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Julgados - Poder Discricionário

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1 - Poder discricionário intervenção do judiciário para anular o ato
administrativo:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA. VEDAÇÃO AO
IMPETRANTE DA PRÁTICA DE ATIVIDADE NÁUTICA (BANANA BOAT) EM RAZÃO DE
TAC FIRMADO COM O MINISTÉRIO PÚBLICO. INAPLICABILIDADE DO ACORDO AO
CASO DO AUTOR. DECISÃO COMBATIDA QUE NEGOU A LIMINAR EM RAZÃO DE
AUSÊNCIA DE ALVARÁ. FUNDAMENTO DIVERSO DO EXARADO NO ATO COATOR.
IMPOSSIBILIDADE. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. ATO ADMINISTRATIVO
APARENTEMENTE VICIADO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO À ANULAÇÃO. SUSPENSÃO
LIMINAR CONCEDIDA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
"O administrador está vinculado aos motivos postos como fundamento para a prática do ato
administrativo, seja vinculado seja discricionário, configurando vício de legalidade -
justificando o controle do Poder Judiciário - se forem inexistentes ou inverídicos, bem como
se faltar adequação lógica entre as razões expostas e o resultado alcançado, em atenção à
teoria dos motivos determinantes" (STJ, MS 13.948/DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j.
26/09/2012). (TJSC, AC n. 0500090-65.2011.8.24.0019, rel. Des. Júlio César Knoll, Terceira
Câmara de Direito Público, j. 08-05-2018).
O referido recurso se trata de agravo de instrumento interposto por Costão de
Laranjeiras Restaurante e Bar Ltda contra decisão que indeferiu liminar em
Mandado de Segurança que pretendia a suspensão de ato municipal que o impediu
de praticar atividade náutica.
O agravante alega que não foi fundamentado e não teve motivação para a
administração pública praticar o ato.
A liminar foi deferida sob o fundamento que:
De acordo com o art. 50 da Lei 9.784/1999, "os atos administrativos deverão ser
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I -
neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses [...]". O § 1º acrescenta que "a
motivação deve ser explícita, clara e congruente".
Acrescenta o Desembargador Vilson Fontana que houve vício de motivação.
2 - Julgado da impossibilidade de o judiciário intervir no mérito em razão justamente
por se tratar de Poder discricionário.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO C/C
REINTEGRAÇÃO AO CARGO PÚBLICO. IMPROCEDÊNCIA NA ORIGEM. INSURGÊNCIA
AUTORAL.
PRAÇA NÃO ESTÁVEL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE REENGAJAMENTO NA CORPORAÇÃO.
LICENCIAMENTO EX OFFICIO. ATO DISCRICIONÁRIO DA AUTORIDADE
COMPETENTE. MALFERIMENTO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA
DEFESA NÃO VERIFICADO. AUSÊNCIA DE IRREGULARIDADES CAPAZES DE
ENSEJAR A INTERVENÇÃO JUDICIAL PARA ANULAÇÃO DO ATO. SENTENÇA
CONSERVADA.
"Como é assente, a motivação dos atos administrativos é pressuposto para sua validade. O
ato demissional, conforme consta dos autos, foi precedido de procedimento administrativo
disciplinar" (STJ, RMS n. 39.816/SC, rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, j. 25-8-2015)
e justificativa suficiente, com análise das teses ventiladas na defesa. Assim, não se constata
que o demandante tenha direito à reintegração ao cargo público.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJSC, Apelação n. 5004310-75.2019.8.24.0091, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
rel. Odson Cardoso Filho, Quarta Câmara de Direito Público, j. 24-03-2022).
O presente recurso se trata do pedido de anulação de ato administrativo no qual
ensejou a demissão de um Policial Militar no qual era dependente químico e não
queria se sujeitar ao tratamento. Alega o recorrente que não foi resguardado o
contraditório e a ampla defesa e pugnou pela oitiva de testemunhas em juízo. O
recorrido alega que o ato é objetivamente discricionário, submetido, pois, apenas
aos valores administrativos da conveniência e oportunidade.
Fundamenta que preconiza o Estatuto dos Militares Estaduais - Lei n. 6.218/83, art.
124, inc. II, e § 3º, incs. I e III) faz-se taxativa em admitir tal possibilidade, quando se
trata, como no caso dos autos, de praça não-estável, que concluiu o prazo
correspondente ao ingresso (três anos). O recurso foi negado pelo fundamento de
que não houve irregularidade do ato, capaz de intervenção judicial na sentença.

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