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Unidade 3 Aspectos Pedagógicos da Educação Infantil Analice Oliveira Fragoso Educação Infantil Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autor ANALICE OLIVEIRA FRAGOSO A AUTOR Analice Oliveira Fragoso Olá! Meu nome é Analice Oliveira Fragoso. Sou formada em Pedagogia, especialista em Psicopedagogia, mestre e doutora em Distúrbios do Desenvolvimento. Tenho experiência como professora no ensino superior há mais de quatro anos, tanto no curso de graduação em Pedagogia quanto no curso de especialização em Neuropsicopedagogia. Sou apaixonada por educação, por isso há mais de sete anos realizo pesquisas nessa área do conhecimento. É um grande privilégio transmitir minha experiência àqueles que estão iniciando suas profissões. Agradeço à Editora Telesapiens pelo convite para integrar seu elenco de autores independentes e estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Afetividade e infância ................................................................................10 Entendendo um pouco mais sobre a vida afetiva ................................................. 12 Teorias da afetividade .................................................................................................................. 16 Henri Paul Hyacinthe Wallon ............................................................................... 17 Lev Vygotsky ................................................................................................................... 19 Jean Piaget ..................................................................................................................... 20 Interações sociais e infância .................................................................. 22 Didática na infância ................................................................................... 28 A organização didática na Educação Infantil ..............................................................28 O brincar e a didática pedagógica .................................................................................... 38 O processo de avaliação na Educação Infantil .............................. 42 Avaliação versus nota escolar ...............................................................................................42 A avaliação na Base Nacional Comum Curricular ...................................................44 7 UNIDADE 03 Educação Infantil 8 INTRODUÇÃO Nesta unidade você irá conhecer os aspecto-didáticos pedagógicos voltados para a educação infantil e como se dá a avaliação nessa etapa educacional. Você conhecerá os documentos que trazem orientações acerca do trabalho a ser realizado com as crianças, dando diretrizes para uma didática eficaz. Durante nossos estudos, você vai compreender a importância da afetividade na educação infantil e a contribuição de estudiosos a respeito desse tema. A partir disso, compreenderá que essa interação social é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças. Ao final desta unidade você aprenderá que, durante essa etapa de ensino, os professores devem integrar brincadeiras e aprendizagens que contribuam para o desenvolvimento integral das crianças, dando-lhes oportunidade de criarem suas identidades e conhecer um universo social e cultural. Educação Infantil 9 OBJETIVOS Olá, seja muito bem-vindo a Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Identificar a importância da afetividade na infância; 2. Explicar como a interação social contribui para o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância; 3. Reconhecer os aspectos didáticos e pedagógicos voltados para infância; 4. Interpretar o processo de avaliação na educação infantil. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Educação Infantil 10 Afetividade e infância INTRODUÇÃO: Neste capítulo, vamos compreender um pouco mais sobre a vida afetiva na infância. Veremos quais são as teorias da afetividade estipuladas por Wallon, Vygotsky e Piaget. Afetividade pode ser definida como uma condição psicológica do ser humano envolvendo as vontades verdadeiras sentidas, associadas às emoções que influenciam nas relações sociais. Ao relacionar a afetividade com a aprendizagem, existe uma mutualidade que pode interferir na formação individual do sujeito (CORRÊA, 2015). Figura 1: Afetividade infantil Fonte: Pixabay Ao pensar em afetividade, é muito comum relacioná-la ao contato físico com a outra pessoa, porém não é somente isso. Cada ser humano tem uma diferença psicológica construída no seu íntimo e no seu mundo externo (CORRÊA, 2015). Durante a infância, são manifestados sentimentos e sensações. Com isso, é muito importante dar apoio e estímulo para a criança crescer Educação Infantil Alberto Júnior 11 mais segura nas relações com o mundo em que vive a partir de trocas afetivas (CORRÊA, 2015). Segundo o dicionário on-line Aurélio, afetividade é definida como: 1. [Psicologia] Conjunto dos fenômenos afetivos (tendências, emoções, sentimentos, paixões etc.). 2. Força constituída por esses fenômenos, no íntimo de um caráter individual. A definição de afeto aparece como: 1. Sentimento de imenso carinho que se tem por alguém ou por algum animal; amizade: o beijo é uma demonstração de afeto. 2. Algo ou alguém que é alvo desse sentimento: seu afeto eram os netos. 3. Sentimento e emoção que se manifestam de muitos modos: amizade é uma forma de afeto. 4. [Psicologia] Um dos três tipos de função mental, juntamente com a volição e com a cognição. [Psicanálise] Estado emocional que se relaciona com a formação da pulsão. ACESSE: Para saber mais conceitos de afetividade e afeto, acesso os links: http://bit.ly/3vzFjPB e http://bit.ly/2P0APQW. A afetividade é um aspecto muito importante para o desenvolvimento cognitivo e para a aprendizagem considerando que esses estão interligados no sujeito e nas suas relações com o mundo, em sua forma de pensar e agir, de se expressar e relacionar-se com o seu ambiente (CORRÊA, 2015). A subjetividade é diferenciada do mesmo modo que o cognitivo e o psicológico. Por conta disso, a aprendizagem também se concretiza de formas diferentes para cada indivíduo. Isso é muito importante para o educador, pois ele precisa ser cuidadoso nesse momento, visto que é o mediador da aprendizagem (CORRÊA, 2015). É muito importante falar em afetividade no momento de educar. Ela começa ao nascer e acompanha o ser humano por toda sua vida, Educação Infantil http://bit.ly/3vzFjPB http://bit.ly/2P0APQW12 assim, deverá estar no momento em que o sujeito ensina com aquele que aprende (CORRÊA, 2015). O envolvimento de diversos fatores como emoção, ações motoras e formação cognitiva através do afeto são influenciadores da aprendizagem. É muito importante compreendê-los, pois refletem no desenvolvimento da criança quanto a seu âmbito familiar e escolar (CORRÊA, 2015). Os estímulos afetivos e cognitivos auxiliam na percepção do desenvolvimento emocional e social na primeira infância. Pode ser em casa com a família ou na escola com professores e outras crianças, com idades diversas, o importante é que esse ambiente seja favorável (CORRÊA, 2015). SAIBA MAIS: Assista a uma parte do documentário O começo da vida e a importância do afeto para além das trocas gestuais. Acesse pelo link: http://bit.ly/30OVLNF. Ao longo da história do seu desenvolvimento, o homem diferenciou- se dos outros seres vivos por conta da racionalidade, adaptação, superação e evolução à diversidade da vida (CORRÊA, 2015). Porém, não podemos olhar apenas para o desenvolvimento cognitivo e racional, é preciso também entender os aspectos que formam o perfil subjetivo, entre eles a vida afetiva (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Antes de estudarmos mais a fundo a afetividade na infância, vamos entender um pouco mais sobre a vida afetiva e seus componentes. Entendendo um pouco mais sobre a vida afetiva Como dito antes, nem só de razão é constituído o homem. Algumas correntes da psicologia não consideram a importância da vida afetiva, porque o afeto atrapalha o conhecimento objetivo, favorecendo o intelecto e a cognição. Porém, outras teorias defendem que é preciso estudar o ser Educação Infantil http://bit.ly/30OVLNF 13 humano como um todo, sem deixar de lado aspectos importantes que o compõe (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Você sabe qual é a diferença entre subjetivo e objetivo? Um conhecimento subjetivo é aquele que depende do ponto de vista pessoal, que não é fundado no objeto, mas condicionado por sentimentos e afirmações arbitrárias do sujeito. Um conhecimento objetivo fundamenta- se na observação imparcial, independente das preferências individuais. Subjetivo é o oposto de objetivo. Uma questão subjetiva é aquela em que a resposta depende de pessoa para pessoa, conforme suas crenças, seus conhecimentos e suas convicções. Já uma questão objetiva é aquela direta, que visa a mesma resposta de todas as pessoas. ACESSE: A afetividade integra o afeto, a emoção e o sentimento. Acesse o link a seguir para saber mais sobre essas definições: http://bit.ly/3bTknel. O afeto pode ser causado por estímulos externos, como também pode manifestar no interior do indivíduo. A expressão do afeto pode ser por palavras, gestos e atitudes. O amor e o ódio são caracterizados como afetos básicos, formando a vida afetiva (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Os afetos nos auxiliam a perceber e classificar, se bons ou não, os acontecimentos de nossa vida preparando e planejando nossas atitudes de reação. Na psicologia esse processo é chamado de função adaptativa (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). SAIBA MAIS: Sobre as funções adaptativas através do texto “Emoções” de Kátia do Vale, Psicóloga do CEMPS. Disponível em: https://bit.ly/3eMB656. Educação Infantil http://bit.ly/3bTknel https://bit.ly/3eMB656 14 Outro fator importante do afeto é a sua ligação com a consciência, pois é assim que podemos expressar nossos sentimentos para as outras pessoas. Por outro lado, há causas do afeto longe do campo da consciência que traz uma incompreensão dos sentimentos: sentir raiva de uma pessoa que deveria ser grata ou o contrário, não gostar de uma pessoa que deveria se gostar (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). O afeto também pode ser algo que não temos certeza se o outro sente, bem como o contrário, o outro não sabe o que sentimos. Por exemplo, as vezes nosso comportamento não condiz com o que sentimos quando outra pessoa demonstra sentimentos, pois naquele contexto não se pode demonstrar os verdadeiros sentimentos (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Você já parou para pensar naquele seu aluno que não consegue demonstrar seus sentimentos e se um dos motivos pode ser a falta de afeto? As emoções são caracterizadas pelas expressões afetivas vindas de comportamentos após uma situação surpresa ou um acontecimento já esperado. Geralmente, o corpo também responde a esse comportamento através de movimentos, batimentos cardíacos, suor etc., também faz isso a partir de respostas mais expressivas como o choro, riso, o grito etc. Essas respostas são chamadas de reações orgânicas (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Figura 2: Emoções Fonte: Pixabay Educação Infantil 15 As emoções podem ser vistas como momentos de tensão no nosso organismo, por isso essas reações orgânicas acontecem como descargas para aliviar as tensões. Algumas dessas reações podem ser aprendidas e interpretadas socialmente para situações do nosso dia a dia. Dessa forma, conseguimos associar as reações às emoções, por exemplo, diferenciar o choro de alegria e um choro de tristeza (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). SAIBA MAIS: Um filme muito discutido sobre emoções é a animação Divertida Mente. Nele é apresentado um pouco das emoções e como elas se formam na nossa mente. Acesse também a apresentação e reflexão do filme: https://bit.ly/3eU1pWO. Nossas emoções não precisam ser escondidas, pois elas fazem parte da construção do afeto e das relações sociais de forma geral: uma linguagem emite uma sensibilidade interna e sentimentos influenciados por fatores externos (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Diferente das emoções, os sentimentos são menos explosivos e podem durar mais, pois não estão vinculados às reações orgânicas. Os sentimentos podem se manifestar a partir dos afetos básicos, amor e ódio. Podemos pensar na paixão como uma emoção e na amizade como um sentimento vindo do afeto básico, o amor (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Figura 3: Sentimentos Fonte: Pixabay Educação Infantil https://bit.ly/3eU1pWO 16 O mais importante é entendermos que o homem é constituído pela vida afetiva composta por emoções e sentimentos. Por isso, é importante para o ser humano se autoconhecer e compreender (BOCK; FURTADO; TRASSITEIXEIRA, 2002). Essa breve reflexão sobre afeto e seus componentes envolvidos nos ajuda a pensar um pouco mais sobre as influências das emoções e dos sentimentos que constroem as relações afetivas. Nosso objetivo foi mostrar uma breve definição desses aspectos. SAIBA MAIS: Sobre afeto, emoções e sentimentos, acesso o link a seguir: https://bit.ly/3vAcWk3. Teorias da afetividade Anteriormente, estudamos as teorias voltadas para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. Sabemos que esses processos são envoltos de várias habilidades que juntas contribuem para o processo de evolução. Dentre elas, a afetividade é importantíssima, pois acompanha crescimento humano desde o nascimento até o fim da vida. Estudiosos no assunto de crescimento infantil mostraram, através de suas teorias desenvolvidas, o impacto da afetividade e sua importância no processo de aprendizagem da criança na primeira infância. Vamos conhecer agora os principais teóricos sobre a temática. Educação Infantil https://bit.ly/3vAcWk3 17 Henri Paul Hyacinthe Wallon Figura 4: Crescimento infantil Fonte: Pixabay Um dos principais autores que explica a relação de afeto da criança é Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1962). Para Wallon, a afetividade é um aspecto importante para a construção do ser humano e do conhecimento. Junto com a afetividade, a ação motora e cognitiva influencia esse processo. Ele classifica o desenvolvimento humano em cinco fases: impulsivo-emocional, sensório-motor e projetivo, personalismo, categorial, puberdade e adolescência (TAILLE; OLIVEIRA;DANTAS, 1992). O desenvolvimento da criança começa com suas primeiras interações com outras pessoas, por meio das emoções que se manifestam e abrem lugar para o sentimento e depois para o intelecto. Os bebês logo quando nascem oscilam em estados de conforto e desconforto, para terem as suas necessidades atendidas, as emoções surgem por meio dos reflexos resultando nas ações motoras e proporcionando a afetividade (GALVÃO, 2003). Esse desenvolvimento também precisa das condições propícias no meio em que vive a criança, pois assim ela harmoniza seus pensamentos e os movimentos que surgem a partir de seus reflexos. As atividades sensório- motoras realizadas pelas crianças, combinadas pelos campos sensitivos e dos movimentos, é resultado de emoções vindas do mundo dos adultos e, por isso, a afetividade surge antes da inteligência (GALVÃO, 2003). Educação Infantil 18 Para o contínuo desenvolvimento, é necessária a junção das capacidades biológicas e das interações sociais. Através das emoções e dos sentimentos vincula-se o afeto, assim o desenvolvimento de novas habilidades surge com um tipo de organização afetiva, cognitiva e motora. No processo de crescimento, a afetividade não se encontra estável, pelo contrário, ela evolui. Entretanto, depende das condições maturacionais de cada sujeito (GALVÃO, 2003). Segundo o dicionário da língua portuguesa Dicio, Maturação: 1. Ação ou efeito de maturar, amadurecer; amadurecimento: o calor apressa a maturação dos frutos. 2. Conjunto de processos neuropsicológicos que a criança atravessa para adquirir a aprendizagem (linguagem, compreensão etc.). 3. Maturidade. Para Wallon, a ação motora é a sustentação para o pensamento e as emoções desenvolvidas possibilitam o conhecimento. Na ausência de relações positivas da criança, o surgimento de obstáculos como baixa autoestima e acomodação, pode dificultar o desenvolvimento intelectual da criança. Por isso, é importante prezar seu crescimento nos aspectos motor, afetivo e cognitivo (GALVÃO, 2003). Figura 5: Desenvolvimento infantil Fonte: Pixabay SAIBA MAIS: Para aprofundar os estudos de Wallon sobre afetividade e influenciar positivamente suas relações com as crianças, indicamos o vídeo disponível no link a seguir: https://bit.ly/3tx6ysd. Educação Infantil https://bit.ly/3tx6ysd 19 Lev Vygotsky Segundo Vygotsky (1896-1934), a criança aprende com a interação social. Além de seus aspectos biológicos, a criança é formada pelos aspectos ambientais, por isso o meio em que a criança vive influencia diretamente em seu desenvolvimento. Essa influência ambiental se forma a partir das relações de convívio social da criança com as pessoas a sua volta, por meio dessas relações ocorre o processo de internalização, ou seja, pelo intermédio dos instrumentos gestuais e o afeto formado através das emoções e sentimentos (TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992). A partir daí, a linguagem ganha destaque pois exerce uma função primordial para desenvolver as funções psicológicas superiores, diferentes das funções elementares, pois necessitam da mediação do meio em que vivem (TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS,1992). Funções mentais superiores são aquelas que caracterizam o comportamento consciente do homem – atenção voluntária, percepção, memória e pensamento –, o que constitui uma perspectiva metodológica que acenava para a compreensão de diversos aspectos da personalidade do homem. As funções elementares são controladas pelo meio e os superiores ou complexos obedecem a uma autorregulação. SAIBA MAIS: sobre isso acessando o link a seguir: http://bit.ly/3bSDrth. Vygotsky também apresenta a zona de desenvolvimento real, ou seja, volta-se para as funções já adquiridas e realizadas sozinhas pelas crianças. Além disso, introduz a zona de desenvolvimento proximal, momento que a criança está adquirindo uma nova habilidade e precisa da mediação de um adulto. Por isso, a linguagem atua com grande importância mediando os novos aprendizados, despertando as emoções e vinculando as funções mentais superiores (VYGOTSKY, 1989, TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992). Educação Infantil http://bit.ly/3bSDrth 20 Zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o que ela já sabe fazer sozinha para o que ela ainda está aprendendo. A criança quando está nesta zona está aprendendo novas habilidades e, por esse motivo, ela precisa de ajuda para executar determinada tarefa. Para Vygotsky, as emoções cumprem uma função organizadora para auxiliar o nosso comportamento. Elas influenciam em todo o processo de aprendizagem, por exemplo, para que os alunos se lembrem melhor seus pensamentos é preciso que as tarefas tenham sido estimuladas emocionalmente (TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992). Dessa forma, alcançamos nossa preciosa habilidade: a afetividade. Por meio dela, o professor pode estimular o aprendizado de seus alunos, pois recordam-se facilmente do que foi ensinado. Se para criança fizer sentido todo esse processo, ela ficará motivada e continuará buscando novas descobertas, pois o que realmente aprende com a mediação de um adulto ela poderá futuramente fazer sozinha. Isso reflete, também, na socialização, pois a comunicação entre esse professor e o aluno estimula o pensamento. Por isso, segundo a teoria de Vygotsky, o cognitivo caminha e passa por influências junto com a afetividade (VYGOTSKY, 1989). SAIBA MAIS: Quer saber mais sobre a importância da linguagem e sua influência nas relações sociais? Então, acesse: https://bit.ly/2NpYeer. Jean Piaget O desenvolvimento humano, segundo Piaget (1896-1980), é dividido em sensório motor, pré-operatório, operações concretas e operações formais. Os aspectos afetivos e cognitivos são importantes no desenvolvimento. Durante os primeiros meses, o bebê começa a perceber os acontecimentos a sua volta, a dar sentido para os objetos, conhecendo, assim, o mundo por meio da boca (sensório-motor). Piaget dizia que nesse Educação Infantil https://bit.ly/2NpYeer 21 momento do desenvolvimento há um significado mais afetivo para o bebê através do contato com objetos e pessoas de uma forma única, do que a partir da distinção de cada um (PIAGET, 1975). Durante o estádio sensório motor, os sentimentos estão conectados às necessidades biológicas de bem-estar e de incômodos, de satisfações, frustrações e percepções. O bebê vai despertando suas emoções a partir de sua mãe, centralizando no seu corpo. Com o tempo, ele percebe que a diferença do corpo dele com o das outras pessoas e, assim, os vínculos e afetos passam às outras pessoas envolvidas, como pai e irmãos. Aproximadamente aos 2 anos, a criança passa a desenvolver afetos de forma intencional através de imitações, influenciando sua memória e linguagem. No período de 2 anos até 7 anos, as crianças já são capazes de recordar e representar seus sentimentos, nessa fase o afeto caracteriza-se de forma intuitiva, ou seja, a criança passa a ter sensações de afinidades ou não pelo outro (PIAGET, 1975). SAIBA MAIS: Quer saber um pouco mais sobre as bases da teoria de Piaget? Acesse: https://bit.ly/3rZ0Ej6. RESUMINDO: Neste capítulo, vimos um pouco sobre a afetividade na infância, as teorias abordadas por Wallon, Vygotsky e Piaget. Além disso, estudamos algumas definições e conceitos do que é a afetividade. Educação Infantil https://bit.ly/3rZ0Ej6 22 Interações sociais e infância INTRODUÇÃO: Dentre os questionamentos educacionais encontrados na escola, um deles está relacionado à afetividade: pensar sobre como o afeto influencia a aprendizagem na primeira infância e se a única função da escola é atuar no cognitivo. Vimos anteriormente que o afeto envolve as emoções e sentimentos que atuam de forma direta nas nossas relações e como o afeto junto com a cognição influencia na aprendizagem (FROZZA, 2007). Sendo assim, neste capítulo, abordaremos a importância das interações sociais na infância.Geralmente, não se encontra nos currículos de formação de professores a matéria Afetividade, porém é um tema de extrema relevância, independentemente da idade do aluno, que precisa ser refletido por todos os profissionais que estão envolvidos na área de educação e formação. Apesar de percebermos novas discussões sobre o assunto e muitas propostas de trabalho voltadas para o socioemocional, é preciso olhar de fato para o crescimento pessoal do aluno e não somente para a avaliação escolar. Não se pode esquecer que a capacidade de se emocionar é diferente para cada indivíduo e podemos reconstruir o mundo que nos cerca com os laços afetivos que nos influenciam (FROZZA, 2007). ACESSE: Para saber mais sobre o assunto, acesso o link a seguir e assista a um vídeo em que Mario Sergio Cortella responde qual a relação entre afetividade, vínculo e aprendizagem: https://bit.ly/38P2RGf. A afetividade deveria ser desenvolvida no aluno, visto que pode oferecer mudanças de ações para gerar atitudes alegres e positivas Educação Infantil https://bit.ly/38P2RGf 23 no momento da aprendizagem. Ao pensar em um ambiente afetivo na escola, a relação professor-aluno pode se fortalecer e ter influência direta com a aprendizagem, resultando assim em um aluno que queira aprender cada vez mais, envolvendo-se e lidando melhor com suas dificuldades (FROZZA, 2007). Figura 6: Dia a dia em sala de aula Fonte: Pixabay Porém, o aluno precisa de aberturas do professor para desenvolver essa relação de afeto, não só com ele, mas também com seus colegas e com o conteúdo das aulas. Assim, cria momentos favoráveis durante as aulas, como jogos para expressão e reconhecimento de sentimentos (FROZZA, 2007). Não podemos esquecer da disciplina, pois ela é a peça fundamental para a organização necessária em sala de aula para alcançar o aprendizado. Como o próprio professor Mario Sérgio Cortella ressalta no vídeo sugerido anteriormente: “A autoridade docente é decisiva, autoritarismo não”. • Autoridade: direito ou poder de ordenar, de decidir, de atuar, de se fazer obedecer. Uma pessoa com autoridade busca respeito, organização, e coerência em suas ações pensando no outro. Educação Infantil 24 • Autoritarismo: revestido de autoritarismo; dominador, impositivo. Já uma pessoa autoritária é aquela que se apresenta intransigente e ditatorial. ACESSE: Caso queira compreender melhor o assunto, acesse o link a seguir: http://bit.ly/3cyWZlC. Após ver esses conceitos, vamos olhar a autoridade e disciplina de outra forma. Esse é um caminho para se estabelecer as regras de convivência em sala de aula e os horários através do diálogo e da afetividade, pois os alunos precisam estar envolvidos e comprometidos para entenderem desde cedo que o processo de aprendizagem requer, também, cuidados para se concretizar (FROZZA, 2007). O professor também pode se aproximar do aluno através de simples gestos afetivos e carinhosos, como acariciar a cabeça, passar a mão nas costas, tocar o ombro e dependendo da abertura do aluno, dar um abraço. Esse pode ser também um caminho para acalmar o aluno quando mostra dificuldade para se aquietar durante a aula ou até mesmo para o acolher em um momento de tristeza ou conflito (FROZZA, 2007). Você já parou para pensar que às vezes aquele aluno que fez de tudo para chamar sua atenção poderia estar carente de afeto? Muitas vezes pode não parecer, mas pode ser a única forma que ele conseguiu para se expressar. Esses gestos afetivos, além de possibilitarem a aproximação do aluno ao seu professor, também podem gerar solidariedade. O pensar em ser solidário com seu aluno é demonstrar ser alguém que se preocupa com ele e poderá lhe apresentar caminhos, acolhendo-o nas suas dificuldades e fazendo-o sorrir nas horas de conquistas. Um simples gesto, como estender as mãos, pode trazer uma aproximação na relação de afetividade em sala de aula. Podemos dizer que o afeto na relação do professor e do aluno gera uma ação solidária, resultando em um desejo mútuo para serem felizes (FROZZA, 2007). Educação Infantil http://bit.ly/3cyWZlC 25 • Solidariedade: segundo o dicionário Aurélio significa: 1. Sentimento de compadecimento com as dificuldades e/ou sofrimentos de outras pessoas. 2. Sentimento que consiste na identificação com as misérias alheias; conhecimento do sofrimento daqueles que são pobres. A demonstração ou a manifestação desse sentimento com o propósito de ajudar; ajuda, amparo ou apoio. O professor pode rever a rotina diária e buscar novas ideias que possam promover um ambiente em interações afetivas e solidárias entre ele e seus alunos. Alcançar o conhecimento com afeto e prazer pode gerar melhores resultados (FROZZA, 2007). Nós adultos vivemos momentos de dificuldades e até mesmo derrotas, quando isso acontece é muito provável buscar o apoio de amigos e familiares e ser acolhido por afeto ou conversas para se recompor. A criança, quando passa pelas suas frustrações, está em processo de aprender a lidar com esses sentimentos. Ela precisa ser estimulada através de elogios, principalmente para se disporem a seguir as condutas – em sala de aula – que orientamos. Nesse momento, a relação afetiva é fundamental (FROZZA, 2007). SAIBA MAIS: O elogio também é um aliado para reforçar as relações de afeto. Porém, ele precisa estar presente na medida certa, sem exageros. Quer saber mais? Então, acesse o link a seguir: https://bit.ly/3bRFDB7. A criança entra cedo na escola e termina esse ciclo na adolescência quase na vida adulta, ou seja, os jovens passam um longo período de sua vida na escola. Lá, aprendem e passam por diversos momentos como de felicidade, frustração, insegurança, dentre outros, envolvendo assim as relações sociais com o professor e demais alunos. A partir daí, podem manifestar conflitos internos e externos, atingindo seu desenvolvimento afetivo e consequentemente o cognitivo (ALMEIDA, 1999). Educação Infantil https://bit.ly/3bRFDB7 26 A criança, ao iniciar sua vida escolar, passa a ter um novo ambiente social com novas pessoas e junto a isso, as regras de convivência. Nesse momento, ela traz consigo seus aprendizados afetivos e cognitivos, vivenciados em outras relações (ALMEIDA, 1999). A escola tem um papel social importantíssimo e definitivo na vida de seus alunos, por esse motivo ela precisa de fato entender todas as complexidades que constituem o ser humano e, dentre elas, os aspectos afetivos e cognitivos. Muito é cobrado das crianças, principalmente um desempenho ótimo envolvendo as matérias escolares, mas e quanto às questões envolvendo o afeto? E a sua subjetividade? Geralmente são adiadas. (ALMEIDA, 1999). Durante o desenvolvimento infantil, família, escola e amigos estão presentes nas relações sociais com grande importância. É na escola que são centralizadas essas relações, influenciando de forma direta tanto positiva como negativamente a formação de seus alunos nos aspectos cognitivos, afetivos e sociais (ALMEIDA, 1999). Figura 7: Primeiro dia de aula Fonte: Pixabay O momento no qual a criança vai à escola pela primeira vez não é tão simples, pois ela está se distanciando de sua família, não está pronta para lidar com tudo isso. Por isso, o professor deve proporcionar os aprendizados além de seus aspectos cognitivos (ALMEIDA, 1999). Ao investir no afeto, o professor passa a estabelecer mais confiança e segurança em suas relações com seus alunos (ARAUJO, 2014). Educação Infantil 27 Ao compreender a afetividade como algo fundamental para sua atuação, passa a perceber que a criança, com base nesse afeto, desenvolve sua autonomia e amplia suas relações com o meio. É nesse momento que o professor atua como mediador, contribuindo para todos os aspectos emocionais, cognitivos e sociais (ARAUJO, 2014). O professor que assume o compromisso com a sua atuação passa a ser um aprendiz, refletindo sobre sua práticaconstante e possibilitando diálogos com seus alunos, outros professores e pais (ARAUJO, 2014). A criança, ao entrar na escola, percorre um caminho acumulando e construindo experiências fundamentais para a sua formação intelectual, social e afetiva para toda vida (ARAÚJO, 2014). SAIBA MAIS: Para finalizar, vamos deixar como sugestão um vídeo com reflexões sobre o contexto em sala de aula. Disponível em: https://bit.ly/38OYP0B. RESUMINDO: Neste capítulo, vimos como a escola tem um papel social importante na vida dos alunos, por esse motivo ela precisa de fato entender todas as complexidades que constituem o ser humano e, dentre elas, os aspectos afetivos e cognitivos. Sendo assim, a afetividade se torna um assunto de extrema importância para o conhecimento do professor. No próximo tópico, vamos estudar os aspectos didático- pedagógicos relacionados à primeira infância. Educação Infantil https://bit.ly/38OYP0B 28 Didática na infância INTRODUÇÃO: Neste tópico, vamos conhecer os aspectos didático- pedagógicos voltados para a educação infantil. Na unidade anterior você percebeu que a infância é uma fase importante no desenvolvimento e, por isso, a didática do professor deve ser pensada a fim de trabalhar os diferentes aspectos que envolvem esse processo de desenvolvimento. Ao longo deste capítulo, você irá conhecer alguns documentos que norteiam essa prática. Para ampliar seus conhecimentos a respeito desse tema, é importante que você estude as indicações de leitura e realize as atividades propostas para testar seus conhecimentos. A organização didática na Educação Infantil Para pensarmos os aspectos didáticos pedagógicos voltados para infância, a coordenação pedagógica e os professores devem conhecer as normas que regem esse sistema de ensino. Vamos começar relembrando o contido no Art. 29 da LDB: Art. 29. A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade quanto aos aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Dessa maneira, entendemos que a Educação Infantil objetiva o desenvolvimento integral da criança e, por isso, o planejamento das atividades deve ser pensado a partir das relações que a criança estabelece com o meio. Educação Infantil 29 Figura 8: Educação infantil Fonte: Pixabay O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) foi criado para atender as determinações da LDB, citadas anteriormente. Esse documento traz orientações didáticas importantes para a organização do trabalho a ser realizado com crianças de 0 a 6 anos de idade, respeitando a especificidade de cada região do Brasil. Ele é dividido em seis eixos e trazem a importância de trabalhar as diferentes linguagens das crianças. Eixo é um conjunto de temas que orienta o planejamento de um determinado trabalho. A seguir, vamos conhecer os seis eixos do RCNEI. Natureza e Sociedade Esse eixo trabalha os temas relacionados ao mundo social e natural, de forma integrada com às abordagens e enfoques dos diferentes campos das Ciências Humanas e Naturais. Envolve uma aproximação e representação, de variadas formas, do mundo natural e social, sendo a criança capaz de diferenciar e especificar seus aspectos. ACESSE: A Undime preparou este vídeo para explicar de forma objetiva as Ciências da Natureza contidas na BNCC. Não perca! Disponível em: https://bit.ly/3eLgaLG. Educação Infantil https://bit.ly/3eLgaLG 30 Figura 9: Natureza e Sociedade Fonte: Pixabay Movimento O movimento faz parte do cotidiano da criança desde o seu nascimento e é considerado um aspecto fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Dessa forma, as atividades propostas devem visar o desenvolvimento motor das crianças, trabalhando aspectos específicos de sua motricidade em suas tarefas cotidianas (BRASIL, 1998). Para desenvolver essas atividades, é importante que o professor conheça os marcos do desenvolvimento de cada faixa etária para saber o que será trabalhado. ACESSE: Assista no vídeo a seguir a demonstração de uma aula com atividade motora juntamente com princípios de musicalização infantil. A arte-educadora Margareth Darezzo, autora do livro “Canteiro”, mostra como é fácil trabalhar movimentos e a coordenação motora na Educação Infantil por meio de propostas lúdicas. Acesse: https://bit.ly/2ucRPJY. Educação Infantil https://bit.ly/2ucRPJY 31 Figura 10: Movimento Fonte: Pixabay Música A música é uma linguagem que traduz sensações, sentimentos e pensamentos em formas sonoras. Ela estimula a sensibilidade e integra aspectos afetivos, estéticos e cognitivos das crianças, além de promover a interação social (BRASIL, 1998). SAIBA MAIS: Para saber mais sobre o assunto, leia o artigo “Música na educação infantil: reflexões e proposta didática para professores”, disponível em: http://bit.ly/3cx0Xek. Educação Infantil http://bit.ly/3cx0Xek 32 Figura 11: Música Fonte: Pixabay Artes A arte também é uma das diferentes formas de linguagem e através dela as crianças expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, volume, espaço e cor (BRASIL, 1998). SAIBA MAIS: Conheça propostas de atividades de artes plásticas na Educação Infantil, a partir do vídeo a seguir: https://bit.ly/2OVvZEK. Educação Infantil https://bit.ly/2OVvZEK 33 Figura 12: Artes Fonte: Pixabay Linguagem oral e escrita Esse eixo nos traz uma das habilidades importantes a serem trabalhadas com as crianças, pois ampliam suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. O desenvolvimento da linguagem é um aspecto básico na Educação Infantil, dada sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. Trabalhar a linguagem oral e escrita significa ampliar as capacidades de comunicação, expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Esse trabalho está relacionado ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever (BRASIL, 1998). Educação Infantil 34 Figura 13: Linguagem oral e escrita Fonte: Pixabay ACESSE: Veja um trabalho sobre natureza e sociedade com a Educação Infantil, disponível em: https://bit.ly/3qQV9S9. Matemática Desde muito cedo as crianças participam de uma série de situações que envolvem números, quantidades e noções sobre espaço. Em seu dia a dia, utilizam recursos próprios para resolver problemas cotidianos, como conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre os amigos, mostrar com os dedos a idade etc. O tempo todo elas observam o espaço ao seu redor e, aos poucos, vão organizando seus deslocamentos, descobrindo caminhos, estabelecendo sistemas de referência, identificando posições e comparando distâncias. Através dessa vivência elas adquirem conhecimentos matemáticos. Trabalhar matemática na Educação Infantil é atender as necessidades das próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados domínios de seus pensamentos e, também, atender a uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, participar Educação Infantil https://bit.ly/3qQV9S9 35 e compreender um mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades (BRASIL, 1998). ACESSE: Assista ao vídeo a seguir e conheça como trabalhar a matemática na Educação Infantil: https://bit.ly/3bQyy42. Figura 14: Fila por ordem de tamanho Fonte: Pixabay O objetivo de trabalhar cada um desses eixos na Educação Infantil não é antecipar conteúdos escolares, mas sim permitiro desenvolvimento integral das crianças através de atividades que lhes permitam conhecer seu próprio corpo; explorar o meio pela sua curiosidade natural e ganhar confiança em suas ações e em seus movimentos; poder expressar honestamente seus sentimentos, desejos e emoções, utilizando as diferentes linguagens (BRASIL, 1998). Dentro das orientações contidas no RCNEI está a importância de se estabelecer uma rotina para organizar a didática do trabalho. O documento explica que: A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças. A rotina deve envolver Educação Infantil https://bit.ly/3bQyy42 36 os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas. A apresentação de novos conteúdos às crianças requer sempre as mais diferentes estruturas didáticas, desde contar uma nova história, propor uma técnica diferente de desenho até situações mais elaboradas, como, por exemplo, o desenvolvimento de um projeto, que requer um planejamento cuidadoso com um encadeamento de ações que visam a desenvolver aprendizagens específicas. Essas estruturas didáticas contêm múltiplas estratégias que são organizadas em função das intenções educativas expressas no projeto educativo, constituindo-se em um instrumento para o planejamento do professor. Podem ser agrupadas em três grandes modalidades de organização do tempo. São elas: atividades permanentes, sequência de atividades e projetos de trabalho. (BRASIL, 1998) As atividades permanentes são aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância e tem como objetivo principal constituir atitudes e desenvolver hábitos. Alguns exemplos de atividades permanentes são: os momentos de brincadeira, roda de história, oficinas de desenho, pintura e modelagem, cuidados com o corpo e música (BRASIL, 1998). As sequências de atividades são planejadas e conduzidas com o intuito de promover uma aprendizagem específica e definida e devem ser propostas em diferentes graus de complexidade. Essas sequências de atividades devem ser retiradas de um dos eixos mencionados anteriormente (BRASIL, 1998). O objetivo do projeto educativo é desenvolver um conjunto de atividades que trabalhem com os conhecimentos específicos construídos a partir de um dos eixos de trabalho. Esse projeto pode ser organizado ao redor de um problema a ser resolvido ou um produto final que se quer obter. Sua duração pode variar de acordo com o objetivo proposto (BRASIL, 1998). Educação Infantil 37 Outro documento importante que aborda os aspectos didáticos pedagógicos para Educação Infantil é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento tem como objetivo traçar percursos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes da educação básica. De acordo com a BNCC, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento devem ser garantidos a todas as crianças, para que elas possam aprender e se desenvolver. Vamos conhecer cada um deles? • Conviver: a criança tem o direito de conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando os conhecimentos de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas. • Como visto anteriormente: dentre esses direitos, destaca-se a questão das diferentes linguagens, que são potencializadas e trabalhadas a partir do direito de convivência. • Brincar: a criança tem o direito de brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. Perceba que o que já era garantido nas legislações anteriores permanece na Base Nacional Comum Curricular, onde o brincar continua sendo uma atividade essencial para o pleno desenvolvimento da criança. Figura 15: Crianças brincando Fonte: Pixabay Educação Infantil 38 • Participar: a criança tem o direito de participar ativamente, com os adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimento, decidindo e se posicionando. • Explorar: a criança tem o direito de explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos e elementos da natureza na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. A BNCC assegura às crianças o direito de serem sujeitos dentro do processo de construção cultural, ou seja, a partir dessa exploração a criança vai assimilando os elementos culturais de sua sociedade. • Expressar: a criança tem o direito de se expressar como sujeito, dentro de um diálogo, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões e questionamentos, por meio de diferentes linguagens. • Conhecer-se: construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu cotidiano familiar e comunitário. Vimos até aqui os aspectos didáticos pedagógicos voltados para Educação Infantil, a partir de documentos criados com esse objetivo. A seguir, vamos conhecer mais a fundo o brincar, uma vez que essa é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da criança. O brincar e a didática pedagógica Diante de todos os aspectos didáticos pedagógicos voltados para a Educação Infantil citados anteriormente, vimos que o brincar é a atividade Educação Infantil 39 principal para o pleno desenvolvimento da criança, pois é através da brincadeira que ela se expressa e se relaciona com o mundo ao seu redor. O brincar é a principal atividade da infância, pois responde à necessidade de meninos e meninas de olhar, tocar, satisfazer a curiosidade, experimentar, descobrir, expressar, comunicar, sonhar, ou seja, o brincar se torna uma necessidade de descobrir, conhecer, dominar e amar o mundo (MARIN, PENÓN, 2004). Como deve ser a didática do professor na Educação Infantil? Olhar o brincar como forma de diversão ou como forma de aprendizado? Piaget acredita que o brincar deve ser uma ação livre e espontânea, partindo do próprio interesse da criança. A partir da brincadeira, a criança assimila determinadas informações de acordo com o seu estágio de desenvolvimento e se desenvolve de forma integral. Quais aspectos estão envolvidos no desenvolvimento integral da criança? Aspectos cognitivos, afetivos, físicos-motores, morais, linguísticos e sociais. É possível observar o estágio de desenvolvimento em que a criança está através do brincar, pois as brincadeiras tendem a evoluir conforme a faixa etária aumenta. Dessa forma, Piaget acredita que o jogo pode ser estruturado de três maneiras: exercício, simbólico, construção e regra. Essa estrutura acompanha o desenvolvimento da criança. Entre 1 e 2 anos de idade a criança brinca por simples prazer. A ação de ver uma bola rolar, bater um objeto e perceber o som que ele produz, etc. Entre 2 e 7 anos de idade a brincadeira já adquire um caráter simbólico. Nessa fase a criança representa seu mundo, usando o simbólico para evocar a realidade, dando asas à imaginação e expressando regras implícitas que se materializam nos temas de cada brincadeira. Assimque a brincadeira começa a se aproximar do mundo real, o símbolo começa a representar a realidade (KISHIMOTO, 2008). EXEMPLO: Brincar de casinha, imitar animais e se fantasiar são brincadeiras de caráter simbólico. Educação Infantil 40 A partir dessas brincadeiras a criança expressa suas representações mentais. O jogo de regras surge a partir dos 6 anos de idade, as crianças observam as relações sociais em que vivem e as regras são impostas em toda ação. EXEMPLO: brincadeira de pega-pega, jogo com bola, jogo de cartas, jogo de xadrez. Vygotsky também traz grandes contribuições para área da educação e entende que o brincar reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. O autor acredita que a brincadeira tem grande influência no desenvolvimento da criança e vai além de uma atividade simbólica, pois as situações imaginárias baseiam-se em regras de comportamento condizentes com aquilo que está sendo representado. Essa ação permitirá que a criança internalize regras, valores, modo de agir e de pensar de seu grupo social, o que passará a orientar seu comportamento e desenvolvimento cognitivo (VYGOTSKY, 1994). EXEMPLO: A maneira como a criança conduz a brincadeira é a forma como as pessoas ao seu redor se comportam, ou seja, se ao brincar de mamãe e filhinho a criança der broncas na boneca, colocar a boneca de castigo, estará reproduzindo nessa ação o que vivencia diariamente. Podemos perceber através das concepções dos autores que o brincar, mesmo que de forma livre e espontânea, contribui para o pleno desenvolvimento da criança e, por isso, é considerado como um direito. Você deve estar pensando: “mas e eu enquanto professor, como posso garantir esse direito às crianças?”. Vou citar um exemplo: você pode disponibilizar alguns brinquedos selecionados para faixa etária da criança e permitir que ela escolha com qual deles quer brincar. O fato de você deixar os brinquedos e/ou objetos à disposição da criança vai permitir que ela explore, manipule, aprenda e tome decisão com essa experiência. Ou seja, o professor não precisa determinar com o que a criança vai brincar para que ela aprenda. Nessas ações você também vai perceber que o brincar tem uma grande relação com a cultura, pois transmite características próprias por Educação Infantil 41 meio das gerações que se sucedem e, com isso, tornam a brincadeira uma manifestação cultural presente diariamente no cotidiano das crianças (KISHIMOTO, 2008). EXEMPLO: Nos países ocidentais, a colher é um objeto utilizado para se alimentar, por isso se um adulto der uma colher para uma criança pequena, ela irá utilizá-la para alimentar sua boneca, imitando a ação que o adulto faz com aquele objeto. E nos países orientais, como é a forma de se alimentar? Isso mesmo, com rachi. Ou seja, através do brincar a criança está conhecendo o mundo da cultura. ACESSE: ACESSE o link a seguir e assista à autora Kishimoto falando sobre o brincar na educação infantil: https://bit.ly/3vA5jKm. O brincar, além de proporcionar o desenvolvimento integral das crianças, também proporciona o contato com um aprendizado gradativo em todas as áreas do desenvolvimento. A criança que brinca aprende a tomar decisões, fazer escolhas, ter flexibilidade, enfrentar desafios cotidianos, raciocinar, entre outras ações importantíssimas para o futuro ingresso no mundo adulto. RESUMINDO: Neste capítulo vimos os aspectos didático-pedagógicos voltados para a primeira infância. Aprendemos como o brincar é importante na didática pedagógica. Por isso, você, futuro educador, tem papel fundamental de proporcionar em sua didática oportunidade para as crianças brincarem e se desenvolverem. No próximo tópico, você verá como se dá a avaliação nesse processo de desenvolvimento da criança. Educação Infantil https://bit.ly/3vA5jKm 42 O processo de avaliação na Educação Infantil INTRODUÇÃO: Este capítulo traz grandes debates entre pesquisadores sobre como deve ser o processo de avaliação na Educação Infantil. Quando pensamos em avaliação, logo pensamos em uma tarefa em forma de exame para que o aluno deposite assim seu conhecimento sobre determinado assunto. Já parou para pensar em como seria esse processo de avaliação na Educação Infantil? Será que isso é possível? Avaliação versus nota escolar A avaliação é uma prática presente no cotidiano de todos nós. Se pararmos para pensar em como é feita uma avaliação, logo pensamos em atribuição de uma nota que pode variar de 0 a 10. Mas o que isso significa? A nota significa apenas uma maneira de registrar a comprovação de que o professor acompanhou o aluno e oficializou a qualidade de sua aprendizagem e de seu desempenho em determinada tarefa ou conteúdo (LUCKESI, 2014). A avaliação é uma prática presente em nosso dia a dia, isso significa a busca de um resultado melhor de nossa ação. Então, ela é uma parceira de todos nós. Luckesi (2014) compara a avaliação como o “grilo no ouvido do Pinóquio”, indicando se sua atitude ou ação está ou não satisfatória. Isso nos aponta que a avaliação é necessária em todos os níveis educacionais, inclusive na Educação Infantil. Mas perceba que, na primeira etapa do ciclo educacional, não estamos nos referindo a notas e, sim, à avaliação. Mas afinal, qual é a diferença entre nota e avaliação? Educação Infantil 43 O objetivo da avaliação é verificar a qualidade de uma ação que vai nos dizer se o resultado apresentado pode ser melhorado. A nota é o registro de quão satisfatório ou insatisfatório foi o resultado. Luckesi (2014) apresenta alguns recursos metodológicos e técnicos para realizarmos uma avaliação da aprendizagem. Esses métodos serão apresentados a seguir. É importante ter ações que antecedem a prática da avaliação. Sendo assim, o planejamento é fundamental para o professor estabelecer o que irá avaliar e qual resultado esperar dos alunos. Também é preciso que o professor conheça as fases de desenvolvimento de cada faixa etária, para que seja possível trabalhar o que se deseja. Ao preparar uma avaliação é preciso ter em mente quais resultados devem ser alcançados para que sejam aceitáveis. EXEMPLO: você compra um suco de laranja, qual a qualidade você espera desse suco? Gelado, sem gelo, doce, amargo, forte, fraco. Agora, vamos pensar em uma criança de 2 anos. É esperado para essa faixa etária que a criança já saiba falar? Quantas palavras? Já é esperado que forme frases? É esperado que ela conheça partes do corpo? Mas e se a criança ainda não fala aos 2 anos? O que fazer? A partir dessa avaliação, o professor deve ficar mais atento e propor atividades que estimulem essa habilidade da criança para que ela seja capaz de alcançar o nível esperado de desenvolvimento. O professor de Educação Infantil deve preocupar-se com o satisfatório desenvolvimento de seus alunos e, para isso, deve buscar conhecimento constantemente. ACESSE: Leia o artigo completo sobre a avaliação da aprendizagem na Educação Infantil para ampliar seu conhecimento, disponível em: https://bit.ly/3r06dg4. Educação Infantil https://bit.ly/3r06dg4 44 A avaliação na Base Nacional Comum Curricular Como vimos anteriormente, a BNCC é um documento importante, pois oferece uma base para todo o trabalho realizado acerca de currículo, ou seja, para nortear as ações dos professores. A avaliação na Educação Infantil serve para verificar se a didática trabalhada em sala de aula está ou não surtindo resultados. Esse documento abrange todos os aspectos necessários que precisam ser avaliados nessa etapa de ensino e, para isso, ele traz os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento organizados em três grupos por faixa etária. • Bebês (de 0 a 1 ano e 6 meses); • Crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses); • Crianças pequenas (de 4 anos a 5 anos e 11 meses). Considerando os direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, citadosno tópico anterior, o documento também estabelece cin- co campos de experiências. São eles: • O eu, o outro e o nós; • Corpo, gestos e movimentos; • Traços, sons, cores e formas; • Escuta, fala, pensamento e imaginação; • Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. A partir desses campos de experiência, são definidos os objetivos de aprendizagem para cada faixa etária. EXEMPLO: Dentro do campo de experiência “corpo, gestos e movimentos”, a criança com faixa etária de zero a um ano e 6 meses precisa de atividades que estimulem a movimentação do corpo expressando corporalmente emoções, necessidades e desejos (BRASIL, 2018). Educação Infantil 45 Essas orientações nos auxiliam na construção do currículo da Educação Infantil, trazendo especificidades das aprendizagens e das conquistas do desenvolvimento de cada uma das crianças. A BNCC também orienta que os professores devem observar e registrar o desenvolvimento das crianças individualmente, fazendo isso a partir dos campos de experiência e dos objetos de aprendizagem. A avaliação nessa etapa não visa a aprovação ou reprovação do aluno, mas sim observar o quanto cada criança se aproximou dos objetivos de aprendizagem. A avaliação na educação infantil se dá de forma contínua, através de observação e registros e através das atividades propostas o professor define o que será avaliado. Figura 16: Avaliação da educação infantil . Fonte: Pixabay ACESSE: Leia a matéria que a nova escola traz sobre a avaliação na educação infantil, disponível em: http://bit.ly/2OwR5tr. Agora vamos apresentar algumas ideias para avaliar as crianças. Educação Infantil http://bit.ly/2OwR5tr 46 • Fichas descritivas: nessa ficha, o professor pode construir uma tabela com os campos de experiência e os objetivos de aprendizagem de acordo com a faixa etária e ir assinalando os aspectos de desenvolvimento da criança. • Relatório individual: o professor, a partir dos campos de experiência e dos objetivos de aprendizagem irá descrever o desenvolvimento de cada criança individualmente. • Portfólios: esse método de avaliação é muito eficaz, mas exige tempo e dedicação do professor. Para ampliar seu conhecimento, faça uma pesquisa de como elaborar um portfólio. • Vídeos: para observar o comportamento e desempenho dos alunos, o professor pode propor diferentes atividades como: brincadeiras em grupo, atividades com brinquedos, jogos educativos, roda de conversa, contação de histórias, dança, música e filmar esses momentos, tendo o vídeo como forma de registro para avaliar cuidadosamente o desempenho de cada aluno. RESUMINDO: O processo de avaliação na Educação Infantil deve respeitar a capacidade emocional, afetiva e cognitiva da criança, tendo como principal objetivo auxiliá-las no processo de ensino e aprendizagem, fortalecendo a autoestima dos pequenos. Espero que tenha compreendido que a Educação Infantil é a base para o processo de desenvolvimento das crianças e em como esse processo de formação pode ser lúdico e interessante, tanto para as crianças quanto para nós professores. Educação Infantil 47 REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala de aula. 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