só não sabia o quanto isso mudaria minha vida. Por quase cinco anos, vivi, comi e respirei fadas. E adorei cada mi- nuto! Eu conheci tantas pessoas maravilhosas, muitas das quais ainda são amigas até hoje. Changeling: O Sonhar, tornou-se parte da minha vida - uma parte da minha alma. Fiquei maravilhado com as histórias de jogadores cujas vidas também foram tocadas. Algo sobre este jogo se relaciona com jogadores em um nível pessoal diferente de qualquer outro. Changeling pode não ter uma base de fãs tão grande quanto alguns outros jogos, mas seus fãs são entusiasmados e algumas das pessoas mais maravilhosa- mente criativas que já conheci. De muitas formas, Changeling é um jogo sobre joga- dores. É uma alegoria maravilhosa sobre aqueles que têm uma centelha de magia, mas não sabem o que fazer com ela ou onde se encaixam no mundo. É também sobre o medo de perder essa criatividade, de crescer e ser forçado a deixar os caprichos da infância e sobre perder. Para você, os changelings existem, eu acredito em você - Continue Sonhando e Nunca Cresça! Ian Lemke Ilustrações de Liana Lavoie. CHANGELING: O SONHAR8 CONTENTS CRÉDITOS 2 DEDICATÓRIA 2 O que é este Livro 25 Diário de Sonhos: 26 A História do Jogo 26 Arcádia e o Sonhar 26 Changelings 27 Como Usar Este Livro 27 Livro Um: Infante 27 Livro Dois – Estouvado 27 Livro Três - Rezingão 27 Glossário 27 Material Inspirador 29 Changelings 32 Dois Mundos, Uma Vida 32 Qualidade Quimérica 32 A Importância da Intenção 33 Quimeras 33 História dos Kithain 33 História Acadêmica 33 A Idade Mítica 33 A Separação 35 A Fragmentação 35 O Interregno 36 O Ressurgimento 37 A Guerra da Harmonia 38 A Evanescência 39 Dias Atuais 41 A Natureza das Fadas 41 A Crisálida 42 A Tutela 42 Banalidade 44 Glamour 44 As Brumas 45 Envelhecimento dosChangelings 46 Aspecto Mortal &Semblante Feérico47 Aspectos 48 Kiths 48 As Casas 50 Lugares de Glamour 51 Clareiras 51 Propriedades Livres 51 Trods 52 O Sonhar 52 O Sonhar Próximo 53 O Sonhar Distante 54 O Sonhar Profundo 54 Os Habitantes do Sonhar 54 As Cortes 56 Através do Tempo 56 Atitudes e Sociedade 58 Pertencendo a uma Corte 58 A Corte Seelie 58 A Corte Unseelie 60 A Corte Sombria 61 Sociedade changeling 62 Famílias 62 Mixórdias 63 Senhor e Vassalo 63 As Redevances 64 O Reino de Concórdia 64 Tara-Nar: Capital do Mundo Ocidental 65 Reino das Maçãs (Nordeste) 65 Reino dos Salgueiros(Sudeste) 66 O Reino da Relva (Centro-Oeste) 68 O Reino do Sol Ardente(Sudoeste) 69 O Reino das Areias Brancas(Flórida) 70 Reino de Pacífi ca 70 Reino do Gelo Ártico (Canadá e Alas- ca) 71 O Reino da Serpente Emplumada: Méxi- co 72 Feudos do Paraíso Reluzente (Caribe) 72 Bellatierra (América do Sul) 73 Albion (Inglaterra) 73 Reino das Rosas 73 Reino da Névoa 73 Reino da Urze 73 Hibernia (Irlanda) 73 O Reino de Connaught 73 O Reino de Leinster 74 O Reino de Munster 74 O Reino de Ulster 74 Caledônia (Escócia) 74 Reino de Dalriada 74 Reino de Alba 75 Reino das Três Colinas 75 Reino de Cymru (País de Gales) 75 O Principado de Clwd 75 O Principado de Gwynedd 76 O Principado de Powys 76 O Principado de Dyfed 76 O Principado de Glamorgan 76 O Principado de Gwent 76 Neustria (França) 76 O Ducado de Bayeaux 76 O Ducado da Borgonha 76 O Ducado dos Mares de Safi ra 76 A Aquitânia 76 Ibéria (Espanha e Portugal) 77 O Reino de Navarro 77 O Reino de Aragão 77 O Reino de Leão 77 O Reino de Castella 77 Reino das Flores (Holanda) 77 O Ducado das Tulipas 77 9CAPÍTULO UM: UM MUNDO DE SONHOS Reino dos Fios de Ouro (Bélgica e Luxemburgo) 77 Confederação Galaciana (Leste Europeu e Europa Central) 77 O Protetorado Elbiano 77 A Liga Bávara 78 A União Turíngica-Saxônica 78 A Aliança da Pomerânia 78 O Conselho das Montanhas Brancas 78 A Província de Venezia 78 Ilha dos Flocos de Neve (Islandia) 78 O Reino de Dalarna (Noruega e Suécia) 79 Reino da Jutlândia (Dinamarca) 79 O Império Helênico (Grécia) 79 O Império do Pássaro de Fogo (Rússia, Ucrânia e Sibéria) 79 O Império do Cáucaso (Turquia e Bacia do Mar Cáspio) 79 Califado dos Cedros (Mediterrâneo Oriental) 79 Sultanato de HeJaz (Arábia Saudita) 79 Terra dos Antigos Contos (África) 80 O Reino de Núbia(Sudão e Etiópia) 80 Terra do Sonho Errante (Austrália e Nova Zelândia) 80 O Ducado das Montanhas Azuis (Sydney) 80 O Ducado do Cisne (Perth) 81 O Ducado do Rio Winding (Brisbane) 81 O Ducado de Ouro (Melbourne) 81 A Terra da Serpente do Arco-Íris (O Interior) 81 Aotearoa (Nova Zelândia) 81 Terra do Eterno Inverno (Antártida) 81 CHANGELING: O SONHAR10 11CAPÍTULO UM: UM MUNDO DE SONHOS Livro Um:Livro Um: InfanteInfante EU AMO aniversários!!!EU AMO aniversários!!! Tudo é tão grande e brilhante, que nem as flores cor de rosa que crescem Tudo é tão grande e brilhante, que nem as flores cor de rosa que crescem perto das Arvores. Bucky me mostrou essas flores quando a gente foi no perto das Arvores. Bucky me mostrou essas flores quando a gente foi no parque hoje, e ele disse que elas eram iguais a mim. Ele é bobo, mas parque hoje, e ele disse que elas eram iguais a mim. Ele é bobo, mas talvez não tão bobo assim. Bucky é meu irmão mais talvez não tão bobo assim. Bucky é meu irmão mais velho, e ele sabe das coisas.velho, e ele sabe das coisas. Mamãe e papai fizeram um festão para mim. Jeff, Mamãe e papai fizeram um festão para mim. Jeff, Mary, Bucky e sua amiga Jasmine, todos estavam lá, Mary, Bucky e sua amiga Jasmine, todos estavam lá, e eles cantaram Parabéns pra mim. A gente brin-e eles cantaram Parabéns pra mim. A gente brin- cou até de noite. Mamãe me pôs pra dormir, mas cou até de noite. Mamãe me pôs pra dormir, mas EU ainda ‘tava elétrica. EU NÃO CONSEGUIA EU ainda ‘tava elétrica. EU NÃO CONSEGUIA DORMIR!!!DORMIR!!! O Bucky entrou no meu quarto com Jasmine, e O Bucky entrou no meu quarto com Jasmine, e eles ‘tavam muito quietos. Eles disseram que ‘tava eles ‘tavam muito quietos. Eles disseram que ‘tava na hora de uma festa secreta. A gente foi de carro na hora de uma festa secreta. A gente foi de carro até o bosque. Os amigos de Bucky tinham acendido até o bosque. Os amigos de Bucky tinham acendido uma grande fogueira, e eles tavam dançando e fazen-uma grande fogueira, e eles tavam dançando e fazen- do coisas engraçadas. O Bucky fez bolas de luz, que do coisas engraçadas. O Bucky fez bolas de luz, que nem as estrelinhas de São João, e desenhos no ar. A Jas-nem as estrelinhas de São João, e desenhos no ar. A Jas- mine ganhou asas, o Tom tinha chifres, e quando olhei para os meus mine ganhou asas, o Tom tinha chifres, e quando olhei para os meus pés, MEUS DEDOS TINHAM SUMIDO, e eu tinha CASCOS como um pés, MEUS DEDOS TINHAM SUMIDO, e eu tinha CASCOS como um CAVALO!CAVALO! Isso me deixou assustada e feliz, que nem quando você ‘tá num balanço Isso me deixou assustada e feliz, que nem quando você ‘tá num balanço e começa a subir muito alto. Eu e começa a subir muito alto. Eu comecei a chorar, mas o Bucky comecei a chorar, mas o Bucky me abraçou e disse para eu me abraçou e disse para eu não ter medo. “Lembra não ter medo. “Lembra das flores”, ele falou. “Elas das flores”, ele falou. “Elas são que nem você. A casca são que nem você. A casca de uma àrvore não tem a me-de uma àrvore não tem a me- nor graça, mas as flores são nor graça, mas as flores são coloridas e especiais”. Eu pa-coloridas e especiais”. Eu pa- rei de chorar, e eles cantaram rei de chorar, e eles cantaram uma canção pra mim e me uma canção pra mim e me chamaram de “Nimue”. É um chamaram de “Nimue”. É um nome bobo, mas eu gosto nome bobo, mas eu gosto dele. Antes de a gente voltar dele. Antes de a gente voltar para casa, Bucky falou pra para casa, Bucky falou pra eu manter nossa festa em eu manter nossa festa em segredo. E eu vou.segredo. E eu vou. Eu adoro aniversários.Eu adoro aniversários. Eu adoro músicas . Eu adoro músicas . E eu ADORO segredos!!E eu ADORO segredos!! 14 Title of the Book U ma torre de vidro e aço refletia a luz do início da manhã nas águas agitadas da baía. No alto do 30º andar, o senhor da torre estava de pé com as mãos cruzadas nas costas em uma postura majestosa e rígida. No escritório atrás de si, os vassalos enchiam silenciosamente a garrafa de café e serviam uma variedade de frutas e bolos. O senhor da torre ansiava por syrniki com geleia em vez destes velhos donnuts pegajosos e nocivos, mas guardou para si esses pensamentos, estava diante de sua equipe. O desejo era uma fraqueza em si, e ele devia cuidar para não exibir fraqueza ali, onde outros podiam observá-lo. Alguns nobres vieram trazendo a papelada, que o senhor da torre assinou com pulso firme, sem qualquer floreio. Eram indenizações, planilhas de custos e relatórios financeiros - chato, chato e mais chato. A Dama Amici lhe entregou um pergaminho maravilhosamente decorado no qual cedia quatro quadras ao redor do Collington Square Park para o Visconde Pomerain de Beaumayne. O senhor da torre enrugou o nariz com aversão enquanto rabiscava seu nome completo e seu título da forma mais ostentosa possível. — Oh, não faça esta cara, Sevastyan — a voz de sua irmã soou detrás de si. Ela havia sido quem insistiu em todos estes tapetes felpudos. A baronesa Zhanna Ved’ma, da Casa Varich, preferia que sua presença permanecesse oculta até que ela decidisse se revelar. — Tão gentil da sua parte se preocupar com meu rosto, para que eu possa me concentrar em assuntos mais importantes, Zhannochka — disse o barão Sevastyan. — Tsc! — disse a baronesa — Nevazhno, irmãozinho. Posso ver que seu trabalho é mais importante que uma conversa com sua única irmã, independente do assunto. O Barão Sevastyan entregou à Dama Amici seu pergaminho. Ele apertou brevemente a ponte do nariz, amaldiçoando sua mãe pelo fato de ter-lhe dado uma irmã mais nova. — Está bem, Zhannochka — disse ele — O que vocêquer? — Eu pensei que você gostaria de saber que as melhorias de segurança no cofre estão completas, mas se eu estiver ocupando muito do seu tempo... O Barão Sevastyan sorriu para a irmã, os lábios finos revelando levemente os dentes. — Meu tempo é seu, irmã — Sem afastar-se da janela e da luz que entrava, bateu as mãos uma vez e disse: “Saiam”. 15Section 1 Os vassalos, Dama Amici, e os outros lordes menores que o serviam saíram do escritório, deixando Sevastyan sozinho com sua irmã. Ele a alcançou estendendo um braço, trazendo-a para perto o suficiente para que ela pudesse lhe sussurrar nos ouvidos se assim quisesse. Zhanna deu um leve beijo na bochecha de Sevastyan. O toque de seus lábios queimaram ligeiramente, indicando outra noite com o lorde menor Daireann. Sevastyan apertou o braço ao redor de sua irmã. — Conte-me — ele ordenou, enquanto seu esplendor radiante preenchia todo o espaço ao seu redor. Zhanna colocou os lábios em seus ouvidos e sussurrou-lhe. Na parede à direita do escritório do barão Sevastyan, um parafuso lentamente girou de uma tampa de ventilação e caiu silenciosamente no tapete felpudo embaixo da mesa do barão. Nenhum dos irmãos Varich notou sua queda. Por trás da tampa, dois pequenos olhos negros brilharam de satisfação. 16 Title of the Book M uito tempo depois da equipe de segurança sair e as luzes da torre terem sido apagadas, a tampa de ventilação acima da mesa do barão se moveu e caiu sobre o tapete com um golpe abafado. Depois de alguns instantes, um arminho branco saltou do respi- radouro aberto, transformando-se no ar e pousando suavemente sobre dois pés humanos. Tisket von Tasket ficou de pé e puxou sua camiseta com os dizeres — “O sarcasmo é apenas outro dos serviços que ofereço” — até sentir que ela estava do tamanho certo novamente. Ela colocou os esquemas de ventilação do prédio em um dos bolsos de sua calca de ioga, tirando um pequeno conjunto de ferramentas de chaveiro. O comunicador em seu ouvido zumbiu com estática e, em seguida, explodiu com a voz assustada de Gibraltar. — Tisket você conseguiu entrar? Está dentro do escritório do barão? O nariz pontiagudo de Tisket se contraiu em aborrecimento. — Não. Eu caí em um fosso. Ainda estou caindo. Vou cair para sempre. — Você pode repetir isso? Perguntou Gibraltar — Tisket, por favor, informe. Você real- mente caiu em um fosso? Se assim for, eu realmente preciso saber detalhes sobre este fosso. Alguma coisa se destaca? — Estou caindo para sempre através da escuridão e do desespero — disse Tisket. — Ela não caiu em um fosso — respondeu a voz de Ranveig. Isso seria improvável. É mais uma tolice de Tisket. — Este aqui é o buraco mais fundo em que eu já caí — disse Tisket. Ela foi até a porta do escritório do barão, sentou-se sobre os calcanhares e começou a desmontar os componentes da fechadura mecânica, muito mais agradáveis para brincar do que as do tipo elétrico. Algo emperrou então ela puxou forte, o que fez com que a fechadura emitisse um rangido triste, como um gemido ou o vento no início do inverno. — Ranveig, Maarika, vocês conseguem ver Tisket? Podem confirmar se há ou não um fosso? Perguntou Gibraltar. — Se eu vejo uma garrafa que diz “beba”, eu deveria beber, certo? — disse Tisket, final- mente abrindo a porta para Maarika e Ranveig. Maarika tinha uma bolsa de laptop pendurada no ombro, os fones de ouvido inclinados para trás e colocados como uma tiara em seus cabelos negros e brilhantes. Ranveig franziu o cenho e descansou o machado, apoiando a lâmina contra um de seus largos ombros. 17Section 1 — Ranveig? Maarika? Tisket? — Gibraltar parecia ainda mais em pânico. Porra! É por isso que eu odeio ser o controle da missão. Ninguém me diz o que está acontecendo! Alguém me dá uma resposta “não-pooka”, por favor? — Hora de cortar a conversa fiada nesta linha. Maarika, relatório — disse Dolaidh, em sua primeira intervenção. — Estamos dentro, quase lá. Ainda não tivemos a chance de procurar o cofre. Tivemos alguns problemas na escadaria norte, que nos atrasaram — disse Maarika. — Os últimos esquemas que vi sugerem que o cofre estaria do outro lado do edifício, o mais longe possível do escritório de Sevastyan. O nariz de Tisket se contraiu de novo enquanto revirava os olhos escuros. — Porque é que eu saberia? Eu não fiquei escondida no duto de ar o dia inteiro. Não, não me perguntem, eu não sei de nada. — Tisket von Tasket — disse Dolaidh nos comunicadores, com extrema paciência em sua voz, — você compartilharia conosco a localização do cofre do Barão Sevastyan, para que nossa equipe possa obter o objeto sem chegar a uma conclusão envolvendo violência ou encarceramento? — Tecnicamente, Ranveig já se envolveu em violência — disse Maarika. — Violência excessiva — continuou Dolaidh. — Oh, claro, evitando a violência, como a gente sempre faz — murmurou Tisket em voz baixa. Ela olhou ao redor da sala, examinando detalhadamente cada superfície. A baronesa Varich havia dito algo sobre aquele cofre, mas tinha sido tão baixinho, ou talvez, Tisket se lembrasse de tão pouco. Algo sobre o cofre, algo novo, algo difícil de lembrar, algo aqui perto. — Gib, Dolaidh, vamos para o outro lado deste andar e começar a procurar o cofre lá — disse Maarika. — Ah sim, com certeza, é a coisa certa a se fazer — disse Tisket, começando a andar ansiosa pelo escritório. — É impossível que esteja no lugar exato onde eu acho que ele deveria estar, é óbvio que não está aqui. Ranveig fez uma careta, mas ao invés de concordar com Maarika, guardou seu machado de volta ao coldre na cintura e começou a procurar pela sala. — Minha senhora, Tisket parece ter alguma razão. Algo parece fora do lugar. 18 Title of the Book — Eu disse isso? Eu não falei nada — disse Tisket. Ela colocou as mãos na parede em frente à mesa do barão, na parede oposta ao duto por onde entrou, e começou a movê-las ao longo da pintura texturizada, seu rosto astuto cheio de concentração. A parede começou a oscilar sob suas mãos, então uma porta de vidro e mogno apareceu. Tisket abriu a porta, e os três olharam para dentro. A sala parecia um banheiro executivo, com pisos de mármore e bancadas, luxuosa mas não ostentosa. Maarika franziu a testa e apertou o fone de ouvido com a palma da mão. — É apenas um banheiro — disse ela frustrada. — Meu pai possui um igual a este em seu escritório. — Lady Maarika, eu não acredito que, no entanto, o banheiro de seu pai tenha este sus- peito painel elétrico dentro de um armário — disse Ranveig, apontando para outra porta, na extremidade oposta do banheiro. Mesmo olhando diretamente para ela, Tisket ainda tinha dificuldades em realmente ver a porta. — Vocês encontraram o cofre? — Gibraltar perguntou através de seus comunicadores — Espero que sim. Os sensores de movimento que colocamos nos dois andares de baixo simplesmente enlouqueceram. Eu acho que vocês estão prestes a ter companhia. — Minha senhora, você e Tisket cuidam do cofre, eu avalio a situação e me encarrego da segurança — disse Ranveig, já destravando seu machado e levantando-o com um dos poderosos braços. Suas longas trancas bateram contra as costas enquanto corria para a porta do escritório do barão. — Ranveig, mantenha-nos informados sobre os números. Gib, monitore esses sensores de movimento. Se tivermos movimento em outro andar, você me avisa — Dolaidh gritou em seus ouvidos. — Maarika, Tisket, entrem nesse cofre. Estamos chegando ao limite de nossa janela de tempo aqui Maarika pressionou a mão sobre a segunda porta. Ela imediatamente deslizou pela parede, revelando uma parede prateada e fosca por detrás dela, com um grande painel elétrico contendo um teclado, o que parecia ser um scanner de digitais, e provavelmente algum tipo de dispositivo para receber o sangue dos filhos primogênitos dos inimigos de Sevastyan. Quando passou cuidadosamente a ponta dos dedos sobre o teclado, o rosto de Maarika se iluminou, uma leve luz prateada brilhou ao seuredor, e Tisket ficou tonta perante sua beleza. No corredor fora do escritório do barão, Ranveig soltou um grito de guerra e sons de batalha começaram a ecoar pela sala. 19Section 1 Enquanto Tisket se recostava contra a parede, Maarika tirou a placa frontal do painel de controle e começou a arrancar fios, cortando-os e unindo- os em várias combinações antes de conectar o grosso pacote de cabos a seu laptop. No corredor, o machado de Ranveig bateu contra o que parecia ser uma armadura com um estalo alto. Tisket ou- viu o som de muitos pés enquanto os vassalos de Sevastyan inundavam o corredor para defender a torre contra os intrusos. — Tenho certeza de que você está indo tão rápido quanto pode — disse Tisket já recuperada para Maarika, que digitava um código branco fu- riosamente em uma tela negra — Não há qualquer razão para ir mais rápido, quando obviamente está fazendo tudo o que pode. — Isso é o mais rápido que consigo. Não é igual nos filmes — disse Maarika. — Tenho certeza que fazer algo mais colorido não ajudaria — disse Tisket. Maarika torceu o nariz em uma expressão frustrada. — A beleza não vai fazer ficar mais rápido, Tisk. — Okay, certo. No salão, Ranveig gritou: “Pela honra da minha senhora Maarika, você não deve violar esse limiar, seus pusilânimes lacaios de Varich! “ — Uai — disse Tisket, de forma tola — Ela está tendo tempo para ler o dicionário. A luta deve estar indo muito bem. — Ranveig disse pusilânime? — Gibraltar perguntou no comunicador. 20 Title of the Book — Sim, Gib — Maarika suspirou, digitando mais rápido. — Nunca é um bom sinal quando ela começa a ficar erudita — disse Gibraltar. — Estamos a 10 minutos e contando, Maarika— disse Dolaidh. — Eu sei, eu sei — disse Maarika — Eu estou indo tão rápido quanto eu... Beleza! Estou dentro! A porta do cofre soltou um silvo e depois deslizou pela parede enquanto jatos de fumaça saíam do espaço recém-aberto. Maarika e Tisket ficaram à frente da entrada, olhando através da neblina. Elas podiam ver a parte superior dos armários e arquivos. — Alerta de segurança — uma voz suave disse — Por favor, identifiquem-se. — Isso é o sistema de segurança? — Gibraltar perguntou — Eu achei que você tivesse hackeado ele. — Eu fiz isso. Este é um… sistema de segurança secundário, eu suponho — disse Maarika. À medida que a neblina se dissipou, Maarika e Tisket encontraram-se frente a frente com um enorme gato dourado e alado. Estava sentado com suas enormes patas dianteiras esten- didas, uma cruzada sobre a outra. O corpo do gato possuía a cabeça de uma mulher de fulva, com grandes olhos dourados e cabelos espessos trançados ao lado do rosto. — É uma esfinge — disse Maarika. — Bem, hackeia ela! — disse Gibraltar — Estamos ficando sem tempo. — Mas é uma esfinge — disse Maarika — Eu não posso hackear uma esfinge! — Iniciando sequência de enigmas — disse a esfinge, piscando lentamente os olhos. — Nossa! Tudo está uma beleza, tudo está tão bem — disse Tisket. A esfinge desdobrou as patas e falou: — Quanto mais os dá, mais você os deixa para trás. O que são? — Esta não é minha especialidade — disse Maarika. — Uh, sopros? Não. Tempo? Mais botas ecoaram pelo corredor, e o belo rosto de Maarika se iluminou. — Passos! — Código de segurança um aceito — disse a esfinge — O que desaparece no momento em que você diz seu nome? — O silêncio! — Maarika respondeu imediatamente. A esfinge ergueu uma pata e a dobrou para mostrar brevemente suas garras. — Um homem salta de uma ponte. De que cor é a ponte? 21Section 1 — O quê? — perguntou Maarika — Que tipo de enigma é esse? — Seis minutos — disse Dolaidh. Do lado de fora, Ranveig soltou um rugido de dor e raiva. — Ranveig? — Disse Maarika, afastando-se da esfinge e puxando o microfone do fone de ouvido, para frente da boca. — Código incorreto — disse a esfinge — Um homem salta de uma ponte. De que cor é a ponte? — Dolaidh! Não temos tempo para isso —gritou Maarika para o microfone - Precisamos ajudar Ranveig e sair daqui. — Não! — Respondeu Dolaidh, com raiva — Nós não vamos sair até o trabalho estar terminado. Este é o acordo. Esse é o juramento que todos nós fizemos, uns aos outros! — Não ao preço de nossas vidas — disse Maarika. — Um homem salta de uma ponte. De que cor é a ponte? — Repetiu a esfinge. — Da mesma cor que era antes dele pular! — Tisket respondeu para a esfinge. A esfinge sorriu. — Código final aceito. Dizendo isso, a quimera dourada saiu da frente da entrada do cofre, deitando-se como uma bola de pelos em um dos cantos da sala e fechando os olhos. Maarika e Tisket entraram no cofre, puxando os arquivos abertos e abrindo as caixas- arquivo em busca do que queriam. Depois de alguns momentos, um pequeno estojo branco saltou de dentro de uma caixa-arquivo. Maarika o pegou e leu o rótulo escrito a mão: Xelim de Carvalho - Colônia da Baía de Massachusetts - 1652. — Nós o pegamos — disse Maarika. — Então, saiam daí — disse Dolaidh —Peguem Ranveig e saiam. Estaremos na frente, esperando vocês. Antes que Maarika e Tisket pudessem sair do cofre, o estojo começou a vibrar. Maarika olhou para Tisket assustada. Tisket arrancou a caixa das mãos de Maarika e o abriu. Dentro, em vez do xelim que Dolaidh as enviou para pegar, Tisket encontrou um telefone fino, vibrando e piscando com uma ligação. Ela colocou o telefone na orelha. — Quem é? — Disse Tisket ao telefone. — Zdravstvuyte — disse a voz do barão Sevastyan —Coloque o telefone na outra orelha. Desejo que seu chefe me ouça. 22 Title of the Book — Eu estou na lista de bloqueados — disse Tisket, mudando o telefone para a outra orelha. — Dolaidh, você pode me ouvir? — Sevastyan perguntou. — Eu posso te ouvir — disse Dolaidh. — Estou tentando rastrear a chamada, Tisket, apenas mantenha-o falando — murmurou Gibraltar — Se eu conseguir usar o programa de Maarika para triangular o sinal... — Dolaidh pede desculpas, mas não fala com canalhas — disse Tisket ao telefone. — Oh, inteligente, muito inteligente — disse Sevastyan — Você deve ser a pooka. Encan- tadora. Agora, Dolaidh, eu preciso que você ouça com muita atenção. Você está ouvindo? Dolaidh pareceu tímido quando respondeu. — Diga-lhe que estou ouvindo. — Mantenha-o falando, Tisk. Apenas continue falando — disse Gibraltar. — Eu quase o peguei. — Ele respondeu: “Eca, como queira” — disse Tisket. Sevastyan gargalhou. Era desagradável e fez Tisket se arrepiar. — Dolaidh, Dolaidh, Dol- aidh — disse ele, com um tom de desaprovação — Eu sabia que você estava vindo atrás da moeda. Tenho observado seu grupo desde o incidente no Instituto de Arte em São Francisco há dois anos. Eu assisti a todos os vídeos da segurança. Até tive o prazer de assistir aquele pequeno trabalho no antiquário em Bangor ao vivo através das câmeras de vigilância. Foi um excelente trabalho lá. Ranveig gritou de novo, seguido imediatamente por uma sequência rápida de barulhos de golpes e colisões. Maarika ainda estava dentro do cofre, observando o telefone nas mãos de Tisket com um olhar crescente de horror. Tisket sentiu um estranho arrepio elétrico, então a porta do cofre começou a se fechar. Ela jogou seu corpo pulando para fora, afastando-se da porta e entrando no banheiro, deixando o telefone cair no chão. Quando o telefone bateu no mármore, o viva voz ligou, e a voz de Sevastyan encheu a sala. — Aconteceu tudo como eu havia previsto, meu clurichaun znakomyj ganancioso — disse o barão. — Eu descobri o que você queria, como você agia e preparei esta cena apenas para prender sua mixórdia aqui. Zhanna trabalhou muito no cofre. Você não deveria ter levado meu Dólar de 1800 com o Busto Drapeado, Dolaidh. Eu gostava muito daquela moeda. Eu a ganhei no Preakness Stakes faz muitos anos. Além disso, o busto no anverso se parece muito com minha irmã, e eu tenho um grande carinho pela minha irmã. 23Section 1 — Diga-lhe que devolveremos a moeda — Gibraltar disse na orelha de Tisket, suas pala- vras cortadas pelo grito imediato de Dolaidh. “Não!“ — Neste exato momento, Dama Amici e meus vassalos colocaram sua troll no elevador. Você pode ter sua pooka de volta, também, mas minha irmã e eu acreditamos que devemos ficar com a Eiluned como uma compensação. Do svidaniya. Os gritos simultâneos de Tisket e Gibraltar não obtiveram uma resposta. A tela do telefone estava escura, a chamada havia terminado. Tisket frustrada pisou nele, pisoteando o telefone repetidamente até os fragmentos de vidro parecer purpurina sobre o chão de mármore. — Tisk, saia daí— disse Gibraltar — Pegue o elevador com Ranveig. Eu vou encontrá-las no saguão. Vamos resolver isso. Apenas mexa-se, Tisket. Você tem que sair daí. — Isto é exatamente o que eu queria fazer da minha vida! — Disse Tisket com raiva. Ela enxugou as lágrimas nos olhos com a parte de trás de uma das mãos, depois se transformou em arminho, atravessando os corpos caídos no corredor até o elevador. Ela saltou para apertar o botão com as patas da frente e então pulou dentro do elevador assim que abriu, repetindo o mesmo movimento com o botão térreo. Ranveig estava caída contra a parede do elevador, sangrando e ferida. Tisket transformou-se de volta para seu aspecto mortal, e pressionou dois dedos contra o pescoço de Ranveig para confirmar que ela ainda tinha pulso, enquanto Gibraltar continuava suas instruções frenéticas nos ouvidos de Tisket. — Qual é a sua próxima grande ideia, Dolaidh? Exigiu Tisket enquanto o elevador rapi- damente descia para o térreo —Eu tenho certeza que você tem um plano brilhante para tirar Maarika disso. Você sempre tem planos tão brilhantes. — Eu vou pensar em um, Tisket. Eu juro para você, vou arrumar um jeito. Quando as portas do elevador se abriram Gibraltar já estava esperando para ajudar Tisket a arrastar Ranveig para fora do elevador em direção a saída. Tisket olhou para Gibraltar sob os ombros caídos de Ranveig. Ela apertou os dentes e ajudou a erguer Ranveig. — Eu acredito em você, Dolaidh — disse Tisket — Boto toda a fé do mundo em você. 25INTRODUÇÃO INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO E agora, meus encantos estão todos esgotados E eu só tenho minha própria força, Tão escassa. E agora, na verdade Por você eu fi carei confi nado aqui — William Shakespeare, A Tempestade Todo mundo sonha. Todos olham para o mundo e acreditam que poderia ser melhor. Você já assistiu aos telejornais e desejou que os policiais safados não fossem tão intocáveis, ou já imaginou estar cavalgando um grifo em uma batalha para salvar seu amor, ao invés de estar fazendo alguma coisa chata no seu trabalho, todo mundo imagina um mundo melhor. Mudar o mundo começa com sonhos, com a ima- ginação de algo melhor, algo a mais. Imaginar algo que não é tão miserável quanto o que realmente existe, ou imaginar algo incrível, totalmente separado da realidade, alegra o coração e torna o mundo um pouco melhor, mesmo que apenas por um momento. O mundo tenta esmagar estes sonhos e substituí-los por uma realidade chata e banal. Alguém que sonha “muito grande”, como se houvessem tais maravilhas, sempre ouve que precisa se concentrar no que é real, e não em suas fantasias. No entanto, é muito perigoso sonhar tão pouco. O mundo não é apenas um pântano cinzento de escuridão e miséria, existe esperança e amor e todas as outras coisas de que os sonhos são feitos. É só uma questão de como encontrá-las. Isso é Changeling: O Sonhar O QUE É ESTE LIVRO Changeling: O Sonhar trata de aventura, roman- ce, descoberta, sonhos e imaginação. Trata também do mundo cético que esmaga tudo o que é bom por causa da banalidade desalmada e uniforme. É um jogo sobre o choque destes conceitos. Hoje, as apostas são na vitória da banalidade. O segredo sobre a inspiração e a banalidade é que ambas podem tomar qualquer forma, mesmo formas iguais para pessoas diferentes. Uma pessoa pode olhar para uma subcultura, um movimento político ou algum aspecto da cultura popular, e se sentir atraída e apaixonada. Outra poderia olhar para essas coisas e se sentir completamente enojada, incomodada pela simples exposição a elas. Não é que ela não entendeu, mas sim que ela entendeu e odiou. CHANGELING: O SONHAR26 No mundo moderno, é mais fácil ver este tipo de cinismo do que a admiração por qualquer coisa. Não importa de onde alguém extraia sua inspiração, sempre vai haver alguém no mundo, ou uma voz sem nome na multidão, a lhe dizer o quão chata, insípida e pedante ela é. O mundo destrói os sonhos e busca torná-los mundanos. Changeling: O Sonhar é um jogo de RPG que se joga usando o livro que você está lendo agora, um monte de dados de 10 lados (que podem ser comprados em lojas de jogos ou pela internet de forma barata - é melhor que cada jogador tenha um conjunto de 10 ou mais dados, mas você também pode jogar com menos), e alguns amigos (coletivamente chamados de trupe). Juntos, usando as regras e os conceitos deste livro, vocês criarão personagens para uma crô- nica de Changeling, um conto global que todo grupo experimenta. Um jogador tem um papel especial - ele será o Narrador. O Narrador projeta a crônica, na qual os outros jogadores participam e progridem com sua ajuda, usando seus personagens. O Narrador descreve cenas e interpreta personagens de apoio, e os jogadores descrevem como seus personagens reagem a esses eventos. O Nar- rador reage a isso, e assim sucessivamente. Todos os jogos têm regras e Changeling não é exceção. As regras neste jogo ajudam a determinar se as ações são bem-sucedidas ou não, e dão ao Narrador e a seus jogadores um contexto e um sistema sólido para jogar suas crônicas. Quando ocorre um momento particularmente dramático, ou apenas um elemento emocionante envolvendo a sorte, os jogadores e o Narrador rolam dados usando as regras deste livro para determinar seu resultado. Claro, talvez você já soubesse tudo isso. O nome deste jogo não é apenas Changeling: O Sonhar é Changeling: O Sonhar Edição do 20º Aniversário. Este jogo é uma carta de amor para todos que já jogaram Changeling nos últimos 20 anos e para aqueles que vão jogá-lo daqui para a frente, é tanto uma peça nostálgica quanto um novo jogo. Antes de entrarmos mais a fundo, pode ser interessante falar de onde Changeling veio, para sabermos para onde está indo. DIÁRIO DE SONHOS: A HISTÓRIA DO JOGO Em 1995, Changeling: O Sonhar foi publicado. Ele foi um duro golpe nos cenários sombrios de seus predecessores Vampiro: A Máscara, Lobisomem: O Apocalipse, Mago: A Ascensão e Aparição: O Esquecimento, pelo menos à primeira vista. Chan- geling era um jogo de fantasia moderna sobre almas feéricas em corpos humanos que tentavam manter o mundo mágico e cheio de sonhos, ao participar de aventuras explorando-o… porque se eles falhassem, a realidade chata e rotineira do Mundo das Trevas iria desfazê-los, e a humanidade poderia perder a capacidade de sonhar para sempre. O aparente confl ito no tom e os novos conceitos, como o sistema de cartas colecionáveis para o uso de magia, não agradou a todos e, no entanto, o jogo fi nalmente encontrou fãs sufi cientes para ganhar uma segunda edição. A segunda edição de Changeling descartou algumas das regras mais estranhas de seu antecessor e tapou buracos no cenário e na meta-trama, gerando um jogo mais alinhado com outros do Mundo das Trevas na época. Infelizmente, apesar da sua forte base de fãs, a linha foi movida para um selo editorial menor em 1999, sendo depois cancelada em 2001. Teve um spinoff em 2004 com Idade das Trevas: Feés, mas apenas um livro foi lançado antes que o clássico Mundo das Trevas, e Changeling assim como ele, terminassem no livro Hora do Juízo. Porém os melhores sonhos nunca morrem e aqui estamos em 2017 com uma nova edição de Changeling: O Sonhar, pegando o melhor de cada edição e ajustando para que se adapte a todas as evoluções que foram feitas no design dos jogos durante estes anos. Embora este jogo seja em parte uma celebração de Changeling, e um fan-service para todos os jogadores dedicados
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