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117
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Unidade III
7 EXAME DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
7.1 SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema cardiovascular, também conhecido como sistema circulatório, é responsável por bombear 
o sangue arterial (rico em oxigênio) proveniente dos pulmões para todo o corpo e direcionar o sangue 
venoso (desoxigenado) até o coração. Esse ciclo se refaz para garantir o bom funcionamento da circulação 
arterial e venosa.
O sistema circulatório é composto por coração e vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e as suas 
funções são: transportar os gases resultantes da respiração e necessários para a respiração celular; transportar 
nutrientes e substâncias resultantes do metabolismo; transportar elementos do sistema imunitário. 
 Observação
O funcionamento adequado do sistema circulatório depende do sistema 
respiratório; logo, é fundamental o entendimento de tal interação.
• Coração: órgão muscular oco, localizado na parte central da caixa torácica, que mede 
aproximadamente 12 centímetros de comprimento e 9 centímetros de largura, com peso médio 
250 a 300 gramas no adulto. É formado por um músculo extremamente resistente, o miocárdio, 
e sua parte interna dividida em quatro câmaras cardíacas, sendo dois átrios e dois ventrículos. 
Entre cada átrio e ventrículo existem as válvulas (válvulas atrioventricular direita e esquerda), que 
impedem o refluxo do sangue de uma câmara para a outra.
• Artérias: os vasos sanguíneos carregam o sangue a partir dos ventrículos do coração para todas 
as partes corpo, e durante esse trajeto as artérias vão ramificando e seus calibres se tornam cada 
vez mais finos à medida que vão adentrando nos órgãos.
• Veias: vasos sanguíneos lisos, com paredes menos resistentes, cuja finalidade é levar o sangue de 
volta ao coração. Essas estruturas possuem válvulas que impedem o retorno do sangue, evitando 
que a circulação seja interrompida ou obstruída.
7.1.1 Exame periférico 
No exame físico da circulação periférica, é possível avaliar, inspecionar e palpar os tecidos periféricos 
e, com exames complementares (laboratoriais/imagem), analisar a integridade dos vasos sanguíneos. A 
seguir é descrito o procedimento:
118
Unidade III
Inspeção
A inspeção se dá pela comparação dos membros que estão sendo avaliados. Deve-se observar a 
presença de anormalidades na pele, assimetrias, alterações no tecido subcutâneo, camada muscular e 
coloração dos membros superiores e membros inferiores bilateralmente. 
Palpação 
• Temperatura: palpar cuidadosamente as extremidades das mãos e dos pés bilateralmente. 
Alterações da temperatura nessas extremidades podem indicar distúrbios circulatórios.
• Edema: pressionar a região dos membros inferiores por cerca de 10 segundos e perceber se há: 
a presença de edema com cacifo, bem característico de sobrecarga de volume na circulação, por 
conta da retenção de líquidos; ou presença de edema sem cacifo, que se dá em casos de obstrução 
venosa local. 
• Avaliação da elasticidade da pele: pinçar com o polegar e o indicador uma prega da pele, 
incluindo o tecido subcutâneo. Em situações de normalidade a prega se desfaz rapidamente, mas 
se desfazer lentamente indica sinal de desidratação.
• Enchimento capilar: comprimir a pele em uma área suspeita de acometimento vascular e, ao 
retirar a compressão, contar o tempo que a pele leva para recuperar a coloração normal. Esse 
retorno deve ocorrer em até 5 segundos.
Palpação das artérias 
• Artéria carótida comum: palpar a artéria carótida comum na região anterior do músculo 
esternocleidomastóideo e pressionar na direção caudal. Realizar o procedimento bilateralmente 
para comparar frequência, ritmo, amplitude e regularidade dos pulsos. 
• Artéria subclávia: é palpável acima do terço médio da clavícula, com o examinador posicionado 
anteriormente ou posteriormente ao paciente/voluntário.
• Artéria axilar: palpar o vértice da região axilar, com o ombro em abdução 90°. O pulso pode ser 
avaliado com os dedos no cavado axilar.
• Artéria braquial: é palpada na direção da superfície medial do terço médio do braço entre o 
compartimento muscular anterior e posterior.
• Artéria radial: é palpada no terço distal do antebraço anteriormente entre os tendões do músculo 
abdutor (lateralmente) longo do polegar e do músculo flexor ulnar do carpo (medialmente).
• Artéria ulnar: é palpada no terço distal do antebraço anteriormente na altura do processo 
estiloide ulnar.
119
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Artéria femoral: palpar ao nível do trígono femoral no ponto médio entre a sínfise púbica e a 
espinha ilíaca ântero-superior.
• Artéria tibial posterior: palpar posteriormente ao maléolo medial.
7.1.2 Pressão arterial 
A mensuração dos níveis de pressão arterial (PA) é realizada por um método indireto com técnica 
auscultatória, muito confiável e utilizada na prática clínica no dia a dia para aferição da PA. Ela é 
resultante do funcionamento da bomba cardíaca ventricular esquerda bem como da resistência vascular 
periférica. É descrita como pressão arterial sistólica (PAS), que reflete a pressão arterial máxima de 
sangue durante a sístole ventricular e de pressão arterial diastólica (PAD), que reflete a pressão arterial 
mínima durante a diástole ventricular (enchimento dos ventrículos).
Alguns dispositivos são necessários para que o procedimento técnico e manual seja realizado de 
maneira correta, entre eles o esfigmomanômetro e o estetoscópio, equipamentos essenciais e utilizáveis 
para o manejo adequado dos níveis de PA.
Durante a mensuração da PA, um manguito, é aplicado e insuflado na parte superior do braço. Essa 
insuflação deve ser o suficiente para assegurar que a artéria braquial seja completamente ocluída e, em 
sequência, o diafragma do estetoscópio é colocado sobre a artéria braquial na altura da fossa cubital. Nesse 
ponto, ainda não devem ser auscultados ruídos durante a ausculta. Em seguida, a pressão do manguito 
deve ser reduzida gradualmente por meio de uma válvula de controle em que a pressão na artéria esteja 
apenas acima da pressão do manguito. Em seguida, uma pequena quantidade de sangue pode passar 
através do antebraço durante a sístole, caracterizando os ruídos pulsantes. 
Durante a desinsuflação do manguito diversos ruídos podem ser auscultados, os denominados sons 
de Korotkoff, determinantes e audíveis na PAS e na PAD, que são representativos das oscilações na 
parede arterial durante o impulso do sangue no ciclo cardíaco. Os respectivos sons de Korotkoff são 
compostos por fases: 
• Fase 1: os ruídos se assemelham a batimentos que começam gradualmente e aumentam de 
intensidade. Esses ruídos surgem como resultado das paredes dos vasos batendo umas contra 
as outras durante a diástole. O início dos ruídos dessa fase é equivalente à pressão máxima na 
artéria, ou seja, a pressão sanguínea sistólica.
• Fase 2: os ruídos se tornam mais suaves e longos, sendo considerados como um som agudo 
devido à turbulência do fluxo sanguíneo.
• Fase 3: os ruídos ficam mais claros e se tornam novamente firmes e altos.
• Fase 4: os ruídos vão gradualmente silenciando, pois a pressão na artéria braquial tornou-se tão 
baixa que as paredes da artéria não se tocam mais durante a diástole.
120
Unidade III
• Fase 5: os ruídos desaparecem logo que a artéria é menos comprimida do que a pressão mínima 
(diastólica) no vaso sanguíneo, caracterizado como fase de silêncio.
7.2 Frequência cardíaca 
A frequência cardíaca (FC) é descrita pelo número de contrações que o coração realiza por 
minuto, os batimentos cardíacos, que podem ser contados manualmente em qualquer lugar do 
corpo em que haja pulsação arterial, sendo as artérias radial e a carotídea as mais utilizadas para 
o manejo desse procedimento.
7.2.1 Medição no pulso radial 
Utilizar um cronômetro para monitorar os segundos/minutos durante a contagem da frequência 
radial e seguir os respectivos passos:
• Palpar a artéria radial e procurar sentir o pulso.
• Evitar usar o polegar, pois ele possui seu próprio pulso.• Contar o pulso radial durante 60 segundos (1 minuto completo).
• Durante a contagem, observar a frequência de pulso que pode estar mais forte ou filiforme 
(fraca/anormal).
• Após 60 segundos, anotar frequência, data, hora e ritmo da pulsação do membro onde foi avaliado. 
7.2.2 Medição no pulso carotídeo 
Utilizar um cronômetro para monitorar os segundos/minutos durante a contagem do pulso carotídeo:
• Com os dedos médios e indicador, palpar a artéria carotídea de um dos lados do pescoço.
• Contar o pulso carotídeo durante 60 segundos (1 minuto completo).
• Durante a contagem, observar a frequência de pulso, que pode estar mais forte ou filiforme 
(fraca/anormal).
• Após 60 segundos, anotar frequência, data, hora e ritmo do pulso. 
7.3 Aspectos gerais
7.3.1 Teste ergométrico
O teste ergométrico é considerado um teste de esforço, como se denota pela própria etimologia da 
palavra, do grego ergon, trabalho, e metron, medida.
121
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
O teste consiste basicamente na realização de um protocolo de esforço que pode ocorrer na esteira 
rolante ou na bicicleta ergométrica, por exemplo, onde o paciente é monitorado o tempo todo. 
Durante a realização do teste, são avaliados elementos como pressão arterial, frequência cardíaca e 
eletrocardiograma. Além disso, é utilizada uma escala de esforço chamada de escala de Borg, baseada 
na resposta que o paciente fornece ao questionamento sobre seu estado de fadiga, sendo:
6, 7 e 8 
Muito fácil
9 e 10
Fácil
19 e 20
Exaustivo
11 e 12
Relativamente fácil
17 e 18
Muito cansativo
13 e 14
Ligeiramente 
cansativo
15 e 16
Cansativo
Figura 46 – Valores e relações da escala de Borg
A escala pode ainda ser baseada em uma modificação que facilita a resposta do paciente, como a 
figura a seguir.
 0 Nenhuma
0,5 Muito, muito leve
 1 Muito leve
 2 Leve
 3 Moderada
 4 Pouco intensa
 5 Intensa
 6 
 7 Muito intensa
 8 
 9 Muito, muito intensa
10 Máxima
Figura 47 – Escala de Borg modificada
A primeira escala consiste em uma aproximação com os batimentos cardíacos esperados durante a 
atividade física, em que 6 representa o repouso em 60 bpm e 20, o esforço máximo em 200 bpm.
Para que o teste ocorra de forma segura, é preciso seguir alguns protocolos, como:
• Procedimentos pré-teste:
— Anamnese.
— Exame físico.
122
Unidade III
— Preparo da pele. 
— Aplicação dos eletrodos.
— Escolha do aparelho e do protocolo.
• Procedimento durante o teste:
— Adaptação do indivíduo ao ergômetro.
— Observação contínua do traçado ECG.
— Anotações da FC e PA.
— Interrupção do teste/Parada do ergômetro.
• Procedimento pós-teste:
— Parada gradual.
— Sinais e sintomas.
— Registros da FC e PA.
— Liberação do indivíduo.
Ao analisar o ECG, é preciso entender alguns aspectos quanto ao traçado:
Duração
(fração de um segundo)
Amplitude
(milivolts)
Figura 48 – Aspectos do traçado do ECG: duração, medida em fração de segundos; amplitude, medida em milivolts (mV)
Para a interpretação do teste, os resultados devem ser comparados ao padrão para a idade e a 
condição do paciente, em que a interpretação do eletrocardiograma é fundamental, sendo:
• Onda P: inicia com a primeira deflexão ascendente a partir da linha de base e termina com o 
retorno à linha de base. A medida normal da onda P é menor do que 0,11 segundos em extensão 
ou não passa de três quadrados.
123
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Figura 49 – Onda P notada por uma pequena alteração 
• Onda T: apresenta a onda de repolarização.
Onda T
Figura 50 – Onda T 
• Complexo QRS: o intervalo QRS é a medida da primeira deflexão do complexo QRS a partir da 
linha de base, se negativa ou positiva, para o retorno final do QRS à linha de base. O intervalo QRS 
deve ser menor do que 0,10 segundos ou dois quadrados e meio.
Complexo QRS
Figura 51 – Complexo QRS 
124
Unidade III
• Intervalo PR: é a medida da primeira deflexão ascendente da onda P até a primeira deflexão 
do complexo QRS a partir da linha de base, se negativa (Q) se positiva (R); é o intervalo entre o 
começo da contração atrial até o início da contração ventricular. O intervalo PR normal varia de 
0,12 a 0,20 segundos, ou três a cinco quadrados.
• Intervalo QT: é medido a partir do início do complexo QRS ao final da onda T até a linha de base. 
O intervalo QT dura de 0,30 a 0,44 segundos. 
• Segmento ST: inicia do retorno do QRS à linha de base até a primeira deflexão ascendente ou 
descendente da onda T. Enquanto a duração do segmento ST não contém, geralmente, significado 
clínico, é muito importante no ECG por causa do deslocamento para cima ou para baixo da linha 
de base.
Intervalo QT
Segmento 
ST
Segmento
PROnda P
Onda T
Complexo QRS
Intervalo
QRS
Intervalo PR
Figura 52 – Análise para memorização 
8 AVALIAÇÃO POSTURAL
A postura que adotamos durante o dia sempre foi objeto de muitos estudos e também responsável 
por diferentes condições patológicas no decorrer da vida. Com a evolução da tecnologia, diferentes 
métodos para a avaliação da postura vêm surgindo, facilitando cada vez mais para os profissionais da 
área da saúde realizarem as suas avaliações.
Saber avaliar a postura é fundamental para todos os fisioterapeutas, no entanto, não basta saber 
os métodos clássicos ou tecnológicos, deve-se compreender em sua totalidade o que realmente é a 
postura e quais fatores a influenciam, para que a relação clínica e as avaliações sejam realizadas de 
forma correta.
Para saber quais elementos influenciam a postura, é importante a auto-observação para levantar 
alguns questionamentos:
• Por que nós conseguimos nos manter em pé?
125
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Meu corpo se mantém firme?
• Sinto fadiga ao me manter nesta posição?
• Sinto alguma dor?
• Por quanto tempo consigo me manter assim?
 Observação
Antes de avaliar a postura, é fundamental que seja realizada a anamnese 
para entender os fatores que a influenciam.
Antes de compreender quais são os métodos de avaliação da postura e como eles são realizados, é 
preciso levantar também outras questões:
• O que é postura?
• Quais elementos e sistemas compõem a postura?
• Qual é a função da postura no corpo humano?
• Qual é a função da postura no dia a dia?
• A postura pode se alterar durante a vida?
• Como ocorre o desenvolvimento da postura?
• Existe relação entre a postura e determinadas condições patológicas?
• Existe uma postura adequada?
• Quais são as alterações posturais?
• Quais são as limitações das avaliações estáticas?
• Como é possível realizar a avaliação dinâmica e/ou funcional?
Ao longo da evolução da humanidade, segundo alguns teóricos, a postura se transformou e 
acompanhou evolução do ser humano. De modo similar, podemos relacionar a postura também como 
o desenvolvimento do próprio ser humano, durante as diferentes fases da vida. Compreender cada 
aquisição postural é também de grande valia.
126
Unidade III
 Saiba mais
Para saber mais sobre a postura e sua avaliação em todas as fases da 
vida, leia o artigo a seguir:
BACK, C. M. Z. Fisioterapia na escola: avaliação postural. Fisioterapia Brasil, 
v. 10, n. 2, p. 72-77, 2017. Disponível em: http://portalatlanticaeditora.com.br/
index.php/fisioterapiabrasil/article/view/1505/2615. Acesso em: 6 maio 2020.
Postura é uma palavra de etimologia oriunda do latim, potura.ae, que significa posição, lugar. Logo, 
a postura pode ser entendida como o posicionamento que o corpo humano assume frente ao espaço. 
A postura pode variar, sendo: em pé (posição anatômica); sentada; deitada; em posição de gato 
(quatro apoios); ajoelhada; e posições esportivas, como em katas, em práticas de luta, postura da esgrima 
ou postura no tênis. 
A postura pode ser associada a condições que garantem segurança ao indivíduo, independentemente 
de ser padrão ou não. 
PosturaEnfrentar a gravidade
Sustentar 
longos 
períodos
Evitar 
sobrecargas
Proteção 
articular
Figura 53 – Definições para postura
Assim, fica claro que, durante a avaliação do paciente, é preciso analisar qual postura seráavaliada, 
uma vez que esta pode influenciar em rendimentos de trabalho, prática esportiva ou vida cotidiana.
De todo modo, todos os diferentes tipos de postura, além da sentada ou em pé, acabam por ser 
menos praticada durante o dia a dia. Assim, a primeira linha de estudo é a postura dos indivíduos em pé 
contra a gravidade. Entendemos, assim, que a postura está além da posição em pé.
Podemos definir postura como manter-se em uma posição contra a gravidade, com proteção articular 
e menor gasto energético por um longo período de forma equilibrada.
127
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Embora seja possível permanecer em uma determinada postura de forma voluntária e consciente, 
durante o dia a dia é habitual que a postura seja organizada pelo controle motor, sem que nos 
atentemos aos pequenos detalhes. Assim como a marcha, a postura acaba sendo controlada de forma 
quase automática.
8.1 Sistemas e postura
Muitos são os sistemas que influenciam na postura, como o ósseo, articular, muscular e neural. 
8.1.1 Sistema ósseo
No sistema ósseo, por exemplo, o tecido ósseo é fundamental, já que para toda e qualquer postura 
é necessário um arcabouço de sustentação íntegro. Além disso, durante o desenvolvimento da pessoa, 
desde infância até a vida adulta, diferentes tensões são impostas sobre o sistema ósseo, pincipalmente 
cargas compressivas e de tração, influenciando diretamente no crescimento. 
Segundo a lei de Wolff, o tecido ósseo se remodela frente aos estímulos e linhas de tensões, as cargas 
compressivas favorecem a osteogênese e as cargas de tração favorecem a reabsorção do tecido ósseo. 
É possível que estímulos incorretos influenciem diretamente em um crescimento inadequado, 
podendo ou não alterar a postura final. No caso de uma lesão grave, traumática ou não, o crescimento 
ósseo pode se comprometer e assim afetar a postura final do indivíduo. 
Em uma condição patológica, chamada de epifisiólise, caso o tratamento não seja realizado 
rapidamente, o crescimento final do fêmur e mesmo do acetábulo pode ser comprometido, fazendo 
com que um membro inferior se desenvolva menos que o outro. Em subluxações ou mesmo luxações 
graves na infância, o mesmo comprometimento pode ocorrer.
Outra condição óssea que pode desenvolver comprometimentos para a postura é a má formação 
congênita, que pode, por exemplo, alterar a formação de algumas vértebras, aumentando ou reduzindo 
algumas curvaturas.
A má formação durante o desenvolvimento, principalmente no corpo vertebral, pode também 
influenciar na postura final. Um exemplo dessa alteração é o desenvolvimento da doença de Scheuermann, 
também conhecida como a cifose do adolescente, uma necrose avascular do núcleo de crescimento da 
região anterior do corpo da vértebra, resultando em um dorso curvo juvenil, osteoartrite juvenil, dorso 
arredondado e proeminência abdominal, alterando as demais curvaturas.
Sendo assim, a avaliação postural e a percepção topográfica dos acidentes ósseos, assim como a 
utilização de diagnósticos por imagem, devem certamente ser um complemento. 
São ainda funções do sistema ósseo a maturação de células sanguíneas, a regulação de íons de cálcio 
e a proteção dos órgãos vitais (crânio e caixa torácica). 
128
Unidade III
8.1.2 Sistema articular
A articulação é a junção de dois ou mais ossos, que permite ou não a movimentação. Funcionalmente, 
as articulações dividem-se em: sinartrose, anfiartrose e diartrose. 
Segundo o tecido, as articulações dividem-se em: fibrosa, fibrocartilaginosa e sinovial. As articulações 
que mais podem influenciar na alteração postural são as fibrocartilaginosas (disco intervertebral) e 
as sinoviais (membros superiores, inferiores, entre outras). A superfície óssea articular é a principal 
estrutura articular que permite os diferentes graus de liberdade de movimento em articulações sinoviais. 
É preciso que as articulações estejam com um alinhamento padrão e consideradas dentro da margem 
de normalidade para que seja possível manter uma postura adequada. Alterações patológicas, como 
uma osteoartrose de joelho unilateral, são capaz, de degenerar a articulação, causando deformações 
que influenciam diretamente na postura. 
Ligamento 
cruzado posterior
Côndilo lateral 
do fêmur
Ligamento 
cruzado 
anterior
Ligamento 
colateral 
fibular
Menisco lateral
Côndilo lateral 
da tíbia
Cabeça 
da fíbula
Côndilo medial 
do fêmur
Ligamento 
colateral tibial
Menisco medial
Côndilo medial 
da tíbia
Ligamento transverso 
do joelho
Tuberosidade 
da tíbia
Figura 54 – Estruturas e alinhamento do joelho
As alterações articulares podem ser congênitas ou mesmo adquiridas. A escoliose, por exemplo, é das 
patologias que afetam a articulação intervertebral e altera drasticamente a coluna vertebral.
8.1.3 Sistema muscular
Os músculos complementam o sistema ósseo e articular, gerando o movimento. Durante o 
desenvolvimento, e mesmo durante o dia a dia, é possível que algumas alterações por retração muscular 
possam alterar de forma drástica a postura, mesmo sem alteração estrutural. 
Um grande exemplo disso é a postura escoliótica, que em uma análise visual demonstra as mesmas 
alterações da escoliose, porém sem nenhum comprometimento vertebral e costal subsequente, ou seja, 
não existe alteração disfuncional articular.
129
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
A contração inadequada de um músculo ou grupo muscular a longo prazo, seja por condição 
patológica central ou não, pode alterar a estrutura articular, gerando deformidades, assim como na 
escoliose por condição neurológica (sendo um fator complementar, e não único).
O corpo humano necessita de um adequado equilíbrio biomecânico, no qual a contração muscular 
possui proporção entre: agonistas e antagonistas; estabilizadores; fixadores; grupos anteriores e 
posteriores; e grupos latero-laterais. Quando o equilíbrio é perdido, ocorre um comprometimento que 
pode alterar a postura de forma estática ou dinâmica.
As alterações musculares, quando não por comprometimento neurológico grave, são condições mais 
fáceis de serem identificadas e tratadas. 
M. subescapular
M. coracobraquial
M. redondo maior
M. latíssimo 
do dorso
M. peitoral 
maior
M. bíceps 
braquial
M. deltoide
M. bíceps 
braquial
Cabeça longa
Cabeça curta
Figura 55 – Grupos musculares e topografia postural
 Saiba mais
Para saber mais sobre a relação entre a ativação muscular e a alteração 
postural, leia o artigo a seguir:
YI, L. C.; GUEDES, Z. C. F.; VIEIRA, M. M. Relação da postura corporal 
com a disfunção da articulação temporomandibular: hiperatividade dos 
músculos da mastigação. Fisioterapia Brasil, v. 4, n. 5, 2019. Disponível em: 
http://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/
viewFile/3048/4835. Acesso em: 7 maio 2020.
8.1.4 Sistema neural
É provável que o maior dos vilões para as condições de alteração postural seja o sistema neural. 
Toda e qualquer contração que ocorra no corpo humano é oriunda de um desejo voluntário ou não 
do sistema nervoso central que viaja por impulso elétrico até o sistema nervoso periférico e alcança a 
junção neuromuscular.
130
Unidade III
Para que ocorra a contração muscular, deve ocorrer o seguinte procedimento:
• Desejo da contração.
• Organização encefálica da contração.
• Início do potencial elétrico nos motoneurônios primários.
• Potencial de ação viaja pelos motoneurônios.
• Potencial de ação chega à junção neuromuscular.
• Botão pré-sináptico.
• Liberação de acetilcolina.
• Acetilcolina é recebida pelos receptores acetilcolinérgicos.
• Abertura dos canais de sódio e potássio.
• Início da despolarização.
• Potencial de ação gerado.
• Potencial de ação se propaga até o retículo endoplasmático.
• Liberação de cálcio pelo retículo.
• Cálcio chega ao complexo troponina-tropomiosina.
• Complexo é movido e expõe o sítio de ligação entre a actina e a miosina.
• Actina e miosina se ligam.
• Encurtamento do sarcômero.
• Chegada do ATP.
• Hidrólise do ATP em ADP + P orgânico.
• Liberação daactina e miosina.
• Período refratário absoluto (não é possível outra despolarização).
131
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Período refratário relativo (impulsos elevados podem levar à despolarização).
• Hiperpolarização.
• Repolarização. 
Sendo o sistema neural o responsável por orientar a ação muscular e o músculo capaz de alterar o 
posicionamento e as cargas articulares e ósseas, ele pode promover graves e drásticas alterações posturais.
É importante notar que a grande maioria dos tecidos do corpo humano é constantemente moldada 
pelas linhas de tensão impostas sobre eles. O colágeno tem a função de fornecer flexibilidade de 
resistência a cargas mecânicas de tração, enquanto o cálcio, por outro lado, fornece ao tecido ósseo 
rigidez e capacidade de resistir a cargas mecânicas compressivas.
Neste contexto se baseia a lei de Wolff, quando é entendido que um determinado tecido ósseo 
pode se modelar frente às tensões impostas sobre eles. Dessa forma, durante o desenvolvimento 
humano, tensões impostas de forma inadequada podem gerar prejuízos futuros. Portanto, a partir 
da fisioterapia, a realização de tensões corretas pode, a longo prazo, auxiliar no retorno ao estado de 
normalidade e na recuperação.
Imagine que um fêmur que não exerce tensão contra o acetábulo durante a infância pode prejudicar 
o desenvolvimento de uma fossa profunda, por exemplo. Conclui-se, portanto, que a postura é uma 
grande interação entre os elementos e os sistemas do corpo humano. Mesmo que um desses elementos 
possa ser mais grave, todos eles estão relacionados entre si de forma indireta e devem receber atenção 
durante o tratamento e a avaliação.
8.2 Função da postura
Movimentar-se é viver e, por muito tempo, foi o motivo pelo qual a espécie humana pôde sobreviver, 
pois era preciso se movimentar para comer, caçar, fugir, atravessar grandes distâncias e migrar de um lugar 
para outro. Subir em árvores era quase obrigatório para obter alimentos, assim como nadar e pescar.
Para que seus objetivos fossem alcançados, o ser humano deveria poder andar, saltar, nadar e escalar. 
Todas essas ações foram e ainda são possíveis graças a posturas que nos permitam enfrentar a gravidade de 
forma única e organizada, ou seja, é preciso estar em pé, ereto e estável para realizar tais tarefas. A postura 
permite que o ser humano desenvolva tarefas livremente com os membros superiores e/ou inferiores.
Hoje, a vida cotidiana é muito diferente daquela de séculos atrás. Passamos cada vez menos tempo 
em pé e executamos mais tarefas sentados, mesmo do ponto de vista profissional. Grande parte dos 
deslocamentos ocorrem por meio de veículos, então a postura sentada é a mais comum de se ver. 
Desde o desenvolvimento na fase embrionária até o processo de envelhecimento, a postura 
sofre diferentes alterações e adaptações. Durante a vida embrionária, a curvatura predominante no 
desenvolvimento da coluna vertebral é a cifose.
132
Unidade III
Figura 56 – Postura do bebê no útero
Assim que ocorre o nascimento, o bebê inicia uma dura batalha contra a gravidade, porém, 
simultaneamente, seu corpo ganha espaço para expansão. Agora os movimentos podem ser realizados 
de forma mais livre e logo a coluna é estimulada a um envolvimento de diferentes curvaturas.
O controle da cervical estimula o movimento de ombros, que proporciona a possibilidade de controle 
da cintura escapular, incentivando os movimentos de tronco, quadril e, assim, dos membros inferiores.
A posição sentada, desenvolvimento alcançado geralmente aos seis meses de idade, permite um 
enorme grau de liberdade para os movimentos com os membros superiores, pincipalmente a condição 
de enfrentar a ação da gravidade imposta sobre a coluna vertebral em uma carga compressiva axial. Esse 
fato desencadeia uma série de alterações na coluna vertebral, intensificado pelos padrões de engatinhar, 
ficar em pé e finalmente realizar a marcha.
Ao adquirir a postura sentada, a constante carga compressiva que a gravidade exerce no corpo 
estimula mudanças na coluna vertebral (um dos principais elementos para a postura), originando as 
curvaturas fisiológicas. Se estaticamente a posição sentada possui tais benefícios, engatinhar, rolar e 
andar permitem que a postura seja desenvolvida de forma dinâmica.
No desenvolvimento do controle motor, alguns sinais de evolução e amadurecimento são:
• Pegar objetos com a mão oposta.
• Pegar com o braço direito objetos à esquerda da linha mediana do corpo.
• Pegar objetos acima da linha dos olhos.
• Pegar objetos acima da linha dos olhos com o braço oposto.
• Pegar objetos acima da linha dos olhos com o braço oposto e com o antebraço supinado.
133
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Para que todas essas evoluções possam ocorrer, o bebê deve estar sentado ou em pé para conseguir 
manter a postura ereta com o tronco fixo, permitindo movimentação livre das extremidades. Isso 
demonstra como a postura é estimulada desde o início da maturação do controle motor.
Existem estudos que têm como foco entender como a postura da criança no dia a dia influencia 
em sua capacidade de exercer tarefas esportivas e recreativas, ou mesmo que mostram que manter o 
equilíbrio possui ligação direta com a cognição. Tais pesquisas visam compreender se alguma disfunção 
de equilíbrio e postura, assim como coordenação motora, pode ter relação direta com o desenvolvimento 
cognitivo. A essa área se dá o nome de psicomotricidade.
 Saiba mais
O Brasil possui uma importante sociedade de psicomotricidade, a 
Associação Brasileira de Psicomotricidade. Para saber mais, acesse o site:
www.psicomotricidade.com.br
A linguagem corporal é um elemento que deve ser levado em consideração durante a avaliação 
da postura pelo profissional. Porém, não deve ser um fator decisivo único, mas sim acrescido aos 
diferentes exames, uma vez que a postura é uma somatória de elementos e que deve ser entendida 
em sua totalidade.
Ao julgar, diagnosticar e tratar condições intelectuais, cognitivas e sentimentais com terapia corporal, 
é preciso adotar uma abordagem multidisciplinar. É importante lembrar que as pessoas têm diferentes 
personalidades, podem ser introspectivas, extrovertidas, tímidas, entre outras. Em muitos momentos, os 
sentimentos nos levam a adotar determinadas posturas.
Os aspectos emocionais, cognitivos, psicomotores, psicológicos e sentimentais devem ser levados 
em consideração durante o estudo e a avaliação postural. Todos eles devem ser organizados segundo 
aspectos multiprofissionais, em que cada elemento que constitui a postura deve ter um peso específico 
dentro da avaliação.
 Lembrete
No momento da avaliação, explorar os aspectos psicológicos pode 
ser de grande valia, já que a psicologia e a psiquiatria são aliadas da 
área da saúde.
134
Unidade III
 Saiba mais
Para saber mais sobre como a linguagem corporal pode influenciar na 
postura, acesse o site a seguir: 
YOUR BODY language may shape who you are. TED por Amy Cuddy. [s.l.], 
2012. 1 vídeo (21 min.). Disponível em: https://www.ted.com/talks/amy_
cuddy_your_body_language_may_shape_who_you_are?language=pt-
BR. Acesso em: 11 maio 2020.
Cada vez mais os estudiosos questionam o termo postura adequada ou postura padrão, o que coloca 
em dúvida os métodos, o tratamento e avaliação postural. Se existe uma postura correta, teoricamente 
todos que a possuem não terão prejuízos, ou ao menos terão uma grande redução nas probabilidades 
de desenvolverem lesões musculoesqueléticas.
Se analisarmos que durante o dia a dia de cada indivíduo a postura adotada se relaciona com muitos 
fatores, inclusive com atividades laborais, buscar uma postura adequada deve levar em consideração 
todas as funções que a pessoa realiza, sejam elas esportivas, recreativas ou profissionais. Assim, é 
preciso realizar uma minuciosa avaliação em todos os sentidos da vida da pessoa, por meio de análises 
biomecânicas, para entender como se manter corretamente contra a gravidade sem obter prejuízos.
A postura correta pode não ser um padrão paratodos, mas sim uma forma que cada corpo encontra 
para o momento que vive. A seguir estão alguns exemplos de diferentes posturas adquiridas nos mais 
diversos contextos.
Figura 57 – Posturas adquiridas durante o trabalho
As pessoas ficam constantemente apoiadas, sentadas em diferentes locais, como sofás, cadeiras de 
escritório ou cadeiras convencionais. Uma postura estática deve possuir musculatura para manter-se 
por um longo período na mesma posição.
135
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Figura 58 – Pessoas realizando trabalho de construção civil
Os trabalhadores da figura anterior devem buscar uma postura correta, porém o dia a dia acaba 
estimulando uma prática diária de posturas que acaba gerando sobrecargas excessivas. O contexto, 
portanto, deve ser levado em consideração durante a avaliação.
Figura 59 – Postura de uma dançarina
A postura de uma bailarina ou de uma dançarina profissional de forma estática e padrão não 
contempla tudo o que ela deve executar durante horas de práticas no seu dia a dia. Portanto, é preciso 
levar em consideração esses elementos.
136
Unidade III
8.3 Alterações posturais
Muitas são as alterações posturais existentes se a base de comparação for a de um indivíduo padrão, 
porém nem todas elas retratam uma condição de disfunção musculoesquelética grave ou que possa 
trazer prejuízo à vida do indivíduo.
As alterações da curvatura fisiológica podem ocorrer por: aumento da curva (hipercifose e 
hiperlordose); redução da curva (hipocifose, hipolordose e retificação); desvio inadequado da curva 
(comum em casos de escoliose); e desvio lateral de uma curva que deveria ser apenas em um plano. 
Há casos também em que ocorrem alterações de topografia. Ao analisar as superfícies anatômicas, 
por exemplo, percebem-se alterações nas alturas, nos relevos e nas proeminências. Elas podem estar 
relacionadas a diversos fatores, como:
• Tensão excessiva.
• Alterações ósseas.
• Lesões.
• Alteração de pele.
• Posicionamento.
• Postura antálgica.
Avaliar a postura é um procedimento fundamental para o profissional da área e deve ser realizado 
tanto de forma estática quanto de forma dinâmica. Houve uma grande evolução na avaliação da 
postura de forma estática, já que os recursos tecnológicos existentes antes favoreciam essa modalidade 
de avaliação. Tempos atrás era difícil realizar uma filmagem de boa qualidade, não apenas por conta da 
câmera, mas também dos aplicativos e softwares que devem realizar correlações entre marcadores na 
filmagem e padrões pré-estipulados.
As avaliações estáticas são um pouco mais limitadas, uma vez que o indivíduo está diária e 
constantemente se movendo, mas isso não implica que ela não deve ser utilizada ou mesmo que não 
possua o seu valor. Ela permite que o profissional desenvolva um estudo inicial de como o corpo se 
posiciona frente à gravidade de forma constante, a fim de compreender se existem compensações 
que são mais comumente percebidas. Assim, ela pode ser posteriormente comparada às avaliações 
dinâmicas, fazendo com que ambas forneçam um diagnóstico mais preciso.
É preciso avaliar o paciente de forma estática sempre que possível, porém essa deve ser mais uma 
das avaliações, somada às demais, que permitem um diagnóstico completo e assertivo em relação à 
condição cinético-funcional do indivíduo.
137
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Cabeça estendida e nivelada
Ombros nivelados
Quadris nivelados
Pés levemente afastados
Figura 60 – Aspectos da avaliação postural estática em vista posterior
A) B)
Figura 61 – Aspectos da avaliação postural estática com um dos membros elevados em vista anterior
 Saiba mais
Para saber mais sobre a associação entre as alterações posturais e a idade, 
e como é possível utilizá-la na avaliação postural, leia o artigo a seguir:
OLIVEIRA, N. Q. D.; OLIVEIRA, C. S.; MOTA, H. L. D. O. Associação entre 
alterações posturais estáticas e idade. Revista Ciência (In) Cena, v. 1, n. 
6, 2018. Disponível em: http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/
cienciaincenabahia/article/view/3239/pdf32392. Acesso em: 7 maio 2020.
Para que seja possível analisar e avaliar a postura de forma dinâmica, é necessário conhecer alguns 
testes ou investir em dispositivos tecnológicos que possam filmar e interpretar dados obtidos com as 
filmagens, como a cinemática 2-D e 3-D. 
138
Unidade III
Tais análises necessitam de uma câmera que possa realizar uma filmagem em alta qualidade, recurso 
que a maioria dos celulares hoje possui. A filmagem deve ser feita normalmente com a marcação de 
alguns pontos específicos, como os acidentes ósseos, por exemplo:
• Maléolos.
• Patela.
• Trocânter femoral.
• Espinha ilíaca anterior.
• Espinha ilíaca posterior.
• Processos espinhosos.
• Ângulos da escápula.
• Acrômio.
• Mento.
Após as filmagens, esses elementos podem ser compreendidos como:
• Ângulos de movimentos. 
• Estabilidade.
• Centralização.
• Eixos.
• Simetria durante o movimento.
No entanto, é importante que esses elementos sejam analisados junto à função solicitada e que 
assim o profissional correlacione tais dados à análise estática, à queixa do paciente e aos demais testes 
antes de realizar a conclusão.
Existem softwares gratuitos ou pagos, validados cientificamente ou não para esse tipo de avaliação. 
Dessa forma, é preciso que cada profissional entenda o funcionamento de cada um deles antes de 
escolher. Mesmo que o profissional não possa investir em recursos específicos, é importante que ele 
utilize a análise da postura dinâmica, o que pode muitas vezes ser realizada com alguns testes funcionais 
e assim auxiliar na complementação da avaliação estática.
139
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
8.4 Postura e equilíbrio
Relacionar postura e equilíbrio é fundamental, pois um indivíduo que possui um comprometimento 
grave de equilíbrio pode apresentar muita dificuldade em manter uma postura adequada por um longo 
período ou mesmo pelo período necessário para realizar as atividades diárias. Isso ocorre também em 
algumas condições de vestibulopatias.
Segundo Michaelis (2015), equilíbrio pode ser definido como: 
• Estado de um corpo influenciado por duas ou mais forças que se anulam entre si.
• Estado de um corpo que se mantém sem se inclinar para nenhum dos lados; aprumo, 
posição estável.
• Estado daquilo que sofre ação de duas forças antagônicas iguais; igualdade entre forças opostas.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o equilíbrio corporal, leia o artigo a seguir: 
REBELATTO, J. R. et al. Equilíbrio estático e dinâmico em indivíduos 
senescentes e o índice de massa corporal. Fisioterapia em movimento, v. 
21, n. 3, 2017. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/
article/view/19149/18489. Acesso em: 7 maio 2020.
Há grande relação entre equilíbrio e postura, na medida em que o equilíbrio é responsável por 
manter a postura, tanto em posição estática quanto dinâmica. 
O equilíbrio estático pode ser avaliado utilizando os seguintes procedimentos:
• Unir os pés.
• Fechar os olhos e permanecer em pé.
• Colocar um pé na frente do outro.
• Apoio unipodálico.
• Leves empurrões.
• Esticar os braços.
140
Unidade III
Já para o equilíbrio dinâmico:
• Andar.
• Saltar.
• Correr.
• Praticar esportes.
São três os sistemas que influenciam no equilíbrio corporal, o somatossensorial, vestibular e visual.
8.4.1 Sistema somatossensorial
Este sistema envolve a cinestesia e a propriocepção. A cinestesia é a capacidade de perceber o 
movimento do corpo. A propriocepção é a capacidade de perceber o próprio corpo e parte dele no espaço 
e a consciência da força aplicada pelos músculos nas articulações. Os proprioceptores são as estruturas 
responsáveis por captar a informação e enviá-la ao sistema nervoso central. Eles estão localizados nos:
• Músculos, tendões, articulações, ligamentos, entre outros.
• Fusos neuromusculares, onde monitoram o grau de estiramento:
— Sensitivos ao alongamento.
— Compostos por fibras intrafusais.
— Fibras entrelaçadas com as fibras musculares.
• Órgãos tendinososde Golgi, onde monitoram a força gerada pela contração muscular:
— Captam informações quanto a cargas mecânicas de tração.
— Extrafusais.
• Receptores articulares, onde monitoram a deformação da cápsula articular e ligamentos. 
• Corpúsculos de Pacini:
— Localizados em camadas profundas articulares e coxins adiposos.
— Ativados em movimentos articulares de alta velocidade.
— Inativados quando em repouso.
141
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Corpúsculos de Ruffini:
— Presentes nas cápsulas articulares.
— Possuem adaptação lenta.
— Ativados em mobilização passiva da articulação.
• Nociceptores:
— Localizados em diferentes locais do corpo.
— Captam estímulos nocivos que causam um dano real ou que representam um possível dano 
ao tecido.
8.4.2 Sistema vestibular
No sistema vestibular há relação entre a posição da cabeça no espaço. Ele também capta alterações 
bruscas de movimento e possui células ciliadas para realizar a transdução sensorial, ou seja, captar os 
sinais mecânicos e transformar em sinais elétricos. Esse sistema trabalha de forma inconsciente, está 
ativo mesmo durante o sono e possui conexão direta com o sistema muscular e reflexo. 
O sistema vestibular responde de forma extremamente ágil e, quando submetido a uma aceleração 
não habitual, responde com a cinetose.
8.4.3 Sistema visual
O sistema visual é responsável pelo segundo par de nervo craniano, o nervo óptico, e estabelece 
relações importantes entre o ambiente externo percebido e o corpo humano. Ele analisa a distância 
entre objetos, sendo que a relação entre os dois olhos permite a noção de profundidade.
8.5 Métodos clássicos de avaliação postural
A avaliação postural pelo método clássico vem sendo utilizada ao longo dos anos, e trata-se de uma 
forma simples, barata e capaz de fornecer dados clínicos importantes.
Entre os dispositivos utilizados para a avaliação postural está o simetrógrafo, um dispositivo quadriculado 
com o tamanho maior que o de uma pessoa, onde ela pode posicionar-se atrás ou à frente, para que o 
avaliador tenha parâmetros para comparar simetrias, distância em relação ao solo, entre outros itens.
Para realizar os métodos clássicos, é preciso utilizar:
• Simetrógrafo.
142
Unidade III
• Lápis demográfico.
• Ficha de avaliação.
• Conhecimentos anatômicos de base.
Hoje, existem vários modelos de simetrógrafos, alguns mais simples, com a impressão de linhas 
quadriculadas em um plástico, que pode ser transportado facilmente; outros na forma de retângulo, 
formado por barras de metal, em que cordas elásticas esticadas permitem que o avaliador as aproxime 
ou as afaste.
Além do uso do simetrógrafo, é importante que sejam feitas marcações na pele do paciente, 
normalmente realizadas em teste clínicos com o lápis demográfico, mais seguro e com menor risco de 
alergias, sendo facilmente removível.
A avaliação postural clássica exige o conhecimento prévio da anatomia topográfica, isto é, a 
anatomia de superfície, importantes divisões do corpo humano. Segundo essa área de conhecimento, o 
corpo pode ser dividido em:
• Regiões:
— Região ântero-lateral da parede torácica.
— Região abdominal.
— Região inguinal.
— Região femoral anterior.
— Região crural anterior.
— Região dorsal do pé.
• Pontos específicos:
— Incisura jugular.
— Acrômio.
— Ângulo infraesternal.
— Arco costal.
— Crista ilíaca.
143
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
— Espinha ilíaca ântero-superior.
— Sínfise púbica.
— Ponto médio do joelho.
— Maléolo lateral.
— Maléolo medial.
— Base dos dedos.
• Região do membro superior:
— Região deltoidea.
— Região braquial anterior.
— Região antebraquial anterior.
— Região da palma da mão.
— Região braquial posterior.
— Região antebraquial posterior.
— Região do dorso da mão.
• Pontos específicos dos membros superiores:
— Terço lateral da clavícula.
— Acrômio.
— Tuberosidade para o M. deltoide do úmero.
— Ponto médio do cotovelo.
— Processo estiloide do rádio.
— Processo estiloide da ulna.
— Prega distal do punho.
— Base dos dedos.
144
Unidade III
• Regiões posteriores:
— Região cervical posterior.
— Região escapular.
— Região infraescapular.
— Região lombar.
— Região glútea.
— Períneo.
— Região femoral posterior.
— Região crural posterior.
— Região plantar.
A partir do conhecimento dessas regiões, é possível compreender alinhamentos e algumas análises 
de simetria. Assim, o método clássico de avaliação deve ocorrer da seguinte forma:
• Posicionar o simetrógrafo.
• Solicitar que o avaliado esteja com a maior parte do corpo desnudo.
• Verificar se as vestimentas estão alinhadas (sunga, top ou biquíni).
• Solicitar que permaneça descalço.
• Posicionar o simetrógrafo à frente do avaliado. Pedir ao avaliado que caminhe alguns passos e 
pare com os pés alinhados.
• Distanciar-se a fim de analisar o corpo como um todo.
• Realizar as anotações necessárias sem alertar o avaliado. Caso seja percebida alguma alteração, é 
possível que de forma involuntária o avaliado realize pequenas correções. 
• Fotografar, se possível.
• Solicitar alterações de posição para realizar avaliações nos planos frontal, lateral esquerdo, lateral 
direito e posterior.
145
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Para a avaliação frontal, os seguintes elementos devem ser analisados.
Cabeça estendida e nivelada
Ombros nivelados
Quadris nivelados
Dedos dos pés ligeiramente 
voltados lateralmente
Figura 62 – Avaliação frontal
• Analisar a linha média e perceber se ela está entre os seguintes pontos:
— Mento.
— Osso externo.
— Incisura umbilical.
— Espaço entre os joelhos.
— Espaço entre os maléolos.
— Espaço entre o hálux.
Ao analisar os espaços, é preciso atentar se o avaliado está bem posicionado, a fim de não cometer enganos.
• Analisar alinhamento horizontal:
— Dados fundamentais para análise de rotação.
— Linha mamilar:
- Caso o paciente possua cicatriz cirúrgica, idade avançada ou alterações que possam 
desalinhar as mamas, a análise é feita levando em conta os aspectos diferenciais.
- Distância entre cada maléolo e linha mediana.
146
Unidade III
— Linha acromial:
- Analisar a altura de ambos os acrômios.
- Distância entre cada acrômio e a linha média.
— Linha epicondilar:
- Analisar o alinhamento horizontal entre os epicôndilos.
— Linha entre as espinhas ilíacas ântero-superiores (Eias):
- Verificar se existe inclinação pélvica ou mesmo suposta alteração entre membros.
- Distância entre as Eias e a linha média.
— Entre a base patelar:
- Verificar se os joelhos estão rodados, podendo influenciar na análise.
- Distância entre cada joelho e a linha média.
- Distância entre o ápice da patela e as laterais do joelho para verificar alinhamento patelar. 
Deve-se complementar esse dado com exames por imagem.
— Linha maleolar:
- Analisar se os maléolos estão alinhados, comparando os pés e a altura dos dois maléolos do 
mesmo pé, analisando se a diferença entre estes é igual bilateralmente.
- Lembrar que naturalmente o maléolo lateral é mais inferior que o medial.
- Verificar o alinhamento dos maléolos com o centro do tornozelo.
• Análise vertical:
— Dados fundamentais para avaliar a inclinação.
— Realizar algumas medidas com a fita métrica, a fim de facilitar a precisão da avaliação.
— Verificar a altura dos acrômios em relação ao solo.
— Verificar as distâncias entre o dedo médio e o solo.
147
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
— Analisar, em caso de diferença de medida, se elas seguem iguais.
— Analisar a altura entre as espinhas ilíacas ântero-superiores e o solo.
— Analisar a altura da base patelar até o solo.
Figura 63 – Imaginar o indivíduo dessa maneira auxilia na análise
148
Unidade III
• Avaliação em perfil:
— Lados esquerdo e direito e compará-los.
— Estruturas anatômicas possuem seu posicionamento à frente e anteriorizadas ou atrás e 
posteriorizadas, como ombros, cabeça e articulação temporomandibular. No caso dos ombros, 
não se deve confundir sua rotação interna ou externa.
— Alteração de angulação nas curvaturas fisiológicas da colunavertebral.
- Curvaturas fisiológicas: lordose (ângulo da curva aponta para direção anterior); e cifose 
(ângulo da curva aponta para direção posterior).
- Cervical: pode apresentar lordose.
- Torácica: pode apresentar cifose.
- Lombar: pode apresentar lordose.
- Curvaturas amplificadas (hiperlordose ou hipercifose); ou diminuídas (retificações).
- Não pode ser feita a relação direta entre a análise visual das curvaturas da coluna vertebral 
e as alterações estruturais vertebrais, pois são necessários exames de imagem para traçar a 
angulação adequada.
- Avaliações no plano frontal permitem a hipótese diagnóstica da escoliose, mas não a 
afirmação total de sua existência.
- Tratar como atitude escoliótica ou atitude hiperlordótica.
EIAS
Sínfise púbica
Inclinação posteriorInclinação anteriorPosição neutra
Sínfise púbica Sínfise púbica
EIAS EIAS
Figura 64 – Alteração na postura e posicionamento da pelve. Postura se altera 
pela posição corporal, e não por uma alteração estrutural de vértebras
149
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Medidas especiais:
— Triângulo para verificar tensão diferencial entre os trapézios: marcar um ponto na protuberância 
mentoniana e ambos os acrômios, imaginar um triângulo e avaliar os trapézios.
— Triângulo de Tales: em casos de escoliose, é possível que o espaço entre a linha média articular 
do cotovelo e o corpo seja diferente entre ambos os lados, indicando uma possível rotação de 
vértebra que altera o ângulo das costelas e deforma o tronco.
— Ângulo Q: pode ser traçado frente à localização de três diferentes pontos anatômicos:
- Eias.
- Patela.
- Linha média maleolar.
EIAS
Linha de 
tração do 
músculo 
quadríceps 
femoral
Ângulo Q
Ponto médio 
da patela
Tuberosidade 
da tíbia
Figura 65 – Ângulo Q demonstrando o valgo fisiológico
— Ângulo de carregamento: avalia o valgo de cotovelo, que varia entre 10° e 15°. Para marcá-lo, 
é preciso demarcar o acrômio, a linha média epicondilar e a linha média entre o punho. 
150
Unidade III
Figura 66 – Ângulo de carregamento do cotovelo
O ângulo do joelho, ou ângulo Q, varo ou valgo, é um importante dado para ser levado em 
consideração, pois pode alterar a postura. Esse ângulo tende a ser mais elevado em valgo para o sexo 
feminino, entre os latino-americanos, uma vez que a pelve alargada favorece a entrada do fêmur para a 
linha medial. Por muito tempo o ângulo Q foi um importante dado por si só, porém, hoje, alguns testes 
podem complementá-lo, como o drop test ou teste do degrau.
 Lembrete
O ângulo valgo ocorre quando o ângulo do vértice aponta para a linha 
mediana. Já o ângulo varo ocorre quando o ângulo do vértice aponta para 
a linha lateral. Para memorizar rapidamente, basta pensar: quem é valgo 
não cavalga; e quem é varo, vara a bola.
8.5.1 Drop test
O drop test, ou teste do degrau, visa analisar o ângulo do valgo de forma dinâmica, entendendo 
que possíveis alterações de fraqueza no glúteo possam estar presentes. Quando o glúteo está fraco, 
há grandes chances de ele permitir a rotação interna do fêmur e assim a entrada do joelho para valgo. 
Alterações em quadrado lombar podem também influenciar nesse caso ou ainda fraqueza de quadríceps 
e alterações de equilíbrio.
Para realizar esse teste, algumas questões devem ser levantadas, como a altura correta do degrau, o 
tamanho do fêmur e do membro inferior e a altura da pessoa.
151
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Figura 67 – Realização do teste chamado de step down em vista anterior
Para esse teste ser realizado, deve-se seguir os seguintes passos:
• Posicionar um degrau que seja firmemente preso ao solo.
• Solicitar que o avaliado suba no degrau de bermuda curta.
• Erguer a blusa do paciente, se possível.
• Solicitar que as mãos permaneçam na cintura ou cruzadas sobre os ombros.
• Realizar a tentativa de tocar o solo com o calcanhar e retornar à posição inicial à frente do degrau 
por três vezes. Analisar em vista lateral e frontal.
• Realizar mais três tentativas, porém agora descendo lateralmente. Analisar em vista frontal e lateral.
 Saiba mais
Para saber mais sobre a relação entre o quadril e o tornozelo durante a 
realização do teste, leia:
RABIN, A.; PORTNOY, S.; KOZOL, Z. The association of ankle 
dorsiflexion range of motion with hip and knee kinematics during 
the lateral step-down test. Journal of Orthopaedic & Sports Physical 
Therapy, v. 46, n. 11, p. 1002-1009, 2016. Disponível em: https://www.
jospt.org/doi/pdf/10.2519/jospt.2016.6621. Acesso em: 8 maio 2020.
152
Unidade III
Cada profissional deve criar uma ficha própria de anamnese que comtemplará os principais aspectos 
posturais, como mostram os exemplos a seguir. O treinamento deve ser realizado com a ficha de avaliação 
postural detalhada.
8.5.2 Ficha de avaliação postural simplificada
Atente-se aos detalhes desta ficha de avaliação postural, que é mais direta, e escreva cada um deles.
Quadro 3 - Avaliação postural estática simplificada
Vista anterior
Direito Esquerdo
Cabeça 
Ombro 
Cotovelo 
Punho 
Mão 
Ângulo de Tales
Quadril 
Joelho 
Ângulo Q
Tornozelo 
Pé 
Vista lateral (escrever o lado)
Anterior Posterior Neutro
Cabeça 
Ombro 
Cotovelo 
Punho 
Mão 
Quadril
Joelho 
Tornozelo 
Pé 
Coluna cervical
Coluna torácica
Coluna lombar 
Vista posterior 
Cabeça 
Ombro 
153
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Vista posterior
Cotovelo 
Punho 
Mão 
Ângulo de Tales
Quadril 
Joelho 
Ângulo Q
Tornozelo 
Pé 
Alinhamento entre os processos 
espinhosos cervicais
Alinhamento entre os processos 
espinhosos torácico 
Alinhamento entre os processos 
espinhosos lombares
8.5.3 Ficha de avaliação postural detalhada
Quadro 4 
Avaliação postural estática
Nome do paciente:
Vista anterior
Marcar entre os ( ) qual é o seguimento analisado, sendo D para direito e E para esquerdo
Vista anterior
Cabeça
( ) Linha média
( ) Rodada p/ D ( ) Rodada p/ E
( ) Fletida p/ D ( ) Fletida p/ E
Ombros
Alinhado→
Elevação →
Depressão →
Clavículas
Alinhamento →
Verticalizada (>20°)
Horizontalizada (<20°)
Tórax
Normal ( )
Peito excurvatum
Peito curvinatum
Braços
Pronado ( )
Supinado ( )
Tales
Igual em ambos os lados
Lado direito
Lado esquerdo
154
Unidade III
Vista anterior
Pelve
( ) Alinhada
( ) Rodada anterior
( ) Alinhadas
Eias
( ) Elevada a D
( ) Elevada a E
( ) ( ) Simétrica
Patelas
( ) ( ) Elevada
( ) ( ) Lateralizada
( ) ( ) Normal
Joelhos ( ) ( ) Valgo ( ) ( ) Varo
Hálux ( ) ( ) Valgo ( ) ( ) Varo
Pés
( ) ( ) Normal
( ) ( ) Pronado
( ) ( ) Supinado
( ) ( ) Arco normal
( ) ( ) Arco cavo
( ) ( ) Arco plano
( ) ( ) Antepé valgo
( ) ( ) Antepé varo
Vista lateral
Seguimento D E Característica Observação
Cabeça
Alinhada
Protrusa ( ) Retraída
Cervical
Normal
Hiperlordose ( ) Retificada
( ) ( ) Normal
Ombros ( ) ( ) Protuso ( ) ( ) Retruso
Torácica
Normal
Hipercifose ( ) Retificada
Normal
Lombar
Hiperlordose ( ) Retificada
Neutro (30°)
Pelve
Anterversão
Retroversão
( ) ( ) Normal
Joelhos
( ) ( ) Hiperextensão
( ) ( ) Genuflexo
155
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
8.5.4 Métodos fotográficos: Sapo
Os avanços tecnológicos tornaram as fotografias e filmagens itens acessíveis e de baixo custo aos 
profissionais. Sendo assim, foi desenvolvido o Software para avaliação postural (Sapo), que foi baseado 
em uma tese de doutorado (FERREIRA, 2006):
A seguir está o texto introdutório do manual de utilização do Sapo, software disponível para 
livre consulta.
O Sapo é um projeto que visa disponibilizar uma ferramenta livre de código 
aberto para procedimentos científicos de análise postural. Além disso, o 
projeto Sapo tem como meta a criação de uma base de dados integrada, 
de âmbito nacional, de análises posturais da população brasileira. Isso o 
caracteriza como um projeto que deve operar em rede, e por simplicidade, 
utilizando a web como base. Entretanto, aplicativos puramente web rodam 
em navegadores,o que impõe limites para o acesso aos recursos locais. Dessa 
forma, escolhemos desenvolver um aplicativo instalável (desktop) para o 
usuário final e um aplicativo web para a integração dos dados (DUARTE et 
al., 2005, p. 2).
Sobre sua licença:
O Sapo (Software para avaliação postural) é um software de livre distribuição, 
que pode ser copiado e distribuído sob os termos da Licença Pública Geral 
GNU, conforme publicada pela Free Software Foundation, versão 2 da licença 
ou (a critério do autor) qualquer versão posterior. O Sapo é distribuído na 
expectativa de ser útil aos seus usuários, porém não tem nenhuma garantia, 
explícita ou implícita, comercial ou de atendimento a uma determinada 
finalidade. Veja o texto da licença de uso do Sapo em http://demotu.org/
sapo/ (DUARTE et al., 2005, p. 2).
O Sapo pretende facilitar a análise postural estática, além de promover uma avaliação de 
qualidade com dados precisos. No início, sua utilização pode ser desafiadora, principalmente para 
aqueles que não estão acostumados ao uso de recursos tecnológicos, porém, com o uso logo ele se 
torna acessível.
Benefícios da utilização do Sapo:
• Análise por método quantitativo.
• Análise por método validado.
• Extração de dados em diferentes tipos de arquivos.
156
Unidade III
• Impressão da ficha de avaliação.
• De baixo custo, mas deve ser utilizado em conjunto com um computador, uma câmera etc.
• De rápida utilização. A foto é tirada na avaliação e a programação pode ser feita pós-consulta.
São também necessários alguns preparos no ambiente para a fotografia:
• Fundo padronizado em uma cor.
• Marcadores autoadesivos, preferencialmente refletores.
• Colocação de um fio de prumo para facilitar a marcação no computador do eixo x e y. O fio 
permite tanto a marcação de 1 metro para ensinar ao computador as proporções da foto para a 
realidade, como também a correta marcação horizontal e vertical.
• Câmera de 3 MP (atualmente, a maioria dos celulares possui uma câmera com maior poder de imagem).
Segundo determinações do desenvolvedor, também é necessário:
1. Um computador com acesso à internet (para instalação do Sapo). O Sapo, 
por ser um aplicativo Java, pode ser instalado praticamente em qualquer 
sistema operacional (Microsoft Windows, Unix, Linux, Mac OS etc.). 
2. Para um computador com Windows, os requisitos mínimos são: processador 
Pentium III ou equivalente, espaço em disco rígido de 50 MB (e mais espaço 
para os arquivos de fotos), memória RAM de 256 MB e algum modo de 
transferir as fotografias para o computador (com uma câmera digital esta 
transferência é feita facilmente com uma conexão USB). 
3. Uma câmera fotográfica (é mais prático que esta câmera seja digital e 
com resolução mínima de 2 megapixels). 
4. Um tripé.
5. Um fio de prumo pendurado no teto (o fio de prumo pode ser comprado 
em qualquer casa de materiais de construção). Sobre o fio de prumo devem 
ser colocadas duas marcas (por exemplo, duas bolas de isopor) a uma 
distância conhecida (sugerimos 1 metro e estas duas marcas devem poder 
ser vistas na foto) para realizar a calibração da imagem no Sapo.
6. Marcas para colocar sobre os pontos anatômicos no sujeito (pequenas 
bolas de isopor e fita dupla face são uma boa solução).
7. Um espaço mínimo com cerca de 4 x 1 m (para posicionamento do sujeito 
e espaço para enquadrar o sujeito na fotografia) (DUARTE et al., 2005, p. 19). 
157
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Assim, para se utilizar o software, é necessário também:
• Aprender a utilizar a interface.
• Preparar o local.
• Posicionar os marcadores como indicado pelo fabricante.
• Tirar a foto com a qualidade e as determinações pré-estipuladas.
• Realizar os ajustes da foto no software para a imagem.
• Realizar as marcações.
• Imprimir a avaliação.
Assim que instalado o software, é necessário ler e concordar com os termos de utilização. Logo depois, 
inicia-se um novo projeto em que serão inseridas informações sobre o paciente.
Em seguida, deve-se adicionar a foto do paciente, tendo demarcado corretamente os pontos. Não 
é necessário marcar todos os pontos determinados pelo aplicativo, apenas aqueles relevantes para a 
avaliação em questão, a não ser que o profissional queira realizar a avaliação completa.
O software permite que seja marcada na figura um ponto específico, e na lista de pontos anatômicos, 
o ponto demarcado, por isso a necessidade de realizar as marcações corretas.
Vista anterior:
• 1. Glabela; 2. Trago direito; 3. Trago esquerdo; 4. Mento; 5. Acrômio direito; 6. Acrômio esquerdo; 
7. Manúbrio do esterno; 8. Epicôndilo lateral direito; 9. Epicôndilo lateral esquerdo; 10. Ponto 
médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita; 11. Ponto médio entre a cabeça 
do rádio e a cabeça da ulna esquerda; 12. Espinha ilíaca ântero-superior direita; 13. Espinha 
ilíaca ântero-superior esquerda; 14. Trocânter maior do fêmur direito; 15. Trocânter maior 
do fêmur esquerdo; 16. Linha articular do joelho direito; 17. Ponto medial da patela direita; 
18. Tuberosidade da tíbia direita; 19. Linha articular do joelho esquerdo; 20. Ponto medial da 
patela esquerda; 21. Tuberosidade da tíbia esquerda 22. Maléolo lateral direito; 23. Maléolo 
medial direito; 24. Ponto entre a cabeça do 2º e 3º metatarso direito; 25. Maléolo lateral 
esquerdo; 26. Maléolo medial esquerdo; 27. Ponto entre a cabeça do 2º e 3º metatarso esquerdo.
158
Unidade III
Todos os pontos Protocolo Sapo
2
1
2
5 56 64
7
8 9
12 12
10
14 14
17 17
16 16
18 1821 21
23 23
22 22
24
26 26
25 25
27
20 20
19 19
15 15
11
13 13
3 3
Figura 68 – Marcações anteriores para o aplicativo Sapo
Vista posterior:
• 1. Trago direito; 2. Trago esquerdo; 3. Acrômio direito; 4. Acrômio esquerdo; 5. Intersecção 
entre a margem medial e a espinha da escápula direita; 6. Intersecção entre a margem medial 
e a espinha da escápula esquerda; 7. Ângulo inferior da escápula direito; 8. Ângulo inferior da 
escápula esquerdo; 9. Espinha ilíaca póstero-superior direita; 10. Espinha ilíaca póstero-superior 
esquerda; 11. Epicôndilo lateral direito; 12. Epicôndilo lateral esquerdo; 13. Ponto médio entre a 
cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita; 14. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça 
da ulna esquerda; 15. Processo espinhoso C7; 16. Processo espinhoso T1; 17. Processo espinhoso 
T3; 18. Processo espinhoso T5; 19. Processo espinhoso T7; 20. Processo espinhoso T9; 21. Processo 
espinhoso T11; 22. Processo espinhoso T12; 23. Processo espinhoso L1; 24. Processo espinhoso L3; 
25. Processo espinhoso L4; 26. Processo espinhoso L5; 27. Processo espinhoso S1; 28. Trocânter 
maior do fêmur direito; 29. Trocânter maior do fêmur esquerdo; 30. Linha articular do joelho 
direito; 31. Linha articular do joelho esquerdo; 32. Ponto sobre a linha média da perna direita; 
33. Ponto sobre a linha média da perna esquerda; 34. Maléolo lateral direito; 35. Ponto sobre o tendão 
do calcâneo direito na altura média dos dois maléolos; 36. Maléolo medial direito; 37. Calcâneo 
direito; 38. Maléolo lateral esquerdo; 39. Ponto sobre o tendão do calcâneo esquerdo na altura 
média dos dois maléolos; 40. Maléolo medial esquerdo; 41. Calcâneo esquerdo.
159
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Todos os pontos Protocolo Sapo
12
34
5 176
7 78 8
12
10
14
29
31 30
33 33
364039 39
38
41 4137 37
34
35 35
32 32
9
11
13
28
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
Figura 69 – Vista posterior
Vista de perfil (todos os pontos equivalem para ambos os lados):
• 1. Glabela; 2. Trago direito; 3. Mento; 4. Manúbrio do esterno; 5. Acrômio direito; 6. Epicôndilo 
lateral direito; 7. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita; 8. Processo 
espinhoso C7; 9. Processo espinhoso T1; 10. Processo espinhoso T3; 11. Processo espinhoso T5; 
12. Processo espinhoso T7; 13. Processo espinhoso T9; 14. Processo espinhoso T11; 15. Processo 
espinhoso T12; 16. Processo espinhoso L1; 17. Processo espinhoso L3; 18. Processo espinhoso 
L4; 19. Processo espinhoso L5; 20.Processo espinhoso S1; 21. Espinha ilíaca ântero-superior 
direita; 22. Espinha ilíaca póstero-superior direita; 23. Trocânter maior do fêmur direito; 24. Linha 
articular do joelho direito; 25. Ponto medial da patela direita; 26. Tuberosidade da tíbia; 27. Ponto 
sobre a linha média da perna direita; 28. Ponto sobre o tendão do calcâneo direito na altura 
média dos dois maléolos; 29. Calcâneo direito; 30. Maléolo lateral direito; 31. Ponto entre a 
cabeça do 2º e 3º metatarso direito.
160
Unidade III
Todos os pontos Protocolo Sapo
22
55
4
3
1
2222 2121
6
7
2323
8
2424 25
26
27
28
29
3131
3030
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Figura 70 – Marcação para vista de perfil
Por meio das marcações, o profissional pode selecionar a distância exata entre dois pontos, podendo 
então fazer análises, como:
• Distância entre acrômio e o solo para identificar na vista anterior uma inclinação de ombro.
• Distância entre orelhas e solo para inclinação de cabeça. 
• Distância entre orelhas e mento ou nariz para analisar rotação de face.
• Ângulo Q com precisão para comparar ambos os lados. 
• Altura das espinhas ilíacas ântero-superiores para verificar inclinação pélvica.
• Distância entre as espinhas ilíacas e a linha média para verificar rotação pélvica.
• Alinhamento entre processos espinhosos específicos para identificar hipótese de escoliose e/ou 
rotações vertebrais. 
161
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Pode-se também obter um dado específico para projeção do centro de gravidades, sendo obtida uma 
imagem similar à da figura a seguir.
Figura 71 – Imagem obtida pelo centro de gravidade
Os métodos de avaliação por imagens podem ser utilizados para avaliar e reavaliar de forma fidedigna 
o paciente, com dados numéricos e de grande precisão, o que gera um excelente relatório final.
 Resumo
O sistema cardiovascular, também conhecido como sistema circulatório, 
é responsável por bombear o sangue arterial (rico em oxigênio) proveniente 
dos pulmões para todo o corpo, e direcionar o sangue venoso (sangue 
desoxigenado) até o coração. Esse ciclo se refaz para garantir o bom 
funcionamento da circulação arterial e venosa. O sistema circulatório é 
composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) 
e as suas funções são: transportar os gases resultantes da respiração e 
necessários para a respiração celular; transportar nutrientes e substâncias 
resultantes do metabolismo; transportar elementos do sistema imunitário. 
A avaliação cardiovascular faz parte da rotina do profissional da área, 
já que alterações nesse sistema podem levar a doenças graves e danos 
permanentes aos indivíduos. A avaliação cardiovascular pode trazer 
informações importantes sobre o estado geral do paciente e direcionar o 
tratamento para a reabilitação cardíaca realizada pelo profissional. 
A avaliação postural do paciente é o ponto-chave para que o diagnóstico 
ou a hipótese diagnóstica seja sugerida ou ainda propor o tratamento. 
Para avaliar um paciente, o profissional deve possuir grande habilidade 
162
Unidade III
em realizar testes específicos, funcionais, posturais, entre outros, de forma 
protocolada, uma vez que uma avaliação padronizada permite que o 
mesmo resultado encontrado por um avaliador em um dado momento do 
tempo possa também ser encontrado por outro avaliador; ou que o mesmo 
teste repetido mais de uma vez por um profissional gere resultados iguais 
ou estatisticamente similares.
Se cada profissional realizasse sua avaliação da forma como ele acredita 
ser a melhor, ou se cada um chegasse a uma hipótese diagnóstica diferente, 
baseado na própria experiência clínica e visão diferenciada, ao invés de 
concluir a hipótese diagnóstica frente a uma resposta íntegra, os resultados 
encontrados não seriam tão fidedignos. No caso da avaliação postural, os 
avanços tecnológicos permitiram que as análises posturais se tornassem 
cada vez mais fiéis, uma vez que ocorre um registro fotográfico do momento 
do estudo. Além disso, são utilizados alguns aplicativos e softwares que 
atuam como ferramentas para realizar as medidas e as análises.
Hoje, existem diferentes recursos e padrões que garantem uma 
hipótese diagnóstica precisa, que pode ser reavaliada em diferentes 
momentos, permitindo uma boa análise da melhora e da evolução do 
quadro do paciente.
 Exercícios
Questão 1. (IBFC, 2019) A reabilitação cardíaca é considerada pela Organização Mundial da Saúde 
como um programa de atividade física capaz de garantir aos pacientes portadores de cardiopatias a 
melhora da condição física, mental e social. Dessa forma, analise as afirmativas a seguir.
I – Observa-se que a atividade física regular associada ao paciente com hipertensão arterial sistêmica 
é capaz de reduzir os níveis pressóricos do mesmo. 
II – Exercícios capazes de reduzir a pressão arterial são observados em indivíduos treinados por pelo 
menos cinco meses com protocolo de reabilitação cardíaca em intensidades mais elevados. 
III – A prática de atividade física gera efeito hipotensor após uma única sessão de exercício dinâmico, 
podendo perdurar por 24 horas.
Assinale a alternativa correta:
A) Apenas a afirmativa I está correta.
B) Apenas a afirmativa II está correta.
163
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
C) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
D) As afirmativas I, II e III estão corretas.
E) Apenas III está correta. 
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a prática de atividades físicas regularmente é uma boa opção para controlar a pressão 
alta, pois favorece a circulação sanguínea, aumenta a força do coração e melhora a capacidade respiratória.
II – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: não leva cinco meses necessariamente para perceber o controle da pressão arterial, pois 
essa percepção depende do indivíduo e da associação de outros fatores, como uma alimentação saudável.
III – Afirmativa correta. 
Justificativa: programas de treinamento físico-aeróbicos associados aos de resistência (circuito 
com pesos) resultam em reduções significativas da pressão arterial média e da frequência cardíaca de 
repouso, corroborando as recomendações da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. O efeito 
perdura por 24h, já que ocorre aumento do metabolismo basal. 
Questão 2. (Instituto Excelência 2016, adaptada) A avaliação postural, através da podoposturologia, 
é um meio de obter informações a respeito do sistema musculoesquelético e se existem normalidades 
e/ou disfunções que podem refletir em todo o organismo do indivíduo. Sobre esse assunto, analise as 
afirmativas a seguir:
I – Para cada indivíduo, a melhor postura é aquela em que os seguimentos corporais estão equilibrados 
na posição de maior esforço e de mínima sustentação.
II – Todos os tipos de posturas caracterizam-se principalmente por um aspecto essencial: o 
alinhamento correto da coluna cervical.
III – Os pés representam a base para uma boa postura, suporte fundamental para a posição bípede 
humana e peça essencial para a marcha. Pés debilitados causam posturas defeituosas gerais e perturbam 
a ação adequada dos músculos.
164
Unidade III
Assinale a alternativa correta:
A) I, II e III estão corretas. 
B) Apenas III está correta.
C) Apenas II e III estão corretas.
D) Apenas I e II estão corretas.
E) Apenas I e III estão corretas. 
Resposta correta: alternativa B. 
Análise das afirmativas 
I – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: para cada indivíduo, a melhor postura é aquela em que os seguimentos corporais estão 
equilibrados na posição de menor esforço e de máxima sustentação. 
II – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: todos os tipos de posturas se caracterizam principalmente por um aspecto essencial: o 
alinhamento correto da coluna vertebral. 
III – Afirmativa correta. 
Justificativa: o pé e o tornozelo constituem a base de sustentação ou o alicerce do corpo humano. 
Proporcionam a estabilidade necessária para que possamos assumir a nossa posturaereta e singular. O 
pé está adaptado a fornecer a flexibilidade necessária em solos irregulares e a absorver o impacto.
165
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
GCS-ASSESSMENT-AID-ENGLISH.PDF?V=3. Disponível em: https://www.glasgowcomascale.org/
downloads/GCS-Assessment-Aid-English.pdf?v=3,. Acesso em: 29 abr. 2020.
Figura 2
MENDES P. D. et al. Disorders of human consciousness – Part 2 of 3: The approach to the infirm in 
coma. Revista Neurociência, v. 20, n. 4, 2012. p. 582.
Figura 3
MENDES P. D. et al. Disorders of human consciousness – Part 2 of 3: The approach to the infirm in 
coma. Revista Neurociência, v. 20, n. 4, 2012. p. 579.
Figura 4
BROCA’S_AND_WERNICKE’S_AREAS.PNG. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/8/8a/Broca%27s_and_Wernicke%27s_areas.png?uselang=pt-b. Acesso em: 29 abr. 2020.
Figura 5
CARVALHO, R. J. et al. Avaliação de apraxias em pacientes com lesão cerebrovascular no hemisfério 
esquerdo. Psicologia: teoria e prática, v. 13, 2008. p. 214.
Figura 6
TORTELLA, G. Teste de atenção por cancelamento: avaliação da atenção em estudantes do Ensino 
Fundamental. Avaliação Psicológica, v. 7, n. 2, ago. 2008. p. 265.
Figura 7
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole, 
1993. p. 123.
Figura 8
26142752-1330633714-MINE-EXAME-DO-ESTADO-MENTAL-MEEM.PDF. Disponível em: https://
saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/26142752-1330633714-mine-exame-do-estado-mental-
meem.pdf. Acesso em: 29 abr. 2020.
166
Figura 9
MOCA-TEST-PORTUGUESE_BRAZIL.PDF. Disponível em: https://www.mocatest.org/wp-content/
uploads/2015/tests-instructions/MoCA-Test-Portuguese_Brazil.pdf. Acesso em: 29 abr. 2020.
Figura 10
BRAIN_HUMAN_NORMAL_INFERIOR_VIEW_WITH_LABELS_PT.SVG?USELANG=PT-BR. Disponível 
em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/de/Brain_human_normal_inferior_view_
with_labels_pt.svg?uselang=pt-br. Acesso em: 29 abr. 2020.
Figura 13
COHEN, H. Neurociência para fisioterapeutas: incluindo correlações clínicas. São Paulo: Manole, 2001. p. 47. 
Figura 24
SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 3. ed. São 
Paulo: Manole, 2010. p. 166.
Figura 25
O’SULLIVAN, S. B; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 1993. p. 227.
Figura 27
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 28
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 29
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 30
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 31
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
167
Figura 32
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 33
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 34
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 35
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 36
800PX-GAIT_LABORATORY.JPG. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
thumb/2/22/Gait_laboratory.jpg/800px-Gait_laboratory.jpg. Acesso em: 4 maio 2020.
Figura 37
VILLARDI, A. Análise da marcha pós-artroplastia total do joelho com e sem preservação do 
ligamento cruzado posterior. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 40, 2005. p. 322. 
Figura 39
RESPIRATORY-SYSTEM-4869736_960_720.PNG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/
photo/2020/02/22/07/36/respiratory-system-4869736_960_720.png. Acesso em: 4 maio 2020.
Figura 44
800PX-ERKA_SPHYGMOMANOMETER.JPG. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/thumb/0/0c/Erka_sphygmomanometer.jpg/800px-Erka_sphygmomanometer.
jpg. Acesso em: 5 maio 2020.
Figura 48
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 17.
Figura 49
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 20.
168
Figura 50
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 27.
Figura 51
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 20.
Figura 52
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 31.
Figura 54
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 255.
Figura 55
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 124.
Figura 56
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 292.
Figura 57
WORKPLACE-1245776_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/03/09/09/22/
workplace-1245776_960_720.jpg. Acesso em: 7 maio 2020.
Figura 58
WORKERS-272213_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2014/02/22/18/43/
workers-272213_960_720.jpg. Acesso em: 7 maio 2020.
Figura 59
WOMAN-1754895_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/10/20/08/36/
woman-1754895_960_720.jpg. Acesso em: 7 maio 2020.
Figura 60
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 295.
169
Figura 61
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 242.
Figura 62
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 295.
Figura 63
MUSCLES-2277447_960_720.PNG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2017/05/02/06/38/
muscles-2277447_960_720.png. Acesso em: 8 maio 2020.
Figura 64
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 223.
Figura 65
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 254.
Figura 66
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 131.
Figura 68
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 16. 
Figura 69
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 15. 
Figura 70
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 15. 
Figura 71
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 19. 
170
REFERÊNCIAS
Textuais
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