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Sistema Vascular · Artérias · Preâmbulos - 3 camadas: endotélio, média e adventícia - Com o envelhecimento há o espessamento subendotelial - Vascularização: vasa vasorum - Inervação simpática = constrição → todos - Inervação vagal = incerta - Sístole: paredes elásticas dilatam-se - Diástole: paredes voltam ao formato normal · Fluxo sanguíneo - Gradiente de pressão = VE → periferia - O que determina a maior pressão de resistência são as arteríolas - Inervação simpática = coração e todos naives vasculares → exceto capilares - Inervação parassimpática = coração e órgãos eréteis - Seios carotídeos promovem redução da FC e vasodilatação se a TA está elevada - FNA (átrios e AP) promovem a natriurese se houver hipervolemia - Estresse = aumento da resistência periférica e vasoconstrição por liberação de noradrenalina e adrenalina - Noradrenalina = vasoconstritora - Adrenalina = vasodilatadora no coração e músculos esqueléticos - Bradicinina, histamina, Na+, Mg+ e K+ = reduzem tônus - Contração do esfíncter pé-capilar = ↓ oferta de O2 → o oposto é verdadeiro · Anamnese · Sexo - Homens = Tromboangeíte obliterante - Mulheres = Takayasu e vasoespásticas · Idade - < 40 anos = vasculares-reumáticas, ruptura de aneurisma - 5ª década = aterosclerose - > 60 anos = arterite temporal · Antecedentes pessoais - Sífilis, doença reumática, diabetes, HAS - Trabalho em câmaras frias = vasoespasmo de extremidades · Tabagistas - Vasoespasmo, edema da íntima, aumenta a adesividade das plaquetas · Gorduras: aterosclerose · Medicamentos derivados do ergot → usados em pacientes com enxaqueca · Sinais e sintomas · Claudicação intermitente - Anda → dói → para → descansa → anda... - Caráter progressivo, distâncias menores - Extremo: dor em repousar ao se deitar → dormir com membros pendentes fora da cama → efetivo até que o edema cause mais uma obstrução e dor · Cor da pele a) Palidez - Redução do fluxo sanguíneo b) Cianose - Lentidão do fluxo existente c) Eritrocianose - Cor rubra-roxa que traduz tentativa desesperada de evitar a necrose d) Rubor - Vasodilatação e) Livedo - Fechamento de microartérias terminais - Cianose em forma de rede, emoldurando uma área de palidez - Quando mais intenso → cútis marmorata · Fenômeno de Raynaud - Sequência = Palidez → Cianose → Rubor - Nem todas as 3 fases estão presentes sempre, mas a ordem é essa - Piora com frio e alterações emocionais · Fisiopatogenia - 1º = espasmos arteríolas - 2º = espasmos das vênulas - 3º = vasodilatação global · Etiologia - Indefinida: primária → Doença de Raynaud - Secundária a colagenase, neuropatia, hematopatia, compressão nervosa → Síndrome de Raynaud · Frio local - Traduz insuficiência arterial - Mais intenso conforme mais aguda for a oclusão e menos tempo para circulação colateral · Edema - Fator mais relevante em doenças venosas e linfática - Ocorre por: aumento da permeabilidade capilar, pé pendentes, TV associada, inflamação decorrente de patologias associadas · Atrofias a) Agudas - Sem tempo para formação de circulação colateral → bolha, edema, gangrena - Bolhas = irreversibilidade do processo - Gangrena = morte celular - Gangrena úmida = limites imprecisos, dolorosa, sinais de flogose, cheiro desagradável, purulenta, ainda tem flexibilidade → emergência - Gangrena seca = limites precisos, sulco de delimitação e aspecto mumificado - Gangrena gasosa ocorre por incapacidade de processar o O2 pelas células devido a toxinas bacterianas b) Crônicas - Delgada, lisa, brilhante, facilmente traumatizada - Tecido subcutâneo raro, queda de pelos, unhas caídas - Calosidades = em pontos de apoio, dolorosas, ulceradas - Úlceras = extremidades, dolorosas e com material necrótico → preferência pela área lateral da perna - Mal perfurante plantar = úlceras indolores, bordas circulares bem definidas, em membros inferiores ou polpas digitais, que ocorrem em DM e MH · Exame físico · Inspeção - Alteração de cor da pele - Presença ou ausência de: pelos, unhas, calosidades, gangrenas - Avaliar presença de batimentos arteriais: hipertensão, arteriosclerose, aneurisma, fístula arteriovenosa - Relação das alterações especialmente com membros pendentes · Palpação a) Temperatura da pele: avaliar com o dorso das mãos b) Elasticidade da pele c) Umidade da pele - Hiper-hidrose: distrofia simpático-reflexa, síndrome hiperdinâmicas - Anidrose: hanseníase, Horner d) Frêmito - Sistólico: aneurisma ou estenose vascular - Contínuo: FAV - Graduar em cruzes: +/++++ e) Pulsos homólogos f) Rotina de exame - Carótidas, radiais, ulnar, femorais, pediosas, tibial posterior · Palpação dos pulsos a) Carótidas - Evitar palpar ambas as carótidas simultaneamente para não induzir AVCi - Não palpar com vigor demasiado para não causar desprendimento de trombos fixos a uma placa de ateroma b) Radiais - Face lateral do antebraço - Jamais com o 1º dedo c) Ulnar - Face interna do antebraço - Jamais com o 1º dedo - Solicitar que o paciente prone a mão ajuda d) Femorais - Abaixo do ligamento inguinal, na porção média → trígono de Scarpa - Superficial - Evitar compressão vigorosa para não causar falso frêmito e) Pediosas - Entre o primeiro e segundo metatarso f) Tibial posterior - Região retro-maleolar interna - Palpação facilitada se o paciente flexionar discretamente os joelhos · Ausculta - Sopros - +/+++ - Intensificados se aumentar a demanda de sangue distal à obstrução - Sistólicos ou contínuos · Manobras · Manobra da marcha - Andar até que surja a dor e incapacidade funcional · Manobra da isquemia provocada - 1º com paciente deitado: observar a coloração plantar - 2º elevar os membros em 90º por 1min - Analisar se há alterações de cor entre as regiões plantares após 12s de repouso - Se houver dúvida, repete-se a manobra solicitando ao paciente que faça flexões e extensões do pé durante a elevação · Manobra do enchimento venoso - Enchimento → ordenha → enchimento novamente das veias em até 10s - Muitos fatores de confusão - Uso limitado · Manobra da hiperemia reativa - Ordenha dos membros inferiores - Insuflar o manguito até acima da TA sistólica e abaixar os membros após - Manter o manguito inflado por 3min e desinsuflar - Normal = coloração vermelha chega aos dedos em 2 min - Isquemia = coloração demora mais de 2min para chegar aos dedos · Manobra de Allen - Avalia oclusão das artérias ulnar e radial - Contração firme e vigorosa dos dedos → compressão de ambas as artérias → solta uma delas → mão deve voltar a cor normal · Doenças das artérias · Síndrome do desfiladeiro torácico - Dor e dormência no braço, antebraço, mãos e dedos - Ocorre quando estica ou eleva os braços acima da cabeça por alguns minutos - Pode haver extremidades frias ou edema no ombro - 20 e 50 anos de idade ou após fratura de costas ou clavícula · Manobra de Adson - Virar a cabeça em direção ao ombro sintomático - Estender e abduzir o MS e inspirar profundamente - Positivo =se o pulso diminuir ou se os sintomas forem reproduzidos durante a manobra - Sensibilidade de 72% e especificidade de 52% · Isquemia aguda de membros - Sintomas: formigamento, dormência e dor, incapacidade funcional, perda/redução da sensibilidade - Sinais: Palidez → cianose (difícil reversibilidade), frialidade local, contratura isquêmica de Volkmann, bolhas e pulsos débeis ou ausentes · Isquemia crônica de membros - Fatores de risco comuns a isquemias em outros locais - Lenta evolução para inviabilidade → desenvolvimento de circulação colateral · Inviabilidade - Cianose fixa na pele - Lesões bolhosas - Ausência de sensibilidade - Paralisia ou contração isquêmica - Incapacidade funcional - Perda de sensibilidade · Aneurisma - Dilatação da parede de um vaso - Congênito ou adquirido - Verdadeiros: formados por todas as camadas da artéria - Falsos: falta alguma camada a) Aneurisma micótico - Adquirido - Infecção da parede da artéria → geralmente tem causa base de endocardite b) Aneurisma dissecante - Entrada de sangue abaixo da camada íntima e dissecção desta · Veias · Termosgerais - Capilares → vênulas → veias → coração - Perfurantes: comunicam superficiais e profundas - Comunicantes: interligam superficiais e profundas entre si - Paredes mais finas e elásticas - Estruturas vetoriais dotadas de válvulas → reservatório e condução - Safena magna fica anterior ao maléolo medial - Retorno venoso: fluxo de sangue que chega ao AD → contração muscular periódica é o agente propulsor do fluxo venoso e as válvulas são o agente orientador do sentido · AD - Pressão próxima a 0mmHg - Aumentos da pAD dificultam o retorno venoso → estase venosa (distensão jugular) → edema periférico · Fatores que facilitam o enchimento do AD - Hipovolemia discreta - Sístole do VD - Diástole do VD · Anamnese - Gravidezes, cirurgias prévias, traumas prévios, imobilização prolongada, uso de ACOrais (TVP e varizes), neoplasias no passado, atividade física · Sinais e sintomas · Dor - Geralmente em peso → pode assumir outras formas - Estase venosa com dilatação da parede da veia - Piora ao final do dia, pé para baixo, e estar parado - Melhora com deambulação · Edema - Mole e depressível - Peri-maleolar para proximal - Piora quando fica muito tempo sentado e melhora ao repouso · Celulite - Depósito de substâncias proteicas - Coloração vermelho-acastanhada · Hiperpigmentação - Depósito de hemossiderina - Acastanhado · Eczema de estase · Úlcera venosa - Peri-maleolar interna - Depósito de agente promotores da resposta celular - Rasa, bordas nítidas - Menos dolorosa do que a arterial - Dor melhora com a elevação do membro - 2/3 inferiores - Gera dermatofibrose (cicatrizes) · Doença das veias · Trombose venosa profunda - Tríade de Wirchow - Dor, pele quente, aumento da trama venosa superficial, e edema (sinal comum 80%) · Sinal de Homans - Dorsiflexão forçada do pé gerando dor na panturrilha · Sinal de Olow - Compressão da panturrilha contra ossos da perna causando dor · Síndrome pós-trombótica - Sequela da hipertensão venosa crônica que se instala após uma TVP - Incompetência das válvulas por dilatação venosa - Fluxo passa a ser profundo - Sintomas iguais aos das varizes, porém mais intensos - Dilatação venosa, dermatite ocre, úlceras, fibrose local Stephanie rocha pereira txxI 2
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