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Leishmaniose - APG 30

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APG - SOI III Bianca Cardoso - Medicina 3 o Período 
LEISHMANIOSE 
As promastigotas Leishmania são transmitidas por 
mosquitos-pólvora (Phlebotomus e Lutzomyia) a 
hospedeiros vertebrados. Os mosquitos vetores se 
infectam ao picarem seres humanos ou animais 
infectados.
Fisiopatologia e Sinais e Sintomas 
Após a inocu lação por mosqui to-pó lvora , 
promastigotas extracelulares são fagocitadas pelos 
macrófagos hospedeiros; no interior dessas células, 
se transformam em amastigotas.
Ciclo biológico heteroxeno 
Reprodução assexuada 
Amastigota: forma arredondada e sem flagelos. 
Infectam os macrófagos dos vertebrados. Presente 
nos vertebrados.
Promastigoras: formas alongadas e com flagelos 
mais longos. Encontrados no tubo digestivo do 
mosquito.
Paramastigotas: flagelo mais curto, encontradas 
aderidas ao epitélio do trato digestivo do mosquito. 
O período de incubação da infecção até a 
manifestação das lesões pode variar de 2 semanas a 
3 meses, dependendo da interação da cepa e do 
sistema imune da pessoa.
Os parasitas podem permanecer localizados na pele 
ou se disseminarem para a mucosa da nasofaringe 
ou para medula óssea, baço, fígado e, algumas 
vezes, para outros órgãos, resultando nas 3 principais 
apresentações clínicas da leishmaniose:
• Cutânea 
- Úlcera oriental ou tropical, furúnculo de Delhi ou 
Aleppo e, no Brasil, calaza ou úlcera de Bauru.
- Principais espécies causadoras: L. major e L. 
tropica (sul da Europa, Ásia e África); L. mexicana 
(México e Américas Central e Sul); L. braziliensis 
(Américas Central e Sul).
- Caráter zoológico, acomete humanos e animais 
- Causada por protista, transmitida por mosquito 
(mosquito palha ou pólvora)
- Causam manifestações cutâneas 
- Produz uma lesão de pele bem demarcada no local 
da picada do inseto após várias semanas a meses. 
- Lesões múltiplas podem ocorrer após picadas 
múltiplas infectadas ou disseminação metastática. 
Sua aparência varia. 
- A lesão inicial na maioria 
das vezes é uma pápula 
que aumenta lentamente, 
ulcera-se no centro e 
desenvolve uma borda 
eritematosa elevada, na 
qual parasitas intracelulares 
estão concentrados. 
- Úlceras são tipicamente 
indolores e não provocam qualquer sintoma 
sistêmico, a menos que estejam infectadas 
secundariamente. 
- Lesões de leishmaniose cicatrizam de forma 
espontânea após meses, mas podem persistir 
durante anos. Deixam uma cicatriz deprimida, 
semelhante a uma queimadura. 
- A evolução depende das espécies de Leishmania 
spp e do estado imune do hospedeiro.
Se subdividem em: 
a) Cutânea: Formação de úlcera, arredondadas e 
grandes na pele 
b) Cutânea mucosa: desfigurante, ataca cartilagens 
e mucosas 
c) Cutânea difusa: sem feridas e não ataca 
cartilagens. Há formação de nódulos que 
aparecem na epiderme 
• Mucocutânea (espúndia) 
- Causada principalmente por L. braziliensis, mas às 
vezes ocorre por outras espécies de Leishmania. 
- Considera-se que parasitas se disseminam da 
lesão inicial na pele através dos vasos linfáticos e 
do sangue para os tecidos nasofaríngeos. 
- Os sinais e sintomas da leishmaniose na mucosa 
tipicamente desenvolvem-se meses a anos depois 
do aparecimento da lesão cutânea.
- Tipicamente começam com uma ou mais úlceras 
cutâneas primárias. A disseminação para a mucosa 
via vasos linfáticos e corrente sanguínea 
provavelmente ocorre precocemente na infecção. 
- As lesões cutâneas cicatrizam espontaneamente; 
contudo, as lesões progressivas da mucosa podem 
não se tornar evidentes por 
meses ou anos. 
- Tipicamente, pacientes têm 
congestão nasal, secreção 
e dor. 
- Ao longo do tempo, a 
infecção pode evoluir, 
resultando em mutilação 
importante do nariz, palato, 
faringe oral ou face.
• Visceral 
- calamar, febre Dum Dum.
APG - SOI III Bianca Cardoso - Medicina 3 o Período 
- Tipicamente causada por L. donovani ou L. 
infantum (anteriormente chamada L. chagasi na 
América Latina) e ocorre na Índia, África (em 
particular no Sudão), Ásia Central, bacia do 
Mediterrâneo, Américas do Sul e Central e, 
algumas vezes, na China. 
- Os parasitas se disseminam do local da picada na 
pele para linfonodos, baço, fígado e medula óssea, 
causando sintomas sistêmicos. 
- Infecções subclínicas são comuns; somente uma 
minoria de pessoas infectadas desenvolve doença 
visceral progressiva. 
- A infecção sintomática por L. infantum é mais 
comum nas crianças do que nos adultos. 
- A leishmaniose visceral é uma infecção oportunista 
em pac ientes com a ids ou out ros com 
comprometimento imunitáro.
- As manifestações cl ínicas geralmente se 
desenvolvem de forma gradual, semanas a meses 
após a inoculação do parasita, mas podem ser 
agudas. 
- Ocorrem febre irregular, hepatosplenomegalia, 
pancitopenia e hipergamaglobulinemia policlonal 
com uma razão albumina:globulina invertida. Em 
alguns pacientes, há picos de temperatura 2 vezes/
dia. 
- Raramente ocorrem lesões cutâneas. 
- Emagrecimento e morte ocorrem dentro de meses 
a anos em pacientes com infecções progressivas. 
- Pacientes com infecções assintomáticas, 
autolimitadas e que sobrevivem (após sucesso 
terapêutico) são resistentes a ataques adicionais, a 
menos que a imun idade ce lu l a r es te j a 
comprometida (p. ex., pela aids). 
- Pode ocorrer recidiva anos depois da infecção 
inicial.
• Leishmaniose cutânea pós-calazar 
- Pode ocor re r depo is do t ra tamento da 
leishmaniose visceral em pacientes no Sudão e na 
Índia. 
- Caracterizada por lesões cutâneas achatadas ou 
nodulares que contêm muitos parasitas. 
- Em pacientes sudaneses, essas lesões se 
desenvolvem no final ou depois de 6 meses de 
tratamento e se resolvem espontaneamente em 
alguns meses a um ano mais tarde. Em pacientes 
da Índia e países adjacentes, as lesões cutâneas 
geralmente se desenvolvem 1 a 2 anos após o 
término do tratamento e podem perdurar por vários 
anos. Acredita-se que as lesões por LCPC sejam 
um reservatório para a propagação da infecção 
nessas regiões.
Diagnóstico 
Tratamento 
Contra-Indicações de Glucantime
Tuberculose pulmonar, insuficiência hepática ou 
renal grave e doença cardíaca grave. Miocardite, 
hepatite, nefrite e gravidez; pneumonia; crianças com 
menos de 18 meses.
REFERÊNCIAS: 
•

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