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GRAN CURSO direito-financeiro-e-orcamento-publico-na-cf-88

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PPGG-DF
POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL DO DISTRITO FEDERAL
Direito Financeiro
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN 
(Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 
1998.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
Prof. Manuel Piñon
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SUMÁRIO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988 .........................................4
1. Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988 ....................................8
2. Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária ...................................49
3. Princípios de Direito Financeiro ...............................................................56
3.1. Princípio da Legalidade .......................................................................56
3.2. Princípio da Economicidade ..................................................................58
3.3. Princípio da Responsabilidade Fiscal ......................................................59
3.4. Princípio da Transparência ...................................................................59
Resumo ...................................................................................................61
Questões Comentadas em Aula ..................................................................64
Questões de Concurso ...............................................................................75
Gabarito ..................................................................................................94
Gabarito Comentado .................................................................................95
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
Prof. Manuel Piñon
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DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTO PÚBLICO NA CF/1988
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo(a) ao curso de Direito Financeiro voltado especificamente 
para o concurso do órgão PPGG-DF.
Estudar para um concurso como esse não é tarefa das mais fáceis. Esse con-
curso apresenta um elevado grau de dificuldade em suas provas, além do alto nível 
dos candidatos. Por isso, torna-se necessária uma preparação com planejamento e 
muita disciplina.
A preparação do(a) candidato(a) hoje em dia não deve se limitar à simples leitu-
ra do material. O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você 
seja aprovado(a) em algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário 
fazer a diferença em todas as matérias.
E, sem dúvida, a disciplina Direito Financeiro, tendo em vista o nível elevado de 
complexidade, representa um dos diferenciais da prova. 
Nessa linha, buscarei detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa 
linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
O curso ajudará tanto os(as) concurseiros(as) do nível mais básico, ou seja, 
aqueles(as) que estão vendo a matéria pela primeira vez, quanto aqueles(as) do 
nível mais avançado, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da ma-
téria. 
Além disso, resolveremos muitas questões do Cespe, de tal forma que você 
fique bastante afiado(a) na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante se-
gurança. 
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
Prof. Manuel Piñon
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Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria 
de fazer uma breve apresentação pessoal.
Sou administrador de empresas com especialização em Finanças pela Fundação 
Getúlio Vargas (FGV) e auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no con-
curso nacional de 2009-2010. 
Atuei, inicialmente, na área de arrecadação e administração tributária, passan-
do pelo setor de planejamento e controle da atividade fiscal, até chegar à atividade 
de fiscalização propriamente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido, entre 
1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso para auditor-fiscal da Receita Federal 
(na época AFTN) de 1998 e, após dois anos de exercício na atividade de fiscaliza-
ção de empresas da Região Norte do País, recebi e aceitei um convite para voltar a 
trabalhar na iniciativa privada em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alter-
nados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos pú-
blicos em 2006. 
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas precisava ser discre-
to, já que trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa 
dupla jornada.
Sei que muitos(as) vivem situações parecidas, mas, acredite, essa situação é 
transitória. 
No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de analista de 
finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU) em 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente 
de trabalho na CGU, não me acomodei. 
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
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Continuei meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser auditor-fiscal da Recei-
ta Federal, que, como já dito, pôde ser realizado com a aprovação no concurso de 
2009/2010.
Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação, 
pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, 
as dificuldades, mas também os sonhos. 
Não se esqueça de que são os sonhos que nos movem! 
Acredite e se esforce ao máximo. 
Esse é o segredo!
Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso, dividido 
da seguinte forma:
AULA CONTEÚDO
1
Direito Financeiro e orça-
mento público na CF/1988
1. Atividade Financeira do Estado e o Direito Financeiro: con-
ceito, características. 2. Fontes do Direito Financeiro e reserva 
de lei complementar. 3.Princípios de Direito Financeiro. 4. Orça-
mento público: ciclo orçamentário, processo legislativo orçamen-
tário; dotação dos poderes e órgãos; vedações orçamentárias 
constitucionais. 
2
Instrumentos orçamentários
e créditos adicionais 
4.Orçamento público: ciclo orçamentário e exercício financeiro; 
leis orçamentárias– Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei 
Orçamentária Anual (LOA) e Plano Plurianual (PPA); processo 
legislativo orçamentário; créditos adicionais. 10. Controle da ati-
vidade financeira. Controle pelos tribunais de contas. 
3
Orçamento público
4.Orçamento público: conceitos e princípios orçamentários.
4
Receita pública
6.Receita pública: conceito, classificação, estágios, dívida ativa.
5
Despesa pública
5. Despesa pública: conceito, classificação, estágios. 9. Precató-
rios e Requisição de Pequeno Valor (RPV). 
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Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
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6
Lei de Responsabilidade 
Fiscal
1. Atividade Financeira do Estado e o Direito Financeiro, 5. Des-
pesa pública e 6. Receita pública: os efeitos da Lei de Responsabi-
lidade Fiscal (LRF – Lei Complementar n. 101/2000). 
7
Crédito público, repartição 
de receitas e transferências 
constitucionais e jurispru-
dência 
7. Crédito público: conceito, classificação dos empréstimos e 
dívida pública na Lei n. 4.320/1964 e na LRF. 6. Receita Pública: 
repartição de receitas. 8. Repartição de receitas e transferências 
constitucionais. 11. Súmulas e jurisprudência pacificada em maté-
ria de Direito Financeiro. 
No fim da aula, quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de que 
estamos no caminho certo. 
Como diria Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua 
ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados”.
Então, vamos nessa!
Prof. Manuel Piñon
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
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1. Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988 
Para iniciar o nosso estudo, precisamos ter em mente que o estudo da discipli-
na Administração Financeira e Orçamentária (AFO) tem forte relação com o 
estudo do Direito Financeiro.
Na verdade, o estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com uma “pegada” 
administrativa, ou seja, abrange a Atividade Financeira do Estado, focada em sua 
aplicação na gestão pública. 
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de asse-
gurar a execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planeja-
mento, a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores 
públicos em cada uma dessas fases.
Já o Direito Financeiro, como estudaremos neste curso, é mais amplo do que 
a AFO, com foco, claro, nas normas que regulam seu campo de atuação.
Nesse contexto, podemos dizer que as finanças públicas são o ramo do estudo 
econômico em que se situa o governo, responsável pela aplicação de políticas que 
visem ao contínuo aumento do bem-estar da população. 
O Direito Financeiro é o ramo do direito público que regula a Atividade Fi-
nanceira do Estado (AFE) que, por sua vez, engloba quatro elementos que estão 
intimamente ligados:
• obter receita pública (orçamentária);
• criar o crédito público (empréstimo público);
• gerenciar ou gerir o orçamento público – Lei Orçamentária Anual (LOA);
• despender recursos (gastar) – executar a despesa pública (orçamentária).
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DIREITO 
FINANCEIRO
Atividade 
Financeira 
do Estado
Receita 
pública
Orçamento 
público
Despesas 
públicas
Crédito 
público
Para melhor visualização da Atividade Financeira do Estado, veja:
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DIREITO FINANCEIRO
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1. (FCC/TCE-AP/TÉCNICO/2012) A atividade financeira do Estado compreende
a) apenas a obtenção de receitas originárias. 
b) apenas a obtenção de receitas, tanto originárias como derivadas. 
c) a obtenção de receitas e a realização de despesas. 
d) a prestação de serviços públicos e a realização de obras públicas. 
e) apenas a geração das despesas.
Letra c.
A Atividade Financeira do Estado (AFE) abrange quatro elementos que estão inti-
mamente ligados: obter receita pública, criar o crédito público, gerir o orçamento 
público e despender recursos.
Nesse sentido, embora não esteja completa, a melhor alternativa é a “c”.
A maneira pela qual o Estado interfere no processo econômico é dependen-
te da série de instrumentos de que este dispõe, de forma a financiar as suas 
atividades.
Em outras palavras, o estudo da Ciência das finanças públicas tem por objeto 
conhecer como o “dinheiro circula” nas mãos do Estado, ou seja, como arrecada e 
gasta seus recursos de acordo com as leis orçamentárias e correlatas.
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DIREITO FINANCEIRO
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Lembrando o saudoso mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a Atividade Fi-
nanceira do Estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispen-
sável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas 
de direito público, vejo que podemos “destrinchar” esse conceito em três partes:
• o Estado, na realização da atividade financeira, tem como objetivo obter re-
cursos (RECEITA PÚBLICA) para poder despendê-los (DESPESA PÚBLICA) na 
aplicação de seus fins;
• além disso, nem sempre os recursos obtidos são suficientes, por isso o Estado 
precisa criá-los (CRÉDITO PÚBLICO) para que os mesmos sejam capazes de 
atender a todos os dispêndios;
• por fim, toda essa atividade deve ser gerenciada (ORÇAMENTO PÚBLICO). 
2. (FCC/TCE-PR/ANALISTA/2012) Quanto à definição de Finanças Públicas, considere:
I – É ciência que estuda as atividades fiscais e não fiscais dos poderes públicos 
na sua aplicação a empreendimentos de caráter público e privado.
II – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na obtenção de recursos 
para o cumprimento de suas finalidades.
III – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na aplicação de recursos 
para o cumprimento de suas finalidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III
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DIREITO FINANCEIRO
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Letra e.
Questão fácil, mas com uma pegadinha mortal. Já viu a pegadinha?
A pegadinha está no item I, já que finanças públicas é ciência que estuda as ativi-
dades fiscais e não fiscais dos poderes públicos na sua aplicação a empreendimen-
tos de caráter público (e não privado).
Os demais itens (II e III) estão certos! 
Muita gente também confunde os ramos do Direito Financeiro (que estuda as finan-
ças públicas) e Direito Tributário e os examinadores gostam de colocar pegadinhas 
nesse sentido.
Na verdade, existe uma linha tênue entre o Direito Financeiro e o Direito Tributário, 
uma vez que ambos pertencem ao direito público e atuam na obtenção de receitas 
pelo Estado.
Existe autonomia para cada um deles, conforme previsão constitucional, mas, na 
prática, o Direito é um só e essa classificação em ramos é apenas didática. Na rea-
lidade, existe forte ligação entre os ramos e entre os seus dispositivos legais, como 
veremos ao longo do curso.
No caso das receitas derivadas, como é o caso dos tributos, se, de um lado, o Di-
reito Tributário regulamenta as suas respectivas alíquotas, bases de cálculo e hipó-
teses de incidência; de outro, o Direito Financeiro, por seu turno, cuida da aplicação 
desses tributos como instrumento de financiamento de despesas públicas. Pode-se 
notar, portanto, o viés da grande diferença entre esses dois ramos do Direito.
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
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Pode-se afirmar ainda que cabe ao Direito Financeiro disciplinar e regular a Ati-
vidade Financeira do Estado, exceto no que se refere à tributação, que é da alçada 
do Direito Tributário. 
Podemos dizer que, de certo modo, o Direito Financeiro é mais abrangente do 
que o Direito Tributário, já que, enquanto o Direito Financeiro estabelece normas 
relativas à arrecadação da receita, à gestão orçamentária e do crédito público e 
ao dispêndio público (despesa), o Direito Tributário regulamenta apenas a receita 
derivada, coercitiva, imposta por lei, que é o tributo. 
Além disso, não é competência do Direito Tributário regular a forma como a 
receita tributária será aplicada no financiamento das políticas públicas em prol da 
coletividade, assunto afeto ao Direito Financeiro. 
Na verdade, quem abarca a decisão do Estado sobre a aplicação dos recursos 
arrecadados com os tributos é o Direito Financeiro e não o Direito Tributário. 
3. (CESPE/MUNICÍPIO DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Com fundamento na 
disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes 
na CF, julgue o item a seguir.
Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa 
parlamentar que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a pro-
priedade de veículos automotores, em caso de pagamento antecipado.
Errado.
O STF já pacificou o entendimento de que a iniciativa parlamentar em assunto de 
Direito Tributário não invade a competência do Poder Executivo sobre matéria or-
çamentária (ADI n. 724). 
Nesse sentido, o STF manifestou entendimento de que até mesmo a concessão de 
benefícios fiscais não é legislar sobre orçamento (ADI n. 2464).
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
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Fontes do Direito Financeiro
O orçamento público, o Direito Financeiro, o tema finanças públicas e a Ad-
ministração Financeira e Orçamentária (AFO) encontram sua “gênese normativa” 
na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os arts. 163 e 169. Em sua 
prova, com certeza, haverá questões retiradas deles.
Além da letra da CF/1988, as finanças públicas e orçamento público têm 
sustentação na Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro, Lei n. 4.320/1964, 
também conhecida como Lei do Orçamento Público, que é uma lei originalmente 
ordinária, federal, porém, de abrangência nacional, vinculando todos os entes polí-
ticos, quais sejam União, estados, DF e municípios.
Reserva de Lei Complementar
Repare que o art. 165, § 9º, da CF/1988, estabelece a competência de lei 
complementar para:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-
ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Raciocine comigo: se a CF é de 1988 e antes dela já vigorava a Lei n. 4.320/1964, 
aprovada pelo Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de 
lei ordinária, então estamos diante de uma inconsistência constitucional.
Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei 
complementar para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano 
Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária 
Anual (LOA). 
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DIREITO FINANCEIRO
Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/88
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Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercí-
cio financeiro, período de tempo durante o qual o Estado realiza a sua atividade 
financeira, arrecadando receitas e executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964, 
editada e publicada como originalmente como lei ordinária.
Entretanto, não se pode afirmar que, pelo fato de ser uma lei pretérita à CF/1988, 
inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele ano e que vai 
de encontro à norma do art. 165, § 9º, I.
A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas, sim, recepcionada como se 
lei complementar fosse. Assim, de acordo com a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal (ADI n. 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o 
status de lei complementar perante o texto constitucional de 1988, apesar 
da sua forma originária de lei ordinária.
Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por 
meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar de 
maioria simples e materialmente complementar, pois a matéria de que trata é de 
lei complementar, com base no art. 165, § 9º, I, CF/1988.
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual 
ordenamento jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de 
lei complementar, somente poderá ser alterada por uma lei federal de mes-
ma matéria e lei complementar.
Em outras palavras, apesar de ser uma lei formalmente ordinária e materialmente 
complementar, a Lei n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência 
da atual Constituição, por uma lei complementar quanto à forma e à matéria.
Guarde que o Direito Financeiro estabelece, portanto, além do crédito público, re-
grasrelativas a orçamento público, receita pública e despesa pública.
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Suporte
Realce
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DIREITO FINANCEIRO
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É importante deixar claro que o Direito Financeiro não é normatizado apenas 
pela CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Complementar n. 101/2000 (Lei 
de Responsabilidade Fiscal) também tem relevante importância.
Na verdade, a competência para legislar sobre Direito Financeiro e orçamento 
é concorrente da União, estados e Distrito Federal, como define o art. 24, I e II; e 
§§ 1º a 4º da CF/1988. 
Veja:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemen-
te sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência 
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei es-
tadual, no que lhe for contrário.
4. (FCC/TCE-PR/ANALISTA/2011) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a 
competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento é
a) exclusiva da União. 
b) privativa da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
c) privativa da União. 
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
e) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
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Letra e.
A resposta dessa questão está na literalidade da CF/1988 em seu art. 24. Confira:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II do art. 24 
da CF/1988, especialmente o que revela o 4º:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência 
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei es-
tadual, no que lhe for contrário.
Note que o dispositivo normativo acima não faz menção aos municípios, mas 
existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de Direito Finan-
ceiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, da CF/1988. Confira:
Art. 30. Compete aos Municípios:
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
A doutrina, embora não de modo pacífico, tem aceito que existe competência 
também para os municípios, com base no art. 30, I, da CF/1988.
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Sempre é bom lembrar que, no âmbito da competência concorrente, cabe à 
União estabelecer normas gerais e, aos estados, DF e municípios, suplementar 
o que foi estabelecido pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela 
União desde 1964. Trata-se da Lei n. 4.320/1964, lei federal de normas gerais de 
Direito Financeiro, de abrangência nacional, vinculando, portanto, todos os entes 
políticos.
No âmbito da legislação concorrente, cabe à União legislar sobre normas gerais 
de Direito Financeiro (art. 24, § 1º, CF/1988), e os estados e DF mantêm compe-
tência suplementar (art. 24, § 2º, CF/1988), tendo os Municípios a prerrogativa 
constitucional de suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, con-
forme já explanado (art. 30, II, CF/1988) e com apoio da doutrina, embora não 
pacífica.
E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria compe-
tência legislativa plena (art. 24, § 3º, CF/1988), o que significaria a possibilidade 
jurídica de editar lei de normas gerais de Direito Financeiro para atender a suas 
peculiaridades? Se ligue!
Mas como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as normas gerais 
(Lei n. 4.320/1964).
Entretanto, é importante deixar claro que, mesmo diante dessa possibilidade, se 
depois sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais 
de Direito Financeiro, as normas contrárias à lei estadual de normas gerais terão 
a sua eficácia suspensa, sendo válidas apenas as disposições normativas que não 
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contrariarem as federais editadas, pois a superveniência de lei federal sobre nor-
mas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrária (art. 24, § 
4º, CF/1988).
Volto a destacar que o Direito Financeiro encontra sua “gênese normativa” na 
Constituição Federal de 1988, especialmente entre os arts. 163 e 169. Em sua pro-
va, com certeza, haverá questões retiradas deles!
O ideal é que você faça a leitura “seca” também da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, 
outra fonte importantíssima do Direito Financeiro. De qualquer forma, reproduzirei 
os seus principais trechos, especialmente na correção das questões. 
O Decreto n. 93.872/1986 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa 
do Tesouro Nacional, a programação financeira, a administração financeira e outros 
aspectos relacionados, detalhando ainda mais a Lei n. 4.320/1964. 
Caro(a) aluno(a), é importante que, quando estiver estudando essa matéria, te-
nha as legislações pertinentes em mãos para fazer as devidas anotações na própria 
lei, caso tenha esse hábito. 
A leitura de “lei seca” é muito importante, então, nada melhor do que ler os 
arts. 163 a 169 da CF/1988, que tratam do tema finanças públicas, com grifos 
meus:
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
Normas gerais
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais en-
tidades controladas pelo Poder Público;
III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
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IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguar-
dadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvi-
mento regional.
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusiva-
mente pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, 
com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público 
e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os 
casos previstos em lei.
5. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) A Constituição Federal estabeleceu algumas re-
gras relacionadas com as atividades do Banco Central do Brasil. De acordo com o 
texto constitucional,
I – a competência da União para emitir moeda será exercida concorrentemente 
pelo Banco Central do Brasil e pelo Tesouro Nacional.
II – é vedado ao Banco Central do Brasil conceder, direta ou indiretamente, em-
préstimos ao Tesouro Nacional.
III – é autorizado ao Banco Central do Brasil conceder, indiretamente, emprésti-
mos a órgão ou entidade que não seja instituição financeira, nos termos de 
lei complementar.
IV – o Tesouro Nacional poderá comprar e vender títulos de emissão do Banco 
Central do Brasil, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa 
de juros.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV. 
b) I e III. 
c) II. 
d) III e IV 
e) IV.
Letra c.
I. Errado. O art. 164 da CF/1988 define que a competência da União para emitir 
moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central.
II. Certo. Conforme o § 1º do art. 164. Confira:
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Te-
souro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
III. Errado. Existe vedação nesse sentido no art. 164 da CF/1988.
IV. Errado. O Banco Central pode comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional no intuito de regular a oferta de moeda/taxa de juros.
6. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) A Constituição Federal estabelece regras a res-
peito do depósito das disponibilidades de caixa da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas 
por ele controladas. De acordo com o texto constitucional, 
a) 51%, pelo menos, das disponibilidades de caixa dos Estados e do Distrito Fede-
ral serão depositadas no Banco Central do Brasil. 
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b) 51%, pelo menos, das disponibilidades de caixa dos Municípios serão deposita-
das no Banco Central do Brasil. 
c) 49%, no máximo, das disponibilidades de caixa dos Municípios serão deposita-
das no Banco Central do Brasil. 
d) 15%, no máximo, das disponibilidades de caixa dos Estados e do Distrito Fede-
ral serão depositadas em instituições financeiras oficiais, indicadas em lei estadual 
ou distrital. 
e) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central do 
Brasil.
Letra e.
A resposta dessa questão está no § 3º do art. 164 da CF/1988.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público 
e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os 
casos previstos em lei.
Seção II
Dos Orçamentos
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as dire-
trizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital 
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-
tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro sub-
sequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações 
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento.
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7. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Em uma situação de crise fiscal, um dos efeitos mais 
sentidos é a queda da arrecadação tributária, fato que atinge todas as esferas de 
poder dos entes federativos. Diante dessa situação, a Administração promoveu a 
alteração da legislação tributária por meio da lei orçamentária anual. Essa medida 
contrariou formalmente a Constituição Federal que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Plano Plurianual. 
b) deficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração. 
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de 
novo tributo. 
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Demonstrativo da Execução Orçamentária.
Letra c.
Conforme dispõe o artigo da CF/1988 a seguir reproduzido, o instrumento de pla-
nejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é a Lei de Diretri-
zes Orçamentárias. 
Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e priorida-
des da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá so-
bre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento.
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§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, 
relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição 
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso 
Nacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades 
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado 
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano 
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional.
8. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Considere:
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamen-
tos, compatibilizados com o Plano Plurianual, é
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação. 
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b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indi-
reta da União. 
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público. 
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais. 
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Letra e.
Guarde que uma das funções do PPA, em conjunto com o orçamento fiscal e de 
investimentos (LOA), é reduzir desigualdades inter-regionais, segundo crité-
rio populacional, conforme determina o § 7º do art. 165 da CF/1988:
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano 
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, 
segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e 
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de cré-
ditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação 
de receita, nos termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-
ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e 
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão 
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pa-
gar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto 
no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
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9. (FCC/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2012) A Constituição Fede-
ral fixa a competência legislativa em matéria de finanças públicas, determinando 
que será disposto especificamente por lei complementar
a) o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias. 
b) as normas gerais sobre finanças públicas. 
c) a lei orçamentária anual. 
d) a abertura de crédito suplementar. 
e) a abertura de crédito extraordinário.
Letra b.
A resposta dessa questão está no que dispõe o § 9º do art. 165 da CF/1988.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-
ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e 
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão 
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pa-
gar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto 
no § 11 do art. 166.
Repare que os assuntos de que deve tratar a lei complementar no art. 165 acima 
referem-se a normas gerais sobre finanças públicas.
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, 
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
10. (FCC/TRT-21ª/TÉCNICO/2017) A Constituição Federal, ao tratar dos projetos 
de lei para os instrumentos de planejamento orçamentário, estabelece que devem 
ser apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Essa norma constitucional 
abrange, expressamente, a Lei Orçamentária Anual, a Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias, o Plano Plurianual e os projetos de lei referentes a
a) restos a pagar.
b) gastos com assistência social.
c) créditos adicionais.
d) suprimento de fundos.
e) dívida ativa.
Letra c.
O caput do art. 166 da CF/1988 dispõe que:
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao or-
çamento anual e aos CRÉDITOS ADICIONAIS serão apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum”. Assim, serão somados todos os 
deputados e senadores (com um voto para cada, claro) dentro do mesmo lugar (Con-
gresso Nacional) para apreciar e votar essesprojetos de lei, modo típico da forma do 
regimento comum das 2 casas.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas 
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
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II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e se-
toriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orça-
mentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de 
suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá pa-
recer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso 
Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi-
quem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação 
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; 
ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprova-
das quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a 
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
11. (FCC/TST/ANALISTA/2017) A Constituição Federal dita a tramitação de proje-
tos de lei relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orça-
mentária Anual e créditos adicionais e dispõe que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos. 
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso Na-
cional e serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Deputados. 
c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
mista, da parte cuja alteração é proposta. 
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d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos 
recursos necessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e 
saúde. 
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de apro-
vação de emendas.
Letra c.
De acordo com o § 5º do art. 166 da Carta Magna, “o Presidente da República po-
derá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos proje-
tos enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é 
proposta”. 
a) Errada. Na verdade, a emissão de parecer cabe à Comissão Mista Permanente 
de senadores e deputados (CMO).
b) Errada. As emendas são apresentadas na Comissão Mista.
d) Errada. Inexiste a exceção para despesas com educação e saúde.
e) Errada. É admitida a anulação de despesa para emendas.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento 
anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos 
da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o dispos-
to nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei or-
çamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, con-
forme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica 
autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite 
de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no 
projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será 
destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 86, de 2015)
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§ 10 A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto 
no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 
2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 11 É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se 
refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois dé-
cimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme 
os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar 
prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 12 As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de exe-
cução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 13 Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação 
prevista no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, 
independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de 
cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pes-
soal de que trata o caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 
2015)
§ 14 No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre 
a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Execu-
tivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública 
enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 86, de 2015)
II – até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo 
indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja 
insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
III – até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Po-
der Executivo encaminharáprojeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo 
impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
IV – se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no 
inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será 
implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 15 Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previs-
tas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados 
na notificação prevista no inciso I do § 14. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, 
de 2015)
§ 16 Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução 
financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) 
da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 86, de 2015)
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§ 17 Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no 
não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamen-
tárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma 
proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluí-
do pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 18 Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que 
atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente 
da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
Art. 167. São vedados:
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os cré-
ditos orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de 
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com 
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-
partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a 
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-
ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e 
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-
lativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fun-
dações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por 
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financei-
ras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 
195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade.
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§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em 
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos qua-
tro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se re-
ferem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e 
b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de 
débitos para com esta. 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria 
de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, 
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a 
essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização 
legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 
85, de 2015)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os 
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ãoentregues até o dia 
20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 
165, § 9º. 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão 
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração 
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a 
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os re-
passes de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
que não observarem os referidos limites. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o 
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança; 
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II – exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para 
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o 
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um 
dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto 
da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização 
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado 
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-
melhadas pelo prazo de quatro anos. 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do 
disposto no § 4º.
12. (FCC/TCE-AP/ANALISTA/2012) Para a concessão de vantagem ou aumento de re-
muneração dos servidores públicos da administração pública direta NÃO é necessário
a) obediência aos limites com despesa com pessoal fixados na Lei de Responsabi-
lidade Fiscal. 
b) prévia dotação orçamentária suficiente para atender os acréscimos às projeções 
da despesa com pessoal. 
c) abertura de crédito extraordinário para custear este aumento de despesa im-
previsível e urgente. 
d) autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. 
e) respeitar o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal 
inativo.
Letra c.
a) Certa. Está em conformidade com o caput do art. 169 da CF/1988. Confira:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
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A lei complementar, no caso, é a LRF, LC n. 101/2000.
b) Certa. Está em conformidade com o § 1º do inciso I do art. 169 da CF/1988. 
Confira:
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão 
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração 
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
c) Errada. Não é possível fazer a abertura de crédito extraordinário com o fito de 
custear aumento de remuneração ou vantagem dos servidores, tendo em vista a 
sua natureza de urgência e imprevisibilidade. Lembre-se do § 3º do art. 167 da 
CF/1988:
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção in-
terna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
d) Certa. Está em conformidade com o § 1º inciso II do art. 169 da CF/1988. Confira:
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão 
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração 
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas: 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
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e) Certa. Em conformidade com o caput do art. 169 da CF/1988: respeitar o limite 
legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo para que seja 
possível conceder vantagem ou aumento de remuneração dos servidores públicos 
da administração pública direta.
A ideia aqui é lhe dar uma visão geral dos artigos da CF/1988 que tratam das 
finanças públicas e orçamento. Como você pôde notar, boa parte dos artigos da 
CF/1988 relacionados às finanças públicas tratam de assuntos relacionados ao or-
çamento público. Então vamos conhecê-lo um pouco mais.
Podemos dizer que o orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível, 
que traduz em termos financeiros para determinado período (um ano), os planos e 
programas de trabalho do governo.
Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação 
de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder 
Legislativo lhe autoriza, por meio de lei, a execução das despesas destinadas ao 
funcionamento da máquina administrativa.
Ainda pode ser definido como o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder 
Legislativo lhe autoriza, por certo período e, em pormenor, a execução das des-
pesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados 
pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já 
criadas em lei.
De modo mais direto, podemos dizer queo orçamento do Estado é o ato con-
tendo a aprovação prévia das receitas e despesas públicas para um período deter-
minado.
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É importante deixar registrado que, no Brasil, o orçamento público é, em rela-
ção às despesas discricionárias, autorizativo e não impositivo, ou seja, a fixação 
de despesas é uma mera sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o 
dever legal de executá-los. 
Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto públi-
co) está, portanto, condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecada-
das durante o exercício financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme art. 
34 da Lei n. 4.320/1964).
É importante deixar registrado que o orçamento público, embora tenha formato 
de lei, sendo aprovado como tal, no Brasil, é lei apenas em sentido formal, confor-
me decisão do STF.
Tenha em mente que a tese dominante, embora não pacífica, é a de que a na-
tureza jurídica do orçamento é de lei formal, já que é aprovada pelo processo le-
gislativo constitucional. 
Não! Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas 
propostas orçamentárias, porém, quem executa a maior parte das des-
pesas públicas é o Poder Executivo, mesmo porque essa é a sua principal 
função.
Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, generica-
mente falando, funciona da seguinte forma: todos os Poderes (Executivo, Legis-
lativo, Judiciário, mais o Ministério Público) e demais órgãos (unidades orçamen-
tárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e as encaminham para o Poder 
Executivo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG), que faz a 
consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto de lei de orçamento 
ao Congresso Nacional.
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Esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pequena 
fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo, assim, do conceito 
doutrinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da lei obriga o 
Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.
Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, 
que estabelece o “novo regime fiscal”, estabelecendo, no art. 111 do ADCT da 
CF/1988, que:
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do 
Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da 
Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exer-
cício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
O que a PEC dos Gastos trouxe à baila foi que, a partir de 2018 até o fim do 
novo regime fiscal, a aprovação e execução das emendas individuais de execução 
obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do IPCA de 12 
meses.
O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “res-
tos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas 
empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano só tinham previsão em le-
gislação infraconstitucional, determinando que os restos a pagar poderiam ser con-
siderados, até o limite de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento 
da execução financeira obrigatória de emendas individuais.
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13. (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional no 86, de 2015, in-
troduziu o caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo 
critérios a serem definidos em lei complementar, consolidando o que se convencio-
nou chamar de “orçamento impositivo”, que, entre outros aspectos, contempla 
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individu-
ais ao projeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente 
líquida do exercício anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser desti-
nadas à ações e serviços públicos na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no 
caso de impedimentos de ordem técnica. 
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei or-
çamentária encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das 
estimativas das projeções de receita constantes do anexo de metas fiscais que in-
tegra a Lei de Diretrizes Orçamentárias ou para ações destinadas à área da saúde. 
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de re-
ceitas prevista na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamen-
tares, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas a ações e serviços 
públicos na área da educação e saúde. 
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto 
de lei orçamentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção 
de erros e inexatidões, ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos 
na Constituição Federal para programas e ações nas áreas da saúde e educação.
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financei-
ra dos programas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de 
emendas individuais de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas 
fiscais ou materialização de passivos contingentes. 
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Letra a.
Após a entrada em vigor da EC n. 86/2015, apelidada de “EC do Orçamento Impo-
sitivo”, passou a ser obrigatória a execução da programação orçamentária relativa 
às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas 
serão aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) prevista no projeto de 
LOA encaminhado ao Congresso Nacional.
14. (QUESTÃO INÉDITA) Julgue o item a seguir. 
A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, ine-
xiste a obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista 
nas diferentes dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a 
hipótese de orçamento impositivo.
Errado.
A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional n. 86/2015, apelidada 
de EC do Orçamento Impositivo, tornou obrigatória a execução da programação 
orçamentária relativas às emendas

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