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Audição e Equilíbrio

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Audição e Equilíbrio 1
Audição e Equilíbrio 
Created
Livro de Referência
Audição 
→ Sons - vibrações mecânicas que se propagam em materiais gasosos, sólidos e líquidos 
Se movem na forma de ondas sonoras (acústicas)
→ Vibrações são compressões mecânicas e rarefações do ar - moléculas contidas no ar 
(gases) se tornam, alternadamente, mais e menos concentradas
→ Ex: vibração da corda de um violão - quando a corda se desloca em uma direção, 
comprime o ar, enquanto ar sob baixa pressão (rarefação) ocupa a posição inicial 
→ O som só se propaga por meios compressíveis (não há som no vácuo)
→ Frequência - número de ondas sonoras por segundo - medida em Hz (1Hz = 1 ciclo por 
segundo)
Quanto maior a frequência das ondas sonoras, maior é seu tom - “sons agudos”
@August 7, 2022 4:23 PM
Audição e Equilíbrio 2
→ O ser humano é capaz de perceber sons com frequências entre 20 e 20.000 Hz
Sons com frequência mais alto que 20.000 Hz são usados em ultrassonografias - 
visualização de estruturas internas do organismo através do eco
→ As ondas sonoras advindas de uma maior intensidade de pressão do ar têm maior 
amplitude - sentidas pelo sistema auditivo como sons de maior nível de pressão sonora 
(maior volume ou altura)
→ A intensidade do som é medida em decibéis (dB)
Conversação comum - 60dB
Grito - 80dB
Britadeira - 90dB
→ Níveis muito altos de pressão sonora (130dB) tendem a causar dor e morte das células 
ciliadas auditivas
Audição e Equilíbrio 3
→ Vibrações se propagam pelas estruturas do ouvido e vibram células ciliadas que são 
mecanorreceptores 
As vibrações causam potenciais graduados nas células ciliadas, que fazem sinapse com 
neurônios auditivos
Neurônios auditivos transmitem as informações sonoras para a via auditiva até a 
percepção dos sons (audição)
Etapas que levam às vibrações das células ciliadas dispostas sobre a 
membrana basilar:
1. As ondas sonoras chegam à aurícula (orelha), adentram o osso temporal pelo seu poro 
acústico externo e são conduzidas pelo meato (canal) acústico externo para a membrana 
timpânica
2. O som vibra a membrana timpânica (tímpano) para frente e para trás
O movimento da membrana é controlado pela contração do músculo tensor do tímpano, 
inervado pelo nervo trigêmeo
Músculo amortece o ruído da mastigação e limita o movimento da membrana em 
situação de sons muito altos - evita lesões no ouvido interno
3. A membrana timpânica vibra três ossículos localizados no ouvido médio (martelo, 
bigorna e estribo)
As vibrações do estribo advindas de ruídos altos são limitadas pelo músculo estapédio, 
inervado pelo nervo facial - diminui a sensibilidade auditiva e protege a janela oval
Audição e Equilíbrio 4
Músculos tensor do tímpano e estapédio precisam de alguns milissegundos para se 
contraírem - não conseguem proteger o ouvido médio de ruídos altos repentinos
O ouvido médio é preenchido por ar e conectado à nasofaringe pela tuba auditiva 
(trompa de Eustáquio)
Se abre em momentos de deglutição e bocejo - equilibra (equaliza) a pressão do ar 
entre o ouvido médio e o ambiente externo - permite a vibração plena da membrana 
timpânica 
Equalização pode ser prejudicada caso haja inflamação ou infecção - causa dor, 
zumbido e vertigem
4. O estribo vibra a janela oval para a frente e para trás - membrana flexível
5. Atrás da janela oval, o líquido perilinfa é pressionado para a frente e para trás 
6. Vibração atinge estruturas flexíveis no ouvido interno
Dentro do ouvido interno se encontra a cóclea - canal em forma de caracol formado por 
três ductos (também chamados rampas ou escalas) preenchidos por líquido: ductos 
vestibular, timpânico e coclear (médio)
O ducto vestibular se encontra com o timpânico no helicotrema (extremidade da 
cóclea) - ambos compartilham a mesma perilinfa
O ducto timpânico termina na janela redonda, próximo da janela oval - 
membranas flexíveis
Líquidos não sofrem compressão (volume é sempre o mesmo) e as paredes ósseas 
são rígidas - vibração da janela oval movimenta a perilinfa nos ductos 
vestibular e timpânico, e a perilinfa movimenta a janela redonda
Audição e Equilíbrio 5
7. O movimento da perilinfa nos ductos vestibular e timpânico pressiona o ducto 
coclear (se estende ao longo da cóclea e fica entre os ductos vestibular e timpânico 
Dentro do ducto coclear, está a membrana basilar (lâmina basilar), estrutura chave para 
o processo de audição
8. As ondas sonoras causam repetidas movimentações na flexível membrana basilar 
Audição e Equilíbrio 6
Sobre a membrana basilar e o ducto coclear estão as células ciliadas auditivas - 
mecanorreceptores que não são neurônios e possuem estereocílios
Os cílios ficam ligados à membrana tectória, que é inflexível
Células ciliadas fazem a transdução de sinal mecânico em sinal bioelétrico - 
audição 
As ondas sonoras causam vibrações da membrana basilar e das células ciliadas, 
promovendo inclinações (dobramentos) vibratórias dos cílios da celula ciliada
� O conjunto de estruturas que promove a audição é chamado órgão de Corti (órgão 
espiral)
Audição e Equilíbrio 7
Transdução de sinal mecânico em bioelétrico nas células ciliadas
→ A endolinfa presente no ducto coclear é um líquido extracelular com concentração de 
íons K+ excepcionalmente alta
→ Sequência de eventos ocorridos a cada vez que os cílios são inclinados:
1. Abertura de canais iônicos mecanodependentes na célula ciliada
2. Entrada de íons positivos (K+ e Ca++) da endolinfa para dentro da célula ciliada
3. Despolarização da célula ciliada, iniciando um potencial graduado
4. Secreção do neurotransmissor glutamato
5. Ativação do neurônio auditivo aferente pós-sináptico 
6. A inclinação dos estereocílios na direção oposta fecha os canais, causando 
hiperpolarização 
Audição e Equilíbrio 8
Detecção das diferentes intensidades de som (dB)
→ Quanto maior a intensidade (volume) do som, maiores as vibrações da membrana 
basilar e a quantidade de células ciliadas acionadas - maior frequência de potenciais de 
Audição e Equilíbrio 9
ação 
→ No órgão de Coti, há células ciliadas:
1. Externas 
São localizadas mais longe dos neurônios do nervo coclear
São acionadas por sons de menor nível de pressão sonora (volume mais baixo de som)
Conferem maior sensibilidade auditiva e são mais suscetíveis a lesões e perda da 
audição induzida por ruído em relação às células ciliadas internas 
Cada célula recebe sinais de alguns neurônios eferentes por sinapses 
Neurônios eferentes vêm do tronco encefálico e respondem ao som, fazendo 
sinapse inibitória através de acetilcolina - causam hiperpolarização das células 
ciliadas
Essa inibição coclear confere proteção contra lesão acústica e aumenta a 
capacidade de discriminar sons em um ambiente barulhento
2. Internas
Levam informação por sinapses para até 10 neurônios aferentes
O acionamento e a resposta dos neurônios varia com a intensidade do som
As fibras mais sensíveis respondem a qualquer som acima de 0dB (baixo limiar de 
resposta) e são saturadas com intensidades moderadas (~ 40dB)
As fibras menos sensíveis são acionadas com limiares mais altos - resposta aumenta 
gradualmente com intensidades que ultrapassam 100dB
Audição e Equilíbrio 10
Detecção dos diferentes tons/frequências de som (Hz)
→ Sons de alta frequência (agudos) vibram a região mais próxima da parte basal da 
membrana basilar, enquanto sons de baixa frequência (mais graves) vibram a região 
próxima ao helicotrema no ápice da cóclea
Audição e Equilíbrio 11
Via auditiva
→ Os axônios dos neurônios auditivos aferentes formam o ramo coclear do nervo 
vestibulococlear 
Audição e Equilíbrio 12
1. O nervo vestibulococlear passa pelo poro e meato acústico interno do osso temporal
2. O nervo leva as informações aferentes do ouvido para o bulbo
Audição e Equilíbrio 13
3. No bulbo, ocorrem sinapses com neurônios que fazem sinapse no tálamo
Alguns se mantém do mesmo lado e outros decussam para o lado contralateral - tanto a 
parte direita quanto a esquerda dotálamo são acionadas
As informações vindas de um ouvido acionam mais intensamente e rapidamente o 
hemisfério contralateral
4. A partir da tálamo, neurônios conduzem o sinal para a área auditiva primária, no lobo 
temporal - percepção inicial do som
O som detectado por um ouvido aciona a área auditiva primária dos dois hemisférios 
encefálicos - caso haja lesão nessa área em um hemisfério , a área do outro continuará 
recebendo sinais auditivos dos dois ouvidos
Audição e Equilíbrio 14
→ Área de associação auditiva - local onde ocorre uma interpretação primitiva dos sons - 
localizada ao redor da área auditiva primária
A compreensão do significado de um som ocorre na área de Wernick - área de associação
localizada na zona onde convergem os lobos occipital, temporal e parietal - área de 
compreensão e cognição
Fisiopatologia da audição 
→ Surdez de condução - falha na chegada das vibrações sonoras à orelha interna
1. Otite média - inflamação da orelha média e da membrana timpânica
Comum em crianças com infecções na garganta e no nariz
Tuba auditiva é uma rota que liga essas estruturas, sendo mais curta e horizontal em 
crianças 
Pode causar surdez parcial
2. Perfuração da membrana timpânica por traumatismo
Costuma causar surdez temporária - a membrana timpânica se regenera em algumas 
semanas 
Em alguns casos, é necessária a reconstrução cirúrgica (timpanoplastia)
3. Crescimento do tecido ósseo e enrijecimento dos ossículos
→ Surdez sensorioneural - causada nas células ciliadas e demais estruturas da via auditiva
No ser humano, as células ciliadas não são repostas - morte causa surdez
Audição e Equilíbrio 15
Exposição prolongada a ruídos de forte intensidade causa danos nas células ciliadas da 
cóclea e perda auditiva induzida por ruído - surdez parcial ou total
Exposição aguda a ruído de alta intensidade (ex: explosão) pode causar trauma acústico 
e perda auditiva
Presbiacusia - perda auditiva progressiva com a idade - idosos têm mais dificuldade 
em ouvir sons agudos
Danos no nervo coclear e AVC podem causar surdez sensorioneural
A degeneração nervosa da cóclea pode causar tinido (zumbido mesmo na ausência de 
som)
→ Hiperacusia - audição muito sensível
Paralisia no músculo estapédio (responsável por amortecer a movimentação dos 
ossículos) por lesões no ramo do nervo facial que o inerva 
Pode causar fonofobia (intolerância a sons altos)
→ Misofonia (síndrome da sensibilidade seletiva do som) - irritabilidade e pânico em 
resposta a sons específicos 
 → Em muitos casos de surdez, a audição pode ser auxiliada por prótese ou implante 
coclear - amplifica as vibrações dentro da cóclea
Depende dos neurônios auditivos aferentes - funciona quando a surdez não comprometeu 
o nervo coclear
Converte as vibrações mecânicas dos sons em sinais elétricos transmitidos para os 
eletrodos implantados na cóclea, acionando os neurônios auditivos do ramo coclear do 
nervo vestibulococlear 
→ Em crianças pequenas com deficiência auditiva, a ausência de implante coclear e 
insuficiência de estímulos sonoros dos neurônios da via auditiva podem impedir a 
Audição e Equilíbrio 16
plasticidade neuronal e diminuir o desenvolvimento encefálico
Equilíbrio e sistema vestibular 
→ A percepção da posição da cabeça e de movimentos de aceleração ou desaceleração é 
feita através da transdução de sinal por células ciliadas (especiais)
→ O sistema vestibular (vestíbulo e três canais semicirculares) é localizado dentro do osso 
temporal
No vestíbulo há uma alta densidade de células (máculas) ciliadas no sáculo e utrículo
Os cílios ficam em contato com a membrana otolítica
→ No utrículo, a mácula é horizontal, e no sáculo aproximadamente vertical
A mácula sacular detecta melhor os movimentos verticais (ex: deslocamento de um 
elevador)
→ Movimentos lineares com a cabeça deslocam a membrana otolítica - inclina os cílios das 
células ciliadas, promovendo a abertura ou fechamento de canais iônicos (despolarização ou 
hiperpolarização) - potencial graduado e liberação de neurotransmissor
Audição e Equilíbrio 17
Equilíbrio dinâmico - reflexos motores involuntários que permitem que seja mantida a 
posição do corpo e da cabeça em resposta a movimentos súbitos
→ Quando a cabeça é inclinada para o lado direito, as células ciliadas do sistema vestibular 
de um lado da cabeça sofrem despolarização enquanto as do outro sofrem 
hiperpolarização
Equilíbrio estático - ajuste da posição da cabeça por conta das inclinações das células 
ciliadas advindas da gravidade
→ Ampola - região dilatada nos canais semicirculares
Crista ampular contém células ciliadas - cílios são envolvidos por uma estrutura flexível 
chamada cúpula
Audição e Equilíbrio 18
→ Movimentos rotatórios de aceleração ou desaceleração com a cabeça deslocam os 
canais semicirculares - o líquido da endolinfa não acompanha o movimento (por inércia), 
fazendo com que a cúpula e os cílios das células ciliadas sofram inclinação 
→ Se um movimento rotatório persistir por alguns segundos, a endolinfa passa a acompanhar 
cada vez mais a velocidade da rotação contínua da cabeça - atrito com as paredes do canal 
semicircular
Audição e Equilíbrio 19
Se a rotação contínua for interrompida abruptamente, a endolinfa contínua se 
movimentando por inércia e aciona as células ciliadas
Via vestibular
1. As células ciliadas fazem sinapse com neurônios vestibulares aferentes - axônios formam 
o ramo vestibular do nervo vestibulococlear
2. O nervo vai para o bulbo, onde faz sinapses com neurônios que fazem sinapses no 
tálamo e em outras áreas - integração com informações visuais e somáticas
3. Neurônios decussam para o lado contralateral, ativando esse lado do tálamo
4. A partir do tálamo, neurônios conduzem o sinal para a área vestibular primária, no lobo 
parietal
Audição e Equilíbrio 20
Fisiopatologia do sistema vestibular
→ O sistema vestibular leva informações para centros motores que, através de reflexos, 
promovem contrações involuntárias dos músculos do pescoço, membros e tronco - via 
tratos vestibulospinais
Mantêm a postura do corpo e dos músculos dos olhos - manter o foco no campo visual
→Nistagmo fisiológico - reflexo dos olhos que ocorre quando a cabeça é girada 
→ Principais doenças/condições do sistema vestibular:
1. Nistagmo patológico - reflexo com movimentos que ocorrem com a cabeça parada - 
pode advir de problemas no equilíbrio 
Náusea, vertigem e perda do equilíbrio
2. Cinetose (enjoo do movimento) - quando informações sensoriais diferentes e 
discrepantes chegam ao encéfalo
Sensação de enjoo ou náusea
Pode ocorrer quando se movimenta o corpo de forma não habitual 
Ex: viagem de barco - o sistema visual envia a informação ao encéfalo de que o 
corpo está parado em relação ao barco, porém o sistema vestibular envia a 
informação de que o corpo está se movimentando
Audição e Equilíbrio 21
3. Labirintite - inflamação ou infecção dos labirintos que ficam dentro do sistema 
vestibular
Desordem no equilíbrio 
Tontura, vertigem, náusea, êmese (vômito), zumbido no ouvido e perda auditiva

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