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ANATOMIA-E-FISIOLOGIA-DA-PELE-2

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ANATOMIA E FISIOLOGIA DE PELE 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 3 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
SISTEMA TEGUMENTAR ......................................................................................... 4 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ........................................................................ 8 
ESTRUTURA DA PELE ........................................................................................... 10 
EPIDERME .............................................................................................................. 11 
CONSTITUIÇÃO DA EPIDERME ............................................................................ 13 
DIVISÃO DA EPIDERME ......................................................................................... 21 
DERME SUBJACENTE ............................................................................................ 29 
SISTEMA ENDÓCRINO ........................................................................................... 45 
PELOS ..................................................................................................................... 46 
UNHAS ..................................................................................................................... 52 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES ....................................................................... 56 
HIPODERME ........................................................................................................... 58 
ESTRUTURAS ANEXAS ......................................................................................... 62 
UNIDADE PILOSSEBÁCEA ..................................................................................... 63 
GLÂNDULAS SEBÁCEAS ....................................................................................... 65 
RECEPTORES SENSITIVOS DA PELE .................................................................. 73 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO ........................................................................... 77 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
 
O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda 
de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na 
percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na 
termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite. 
 O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: pelos, unhas, 
glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. A pele é o maior órgão do corpo, 
sendo composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, 
e pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a 
hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo frouxo e adiposo. 
A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e 
a planta dos pés, que sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme constituída 
por várias camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante 
espessa. Esse tipo de pele foi denominado pele grossa (ou espessa). Não possui 
pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas sudoríparas são abundantes (Figuras 
1 e .2). 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1: Corte de pele grossa, onde são observadas a epiderme, de epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado, e parte da derme, de tecido conjuntivo. D - ducto 
da glândula sudorípara. HE. Objetiva de 10x (137x) 
 
Fonte: Montanari, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3.ed. Porto 
Alegre: Ed. da autora, 2016. 229 p. Disponível em: http://www.ufrgs.br/livrodehisto 
ISBN: 978-85-915646-3-7 
 
 
 
 
 
 
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Figura 2: Corte de pele grossa, onde é possível observar os estratos basal (B), espinhoso 
(E), granuloso (G) e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, com 
corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x (275x).
 
Fonte: Montanari, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3.ed. Porto Alegre: 
Ed. da autora, 2016. 229 p. Disponível em: http://www.ufrgs.br/livrodehisto 
ISBN: 978-85-915646-3-7 
 
A pele do restante do corpo tem uma epiderme com poucas camadas 
celulares e uma camada de queratina delgada e foi designada pele fina (ou delgada) 
(Figura 3). A epiderme da pele grossa mede 0,8 a 1,4mm, enquanto a da pele fina, 
0,07 a 0,12mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 3: Corte de pele grossa, onde é possível observar os estratos basal (B), 
espinhoso (E), granuloso (G) e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, 
com corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x (275x) 
 
Fonte: Montanari, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3.ed. Porto 
Alegre: Ed. da autora, 2016. 229 p. Disponível em: http://www.ufrgs.br/livrodehisto 
ISBN: 978-85-915646-3-7 
 
 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
A pele é um órgão de composição complexa e estrutura própria, que se 
caracteriza por diversos tecidos, tipos celulares e estruturas especializadas, 
distribuídos em camadas interdependentes. 
É o maior órgão do corpo humano, com área variando de 1,5 a 2 m2 no 
indivíduo adulto e peso de aproximadamente 15% do peso corporal. Tem aspecto, 
estrutura e funções variáveis, de acordo com a região do corpo. 
A pele é um órgão de defesa e de revestimento externo, com capacidade de 
se adaptar às variações do meio ambiente e às necessidades do organismo que 
protege, cobrindo-o em sua totalidade. É multifuncional, desempenhando funções 
essenciais para a vida, como termorregulação, vigilância imunológica, sensibilidade 
e proteção contra agressões exógenas (químicas, físicas ou biológicas) e contra a 
perda de água e de proteínas para o meio externo. Recebe também estímulos do 
ambiente e colabora com mecanismos para regular sua temperatura. 
Anatomicamente, a pele está estratificada em três camadas distintas, mas 
que, no funcionamento, estão intimamente relacionadas: epiderme, derme e 
hipoderme 
A terminologia tecido é interpretada equivocadamente, como sinônimo de 
pele ou tegumento, com frequência. 
Tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções 
específicas e em comum,e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido 
conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. 
Pele ou tegumento, por sua vez é um órgão, composto por um agregado de 
tecidos, que funcionam em conjunto. A epiderme e a derme constituem as principais 
camadas tegumentares, além das estruturas anexas (unhas, pelos e glândulas), que 
auxiliam no exercício de suas funções. 
Estes componentes formam o sistema tegumentar (Figura 4). 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 4: Sistema Tegumentar 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda 
de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na 
percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na 
termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite. 
A pele possui varias funções, entre elas: 
 Proteção 
 Barreira hídrica 
 Regulação da temperatura corporal 
 Excreção de sais 
 Síntese de vitamina D 
 Órgão sensorial 
 
Estrutura da pele 
A pele é um órgão dinâmico, constantemente variável. Consiste de três 
camadas principais: a epiderme, a derme e a hipoderme (camada subcutânea). 
Cada uma delas é composta por várias subcamadas. Os apêndices da pele, tais 
como folículos pilosos e glândulas sebáceas e sudoríparas, também desempenham 
uma função global. 
 
 
 
 
 
 
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EPIDERME 
Aproximadamente 80% da epiderme é constituída de queratinócitos que são 
as células responsáveis pela formação do epitélio estratificado pavimentoso. Estas 
células possuem este nome devido a sua função essencial, que é a fabricação de 
queratina, uma proteína que preenche as células mais superficiais da epiderme para 
formar a camada córnea. 
A epiderme é avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro 
ou cinco camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Fina, porém 
resistente, sua espessura varia entre 0,007 a 0,12 mm. Com exceção das camadas 
mais profundas, é constituída por células mortas. As camadas são (Figura 5): 
 Camada Basal (ou Germinativa): único estrato de células, em contato direto 
com a derme, que possui quatro diferentes espécies de células: 
queratinócitos produtores da queratina, proteína responsável pelo 
fortalecimento e impermeabilidade da pele; melanócitos, produtores de 
melanina, pigmento que ao ser fagocitado pelos queratinócitos atribuem cor à 
pele, além de proteger as células contra os raios solares; células táteis, que 
conferem a sensibilidade ao tegumento; e células de Langerhans, espécie de 
fagócitos que englobam bactérias e resíduos estranhos, sendo a primeira 
proteção contra patógenos. Com exceção das células de Langerhans, as 
células desta camada sofrem mitose constantemente, para repor as células 
mortas da epiderme. 
 Camada Espinhosa: localizada acima da camada basal e formada por várias 
camadas, é composta por queratinócitos em formatos de poliedros, que se 
unem através de desmossomos, filamentos semelhantes a espinhos. No 
espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio 
condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. 
• Queratinócitos – formato poligonal, achatado e com núcleo ovoide. 
• Grânulos lamelares 
 
 
 
 
 
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• Importância: coesão das células da epiderme 
 
 Camada Granulosa: composta por poucas camadas de células achatadas, 
que possuem grânulos contendo queratomalina, precursora da queratina, e 
grânulos lamelares, que impermeabilizam as células, como prevenção à 
perda de água. 
 Camada Córnea: composta por células com núcleos bem reduzidos ou 
anucleadas. Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, 
semelhantes a escamas. A queratinização ou cornificação é o processo que 
transforma os queratinócitos em células córneas, achatadas e secas. Este 
processo é importante para a função protetora da pele. Em média, este 
processo dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se desprendem e 
esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. 
Assim, a pele encontra-se em constante renovação. 
 Camada Lúcida: camada extra presente nas regiões palmoplanteres em que 
a pele é mais espessa e nos lábios, se situa entre a camada córnea e a 
granulosa. Esta camada possui células transparentes e achatadas. 
 
Figura 5: Camadas da epiderme 
Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 6: Estratos da epiderme 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Constituição da epiderme 
A epiderme constitui-se em um epitélio escamoso estratificado queratinizado 
composto por queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de 
Merkel. (Figura 7). 
Figura 7: a epiderme 
https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/pdf/anatomia-geral.pdf
https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/pdf/anatomia-geral.pdf
 
 
 
 
 
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Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Queratinócitos: também conhecidos como ceratinócitos, são células 
diferenciadas que compõem o tecido epitelial e invaginações da epiderme para a 
derme, como é o caso das unhas e cabelos, responsáveis pela produção de 
queratina. Estas são as células mais comumente encontradas na epiderme, 
representando 80% das células epidérmicas. Os queratinócitos compõem o epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado que é formado por cinco regiões ou estratos 
discretos. 
A primeira região, localizada mais internamente, recebe o nome de camada 
basal ou estrato basal, que sintetiza constantemente novas células para a epiderme, 
bem como conecta a epiderme na derme por meio da lâmina basal que ela origina e 
dos hemidesmossomas fixados a ela. A camada basal é formada por uma única 
camada de células-tronco, que pode apresentar formato colunar ou cuboide, e 
passa por mitose certas vezes com uma das células resultantes contribuindo para o 
estrato remanescente da epiderme. 
 
 
 
 
 
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Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos, e 
alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a base 
da epiderme na derme. Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos 
diversos dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula 
na outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que 
amadurecem na queratina das células de outros estratos. 
Os queratinócitos provenientes da camada basal ou germinativa formam a 
camada espinhosa, que apresenta de uma a três camadas de células espessas na 
pele pilosa e, certos casos, de quatro a cinco camadas de células espessas em 
peles desprovidas de pelo (pele glabra), mas podem ser proeminentes nas áreas 
onde a pele torna-se mais grossa. A principal característica morfológica dessa 
região é conferida pelos processos celulares espinhosos que estendem para todas 
as células adjacentes. 
Cada processo igualmente a um desmossomo deixa esta região da pele 
altamente resistente a efeitos mecânicos de estiramento e pressão. Os espaços 
presentes entre estes processos podem conferir conduto para substâncias que são 
secretadas ocasionalmente por queratinócitos ao passo que eles se aproximam do 
seu desenvolvimento total. 
Os corpos de Odlando, também conhecidos como pequenos grânulos e trata-
se de estruturas encontradas fixadasà membrana lamelar e tornam-se mais 
evidentes nas camadas mais velhas e externas deste estrato. Com o aumento da 
quantidade de grânulos lamelares, os queratinócitos espinhosos transformam-se em 
células granulares e, deste modo, originam a terceira epiderme, denominada 
camada granulosa. Esta, por sua vez, caracteriza-se pela presença de grânulos 
ligados aos queratinócitos. 
Os grânulos preenchem o citoplasma, na maioria das vezes, por completo. 
Estas estruturas consistem em pró-filagrina, que é um precursor da filagrina. Esta 
última, é a proteína responsável pela associação de filamento de ceratina no 
processo de cornificação (formação da unha). Além disso, a formação no citoplasma 
do grânulo lamelar continua. Histologicamente, o núcleo não é claramente 
diferenciado devido à grande quantidade de grânulos, que contêm, em seu interior, 
 
 
 
 
 
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componentes lipídicos, bem como enzimas hidrolíticas e outras proteínas. Certas 
quantidades de lipídios e enzimas são liberadas no espaço intercelular, passando a 
ficar preenchidos com ceramidas, colesterol e ácidos graxos. Como consequência, a 
mistura intercelular lipídica gera uma proteção à prova d’água. As células mais 
antigas da camada granulosa passam por um processo necrobiótico que abrange a 
degeneração nuclear e de todo o aparelho metabólico relacionado, havendo 
liberação e posterior digestão por enzimas lisossômicas. 
A conciliação entre este evento com o empacotamento de grânulos e a 
liberação de lipídios, resulta no processo final da ceratinização. Cada queratinócito, 
que adota a forma escamosa, neste ponto encontrase isento de organelas, sendo 
preenchido com queratina e sua forma agregada, a queratoialina. Estas células 
ainda se encontram recobertas pela membrana celular rica em lipídios. As células 
que estão passando por este processo final, recebem o nome de camada lúcida e, 
histologicamente, pode ser observada somente na pele espessa. 
Quando o processo de queratinização encontra-se completo, as células se 
juntam com outras células que já passara, pelo processo anteriormente para dar 
origem à camada córnea, a mais externa da epiderme. Nesta, os filamentos de 
queratina de cada célula estão rearranjados paralelamente à superfície epitelial. No 
interior de suas camadas mais profundas, as células opostas adjacentes 
apresentam-se firmemente comprimidas umas às outras, juntamente com vários 
desmossomas e depósitos intercelulares, o que confere uma forte proteção à 
camada. 
Entre as células mais externas, a vedação não é tão forte, pois nesta estão 
presentes desmossomas e depósito intercelulares em menor quantidade. Com a 
ocorrência do processo de abrasão natural (descamação), estas células podem ser 
removidas. Esta camada superficial de células que está sendo constantemente 
removida é denominada camada disjunta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Melanócito 
O melanócito é uma célula dendrítica, especializada na produção de 
melanina, um pigmento de coloração marrom-escura. Estas células encontram-se 
na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da 
epiderme, além de estarem presentes também na retina (Figura 8). Originam-se da 
crista neural embrionária, apresentando um citoplasma globoso, de onde partem 
prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das camadas basal e 
espinhosa, transferindo, deste modo, melanina para as células presentes nestas 
camadas. 
A melanina é uma proteína produzida com o auxílio da enzima tirosinase, 
pois através dela o aminoácido tirosina é transformado primeiro em 3,4- 
diidroxifenilalanina, agindo também sobre este composto, convertendo-a em 
melanina. Esta enzima é produzida nos polirribossomos, introduzidas nas cisternas 
do retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas produzidas pelo 
sistema de Golgi, que recebem o nome de melanossomos, onde é iniciada a 
produção da melanina. 
Quando o melanossomo está cheio de melanina, passa a receber o nome de 
grânulo de melanina. Este último migra pelos prolongamentos dos melanócitos e 
são depositados no citoplasma dos queratinócitos, que por sua vez, servem como 
depósito de melanina. Os grânulos de melanina irão se fundir com os lisossomos 
dos queratinócitos, sendo assim, as células mais superficiais da epiderme não 
possuem melanina. 
Nas células epiteliais os grânulos de melanina ficam em localização 
supernuclear, protegendo, deste modo o DNA contra os danos causados pelos raios 
solares. Existem alguns distúrbios que podem afetar os melanócitos, gerando 
doenças, como: vitiligo, melasma ou cloasma, hipercromias, nervos melanocíticos e 
melanoma. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 8: Melanócito 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Células de Langerhans 
Também chamadas de células dendríticas (apresentadoras de antígeno), 
originam-se da medula óssea e estão localizadas no estrato espinhoso, onde seu 
número pode chegar a 800 por milímetro quadrado. Mostram um núcleo denso, 
citoplasma claro e prolongamentos citoplasmáticos longos que se irradiam do corpo 
celular para o espaço intercelular entre os queratinócitos. 
Localizadas na epiderme, têm forma de estrela e são responsáveis pela 
defesa imunológica. São capazes de se locomover através do tecido e funcionam 
como uma espécie de "sentinela" imunológica, alertando as outras células do 
sistema imunológico quanto à presença de um organismo invasor. (Figura 9) 
 
 
 
 
 
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A célula de Langerhans é capaz de fagocitar (englobar) partículas estranhas 
como vírus e bactérias. A exposição à radiação UV pode induzir a uma queda em 
sua função, diminuindo a atividade imunológica da pele. 
Figura 9: Macrófago 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Células de Merkel 
A célula de Merkel consiste em um não-queratinócito que faz parte da 
camada basal do epitélio bucal e epiderme e que é especializada na transdução 
sensorial. Contrariamente às outras células do mesmo tipo (não-queratinócitos), que 
são os melanócitos e as células de Langerhans, esta não constitui uma célula 
dendritica, apresentando, por sua vez, tonofilamentos de ceratina e desmossomos 
que as conectam a células adjacentes. Morfologicamente, esta célula apresenta 
formato oval a elíptico, com comprimento paralelo à superfície da epiderme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 10: Células de Merkel 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Habitualmente possui citoplasma claro quando observado histologicamente. 
O núcleo pode ser polimorfo ou profundamente recorta, encontra-se envolto por 
densos grânulos, que também são observados nos prolongamentos celulares que 
se estendem em direção à camada espinhosa. 
A função desses grânulos ainda não foi elucidada. É possível que cada célula 
de Merkel possua uma comunicação com uma terminação nervosa aferente 
desmielinizada, sendo eu esta última origina um complexo, conhecido como célula 
de Merkel-axônio, referido também como um disco tátil capilar. Existem hipóteses 
que sugerem que este complexo ou disco de junção atue como um receptor para o 
toque, pois trata-se de um mecanorreceptor de baixo ajuste. 
Pele espessa é aquela encontrada nas regiões de pele glabra. 
 
 
 
 
 
 
 
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Divisão da Epiderme 
Extrato córneo (superfície da pele): a camada mais externa da pele, 
denominada estrato córneo ou camada de queratina, contém muitas camadas de 
células achatadas mortas e atua como uma barreira para proteger os tecidos 
subjacentescontra lesões e infecções. Ao retardar a evaporação, os óleos 
presentes nessa camada da pele ajudam a manter a umidade das camadas mais 
profundas, mantendo a textura da pele suave e flexível. 
O estrato córneo é apenas uma parte da epiderme, a qual é uma fina camada 
de pele que recobre a maior parte do corpo. Em alguns locais, como as palmas das 
mãos e as plantas dos pés, a epiderme é naturalmente espessa e o estrato córneo 
provê uma proteção extra contra impactos e abrasões. A epiderme também pode 
ser espessa e dura em áreas excessivamente secas. Os distúrbios das camadas 
superficiais da pele envolvem o estrato córneo e as camadas mais profundas da 
epiderme e vão desde os que causam um desconforto temporário até aqueles que 
causam incapacidades crônicas. 
Extrato Lúcido: uma camada da epiderme, localizado imediatamente abaixo 
do córneo. Alguns autores também chamam essa camada brilhante ou camada de 
revestimento transparente. Ela representa a zona de transição entre o stratum 
granulosum e stratum corneum. 
Definição: formada por muitas camadas de queratinócitos mortos com 
contornos mal definidos. Ela representa a zona de transição entre o stratum 
granulosum e stratum corneum. Alguns autores também chamam essa camada 
brilhante ou camada de revestimento transparente. Os queratinócitos do estrato 
lúcido são diáfano e agrupados. Suas células contêm filamentos de queratina e 
eleidina. 
É constituída por uma única camada de células homogéneas e transparentes, 
e sem núcleo completamente infiltrado queratina, que pilhas secas e por este 
processo de envelhecimento para reduzir o estrato córneo. É uma camada de 
transição entre a camada granular e a córnea. 
A transição entre as células ainda vivas da camada granular e as células 
mortas do córneo ocorre muito rapidamente, sem núcleo degradado ou organelas 
 
 
 
 
 
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dissolvidas deixar qualquer vestígio. A perda de núcleos e organelas envolvidos 
mecanismos apoptóticos. 
Ela está presente apenas na espessura da pele das palmas das mãos e nas 
solas dos pés; e tem muito pouco histológica e significado histopatológico. Esta 
camada só existe em áreas de pele grossa, não fina da pele. 
Doenças e alterações histopatológicas 
 Espongiose (Edema intercelular): Designa um status da rede esponjosa 
causada por edema intersticial, quando o edema aumenta, coleções de 
fluidos pode formar vesículas. 
 Acantólise: é a perda de coesão entre as células, devido à dissolução de 
pontes intercelulares Malpigi a rede inferior. 
 Cavitaria Leloir alteração (edema intracelular): Formação do fluido 
intracelular, visível através dos espaços claros nas células. 
 Balonismo degeneração: bola Deformação células em forma com espaços 
claros dentro e esmagado e rejeitou núcleo. 
 Microabscessos: vai apontar o Munro observada na psoríase e é 
composto por neutrófilos e células mononucleares contendo Pautrier e aparece em 
MF. 
 Pústula das encefalopatias kojog: é um microabscesso multicelular 
contendo neutrófilos nas células epidérmicas inchados com um típico da 
encefalopatia aspecto psoríase pustulosa. 
 
 
 
 
 
 
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Extrato Granuloso (Figura 11) 
 
Figura 11: Visão do Extrato Granuloso 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Abaixo do estrato córneo, composto de queratinócitos não se multiplicam, 
idade e perdem o seu núcleo. 
Definição: o estrato granuloso, também chamada camada de queratohialina 
compreende uma ou mais camadas de células, granular grosseira achatada, não 
nas membranas mucosas, exceto em algumas condições, tais como leucoplasia que 
não queratinização. 
O cornificação gradual começa na camada granular. Dependendo na 
espessura que tem o estrato córneo, o estrato granuloso pode estender-se a três 
camadas de células planas, que podem ser observados grânulos densos 
(granulado) de hialina. Os grânulos contêm, entre outras substâncias, a proteína 
 
 
 
 
 
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precursora, o que é presumivelmente participar na formação de fibras de queratina 
no espaço intercelular. 
Nesta camada de células provenientes da camada de matriz basal: o 
citoplasma destas células é alterado e o seu núcleo atrofia desaparecer na camada 
mais externa do próprio estrato granuloso. No citoplasma destas células de grânulos 
de uma substância chamada queratina que aparecem. O citosol contém grânulos 
basofílicos chamados grânulos de queratohialina. O querato-hialina é uma 
substância precursora de queratina. Quando queratinócitos chegar à última camada 
dessa camada células epidérmicas morrer e morrem derramar seu conteúdo para o 
espaço intercelular. 
Doenças e alterações histopatológicas 
 Leucoplasia: Esta é uma boca lesão relativamente comum em uma 
pequena proporção de casos, mas significativa, torna-se cancro. É uma condição na 
qual manchas brancas espessas e formar sobre as gengivas, faces internas, e, por 
vezes, a língua. 
 Granulose: aumento do número de linhas de células na camada granular. 
 Alteração das cavidades Leloir (edema intracelular): formação do fluido 
intracelular, visível por espaços claros nas células. 
 Balonismo degeneração: bola Deformação células em forma com espaços 
claros dentro e esmagado e rejeitou núcleo. 
 Microabcessos: munro irá apontar o observado na psoríase e é composta 
por neutrófilos e células mononucleares contendo Pautrier e aparece em micose 
fungóide. 
 Pústula espongiforme de Kojog: um microabscesso multicelular contendo 
neutrófilos nas células epidérmicas inchados com um aspecto espongiforme típico 
de psoríase pustulosa. 
As alterações patológicas na derme são infinitas, mas dividir, a fim de facilitar 
o estudo de acordo com a natureza da infiltração celular em: Inflamações simples 
ou crônica; Granulomas. 
 
 
 
 
 
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Extrato Espinhoso (Figura 12) 
Figura 12: Visão do Extrato Espinhoso 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Apresenta células ligadas através de desmossomos, conferindo assim resistência 
ao tecido e um aspecto espinhoso. 
 
Extrato Germinativo 
Também chamado de camada basal, contém as células-tronco da epiderme e 
é a sua camada mais profunda. Esse estrato forma as células que darão origem a 
todas as camadas mais superiores. As células formadas nesse estrato vão sendo 
 
 
 
 
 
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“empurradas” para as camadas mais superiores, sofrendo modificações 
morfológicas e nucleares. 
Figura 13: Constituição do Extrato Germinativo 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
É nesse estrato que estão contidos os melanócitos, células responsáveis pela 
produção da melanina. A melanina é responsável pela diferença de cor entre as 
pessoas. Uma pessoa de pele negra possui mais melanócitos ativos que uma 
pessoa de pele branca. 
Pele Fina: possui 4 extratos celulares na epiderme: Já epiderme da pele fina 
é dividida em: Extrato córneo (superfície da pele). 
Composto por vários planos de queratinócitos mortos (corneócitos) 
achatadas, anucleados e com o citoplasma repleto de queratina. Protege o 23 
organismo do meio externo e tem capacidade de retenção hídrica através da ação 
das ceramidas, principais componentes lipídicos intercelulares. 
 
 
 
 
 
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As células superficiais como resultado da abrasão perdem os desmossomas e 
descamam, estando este estrato em constante renovação. Espessura varia entre 
0,075 e 0,15mm. 
 Extrato Granuloso: o citoplasma das células contem grânulos de queratina-
hialina, responsáveis pela síntese de queratina e consequente desintegraçãonuclear e degeneração dos filamentos que uniam estas células ao estrato 
espinhoso. 
 Extrato Espinhoso: constituído por 4 a 6 camadas de queratinócitos com 
muita quantidade de desmossomas (estruturas que garantem a coesão 
celular entre as células) proporcionando elevada resistência mecânica. Unida 
à camada basal por tenofilamentos que lhe dão um aspecto espinhoso. 
 Extrato Germinativo: o citoplasma das células contem grânulos de 
queratina-hialina, responsáveis pela síntese de queratina e consequente 
desintegração nuclear e degeneração dos filamentos que uniam estas células 
ao estrato espinhoso. Camada mais profunda da epiderme, constituída por 
uma única camada de células cuboides a colunares baixas, mitoticamente 
ativas, contendo um citoplasma basófilo e um grande núcleo. 
Apoia-se sobre uma membrana basal e assenta-se sobre a derme, formando 
uma interface irregular. As mitoses ocorrem principalmente durante a noite quando 
novas células são formadas, a camada anterior é empurrada para a superfície e 
une-se à próxima camada, o estrato espinhoso. 
A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, pois 
se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que a mesmas não se 
renovassem. Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir 
transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as células 
irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a seqüência transforma-
se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama (renovação da pele), 
pois a célula não vive muito tempo sem núcleo. As células da pele são labeis (tempo 
de vida curto, se reproduzem rapidamente) 
 
A vascularização 
 
 
 
 
 
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A epiderme não possui vasos sanguíneos, esta se encontra intimamente 
apoiada à derme através de uma lâmina basal sendo, portanto a derme responsável 
pelo suporte sanguíneo da epiderme. 
 
 
 
 
 
 
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DERME SUBJACENTE 
A derme está localizada sob a epiderme e apresenta espessura variável de 
0,3 a 3 milímetros, de acordo com a região do corpo. É um tecido de sustentação da 
epiderme, formado por um denso estroma fibroelástico de tecido conectivo, em meio 
à substância fundamental, que serve de suporte para extensas redes vasculares e 
nervosas e anexos cutâneos que derivam da epiderme. 
Os principais componentes da derme incluem o colágeno (70% a 80%), que 
confere a resistência; a elastina (1% a 3%), que dá a elasticidade; e os 
proteoglicanos, que constituem a substância amorfa em torno das fibras colágenas 
e elásticas; além de fibras proteicas, fibras de reticulina, vasos sanguíneos e 
linfáticos, terminações nervosas, órgãos sensoriais, folículos pilosos e glândulas 
sudoríparas e sebáceas. 
Todo esse conjunto está envolvido pela substância fundamental, que contém, 
ainda, vários tipos celulares como fibroblastos, macrófagos, melanófagos, mastóci- 
tos, leucócitos (como neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos e plasmócitos), 
linfócitos T e células dendrí- ticas, envolvidas com a defesa imunológica da pele. As 
fibras e a substância fundamental são produzidas pelos fibroblastos, as principais 
células da derme. 
Principais funções da Derme: 
 Sustentação 
 Preenchimento 
 Defesa 
 Nutrição 
 Transporte 
 Reparação 
 
Entre a epiderme e a derme, há uma área de transição, denominada 
membrana basal, que as une firmemente. Os hemossideromas localizados 
 
 
 
 
 
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inferiormente nos queratinócitos e melanócitos permitem que a membrana se fixe à 
epiderme, enquanto sua face inferior se fixa à derme através das fibrilas de 
ancoragem da derme papilar. 
A derme é a segunda camada da pele, mais profunda e espessa é 
vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo, como o colágeno e 
as fibras elásticas. Tais substâncias presentes na composição da derme tornam a 
pele resistente e elástica. Além disso, as fibras elásticas e o colágeno são 
organizados em padrões definidos no interior da derme, de maneira a produzir 
linhas de tensão na pele, garantindo seu tônus. 
A derme se subdivide em duas camadas, uma mais superficial, a camada 
papilar e uma mais profunda, a camada reticular. A primeira ocupa cerca de um 
quinto da derme, e apresenta projeções, as papilas, que vão em direção à 
epiderme. A camada reticular, por sua vez, possui grande quantidade de fibras, que 
se dispõem de forma mais densa. Isto confere a capacidade de distensão à pele. 
Camada Papilar: 
 Contato direto com a Epiderme 
 Fibras colágenas 
 Fibroblastos 
 Fibras elasticas delgadas 
Camada Reticular: 
 feixes espessos 
 fibras colágenas e elásticas. 
Diferente da epiderme, a derme é vascularizada. Esta rede vascular supre a 
camada viva da epiderme, a camada basal que está em constante processo de 
mitose, e estruturas como os folículos pilosos e glândulas. 
Na derme também está presente a inervação da pele, composta por nervos e 
terminações nervosas, que conferem à pele a sensibilidade a pressão, temperatura, 
prurido, dor e tato. O sistema nervoso autônomo é responsável pela inervação 
 
 
 
 
 
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A derme é dividida estruturalmente em camadas: a derme papilar 
(superficial), a derme reticular (profunda) e a derme perianexial. 
 
LEMBRE-SE 
motora da derme, e age nos músculos eretores do pêlo e contraem as células do 
músculo liso dos vasos. 
Também, atua na manutenção e regulação da temperatura corporal e 
pressão arterial. Através da inervação da pele, ocorre a vasoconstricção, que 
impede a circulação do sangue nas arteríolas próximas à superfície, de forma a 
dificultar a perda de calor; ou a vasodilatação, que permite a livre circulação 
sanguínea na derme. Ainda com a finalidade de regular a temperatura, estruturas 
denominadas glomos, estão presentes nas pontas dos dedos, região central da face 
e orelhas. Estas estruturas são anastomoses entre vênulas e arteríolas, que se 
contraem para regular o fluxo periférico do sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A Derme é dividida em: 
Vasos Sanguíneos: a pele é composta por uma vasta rede de vasos 
sanguíneos, que lhe proporcionam os elementos nutritivos, recolhem as substâncias 
residuais e contribuem, igualmente, para o controlo da temperatura do corpo, e por 
inúmeras artérias, que lhe transportam o sangue rico em oxigénio e nutrientes, que 
penetram pela hipoderme e permanecem adjacentes à superfície cutânea no limite 
com a derme. 
A partir daí surgem, verticalmente, pequenas arteríolas que, ao unir-se às 
papilas dérmicas, se transformam em finos capilares, que se encarregam das trocas 
entre o sangue e a pele. Estes capilares vão posteriormente unir-se e transformar-
se em vénulas que se alastram a um plexo de veias dispostas em paralelo com a 
rede arterial. É importante referir que como os vasos sanguíneos 26 apenas chegam 
até à derme, as células da epiderme apenas podem manter as suas trocas com o 
sangue através da membrana basal que a separa da camada subjacente. 
 
Figura 14: representação da derme 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
 
 
 
 
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Glândulas Sudoríparas Também conhecidas como glândulas de suor, são 
células epiteliais presentes na pele dos mamíferos, inclusive dos seres humanos. 
Estas glândulas possuem a importante função de secretar o suor, 
possibilitando a regulação da temperatura corporal e a eliminação de substâncias 
tóxicas ao organismo. 
Tipos de glândulas sudoríparas dos seres humanos: 
 Glândulas Écrinas: em maior quantidade no corpo humano do que as 
glândulas apócrinas, as écrinas estãopresentes em quase todas as partes da pele. 
Atuam, principalmente, no processo de regulação da temperatura do corpo através 
da evaporação. Isto acontece, pois com a evaporação do suor o corpo perde 
energia térmica. 
Figura 15: glândulas sudoríparas 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
 
 
 
 
 
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Elas são encontradas em maior quantidade na pele das palmas das mãos, 
plantas dos pés e fronte. Começam a funcionar logo após o nascimento da criança. 
A parte que excreta suor das glândulas écrinas encontra-se, principalmente, na 
derme profunda. O ducto excretor do suor passa pela derme, epiderme e termina 
nos poros da superfície da pele. 
O suor que é produzido por este tipo de glândula possui em sua composição, 
principalmente, água, ureia, íons, aminoácidos, amônia, ácido láctico e glicose. 
 Glândulas Apócrinas: estão presentes, principalmente, nas axilas, aréolas 
das mamas e nas áreas do rosto onde nasce barba (nos homens). O ducto que 
conduz o suor deste tipo de glândula está presente na tela subcutânea, terminando 
nos folículos pilosos. 
O suor produzido por estas glândulas é composto por água, ions, amônia, 
aminoácidos, proteínas, lipídios, ureia, ácido láctico e glicose. Porém, este suor tem 
a consistência um pouco viscosa. Estas glândulas começam a produzir suor 
somente na fase da puberdade. Entram em ação, principalmente, nas relações 
sexuais e em momentos de estresse. 
 Glândulas Sebáceas: as glândulas são estruturas formadas a partir de tecido 
epitelial que se caracterizam por sua capacidade de secretar substâncias. Essas 
estruturas podem ser divididas em dois grandes grupos: as exócrinas e as 
endócrinas. As glândulas endócrinas lançam sua secreção e nesse caso, 
também denominada de hormônio, diretamente na corrente sanguínea. 
Já as glândulas exócrinas liberam sua secreção na superfície do corpo ou na luz 
dos órgãos. Como exemplo desse último tipo, podemos citar as glândulas sebáceas. 
As glândulas sebáceas estão localizadas na derme e são anexas aos pelos, 
formando unidades pilossebáceas. São glândulas do tipo acinosas, ou seja, 
apresentam porção secretora com formato arredondado, e holócrinas, uma vez que 
a secreção é eliminada levando juntamente toda a célula, ou seja, a própria célula 
constitui a secreção. 
As glândulas sebáceas produzem uma secreção, denominada de sebo, que é 
rica em lipídios, tais como os triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol. É essa 
 
 
 
 
 
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substância que garante a lubrificação da pele, evita o ressecamento de pelos e 
impede a perda de água de maneira excessiva. Além disso, essa substância 
garante uma leve ação bactericida. 
O sebo não apresenta nenhum cheiro, entretanto, o desenvolvimento de 
bactérias nesse local pode levar à produção de odores. As glândulas sebáceas 
estão presentes em todo o corpo humano, não sendo encontradas apenas nas 
palmas das mãos e dos pés e no dorso dos pés. Os locais onde ocorrem com maior 
frequência são o rosto, as costas e o tórax. Até a puberdade as glândulas sebáceas 
produzem pouco sebo, entretanto, a partir dessa fase, os hormônios, principalmente 
a testosterona, começam a agir e inicia-se uma grande produção de secreção. Os 
hormônios atuam apenas na produção de sebo, não influenciando o número de 
glândulas, que permanece praticamente constante durante toda a vida. 
A síntese de sebo tende a diminuir em mulheres após a menopausa; em 
homens, no entanto, não ocorre nenhuma alteração significativa até os 80 anos de 
idade. A acne é um dos principais problemas que afetam a unidade pilossebácea e 
geralmente ocorre na puberdade, quando a glândula sebácea inicia sua maior 
produção. Esse problema caracteriza-se pelo acúmulo de queratinócitos, 
hiperprodução de secreção pelas glândulas sebáceas, colonização por bactérias e 
inflamação, que provoca o surgimento de uma lesão característica. 
A acne, além de provocar uma aparência ruim na pele, pode desencadear 
problemas emocionais nos acometidos, que se sentem envergonhados em razão 
das lesões. Entretanto, é importante destacar que não é somente a produção 
exagerada de sebo que pode desencadear aspecto ruim na pele. A pouca produção 
dessa secreção pode deixá-la opaca, desidratada e com pouca elasticidade, o que 
pode desencadear até mesmo o envelhecimento precoce. Além disso, os cabelos 
também se tornam mais opacos e quebradiços. 
 Folículo Espinhoso: O folículo piloso é a estrutura que dará origem 
ao pelo, possui componente epitelial (matriz, bainha externa, bainha interna e haste) 
e componentes dérmicos (papila dérmica e bainha dérmica). 
Podemos dividi-lo em segmento superior e segmento inferior que são 
constituídos pelo: O istmo, que vai desde a desembocadura do músculo eretor até a 
 
 
 
 
 
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glândula sebácea. O infundíbulo que se estende da abertura da glândula sebácea 
até a superfície da pele, a saída o infundíbulo na superfície da pele é chamado de 
óstio folicular. 
 Acrotríquio é a porção intraepidérmica do folículo. 
 A glândula sebácea. 
 Bulbo piloso, que é a porção mais espessa e profunda do folículo e 
contém a matriz germinativa do pelo. 
 
Figura 15: Classificação dos folículos 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Vasos Linfáticos: Circulação da linfa, resto de liquido intersticial. Os vasos 
pequenos são muito pequenos e com parede muito fina, só são enxergados na 
histologia. Possuem válvulas, assim como as veias. 
O que leva a linfa das extremidades para o centro do corpo é a musculatura 
estriada esquelética (movimentação) e pela expansão do tórax. As válvulas não 
deixam a linfa voltar para as extremidades. Não está presente em todas as regiões: 
 
 
 
 
 
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sistema nervoso central, parênquima do fígado, parênquima do vaso, cartilagem 
hialina. Só nas meninges tem os vasos linfáticos, a massa mesmo encefálica não 
tem. Cordão umbilical, membranas embrionárias. 
Grandes vasos linfáticos: cisterna do quilo e ducto torácico. Quilo: após a 
digestão onde é absorvido muita gordura, dando uma coloração esbranquiçada a 
linfa. 
Ao lado da A. Aorta, direita, fica no abdome, quando entra no tórax ela vira 
ducto torácico. Todos os vasos linfáticos desembocam nesses dois, e vão 
desembocar na veia cava cranial. 
São pequenos vasos, com diâmetro inferior a 3 mm, encarregados de 
conduzir a linfa, líquido incolor composto de água e outros elementos, como 
proteínas e às vezes bactérias. Os vasos linfáticos fazem parte do sistema 
circulatório. As artérias distribuem o sangue que nutre as células e tecidos - nos 
capilares há a troca de nutrientes e o sangue que sai pobre em oxigênio, retorna 
pelas veias. Líquidos e substâncias que as veias não retiram dos tecidos formam a 
linfa. Esta é levada pelos linfáticos aos gânglios e, daí a linfáticos maiores que a 
devolvem a circulação na veia subclávia, localizada no tórax. 
Os linfáticos intestinais transportam uma linfa de cor leitosa, chamada quilo, 
que contém gorduras. 
Doenças envolvendo os vasos linfáticos: os linfáticos podem apresentar 
alterações em consequência de agressões físicas, químicas, infecciosas ou por 
radiações. Estas doenças se caracterizam principalmente pela inchação, ou edema. 
Pode também ocorrer febre, calafrios e aumento de volume dos gânglios, 
conhecidos popularmente como "ínguas". Os edemas (inchaço), mais frequentes 
nas pernas, às vezes nos braços, são denominados linfedemas - microorganismos 
podem causar uma infecção chamada linfangite. Existem ainda distúrbios de 
condução da linfa ou do quilo chamados de refluxos linfáticos ou quilosos. 
Doença mais frequente dos vasos linfáticos:é a linfangite aguda, 
habitualmente dos membros inferiores. Arranhões, frieiras, calos, rachaduras no 
calcanhar são as 'portas de entrada" para os germes causarem uma infecção 
 
 
 
 
 
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caracterizada por febre elevada (39º C), náuseas, vômitos, mal-estar geral, 
inchação, dor e vermelhidão na parte atingida. Os pacientes cuja safena foi retirada 
para cirurgia no coração (revascularização do miocárdio) também estão mais 
sujeitos a linfangites agudas. 
Linfangite aguda e erisipela: linfangite designa inflamação dos vasos 
linfáticos, sem qualquer preocupação com a causa. A erisipela é uma linfangite 
determinada por um tipo especifico de estreptococo. No momento do diagnóstico é 
difícil especificar o agente agressor, sendo melhor chamar de linfangite o processo 
inflamatório dos vasos linfáticos. 
No tratamento das linfangites pode haver complicações Habitualmente o 
tratamento é realizado em casa. Entretanto, pode estar indicada a internação 
hospitalar, pela intensidade do quadro clinico ou quando se observa a presença de 
vesículas, bolhas ou pequenas lesões de pele capazes de evoluir para danos 
teciduais extensos e graves. A forma mais grave é a linfangite gangrenante, em cujo 
tratamento é fundamental a assistência do cirurgião vascular. 
Cuidados a serem tomados depois de uma linfangite aguda: Sem exame 
especifico não se sabe a real situação dos vasos linfáticos do paciente. Às vezes, 
um único episódio de linfangite pode determinar uma sequela, o linfedema. 
Além disso, cada novo surto favorece a instalação do linfedema pós- 
inflamatório. É importante que o paciente que teve linfangite, ou seja, portador de 
linfedema evite a ocorrência de novos surtos. Manter a higiene rigorosa dos pés e 
mãos, evitar traumatismos e cortes, evitar a ocorrência de edema, manter os pés da 
cama elevados e evitar a permanência prolongada em pé, são cuidados importantes 
para a prevenção da doença. 
 Quanto ao uso da meia elástica após um quadro de linfangite de membro 
inferior: após a fase aguda esta contenção é recomendável. Na forma gangrenante 
é imprescindível, pois sempre ocorre linfedema como sequela. 
As linfangites podem ser evitadas e na maioria dos casos, pois a penetração 
dos micro-organismos geralmente ocorre através de ferimentos, calos, frieiras ou 
 
 
 
 
 
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fissuras nos pés. Manter os pés secos, limpos, livres de micoses e bem cuidados 
são medidas essenciais para se evitar infecções. 
Melanócitos: para além das células epiteliais, a epiderme é constituída por 
outras células muito específicas com a missão de sintetizarem melanina, um 
pigmento escuro cuja concentração proporciona o fenómeno do bronzeado. Os 
melanócitos encontram-se localizados na profundidade da epiderme, intercalados 
entre as células da camada basal, e têm uma forma arredondada com inúmeros 
prolongamentos que se estendem até às células vizinhas, dandolhe o aspecto de 
uma estrela. 
Os melanócitos são constituídos por pequenos corpúsculos denominados 
melanossomas, que sob a influência de determinados fatores hormonais e dos raios 
ultravioleta do sol começam a fabricar melanina. A principal função da melanina 
consiste em absorver as radiações solares e em impedir a passagem destas para o 
interior do organismo, onde teriam efeitos nocivos, sendo por isso que a elaboração 
de melanina aumenta com a exposição ao sol. Todavia, tanto a quantidade de 
melanócitos como o seu grau de atividade dependem de fatores genéticos, o que 
explica a diferente coloração cutânea das pessoas de diferentes etnias e também a 
variabilidade entre os próprios indivíduos de uma mesma etnia. 
 A derme possui muito colágeno e elastina que suporta a epiderme. 
 A pele tem várias funções entre elas a permeabilidade seletiva H2O 
A permeabilidade seletiva é um processo fisiológico que ocorre através da 
membrana plasmática de todas as células e da parede celular de células vegetais 
que consiste na passagem seletiva de substâncias para o meio intra ou extracelular. 
Para compreendermos melhor o processo de permeabilidade seletiva é preciso 
relembrar a estrutura da membrana plasmática. 
A membrana plasmática é formada por uma bicamada lipídica, tendo como 
principal componente moléculas de fosfolipídios, essa composição faz com que a 
membrana sirva de barreira para a entrada e saída de substâncias, facilitando a 
passagem de produtos lipossolúveis ao mesmo tempo que dificulta a passagem de 
elementos não solúveis em lipídios, ou seja grande parte dos lipídios ou moléculas 
lipofílicas, assim como gases tais como o oxigênio e o gás carbônico atravessam a 
 
 
 
 
 
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membrana facilmente enquanto que moléculas hidrossolúveis não. Íons como o 
sódio, cloro, potássio e cálcio conseguem atravessar a membrana através de canais 
iônicos enquanto que moléculas maiores como a glicose e pequenas proteínas 
passam e um lado ao outro da membrana através de proteínas chamadas de 
proteínas carreadoras. 
A passagem seletiva de substâncias através da membrana ocorre de duas 
maneiras diferentes: o transporte ativo, quando envolve o uso de energia, e o 
transporte passivo quando não envolve a utilização de ATP. O transporte ativo é 
realizado por proteínas carreadoras e envolve o transporte de moléculas grandes 
através da membrana plasmática ou de íons contra um gradiente de concentração 
envolvendo gasto de energia sob a forma de ATP, ele pode ser classificado em 
transporte ativo primário, ou secundário. 
O transporte passivo, por sua vez, envolve a passagem de moléculas através 
da membrana celular sem o uso de energia e pode ser classificado em difusão 
simples, difusão facilitada e osmose. A pele e o rins são responsável pela regulação 
do líquido corporal. A queratina que se encontra no extrato córneo impede 
parcialmente que a água penetre na pele (absorvendo normalmente poucas 
quantidades de água, ou através de produtos químicos). 
A pele realiza seleção de substâncias que são absorvidas por ela, ou 
podemos induzir a pele a absorção de produtos através da Eletroterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RAIOS UVB e UVA 
 
 Figura 16: Raios UVB e UVA na pele 
 
Fonte: http://portaldaesteticista.com/tag/ filtro-solar/ 
UV é a sigla para ultravioleta, que é um tipo de radiação eletromagnética. 
Assim, UVA, UVB e UVC são diferentes tipos de raios ultravioleta e que são 
transmitidos a partir do Sol. 
A exposição prolongada aos raios ultravioletas é bastante prejudicial ao ser 
humano, podendo ser responsáveis por diversos males, entre eles o câncer de pele, 
por exemplo. Esses raios são invisíveis, mas estão presentes em todas as épocas 
do ano, seja no verão ou inverno (com maior incidência nas estações mais quentes). 
Temos em nosso corpo células chamadas de Melanócitos que produz melanina. 
 
 
 
 
 
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A pele ao receber raios solares UVB e UVA estimulam os Melanócitos 37 que 
produzem a melanina que é um protetor natural ( filtro ) da pele, possibilitando a 
forma seletiva e gradativa da radiação solar. 
Impacto mecânico: ajuda a amortecer os impactos externos do corpo. 
Sensorial: parte sensorial da pele recebe os sinais externos através dos 
sensores corporal que transformam este estímulo em P.A que irá pela medula 
espinhal até o SNC, que processa e retorna com uma resposta, podendo assim nos 
moldar conforme o estímulo; Adaptando-se. Os sinais podem ser: Tato, Pressão, 
Vibração, Sensações Sexuais, Cócegas, Prurido (coceira), Dor, Frio, Calor, 
Cinestesia. 
Sistema imunológico: 
A pele conforme as demais partes do corpo também possuem seu sistema de 
defesa (Figura 17), tendo a função de combater os agentes patogênicos (micoses, 
alergias e etc.). Para combaterseus agentes patogênicos a pele recebe do sistema 
circulatório oxigênio e nutrientes para as células de defesa; podendo no local haver 
vasodilatação e rubor. 
Órgão excretor 
 Glândulas Sudoríparas 
 Suor 
 Termorregulação 
 Excreção de produtos químicos e de dietas 
 Glândulas Sebáceas 
 Sebo 
 Protege contra agentes patogênicos 
 Sofre menos agressão Protege de alterações climáticas 
 Hipermeabilidade (água) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 17: Processo do sistema de defesa da pele 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
A temperatura do corpo humano é geralmente de 36 a 37 graus. Quando a 
temperatura do ambiente é de 40 graus ou superior, e como sempre o processo é 
sempre do mais concentrado para o menos concentrado a pele serve como sensor, 
que ao aumento da temperatura envia um P.A para o SNC, que por sua vez envia 
um P.A que estimula as glândulas sudoríparas a secretar suor que irá resfriar a pele 
(sensorial setorial) conforme a temperatura normal do corpo. 
Além da termorregulação pelo suor, podemos controlar a temperatura através 
do centro vasomotor localizado no hipotálamo (núcleo de controle de temperatura). 
Ao estímulo do aumento da temperatura a pele manda um P.A para o 
hipotálamo que envia um sinal para o córtex parietal, que reenvia um outro sinal 
para o hipotálamo que envia um P.A para as veias que fazem uma vasodilatação 
nos vasos periféricos da pele, resfriando o sangue, sem aumento do fluxo 
sanguíneo. 
 
 
 
 
 
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O hipotálamo possui um núcleo composto por neurônios que possuem seus 
axônios que servem como sensor regulador da temperatura (fazendo vasodilatação 
ou vasoconstrição). 
Excreção de produtos químicos: Dependendo de alguns produtos químicos e 
da necessidade corporal de absorver as substâncias, pode haver quantidade 
excessiva destes produtos no organismo que é secretado pelas glândulas sebáceas 
dependendo da afinidade com a substância, que vem pelo sistema venoso capilar; 
quando estas glândulas fazem a troca de CO2 e resíduos metabólicos para O2 e 
nutrientes, estes nutrientes além de sais minerais, proteínas trazem junto os 
produtos químicos em excesso que irá entrar em contato com os sebos e o suor, 
que serão eliminados conforme a secreção das glândulas. 
IMPORTANTE 
Vale lembrar que as regiões da pele que apresentam pelos possuem, nos 
folículos capilares, terminações nervosas específicas, cujos axônios envolvem o 
folículo piloso, captando as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Nessas 
regiões também encontram-se os receptores de Ruffini, também chamados 
de corpúsculo de Ruffini, que são estimulados quando a pele é distendida. 
A pele apresenta 3 (três) tipos de receptores:: os corpúsculos de Pacini ou 
de Vater-Pacini; os corpúsculos de Meissner e os discos de Merkel. (ver figura 18) 
Os corpúsculos de Pacini são especializados em captar estímulos vibráteis e 
táteis. Os corpúsculos de Meissner são encontrados nas regiões da pele que não 
apresentam pelos e são especializados em captar estímulos táteis. Os discos de 
Merkel são especializados na captação de estímulos táteis e também de pressão. 
Nas regiões em que são desprovidas de pelo existem os bulbos terminais de 
Krause, que são receptores térmicos de frio e são encontrados nas partes limítrofes 
da pele, como ao redor dos genitais e dos lábios. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 18: Tipos de receptores da pele 
 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Sistema Endócrino 
Ao receber os raios solares a pele forma hormônios (vitamina D3) que irá 
atuar no intestino grosso através da corrente sanguínea, que ajuda o intestino na 
absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão alimentar as células do corpo e 
depositar-se nos ossos. Outra função do sistema endócrino é o estrogênio na pele. 
 
 
 
 
 
 
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PELOS 
 
Os pelos são estruturas delgadas e filamentosas queratinizadas, que se 
projetam da superfície da epiderme da pele e crescem na maior parte do corpo. No 
corpo humano, há dois tipos de pelos, os pelos macios, delicados curtos e claros, 
denominados pelos velos, os pelos duros, grandes, grosseiros, longos e escuros, 
denominados pelos terminais. Os pelos humanos não dão um isolamento térmico 
como os pelos dos animais, em vez disso, os pelos funcionam recebendo 
sensações táteis. 
Estrutura do pelo: O corpo do ser humano encontra-se revestido por uma 
grande diversidade de formações pilosas: cabelos, pelo do corpo, sobrancelhas, 
pestanas, cílios, pelo púbico, pelo axilar, etc. Os pelos são excrescências 
filamentosas e flexíveis que sobressaem da epiderme, que embora tenham uma 
estrutura básica comum, podem apresentar espessura e consistência variáveis e um 
diferente comprimento de acordo com o seu tipo. 
Os pelos são compostos por dois tipos de elementos: a haste, a parte que 
sobressai da pele, e a raiz, a porção interna. Cada pelo encontra-se numa 
depressão da pele correspondente a uma invaginação de tecido epidérmico na 
derme, denominado folículo piloso, onde são produzidos. De fato, a raiz do pelo 
evidencia-se a partir de uma expansão arredondada do folículo denominada bulbo 
piloso, tendo na sua base uma concavidade, denominada papila folicular, à qual 
chegam os vasos sanguíneos que nutrem o folículo e também as fibras nervosas. 
A parte mais profunda do folículo piloso corresponde à matriz germinativa, 
constituída por células epidérmicas cuja multiplicação origina as células que formam 
o próprio folículo e também as que formam o pelo. Esta matriz germinativa é 
igualmente composta por vários melanócitos encarregues da produção dos 
pigmentos, cujo número e grau de atividade, geneticamente condicionados, 
determinam a cor dos cabelos de cada pessoa. 
A formação do pelo, propriamente dita, realiza-se no centro das várias 
camadas celulares concêntricas do folículo piloso. O pelo em si é formado por três 
 
 
 
 
 
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camadas diferentes, do exterior para o interior: a cutícula, a parte mais dura; o 
córtex, a mais espessa; e a medula, a estrutura do pelo. 
Crescimento do pelo: o pelo cresce no folículo piloso a partir de células da 
matriz germinativa que vão, progressivamente, enchendo-se de queratina (a 
proteína fibrosa que constitui a camada córnea da epiderme e que é também a 
principal componente do pelo) até morrerem, passando a constituir a haste do 
filamento que se desloca para o exterior e acaba por sobressair da pele. Este 
crescimento ocorre de forma cíclica, o que proporciona a alternação de períodos de 
crescimento com outros de repouso ao longo da vida. 
A fase de crescimento, ou anagênese, caracteriza-se por uma proliferação 
ativa das células da matriz generativa, durando aproximadamente cerca de três 
anos, embora com variações tanto individuais como relativas à localização do pelo. 
Nessa época é possível constatar um crescimento contínuo do pelo, embora a uma 
velocidade diferente consoante as várias pessoas e também as várias zonas do 
corpo. Por exemplo, o cabelo cresce a uma velocidade que oscila entre os 0,1 e 0,5 
mm por dia, enquanto que o pelo da barba dos homens cresce, em média, cerca de 
0,3 mm por dia, sempre com evidentes diferenças individuais. 
A fase de regressão, ou catagênese, sucessiva à anterior, caracteriza-se por 
uma paragem da atividade folicular durante aproximadamente três semanas. Nesta 
fase, as células da papila folicular atrofiam-se, o que provoca separação não 
imediata, já que ainda mantém a sua união com as bainhas do folículo piloso, da 
base do pelo com a papila, embora continue a deslocar-se até àsuperfície. A fase 
de repouso, ou telogênese, que acontece em seguida, tem a duração de cerca de 
três ou quatro meses. Nesta fase, a inatividade do folículo piloso é total. 
Após o referido período, o ciclo recomeça, através da formação de uma nova 
matriz generativa, que proporciona o crescimento do pelo, o que à medida que o faz 
"empurra" para o exterior o pelo que ocupa a parte mais superficial do folículo, até 
provocar a sua desunião e a emersão, pouco tempo depois, do novo pelo para a 
superfície. A renovação pilosa não ocorre uniformemente em todo o corpo, já que o 
ritmo de atividade de cada folículo é diferente. 
 
 
 
 
 
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Por exemplo, é possível, a qualquer momento, constatar que entre os 
folículos do couro cabeludo existem cerca de 85% em plena fase de atividade, 
enquanto que 1% se encontra em fase de regressão e cerca de 14% em repouso, 
sendo por isso que é absolutamente normal que caiam entre 100 a 150 cabelos por 
dia. 
Elementos do pelo 
O pelo é composto por dois elementos muito particulares: uma glândula 
sebácea e um músculo eretor. A glândula sebácea desagua diretamente no folículo 
piloso e arrasta para o seu interior matéria gorda de modo a lubrificar a superfície do 
pelo. O músculo eretor é formado por um conjunto de reduzidas fibras musculares 
que se encontram unidas à zona média do folículo através de uma extremidade, 
estando ancoradas a um ponto próximo da derme através da outra extremidade. 
A contração destas fibras, desencadeada, entre outros fatores, pelo frio e 
também por estímulos psicológicos como o medo, origina um fenómeno 
denominado "horripilação" caracterizado por um arrepiar dos pelos e uma 
depressão localizada da pele, que adopta o típico aspecto da "pele de galinha". 
 
 
 
 
 
 
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Figura 18: Estrutura do Pelo 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
Os cabelos brancos 
Embora existam vários fatores que interferem na cor do cabelo e dos pelos, 
esta depende, sobretudo do seu conteúdo em melanina e dos pigmentos elaborados 
pelos melanócitos presentes na matriz germinativa. No entanto, a cor do cabelo 
depende também, da disposição das próprias células que compõem o cabelo, já que 
consoante a sua obliquidade irá refletir mais ou menos luz, o que, 
consequentemente, dá ao cabelo um aspecto mais ou menos brilhante e também 
conforme o conteúdo de ar existente entre as células, que lhe dá um tom mais claro. 
Com o passar do tempo, os melanócitos das matrizes germinativas de alguns 
folículos pilosos estagnam e deixam de fabricar pigmentos, o que provoca os típicos 
cabelos brancos, embora estes possam surgir em qualquer idade e com diferentes 
graus consoante as pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Folículos pilosos 
O ser humano tem em torno de 5 milhões de folículos por todo o corpo, 
120.000 deles no couro cabeludo. O folículo piloso ou unidade folicular é uma 
estrutura complexa composta por 1 fio de pelo ou cabelo, com seu respectivo bulbo, 
glândula sebácea e sudorípara, músculo piro-eretor e outros órgãos não menos 
importantes. 
O folículo pode se apresentar em número de um, minoria ou em conjuntos de 
2 a 5 folículos, as famílias foliculares. Para ver estes folículos e as famílias 
foliculares basta olhar para os pelos do seu braço e notar que de alguns saem 1 
pelo, de outros 2 ou 3 e, mais raramente, 4 ou 5 pelos. Estes folículos são a fábrica 
de cabelo, são deles que nascem o fio de cabelo ou pelo, estruturas sem vida e que 
perduram durante séculos. 
Os folículos pilosos, os órgãos nos quais os pelos se formam, também se 
originam da epiderme que invade a derme, a hipoderme ou ambas, estão envolvidos 
por acúmulos densos de tecido conjuntivo fibroso. O conjunto das células que 
compõem a raiz do pelo é denominado matriz, as camadas externas do epitélio do 
folículo formam a bainha externa da raiz, ela envolve várias camadas de células 
derivadas da epiderme, a bainha interna da raiz, constituída por três componentes, 
a camada de Henle, a camada de Huxley, e a cutícula interna da raiz. 
 
 
 
 
 
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Figura 19: Estrutura geral do Pelo 
 
Fonte: Anatomia Geral. Disponível em< https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-
geral/pdf/anatomia-geral.pdf> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNHAS 
São placas córneas, constituídas por células epidérmicas queratinizadas, 
mortas e compactadas, localizadas no dorso das falanges distais dos 
quirodáctilos e pododáctilos (dedos e dos artelhos). As unhas originam-se de 
células da matriz da unha. A lúnula, um crescente branco, é observada na 
extremidade proximal da unha. A extremidade distal da placa ungueal não está 
presa ao leito ungueal, perto desta junção fica um acúmulo do estrato córneo 
denominado hiponíquio. A translucidez das unhas constitui uma indicação rápida 
da saúde de uma pessoa; o rosa indica um suprimento sanguíneo bem 
oxigenado. No leito ungueal, a epiderme apresenta somente a camada basal, que 
se torna opaca na sua parte proximal, formando a lúnula. A matriz apresenta 
intensa atividade proliferativa e é responsável pelo crescimento da unha. 
São compostas por quatro partes denominadas (Figura 20): 
1. Matriz: parte proximal recoberta por prega de pele (prega ungueal 
proximal); 
2. Lâmina ungueal: aderida sobre o leito ungueal; 
3. Dobras laterais: cobrem as bordas laterais da lâmina ungueal; 
4. Borda: livre. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 20: Partes da unha 
 
Fonte: Disponível em:<https://slideplayer.com.br/slide/18032968/> 
Funções: apesar de atualmente lhes ser atribuído um papel basicamente 
estético, já que têm sido desde a Antiguidade, muito cuidadas e enfeitadas, as 
unhas desempenham um papel essencial enquanto elementos funcionais da nossa 
vida quotidiana. De facto, para além de protegerem as pontas dos dedos de todo o 
tipo de golpes e agressões, as unhas servem para esfregar e arranhar, como meio 
instintivo de defesa perante uma situação de perigo e para apertar, separar, dobrar 
e muitas outras ações que necessitem de alguma precisão. 
De fato, embora as funções das unhas sejam muito importantes, costumam 
passar despercebidas, já que apenas quando, por algum motivo, as perdemos, é 
que ficamos, a saber, toda a sua importância, já que os dedos, sem as unhas, 
perdem grande parte da sua funcionalidade. Por outro lado, as unhas participam, 
igualmente, no sentido do tacto, constituindo uma espécie de amplificadores 
sensoriais, pois aumentam as percepções desse tipo na ponta dos dedos, já que o 
mínimo contato sobre a superfície do corpo da unha ou na sua extremidade livre 
proporciona a perfeita percepção do estímulo. 
 
 
 
 
 
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Estrutura e formação: as unhas têm uma estrutura muito semelhante à dos 
pelos, pois são essencialmente constituídas por queratina, a proteína fibrosa 
elaborada pelas células cutâneas, embora também sejam compostas por 
mucopolissacarídeos e determinados minerais. 
De fato, as unhas são, à semelhança dos pelos, produzidas pelas células da 
epiderme encarregues da produção de queratina. Ao longo da face dorsal da 
falange distal de cada dedo, a epiderme dobra-se sobre si própria, penetrando na 
derme, através de uma zona, denominada sulco ungueal, onde as duas camadas da 
epiderme se encontram face a face, uma virada para cima, denominada eponíquio, 
e outra para baixo, o hiponíquio ou leito ungueal, de modo a proporcionarem a 
formação da unha. 
A partir do exterior, não é possível observar toda a extensão do leito ungueal, 
já que existe uma parte, precisamente a que fabrica a unha, denominada matriz 
ungueal, que fica oculta por detrás do sulcoungueal. Embora a epiderme 
pertencente ao eponíquio se desenvolva normalmente e forme todas as camadas 
que lhe são próprias, a epiderme do leito ungueal, não costuma formar uma camada 
córnea normal, já que as suas células elaboram uma queratina muito mais dura que, 
posteriormente, sai do sulco ungueal e desliza sobre o leito ungueal, de modo a 
constituir a lâmina resistente que corresponde à unha propriamente dita. A unha é 
constituída por várias partes. 
A porção da unha que não é observável a olho nu, por se encontrar oculta 
pela dobra da epiderme, denomina-se raiz ungueal. A porção visível denomina-se 
corpo ou lâmina ungueal, sendo da sua extremidade livre que sobressai da ponta do 
dedo. A zona do corpo da unha próxima à raiz apresenta um sector, denominado 
lúnula, especialmente visível no dedo polegar e no primeiro dedo do pé, com a 
forma de meia-lua e com uma cor mais clara, correspondente a uma parte da matriz 
ungueal, sendo igualmente a parte onde a lâmina tem uma maior espessura e não 
deixa transluzir a cor rosada da derme subjacente. 
Em condições normais, o resto da unha é translúcida, deixando transparecer 
a cor do tecido subjacente, que lhe proporciona a cor rosada, já que apenas a lúnula 
e a extremidade livre que sobressai da ponta do dedo são brancas. Quando se 
 
 
 
 
 
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pressiona a unha, constata-se que esta fica mais clara, devido ao facto de a pressão 
dificultar a irrigação da derme, mas ao libertar-se imediatamente a pressão, a unha 
volta a ganhar a sua cor, sendo esta uma das técnicas utilizadas para avaliar o 
funcionamento da circulação. 
Relativamente às dobras existentes nas extremidades da unha, à exceção da 
extremidade livre, é possível distinguir as dobras ou valas laterais e a cutícula, que 
reveste parte da lúnula. (Figura 21) 
 
Figura 21: Partes da unha 
 
 
Fonte: Disponível em:<https://slideplayer.com.br/slide/18032968/> 
 
 
 
 
 
 
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Considerações importantes 
Roer as unhas: onicofagia 
Embora seja muito comum que as crianças roam as unhas, caso se 
mantenha este hábito, menos frequente entre os adolescentes e os adultos, ao 
longo dos anos, pode evoluir para uma doença denominada "onicofagia", que 
normalmente constitui uma forma de evidenciar um certo conflito psicológico e 
emocional. 
De fato, como nestes casos não se trata apenas de um "mau hábito", deve-se 
encontrar a causa do problema, pois pode corresponder uma via de escape perante 
qualquer situação de angústia, uma forma de expressar um sentimento de 
insegurança, de saudade e abandono ou de cólera reprimida, ou ser sinal de um 
estado de ansiedade. 
Embora existam inúmeros recursos e remédios caseiros para se proceder à 
eliminação deste "hábito" nas crianças, como por exemplo, pintar as unhas com um 
verniz de sabor desagradável ou ligar os dedos, aplicar uma série de castigos caso 
se efetue o gesto ou, por outro lado, promessas caso se deixe o hábito, os 
resultados positivos costumam ser fracos, já que não se procede à eliminação da 
principal causa, pois o tratamento deve passar pelos recursos externos, como a 
análise e correção das causas que levam a criança a roer as unhas. Por isso, o 
mais conveniente é analisar a situação específica de cada caso e proceder-se ao 
seu tratamento adequado, que muitas vezes necessita de psicoterapia individual ou 
familiar. 
Unhas deformadas ou descoloridas 
Existem inúmeros traumatismos e afecções que podem provocar 
deformações ou alterações na cor das unhas. Qualquer tipo de lesão ou irritação na 
matriz ungueal e o contato com produtos químicos agressivos podem originar um 
espessamento da unha ou a formação de estrias e fissuras. 
Para, além disso, existem algumas doenças, como a psoríase e as infecções 
provocadas por fungos, que também podem provocar o mesmo tipo de efeito. A 
anemia por carência de ferro e várias doenças cardiopulmonares que provoquem 
 
 
 
 
 
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um défice de oxigenação podem favorecer a produção de unhas em forma de 
colher. Existem igualmente inúmeras afecções que podem perturbar pontualmente o 
crescimento da unha e originar o aparecimento de uma estria transversal persistente 
que se irá deslocar à medida que a unha cresce até alcançar a extremidade livre da 
mesma. 
Existem várias causas que podem alterar a coloração das unhas. Um 
traumatismo pode provocar o aparecimento de uma ou mais zonas esbranquiçadas 
que se irão deslocar com a própria unha à medida que esta cresce, uma infecção 
bacteriana pode fazer com que a unha adopte uma cor esverdeada, uma infecção 
por fungos pode proporcionar uma descoloração, uma afecção hepática pode 
conferir uma coloração amarelada às unhas. 
Em suma, como existem inúmeras possíveis causas para as deformações e 
alterações da cor das unhas, umas banais e outras mais sérias, convêm que seja o 
médico a detectar a sua origem e a determinar, caso seja necessário, o tratamento 
mais adequado para cada caso. 
 
 
 
 
 
 
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HIPODERME 
A hipoderme (do grego hipo = abaixo; derma = pele), também denominada de 
tecido celular subcutâneo ou panículo adiposo, é a camada mais profunda da pele, 
localizada abaixo da derme e unindo-a à fáscia muscular subjacente. 
Apesar de sua estreita relação funcional com a pele, não é considerada parte 
constituinte da pele/sistema tegumentar. Composta por células adiposas, age como 
isolante térmico, e reserva calórica. Em determinadas regiões do corpo, protege 
contra traumas, atuando como amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na 
camada da hipoderme pode variar, dependendo da região do corpo, da idade e 
sexo. 
Principais funções: 
 Sustentar e proteger órgãos; 
 Promover isolamento térmico; 
 Depositar material lipídio energético nos adipócitos; 
 Distribuir substâncias e nutrientes no organismo. 
É um tecido complexo constituído por adipócitos, as células especializadas 
no armazenamento de gordura. A hipoderme atua como reserva energética, 
proteção contra choques mecânicos e isolante térmico. Está organizada em lóbulos 
de gordura divididos por septos fibrosos compostos de colágeno, por onde correm 
vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. (Figura 22) 
 
 
 
 
 
 
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Figura 22: Hipoderme 
 
Fonte: https://afh.bio.br/sistemas/tegumentar 
 
Duas camadas podem ser detectadas: 
 Camada areolar: é a mais superficial, caracterizada por adipócitos globulares 
e volumosos e numerosos e delicados vasos. 
 Camada lamelar: mais profunda, apresentando aumento da espessura com 
ganho de peso (hiperplasia). 
Essas duas camadas são separadas pela lâmina fibrosa. Os vasos 
sanguíneos e linfáticos, os feixes nervosos e os folículos pilosos também 
atravessam a hipoderme. Abaixo do tecido subcutâneo encontra-se a fáscia 
muscular. 
As principais funções da hipoderme são: reservatório energético, isolante 
térmico, protetora contra choque mecânicos, modeladora da superfície corporal e 
fixadora dos órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
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Figura 23: sistema tegumentar nas partes do corpo 
 
Fonte: https://afh.bio.br/sistemas/tegumentar 
 
 
Figura 24: as camadas da pele humana 
 
As camadas da pele humana 
 
 
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Epiderme 
• é a camada mais superficial da pele e protege o corpo das 
agressões externas 
• não possui vasos sanguíneos 
• dá origem aos anexos cutâneos: unhas, pelos, glândulas sudo- 
ríparas e glândulas sebáceas 
 
Derme 
• localizada entre a epiderme e a hipoderme, é responsável pela 
resistência e pela elasticidade da pele 
• na derme estão localizados os vasos sanguíneos e vários tipos 
de sensores de estímulos 
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Hipoderme 
• é a terceira e última camada da pele, formada basicamente por 
células de gordura

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