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APG - SOI III Bianca Cardoso - Medicina 3 o Período LEISHMANIOSE As promastigotas Leishmania são transmitidas por mosquitos-pólvora (Phlebotomus e Lutzomyia) a hospedeiros vertebrados. Os mosquitos vetores se infectam ao picarem seres humanos ou animais infectados. Fisiopatologia e Sinais e Sintomas Após a inocu lação por mosqui to-pó lvora , promastigotas extracelulares são fagocitadas pelos macrófagos hospedeiros; no interior dessas células, se transformam em amastigotas. Ciclo biológico heteroxeno Reprodução assexuada Amastigota: forma arredondada e sem flagelos. Infectam os macrófagos dos vertebrados. Presente nos vertebrados. Promastigoras: formas alongadas e com flagelos mais longos. Encontrados no tubo digestivo do mosquito. Paramastigotas: flagelo mais curto, encontradas aderidas ao epitélio do trato digestivo do mosquito. O período de incubação da infecção até a manifestação das lesões pode variar de 2 semanas a 3 meses, dependendo da interação da cepa e do sistema imune da pessoa. Os parasitas podem permanecer localizados na pele ou se disseminarem para a mucosa da nasofaringe ou para medula óssea, baço, fígado e, algumas vezes, para outros órgãos, resultando nas 3 principais apresentações clínicas da leishmaniose: • Cutânea - Úlcera oriental ou tropical, furúnculo de Delhi ou Aleppo e, no Brasil, calaza ou úlcera de Bauru. - Principais espécies causadoras: L. major e L. tropica (sul da Europa, Ásia e África); L. mexicana (México e Américas Central e Sul); L. braziliensis (Américas Central e Sul). - Caráter zoológico, acomete humanos e animais - Causada por protista, transmitida por mosquito (mosquito palha ou pólvora) - Causam manifestações cutâneas - Produz uma lesão de pele bem demarcada no local da picada do inseto após várias semanas a meses. - Lesões múltiplas podem ocorrer após picadas múltiplas infectadas ou disseminação metastática. Sua aparência varia. - A lesão inicial na maioria das vezes é uma pápula que aumenta lentamente, ulcera-se no centro e desenvolve uma borda eritematosa elevada, na qual parasitas intracelulares estão concentrados. - Úlceras são tipicamente indolores e não provocam qualquer sintoma sistêmico, a menos que estejam infectadas secundariamente. - Lesões de leishmaniose cicatrizam de forma espontânea após meses, mas podem persistir durante anos. Deixam uma cicatriz deprimida, semelhante a uma queimadura. - A evolução depende das espécies de Leishmania spp e do estado imune do hospedeiro. Se subdividem em: a) Cutânea: Formação de úlcera, arredondadas e grandes na pele b) Cutânea mucosa: desfigurante, ataca cartilagens e mucosas c) Cutânea difusa: sem feridas e não ataca cartilagens. Há formação de nódulos que aparecem na epiderme • Mucocutânea (espúndia) - Causada principalmente por L. braziliensis, mas às vezes ocorre por outras espécies de Leishmania. - Considera-se que parasitas se disseminam da lesão inicial na pele através dos vasos linfáticos e do sangue para os tecidos nasofaríngeos. - Os sinais e sintomas da leishmaniose na mucosa tipicamente desenvolvem-se meses a anos depois do aparecimento da lesão cutânea. - Tipicamente começam com uma ou mais úlceras cutâneas primárias. A disseminação para a mucosa via vasos linfáticos e corrente sanguínea provavelmente ocorre precocemente na infecção. - As lesões cutâneas cicatrizam espontaneamente; contudo, as lesões progressivas da mucosa podem não se tornar evidentes por meses ou anos. - Tipicamente, pacientes têm congestão nasal, secreção e dor. - Ao longo do tempo, a infecção pode evoluir, resultando em mutilação importante do nariz, palato, faringe oral ou face. • Visceral - calamar, febre Dum Dum. APG - SOI III Bianca Cardoso - Medicina 3 o Período - Tipicamente causada por L. donovani ou L. infantum (anteriormente chamada L. chagasi na América Latina) e ocorre na Índia, África (em particular no Sudão), Ásia Central, bacia do Mediterrâneo, Américas do Sul e Central e, algumas vezes, na China. - Os parasitas se disseminam do local da picada na pele para linfonodos, baço, fígado e medula óssea, causando sintomas sistêmicos. - Infecções subclínicas são comuns; somente uma minoria de pessoas infectadas desenvolve doença visceral progressiva. - A infecção sintomática por L. infantum é mais comum nas crianças do que nos adultos. - A leishmaniose visceral é uma infecção oportunista em pac ientes com a ids ou out ros com comprometimento imunitáro. - As manifestações cl ínicas geralmente se desenvolvem de forma gradual, semanas a meses após a inoculação do parasita, mas podem ser agudas. - Ocorrem febre irregular, hepatosplenomegalia, pancitopenia e hipergamaglobulinemia policlonal com uma razão albumina:globulina invertida. Em alguns pacientes, há picos de temperatura 2 vezes/ dia. - Raramente ocorrem lesões cutâneas. - Emagrecimento e morte ocorrem dentro de meses a anos em pacientes com infecções progressivas. - Pacientes com infecções assintomáticas, autolimitadas e que sobrevivem (após sucesso terapêutico) são resistentes a ataques adicionais, a menos que a imun idade ce lu l a r es te j a comprometida (p. ex., pela aids). - Pode ocorrer recidiva anos depois da infecção inicial. • Leishmaniose cutânea pós-calazar - Pode ocor re r depo is do t ra tamento da leishmaniose visceral em pacientes no Sudão e na Índia. - Caracterizada por lesões cutâneas achatadas ou nodulares que contêm muitos parasitas. - Em pacientes sudaneses, essas lesões se desenvolvem no final ou depois de 6 meses de tratamento e se resolvem espontaneamente em alguns meses a um ano mais tarde. Em pacientes da Índia e países adjacentes, as lesões cutâneas geralmente se desenvolvem 1 a 2 anos após o término do tratamento e podem perdurar por vários anos. Acredita-se que as lesões por LCPC sejam um reservatório para a propagação da infecção nessas regiões. Diagnóstico Tratamento Contra-Indicações de Glucantime Tuberculose pulmonar, insuficiência hepática ou renal grave e doença cardíaca grave. Miocardite, hepatite, nefrite e gravidez; pneumonia; crianças com menos de 18 meses. REFERÊNCIAS: •
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