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( Sistema vascular ) · O Sistema vascular compreende as estruturas arteriais, venosas e linfáticas. · Os grandes vasos arteriais são estudados em conjunto com o sistema cardiovascular, restando os vasos periféricos e de menor calibre para um estudo a parte. ( Artérias ) · As principais doenças relacionadas são: · Insuficiência arterial aguda ou oclusão arterial aguda: As artérias periféricas podem sofrer oclusão aguda por trombo, êmbolo, dissecção da aorta ou síndrome de compartimento aguda. São os 5 P’s: palidez, pele fria, parestesia, pulso ausente, pain (dor). · Insuficiência arterial crônica ou doença arterial periférica (DAP): É a aterosclerose dos MMII que acarreta isquemia. Varia de quadros leves, assintomáticos, até quadros graves com úlceras e gangrena. ITB = dx insuficienca arterial crônica (DAP) · Vasoespasmo: Estreitamento temporário que reduz o fluxo de sangue. Secundário a distúrbios hereditários, neurológicos, imunológicos, entre outros. · Os principais sinais e sintomas das afecções arteriais são a dor, alterações da cor e temperatura, alterações tróficas e o edema. · Dor: Pode manifestar-se como formigamento, queimação, constrição ou aperto, cãibras, sensação de peso ou fadiga. · A claudicação intermitente é um tipo de dor que surge após a realização de um exercício e vai aumentando de intensidade com a sua continuação, podendo obrigar o paciente a interromper o que estiver fazendo. (DAP – Doença arterial periférica – crônica) Exercício → Dor → Repouso → Alívio da dor Exercicio → Dor · Alterações na cor da pele: A cor da pele depende do fluxo sanguíneo, grau de oxigenação da hemoglobina e da presença de melanina. · Palidez: Ocorre quando há redução acentuada do fluxo sanguíneo. · Cianose: Fluxo de sangue lento, com consumo de quase todo oxigênio. · Fenômeno de Raynoud: (vasoespasmo) Alteração de coloração caracterizada por palidez, cianose e rubor de aparecimento sequencial. Não necessariamente passa pelas três fases. Pode ser desencadeado pelo frio e alterações emocionais, estando presente em diversas doenças do tecido conjuntivo, arteriopatias, afecções hematológicas, traumatismos neurovasculares, entre outros. · Alterações das temperatura da pele: a obstrução arterial com redução do aporte sanguíneo provoca uma diminuição da temperatura da pele (frialdade). Quanto mais intenso o vasoespasmo, ou maior a obstrução, menor a temperatura do membro. · Alterações tróficas: correspondem a atrofia da pele, diminuição de tecido subcutâneo, queda de pêlos, alterações ungueais, calosidades, úlceras de difícil cicatrização, edema, bolhas (grau avançado e irreversível de isquemia) e gangrena (necrose ou morte dos tecidos) · Gangrena úmida: pele fina, edema, dor, drenagem de secreção fétida e serosa, e pode ter bolhas · Gangrena seca: pele enrijecida, dura, aderida, não drena secreção, inicialmente é dolorosa mas depois se torna indolor, odor fétido, aspecto mumificado · A maior parte dessas alterações acontecem em afecções crônicas. ( Veias ) · Para o diagnóstico das doenças das veias, destacam-se os seguintes dados dos antecedentes pessoais: números de gestações (surgimento de varizes), cirurgias prévias, traumatismos, permanência prolongada no leito, imobilização prolongada, uso de anticoncepcionais, antecedentes neoplásicos e prática de esportes. · A hereditariedade é um fator importante para o surgimento de varizes. · Os principais sinais e sintomas das doenças venosas são a dor, as alterações tróficas, as hemorragias e a hiperidrose. · Dor: a principal queixa dos pacientes com varizes em membros inferiores é a dor, sendo referida como peso nas pernas, queimação, ardência, cansaço, cãibras, formigamento, dolorimento, fincada, pontada ou ferroada. Nas mulheres, essa dor se tornas mais frequente nos períodos pre e pós menstrual. Geralmente é mais intensa no período vespertino, ao final da jornada de trabalho, após longas caminhadas ou longos períodos em ortostatismo. Melhora com a elevação dos membros e até com a deambulação. · Alterações tróficas: Edema, celulite, hiperpigmentação, eczema, dermatofibrose, úlcera · Edema: Costuma surgir no período vespertino e desaparece no repouso, sendo mais intenso em pessoas que permanecem muito tempo sentadas ou com os pés pendentes. Evidente ao final de longas viagens. O edema é mole, depressível, e localiza geralmente em regiões perimaleolares. Nas síndromes pós-trombóticas, o edema se torna permanente com aumento global do volume do pé, perna e coxas. · Celulite: A medida que o edema se torna crônico, acumulam substâncias proteicas no interstício do subcutâneo, desencadeando reações inflamatórias da pele. A pele torna-se castanho-avermelhada, com aumento da temperatura e dor no local. Geralmente tem infecção bacteriana associada. · Hiperpigmentação (dermatite ocre): Na hipertensão venosa de longa duração surgem manchas acastanhadas na pele, esparsas ou confluentes, no terço inferior do membro acometido, mais frequentemente na região perimaleolar interna. · Eczema ou dermatite de estase: O eczema varicoso pode ser agudo ou crônico. Caracteriza-se por pequenas vesículas com líquido seroso e são pruriginosas. É atribuído à Insuficiência venosa crônica (IVP). · Úlcera: É uma complicação da IVP (insuficiência venosa periférica) grave, devido a varizes ou trombose. Pode surgir a partir de mínimos traumatismo, como o ato de coçar, ou em locais de ruptura de varizes. A localização geralmente é perimaleolar, mas podem surgir em outros locais. Sendo rasa, de bordas delimitadas e menos dolorosa que a isquêmica. · Dermatofibrose: Em paciente com IVP crônica, devido repetidos surtos de celulite e ulcerações que cicatrizam, acabam desenvolvendo uma fibrose do tecido subcutâneo e da pele, com diminuição da espessura da perna e o aspecto “gargalo de garrafa”. Em casos avançados pode levar a uma anquilose e comprometer a articulação tibiotársica. · Hemorragias: As varizes, principalmente as dérmicas, rompem-se com relativa frequência, seja espontaneamente ou após trauma, causando hemorragias de grau variável. · Hiperidrose: Na IVP crônica de longa duração e grau acentuado, é comum o aparecimento de sudorese profusa no terço distal das pernas. · Doenças das veias: · Insuficiência venosa periférica / Varizes de MMII: muito comum em mulheres e idosos, que ocorre devido um mau funcionamento das válvulas existentes nas veias. A clínica é a dor e o edema já descritos. Sempre avaliar o CEAP do paciente. IVP CRÔNICA– CLASSIFICAÇÃO CEAP (Clinica, Etiológica, Anatômica e Patológica) · TVP / Trombose venosa profunda: é quando um coágulo obstrui o fluxo venoso. Geralmente cursa com dor intensa, súbita, contínua e edema unilateral. · Ao exame físico: sinal de Homans (dorsiflexão do pé com dor em panturrilha), sinal de Branckoft (dor a palpação profunda da panturrilha), sinal da bandeira negativo (panturrilha empastada), aumento do diâmetro da panturrilha > 3cm, edema depressível unilateral. · Dx clínico e exame confirmatório é o doppler venoso de MMII (duplex scan de MMII)
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