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como funciona o sistema limbico

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Anatomia 
1. Descrever as regiões anatômicas responsáveis pelas 
emoções e comportamento adequado. Identificar as 
conexões existentes entre os elementos responsáveis pela 
emoção. 
Introdução 
As emoções são sentimentos subjetivos que provocam 
manifestações fisiológicas graças ao SNA e comportamentais 
graças ao SN somático. Uma manifestação fisiológica é o “frio 
na barriga” que o medo provoca, já uma manifestação 
comportamental é o ato de chorar que a tristeza provoca. 
As emoções provocam reações do SNA pois existem vias 
eferentes que se encaminham para o tronco, especialmente 
para a formação reticular do mesencéfalo. 
Componentes da emoção 
As manifestações estão intimamente relacionadas com o tipo 
de emoção que as provocou. É extremamente importante 
compreender o componente central subjetivo da emoção e 
o componente periférico comportamental. Para diferenciar 
eles, basta imaginar um ator simulando que está triste. Ele 
não tem um componente central subjetivo pois está 
simulando aquela emoção, porém consegue imitar o 
componente periférico comportamental fazendo uma 
expressão facial de tristeza e até mesmo chorando. 
Tipos de emoção 
As emoções são estímulos sensoriais que podem ser 
positivas quando são agradáveis (como a alegria, o bem-estar 
e o prazer) ou negativas quando são desagradáveis (como 
o medo, a tristeza e o nojo). 
Sistema Límbico 
Esse sistema se relaciona às emoções e à memória. Além 
disso, o sistema límbico tem importante controle sobre o 
SNA, aí se entende o porquê de as emoções provocarem 
manifestações fisiológicas. 
Circuito de Papez 
Na face medial de cada hemisfério cerebral existe um anel 
formado pelo giro do cíngulo, giro parahipocampal e 
hipocampo, esse anel recebe o nome de Lobo Límbico. 
Depois de muitos estudos, percebeu-se que que o lobo 
límbico atua junto de outras estruturas do SNC, e que juntos 
eles constituem um circuito fechado chamado de Circuito de 
Papez. 
O Circuito de Papez envolve o hipocampo, fórnix, corpo 
mamilar, trato mamilotalâmico, núcleos anteriores do tálamo, 
cápsula interna e lobo límbico (giro do cíngulo, giro 
parahipocampal e hipocampo, em sequência) 
*Hipocampo aparece duas vezes para que o circuito se feche. 
-Hipocampo 
-Fórnix 
-Corpo Mamilar 
Circuito de Papez -Trato mamilotalâmico 
-Núcleos anteriores do tálamo 
-Cápsula Interna -Giro do cíngulo 
-Lobo Límbico -Giro parahipocampal 
-Hipocampo 
O Circuito, associado à amigdala e à área septal formam o 
Sistema Límbico. O Sistema Límbico é o sistema 
responsável pelas emoções e pela memória. Com exceção 
da parte anterior do giro do cíngulo, todo o Circuito de Papez 
está envolvido com a memória apenas, não com as 
emoções. O restante do Sistema Límbico se relaciona com 
as emoções, sendo que a amigdala é considerada a estrutura 
central do Sistema. 
Com base nisso, se divide o sistema límbico em duas porções 
seguindo suas funções, uma porção relacionada às emoções 
e outra relacionada à memória (será descrita na outra 
questão). A porção relacionada às emoções envolve o 
córtex cingular anterior, córtex insular anterior, córtex pré-
frontal orbitofrontal, hipotálamo, área septal, núcleo 
Accumbens, habênula e amígdala. 
Córtex Cingular Anterior 
Sendo a parte anterior do córtex do giro do cíngulo, é a 
única parte desse giro relacionada ao processamento de 
emoções. Quando resgatamos a lembrança de alguma 
emoção que já vivemos, esse córtex é ativado. Em pacientes 
com depressão crônica há uma atrofia desse córtex. 
Córtex Insular Anterior 
A parte anterior da ínsula, separada da posterior pelo sulco 
central da ínsula, apresenta um córtex de associação 
importante que se relaciona à empatia (se sensibilizar com o 
estado emocional de outras pessoas), conhecimento da 
própria fisionomia, sensação de nojo e percepção dos 
componentes subjetivos das emoções, o que permite ao 
indivíduo realmente sentir as emoções. 
*Pela relação com a empatia, 
existem estudos que 
relacionam lesões insulares à 
psicopatia 
Córtex Pré-frontal Orbitofrontal 
Essa área terciária se conecta com o corpo estriado e núcleo 
dorsomedial do tálamo formando um circuito. Essa é a área 
ventral do lobo frontal e ela engloba os giros orbitários 
Esta área está envolvida 
com a supressão de 
comportamentos 
socialmente indesejáveis 
além da manutenção da 
atenção. Lesões nessa 
área fazem com que o 
paciente deixe de reagir 
a diversas situações. 
Hipotálamo 
É a estrutura responsável por regular os processos 
emocionais, como a raiva e o medo. É a principal estrutura 
na coordenação das manifestações periféricas das emoções 
graças as suas conexões com o SNA. 
Área Septal 
Localizada logo abaixo da parte mais anterior do corpo 
caloso, é anterior à lâmina terminal e à comissura anterior. 
Essa área abriga os núcleos septais e ela se conecta com 
várias estruturas, como a amígdala, hipocampo, tálamo, giro 
do cíngulo, hipotálamo e formação reticular. 
Ela ainda recebe fibras da área tegmentar ventral, o que 
torna ela parte do sistema de recompensa/ prazer do 
cérebro. Essa área é importante para o direcionamento da 
raiva e ela pode alterar a PA e o ritmo respiratório também. 
Núcleo Accumbens 
Localizado entre o núcleo caudado e putâmen, recebe fibras 
da área tegmentar ventral do mesencéfalo e envia fibras 
para a parte orbitofrontal da área pré-frontal. Ele é a principal 
estrutura do sistema de recompensa/ prazer do cérebro. 
Habênula 
Se encontra no trígono das habênulas do epitálamo, lateral à 
pineal. Ela é formada pelos núcleos habenulares, sendo que 
o núcleo medial recebe fibras dos núcleos septais (por meio 
da estria medular do tálamo) e envia fibras para o 
mesencéfalo e para as estruturas do sistema de recompensa 
do cérebro. Além disso, ela se conecta com os núcleos da 
Rafe. 
Todas essas conexões tornam a habênula responsável por 
regular os níveis de dopamina (ela inibe neurônios e diminui 
os níveis quando necessário) nos neurônios do sistema de 
recompensa do cérebro. Essa estrutura está muito 
relacionada com o sentimento de frustração/ não-
recompensa. 
Amígdala 
Ou corpo/ complexo amigdaloide, é o componente mais 
importante do sistema límbico. Ela abriga 12 núcleos divididos 
em 3 grupos, corticomedial, basolateral e central. O 
corticomedial tem conexões olfatórias e se relaciona a 
comportamentos sexuais, o basolateral é o que recebe a 
.
maior parte das vias aferentes e do central partem todas as 
eferentes. A amigdala se conecta com todas as áreas de 
associação secundárias do cérebro, se conecta com o 
hipotálamo, tálamo, área septal e núcleo do trato solitário. Por 
meio de suas vias eferentes a amígdala consegue enviar 
comandos para o tronco encefálico, o que dá a ela o 
comando de funções viscerais importantes. 
Funções da Amígdala 
A amigada é a principal estrutura no processamento de 
emoções e desencadeamento dos comportamentos 
emocionais. Ela produz as reações de fuga, defesa e 
agressão. Tem importante papel em comportamentos 
sexuais, no reconhecimento de expressões faciais de medo 
e alegria, e sua principal função é o processamento do medo. 
O medo é a reação de alerta frente um perigo. Ele envolve 
uma ativação simpática e vai preparar o organismo para fuga 
ou enfrentamento do perigo. A associação de um som ou 
uma imagem com um perigo é feita na amigdala e a resposta 
a esse perigo também parte dela. 
Sistema de Recompensa 
As áreas que quando são estimuladas causam prazer 
compreendem o sistema de recompensa, também chamado 
de sistema dopaminérgico mesolímbico. Esse sistema 
compreende neurônios da área tegmentar ventral do 
mesencéfalo, feixe prosencefálico medial, área septal, núcleo 
Accumbens, e córtex pré-frontal orbitofrontal. 
Esse sistema presenteia o indivíduo com a sensação de 
prazer quando ele realiza um comportamento importante 
para sobrevivência ou vive alguma situação de alegria, vitória, 
conquistas, etc. Drogas como a heroína e o crack estimulam 
esse sistema, por isso dão prazer. Como a estimulação é 
exagerada, os neurôniosvão perdendo a sensibilidade e aí 
surge a dependência, pois será preciso doses cada vez mais 
altas para provocar prazer. 
2. Definir memória e descrever seus tipos e regiões 
anatômicas relacionadas à cada tipo de memória. 
Memória 
A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e evocar 
informações. Adquirimos informações pelo aprendizado e 
evocamos elas pelas lembranças. O conjunto de memórias é 
um importante determinante da personalidade de cada um. 
Existem vários critérios para definir os tipos de memória, 
sendo que o mais importante é com relação a natureza da 
memória. Existe a memória declarativa onde se tem um 
conhecimento que pode ser descrito em palavras, e a 
memória de procedimento em que não é possível descrever 
a informação de maneira consciente. Um subtipo de 
memória de procedimento é a memória motora, que é a 
memória relacionada ao aprendizado da sequência de 
movimentos que permitem que realizemos determinadas 
atividades, como nadar. 
As áreas cerebrais relacionadas à memória declarativa 
pertencem tanto ao telencéfalo quanto ao diencéfalo. As 
áreas das duas porções são unidas pelo fórnix, que une o 
hipocampo com o corpo mamilar do hipotálamo. 
*Na porção medial do lobo temporal percebe-se o hipocampo, 
giro denteado, córtex entorrinal e córtex parahipocampal. 
Os principais subtipos da memória declarativa, que são 
definidos segundo o tempo que a memória permanece 
armazenada, são a memória operacional, memória de curta 
duração e memória de longa duração. 
Memória Operacional 
É a memória que retém informações por segundos ou 
minutos apenas para dar sequência a uma linha de raciocínio, 
responder uma pergunta, memorizar uma frase para 
compreender a frase seguinte e também memorizar um 
número de telefone apenas durante o tempo necessário 
para discar ele. 
Esse tipo de memória é organizado pelo córtex pré-frontal, 
o qual seleciona qual informação deve ser armazenada e qual 
não. Esse córtex tem acesso às áreas onde estão 
armazenadas as memórias de curta duração e longa duração. 
Esse acesso é importante para ele identificar se a informação 
já foi armazenada alguma vez ou não e se ela é relevante 
ao ponto de ser armazenada. Com isso, conclui-se que o 
córtex pré-frontal é um gerenciador de memórias que 
determina o que deve ser guardado e o que pode ser 
esquecido. 
*O Alzheimer começa com déficits de memória operacional 
Memórias de Curta e Longa Duração 
A memória de curta duração permite guardar informações 
por horas (de 3 a 6 geralmente) até que sejam armazenadas 
na forma mais duradoura em áreas de memória de longa 
duração. 
.
O tempo que a memória de curta duração fica guardada é 
o tempo que leva para se consolidar a memória de longa 
duração, a qual é dependente de mecanismos complexos 
que levam horas para acontecerem. 
Com isso, percebe-se que a memória de curta duração que 
exige mecanismos simples para ser processada é importante 
para manter a memória viva enquanto se processa a 
memória de longa duração para o armazenamento. 
Hipocampo 
É uma eminência alongada e curva que se encontra no 
assoalho do corno inferior do ventrículo lateral, logo acima 
do giro parahipocampal. O hipocampo recebe vias aferentes 
pelo córtex entorrinal e envia vias eferentes aos corpos 
mamilares do hipotálamo pelo fórnix. O hipocampo ainda 
recebe fibras da amigdala, núcleo Accumbens e área 
tegmentar ventral. 
O hipocampo é responsável por reter informações que 
formam a memória recente para consolidar a memória de 
longa duração e a armazena no córtex cerebral de acordo 
com seu conteúdo. O grau de consolidação pelo hipocampo 
é regulado pela amígdala. Quando a memória é associada a 
um momento de grande 
impacto emocional, a 
consolidação é maior. 
*Note que a memória de 
longa duração NÃO é 
armazenada no hipocampo, 
por isso quando ele é 
removido cirurgicamente ela 
não é perdida. 
Além disso, o hipocampo ainda é responsável por armazenar 
a memória espacial, que nos permite nos localizar em locais 
que já passamos e ainda criar rotas para lugares que já 
conhecemos. Esse tipo de memória é como um mapa. 
*Como no Alzheimer tem um grande comprometimento do 
hipocampo o paciente geralmente perde sua orientação espacial 
Giro Denteado 
É o giro que fica entre o córtex entorrinal e o hipocampo, 
que é contínuo lateralmente com esse giro. Ao se conectar 
com o córtex entorrinal e o hipocampo, constitui a formação 
do hipocampo. Esse giro dá a dimensão temporal das 
memórias. 
Córtex Entorrinal 
Anterior ao giro parahipocampal, recebe fibras do fórnix e 
envia fibras ao giro denteado que está ligado ao hipocampo. 
A função desse córtex é atuar como uma porta de entrada 
para o hipocampo pois as conexões que o hipocampo faz 
são, em sua maioria, intermediadas por esse córtex. Com 
isso, lesões nesse córtex resultam em déficit de memória e 
ele geralmente é a primeira área afetada pelo Alzheimer. 
Córtex Parahipocampal 
Sendo contínuo com o córtex cingular posterior, se encontra 
posteriormente no giro parahipocampal. Esse córtex participa 
da formação de memórias visuais de locais novos. O 
armazenamento dessas memórias é feito em outro local. 
Córtex Cingular Posterior 
É o local que recebe fibras dos núcleos anteriores do tálamo, 
os quais recebem fibras, através do trato mamilotalâmico, do 
corpo mamilar, o que permite a integração do circuito de 
Papez. Esse córtex participa da evocação e armazenamento 
da memória topográfica. Lesões no cíngulo e nos núcleos 
anteriores do tálamo causam amnésia, além disso, lesões no 
cíngulo causam desorientação e esquecimento de caminhos 
já aprendidos. 
.
Área Pré-frontal Dorsolateral 
É a área integrada com o corpo estriado, sua função é 
planejar e executar estratégias comportamentais diante de 
cada situação física e social que o indivíduo se encontra. Essa 
área ainda permite avaliar as consequências de ações, o que 
torna possível planejar e organizar ações e soluções de 
problemas. Essa área ainda é responsável pela memória 
operacional 
Áreas de Associação do Neocórtex 
Nessas áreas são armazenadas as memórias de longa 
duração. Estão incluídas aqui áreas secundárias sensitivas e 
motoras, além de áreas supramodais. Diferentes tipos de 
informações são armazenados em diferentes áreas de 
associação. 
Áreas do Diencéfalo Relacionadas à 
Memória 
As estruturas do diencéfalo que se relacionam com a 
memória são os corpos mamilares do hipotálamo que 
recebem, por intermédio do fórnix, fibras dos córtex 
entorrinal e do hipocampo. Através do trato mamilotalâmico 
projetam fibras ao tálamo que se projeta para o córtex 
cingular posterior. Todas essas estruturas constituem o 
circuito de Papez. 
Formação das Memórias 
As memórias se formam a partir de sinapses. As memórias 
operacionais se formam a partir de uma excitação de 
dendritos presentes na área pré-frontal que não dura muito 
tempo. Nas memórias de longa duração acontecem várias 
reações bioquímicas e cascatas de segundos mensageiros 
que no final ativam genes que permitem a transcrição de 
proteínas que serão usadas para formação de novas 
sinapses. Com o tempo o número das sinapses pode 
diminuir, o que caracteriza o esquecimento. 
Inserções do Cenário 
No cenário serão abordadas áreas do SNC relacionadas à 
emoção e à memória. Essas áreas geram estímulos 
sensoriais e percorrem 3 estações. 
Primeira Estação 
As emoções percorrem um circuito de 3 estações, a 
primeira estação envolve áreas terciárias (como a área pré-
frontal), límbicas e secundárias (são as áreas responsáveis 
pelos sentidos, como a área da visão, da audição, etc.) 
sensitivas, essa estação se conecta com a segunda por 
conexões extrínsecas aferentes. 
*A primeira estação é responsável por gerar e armazenar informações 
Segunda Estação (Circuito de Papez) 
A segunda estação compreende o circuito de Papez, 
somente voltado a emoções, que possui uma conexão 
intrínseca entre seus componentes. A segunda estação se 
conecta com a terceira por uma conexão extrínseca 
eferente. 
A informaçãochega da estação 1 no giro parahipocampal, 
segue para o hipocampo e, por meio do fórnix, chega no 
corpo mamilar. A partir dele, graças ao fascículo 
mamilotalâmico, a informação chega no núcleo anterior do 
tálamo, de onde segue pela cápsula interna até o giro do 
cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo novamente. 
*O olfato é transmitido do uncus para o giro parahipocampal 
Conexões Extrínsecas Eferentes 
Existem 4 conexões extrínsecas eferentes: 
O feixe prosencefálico medial começa na área septal, passa 
pelo hipotálamo e termina na formação reticular. O fascículo 
mamilo-tegmentar segue do corpo mamilar até a formação 
reticular a nível de tegmento. O fascículo retroflexo leva 
informações do trígono das habênulas até o núcleo 
interpeduncular e, em seguida, até a formação reticular. A 
estria medular do tálamo começa na área septal, ascende 
para a área mais superior do tálamo e termina no epitálamo, 
especificamente nos núcleos habenulares. 
.
Terceira Estação 
Por fim, a terceira estação é a formação reticular presente 
principalmente no mesencéfalo, que é importante para a 
expressão das emoções. Essa efetuação acontece porque o 
trato corticoespinal passa pelo tronco, com isso a formação 
reticular envia fibras para ele para conseguir expressar as 
emoções. Além disso, no tronco existem os núcleos dos 
nervos cranianos e importantes centros vitais do organismo, 
com isso, a formação reticular consegue estimular essas 
estruturas e expressar as emoções. A terceira estação ainda 
compreende a área septal, hipotálamo, tálamo e epitálamo 
*A conexão extrínseca eferente é uma via de mão dupla, pois além de 
receber sinais da segunda estação ainda envia sinais para ela (essa via de 
feedback é chamada de via mesolímbica) 
Componentes das Emoções 
As emoções possuem um componente central (envolve 
estações 1 e 2) e um componente periférico (envolve 
estação 3). O componente central é responsável por gerar 
a informação sensorial subjetiva das emoções e 
comportamentos, já o componente periférico é importante 
para expressar as emoções tanto na musculatura da face 
quanto das vísceras. 
As manifestações fisiológicas são mediadas pelo SNA, que, 
por ter centros de controle no hipotálamo, será estimulado 
diante de determinadas emoções. Como ele controla 
glândulas, músculo liso e músculo cardíaco, teremos diversas 
manifestações fisiológicas provocadas por emoções, como a 
taquicardia e o frio na barriga. 
Além dos centros de controle do SNA, existem áreas 
motivacionais no hipotálamo, como os centros de controle 
da sede, medo, fome, sono e sexo. Essas áreas serão 
estimuladas diante de determinadas emoções. 
Áreas encefálicas relacionadas às emoções 
Tendo conhecimento dos componentes das emoções, é 
importante conhecer agora as áreas encefálicas relacionadas 
às emoções, que são a área pré-frontal, tálamo, hipotálamo, 
tronco encefálico e o sistema límbico. 
A área pré-frontal é o local de armazenamento de 
lembranças, isto é, da memória remota. Quando lembramos 
de algo, essa memória parte da primeira estação onde está 
armazenada e se encaminha para a segunda estação onde 
temos consciência dela e sentimos ela. Quando a lembrança 
é emocionante, ela parte da segunda estação para a terceira 
estação, onde provoca manifestações fisiológicas. 
A área pré-frontal é uma área terciário que representa o 
local da gênese das emoções, também é área da 
concentração, aprendizado, memorização e controle de 
comportamentos. Quanto ao tálamo, somente seu núcleo 
anterior se relaciona as emoções, e ele é responsável por 
controlar o componente emocional. Quanto ao hipotálamo, 
suas estruturas relacionadas às emoções são os núcleos das 
paredes laterais (os núcleos das paredes mediais são aqueles 
relacionados ao SNA e às áreas motivacionais) e o corpo 
mamilar. 
Quanto ao tronco encefálico, para entender suas funções 
relacionadas às emoções deve-se lembrar que ele é o local 
onde se encontram os núcleos dos nervos cranianos, o 
centro respiratório e vasomotor. Por isso, ele exerce 
importante influência na expressão das emoções. 
Componentes do s. límbico 
Os componentes corticais são o giro do cíngulo, giro 
parahipocampal e o hipocampo. Os componentes 
subcorticais são o corpo amigdaloide, área septal, núcleos 
mamilares, núcleos anteriores do tálamo e núcleos 
habenulares. 
Memória 
Memória recente é mantida por pouco tempo no 
hipocampo, quando ele é lesado o paciente apresenta 
amnésia anterógrada. A memória remota retém informações 
por mais tempo em áreas de associação terciárias, quando 
lesadas provocam amnésia retrógrada. 
Lesões no s. límbico 
As lesões no s. límbico provocam agressividade, agnosia 
visual, hiperatividade sexual, alterações nos comportamentos 
alimentares, medo, raiva, depressão, ansiedade e amnésia.

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