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Pequenos Animais
P E D I A T R I A 
Michael E. Peterson | Michelle KutzlerAnne 
em
Pequenos Animais
P E D I A T R I A 
Michael E. Peterson | Michelle KutzlerAnne 
em
TRATE CUIDADOSAMENTE OS PACIENTES CANINOS E FELINOS 
DURANTE O CRÍTICO PRIMEIRO ANO DE VIDA
Proporcionando um rápido e fácil acesso a informações essenciais, esta referência prática para os veterinários clínicos 
generalistas compila as últimas informações no campo em rápido desenvolvimento da pediatria canina e felina, desde os 
cuidados pré-natais até um ano de idade. Pediatria em Pequenos Animais inclui um resumo abrangente de tópicos, 
como cuidados pré-natais da cadela e da gata, exames físicos normais, mortalidade neonatal e abordagem diagnóstica e 
terapêutica dos jovens pacientes. Este texto inclui também informações que costumam ser difíceis de se encontrar, 
como aquelas sobre formulários pediátricos, cuidados de órfãos, valores de patologia clínica e diretrizes de crescimento 
e desenvolvimento normal.
 Neste livro, você encontra ainda:
• Um recurso prático e clinicamente orientado para um diagnóstico único e desafios de tratamentos apresentados 
pelos pacientes animais pediátricos e jovens.
• Uma cobertura abrangente de todos os problemas especiais encontrados no tratamento pediátrico de filhotes de 
cães e gatos.
• Diretrizes claras para importantes procedimentos clínicos e técnicas para os mais vulneráveis dos pacientes caninos e 
felinos, incluindo cateterização intraóssea e fluidoterapia, venipuntura e alimentação por sonda.
• Um capítulo de radiologia com exemplos e extensa discussão da interpretação de radiografias normais para várias 
faixas etárias, a partir dos 3 dias de vida.
• Diretrizes para modelagem e implementação de um programa de bem-estar pediátrico de sucesso adaptados à 
sua própria prática clínica.
• Novas informações-chave sobre o desenvolvimento do comportamento de filhotes de cães e gatos, incluindo guia 
para prevenção e intervenção em problemas comportamentais, a principal causa da eutanásia em animais de estimação.
• Guia para a manutenção sanitária de canis e gatis, assim como considerações sanitárias em medicina de abrigo. 
www.elsevier.com.br
Classificação de Arquivo Recomendada
MEDICINA VETERINÁRIA
Pequenos Animais
P E D I A T R I A 
Michael E. Peterson | Michelle Anne Kutzler
em
 Michael E. Peterson, DVM, MS 
Staff Veterinarian
Reid Veterinary Hospital 
Albany, Oregon; 
Instructor 
College of Veterinary Medicine 
Oregon State University 
Corvallis, Oregon 
 Michelle Anne Kutzler, DVM, PhD, DACT 
Associate Professor 
Companion Animal Industries
Department of Animal Science
College of Agricultural Sciences 
Oregon State University 
Corvallis, Oregon 
 Com mais de 260 ilustrações 
 
 
Pequenos Animais
P E D I A T R I A 
Michael E. Peterson | Michelle Anne Kutzler
em
© 2011 Elsevier Editora Ltda. 
Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Saunders – um selo editorial Elsevier Inc.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios emprega-
dos: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros.
ISBN: 978-85-352-4414-4
Copyright © 2011 by Saunders, an imprint of Elsevier Inc.
Th is edition of Small Animal Pediatrics: Th e First 12 Months of Life, 1st edition by Michael E. Peterson and Michelle Anne Kutzler is published by 
arrangement with Elsevier Inc.
ISBN: 978-1-4160-4889-3
Capa
Folio Design 
Editoração Eletrônica
WM Design
Elsevier Editora Ltda.
Conhecimento sem Fronteiras
Rua Sete de Setembro, nº 111 – 16º andar
20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Rua Quintana, nº 753 – 8º andar
04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP
Serviço de Atendimento ao Cliente
0800 026 53 40
sac@elsevier.com.br
Preencha a fi cha de cadastro no fi nal deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e promoções da Elsevier. 
Consulte também nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br.
NOTA
O conhecimento médico está em permanente mudança. Os cuidados normais de segurança devem ser seguidos, mas, como as novas pesquisas e 
a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser necessárias ou apropriadas. 
Os leitores são aconselhados a checar informações mais atuais dos produtos, fornecidas pelos fabricantes de cada fármaco a ser administrado, para 
verifi car a dose recomendada, o método e a duração da administração e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base na experiência 
e contando com o conhecimento do paciente, determinar as dosagens e o melhor tratamento para cada um individualmente. Nem o editor nem o 
autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano ou perda a pessoas ou a propriedade originada por esta publicação.
O Editor
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ 
P578p
 
Peterson, Michael E. (Michael Edward), 1953- 
 Pediatria em Pequenos Animais / Michael E. Peterson, Michelle Anne Kutzler ; [tradução Renata 
Scavone de Oliveira ... et al.]. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. 
 544p. : il. ; 28cm
 
 Tradução de: Small Animal Pediatrics
 Inclui bibliografi a e índice
 ISBN 978-85-352-4414-4
 
 1. Pediatria veterinária. 2. Medicina veterinária. 3. Cão - Filhotes - Doenças. 4. Gato - Filhotes - 
Doenças. I. Título. 
11-2000. CDD: 636.089
 CDU: 636.09
REVISÃO CIENTÍFICA
Mitika Kuribayashi Hagiwara
Professora Colaboradora do Programa de Pós-graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina 
Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
TRADUÇÃO
Adriana Pittella Sudré (Cap. 19) 
Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Mestre em Patologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Professora do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Alcir Costa Fernandes Filho (Caps. 21, 23 e 25)
Tradutor pela Universidade Estácio de Sá (Unesa), Rio de Janeiro 
Certifi cado de Profi ciência pela University of Michigan, EUA 
Adriana de Siqueira (Cap. 40)
Médica Veterinária pela Universidade Federal do Paraná
Pós-Graduanda do Programa de Patologia Experimental e Comparada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São 
Paulo (FMVZ-USP)
Aline Santana da Hora (Cap. 33) 
Médica Veterinária pela Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV-UDESC)
Doutoranda em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São 
Paulo (FMVZ-USP)
Mestre em Clínica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Aline Paula de Oliveira (Cap. 35)
Médica Veterinária e Perita Criminal da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Mestre em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ)
Claudia Coana (Caps. 44 e 45)
Bacharel em Letras/Tradução pelo Centro Universitário Ibero-Americano (UNIBERO) – São Paulo.
Danuza Mattos (Cap. 46) 
Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro 
Mestre em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ)
Doutoranda em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro 
Professora Assistente do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro 
Doinguita Lühers Graça (Cap. 42)
Médica Veterinária pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFSM) 
Ex-ProfessoraTitular do Departamento de Patologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFSM)
PhD pela Universidade de Cambridge, UK
Eduardo Kenji Nunes Arashiro (Cap. 39)
Médico Veterinário pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Doutorando em Ciência Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
 REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO 
Elaine Cristina Soares (Cap. 32)
Médica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Mestre em Clínica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Doutora em Clínica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Fernando Diniz Mundim (Caps. 26 e 27)
Professor Adjunto, Instituto de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Joana Barros Frota (Caps. 15-18, 20)
Médica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), 
Botucatu – São Paulo 
Especialização em Patologia Clínica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Kalan Violin (Cap. 43) 
Médico Veterinário pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Patologista Veterinário pelo Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Mestre em Ciências pelo Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Marina Godoy Gimeno (Caps. 28-30)
Médica Veterinária Patologista pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Residência pelo serviço de Patologia Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Pós-graduanda do Departamento de Patologia da Universidad de Zaragoza (UNIZAR) – Zaragoza-España
Maria Eugênia Laurito Summa (Cap. 38)
Médica Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP)
Maria Helena Lucatelli (Cap. 37)
Médica Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP)
Residência em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais pela Universidade de São Paulo (USP)
Marcos Makoto Ishizaki (Caps. 2, 24)
Médico Veterinário pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Mestre em Clínica e Cirurgia Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Natália C. C. de A. Fernandes (Cap. 22, 31)
Médica Veterinária Patologista pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Pedro Pinczowski (Caps. 34 e 41)
Médico Veterinário pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), 
Botucatu, São Paulo
Residência em Patologia Animal pela UNIFEOB, São João da Boa Vista, São Paulo
Mestre em Patologia Animal pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu
Doutorando do Departamento de Patologia Animal da Universidade de Zaragoza, Espanha
Renata Jurema Medeiros (Caps. 7, 8 e índice)
Mestre pela Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Renata Scavone de Oliveira (Caps. 9-11, 14)
Médica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)
Doutora em Imunologia (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) 
Rosana Delamanha (Cap. 3)
Língua e Literatura Inglesas pela Pontífi cia Universidade de São Paulo (PUC-SP)
Sandra Yumi Hagiwara (Caps. 12, 13)
Tradutora
Silvia M. Spada (Caps. 4-6)
Graduada em Letras pela Faculdade de Filosofi a, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP)
Certifi cação em Tradução pelo Curso Extracurricular de Tradução da Faculdade de Filosofi a, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São 
Paulo (USP)
Vivian Lindmayer Ferreira (Caps. 1 e 36)
Médica Veterinária pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), São Paulo 
VI REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO
 COLABORADORES 
 Barret J. Bulmer, DVM, MS, DACVIM 
 Staff Veterinarian 
 Cummings School of Veterinary Medicine 
 Tufts University 
 North Grafton, Massachusetts 
Sistema Cardiovascular
 Sharon A. Center, DVM, DACVIM 
 Professor 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Cornell University 
 Ithaca, New York 
Fígado, Trato Biliar e Pâncreas Exócrino
 Joshua Daniels, DVM, PhD, DACVM 
 Assistant Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Th e Ohio State University 
 Columbus, Ohio 
Infecções Bacterianas
 Craig Datz, DVM, MS, DABVP 
 Assistant Professor 
 Department of Veterinary Medicine and Surgery 
 College of Veterinary Medicine 
 University of Missouri 
 Columbia, Missouri 
 Doenças Parasitárias e por Protozoos es
 Autumn P. Davidson, DVM, MS, DACVIM 
 Clinical Professor 
 Department of Medicine and Epidemiology 
 School of Veterinary Medicine 
 University of California 
 Davis, California; 
 Staff Internist 
 Department of Internal Medicine 
 VCA Animal Care Center of Sonoma 
 Rohnert Park, California 
Ultrassonografi a do Paciente Jovem
 Emilio DeBess, DVM, MPVM 
 State Public Health Veterinarian 
 Acute and Communicable Disease Section 
 Oregon Department of Human Services 
 Portland, Oregon 
 Doenças Zoonóticas Selecionadas: Filhotes de Cães e Gatos 
 Turi K. Aarnes, DVM, MS 
 Clinical Instructor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Th e Ohio State University 
 Columbus, Ohio 
 Avaliação e Tratamento da Dor 
 Tomas W. Baker, MS 
 Supervisor 
 Department of Surgery and Radiological Sciences 
 School of Veterinary Medicine 
 University of California 
 Davis, California 
Ultrassonografi a do Paciente Jovem
 Karyn E. Bird, DVM, PhD 
 Research Assistant Professor 
 Department of Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
 Sistemas Hematológico e Linfoide 
 Linda Lou Blythe, DVM, PhD 
 Professor 
 Department of Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Sistema Neurológico
 Edward B. Breitschwerdt, DVM 
 Professor of Medicine and Infectious Disease 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 North Carolina State University 
 Raleigh, North Carolina 
Doenças Anteriormente Conhecidas como Riquetsiais: 
Riquetsioses, Erliquioses, Anaplasmoses e Infecções 
Neorriquetsiais e por Coxiella
 Gert J. Breur, DVM, PhD, DACVS 
 Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Purdue University 
 West Lafayette, Indiana 
Sistema Musculoesquelético
VIII COLABORADORES
 James F. Evermann, MS, PhD 
 Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 Washington Animal Disease Diagnostic Laboratory 
 College of Veterinary Medicine 
 Washington State University 
 Pullman, Washington 
Desenvolvimento Imunológico e Imunização
Infecções Virais
 Kevin T. Fitzgerald, DVM, PhD, DABVP 
 Staff Veterinarian 
 VCA Alameda East Veterinary Hospital 
 Denver, Colorado 
Cuidados com os Animais Recém-nascidos
Infecções Fúngicas
 Mary B. Glaze, DVM, MS, DACVO 
 Staff Ophthalmologist 
 Gulf Coast Animal Eye Clinic 
 Houston, Texas 
O Olho 
 Jana M. Gordon, DVM, DACVIM 
 Assistant Professor 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Sistema Urinário
 M. Elena Gorman, DVM, MS, DACVP 
 Assistant ProfessorDepartment of Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
A Bioquímica Clínica de Filhotes de Cães e Gatos
 Deborah S. Greco, DVM, PhD, DACVIM 
 Senior Research Scientist 
 Department of Technical Communication 
 Nestle Purina Petcare 
 St. Louis, Missouri 
Sistema Endócrino
 Diane Heider, DVM 
 Staff Veterinarian 
 Willamette Veterinary Hospital 
 Corvallis, Oregon 
Padrões de Cuidados em Pediatria
 Melissa A. Kennedy, DVM, PhD, DACVM 
 Associate Professor 
 Department of Comparative Medicine 
 College of Veterinary Medicine 
 University of Tennessee 
 Knoxville, Tennessee 
Infecções Virais
 Linda B. Kidd, DVM, PhD, DACVIM 
 Assistant Professor, 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Western University of Health Sciences 
 Pomona, California 
Doenças Anteriormente Conhecidas como Riquetsiais: 
Riquetsioses, Erliquioses, Anaplasmoses e Infecções 
Neorriquetsiais e por Coxiella
 Michelle Anne Kutzler, DVM, PhD, DACT 
 Associate Professor 
 Companion Animal Industries 
 Department of Animal Science 
 College of Agricultural Sciences 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Sistema Urinário
Trato Reprodutivo
 Christiane V. L ö hr, Dr. med. vet., PhD, DACVP 
 Associate Professor 
 Department of Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Exame Post Mortem dos Filhotes de Cães e Gatos
 Andrew U. Luescher, Dr. med. vet., PhD, DACVB, 
ECVBM-CA 
 Director 
 Animal Behavior Clinic 
 Associate Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Purdue University 
 West Lafayette, Indiana 
Desenvolvimento Comportamental Canino
 John Mata, PhD 
 Senior Research Assistant Professor 
 Department of Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Considerações Farmacológicas em Pacientes Jovens
COLABORADORES IX
 John S. Mattoon, DVM, DACVR 
 Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Washington State University 
 Pullman, Washington 
Considerações Radiográfi cas do Paciente Jovem 
 Sean P. McDonough, DVM, PhD, DACVP 
 Associate Professor 
 Department of Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Cornell University 
 Ithaca, New York 
Sistema Musculoesquelético 
 Maureen A. McMichael, DVM, DACVECC 
 Associate Professor 
 Department of Veterinary Clinical Medicine 
 College of Veterinary Medicine 
 University of Illinois 
 Urbana, Illinois 
Emergência e Questões Relacionadas ao Cuidado Intensivo
 James B. Miller, MS, DVM, DACVIM 
 Professor 
 Department of Companion Animals 
 Atlantic Veterinary College 
 University of Prince Edward Island 
 Charlottetown, Prince Edward Island 
 Canada 
Abordagem do Paciente Febril
 Cornelia Mosley, DVM, DACVA 
 Assistant Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Anestesia no Paciente Pediátrico
 Craig A.E. Mosley, DVM, MSc, DACVA 
 Assistant Professor 
 Department of Clinical Studies 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Anestesia no Paciente Pediátrico
 William W. Muir, III, DVM, PhD, DACVA, DACVECC 
 Chief Medical Offi cer 
 Th e Animal Medical Center 
 New York, New York 
Avaliação e Tratamento da Dor
 Kristin L. Newquist, BS, AAS, CVT 
 General and Exotic Practice Technician 
 VCA Alameda East Veterinary Hospital 
 Denver, Colorado 
Cuidados com os Animais Recém-nascidos 
Infecções Fúngicas 
 Mark G. Papich, DVM, MS, DACVCP 
 Professor 
 Department of Molecular Biomedical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 North Carolina State University 
 Raleigh, North Carolina 
 Considerações Farmacológicas em Pacientes Jovens 
 Michael E. Peterson, DVM, MS 
 Staff Veterinarian 
 Reid Veterinary Hospital 
 Albany, Oregon; 
 Instructor 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Crescimento
Cuidado do Filhote de Cão e Gato Órfão
Mortalidade Neonatal
Considerações Toxicológicas em Pacientes Jovens
Sistema Digestório
 Jon D. Plant, DVM, DACVD 
 Medical Specialist in Dermatology 
 Central Team Support 
 Banfi eld, Th e Pet Hospital 
 Portland, Oregon 
A Pele e a Orelha
 Heather Prendergast, RVT 
 Practice Manager 
 Jornada Veterinary Clinic 
 Las Cruces, New Mexico 
Requisitos Nutricionais e Alimentação de Filhotes de Cão e 
Gato em Crescimento
Abordagem Clínica dos Distúrbios Nutricionais na Pediatria
 Lisa Radosta, DVM, DACVB 
 Owner 
 Florida Veterinary Behavior Service 
 West Palm Beach, Florida 
Desenvolvimento Comportamental Felino
 Valeria Rickard, DVM 
 Owner and Chief of Staff 
 North Oatlands Animal Hospital, PC 
 Leesburg, Virginia 
 Do Nascimento às Primeiras 24 Horas 
X COLABORADORES
 Margaret V. Root Kustritz, DVM, PhD, DACT 
 Associate Professor, Vice-Chair 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 Assistant Dean of Education 
 College of Veterinary Medicine 
 University of Minnesota 
 St. Paul, Minnesota 
Anamnese e Exame Físico do Neonato
Histórico e Exame Físico do Desmamado e do Adolescente
 Craig Ruaux, BVSc, PhD, MACVSc, DACVIM 
 Assistant Professor 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Sistema Respiratório 
 Bernard S é guin, DVM, MS, DACVS 
 Associate Professor 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Oregon State University 
 Corvallis, Oregon 
Considerações Cirúrgicas no Paciente Jovem
 Frances O. Smith, DVM, PhD 
 Reproduction Specialist 
 Smith Veterinary Hospital 
 Burnsville, Minnesota 
Cuidado Pré-natal na Cadela e na Gata
 Erick Spencer, DVM 
 Assistant Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Washington State University 
 Pullman, Washington 
Infecções Bacterianas
 Patricia A. Talcott, MS, DVM, PhD, DABVT 
 Associate Professor 
 Department of Veterinary and Comparative Anatomy, 
Pharmacology and Physiology 
 College of Veterinary Medicine 
 Washington State University 
 Pullman, Washington 
Uso Efetivo de um Laboratório de Diagnóstico 
Médico-Veterinário
 Rory J. Todhunter, BVSc, MS, PhD, DACVS 
 Professor 
 Department of Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Cornell University 
 Ithaca, New York 
Sistema Musculoesquelético
 Andrea Van de Wetering, DVM, FAVD 
 Owner and Chief of Staff 
 Advanced Pet Dentistry 
 Corvallis, Oregon 
Estrutura Dentária e Cavidade Oral
 Michael Weh, DVM, DACVS 
 Assistant Professor 
 Department of Small Animal Medicine and Surgery 
 College of Veterinary Medicine 
 University of Georgia 
 Athens, Georgia 
 Tratamento da Fratura Pediátrica 
 Tamara B. Wills, DVM, MS, DACVP 
 Assistant Professor 
 Department of Veterinary Clinical Sciences 
 College of Veterinary Medicine 
 Washington State University 
 Pullman, Washington 
Desenvolvimento Imunológico e Imunização 
 Para minha esposa Kate e meus fi lhos Greyson, Rosie, Rube e Cory. Gostaria de expressar 
minha gratidão a Tim Reid e à equipe do Reid Veterinary Hospital pelo apoio ao meu 
desenvolvimento acadêmico. 
 Michael E. Peterson 
 Ao meu marido Sean e aos meus fi lhos Courtney, Colleen e Connor 
 Michelle Anne Kutzler 
 AGRADECIMENTOS 
Admiro particularmente meu bom amigo e colega Dr. Mike 
Peterson, por ser ele a força constante deste livro. Obrigada, Mike. 
Além disso, eu sou muito grata acada autor individualmente, por 
compartilhar tempo, sabedoria e paixão pela pediatria de pequenos 
animais. Eles foram o instrumental básico e estou em dívida com 
cada um por suas contribuições. Um agradecimento especial vai 
para a Elsevier, por identifi car a necessidade e o compromisso 
constante em fornecer alta qualidade de informações para os 
profi ssionais da saúde e por apoiar o processo. Trabalhar com a 
Editora de Desenvolvimento Maurren Slaten foi uma felicidade. E 
gostaria de agradecer à minha família: minha mãe, que me ajudou 
com a edição; e a meu marido e meus fi lhos, em cujos eventos eu 
pude estar presente somente em espírito.
 
 Michelle Anne Kutzler 
 Em primeiro lugar, gostaria de demonstrar minha profunda admi-
ração por minha esposa Kate, que consegue apoiar meus projetos 
literários e nunca me fala “Eu te disse”, quando surgem obstáculos. 
No entanto, ela é mestre em me olhar com uma sobrancelha levan-
tada sempre que eu reclamo. Muito obrigado também a Maurren 
Slaten, da Elsevier, pelo profi ssionalismo, pela dedicação e pela 
paciência durante todo o processo. Além disso, foi um prazer tra-
balhar com David Stein e seu grupo de produção. 
 Michael E. Peterson 
 
Minha inspiração para este trabalho foi o Dr. Johnny D. Hoskins, por 
sua liderança no campo de pediatria de pequenos animais. Também 
me inspirei pelos vários anos de questões vindas de veterinários e 
estudantes de veterinária, assim como de criadores de cães e gatos. 
PREFÁCIO 
desenvolvimento do comportamento e outros tópicos. São forneci-
das discussões sobre mortalidade neonatal, emergência e cuidados 
críticos e desenvolvimento imunológico.
A segunda seção, “Doenças Infecciosas Comuns em Filhotes 
de Cães e Gatos”, inclui capítulos de infecções bacterianas, virais, 
fúngicas, riquetsiais e parasitológicas. A terceira seção, “Abordagens 
Diagnóstica e Terapêutica do Paciente Pediátrico”, possui capítulos 
com tópicos como radiologia, ultrassom, anestesia, cirurgia, farma-
cologia, manejo da dor, toxicologia e patologia clínica.
A quarta seção, “Abordagem Clínica Sistemática para o Diag-
nóstico e Tratamento das Afecções Pediátricas”, compreende todos 
os sistemas dos órgãos (ex. cardiovascular, respiratório, dental, uri-
nário, reprodutivo). Cada capítulo nesta seção foi projetado para 
abordar cada sistema de órgãos específi co com uma descrição do 
desenvolvimento normal até este sistema ser o mesmo do adulto 
(este irá variar conforme os sistemas são descritos) seguidos de 
descrições de anormalidades congênitas comuns e termina com 
condições adquiridas comuns.
 
 Michael E. Peterson e Michelle Anne Kutzler 
 O estudo sobre cuidados neonatais e pediatria veterinária ainda 
estão muito no início e é mais avançado na área de grandes animais, 
especifi camente em cavalos. Nos últimos anos, as conferências de 
veterinária identifi caram a neonatologia e a pediatria de felinos e 
caninos como áreas em que os profi ssionais estão interessados em 
adquirir conhecimentos e treinamento adicionais. Cães e gatos 
pediátricos não são adultos pequenos, mas apresentam característi-
cas anatômicas e fi siológicas distintas que devem ser levadas em 
consideração.
Nosso propósito em desenvolver este texto é reunir em um 
livro as informações atuais disponíveis no manejo de fi lhotes de 
cães e gatos, desenvolvimento normal, medicina interna e cirurgia. 
O livro foi desenvolvido por veterinários, mas pode ser útil para 
criadores experientes. Todos os capítulos estão focados em consi-
derações específi cas para os fi lhotes de cães e gatos neonatos e 
pediátricos. 
Os textos foram organizados em quatro seções. A primeira, 
“Considerações Gerais”, engloba os cuidados pré-natais da cadela 
e da gata até o nascimento. Como realizar exames físicos, manejo 
recomendado, necessidades nutricionais, cuidados com os órfãos, 
SUMÁRIO
SEÇÃO II: DOENÇAS INFECCIOSAS COMUNS 
EM FILHOTES DE CÃES E GATOS
15. Infecções Bacterianas, 113
Joshua Daniels, Erick Spencer
16. Infecções Virais, 119
James F. Evermann, Melissa A. Kennedy
17. Infecções Fúngicas, 130
Kevin T. Fitzgerald, Kristin L. Newquist
18. Doenças Anteriormente Conhecidas como Riquetsiais: 
Riquetsioses, Erliquioses, Anaplasmoses e Infecções 
Neorriquetsiais e por Coxiella, 143
Linda B. Kidd, Edward B. Breitschwerdt
19. Doenças Parasitárias e por Protozooses, 154
Craig Datz
20. Abordagem do Paciente Febril, 161
James B. Miller
SEÇÃO III: ABORDAGENS DIAGNÓSTICA E 
TERAPÊUTICA DO PACIENTE PEDIÁTRICO 
21. Considerações Radiográfi cas do Paciente Jovem, 169
John S. Mattoon
22. Ultrassonografi a do Paciente Jovem, 192
Tomas W. Baker, Autumn P. Davidson
23. Anestesia no Paciente Pediátrico, 202
Craig A.E. Mosley, Cornelia Mosley
24. Considerações Cirúrgicas no Paciente Jovem, 209
Bernard Séguin
25. Tratamento da Fratura Pediátrica, 212
Michael Weh
26. Avaliação e Tratamento da Dor, 220
Turi K. Aarnes, William W. Muir, III
SEÇÃO I: CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Cuidado Pré-natal na Cadela e na Gata, 1
Frances O. Smith
2. Do Nascimento às Primeiras 24 Horas, 11
Valeria Rickard
3. Anamnese e Exame Físico do Neonato, 20
Margaret V. Root Kustritz
4. Histórico e Exame Físico do Desmamado e do 
Adolescente, 28
Margaret V. Root Kustritz
5. Crescimento, 34
Michael E. Peterson
6. Cuidados com os Animais Recém-nascidos, 44
Kevin T. Fitzgerald, Kristin L. Newquist
7. Padrões de Cuidados em Pediatria, 53
Diane Heider
8. Requisitos Nutricionais e Alimentação de Filhotes de 
Cão e Gato em Crescimento, 58
Heather Prendergast
9. Cuidado do Filhote de Cão ou Gato Órfão, 67
Michael E. Peterson
10. Emergência e Questões Relacionadas ao Cuidado 
Intensivo, 73
Maureen A. McMichael
11. Mortalidade Neonatal, 82
Michael E. Peterson
12. Desenvolvimento Comportamental Felino, 88
Lisa Radosta
13. Desenvolvimento Comportamental Canino, 97
Andrew U. Luescher
14. Desenvolvimento Imunológico e Imunização, 104
James F. Evermann, Tamara B. Wills
XVI SUMÁRIO
27. Considerações Farmacológicas em Pacientes Jovens, 233
John Mata, Mark G. Papich
28. Considerações Toxicológicas em Pacientes Jovens, 244
Michael E. Peterson
29. O Uso Efetivo de um Laboratório de Diagnóstico 
Médico-veterinário, 252
Patricia A. Talcott
30. A Bioquímica Clínica de Filhotes de Cães e Gatos, 259
M. Elena Gorman
31. Exame Post Mortem dos Filhotes de Cães e Gatos, 276
Christiane V. Löhr
SEÇÃO IV: ABORDAGEM CLÍNICA 
SISTEMÁTICA PARA O DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO DAS AFECÇÕES PEDIÁTRICAS
32. Sistema Cardiovascular, 289
Barret J. Bulmer
33. Sistemas Hematológico e Linfoide, 305
Karyn E. Bird
34. Sistema Respiratório, 328
Craig Ruaux
35. Estrutura Dentária e Cavidade Oral, 340
Andrea Van de Wetering
36. Sistema Digestório, 351
Michael E. Peterson
37. Fígado, Trato Biliar e Pâncreas Exócrino, 368
Sharon A. Center
38. Sistema Urinário, 391
Jana M. Gordon, Michelle Anne Kutzler
39. Trato Reprodutivo, 405
Michelle Anne Kutzler
40. Sistema Neurológico, 418
Linda Lou Blythe
41. A Pele e a Orelha, 436
Jon D. Plant
42. Sistema Musculoesquelético, 443
Gert J. Breur, Sean P. McDonough, 
Rory J. Todhunter
43. O Olho, 461
Mary B. Glaze
44. Abordagem Clínica dos Distúrbios Nutricionais na 
Pediatria, 483
Heather Prendergast
45. Sistema Endócrino, 492
Deborah S. Greco
46. Doenças Zoonóticas Selecionadas: Filhotes de Cães e 
Gatos, 496
Emilio DeBess
Índice, 503
 C A P Í T U L O 3 
 ANAMNESE E EXAME 
FÍSICO DO NEONATO 
 Margaret V. Root Kustritz 
 • Conhecimento de trauma existente ou fratura evidente ou 
ferimento.
Número de Filhotes Doentes na Ninhada
Doenças infecciosas e infestações parasitárias dos recém-nascidos 
e as doenças da cadela provavelmente envolvem a ninhada toda, 
enquanto traumas, distúrbios congênitos e anomalias do período de 
amamentação com subsequente defi ciência de nutrição possivel-
mente acometem um fi lhote em particular.
Tratamentos Providenciados 
Quaisquer fl uidos,suplementos, antibióticos, estimulantes, medica-
mentos humanos ou veterinários ou de outros tipos, bem como 
fi toterapias e quaisquer mudanças ambientais providenciadas para 
aliviar os sinais da doença devem ser registrados. Convém ao espe-
cialista ou ao veterinário investigar essa informação, uma vez que 
os donos podem se sentir constrangidos ou apreensivos sobre o fato 
de terem usado nos recém-nascidos medicamentos indicados para 
humanos ou para outros animais. O conhecimento sobre os trata-
mentos realizados altera a interpretação das conclusões do exame 
físico e pode alterar as recomendações médicas.
Histórico da Fêmea Parturiente
Devem ser obtidas informações sobre o parto da ninhada (p. ex., 
os filhotes nasceram de parto natural ou cesárea e houve dis-
tocia ?); a condição clínica atual e o comportamento da fêmea que 
deu cria; histórico das habilidades maternas e se ela já havia tido 
outras crias; e histórico da saúde e reprodução da fêmea, inclusive 
de vacinas.
Ingestão de Colostro
Filhotes de gato podem receber até 25% de anticorpos derivados 
da mãe através da placenta; fi lhotes de cães recebem 5% a 10%, no 
máximo. Em razão dessa transferência mínima de anticorpos por 
meio da placenta endoteliocorial das cadelas e gatas, é necessária a 
ingestão de colostro para a transferência passiva dos nutrientes. 
Deve-se estimular a amamentação dos fi lhotes de cães e gatos logo 
Neste capítulo, o período neonatal é defi nido como o período do 
nascimento até 3 semanas de vida, ou quando os fi lhotes caninos e 
felinos estiverem andando e forem capazes de urinar e evacuar 
espontaneamente. O Quadro 3-1 contém uma revisão dos parâ-
metros importantes no exame físico de cães e gatos neonatos.
REUNINDO UM HISTÓRICO ABRANGENTE
Embora os clientes com fi lhotes doentes fi quem frequentemente 
ressentidos com o tempo gasto por um especialista ou um veteri-
nário na anamnese, a coleta de dados relevantes orienta o exame 
clínico e qualquer outro teste diagnóstico, podendo alterar os planos 
do tratamento. Se um número considerável de pacientes pediátricos 
for examinado em uma clínica é extremamente benéfi co usar os 
questionamentos a seguir na anamnese para criar um modelo de 
histórico a ser preenchido (tanto em papel quanto eletronicamente), 
assim que os fi lhotes derem entrada na clínica.
Duração da Doença
Saber a duração da doença auxilia o veterinário a diferenciar a 
doença aguda da crônica e pode levar o especialista a um diagnós-
tico específi co. Isso também orienta na interpretação dos sinais 
clínicos observados durante o exame físico, como, por exemplo, um 
gatinho que está doente há dias e não está desidratado. Provavel-
mente, ele está menos doente do que o animal que repentinamente 
tornou-se não responsivo.
Sinais Clínicos Observados pelo Dono
O dono deve listar toda e qualquer anormalidade observada, tendo 
em mente que alguns sinais como a diarreia são de difícil percepção, 
caso a cadela ou a gata cuidem bem da limpeza do recém-nascido. 
Alguns sinais clínicos indicam uma situação de emergência, e os 
fi lhotes que apresentam esses sinais devem ser examinados imedia-
tamente. Os sinais são os seguintes:
 • Respiração com a boca aberta.
 • Ausência de resposta.
 • Tônus muscular fl ácido.
20
Capítulo 3 Anamnese e Exame Físico do Neonato 21
com 12 e 24 horas de vida e depois todos os dias, com registros 
precisos para documentar as mudanças no peso corporal. Qualquer 
perda de peso após 1 dia de vida deve ser um sinal para levar o 
neonato ao veterinário; a perda de peso pode preceder o início de 
sinais reconhecíveis de doenças por até 16 horas.
O peso corporal pode ser usado para calcular a idade de fi lhotes 
caninos saudáveis. A maioria dos fi lhotes ganha peso de forma 
razoavelmente linear: cerca de 450 g com 1 mês de vida, cerca de 
900 g aos 2 meses e assim por diante, atingindo o peso adulto aos 
seis meses.
EXAME FÍSICO
O tempo certo de fatos relevantes no desenvolvimento pediátrico 
encontra-se na Tabela 3-1.
Escore Apgar
São vários os métodos utilizados em recém-nascidos humanos para 
se avaliar as diversas condições de vitalidade ao nascer. O sistema 
de pontuação usado foi desenvolvido pela médica Virginia Apgar 
e leva o seu nome. Um sistema de pontuação semelhante é proposto 
para cães e gatos recém-nascidos (Tabela 3-2). No momento, não 
existem estudos relacionando pontuações de vitalidade ao nascer 
com morbidade e mortalidade em fi lhotes de cães e gatos. Esse 
sistema pode ser muito útil como forma de reavaliar com mais 
consistência um fi lhote doente durante a hospitalização ou se for 
apresentado repetidamente. Esse sistema propicia uma avaliação 
objetiva para o registro médico desse fi lhote e pode ser usado para 
orientar em casos de urgência de diagnósticos ou alterações no 
tratamento pela equipe veterinária.
Temperatura Corporal
A temperatura corporal deve ser medida usando-se um termômetro 
retal. Já foi provado que a termometria retal refl ete com mais pre-
cisão a temperatura do corpo do que qualquer outro método em 
após o parto. A absorção máxima de anticorpos pelo trato gastroin-
testinal (GI) ocorre por volta de 8 horas de vida e praticamente não 
há absorção de anticorpos com 1 dia de vida. Em fi lhotes de cães, 
se o dono não tiver certeza de que um fi lhote foi amamentado, 
enquanto outro foi, pode-se obter amostra de sangue de ambos e 
mensurar a concentração da enzima fosfatase alcalina (ALP) e da 
gama-glutamil transpeptidase (GGT), comparando-se os valores 
de ambos os fi lhotes. Tendo-se certeza de que o recém-nascido não 
ingeriu colostro, anticorpos podem ser fornecidos por meio da 
administração de soro ou plasma de qualquer adulto vacinado da 
mesma raça, por via oral (no primeiro dia de vida) ou injeção sub-
cutânea em bolus. Para os fi lhotes de gato, o método mais prático 
é administrar 15 mL de soro obtido de vários adultos (ter cuidado 
com o tipo sanguíneo, para evitar a isoeritrólise neonatal), dado em 
três doses, administrado no nascimento, 12 e 24 horas mais tarde. 
O regime empírico para os fi lhotes caninos é administrar de uma 
mistura de soros de diversos adultos. Pode ser administrado em 
dose única para fi lhotes de raça grande ou dividido em doses como 
foi descrito para os fi lhotes felinos.
Peso ao Nascer e Mudanças no Peso 
Corpóreo
O baixo peso ao nascer está relacionado com a pouca chance de 
sobrevivência. O peso normal para fi lhotes felinos ao nascer é de 
cerca de 100 g. O peso normal para fi lhotes caninos varia de acordo 
com a raça: a média para fi lhotes da raça toy é de 120 g, 250 g para 
fi lhotes da raça média, 490 g para fi lhotes da raça grande e 625 g 
para fi lhotes da raça gigante. O baixo peso ao nascer também pode 
ser um indicador de anormalidade da mãe – por exemplo, hipoti-
reoidismo em cadelas. 
Os fi lhotes caninos e felinos podem perder uma pequena quan-
tidade de peso nas primeiras 24 horas de vida, porque se desidratam 
levemente e defecam pela primeira vez. Os fi lhotes devem ganhar 
peso diariamente, duplicando o peso do nascimento em 7 ou 10 dias 
de vida. Sabe-se que os fi lhotes que perdem mais de 10% de seu peso 
ao nascer nos primeiros dois dias de vida têm muito menos chance 
de sobreviver ao desmame do que os que mantêm ou ganham peso 
naquele período. Recomenda-se pesar todos os neonatos ao nascer, 
 QUADRO 3-1 Parâmetros importantes no exame 
físico de cães e gatos recém-nascidos 
 • A bradicardia (frequência cardíaca menor que 150 
batimentos por minuto) nos primeiros 4 ou 5 dias 
de vida é mais frequentemente associada à 
hipoxemia. 
 • A temperatura corpórea dos neonatos é 
signifi cativamente mais baixa que a dos adultos da 
mesma raça. 
 • Para melhor determinar o estado de hidratação, 
deve-se examinar a cor da urina, com a coloração 
amarela visível sendo indicativa de desidratação.• A falha no fechamento da fontanela bregmática não 
está diretamente associada a doenças neurológicas 
no momento do exame ou futuramente no neonato. 
 TABELA 3-1 Tempo em dias e ocorrência de fatos 
relevantes no desenvolvimento pediátrico 
Fato Tempo em dias 
O cordão umbilical seca e cai 2–3 dias
As pálpebras se abrem 5–14 dias
Os canais dos ouvidos externos se 
abrem
6–14 dias
Domínio do músculo extensor 5 dias
Capacidade de engatinhar 7–14 dias
Capacidade de andar, urinar e defecar 
espontaneamente
14–21 dias
Hematócrito/número de hemácias 
estabilizam-se próximo ao do adulto
8 semanas
Função renal próxima a do adulto 8 semanas
Função hepática próxima a do adulto 4–5 meses
 
22 SEÇÃO 1: CONSIDERAÇÕES GERAIS
cães adultos e não há por que duvidar de que o mesmo não se 
aplique aos fi lhotes de cães e gatos.
A temperatura corpórea retal normal na primeira semana de 
vida é consideravelmente mais baixa do que em cães e gatos 
adultos. Os fi lhotes não geram calor por meio de movimentos e 
não desenvolvem o refl exo do tremor até seis dias de vida, con-
tando com o tecido adiposo marrom e com o meio ambiente para 
o aquecimento do corpo. Na primeira semana de vida, a tempe-
ratura corpórea normal fi ca entre 35° e 36°C. Na segunda e ter-
ceira semanas de vida, antes de o fi lhote engatinhar e andar de 
forma consistente, a temperatura corpórea normal oscila entre 37° 
e 38,2°C. A temperatura inferior a 34,4°C está associada a estase 
gastrointestinal. 
Estado de Hidratação
Pode ser difícil medir o estado de hidratação em fi lhotes caninos e 
felinos. Turgor de pele ou elasticidade cutânea normal não são 
indicadores tão precisos de estado de desidratação em animais 
pediátricos como para animais adultos, porque os neonatos têm 
menos gordura subcutânea. Filhotes caninos e felinos bem hidra-
tados, com pigmentação clara, costumam ter o ventre em tom 
róseo ligeiramente acentuado, além do focinho e das mucosas 
orais (Fig. 3-1). Com a desidratação, há uma intensifi cação da cor 
rósea para rosa-escuro ou vermelho, mas esta é uma medição sub-
jetiva. As membranas oculares e orais podem estar ressecadas em 
animais desidratados. Deve-se ter cautela ao avaliar as membranas 
mucosas orais em animais que acabaram de mamar; o leite deixará 
as membranas mucosas engorduradas, sugerindo artifi cialmente 
uma hidratação normal. A urina normal em animais recém-nasci-
dos é muito diluída, sem cor visível. A estimulação da micção com 
a manipulação delicada da genitália com um cotonete úmido 
permite que se avalie a coloração da urina; qualquer tom de amarelo 
sugere desidratação no momento. O volume globular não pode ser 
usado como medida de hidratação em fi lhotes recém-nascidos, 
porque há uma variação no número de células vermelhas transferi-
das através da placenta e do umbigo na hora do parto e porque há 
queda normal do volume globular até se estabilize com 8 semanas 
de vida.
Comportamento/Atividade Mental
Filhotes normais passam a maior parte do tempo dormindo, nas 
primeiras 2 ou 3 semanas de vida. Ficar amontoado, um em cima 
 Figura 3-1 Filhote normal de 7 dias de vida com ventre e 
focinho róseo. 
 TABELA 3-2 Pontuação de vitalidade de recém-nascidos* 
Parâmetros 0 pontos 1 ponto 2 pontos
Atividade, tônus muscular Flácido Alguma fl exão nas extremidades Movimentos ativos
Pulso, frequência cardíaca Ausente ou <110 bpm 110-220 bpm > 220 bpm
Refl exos quando estressados Ausente Algum movimento Gemidos
Coloração da membrana mucosa Pálida ou cianótica Levemente cianótica Rósea
Frequência respiratória Ausente Fraca, irregular > 15/minuto, 
cadenciada
 * Interpretação: pontuação entre 0–3: vitalidade fraca; pontuação entre 4–6: vitalidade moderada; pontuação entre 7–10: vitalidade normal. 
do outro, ou perto da mãe é normal; fi lhotes saudáveis não irão se 
separar da ninhada ou da mãe antes de 5 ou 6 semanas de vida.
Quando estão acordados, os fi lhotes devem ser capazes de res-
ponder à dor, ao odor e ao toque. Os fi lhotes normais apresentam 
um forte instinto para sugar, que se evidencia ao se inserir um dedo 
limpo e quente na boca do neonato. Alguns animais não respon-
derão, porque o dedo do veterinário pode estar frio e com gosto de 
desinfetante. Além de sugar, os fi lhotes devem mostrar refl exos de 
busca e endireitamento. Estimula-se o refl exo de busca fazendo um 
círculo do polegar e do indicador em uma mão e inserindo o 
focinho do recém-nascido no círculo (Fig. 3-2). Filhotes normais 
irão fazer força e empurrar para buscar. Para estimular o refl exo de 
endireitamento, deve-se colocar o neonato de costas em uma super-
fície quente e macia. Filhotes normais devem ser capazes de se 
endireitar e voltar à postura normal bem rapidamente.
Capítulo 3 Anamnese e Exame Físico do Neonato 23
Sistema Cardiovascular
A frequência cardíaca normal é de cerca de 220 batimentos por 
minuto (bpm) na primeira semana de vida e, por esse motivo é 
difícil de ser avaliada. A frequência cardíaca rápida e o tamanho 
reduzido do coração tornam a auscultação difícil; recomenda-se 
o uso de um estetoscópio pediátrico humano com anel e dia-
fragma bem pequenos.
Nas primeiras 4 a 5 semanas de vida, os fi lhotes caninos e 
felinos respondem à hipoxemia com bradicardia e hipotensão, 
frequência cardíaca baixa chegando a 45 bpm e pressão sanguí-
nea sistólica de 23 mm Hg. Uma frequência cardíaca em um 
recém-nascido igual ou inferior a 150 bpm na primeira semana 
de vida indica que o animal deve ser hospitalizado e entrar no 
oxigênio.
A arritmia sinusal não é usualmente relatada em cães e gatos 
recém-nascidos. Na maioria das vezes, os sopros cardíacos de graus 
I a III/IV são funcionais ou são murmúrios inofensivos causados 
pelo aumento da velocidade do fl uxo na aorta e por artérias pul-
monares ou variações no fechamento das conexões embriológicas 
entre as câmaras do coração ou entre o coração e as veias principais. 
Em geral, os sopros cardíacos de graus IV até V/VI são devido a 
anomalias congênitas persistentes do coração. Outras descobertas 
do exame físico que podem confi rmar um distúrbio cardíaco grave 
são: assincronia do pulso femoral com as batidas do coração, colo-
ração da membrana mucosa pálida ou cianótica, distensão de veia 
jugular, ascite e hepatomegalia. Há registros de doença cardíaca 
congênita em 17% dos cães e 5% dos gatos que foram examinados 
pelo serviço de cardiologia em um dos hospitais-escola veterinários 
nos Estados Unidos. Os distúrbios cardíacos congênitos mais 
comuns em cães, segundo esse estudo, foram estenose subaórtica e 
ducto arterioso. Os distúrbios mais comuns em gatos foram displa-
sia da válvula tricúspide e defeito do septo ventricular.
A eletrocardiografi a (EGG) é realizada em raras ocasiões em 
animais recém-nascidos. As arritmias e os distúrbios de condução 
podem ser identifi cados com a ECG em animais bem novos. Não 
há estudos que documentem a avaliação precisa do tamanho cardí-
aco por meio do cálculo do eixo elétrico médio. É difícil avaliar a 
função cardíaca através da ecocardiografi a em caninos e felinos 
neonatos, em razão da falta de equipamento de tamanho apropriado 
e de estudos limitados que documentem a mensuração normal. 
Entretanto, técnicas ultrassônicas apropriadas e interpretações 
estão descritas nos Capítulos 22 e 32.
Sistema Respiratório
A frequência respiratória normal em neonatos pode ser de apenas 15 
respirações por minuto. Com um dia de vida, a frequência respiratória 
aumenta para 20 a 30 respirações por minuto. A manipulação da 
genitália ou do umbigo pode causar um aumento da frequência 
respiratória. A frequência respiratória é igual a dos adultos por volta 
de 4 semanas de vida. Os sons do pulmão podem ser facilmente 
auscultados com um estetoscópio com cabeça pediátrica. A radiogra-
fi a torácica dos neonatos é complicada, em razão do tamanho 
pequeno deles eda falta de técnica conhecida para animais desse 
porte e composição corporal. As radiografi as são interpretadas como 
as dos adultos. A lavagem transtraqueal ou outros métodos usados 
para coletar amostras para cultura ou citologia podem ser realizados 
da mesma forma como em animais adultos.
Órgãos Sensoriais
As pálpebras se abrem na maioria dos fi lhotes caninos e felinos entre 
5 e 14 dias de vida. Há registros de abertura de pálpebras no nasci-
mento ou logo após em fi lhotes felinos da raça Abyssinian. Depois de 
a pálpebra se abrir, pode ocorrer um edema córneo durante duas ou 
três semanas e nota-se que, a opacidade da córnea diminui lentamente. 
A cor normal da íris só se apresenta após o período neonatal.
A resposta à ameaça e à luz pupilar deve acontecer entre 10 e 
21 dias de vida. O teste de Schirmer pode ser realizado a qualquer 
momento após a abertura da pálpebra, mas pode ser difícil em 
animais pediátricos, devido ao pequeno tamanho. O exame de 
fundo de olho não pode ser realizado consistentemente no período 
neonatal. Os canais do ouvido externo dos fi lhotes de cães e gatos 
estão fechados ao nascer, abrindo-se por volta de 6 a 14 dias de 
idade. O exame inicial é obstruído pelo tamanho reduzido do canal 
auditivo e pela presença de detritos epiteliais, já que os canais 
passam por descamação. O exame ótico e o teste de audição não 
podem ser realizados com efi cácia no período neonatal.
Sistema Neurológico e Calvária
O exame neurológico não pode ser realizado com efi cácia no 
período neonatal. Os fi lhotes devem ser capazes de responder à dor, 
ao odor e ao toque. Refl exos de retirada também devem estar pre-
sentes, mas podem ser mais lentos que em animais mais velhos. Ao 
serem segurados os fi lhotes, apresentam dominância do fl exor cerca 
de 4 dias de vida. Isso signifi ca que, ao apanhar o animal pela nuca, 
ele irá se contorcer e não alongar a espinha e os membros traseiros; 
este último é o controle do extensor, que se torna saliente entre 5 
a 21 dias de vida. Exames complementares mais avançados, como 
o teste auditivo de resposta auditiva evocada do tronco cerebral ou 
a eletroencefalografi a (EEG,) não podem ser realizados com pre-
cisão no período neonatal.
O crânio deve ser palpado para se avaliar o fechamento da 
fontanela bregmática. Fontanelas abertas não são invariavelmente 
associadas ao aumento dos ventrículos do cérebro, nem a dilatação 
ventricular está invariavelmente relacionada com distúrbios neuro-
lógicos em algum momento da vida dos fi lhotes. Aproximadamente 
um terço tem dilatação ventricular sem distúrbios neurológicos em 
algum momento da vida, e cerca de um terço apresenta dilatação 
ventricular e distúrbios neurológicos.
 Figura 3-2 Demonstração do refl exo de busca. 
C A P Í T U L O 9 
 CUIDADO DO FILHOTE DE 
CÃO OU GATO ÓRFÃO 
 Michael E. Peterson 
ADOÇÃO
A adoção é uma excelente abordagem para os cuidados dos fi lhotes de 
cão e de gato órfãos ou abandonados. A adoção, em caso de sucesso, 
permite que a mãe substituta ofereça aos fi lhotes uma nutrição ade-
quada, estímulo à eliminação de dejetos e controle de temperatura. Esta 
abordagem tem seus riscos, já que algumas cadelas e gatas podem 
negligenciar ou ainda atacar e matar os fi lhotes adotivos. As boas mães 
adotivas, de modo geral, aceitam e amamentam imediatamente os 
neonatos órfãos. Algumas pessoas tentam colocar o cheiro da ninhada 
natural nos neonatos a serem adotados, para auxiliar o processo. Isto 
nem sempre é necessário; é preciso, porém, monitorar com cuidado a 
interação entre a nova mãe adotiva, sua ninhada e os neonatos órfãos, 
principalmente no início do processo de adoção.
MANEJO
Os preceitos básicos da criação de fi lhotes de cão e de gato órfãos 
envolvem o oferecimento de um ambiente adequado (p. ex., tem-
peratura e cama), nutrição, estímulo à eliminação de dejetos e 
socialização.
Controle Ambiental
O controle do ambiente físico é muito importante. Os órfãos pre-
cisam de um ninho seco, quente, livre de correntes de ar e confor-
tável. O ninho deve ter laterais altas o sufi ciente para evitar que os 
neonatos a escalem quando sozinhos, saiam do ninho e fi quem com 
frio. O ninho deve ser facilmente limpável. Materiais de fácil 
limpeza, porém, podem ter seus riscos, já que, com frequência, a 
perda de calor é enorme; as gaiolas de aço inoxidável, por exemplo, 
são fáceis de limpar, mas os neonatos que entram em contato com 
este material rapidamente sentem frio.
Caixas plásticas são muito boas como ninhos; almofadas aquece-
doras elétricas podem ser colocadas sob uma parte da caixa, ligadas em 
temperatura morna. Isto limita o risco de transmissão de calor, via 
Os fi lhotes de cão e de gato podem requerer cuidados humanos por 
diversas razões; a mais óbvia é a morte da mãe. Algumas mães, 
porém, apresentam agalactia, mastite ou doenças subjacentes, ou 
ainda estão tão debilitadas que não podem cuidar de seus fi lhotes. 
Ocasionalmente, as ninhadas são tão grandes que a fêmea é incapaz 
de prover nutrição adequada a todos os fi lhotes. Alguns neonatos 
são muito menores ou mais fracos do que seus irmãos, tendo difi -
culdade em competir com eles, e, assim, necessitam de auxílio para 
aumentar suas chances de sobrevivência.
Uma suposição comum é que a maioria dos neonatos órfãos 
morre devido a doenças infecciosas. A causa mais comum de mor-
talidade em fi lhotes de cão e de gato órfãos, porém, são os erros de 
manejo, seja pela demora na identifi cação de um problema, pelo 
conhecimento inadequado sobre criação ou ainda pela incapacidade 
técnica de responder de forma adequada. Até as duas semanas de 
vida, os fi lhotes normais de cães e gatos devem comer ou dormir 
durante 90% do tempo; se isto não acontecer, todos os esforços 
devem ser imediatamente dirigidos para a identifi cação da fonte de 
seu descontentamento.
Os órfãos são mais suscetíveis à infecção devido a diversos 
fatores, incluindo, mas não limitado a, diminuição da resposta imu-
nológica secundária ao estresse e ao não recebimento de anticorpos 
locais por meio do leite materno. Visitas de não residentes da casa 
devem ser evitadas. A manipulação dos fi lhotes deve ser limitada a 
uma única pessoa; e todos devem lavar as mãos antes de pegar os 
fi lhotes.
Os fi lhotes de cão e de gato órfãos, assim como suas mães e 
irmãos de ninhada, devem ser submetidos a exames físicos comple-
tos, para determinação das possíveis causas de abandono. Com 
frequência, os neonatos abandonados apresentam problemas 
médicos signifi cativos, como hipotermia, hipoglicemia, desidrata-
ção e diversas malformações congênitas, que precisam ser avaliados. 
As fêmeas que apresentam pré-eclampsia, devido aos baixos níveis 
de cálcio, geralmente são mães nervosas e com pouco instinto 
materno, podendo atacar os fi lhotes.
67
68 SEÇÃO I: CONSIDERAÇÕES GERAIS
terceira semanas de vida, antes que os fi lhotes comecem a se arrastar 
de forma ativa ou a andar de modo consistente, a temperatura 
corpórea normal varia de 36°C a 38°C.
Os fi lhotes de cão e de gato dependem da temperatura ambien-
tal para se manterem aquecidos, principalmente nos primeiros dias 
de vida. Durante as primeiras semanas, a temperatura ambiente não 
deve ser inferior a 22°C. Lembre que as temperaturas do piso são 
signifi cativamente menores do que aquelas indicadas no termostato 
(o calor sobe).
A necessidade de manter um controle estrito da temperatura é 
particularmente válida quando há um único órfão. Na presença de 
diversos neonatos, eles se agrupam, preservando o calor. Na pri-
meira semana de vida, os neonatos precisam de um ambiente 
similar ao da incubadora, com temperaturas entre 29°C e 32°C. Nas 
próximas três a quatro semanas, a temperatura do ninho pode ser 
reduzida para 26,5°C (Tabela 9-1).
Existem diversas fontes de calor; porém o calor irradiado é o 
preferido. Garrafas de águaquente, embrulhadas em toalhas, podem 
ser efi cazes, mas são frustrantes, já que dão muito trabalho e pre-
cisam de monitoramento e reaquecimento constantes. O uso de 
lâmpadas de calor é comum; suas desvantagens incluem pior con-
trole da umidade e o maior risco de incêndio na casa, no canil ou 
no gatil. Outras desvantagens destas lâmpadas é o fato de que 
muitos fi lhotes de gato não gostam da cama aberta requerida para 
sua utilização. As almofadas elétricas de aquecimento são evitadas 
por algumas pessoas, já que podem gerar calor de forma inconsis-
tente (o ajuste de temperatura baixa de uma almofada pode ser 
signifi cativamente diferente daquele de outra almofada) e provocar 
queimaduras térmicas (ou escaldamento), caso haja passagem de 
umidade entre o neonato e a almofada. Estas almofadas, ajustadas 
em temperatura baixa e isoladas de umidade e dos fi lhotes, são as 
fontes de calor mais comumente usadas. Neonatos muito novos não 
respondem bem a altas temperaturas ambientes e podem não con-
seguir se afastar da fonte de calor caso estejam superaquecidos.
A umidade correta deve fi car entre 55% e 65%; graus de umidade 
menores provocam desidratação e maiores elevam as chances de 
crescimento bacteriano e ocorrência de infecção. Nos neonatos, o 
risco de desidratação é alto, já que 82% de seu peso é composto por 
água. Ao nascimento, as taxas de fi ltração glomerular são iguais a 
21% das observadas em adultos, mas se elevam para 53% com 8 
semanas de vida.
Minimizar situações de estresse é importante, permitindo que os 
neonatos durmam, comam e cresçam. Os neonatos órfãos já estão 
sob estresse, já que precisam lidar com o novo ambiente e com a vida 
sem os efeitos calmantes da presença da mãe. Áreas de tráfego 
umidade, da almofada elétrica, o que poderia provocar queimaduras 
signifi cativas no neonato. Um problema dos contêineres de plástico ou 
de vidro é que não são absorventes; deve-se tomar cuidado, então, para 
que os fl uidos não caiam na caixa. Algumas pessoas defendem a colo-
cação do ninho na mesma altura de uma mesa, já que os neonatos 
podem receber mais atenção se os indivíduos não tiverem que se 
abaixar até o chão (Fig. 9-1). Os ninhos não devem ser colocados 
próximos a saídas de ar ou ductos de ar condicionado.
Quando os fi lhotes de cão atingirem entre 4,5 a 5 semanas de 
vida e começarem a andar mais, o uso de uma piscina plástica 
infantil é uma boa solução. Estas piscinas não são caras e são fáceis 
de limpar. Além disso, cercados dobráveis podem ser encaixados ao 
redor da piscina, contendo os fi lhotes de cão. Tapetes de malha 
estreita com fundo de borracha são pisos excelentes e quentes. Estes 
tapetes são facilmente removidos e higienizados, e, quando usados 
aos pares, podem ser alternados; então, quando um está em uso, o 
outro está sendo lavado e seco.
O material da cama deve ser macio, absorvente, não abrasivo e 
facilmente limpo e, deve isolar, confortavelmente, os neonatos da 
perda de calor. A cama deve ter bom piso, não podendo se enrolar 
e assim prender o neonato. Muitos criadores gostam de jornal 
(alguns compram jornal não impresso, de editoras locais), por ser 
de fácil aquisição, absorvente e barato. Outros (incluindo este autor) 
preferem tecidos porque oferecem piso de melhor qualidade; o 
material deve ser selecionado de forma a impedir que as unhas dos 
fi lhotes fi quem enroscadas no tapete. Camas ruins retêm umidade, 
dissipando o calor dos fi lhotes e permitindo crescimento bacteriano. 
Independentemente da adequação do material usado na cama, este 
deve ser mantido limpo ou trocado com frequência.
O controle da temperatura ambiental é importante, por diversas 
razões. A temperatura corpórea retal normal, na primeira semana 
de vida, é consideravelmente menor do que aquela observada em 
cães ou gatos adultos. Os fi lhotes de cão e de gato neonatos não 
geram calor pela movimentação e não apresentam refl exo de tiritar 
ativo até os seis dias de idade, dependendo do ambiente e do tecido 
adiposo marrom para a termogênese. Na primeira semana de vida, 
a temperatura normal varia entre 35°C a 36°C. Na segunda e na 
 TABELA 9-1 Temperaturas ambientais para 
neonatos 
Idade em 
dias
Temperatura do 
ninho
Temperatura 
corpórea normal do 
neonato
0-7 29°C 35,5°C - 36,5°C
8-28 26,5°C 37°C
29-35 24°C 38°C
+35 21°C 38°C
 Figura 9-1 Uma garrafa de água morna, embrulhada em uma 
toalha, é uma fonte de calor adequada para fi lhotes de cão 
neonatos; a água deve ser trocada quando esfriar. (De Poffen-
barger, E.M., Olson, P.N., Ralston, S.L., et al: Canine neonato-
logy. Part II: Disorders of the neonate, Compend Contin Educ 
Pract Vet, 13:25-37, 1991.)
Capítulo 9 Cuidado do Filhote de Cão ou Gato Órfão 69
 Figura 9-2 Uma balança para alimentos é usada na pesagem 
do cão neonato. (De Johnston, S.D., Root, Kustritz M.V., Olsen, 
P.N.S. (eds): Canine and feline theriogenology, St Louis, 2001, 
Saunders/Elsevier.)
adequada em substituição ao leite. O uso de dietas impróprias, como 
o leite de vaca, faz com que a nutrição seja inadequada, diminuindo as 
taxas de crescimento, e é frequentemente acompanhado por diarreia. 
As fórmulas de sucedâneos comerciais são utilizadas comumente, já 
que são nutricionalmente equilibradas. Dietas caseiras podem ser ins-
tituídas; algumas amostras de receitas são encontradas neste capítulo 
(Quadros 9-1 e 9-2). Contudo, a formulação de um sucedâneo caseiro 
nutricionalmente equilibrado é difícil. Alguns proprietários preferem 
intenso de pessoas e ruídos aumentam o nível de estresse. O excesso 
de manipulação, principalmente por crianças, aumenta, de modo 
signifi cativo, os níveis de estresse, e deve ser evitado até que os neo-
natos atinjam 3 a 4 semanas de vida. Altos níveis de estresse depri-
mem o sistema imunológico, aumentando o risco de desenvolvimento 
de infecção e podem ter efeitos possivelmente deletérios sobre a 
futura socialização. Alguns canis e gatis usam dispensadores de fero-
mônios na área onde os fi lhotes são mantidos (FeliwayÒ for cats, 
Veterinary Products Laboratories, Phoenix, AZ, e Dog Appeasing Phe-
romoneÒ for dogs, CEVA Animal Health Inc., Manchester, MO) na 
tentativa de diminuir os níveis de estresse neonatal.
A higiene adequada é essencial, porque os fi lhotes de cão e de 
gato apresentam diversas condições estruturais, metabólicas e imu-
nológicas que, embora normais para a idade, os tornam mais sus-
cetíveis ao desenvolvimento de doenças infecciosas. Os órfãos são 
ainda mais suscetíveis a essas doenças, e o proprietário deve ser 
meticuloso quanto à limpeza da cama e dos alimentos. O número 
de indivíduos que manipulam os órfãos deve ser o menor possível, 
e todos devem lavar as mãos com frequência.
Os termos limpeza e desinfecção não devem ser considerados 
sinônimos, já que poucos desinfetantes são efi cazes na presença de 
detritos orgânicos; assim, a limpeza adequada deve ser feita antes 
da desinfecção da área. A limpeza adequada é realizada com sabão 
neutro, água morna e muito trabalho. Essa atividade, assim como a 
frequente remoção e lavagem do material da cama, deve ser reali-
zada antes de qualquer desinfecção.
A seleção adequada de desinfetantes é importante, e deve-se tomar 
cuidado para que estes não se transformem em toxinas ambientais. A 
pele dos neonatos é muito fi na, e a absorção transdérmica é muito mais 
rápida do que a observada em adultos. Além disso, muitos desinfetan-
tes, em altas concentrações, são irritantes respiratórios importantes. O 
proprietário deve ser particularmente cuidadoso em relação a agentes 
de limpeza, como óleos de eucalipto e fenóis. O uso excessivo de água 
sanitária ou outros desinfetantes, ou o emprego de concentrações 
muito elevadas destes, pode prejudicar os neonatos.
Alimentação
As questões mais comuns referentes à alimentação de órfãos são: o que 
oferecer, como fazê-lo, em qual quantidadee com qual frequência. A 
higiene adequada é essencial à alimentação de neonatos. Todas as 
mamadeiras, bicos, sondas e outros equipamentos devem ser mantidos 
limpos. Os proprietários devem lavar, cuidadosamente, todo o material 
utilizado na alimentação, preparar apenas a quantidade de fórmula de 
sucedâneo para administração dentro de 24 a 48 horas e manter os 
preparados não utilizados sob refrigeração, em potes de vidro.
 Segurar e manipular cada neonato para alimentá-lo pode alertar 
o proprietário quanto à existência de problemas. Os neonatos 
devem ser vigorosos, gordos e se contorcerem. Filhotes de cão e de 
gato órfãos devem ser pesados duas vezes ao dia e, para tanto, o 
proprietário deve adquirir uma balança adequada (Fig. 9-2). A 
perda de peso, ou a ausência de ganho de peso, é um dos indicadores 
mais precoces de problemas de saúde, que devem ter sua causa 
imediatamente investigada.
O desmame geralmente se inicia com quatro a quatro semanas e 
meia de vida, sendo posteriormente discutido em detalhes ainda neste 
capítulo. Até a idade do desmame, é necessário fornecer alimentação 
adequada aos órfãos. Isto é obtido administrando-se uma dieta 
 QUADRO 9-1 Sucedâneo caseiro para 
 fi lhotes de cão 
 120 mL de leite de vaca ou cabra
120 mL de água
2 a 4 gemas de ovos
1 a 2 colheres (sopa) de óleo vegetal
1.000 mg de carbonato de cálcio
 
Adaptado de Hoskins, J.D. (ed): Veterinary pediatrics: dogs and cats from birth 
to six months, ed 3, St Louis, 2001, Saunders/Elsevier.
QUADRO 9-2 Sucedâneo caseiro para fi lhotes 
 de gato 
 90 mL de leite condensado
90 mL de água
120 mL de iogurte natural (não desnatado)
3 gemas de ovos grandes ou 4 gemas de ovos 
pequenos
 
Adaptado de Hoskins, J.D.: Nutrition and nutritional problems. Em Hoskins J.D. 
(ed): Veterinary pediatrics: dogs and cats from birth to six months, ed 3, St Louis, 
2001, Saunders/Elsevier.
70 SEÇÃO I: CONSIDERAÇÕES GERAIS
os membros dianteiros (como faria na mãe) e o bico deve ser alinhado 
à boca. A colocação do bico é importante, já que o neonato enrola a 
língua ao redor do bico, criando um lacre durante a amamentação. 
Caso o bico esteja colocado em um ângulo que impossibilite a for-
mação deste lacre, o neonato suga o ar, ocasionando cólicas. O 
neonato não deve ter a cabeça excessivamente distendida durante a 
alimentação, pois esta posição aumenta o risco de aspiração.
Caso a técnica seja corretamente aprendida, a alimentação por 
sonda pode oferecer vantagens sobre a mamadeira, incluindo maior 
exatidão da quantidade de sucedâneo administrada, administração 
mais rápida (importante, caso múltiplos órfãos necessitem ser alimen-
tados) e maior efi ciência. As desvantagens da alimentação por sonda 
incluem aprendizado gradual da técnica adequada e maior risco de 
aspiração do sucedâneo para os pulmões do neonato. O equipamento 
necessário para a administração com sonda inclui uma seringa e uma 
sonda fl exível, de plástico ou borracha. A sonda deve ter espessura 
sufi ciente para ter alguma rigidez e não se dobrar sobre si mesma, 
geralmente entre 7 e 8 Fr e, às vezes, menor, dependendo do tamanho 
do neonato. A sonda deve ser medida, da última costela do neonato 
até a ponta do focinho, com a cabeça estendida. Neste ponto, a sonda 
deve ser marcada. A inserção da sonda até esta marca garante que sua 
extremidade esteja no estômago, e não no esôfago ou no pulmão do 
neonato. Diversos vídeos de demonstração, produzidos por veteriná-
rios, podem ser vistos em websites da Internet. A sonda deve ser colo-
cada no leite morno, e este é aspirado com a seringa, de modo a não 
haver introdução de ar no estômago. O neonato deve ser colocado em 
posição ereta, com a cabeça fl exionada (não estendida), e a extremidade 
da sonda deve ser inserida rente ao céu da boca, seguindo a menor 
resistência. Não é necessário forçar, e a maioria dos neonatos engole a 
sonda com facilidade. A sonda deve ser mantida em posição enquanto 
o leite é lentamente infundido até o estômago do neonato. O sucedâ-
neo deve ser instilado lentamente, já que a administração rápida pode 
causar vômitos ou acúmulo de gases. O leite deve ser infundido por 
um a dois minutos. Após o término da administração, o cateter deve 
ser dobrado e, então, lentamente retirado, evitando o gotejamento do 
sucedâneo e o risco de aspiração.
Com a alimentação por sonda, o proprietário mede o volume 
de sucedâneo recebido pelo neonato, diferentemente do que ocorre 
sucedâneos caseiros a dietas comercializadas; diversos problemas, 
porém, devem ser solucionados. O preparo de sucedâneos caseiros tem 
algumas desvantagens signifi cativas, como a aquisição de ingredientes 
de qualidade, o maior risco de contaminação bacteriana e a difi culdade 
de replicar os constituintes normais do leite da fêmea. O leite das 
cadelas contém grande quantidade de gordura, pouca lactose e quan-
tidades moderadas de proteína. O leite de vacas e cabras é rico em 
lactose, contém pouca proteína e lipídeos e apresenta menor densidade 
calórica do que o leite de cadelas. Embora alguns suplementos possam 
ser adicionados aos leites de vaca e cabra para torná-los mais parecidos 
com o leite de cadelas, estes leites contêm muita lactose, aumentando 
o risco de diarreia. Estudos mostraram que os sucedâneos caseiros, 
mesmo quando administrados em volume e frequência maiores, ainda 
resultam em taxas de crescimento mais lentas do que o uso de fórmulas 
comercializadas. O queijo cottage nunca deve ser usado em dietas para 
fi lhotes de cão e de gato neonatos, já que se solidifi ca no estômago e 
pode provocar obstrução. As dietas caseiras devem ser utilizadas apenas 
em situações emergenciais, até que um sucedâneo comercial possa ser 
adquirido. Os problemas primários observados com o uso de sucedâ-
neos comerciais de leite em pó se devem a erros de preparo. A fórmula 
inadequadamente preparada pode ser concentrada, provocando vômito, 
acúmulo de gases e diarreia; por outro lado, o produto muito diluído 
diminui a densidade calórica em cada mililitro administrado, reque-
rendo o aumento da frequência de administração.
Existem diversas fórmulas comerciais no mercado, para uso 
como sucedâneo para fi lhotes de cão e de gato. Uma nova marca 
comercial (Gastromate with IgY, PRN Pharmacal, Pensacola, FL) 
simula melhor o leite da mãe, por apresentar imunoglobulinas (IgY 
aviária) contra patógenos gastrointestinais (GI) comuns em cães e 
gatos neonatos. De acordo com o fabricante, estes anticorpos auxi-
liam a imunidade local do trato digestivo e fazem uma ponte para 
o período “vazio” entre a imunidade natural local e a imunização. 
Algumas dietas comerciais contêm colostro bovino, que não é tão 
efi caz quanto o colostro canino ou felino.
O alimento pode ser administrado por meio de mamadeiras ou 
sondas, usando o sucedâneo adequado. As mamadeiras funcionam 
bem em fi lhotes de cão e de gato vigorosos, com forte refl exo de 
sucção, pois os animais sugam até estarem satisfeitos. Neonatos mais 
fracos ou doentes não são capazes de manter a sucção por tempo 
sufi ciente para receber quantidades adequadas de leite. Se a sucção 
não for satisfatória, pode ser necessária a alimentação com sonda.
A alimentação com mamadeira pode ser realizada após a seleção 
de uma mamadeira de tamanho adequado; os fi lhotes de cão grandes 
podem ser alimentados com mamadeiras e bicos para bebês humanos, 
mas fi lhotes de cão menores e fi lhotes de gato requerem mamadeiras 
especiais para neonatos, com bicos muito menores (Fig. 9-3). Os 
bicos de mamadeiras comercializadas geralmente não possuem ori-
fícios pré-fabricados. O orifício adequado pode ser feito com uma 
agulha quente (para derreter o material, formando um orifício). A 
abertura do bico deve ser sufi ciente para permitir que o leite pingue, 
lentamente, quando a mamadeira for invertida; se for menor, o 
neonatoterá que se esforçar muito para mamar e, se maior, o leite 
pode fl uir rapidamente, aumentando o risco de aspiração. O leite 
deve ser sempre sugado, e não espirrado da mamadeira.
A posição em que o fi lhote é alimentado também é impor-
tante. O decúbito esternal é a posição adequada para a alimen-
tação com mamadeira, e o neonato deve ser capaz de empurrar com 
 Figura 9-3 Tamanho da mamadeira para fi lhotes de cão, com-
parado à de mamadeira usada por cães de raças toy ou fi lhotes 
de gato. 
Capítulo 9 Cuidado do Filhote de Cão ou Gato Órfão 71
quente do que a pele. Alimentos frios podem estimular vômito, 
induzir hipotermia e inibir a absorção, por retardar o peristaltismo. 
O alimento muito quente pode queimar a boca, o esôfago e o 
estômago do neonato. As refeições iniciais devem ser diluídas (ao 
usar o produto enlatado) ou reconstituídas com fl uido eletrolítico 
balanceado (ao usar o produto em pó), para reduzir o risco de 
ocorrência de diarreia osmótica (Tabela 9-3).
Nas primeiras três semanas de vida, os fi lhotes de gato e os 
fi lhotes de cão devem ser estimulados a urinar e defecar. Uma bola 
de algodão umedecida em água morna pode ser gentilmente passada 
sobre o orifício urinário e o anal. Muitos estimulam a eliminação 
logo antes de cada refeição. De modo geral, a eliminação é facil-
mente estimulada; os fi lhotes defecam duas vezes ao dia e as fezes 
são amareladas. Os neonatos, porém, podem não defecar após cada 
sessão de estimulação.
Monitoramento do Crescimento
Os neonatos cuidados por humanos podem não crescer com tanta 
rapidez quanto aqueles amamentados por suas mães. Após o 
desmame, porém, os fi lhotes de cão e de gato tendem a crescer 
rapidamente, e logo alcançam seus irmãos de ninhada. Como regra 
geral, os fi lhotes dobram seu peso na primeira semana e ganham 
com a alimentação com mamadeira, em que o animal decide 
quando está satisfeito. Em neonatos, a capacidade estomacal média 
é de 20 mL (quatro colheres de sopa) a cada 500 g (40 mL/kg). A 
administração da quantidade adequada de sucedâneo faz com que 
o neonato fi que com a barriga caracteristicamente arredondada, 
mas deve-se tomar cuidado para não distender o estômago de forma 
excessiva. Alguns indivíduos defendem a colocação do neonato para 
“arrotar” após a alimentação, mas este procedimento não é neces-
sário, a não ser que tenha ocorrido introdução de ar no estômago.
A maioria dos fi lhotes de cão e de gato necessita de cerca de 100 
kJ de energia por dia a cada 100 g de peso corpóreo. Os sucedâneos 
geralmente trazem as recomendações de administração impressas no 
rótulo. Muitas das fórmulas comercializadas oferecem cerca de cinco 
kJ de energia metabolizável em cada mililitro (Tabela 9-2). O volume 
total calculado de leite deve ser dividido em múltiplas administrações. 
A frequência da alimentação é controlada pelo tamanho do estômago 
do neonato e pelo seu choro, pedindo mais leite.
Evite a alimentação excessiva do neonato em uma refeição, pois 
isto pode provocar diarreia, vômito ou mesmo aspiração Se o 
neonato não estiver ganhando peso sufi ciente, aumente a frequência 
de alimentação, aumentando a ingestão calórica diária. Isto é mais 
fácil do que ter de lidar com o vômito, diarreia ou aspiração resul-
tantes do aporte excessivo de alimento.
Os fi lhotes de cão e de gato normais precisam de cerca de 130 
a 220 mL de água por kg de peso corpóreo por dia. A água deve 
ser fornecida até atingir 200 mL de água/kg de peso corpóreo. A 
hidratação correta é importante, e a ingestão de água deve ser 
calculada, já que o sucedâneo pode não fornecer a quantidade de 
água necessária quando corretamente diluído.
A frequência de alimentação depende de diversos fatores, 
incluindo a idade do órfão, o volume administrado em cada refeição 
e a densidade calórica do alimento. Os neonatos devem ser alimen-
tados entre seis a oito vezes ao dia, ou a cada duas a três horas. 
Quando atingem algumas semanas de vida, os intervalos entre as 
refeições podem ser aumentados. Filhotes de gato e fi lhotes de cão 
famintos fi cam inquietos e choram até serem alimentados. O suce-
dâneo deve ser aquecido antes da refeição, e administrado à tem-
peratura corpórea da mãe (38,6°C); a temperatura do leite pode ser 
testada nas costas da mão, certifi cando-se que esteja um pouco mais 
 TABELA 9-2 Volume da alimentação 
Semana de vida
Requerimentos calóricos diários por 
10 g de peso corpóreo
Filhotes de Cão 
1 1,32 cal/10 g
2 1,59 cal/10 g
3 1,76 cal/10 g
4 1,94 cal/10 g
 Filhotes de Gato 
1-2 2,17 cal/10 g
3-4 2,82 cal/10 g
 Os sucedâneos do leite contêm, aproximadamente, 1 cal/mL. Leia, no rótulo do 
sucedâneo, o valor real de calorias por mililitro. Os sucedâneos para cães devem 
ser administrados a fi lhotes desta espécie e os sucedâneos para gatos, a fi lhotes 
desta espécie. 
 TABELA 9-3 Causas comuns de problemas 
relacionados à alimentação 
Problema
Manifestação 
clínica Ação corretiva
Mau posicio-
namento 
para 
alimentação
Maior risco 
de 
aspiração
O neonato deve estar 
em posição 
esternal, com a 
cabeça 
relativamente 
fl exionada
Fórmula em 
temperatura 
incorreta
Hipotermia, 
má 
digestão, 
azia
O alimento deve estar 
à temperatura do 
corpo da mãe 
durante a 
administração
Alimentação 
muito rápida
Vômito, 
cólica, 
acúmulo 
de gases
O leite deve ser 
infundido durante 1 
a 2 minutos
Preparo 
incorreto do 
sucedâneo
Diarreia, 
acúmulo 
de gases, 
má 
nutrição
Preparar o sucedâneo 
de acordo com as 
instruções; nas 
primeiras 
administrações, 
misture-o ou dilua-o 
em soro fi siológico 
balanceado
Má higiene Diarreia, 
vômitos, 
infecção
Lavar todos os 
equipamentos 
usados na 
alimentação, 
preparar somente a 
quantidade de 
sucedâneo 
sufi ciente para 24 
horas; mantenha-o 
sob refrigeração
72 SEÇÃO I: CONSIDERAÇÕES GERAIS
desenvolvimento e técnicas adequadas de socialização para maxi-
mizá-los estão além do escopo deste capítulo. A criação de fi lhotes 
órfãos até a vida adulta com comportamentos sociais inaceitáveis 
frustra o objetivo primário da intervenção, que deveria ser o 
desenvolvimento ideal de animais de estimação, com bom tempe-
ramento, para seus proprietários fi nais. Por que resgatá-los como 
órfãos, para vê-los sendo submetidos a eutanásia no futuro, por 
apresentarem problemas comportamentais signifi cativos?
Um fi lhote de gato criado em total isolamento de outros gatos 
é suscetível ao desenvolvimento de anomalias psicológicas, com 
nervosismo, agressividade e menor capacidade de lidar com ambien-
tes, pessoas ou animais estranhos (Cap. 12).
Os cães são animais altamente sociáveis, sendo signifi cativa-
mente afetados pela interação com outros cães, pessoas e ambiente. 
Diversos estágios importantes de seu desenvolvimento moldam seu 
futuro temperamento e sua capacidade de interação aceitável quando 
adultos (Cap. 13).
Falha de Transferência Passiva
Uma questão importante no manejo de órfãos muito jovens é a 
ingestão de colostro. Obviamente, quando a mãe morre no parto, não 
ocorre a ingestão de colostro. Os fi lhotes de gato podem receber até 
25% de seus anticorpos maternos através da placenta; em fi lhotes de 
cão, apenas 5% a 10% destes anticorpos são assim transferidos. A 
ingestão de colostro é necessária à transferência passiva signifi cativa 
de anticorpos maternos. A absorção máxima de imunoglobulinas 
pelo trato GI ocorre, aproximadamente, com oito horas de vida; 
praticamente não há absorção GI de anticorpos após um dia de idade. 
Caso o clínico não tenha certeza que o neonato ingeriu colostro, mas 
sabe que outro sim, pode coletar sangue de ambos e comparar os 
níveis séricos de fosfatase alcalina (FA) e gamaglutamiltranspepti-
dase (GGT). As concentrações de enzimas são dramaticamente 
maiores (frequentemente, milhares de vezes) nos neonatos que inge-
riram colostro, e perduram por até 10 dias após o consumo.
Anticorpos

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