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Prof. Fábio Nogueira UNIDADE I Auditoria Apresentação: Docente: Fabio de Carvalho Nogueira. Conteúdo da unidade I: Contabilidade; Auditoria: conceito e definição; Auditoria na área empresarial e no setor público; Perfil profissional do auditor. Apresentação da unidade I – “Auditoria” A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial, implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado. Uma auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro, registros, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da administração. A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no sistema financeiro, e apresenta recomendações para melhorá-los, podendo ser adaptada conforme a necessidade da informação. Introdução http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoescontabeis.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoescontabeis.htm Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, nos seus atos e fatos quantitativos e qualitativos, pois tem como análise as funções de orientar, controlar e registrar as ocorrências econômicas de uma companhia. Sendo assim, esta ciência passa a exercer, então, um papel amplo, ou seja, deixa de ser apenas um instrumento de registro das operações ocorridas em determinado período, estendendo-se para outros campos, principalmente o de controle, análise e projeção de fatos que, direta ou indiretamente, atendem à alta direção de qualquer organização. A contabilidade foi desenhada utilizando o método das “Partidas Dobradas” (criada por Luca Paccioli, em 1494), que justifica o tipo de registro/transação realizada para instituir um tipo de controle. Contabilidade – História Podemos dizer, então, que a contabilidade tem algumas características fundamentais: Relacionar a administração de recursos escassos para a satisfação da necessidade organizacional; O caráter empírico, o que supõe que está baseada na experiência e na prática; Seu objetivo formal, e a obtenção de informação objetiva e relevante, já que há de ser utilizada para a tomada de decisões; Possui uma metodologia própria (regras precisas e concretas); Elemento teleológico, pois permite a adoção de decisões adequadas e objetivas. Diante destas características, podemos dizer que o profissional contábil é responsável por impulsionar o crescimento das organizações através de informações exigidas pelo mercado, se aperfeiçoando, diariamente, na gestão gerencial e de custos. Contabilidade – História Com o crescimento das instituições é necessário aplicar controles gerados pelos registros contábeis para que estes atendam aos planejamentos estipulados, a planos de contas estabelecidos, enfim, a controles internos que levam a busca da excelência empresarial – o lucro –, que também buscara, na análise, as explicações tanto para o alcance quanto o não alcance do valor previamente estipulado. De posse do conceito básico da contabilidade na gestão organizacional, podemos, assim, conceituar a auditoria como sendo a especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial implantado, com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado. Como diferenciar a eficiência e a eficácia: Eficiência = processo; Eficácia = resultado. Contabilidade – História Conceito: De acordo com Attie (2011, p. 5), a auditoria é uma especialização contábil voltada para testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial, implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado; Já segundo Crepaldi (2007, p. 3), a auditoria consiste em controlar as áreas-chave nas empresas, a fim de evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e subornos, por meio de testes reguladores nos controles internos específicos de cada organização; Crepaldi (2007) acrescenta a auditoria como sendo o levantamento, o estudo e a avaliação sistemática das transações, dos procedimentos, das operações, das rotinas e das demonstrações contábeis ou financeiras de uma entidade. Auditoria Os exames de auditoria obedecem às normas de auditoria e incluem procedimentos de comprovações dos dados, em estudo caracterizado por uma reflexão competente e independente. O Brasil passou por significativas alterações nas estruturas dos aspectos normativos pertinentes à auditoria independente: a partir de 10 de janeiro de 2010, passaram a ser adotadas as Normas Internacionais de Auditoria. Devido a isso, mais de 40 novas resoluções, plenamente alinhadas e harmonizadas às Normas Internacionais de Auditoria − NIAs, foram emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC. Auditoria Pelas atuais Normas Brasileiras de Contabilidade, o campo da auditoria, no padrão internacional, tem, agora, nomenclaturas quanto à sua estrutura, como veremos a seguir: Auditoria Código de Ética Normas Brasileiras de Contabilidade Contabilidade Auditoria e Asseguração Auditoria Interna Perícia P ro fi s s io n a is NBC PG Normas Profissionais do Auditor Independente – NBC-PA Normas Profissionais do Auditor Interno NBC- PI Normas Profissionais do Perito NBC-PP T é c n ic a s NBC- TG NBC- TSP NBC- TA NBC- TR NBC- TO NBC- TSC NBC-TI NBC -TP Fonte: livro-texto. Auditoria e asseguração: NBC-PA: compreende o conjunto das Normas Profissionais do Auditor Independente; NBC-T: compreende o conjunto das Normas Técnicas, sendo em adição a esta estrutura conceitual e às Normas Técnicas (NBC-TA, NBC-TR e NBC-TO), os auditores independentes que executam os trabalhos de asseguração; NBC-TA (grupo 200 a 800): compreende o conjunto das normas técnicas definidas para o que é denominado de “asseguração razoável”. Objetivam o trabalho de auditoria de informações históricas para a certificação das Demonstrações Contábeis, envolvem o procedimento de auditoria completa visando a emissão do Relatório do Auditor Independente, antes denominado de Parecer de Auditoria; Auditoria NBC-TR (grupo 2400): compreende o conjunto das normas técnicas, definidas para o que é denominado como asseguração limitada. Objetivam o trabalho de auditoria de informações históricas das Demonstrações Contábeis. Neste caso, no Relatório do Auditor Independente, não há a formalização de expressão de opinião; NBC-TO (grupo 3000 e 3401): compreende o conjunto das normas técnicas definidas por trabalhos de asseguração não relacionados com a auditoria (TAs ou TRs) ou com a revisão de informações históricas, mas correspondentes a outros trabalhos de asseguração; NBC-TSC (grupo 4400): compreende o conjunto das normas técnicas definidas por outros serviços correlatos, como os denominados por Trabalhos de Procedimentos Previamente Acordados – TPPA. Auditoria Assim, dentro desse conceito, se pela cultura brasileira a expressão razoável pressupõe algo que poderíamos denominá-lo como “mais ou menos bom”, em auditoria, pelos padrões internacionais, o direcionamento por asseguração razoável corresponde à possibilidade de o auditor expressar a sua opinião, tendo sido aplicadas todas as normas técnicas e os testes mínimos requeridos para que, assim, possa emitir o Relatório do Auditor Independente, que segue: Relatório de opinião não modificada → antigo parecer limpo; Relatório de opinião modificada → antigo parecer com ressalvas; Relatório de opinião adversa → antigo parecer adverso; Relatório de abstenção de opinião → antigo parecer com a abstenção de opinião. Auditoria Após analisarmos as opiniões para cada relatório, vamos analisar os tipos derelatórios: Relatórios finais sintéticos: são utilizados para uma rápida tomada de decisão da administração da empresa, sendo, este, formatado em poucas palavras, informando os fatos relevantes mais abrangentes possíveis; Relatórios finais analíticos: são utilizados para mostrar aos setores todos os detalhes permissíveis; os fatores de menor relevância podem ser apresentados neste tipo de documento, sendo, este, o meio de comunicação do auditor com os colaboradores em termos de execução; Relatórios especiais: são utilizados para os assuntos confidenciais. Auditoria Um dos principais objetivos do auditor interno é: a) Verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes. b) Examinar a demonstração do resultado do exercício e emitir o seu parecer. c) Examinar os controles internos e emitir a sua opinião via relatório. d) Descobrir todas as irregularidades e emitir relatório sobre o fato. e) Auxiliar a auditoria externa. Interatividade Um dos principais objetivos do auditor interno é: a) Verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes. b) Examinar a demonstração do resultado do exercício e emitir o seu parecer. c) Examinar os controles internos e emitir a sua opinião via relatório. d) Descobrir todas as irregularidades e emitir relatório sobre o fato. e) Auxiliar a auditoria externa. Resposta O auditor tem por objetivo expressar uma opinião a respeito das demonstrações financeiras de uma entidade, uma opinião que assegure, com propriedade, se elas representam, de forma material, estarem livres de distorção, sendo, assim, fiel à posição patrimonial e financeira da entidade, estando em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade. Para Attie (2011), as demonstrações contábeis, de modo geral, precisam ser preparadas de forma que exprimam, com clareza, a real situação da empresa em termos de seus direitos, suas obrigações e seus resultados das operações realizadas no período em exame, incluindo-se, nessa preparação, os critérios e os procedimentos contábeis adotados em sua elaboração, e segundo os princípios de contabilidade, de forma que proporcionem interpretação uniforme e facilidade de compreensão. Objetivo da auditoria Para que os usuários das informações tenham propriedade e segurança da situação econômica financeira das entidades e também pelo surgimento das indústrias transnacionais, foi necessário criar um método independente de “asseguração” das operações auxiliando, assim, a administração na tomada de decisão. Desta forma, foi atribuída a tarefa de uma auditoria contábil, visando revisar os fatos mais importantes das transações realizadas pelas entidades, sendo essa técnica aperfeiçoada ao longo dos anos, através de revoluções tecnológicas e, até mesmo, industrial, para que as demonstrações anuais passassem a ser, de certa forma, confiável para os leitores. Origem da auditoria Relacionada às instalações de empresas internacionais de auditoria independente, a auditoria no Brasil tem como ponto de partida as filiais e as subsidiárias de empresas estrangeiras, os financiamentos de empresas brasileiras por meio de entidades internacionais, a evolução do mercado de capitais, o crescimento das empresas brasileiras, e a necessidade de descentralização e diversificação de suas atividades econômicas, a profissionalização da diretoria, a criação de normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil, em 1972, a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Lei n. 6.404/76, das Sociedades por Ações. Estes são os marcos que podemos citar sobre a auditoria no Brasil. Vale ressaltar que a origem da contabilidade deu-se em 1822, com a chegada da Família Real ao Brasil. Outro marco relevante foi a Lei n. 11.638/2007 que modificou alguns artigos da Lei n. 6.404/76, dando o primeiro passo para a convergência das normas internacionais. A auditoria no Brasil Com a atual crise econômica e o cenário que vivenciam hoje, as empresas e os seus investidores, o uso da auditoria passa a ser útil para ambos, uma vez que, por meio da análise das demonstrações financeiras, devidamente acompanhadas do relatório do auditor, é possível avistar, com asseguração razoável, as empresas que poderão aplicar os seus recursos em busca de novos investimentos. O objetivo do trabalho realizado pelo auditor é a emissão de um parecer que mostrará a realidade das demonstrações financeiras, o resultado das operações e as modificações necessárias, de acordo com os princípios contábeis e as normas, geralmente, aceitas. Essas normas requerem que o resultado apresentado pelo auditor esteva de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e de forma consistente com os períodos anteriores, e caso tenha a necessidade de alteração, esta esteja clara. O papel da auditoria NBC-TA 200 – OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS DE AUDITORIA 3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e as exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar esta opinião. O papel da auditoria 4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBC-TAs não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe às leis e aos regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os responsáveis pela governança. O papel da auditoria 5. Como base para a opinião do auditor, as NBC-TAs exigem que ele obtenha a segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Este nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir, a um nível aceitavelmente baixo, o risco de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança, porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia as suas conclusões e a sua opinião, é persuasiva e não conclusiva. O papel da auditoria 6. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis (NBC-TA 320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria, e NBC-TA 450 - Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria). O papel da auditoria Um dos sistemas que diferenciam o auditor interno do externo é a(o): a) Forma de avaliar o sistema de controle interno.b) Volume de testes nos serviços realizados. c) Forma de se portar na empresa e a sua responsabilidade. d) Forma de preparar os papéis de trabalho. e) Amplitude dos testes e a emissão de documentos. Interatividade Um dos sistemas que diferenciam o auditor interno do externo é a(o): a) Forma de avaliar o sistema de controle interno. b) Volume de testes nos serviços realizados. c) Forma de se portar na empresa e a sua responsabilidade. d) Forma de preparar os papéis de trabalho. e) Amplitude dos testes e a emissão de documentos. Resposta Para começarmos a falar sobre “auditoria”, temos, primeiro, que entender quais os tipos que existem, uma vez que já foi demonstrado, aqui, que temos normas que suportam cada passo da auditoria. Segundo Perez (2004, p. 13), a auditoria pode ser classificada em três tipos: Auditoria independente externa (profissional independente); Auditoria interna ou operacional (funcionário da empresa); Auditoria da Fazenda (Federal, Estadual e Municipal – funcionário público). Auditoria empresarial e no setor público Vamos analisar cada tipo! * Estas informações vão depender do trabalho a ser aplicado (demonstrações contábeis), dos quadros isolados, da asseguração ou da revisão. Auditoria empresarial e no setor público Auditoria independente externa Auditoria interna ou operacional Auditoria da Fazenda (Federal, Estadual, Municipal) Sujeito Prof. independente Funcionário da empresa Funcionário público Vínculo com a empresa auditada Contrato de prestação de serviço Contrato de trabalho Força da lei Ação e objetivo Exame das informações financeiras* Exame dos controles internos e avaliação dos resultados Verificação do cumprimento das leis e arrecadação Auditoria empresarial e no setor público A. independente externa A. interna ou operacional A. da Fazenda (Federal, Estadual, Municipal) Finalidade Emitir uma opinião Promover a melhoria estrutural dos processos Evitar a sonegação de tributos Relatório principal Parecer do auditor independente Recomendações e discussões para a melhoria estrutural Relatório de fiscalização ou auto de infração Usuário do trabalho A empresa e o público em geral A empresa Poder Público Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista Poder Público Para que o quadro analisado funcione de maneira adequada e correta, há princípios que são de extrema importância na manutenção recorrente: Responsabilidade: atualização de manuais e treinamentos dos colaboradores; Rotinas internas: procedimentos a serem seguidos de forma clara e objetiva; Acesso a informações: estruturar quais pessoas podem ter acesso às informações; Segregação de função: cada colaborador tem uma tarefa desenhada; Auditoria empresarial e no setor público Para que o quadro analisado funcione de maneira adequada e correta, há princípios que são de extrema importancia na manutenção recorrente: Revisão dos regitros: análise periódica das informações; Veracidade do sistema: testes nos ERP’s. Auditoria interna: fiscalização das políticas e das normas internas em aplicação. Auditoria empresarial e no setor público A auditoria que, hoje, é suportada pela NBC-TI 01 (antiga NBC-T 12 – resolução 986/03), é um ação/procedimento exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado (parágrafo 12.1.1.2). 12.1.1.3 – A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. 12.1.1.4 – A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. Tipos de auditoria – Auditoria interna O Instituto de Auditores Internos aborda como característica fundamental da auditoria interna a responsabilidade compartilhada da organização, sendo elas divididas com a gerência e com a diretoria da corporação. Ademais, de acordo com o Instituto de Auditores de New York, a auditoria interna tem como objetivo principal um controle administrativo que mede e avalia a eficiência de todos os controles. Essas análises devem ser estruturadas através de um relatório e do documento pelo qual a auditoria interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, as suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. (par. 12.3.1) Tipos de auditoria – Auditoria interna Conforme já mencionado, no Brasil, a partir de 1º de janeiro de 2010, houve significativas mudanças nos conceitos gerais de auditoria independente. Passa-se a adotar o padrão internacional de auditoria, destacando-se a Resolução 1202/09 alterada pela Resolução 1329/11 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, pela NBC-TA Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração, que torna importante entender o termo “auditoria” como ligado à asseguração. A NBC-TA - Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração (25/11/15), foi emitida apenas com o intuito de facilitar o entendimento dos elementos e os objetivos dos trabalhos de asseguração, e dos trabalhos aos quais as NBCs- TA, NBCs-TR e NBCs-TO (doravante referidas como Normas de Asseguração) se aplicam. Esta estrutura não é uma norma e, por conseguinte, não estabelece nenhum requisito para a realização de auditorias, revisões ou trabalhos de asseguração. Tipos de auditoria – Auditoria externa Descrição dos trabalhos de asseguração: 10. Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter evidências apropriadas e suficientes para expressar a sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou da avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis. Tipos de auditoria – Auditoria externa Entre as opções a seguir, não é de competência da auditoria interna examinar os seguintes objetivos: a) Eficácia das informações físicas, contábeis e financeiras. b) Adequação dos controles internos e das informações físicas. c) Integridade das informações operacionais, financeiras e físicas. d) Eficiência e eficácia dos pareceres dos auditores independentes. e) Emitir relatórios para a melhoria dos processos da companhia. Interatividade Entre as opções a seguir, não é de competência da auditoria interna examinar os seguintes objetivos: a) Eficácia das informações físicas, contábeis e financeiras. b) Adequação dos controles internos e das informações físicas. c) Integridade das informações operacionais, financeiras e físicas. d) Eficiência e eficácia dos pareceres dos auditores independentes. e) Emitir relatórios para a melhoria dos processos da companhia. Resposta Elementos do trabalho de asseguração: 26. Os seguintes elementos do trabalho de asseguração são discutidos nesta parte: a) Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos; b) Objeto apropriado; c) Critérios aplicáveis; d) Evidências apropriadas e suficientes; e) Relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de asseguração limitada. Tipos de auditoria – Auditoria externa Relacionamento entre três partes: 27. Todos os trabalhos de asseguração possuem, pelo menos, três partes: o auditor independente, a parte responsável eos usuários previstos. Dependendo das circunstâncias do trabalho, pode haver, também, a função separada de mensurador ou avaliador, ou a parte contratante. Tipos de auditoria – Auditoria externa Auditor independente: 29. O “auditor independente” (pessoa física ou jurídica) é aquele que conduz o trabalho (geralmente, o sócio responsável pelo trabalho ou os outros membros da equipe, ou, conforme adequado, a firma), aplicando habilidades e técnicas de asseguração para obter a segurança razoável ou limitada, conforme adequado, sobre se a informação do objeto está livre de distorções relevantes. (*) (*) O “sócio encarregado do trabalho” e a “firma” devem ser lidos, referindo-se aos seus equivalentes no setor público, quando relevante. Tipos de auditoria – Auditoria externa Auditoria externa versus auditoria interna Auditoria independente externa Auditoria interna ou operacional Sujeito Profissional independente Funcionário da empresa Vínculo com a empresa auditada Contrato de prestação de serviço Contrato de trabalho Ação e objetivo Exame das informações financeiras Exame dos controles internos e avaliação dos resultados Finalidade Principalmente emitir uma finalidade Promover uma melhoria estrutural dos processos Relatório principal Parecer do auditor independente Recomendações e discussões para a melhoria estrutural Usuário do trabalho A empresa e o público em geral A empresa Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista Os trabalhos podem ser compartilhados? NBC-TA 610 Segundo Sá (1998), a auditoria governamental é uma especialização dentro do campo da auditoria, que segue todos os princípios básicos e técnicos, bem como as normas aplicadas e específicas da auditoria. Exercida por um funcionário público e por força da lei, tem por objetivo verificar a observância e o cumprimento dos preceitos legais vigentes, para a apuração e o recolhimento dos diversos tributos nos âmbitos federal, estadual e municipal, com a finalidade de evitar a sonegação fiscal. Tipos de auditoria – Auditoria pública Seu relatório principal contém a fiscalização ou o auto de infração, sendo de responsabilidade do Poder Público, que também é o seu principal usuário. São objetivos da auditoria pública: A lei orçamentária anual; Os orçamentos plurianuais de investimentos; As aberturas de créditos adicionais; Os atos relativos à programação financeira de desembolso; Os balancetes e os balanços; Os assuntos de interesse público. Tipos de auditoria – Auditoria pública Todas as profissões têm a ética como princípio e a auditoria, notoriamente, não foge disso. O auditor tem em suas mãos uma grande responsabilidade, por exemplo, a de conhecer todas as irregularidades, falhas, erros, dentro do conjunto. Um bom auditor tem, no seu perfil profissional, o conhecimento do responsável hierárquico, de seus deveres, direitos e obrigações, de acordo com o código de ética. Segundo Attie (2011), como acontece em todas as profissões, na auditoria também foram estabelecidos padrões técnicos que objetivam qualificar a condução dos trabalhos de auditoria e garantir a atuação tecnicamente consistente do auditor e de seu parecer, assegurando, a todos aqueles que dependem de sua opinião, a observação de uma série de requisitos considerados indispensáveis para que o trabalho seja concretizado. O perfil do profissional auditor A ética profissional é de grande valia em todas as profissões, mas, notadamente na de auditor, é de grande responsabilidade, pois através de seu relatório é possível conhecer todas as irregularidades, erros e falhas dentro de um grupo de empresas. O auditor deve sempre se comportar dentro de um código de ética dos mais rígidos, pois, somente assim, vai alcançar o resultado esperado, tendo como ciência que o auditor pede acesso às informações e à colaboração, e não exige; seguindo esta análise, podemos destacar 6 exigências a serem feitas para um profissional de auditoria: O perfil do profissional auditor As 6 exigências de um profissional de auditoria: 1. Respeito à subordinação hierárquica dentro da empresa ou de um grupo; 2. Modo de trabalho (cordialidade); 3. Respeito ao envolvimento em políticas internas ou de qualquer nível; 4. Discrição (acesso a informações sigilosas); 5. Observância direta aos regulamentos, às normas, às instruções, às leis etc.; 6. Comportamento pessoal (conhecedor do seu trabalho e a importância das suas ações). O perfil do profissional auditor Segundo Crepaldi (2009), há padrões de conduta que são imprescindíveis que o auditor adote para a execução da sua função. Tais padrões constituem a ética do exercício profissional, porém, cabe destacar alguns: Bom senso no procedimento de revisão e de sugestão; Autoconfiança; Sigilo profissional; Discrição profissional; Capacidade prática; Sentido objetivo; Perspicácia nos exames; Finura de trato e humanidade; Educação continuada; Ceticismo. O perfil do profissional auditor A atividade fundamental do auditor independente é: a) Orientar o diretor financeiro da empresa auditada. b) Expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. c) Localizar as fraudes que estejam ocorrendo. d) Conferir a conta “Caixa”. e) Conferir o patrimônio da empresa. Interatividade A atividade fundamental do auditor independente é: a) Orientar o diretor financeiro da empresa auditada. b) Expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. c) Localizar as fraudes que estejam ocorrendo. d) Conferir a conta “Caixa”. e) Conferir o patrimônio da empresa. Resposta ATTIE, W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1992. ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resoluções, ementas e normas do CFC. [s.d.]. Disponível em: https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de- auditoria-independente/; https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc- pa-do-auditor-independente/. Acesso em: 11 fev. 2015. CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. CREPALDI, S. A. Auditoria contábil. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Referências PEREZ JÚNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. Auditoria de demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2004. SÁ, A. L. Curso de auditoria. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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