Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Julia Paris Malaco – UCT22 Neoplasia endócrina múltipla (NEM) Herança autossômica dominante Relação com a inativação da proteína MENIN – a qual é um gene supressor tumoral – e sua falha acarreta em NEM. Apresenta uma característica genética e tende a se desenvolver a partir dos 20 anos Familiar: Presença de tumor em pelo um dos três tecidos mais frequentemente afetados em parente de 1º grau O NEM consiste em duas ou mais neoplasias endócrinas acontecendo juntas. NEM 1 Rastreamento bioquímico em pacientes com histórico familiar – geralmente todos os pacientes com histórico familiar de 1º grau são indicados a fazer o rastreamento Análise genética: Análise mutacional do gene NEM 1 Confirmado o diagnóstico – acompanhamento precoce Excluir familiares não-portadores Pacientes com fenótipo consistente sem histórico familiar - pacientes que não tem nenhum histórico mas se tem muitos tumores ao mesmo tempo ou muitas alterações laboratoriais ao mesmo tempo, pesquisar para excluir diagnostico Hiperparatireoidismo primário: É a manifestação mais comum do NEM 1. O paciente pode ter apenas hipercalcemia assintomático ou ter todas as sintomatologias de hiperparatireoidismo – osteopenia, osteoporose, fraturas, dor, nefrolitíase (cálculos), ureterolitíase, nefrocalcinose, perda de função renal, tumor marrom (em casos mais avançados) Apresenta hiperplasia de 2 ou mais glândulas Geralmente a 1ª manifestação da NEM1 na 2ª década de vida Avaliação bioquímica do HPP: Hipercalcemia PTH elevado Hipercalciúria (40% dos casos) Fósforo sérico normal ou baixo Fosfatúria normal ou aumentada 25-OH-vitamina D baixa e 1,25-vitamina D normal ou elevada o Excreção biliar de 25-OH vitamina D o Redução de síntese cutânea de vitamina D Indicado o rastreamento em todos os pacientes com pacientes de 1º grau de possuem. Julia Paris Malaco – UCT22 Tumor de pâncreas: É a segunda manifestação mais comum do NEM1. Dentro dos tumores de pâncreas secretores o mais comum é o gastrinoma, o segundo mais comum é o insulinoma (porem o insulinoma tem uma alteração mais precoce do que o gastrinoma) Tem alto potencial de malignização – metástase Gastrinoma: Dosagem de gastrina – níveis séricos acima de 1000 pg/ml Pacientes com ulceração péptica severa do trato gastrointestinal refratária a tratamento, diarreia e hipersecreção ácida gástrica Síndrome de Zollinger-Ellison (Gastrinoma) Jejum de 12 horas Amostra de sangue Insulinoma: Nível de insulina (geralmente tem liberação mais precoce do que a gastrina) Dosagem do peptídeo C e da pró-insulina (diagnostico diferencial): o Peptídeo C ≥ 0,6 ng/mL (0,2 nmol/L) e a pró-insulina ≥ 5 pmol/L Ultrassonografia endoscópica Diagnostico - dosagem de glicemia em jejum + dosagem de insulina: o Pacientes com sintomas – vai apresentar tríade de whipple fazer glicemia em jejum para confirmar (< 55 mg/dl) o Assintomáticos: é necessário expor o paciente a uma hipoglicemia a longo praxo (internação para 48 a 72 horas de jejum – dosar glicemia em jejum + dosagem de insulina) - se paciente com nsulinoma + ele começa apresentar síntomas da tríade de Whipple glicose < 40 mg/dL o Dosar o nível de insulina em uma amostra coletada ao mesmo tempo hiperinsulinemia > de 6 mcU/mL (42 pmol/L) sugere causa mediada por insulina (em uma situação normal o paciente deveria para de liberar insulina e começar a liberar glucagon, mas isso não acontece) Rastreamento para NEM 1: exames a serem feitos de acordo com os tipos de tumor Cromogranina - marcador tumoral É uma proteína que pode ser produzida por células neuroendócrinas. NEM 2 O NEM2, se subdivide em NEM2A e NEM2B, as quais tem em comum a manifestação de carcinoma medular de tireoide e o feocromacitoma, porem o NEM2A tem a presença de hiperparatireoidismo e o NEM2B o paciente tem hábitos marfanoides e ganglioneuromatose. NEM 2A Suspeita clínica: Exame genético (mutação RET), inclusive pré- natal Níveis séricos de cálcio, PTH, metanefrinas livres e dosagem de catecolaminas urinárias Julia Paris Malaco – UCT22 Localização do feocromocitoma com ressonância nuclear magnética ou TC Hiperparatireoidismo primário Avaliação bioquímica do HPP: Hipercalcemia; PTH elevado; Hipercalciúria (40% dos casos); Fósforo sérico normal ou baixo Fosfatúria normal ou aumentada 25-OH-vitamina D baixa e 1,25-vitamina D normal ou elevada Excreção biliar de 25-OH vitamina D, Redução de síntese cutânea de vitamina D Hiperplasia de 2 ou mais glândulas** Feocromocitoma Dosagem de metanefrinas em urina de 24hrs: Metanefrina total > 1300 mcg/24 horas são sugestivos de feocromocitoma Dosagem de metanefrinas plasmáticas: Fração livre: teste de maior sensibilidade (98%) para o diagnóstico de feocromocitoma (sintomatologia típica, histórico familiar) Excluí a hipótese de feocromocitoma: o Normetanefrina abaixo de 0,9 nmol/L o metanefrina abaixo de 0,5 nmol/L Sugerem fortemente o diagnóstico: o Normetanefrina acima de 2,2 nmol/L o metanefrina acima de 1,1 nmol/L Dosagem de catecolaminas em urina 24hrs: Auxílio diagnóstico Pode ser utilizada para a monitorização de remoção completa do tumor ou de possível recidiva O feocromocitoma da NEM 2A e 2B geralmente produz adrenalina de modo desproporcional à noradrenalina, diferentemente dos casos aleatórios. NEM 2B Suspeita clínica: Exame genético Metanefrinas livres plasmáticas e níveis de catecolaminas urinárias Localização do feocromocitoma via ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC)
Compartilhar