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O desafio da inclusão da criança autista na educação infantil INTRODUÇÃO Este trabalho teve início como proposta de pesquisa para término do Curso de Pedagogia, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, e tem como objetivo compreender como ocorre o processo de ensino aprendizagem da criança com autismo na educação infantil, de forma a ajudar os docentes a identificar o transtorno, e assim adotar as providências e medidas pedagógicas, em especial Applied Behavior Analysis (ABAS) análise do comportamento aplicada e Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children (TEACCH) em português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação, necessárias para superação das dificuldades próprias da síndrome. Uma das integrantes do grupo tem um filho que apresenta a patologia, e trouxe um importante e minucioso relato das dificuldades enfrentadas pela criança e por ela própria no processo de educação/aprendizagem da criança. Segundo Kaplan (1997), os transtornos invasivos do desenvolvimento são condições psiquiátricas nas quais as habilidades sociais, o desenvolvimento da linguagem e os aspectos comportamentais esperados não se desenvolvem de forma esperada ou são perdidos no início da infância. São afetadas várias áreas do desenvolvimento e de forma precoce e persistente (PORTAL EDUCAÇÃO, pág. 4). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. O autismo é classificado como um dos “Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)”, é descrito como um espectro, pois as características variam do leve a severo, comprometendo o desenvolvimento normal do indivíduo, afetando a interação social, a comunicação e o comportamento. Essa dificuldade faz com que as crianças com autismo, apresente limitações em todo o processo de ensino aprendizagem. (SILVA, NÓBREGA, 2021) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) apresenta um conjunto de características específicas que afetam o desenvolvimento de diversas maneiras, causando comprometimentos sobretudo na área de habilidades sociais. Os indivíduos com autismo geralmente apresentam padrões restritos de atividades, interesses limitados e comportamentos estereotipados (GONÇALVES et al, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Entendemos que a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais é um desafio no contexto da educação que vivemos, desafio que tem início no correto diagnóstico da patologia, o que nem sempre é fácil ao docente que não dispõe de um laudo médico. Muitas vezes, a doença não é percebida sequer pela família, e quando a criança chega à sala de aula, o docente se vê às voltas com uma criança com dificuldades de aprendizado e relacionamento, e nem sempre dispõe de informações acerca do autismo. A demora na identificação da natureza do problema acaba por gerar transtornos à crianças, que obviamente, não consegue acompanhar os colegas de classe, aumentando o isolamento. A partir do levantamento bibliográfico efetuado, nos deparamos com a dificuldade de definir o objeto da pesquisa, pois o autismo é uma síndrome complexa, sem definição clara na literatura médica. Para fins deste trabalho adotaremos a definição firmada na década de 1970, de Michael Rutter baseada em 4 critérios: (1) atraso e desvio sociais não só em função de retardo mental; (2) problemas de comunicação não só em função de retardo mental, (3) comportamentos incomuns e (4) início antes dos 30 meses de idade. (RUTTER, 1978). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome do autor, deve ser da mesma forma em todo o trabalho. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. A legislação brasileira garante a toda criança o direito à educação, prevendo sua inclusão e permanência na rede regular de ensino, ressaltando-se que houve um aumento expressivo de alunos com o Transtorno de Espectro Autista (TcEA) nas escolas. A inclusão é um processo complexo e demorado, não bastando que a escola se organize apenas na estrutura física, faz-se necessário adaptações na metodologia específica, na didática, na pedagógica, no currículo, além de formar e capacitar os docentes e os profissionais de apoio na educação especial. Colocar a criança autista na sala de aula sem um apoio específico não garante inclusão. Após o aluno estar incluído na escola, cabe ao educador fazer a primeira identificação precoce na criança de algo que não está dentro da normalidade, uma conduta essencial para a intensificação à comunicação, interação social da criança no ambiente escolar e na sociedade. (SILVA; NÓBREGA, 2021) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Para Mantoan (2003), a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anulando e marginalizando as diferenças nos processos pelos quais forma e instrui os alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica ser capaz de expressar, de variados modos, o que sabemos, implica representar o mundo a partir de nossas origens de nossos valores e sentimentos (MANTOAN, 2003, p. 12). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. A vida escolar é de grande importância na vida das pessoas e todos tem direito de participar do mundo escolar, pois é na escola que se conhece os primeiros amigos, tem a primeira professora, é na escola que as crianças aprendem a socializar, trabalhar em grupo, e aprender diferenças de cada um. (BRITO, 2015). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. É grande desafio tanto para o profissional da educação, o processo de escolarização do educando com autismo, pois a falta de conhecimento da síndrome e de metodologias adequadas para o ensino deste aluno tem feito com que a aprendizagem prejudicada, havendo uma lacuna no processo de ensino aprendizagem da criança com autismo pela falta de conhecimento de métodos específicos que o professor poderia colocar em prática, mediando e apoiando a aprendizagem desse aluno autista. (OLIVEIRA; BARBOSA, 2018). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O método TEACCH tem como seu fundamento no estudo e experiência do Programa Estadual para Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Deficiências relacionadas à Comunicação, sendo que a TEACCH busca viabilizar o atendimento às necessidades que ocorrem no dia a dia dos autistas para proporcionando qualidade de vida (UCHÔA, 2015). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. O método tem como premissa de além de auxiliar professores, auxiliar os pais e responsáveis. É importante salientar que os pais sempre deverão estar presentes nesses processos, pois devem organizar o espaço em casa, fazendo com que a criança se sinta melhor e segura, e sendo a criança autista o processo deve ser de forma lenta e adaptativa (UCHÔA, 2015). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Este trabalho adotou o modelo pesquisa bibliográfica que se define pela busca de materiais disponíveis na literatura já produzida, buscando respostas para a questão problema do projeto: como os docentes podem identificar o autismo de forma precoce e a partir daí, dar o direcionamento necessário para atendimento específico à criança portadora da patologia. Segundo Gil (1995) esse modelo de pesquisa abrange: definição de objetivos, estruturação do projeto, organização das fontes que serão pesquisadas, leitura e apropriação de material específico, categorização de tópicos, elaboração de fichas didáticas e a escrita do trabalho. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Em breves linhas, pretendemos mostrar como o docente pode identificara patologia e como existem metodologias modernas que podem ser usadas de modo a incluir a criança autista, tornando efetivo o direito à educação garantido a ela, na Constituição e legislação extravagante. Entendemos que o trabalho se justifica pela importância do tema em si, e pela nossa intenção de, de alguma maneira e em alguma medida, auxiliar os docentes na difícil tarefa de identificar precocemente, uma criança portadora de autismo. JUSTIFICATIVA Uma educação efetivamente inclusiva é a meta da Política Educacional nacionalmente organizada. A importância dessa pesquisa reside justamente, na vontade de colaborar no processo de inclusão da criança autista na educação infantil de forma a proporcionar-lhe um ensino exitoso, mostrando características da patologia e metodologias aptas a atender o autista de forma satisfatória. O transtorno do espectro do autismo (TEA) tem se tornado um problema de saúde pública, com grande impacto familiar, social e econômico (MAIA, et al, 2018). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. O primeiro passo é identificar o mais cedo possível que a criança é autista. O papel do professor da pré-escola é fundamental. A partir do diagnóstico precoce, é preciso iniciar uma estratégia educacional para superar as dificuldades da criança, de forma que ela consiga se relacionar com as outras pessoas e, assim, possa aprender (MACIEL; FILHO, 2009). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O docente tem papel importantíssimo na inclusão efetiva da criança autista, de modo a proporcionar-lhe uma educação de qualidade, que lhe permita integrar-se à sociedade e ter uma vida produtiva e feliz. Para tal mister, é fundamental que o docente esteja atento às características comportamentais da criança, pois é muito comum a inexistência de laudo médico com diagnóstico precoce da patologia. Casos de autismo menos severos são confundidos com falta de interesse, de atenção, preguiça. As características precisam ser avaliadas pelo educador para seu conhecimento, tornando-se essencial para entender que tipo de síndrome a criança apresenta, sobretudo se não há laudo médico. Ao desconfiar da presença de autismo, deve o docente encaminhar a criança a profissional habilitado a avaliar e medir o grau da patologia. Após identificar o tipo de síndrome, caberá ao docente usar metodologias pedagógicas apropriadas àquela criança, com afeto, que é uma ferramenta pedagógica essencial para o professor encontrar recursos para trabalhar as dificuldades do aluno, que podem ser vários. (SILVA; NÓBREGA, 2021). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Para Rivière (1984) : Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. “Esta tarefa educativa é provavelmente a experiência mais comovedora e radical que pode ter o professor, pois põe à prova, mais do que nenhuma outra, os recursos e as habilidades do educador. Como ajudar aos autistas a aproximarem-se de um mundo de significados e de relações humanas significativas? Que meios empregar para ajudá-los a comunicarem-se, atrair sua atenção e interesse pelo mundo das pessoas, retirá-los do seu mundo ritualizado, inflexível e fechado em si mesmo?” (RIVIÈRE, 1984). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Embora esteja havendo maior investimento nas políticas públicas no sentido de proporcionar o avanço às práticas inclusivas, materiais e capacitação para educadores e profissionais envolvidos no processo de inclusão de alunos com deficiências no ensino comum, nota-se na literatura, que os docentes têm pouco domínio e conhecimento sobre o TEA, suas características e dificuldades e, sobretudo, sobre as práticas necessárias e mais apropriadas para lidar com crianças autistas. A falta de conhecimento e principalmente de cunho prático está na base das dificuldades e desafios encontrados no trabalho diário com essas crianças. Quando o uso de práticas adequadas e eficazes ocorrem, são atribuídas ao acaso ou executadas por tentativa e erro, e não pelo entendimento daquilo que tem sido demonstrado eficaz. (CAMARGO et al 2020). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Apesar de a criança autista apresentar dificuldades, leves, médias ou severas, para seu desenvolvimento cognitivo, comportamental, social, ao tentar interagir com a sociedade em geral, principalmente em sala de aula com crianças “ditas normais” é, preciso incluí-las dentro do contexto geral da escola respeitando suas especificidades para que ela possa aprender e participar, incluída e não somente integrada. De acordo com as pesquisas a criança autista não está incluída e sim integrada, pois falta a escola de um modo geral, professores, pedagogos, gestores, coordenadores, funcionários, abraçarem a causa da criança autista, assim como toda criança com alguma especificidade, dando-lhe oportunidades como um sujeito de direitos (OLIVEIRA; BARBOSA, 2018). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O professor precisa ir além de ser um transmissor de conhecimento, na escola o aluno deficiente ou não deverá vivenciar experiências significativas para o seu processo de aprendizagem. A escola cria significados, promove reflexões, resgata valores, socializa. O papel da escola é também usar de todos os recursos possíveis para transformar o entorno (SILVA; NÓBREGA, 2021). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. A importância de compreender e bem avaliar a situação específica de cada criança é um dever do professor consciente de seu papel num modelo de educação inclusiva. Nos inspiramos em Camargo et al (2020) e esperamos que este trabalho possa servir de base para a ampliação do conhecimento sobre as práticas efetivas que favorecem a inclusão de crianças, incentivando uma formação inicial e continuada que contemplem as principais necessidades de conhecimento sobre o TEA e de como promover a efetiva inclusão e melhoria da qualidade de ensino e de vida oferecidos a essas crianças. (CAMARGO et al 2020). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. OBJETIVO GERAL Refletir sobre a prática pedagógica na educação infantil em relação à criança autista, pois é uma síndrome complexa que atinge o desenvolvimento de formas múltiplas: comunicação, socialização e comportamento. OBEJTIVOS ESPECIFICOS Compreender como ocorre o processo de ensino aprendizagem da criança com autismo na educação infantil. Investigar sucintamente, como a metodologia ABAS E TACCH podem colaborar na inclusão escolar da criança autista. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E NORMATIVOS O psiquiatra Leo Kanner (1943), em seu artigo descreveu como uma síndrome (conjunto de sintomas) que varia do grau severo ao brando, sendo desenvolvido tipicamente aos três anos de idade, comprometendo todo o desenvolvimento psiconeurológico da criança; como distúrbio, apresentando incapacidade para se relacionarem com outras pessoas e situações desde o início da vida (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome do autor e falta inserir a página. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O que se conhece hoje como Transtornos do Espectro do Autismo, consiste num feixe de componentes particulares percebidos no indivíduo geralmente até os três anos de idade, destacandoentre esses um comportamento alheio, inabilidade em se relacionar socialmente e responder adequadamente aos estímulos externos, que parecem passar despercebidos aos seus olhos, além das peculiaridades quanto aos vínculos afetivos e dos padrões de comunicação verbal e não-verbal. (GONÇALVES et al, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Segundo Brito, (2015, p.82) O autismo é uma síndrome complexa que afeta três importantes áreas do desenvolvimento humano que é a comunicação, a socialização e o comportamento. A literatura deixa muito claras as dificuldades de identificar e após, criar mecanismos para inclusão escolar da criança autista, pois a maioria das escolas não dispõe de profissional habilitado a auxiliar os docentes na difícil missão de incluir a criança autista de modo a conferir-lhe uma educação satisfatória. A Constituição Federal de 1988 estabelece no artigo 205, que a educação é um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento das pessoas, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, o mesmo diploma legal estabelece: “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. Lei nº 7.853 de 24 de outubro de 1989: dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência valorizando a diversidade e fortalece a aceitação das diferenças. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90 – ECA, estabelece em seu artigo 54, parágrafo III, garantia do “atendimento especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” Em 1994 – Política Nacional de Educação Especial. A Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva. (BREIENBACH; HONNEF; COSTAS, 2016). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. A LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº 9.394/96 – Cap. V. Artigo 58 – Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. Artigo 59 – Entende que os sistemas de ensino deverão assegurar os recursos necessários para aprendizado escolar e consequente inclusão, o que requer currículos, métodos e técnicas adequadas, recursos e organização; professores especializados e capacitados para a inserção do estudante na vida em sociedade, inclusiva dando-lhe condições, sempre que possível, à capacitação para o trabalho. Para atender melhor a criança com alguma dificuldade de aprendizado, dito “necessidades especiais”, foi criado uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) que é o Atendimento Educacional Especializado (AEE), um serviço da educação especial que “[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acesso, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas”. (SEESP/MEC, 2008). O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua liberdade na escola e fora dela, sendo constituída de oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncional. (BREIENBACH; HONNEF; COSTAS, 2016). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Em 2007, o Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu um grupo de trabalho para atenção aos autistas na rede do Sistema Único de Saúde, mostrando a importância do tema. Um dos pontos discutidos no GT foi o da necessidade de produção de conhecimento baseado em evidências científicas para o encaminhamento das propostas de atenção aos transtornos do espectro autista (TEA), conjunto de manifestações da qual o autismo faz parte (TEIXEIRA et al, 2010) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Por essa razão, e sob a égide dos princípios da educação inclusiva, foi elaborada e publicado o Decreto nº 6.571/2008 conforme a Política Nacional de Educação Especial e na Perspectiva da Educação Inclusiva, são atendidos os alunos nas salas de recursos multifuncionais, alunos público-alvo da educação especial: - Alunos com deficiência de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006). - Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: Aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro o autismo e psicose infantil. (MEC/SEESP, 2008) Essa política tem a função de substituir o caráter condicional das leis brasileiras que impediram o avanço da inclusão no país, reforçando os direitos a uma educação inclusiva legalmente prevista e até então não consolidada (ALMEIDA, 2008) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. A inclusão do aluno autista na busca de uma qualidade de ensino favorece suas chances de um mercado de trabalho e lazer, valorizando sua individualidade, com objetivo de tornar iguais os acessos e oportunidades. A Lei nº 12.764 de 27 de Dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o parágrafo 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de Dezembro de 1990. De acordo com a Lei nº 12.764 de Dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, garante que a criança diagnosticada com o Espectro Autismo e estando incluída na escola regular necessita de atendimento especializado, trabalho esse que é feito pelo professor de educação especial em parceria com o regente de classe, a participação da família é muito importante para o desenvolvimento da criança, o diálogo entre o professor com os pais é fundamental para que se conheça a rotina desse aluno e de como o professor poderá desenvolver de forma eficiente o trabalho diferenciado para que esse aluno seja devidamente incluído na escola e não somente integrado. (OLIVEIRA; BARBOSA, 2018) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão ou Estatuto da Pessoa com deficiência que, diferentemente dos dispositivos anteriores, tem como objetivo assegurar os direitos fundamentais da pessoa com deficiência, incluindo o direito à educação em escolas regulares, em todos os níveis de ensino. A integração e inclusão da criança na vida da família e na comunidade são fundamentais para seu desenvolvimento. (MACIEL; FILHO, 2009). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. A responsabilidade da escola e o compromisso com a inclusão curricular do ambiente cultural é da família e da comunidade, essa união garantirá sempre o verdadeiro papel na função social da escola. É necessário que haja profissionais capacitados atuando no meio educacional que buscam em sua formação um olhar diferenciado, que venham enxergar essas crianças como um sujeito que faz história e que está em constante desenvolvimento independente de suas deficiências(OLIVEIRA; BARBOSA, 2018) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. A leitura da base teórica e normativa não deixa dúvidas acerca do tratamento dado à educação, como direito da criança, e dever do Estado e de toda a sociedade. Toda criança tem direito à educação. Se isso é verdade, e tomamos como premissa que é verdadeiro, um esforço precisa ser direcionado à efetivação do direito a todas as crianças sem exceção, inclusive portadoras de condições especiais. Não é uma tarefa fácil nem rápida, pois envolve iniciativas do Poder Público, com políticas públicas especificas, qualificação do pessoal envolvido no processo educativo, e a conscientização de toda a sociedade para o problema da inclusão de crianças especiais e a efetivação do direito constitucionalmente previsto. METODOLOGIA E MÉTODOS Optamos por uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório. Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. Método (do grego methodos; met'hodos significa, literalmente, “caminho para chegar a um fim”) é, portanto, o caminho em direção a um objetivo; metodologia é o estudo do método, ou seja, é o corpo de regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa; científica deriva de ciência, a qual compreende o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber. Metodologia científica é o estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências, seus fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias científicas. Em geral, o método científico compreende basicamente um conjunto de dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para a formulação de conclusões, de acordo com certos objetivos predeterminados. (GERHARDT; SOUZA, 2009, pág. 11). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores. MINAYO (2007, p. 44) define metodologia de forma abrangente e concomitante (...) a) como a discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento” que o tema ou o objeto de investigação requer; b) como a apresentação adequada e justificada dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem ser utilizados para as buscas relativas às indagações da investigação; c) e como a “criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e específica na forma de articular teoria, métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer outro tipo específico de resposta às indagações específicas. Esta pesquisa se baseia em levantamento de dados e conversas informais com docentes, pais e responsáveis por crianças autistas, sem preocupação com dados estatísticos ou tratamento de dados, de forma quantitativa. Iniciamos, primeiramente, uma leitura exploratória do material selecionado, que consistiu na leitura atenta, objetivando verificar se a obra consultada era pertinente à pesquisa. Em seguida, procedemos a uma leitura mais seletiva identificando nos artigos, aspectos mais relevantes para a realização da análise dos dados. Após a seleção e leitura do material selecionado, procedemos à análise dos dados coletados, cuja finalidade de ordenar e resumir as informações reputadas relevantes contidas nas fontes bibliográficas, de modo a obter respostas condizentes com os objetivos propostos. A opção foi por uma pesquisa qualitativa, que não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria. (GOLDENBERG, 1997, p. 34). (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, pág. 30-31). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar as normas da ABNT. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores. Como pesquisadoras que utilizam os métodos qualitativos buscamos explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos e se valem de diferentes abordagens. A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, pág. 32). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores O aspecto exploratório do trabalho foi elaborado com objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses e constituiu em: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiência pessoal com o problema; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão; d) pesquisa documental (GIL, 2007). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir a página. A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites, o que permite conhecer o que já se estudou sobre o assunto, recolhendo informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32). Utilizamos Bases de dados, descritores de busca e qualidade dos periódicos, dissertações e teses: Os artigos foram identificados a partir de um levantamento bibliográfico nas principais bases de dados da área da saúde: National Library of Medicine and the National Institutes of Health (PUBMED); Scientific Electronic Library Online (SciELO);, Para o levantamento bibliográfico, foram utilizados os seguintes descritores de busca simples e em combinação: autismo, transtorno invasivo do desenvolvimento, distúrbios do desenvolvimento, informações extraídas de endereços eletrônicos, disponibilizados em home page e site, a partir de livros, folhetos, manuais, guias, artigos de revistas, artigos de jornais etc. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar o excesso de pontuação. HISTÓRICO DA INTERPRETAÇÃO DAS DOENÇAS MENTAIS DESENVOLVIMENTO DA TEA – AO LONGO DOS ANOS. TRANSTORNO DO ESPECTRO DE AUTISTA ( TEA) NA PSICOPEDAGOGIA IDENTIFICANDO A CRIANÇA AUTISTA Não há consenso entre a comunidade científica sobre as causas do autismo e Apesar do senso comum afirmar que as pessoas autistas não vivem neste mundo, que são a ele totalmente alheios, não é exatamente isso que ocorre: essa falsa impressão se dá pelo fato de perceberem o mundo de forma diferente da maioria das pessoas e apresentarem respostas fora dos padrões pelos quais estas reagem. Seu aparente alheamento mascara o fato de que em geral estão presentes e são extremamente sensíveis, mas têm dificuldades para se comunicar (MACIEL; FILHO, 2009). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O transtorno do espectro do autismo (TEA) afeta o processamento da informação no cérebro, levando a sintomas que incluem prejuízos na interação social e na comunicação, interesse restrito e comportamento repetitivo que são tipicamente detectáveis na primeira infância (MAIA et al, 2018) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir página. Na literatura médica, apresentam-se discussões sobre as definições ligadas ao autismo que abarcam os aspectos genéticos, biológicos, relacionais/psicogênicos,ambientais, culturais; enfim, trata-se, portanto, de considerar possibilidades multicausais para as origens dos TEA (GONÇALVES et al, 2017). O TEA é definido pela interação entre vários genes e fatores ambientais (MAIA et al, 2018) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir página. Uma criança com autismo nasce com mais neurônios do que uma criança não autista que podem ser diagnosticados mesmo na gestação. Com isso, o pré-frontal do cérebro, que é a parte que armazena algumas informações importantes não se desenvolvem e se torna pesada dificultando o desenvolvimento dos neurônios, neurônios denominados espelho, vão se quebrando e não se desenvolvem (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Segundo Olivier, (2008) conceitua: [...] O autismo é entendido como um distúrbio que pode variar do grau leve ou severo, sendo considerado como limitrofe, em casos leves. Alguns podem ser diagnosticados com como individuo com traços autísticos, e outros também podem ser vistos como portadores da síndrome de Asperge, que é considerada por muitos como um tipo de autismo com inteligência normal. (OLIVIER, 2008, p. 12) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir página e rever as normas da ABNT, não se deve iniciar e terminar o paragrafo com a mesma citação; é preciso contextualizar. Os indícios do autismo na criança podem despontar quando: escuta determinadas coisas e outras não; Não estende os braços para seus progenitores; não esboça alegrias, sentimentos e nem olha diretamente no olho da outra pessoa; tem dificuldade de se comunicar, não aponta com os dedos; Não chora quando se fere ou cai; Não gosta de brincar com os seus brinquedos; opta por ficar isolada; Não brinca com outras crianças; Não fala; a sua linguagem é repetida; seus movimentos são repetitivos e frequente, como balanceamento, dentro outros. As crianças autistas têm dificuldade para se adaptar em espaços educacionais. Os problemas encontrados são: socialização, organização, distração e dificuldade em sequenciar (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O americano Jim Sinclair (1993), também autista, explica que a comunicação é difícil, mas totalmente possível. Para ele, é como ter uma conversa íntima com uma pessoa que não entende sua língua: ela não vai entender; não vai responder da forma que você espera e pode mesmo achar confusa e ruim a interação. Para ele, autistas são estrangeiros em qualquer sociedade (MACIEL; FILHO, 2009) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir página e divida esse paragrafo pra contextualização, não se deve utilizar citação seguida de citação. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Como menciona Santos (2008), os autistas do tipo Aspergers, por exemplo, falam impecavelmente, até sem erros; mas sentem a dificuldade em utilizar a linguagem para se relacionar socialmente, os empecilhos para a comunicação são falta de ânimo para se relacionar com o meio e o foco de interesse limitado (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Falta inserir página e seguir as orientações do comentário anterior. Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Nesse sentido é necessário que o docente tenha bastante calma e compreensão para com o aluno autista, para que ele consiga assimilar; o autista pode mostrar-se distante, não atender a chamado e até mesmo ter grande atraso para aprender determinada explicação. Mas nada disso ocorre porque a criança não possui interesse e sim porque o autismo afeta e adia o processo de aprendizagem, ela necessita de muita motivação e cuidado para desenvolver sua intelectualidade. A criança autista não explora o brinquedo como deveria, ela apenas se interessa por um único movimento, podendo ficar horas a fio rodando a roda de um carrinho, por exemplo, sendo resistente a mudança de rotinas, de modo que o professor precisa estar atento e planejar suas aulas de acordo com todas essas necessidades, para que a criança não se sinta excluída entre seus colegas, que por sua vez, precisam estar cientes das dificuldades que a criança tem, o que implica trabalho em conjunto de toda a comunidade escolar, para que essa criança não seja rotulada e estabelecendo metas, a partir do que ela é capaz de fazer e aprender. (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. O diagnóstico do autismo baseia-se na observação do comportamento, e não em exames clínicos. Segundo as normas da Associação Americana de Psiquiatria, “na quarta edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV)”, para que uma pessoa seja diagnosticada como autista é preciso que a pessoa apresente seis ou mais dos itens a seguir, com pelo menos dois do grupo 1, um do grupo 2 e um do grupo 3. Há quem chame as três áreas afetadas de “tríade autista”: socialização, comunicação e comportamentos focalizados e repetitivos 1) Grupo 1 – Deficiências na interação social: - dificuldade de se comunicar através de gestos e expressões facial e corporal; - não faz amizades facilmente; - não tenta compartilhar suas emoções (Ex.: não mostra coisas de que gostou); - falta de reciprocidade social ou emocional (não expressa facilmente seus sentimentos, nem percebe os sentimentos alheios). 2) Grupo 2 – Deficiências na comunicação: - atraso ou falta de linguagem falada; - nos que falam, dificuldade muito grande em iniciar ou manter uma conversa; - uso estereotipado e repetitivo da linguagem (usa frases de propagandas, filmes novelas, programas de televisão, trechos ou músicas inteiras); - falta de jogos de imitação (Ex: representar o papai, a mamãe, a professora – algo muito comum nas brincadeiras de crianças). 3) Grupo 3 - Comportamento focalizado e repetitivo: - preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (Ex.: não misturar alimentos no prato, não ingerir alimentos com determinadas texturas, seguir sempre o mesmo ritual para determinadas tarefas); - assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter “manias” ou focalizar-se em um único assunto de interesse); - maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, bater a mão uma na outra, ficar olhando fixamente as mãos, ter sempre um objeto de interesse e ficar manipulando este objeto); - preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho ou hélice de ventiladores, por exemplo). (MACIEL; FILHO, 2009) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Há muitas coisas que podem ser feitas pela pessoa autista. A principal é acreditar que tem potencial para aprender. É preciso saber que ela enxerga o mundo de uma forma diferente, mas vive nele. Algumas pessoas autistas conseguem se formar, constituir família e ter uma vida profissional normal (MACIEL; FILHO, 2009) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Vigostki (apud OLIVEIRA, M., 1992, p. 24) afirma que a construção da personalidade se faz de maneira dialética, o indivíduo só se constitui como ser humano na sua relação com o outro social: para se humanizar, precisa crescer num ambiente social e interagir com outras pessoas. A aquisição da linguagem mostra que o desenvolvimento psicológico humano e todas as funções superiores são origináriasdas relações reais entre os indivíduos, que vão tomando formas mais complexas à medida que o sujeito vai interagindo com o meio social e as relações mediadoras (CHIANELO, 2008). (MACIEL; FILHO, 2009). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página.E citação seguida de citação não é correto, precisa ser contextualizado. Neste contexto, encontram-se diversas áreas a interferir na aprendizagem destas crianças: definição de objetivos educacionais e avaliação, intervenção na área de comunicação interação, intervenção na área cognitiva e nos problemas de comportamento. Com os objetivos educacionais e avaliação, almeja verificar à forma de aprendizagem das crianças. Elas parecem saber fazer algumas coisas, mas tem muitas dificuldades em conseguir concretizar as atividades. Como estas crianças não toleram a frustração quando não conseguem realizar uma tarefa, os educadores têm que arranjar estratégias para conseguirem acalma-las, um dos meios é através da música (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 255) (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página.E citação seguida de citação não é correto, precisa ser contextualizado. É esplêndido como o vínculo afetivo com o professor são essenciais para motivar a criança na sala de aula que ela está inserida, mesmo com o seu auxiliar que é um direito seu ter essa assistência, o professor precisa sempre buscar e manter contato com o aluno, estimulando a comunicação e a inclusão com todas as crianças do ambiente, propondo atividades inclusivas e participar ativamente com eles em todas as atividades propostas (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. A Lei que assegura esse direito garante adequação das escolas desde o espaço físico ao currículo, acrescentando no seu Projeto político as necessidades da criança autista, bem como promover projetos que envolva toda a comunidade escolar, fazendo-a entender, que as crianças não são diferentes e necessitam do apoio de todos (FERREIRA; FRANÇA, 2017). Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. Grande parte das pessoas autistas tem Distúrbio de Integração Sensorial (DIS): seus sentidos podem ser hipo ou hiperdesenvolvidos. Podem ser capazes de ouvir sons quase inaudíveis, como um alfinete caindo ao chão ou a água correndo nos encanamentos, ou ter sensibilidade a ruídos altos, como liquidificadores e furadeiras; sentir cheiros imperceptíveis para as demais pessoas; podem não suportar luzes fluorescentes, por perceber a luz oscilando como um estroboscópio devido à corrente alternada; toques e outros contatos lhes podem ser desagradáveis, assim como texturas de tecidos e alimentos (MACIEL; FILHO, 2009) Comment by Andreza Olivieri Lopes Carmignolli: Verificar citação do nome dos autores e falta inserir a página. ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA. ALMEIDA, M. A. Colóquio. Revista Inclusão, v.4, n.1, p.18-32, 2008. Disponível em http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/52471 Acessado em 15 de março de 2022. Autismo – aspectos pedagógicos / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2012. Disponível em www.portaleducação.com.br Acessado em 09 de abril de 2022. BARDIN, L. Análise de conteúdo. 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