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1ºAula
Introdução à Contabilidade de 
Custos 
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• entender a origem da contabilidade de custos;
• diferenciar a Contabilidade de Custos, da Contabilidade financeira e da Gerencial; 
• aplicar e compreender os termos contábeis mais comuns; 
• diferenciar custos de despesas; 
• compor o custo dos produtos.
Caros(as) alunos(as), nesta aula, iniciaremos os estudos da 
contabilidade de custos, abordando conceitos e contas que serão 
necessárias para o entendimento das próximas aulas de toda disciplina. 
Sendo assim, não deixem de esclarecer as dúvidas, isto é, antes de 
passar para a próxima aula tenha certeza de que entendeu o conteúdo 
proposto para, então, seguir adiante. Qualquer dúvida, não deixem de me 
procurar, estarei sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos. 
Bons estudos!
7
Engenharia de Custos 6
1. 
Seções de estudo
Introdução 
2. Contabilidade de Custos, Financeira e Gerencial
3. Terminologia contábil para a contabilidade de custos 
4. Composição do Custo dos Produtos Vendidos 
5. Exemplos 
1 - Introdução 
A origem da contabilidade de custos foi observada a 
partir da Revolução Industrial no século XVIII, quando a 
transformação de materiais em grande escala faz surgir a 
necessidade de mensuração dos estoques dos produtos 
fabricados e a apuração do resultado das operações, 
informações que a contabilidade geral não conseguia produzir 
(BERBEL, 2003). 
Antes da Revolução Industrial predominava, simplesmente, 
a atividade de compra e venda de produtos, onde os estoques 
de mercadorias eram facilmente identificados e controlados. 
Entretanto, com o aumento da industrialização, a tarefa 
contábil de medir, registrar e apurar o resultado desse processo 
começou a tornar-se algo complexo e grandioso. Além disso, 
o processo produtivo industrial fez aumentar a necessidade da 
mão de obra assalariada, que passou a constituir item relevante 
no processo produtivo, tornando o registro dos custos mais 
complexos.
De acordo com Vergara (2014), a contabilidade de custos 
teve inicialmente três funções principais: 
• Inventariar os produtos fabricados e vendidos 
– através da determinação do valor inicial e 
final de matéria-prima em estoque; valor dos 
produtos acabados e em processamento; elaborar 
demonstrativos do custo de produção para cada 
produto acabado, e também para cada produto 
vendido; bem como demonstrativos de lucro ou 
prejuízo. 
• Planejar e controlar as atividades empresariais – 
analisando o comportamento dos custos; preparando 
orçamentos com base no custo de fabricação; 
determinando custos padrão de produção, o preço 
de venda de cada item e o volume de produção ideal. 
• Servir como instrumento para tomada de decisão 
– formar o preço de venda; avaliar o desempenho 
de cada linha de produção de determinado 
produto; optar pela produção ou terceirização de 
componentes; alugar ou comprar; produzir ou 
descontinuar. 
Resumidamente, os objetivos iniciais da contabilidade de 
custos foram proporcionar relatórios relativos a custos com 
o objetivo de mostrar os resultados operacionais da empresa, 
valorizar os estoques e a determinar do lucro; proporcionar 
informações para gerenciar e controlar as operações e as 
atividades de uma empresa, principalmente no controle dos 
três elementos principais de custo que são matéria-prima, 
mão de obra e custos indiretos de fabricação; e proporcionar 
informação útil para o planejamento, tomada de decisões e 
formação de preço (VERGARA, 2014). 
Contabilidade de Custos, Financeira e Gerencial
A contabilidade financeira tem por objetivo mensurar, 
registrar, controlar e apurar o resultado das operações de uma 
empresa. Também, prestar informação a usuários externos, 
como entidades financeiras, que concedem empréstimos; 
investidores, que compram ações, entre outros (LIMA, 2014). 
As demonstrações financeiras devem exprimir com 
clareza a situação patrimonial de uma empresa e as mutações 
ocorridas no exercício. De acordo com Limeira et al. (2015), 
os principais relatórios produzidos são:
- Balanço Patrimonial (BP).
- Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE).
- Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. 
Neste sentido, a contabilidade de custos está relacionada 
com a contabilidade financeira da seguinte forma. 
Vejamos:
1º - No balanço patrimonial (BP), os custos e estoques 
formam parte do ativo circulante por meio da conta de 
inventário de produtos terminados ou mercadorias em 
estoque. 
2º - No Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), 
o custo dos produtos vendidos (CPV) é encontrado através da 
diferença entre o Lucro Bruto e a Receita no período. 
Conclui-se que, a contabilidade de custos é complementar 
a contabilidade financeira, no sentido que os dados produzidos 
pela primeira são utilizados na composição das informações 
fornecidas pela segunda. 
Por outro lado, Limeira et al. (2015) defendem que a 
contabilidade gerencial tem por objetivo fornecer informações 
extraídas dos dados contábeis, que ajudem os administradores 
das empresas no processo de tomada de decisões, tais como:
• Como calcular preço de venda de determinado 
produto.
• Como conseguir um melhor rendimento em cada 
atividade ou linha de produção. 
• Quais são os produtos da empresa que dão mais 
lucro, ou quais estão dando prejuízo. 
Ou seja, a contabilidade gerencial usa os dados da 
contabilidade de custos e da financeira de forma a beneficiar o 
tomador de decisões de cada empresa, com dados necessários 
para cada tomada de decisão, reestruturando os dados 
conforme necessidade de análise. 
1 - Terminologia contábil para a 
contabilidade de custos 
Para melhor entendimento das demonstrações contábeis, 
torna-se necessário o conhecimento de alguns termos 
relacionados à contabilidade, os quais serão expostos a seguir. 
Vejamos:
3.1 - Bens 
Bem é um elemento que pode satisfazer uma necessidade 
humana e é suscetível de avaliação de viabilidade econômica. 
8
7
Existem várias classificações de bens, como: 
Móveis, os quais podem ser removidos, como: veículos 
e dinheiro;
Imóveis, aqueles que não podem ser removidos, como: 
terrenos e casas;
Tangíveis, que constituem uma realidade física, como: 
veículos e casas;
Intangíveis, são aqueles que não constituem uma 
realidade física, como: fórmulas de produção e reputação de 
uma marca (VERGARA, 2014). 
3.2 - Desembolso
É um termo ligado à contabilidade financeira e 
significa saída de recursos financeiros da empresa. Mesmo 
as saídas temporárias, como, por exemplo, empréstimos 
a colaboradores ou adiantamento a fornecedores. O 
desembolso não é necessariamente um custo ou despesa. Ele 
pode ocorrer antes, durante ou depois da geração resultado 
contábil (LIMA, 2014). Por exemplo, se compro um bem a 
prazo, o desembolso se dá depois da aquisição. Se compro 
algo a vista, o desembolso e a aquisição acontecem ao mesmo 
tempo. E se adianto um valor a um fornecedor o desembolso 
se dá antes da compra. 
Desta forma, podemos dizer que o desembolso é o 
pagamento do gasto. 
3.3 - Gasto 
O gasto é o desembolso à vista ou a prazo para obtenção 
de bens ou serviços pela empresa, independentemente de 
terem sido utilizados (LIMEIRA et al., 2015). O gasto se 
concretiza quando os bens ou serviços são prestados, ou 
passam a ser de propriedade da empresa. Por exemplo, se uma 
empresa compra 5.000 unidades de matéria-prima, mas só usa 
4.800 unidades no período, o gasto é equivalente as 5.000 
unidades, mas os custos apropriados ao período são somente 
relativos às 4.800 unidades utilizadas. 
O gasto, por sua vez, pode ser um investimento, custo, 
despesa ou ainda uma perda.
Fonte: elaborado pela autora. 
3.4 - Investimento 
São gastos que passam a ser classificados como ativos da 
instituição em função da utilidade futura de bens ou serviços 
obtidos. Assim, qualquer gasto realizado - cujo bem se torna 
um ativo para a empresa -, será um investimento, como por 
exemplo, veículos, imóveis,móveis e utensílios, entre outros. 
Entretanto, segundo Vergara (2014) podemos identificar 
duas principais categorias de investimentos: 
Investimentos em imobilizado da empresa: mede o valor 
despendido pela empresa principalmente em sua estrutura 
física (prédio) e em equipamentos (máquinas, veículos).
Investimentos em estoque: os estoques são constituídos 
pelas matérias-primas que serão utilizadas na produção; 
bens semiacabados que serão utilizados no decorrer do 
processo produtivo; e bens acabados que serão vendidos. 
O investimento em estoque constitui a variação no estoque 
desses itens em poder das empresas. 
3.5 - Custos
São os desembolsos relacionados aos fatores de 
produção (mão de obra, máquinas, materiais, serviços, 
instalações) utilizados na preparação e execução de um 
processo produtivo. Representa a soma dos valores em bens 
ou serviços consumidos e aplicados para obter um bem ou 
serviço. Só há custo quando houver de fato consumo ou 
aplicação (VERGARA, 2014). Isto é, o valor de insumo 
comprado por uma empresa e estocado não é custo, porque 
não houve consumo. Agora, se o insumo comprado for 
utilizado na produção seu valor é aplicado como custo. 
Os custos se diferem dos gastos, pois enquanto o segundo 
se refere a insumos adquiridos, o primeiro faz referência a 
insumos efetivamente utilizados.
3.5.1 - Elementos de custos 
Os custos relacionados com a fabricação dos produtos, 
normalmente são divididos em:
• Matéria-Prima (MP) – relacionam-se com os 
principais materiais integrantes do produto, ou seja, 
materiais que fazem parte da composição direta do 
produto.
• Mão de Obra Direta (MOD) – é o gasto com o 
trabalho humano ligado diretamente às atividades 
de transformação do produto, isto é, o salário dos 
operários que trabalham na confecção do produto.
• Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou Gastos 
Gerais de Fabricação (GGF) – são todos os custos 
relacionados com a fabricação e que não podem ser 
exatamente identificados com as unidades que estão 
sendo produzidas.
3.5.2 - Tipos de custos 
• Custos Diretos ou Indiretos: alocação dos custos no 
que se refere aos produtos fabricados. São chamados 
de custos diretos aqueles que se consegue facilmente 
identificar para quais produtos aquele determinado 
gasto foi realizado. Já os indiretos são os custos 
onde não é possível determinar exatamente quais 
processos de fabricação incorreram naquele gasto, 
de forma que são rateados para serem alocados aos 
produtos. 
• Custos Fixos ou Variáveis: alocação de custos no 
que se refere ao volume de produção realizado. São 
custos fixos aqueles que existem no mesmo valor, 
independentemente, da quantidade produzida, por 
exemplo, aluguel da fábrica. Já os custos variáveis 
são aqueles que variam exatamente na mesma 
proporção que o volume de produção, por exemplo, 
matéria-prima.
9
Engenharia de Custos 8
3.6 - Despesas 
São gastos referentes à administração, ao esforço de 
vendas e aos juros pagos por empréstimos obtidos. As 
despesas são itens que tem como característica representar 
sacrifícios no processo de obtenção de receitas, isto porque as 
empresas têm despesas para obter receita e não para produzir 
os bens que comercializa (LIMEIRA et al., 2015). Assim 
como a comissão do vendedor, que é uma despesa gerada 
pelo ato da produção de receita com venda. 
Um dos maiores problemas para elaboração de 
Demonstrativo de Resultado é a distinção do que são custos 
e do que são despesas. Do ponto de vista didático, todos os 
gastos realizados na fabricação do produto, dentro da fábrica, 
são custos; o resto é despesa. 
A tabela 1 classifica e diferencia os custos das despesas. 
Vejamos a seguir: 
ATENÇÃO
Você irá perceber que um mesmo item parece se repetir em despesas 
e custos, como a mão de obra, aluguel, água, energia, entre outros. 
Isso se deve ao fato de que o mesmo gasto se aplicado à fábrica é 
um custo e se aplicado ao administrativo ou às vendas torna-se uma 
despesa. Por exemplo, mão de obra dos operadores da fábrica é um 
custo e mão de obra de todo setor administrativo é uma despesa. 
Combustíveis se usados no carro dos vendedores externos é uma 
despesa, já quando é usado para funcionamento de alguma máquina 
da produção é um custo. 
Tabela 1 – Despesas x custos. 
DESPESAS CUSTOS 
Despesas com Vendas Materiais
Comissão sobre vendas Compras de matérias-primas
Salário vendedores Compras de materiais secundários
Encargos sociais vendedores Compra de materiais de embalagem
Férias vendedores Fretes e seguros sobre as compras
Décimo terceiro salário 
vendedores Mão de obra
Viagens e estadias vendedores Salário do pessoal da produção
Fretes e Carretos Encargos sociais da produção
Material de embalagem Décimo terceiro salário da produção
Propaganda e publicidade Férias da produção
Despesas Financeiras Gastos Gerais de Fabricação
Descontos concedidos Combustíveis para máquinas
Despesas bancárias Peças de reposição
Juros passivos Serviços de terceiros
Despesas administrativas Aluguel da fábrica
Salário do pessoal do 
administrativo Imposto predial da fábrica
Encargos sociais do 
administrativo Depreciação do maquinário
Décimo terceiro salário 
administrativo Água para o processo produtivo
Férias do administrativo Energia elétrica da fábrica
Pró-labore Material de limpeza da fábrica
Honorários da diretoria Telefones e comunicação da fábrica
Água e esgoto 
Aluguel 
Amortização
Combustíveis 
Depreciação 
Energia elétrica 
Material de expediente 
Material de limpeza
Prêmios e bônus 
Telefones e comunicação
Impostos e taxas
Outras despesas operacionais
Variações monetárias
Despesas eventuais 
Fonte: elaborado pela autora. 
A principal importância de saber diferenciar custos e 
despesas é que, custos são incorporados ao valor/custo dos 
produtos, enquanto que as despesas são levadas diretamente a 
apuração do resultado do exercício (DRE). 
3.7 - Perda 
É o consumo involuntário ou anormal de um bem 
ou serviço decorrente de fatores externos ou da própria 
atividade normal da empresa (LIMEIRA et al., 2015). As 
perdas decorrentes de fatores externos se tornarão despesas, 
enquanto que as de fatores decorrentes da atividade produtiva 
em custos. Por exemplo: incêndios, perda de matéria-prima, 
roubo etc.
4 - Composição do Custo dos 
Produtos Vendidos 
A terminologia Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
refere-se à atividade industrial, para atividade comercial 
chamamos de Custo da Mercadoria Vendida (CMV) e, ainda, 
para prestadoras de serviço são os Custos do Serviço Prestado 
(CSP). Guardadas suas devidas particularidades, todos serão 
calculados da mesma forma. 
O Custo dos Produtos Vendidos é formado, 
essencialmente, por três componentes (VERGARA, 2014):
Materiais: para realizar o cálculo da quantidade utilizada 
de materiais, deve-se somar o estoque de matéria-prima inicial 
às compras que foram feitas no período, posteriormente, 
deduzir deste cálculo o estoque final de matéria-prima, ou 
seja, aquilo que não foi de fato utilizado e, portanto, não se 
materializou em custo. 
Mão de Obra Direta (MOD): é basicamente a soma do 
salário do pessoal da produção aos encargos envolvidos.
10
9
Custos Indiretos de Fabricação (CIF): é a somatória de 
todos os demais custos incorridos na fabricação dos produtos, 
como energia elétrica, água, aluguel, depreciação de máquinas 
e equipamentos, mão de obra indireta, insumos indiretos, 
entre outros. 
Após encontrarmos o valor individual de cada um destes 
itens, devemos somar os três, de forma que encontraremos 
o chamado Custo de Fabricação, isto é, quanto eu gasto para 
fabricar determinada quantidade de um produto específico. 
Porém, não se pode ignorar o fato de que já existem 
produtos em processo, ao longo da linha de produção, ou seja, 
produtos que por algum motivo ainda não foram finalizados e 
se encontram no processo produtivo. Da mesma forma que, ao 
final de determinado período que está sendo analisado, ainda 
permanecerão produtos inacabados ao longo do processo 
produtivo,número que também deverá ser considerado. 
Por isso, deve-se somar, ao Custo de Fabricação, o custo 
referente aos produtos em processo no momento inicial do 
estudo e subtrair o custo dos produtos que ficaram na linha 
de produção no momento final do estudo, de forma que 
encontraremos o Custo dos Produtos Fabricados, ou seja, 
daqueles que foram efetivamente fabricados dentro daquele 
período de tempo que está sendo estudado. 
Assim como os produtos em processo, existem produtos 
prontos que não são necessariamente vendidos ao final da sua 
produção, permanecendo em estoque de produtos acabados. 
Para encontrarmos efetivamente o valor do Custo dos 
Produtos Vendidos, devemos adicionar o estoque inicial de 
produtos acabados e descontar o valor do estoque final de 
produtos acabados no período de tempo em estudo.
O esquema a seguir ilustra o cálculo que deve ser feito, 
bem como a sequência de passos a serem seguidos para 
chegarmos, de fato, no Custo do Produto Vendido. Vejam:
Fonte: elaborado pela autora. 
Exemplos 
Classifique as contas a seguir em Custos ou Despesas. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Elabore o esquema do Custo de Produto Vendido 
Estoque inicial de matéria-prima $ 150
Compras no período $ 350
$ 100
Mão de obra direta $ 110
Custos Indiretos de Fabricação $ 200
Estoque inicial de produtos em processo $ 150
$ 100
Estoque inicial de produtos acabados $ 300
$ 400
Fonte: elaborado pela autora. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Os resultados apresentados a seguir pertencem à indústria 
X e são relativos ao mês de março. 
Estoques 1º março (inicial)
Matéria-prima $ 10.000 $ 8.000
Produto em 
processo $ 6.000 $ 8.000
Produtos acabados $ 6.000 $ 5.000
Fonte: elaborado pela autora. 
Compras $ 10.000
MOD $ 25.000
Energia (CIF) $ 2.000
Água (CIF) $ 3.000
Aluguel da fábrica (CIF) $ 5.000
Depreciação (CIF) $ 1.500
Mão de obra indireta (CIF) $ 2.000
Fonte: elaborado pela autora. 
11
Engenharia de Custos 10
Fonte: elaborado pela autora. 
Retomando a aula
recordar?
1 - Introdução 
Os objetivos iniciais da contabilidade de custos foram 
proporcionar relatórios relativos a custos, com o objetivo de 
mostrar os resultados operacionais da empresa, valorizar os 
estoques e determinar do lucro. Tendo como principal foco 
o controle dos três elementos principais de custo: matéria-
prima, mão de obra e custos indiretos de fabricação.
2 - Contabilidade de Custos, Financeira e Gerencial
A contabilidade de custos produz dados que são utilizados 
na composição das informações da contabilidade financeira, 
que, por sua vez, tem como principal objetivo apurar o 
resultado das operações de uma empresa. Já a contabilidade 
gerencial usa os dados contábeis para beneficiar a tomada de 
decisão empresarial. 
3 - Terminologia contábil para a contabilidade de 
custos 
Bem é um elemento que pode satisfazer uma necessidade 
humana e é suscetível de avaliação de viabilidade econômica. 
Desembolso é o pagamento do gasto. Gasto, por sua vez, 
pode ser um investimento, custo, despesa ou, ainda, uma 
perda. Investimento são gastos que passam a ser classificados 
como ativos da instituição em função da utilidade futura de 
bens ou serviços obtidos.
4 - Composição do Custo dos Produtos Vendidos 
O Custo dos Produtos Vendidos é formado 
essencialmente por três componentes: Materiais, Mão de 
Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação. Após encontrar 
o valor individual de cada um destes itens, devemos somar 
os três, de forma que encontraremos o chamado Custo de 
Fabricação. Depois, devemos somar, ao Custo de Fabricação, 
o custo referente aos produtos em processo no momento 
inicial do estudo e subtrair o custo dos produtos que ficaram 
na linha de produção no momento final do estudo, de forma 
que encontraremos o Custo dos Produtos Fabricados. Por 
fim, devemos adicionar o estoque inicial de produtos acabados 
e descontar o valor do estoque final de produtos acabados 
no período de tempo em estudo para encontrar o Custo dos 
Produtos Vendidos.
5. Exemplos
Exercícios de fixação do conteúdo visto nesta aula, 
envolvendo classificação dos gastos, cálculo do custo do 
produto vendido em diferentes realidades industriais e em 
determinado período de tempo. 
BERBEL, José Divanil Spósito. Introdução à Contabilidade 
e Análise de Custos. São Paulo: Editora STS, 2003.
LIMA, E. B. Contabilidade de Custos. Conselho regional 
de contabilidade do estado do Rio de Janeiro. 2014. 
LIMEIRA, André Luis Fernandes et al. Gestão Contábil 
Financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.
VERGARA, W. R. H. Introdução à contabilidade de Custos. 
Curso de Engenharia de Custos. 2014. Universidade Federal 
da Grande Dourados. 
Vale a pena ler
Custos, despesas e perdas: Qual a diferença? 
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=zEza12vQME8>. Acesso em: 20 de fevereiro de 
2019. 
Vale a pena assistir
Vale a pena
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