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HEMATO Professora Doutora Adriana Pina Hemograma – EDTA (sequestra o cálcio) não ocorre a coagulação • Avalia os elementos celulares do sangue –Quantitativamente –Qualitativamente • Triagem e controle de doenças –Útil na avaliação das anemias além de evidenciar indicadores que podem ser correlacionados com infecções viróticas e bacterianas. Profa Dra Adriana Pina 2 Fatores Pré-analíticos • Local da punção • Padronização Profa Dra Adriana Pina 3 Profa Dra Adriana Pina 4 Fatores Pré-analíticos • Anticoagulantes – Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina. • Os mais usados são: – Citrato – provas de coagulação – Heparina (sódio ou litio) – EDTA (ácido etileno-diamino-tetracético) – Fluoreto Profa Dra Adriana Pina 5 Fatores Pré-analíticos • EDTA K2 – Utilizado na forma seca e reveste internamente a parede dos tubos – Homogeneização por inversão – 8 a 10 vezes – EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação – Obtém-se assim o sangue total para hematologia • Testes: – Eritrograma – Leucograma – Plaquetas Profa Dra Adriana Pina 6 EDTA Oferece vantagem de não deformar os glóbulos brancos e glóbulos vermelhos, além de proporcionar resultado satisfatório no Ht Profa Dra Adriana Pina 7 EDTA • Mantém as características histo-morfológicas das células • Não altera o percentual de Ht • Não altera concentração de Hb • Possibilita a contagem das células em até 24 horas após coleta, se refrigerada de 2ºC a 8ºC • Anticoagulante de escolha para contagem de plaquetas Profa Dra Adriana Pina 8 Fatores Pré-analíticos • Garroteamento: aproximadamente 1 minuto – Hemoconcentração – Variações do hematócrito (2 a 4%) – Pseudoneutrofilia – Homogenização da amostra – Condições do paciente: jejum, estresse – Posição do paciente Profa Dra Adriana Pina 9 Fatores Pré-analíticos • Armazenamento –Glóbulos brancos • Até 3 hrs: alterações mínimas • 12 a 18 hrs: alterações aparentes Profa Dra Adriana Pina 10 Anticoagulante – EDTA (seq (turvo) Não coagula Fatores Pré-analíticos • Armazenamento –Glóbulos vermelhos • Até 6 hrs: alterações mínimas • Após 8 hrs: hemácias crenadas e esferócitos Profa Dra Adriana Pina 11 Fatores fisiológicos • Gestação • Altitude • Exercícios – pseudoneutrofilia • Fumantes Profa Dra Adriana Pina 12 Hemograma • Eritrograma • Leucograma • Extensão sanguínea (esfregaço) • Plaquetograma Profa Dra Adriana Pina 13 Eritrograma • É a parte do hemograma que avalia a massa eritróide circulante –Ht –Hb –GV (numero de gloibulos vermelhos) –Índices hematimétricos Profa Dra Adriana Pina 14 Hematócrito • É a razão entre o volume da massa de eritrócitos e o volume de sangue total. • O resultado em % exprime a concentração de eritrócitos obtidos por centrifugação do sangue não coagulado. – Valores normais: • ♂: 35 a 47 -50 • ♀:32 a 45 - 47 • Crianças até um ano: 34 a 40 % • Recém-nascidos : 50 a 60 % Profa Dra Adriana Pina 15 Profa Dra Adriana Pina 16 Profa Dra Adriana Pina 17 Microhematócrito • Realizado em tubo capilar. • Utilização de microcentrífuga onde o tubo é colocado à 10.000 rpm por 5 minutos • Nesta técnica todo material será descartado após uso. Profa Dra Adriana Pina 18 Microcentrífuga Profa Dra Adriana Pina 19 Profa Dra Adriana Pina 20 Profa Dra Adriana Pina 21 Profa Dra Adriana Pina 22 Valores Falsamente Diminuídos • Diluição com anticoagulante • Longo período de centrifugação • Microcentrífuga descalibrada • (> força) • Tubos mais finos • Armazenamento da amostra • Microcitose 23 Valores Falsamente Aumentados • Garroteamento excessivo • Curto período de centrifugação • < força de centrifugação Profa Dra Adriana Pina 24 Dosagem de hemoglobina - Principal componente eritrocitário. - Dosagem realizada por métodos colorimétricos (hemoglobinometria) após conversão da hemoglobina em cianometamoglobina expressa em g/dl. 25 Dosagem de hemoglobina • Valores de referência: –Valores normais: • »♂ - 14 a 18 • »♀: 12 a 16 g/dL • »Crianças de até um ano: 11 a 12 g/dl • »Recém- Nascido: de 14 a 19 g/dl Profa Dra Adriana Pina 26 Dosagem de hemoglobina • A dosagem de Hb está diretamente relacionada com o conteúdo e coloração do eritrócito, de grande valia no diagnóstico das anemias. • Causas de erro: – pipetagem – lipemia – alta contagem de leucócitos – sujeira na parede de leitura – presença de carboxihemoglobinas (fumantes) 27 Contagem de glóbulos vermelhos 28 • Consiste na determinação do número de eritrócitos por mm3 de sangue. • O sangue é diluído na porção 1:200 com o líquido de Hayem Glóbulos vermelhos Profa Dra Adriana Pina 29 • Valores de referência: – ♂ - 4,5 a 5,5 milhões/mm3 – ♀ - 4,0 a 5,0 milhões/mm3 – Recém nascidos – 5,5 a 7,0 milhões / mm3 Contagem de glóbulos vermelhos Reativo de Hayem Profa Dra Adriana Pina 30 Contagem de glóbulos vermelhos Profa Dra Adriana Pina 31 • Realização do exame: – Pipetar com a pipeta volumétrica 4,0 mL de sangue total – Pipetar com micropipeta 0,02 mL (20 μL) da amostra – Após fixação da lamínula sobre a câmera de Neubauer preencher com o sangue diluído, proceder a contagem seguido do cálculo. – Contar os eritrócitos presentes nos cinco campos – 4 laterais e 1 central) do quadrado central. – Proceder a soma e multiplicar por 10.000 Contagem de glóbulos vermelhos Profa Dra Adriana Pina 32 Contagem de glóbulos vermelhos Profa Dra Adriana Pina 33 Interpretação Profa Dra Adriana Pina 34 • Valores aumentados em policitemias • Valores diminuídos processos anêmicos de diversas etiologias • Contagem em câmara de Neubauer oferece grande variabilidade de erro e dispêndio de tempo automação Profa Dra Adriana Pina 35 Hb baixa = hipóxia (cansado, sono, pálido) Profa Dra Adriana Pina 36 Megaloblástica Alcoolismo Índices hematimétricos Profa Dra Adriana Pina 40 • VCM- volume corpuscular médio • VCM= Ht x 10 / GV Causas comuns de erro: – Rouleaux – Conservação prolongada in vitro ⇑ VCM – Excesso EDTA- desidrata a célula-⇓VCM – Valores normais: 82 a 92/98 fL Profa Dra Adriana Pina 41 • Através do VCM (vol corpuscular medio) classifica-se as anemias como: – Macrocíticas – Microcíticas – Normocíticas Alteração no VCM Profa Dra Adriana Pina 42 • Microcitose – Hemácias abaixo de 80 fL (adulto). – Está associada à deficiência de ferro e talassemias. • Macrocitose – Hemácias acima de 100 fL (adulto). – Está associada à deficiência de vitamina B12, quimioterapia, doença hepática, hipotireoidismo e mieloma RDW Profa Dra Adriana Pina 43 • RDW (Red blood cell Distribution Width) – expressão numérica da anisocitose – Variação do volume das hemácias – contadores automatizados – Valores normais: 11-14,5 Anisocitose - Variação no tamanho das hemácias ANISOCITOSE/POIQUILOCITOSE Falciforme RDW Índices hematimétricos 51 • HCM – hemoglobina corpuscular média – HCM= Hb x 10/GV (pg) – Valores normais – 27 a 32 pg • CHCM - concentração de hemoglobina corpuscular média – CHCM= Hb x 100 Ht – Valores normais 32 a36% – VCM 52 VCM Ferropriva Reticulócitos Profa Dra Adriana Pina 54 • Hemácia jovem após a perda do núcleo • Célula rica em RNA ribossômico • Liberação precoce de reticulócitos da MO • Reticulócitos cerca de 20% maiores que as hemácias apresentando maior quantidade de RNA na anemia megaloblástica Profa Dra Adriana Pina 55 Reticulócitos Profa Dra Adriana Pina 56 • Coloração : –Azul de metileno ou azul de cresil brilhante. • Valores normais : –0,5 - 2,0% –25.000 - 50.000/μl Reticulócitos Profa Dra Adriana Pina 57 • Procedimento: • Pipetar em tubo de ensaio 100 μL de sangue total para 50 μL de azul cresil brilhante • Incubar a 37oC por 15 a 30 minutos• Realizar extensão sanguínea • Contar 10 campos com 2.000 hemácias ou 5 campos com 1.000 hemácias Contagem de reticulócitos Profa Dra Adriana Pina 58 1000 hemácias ------ 10 reticulócitos (ex) 4.500.000 hemácias ------- X reticulócitos X = 45.000 4.500.000 – 100% 45.000 - X % X = 1 % • Valor de referência: 0,5 a 2.0 % Correção de reticulócitos Profa Dra Adriana Pina 59 • Reticulocitose : resposta à hipoxemia • Reticulocitose ou reticulocitopenia • Avaliação da anemia à partir o número de reticulócitos. • Baixo nível de reticulócitos: anemia carencial • Alto nível de reticulócitos: anemia hemolítica. Índice de reticulócitos Profa Dra Adriana Pina 60 • Maturação de reticulócitos: – Em pacientes com hematócritos entre 30 e 40%: 1,5 dia – Em pacientes com hematócritos entre 20 e 30% : 2 dias – Em pacientes com hematócrito menor que 20% : 2,5 dias • Calcular o índice de reticulócitos • IR = contagem corrigida de reticulócito = Tempo de maturação em dias. 61 Anemias Hemolíticas Hereditárias • Esferocitose • Eliptocitose • Estomatocitose • Piropoiquilocitose • Deficiência de G6PD Adquiridas • Anemia Hemolítica Auto- Imune • Anemia Hemolítica por Anticorpo Frio • Anemias Hemolíticas Microangiopáticas Leucograma Profa Dra Adriana Pina 63 • Contagem de glóbulos brancos (WBC) • Contagem diferencial – Extensão sanguínea Contagem de glóbulos brancos Profa Dra Adriana Pina Pipetar em tubo de ensaio 20 μL de sangue total para 400 μL de solução de Turk, ou seja, diluir o sangue de 1:20 – O líquido de turk lisa as hemácias mantendo a morfologia dos leucócitos – Homogeneizar e transferir aproximadamente 10 μL para a câmara de neubauer ácido acético (lisa as hemácias) e azul de metileno ou violeta de genciana (cora os leucócitos). Contagem de glóbulos brancos Profa Dra Adriana Pina 65 • Avaliação quantitativa: – Contagem câmara de Neubauer Contagem de glóbulos brancos Profa Dra Adriana Pina 66 • Cálculo: – Contar os quatro quadrados laterais externos e multiplicar por 50 • Valores de referência: – ♂ e ♀ - 5,0 a 10.000/mm3 – Crianças até 7 anos – 5,0 a 15.000/mm3 – Recém nascidos – 10,0 a 25.000/mm3 Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 67 • Qual a necessidade da extensão sanguínea? – Verificação da morfologia celular – Verificação dos tipos celulares – Contagem e diferenciação de glóbulos brancos, plaquetas e reticulócitos. – Coloração de glóbulos vermelhos – Presença de Inclusões – Maturidade celular Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 68 • Preparar duas lâminas limpas • Em uma das lâminas, colocar uma gota de sangue total • Com a outra lâmina, realizar deslizamento para obtenção de esfregaço delgado Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 69 Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 70 • Fixação e coloração da lâmina depois de seca: • Derivados de Romanowsky: – Giemsa (azul-eosina) – Leishman e Wright – Panótico (solução 1 , 2 e 3) • Corante ácido - eosina: – afinidade por substâncias alcalinas – citoplasma • Corante alcalino - azul de metileno – afinidade por substâncias ácidas – núcleo Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 71 • Devido ao tamanho variado dos diferentes glóbulos brancos, sua distribuição no esfregaço nem sempre será uniforme, assim: – Nas bordas e na cauda há maior quantidade de Ne, Eo, Mo, Ba – Linfócitos restritos à região central do esfregaço – Leitura feita do corpo para cauda em zig-zag. • Ler em objetiva de imersão Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 72 • Contagem diferencial de Leucócitos: – Contagem de 100 células Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 73 • Como calcular o valor absoluto? • Fácil!!!! Muito fácil!!!! 50 neutrófilos ---- 100 células X neutrófilos ------ 8.000 GB (ex de gb totais) X = 4000 neutrófilos / mm3 Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 74 Extensão sanguínea Profa Dra Adriana Pina 75 Distribuição Homogênea Profa Dra Adriana Pina 76 SEG BAST EOS BAS LINF MONO 45-70 20-45 4-8 5 1-4 LEUCOGRAMA VHS – Velocidade de hemosedimentação Profa Dra Adriana Pina 82 • Avalia a velocidade de separação dos glóbulos vermelhos e o plasma • Utilizado para o diagnóstico de processos infecciosos • Utilização da pipeta de Westergreen ou tubo de Wintrobe • Valor de referência: – Homens: 3 a 8 mm em 1 hora – Mulheres: 3 a 11 mm em 1 hora Profa Dra Adriana Pina 83 Contagem de plaquetas - método de fônio Profa Dra Adriana Pina 84 • Contagem em lâmina • Realizar esfregaço e corar • Contar 5 campos microscópicos, contendo cerca de 200 hemácias cada um e fazer uma regra de três como exemplo: 5 campos: 1000hemácias--------- 15 plaquetas nº G.Vermelhos ------- X – VR: • 140.000 – 400.000 mm3 Contagem de plaquetas Profa Dra Adriana Pina 85 Contagem de plaquetas Profa Dra Adriana Pina 86 • Causas de erro: – Agregação plaquetária – EDTA, atraso na coleta, conservação in vitro – Satelitismo plaquetario- é mediado por um fator plasmático (IgG ou IgM). As plaquetas aderem in vitro aos neutrófilos, envolvendo-os como uma coroa) Alterações Quantitativas Profa Dra Adriana Pina 87 • Trombocitose – é o aumento na contagem de plaquetas • Trombocitopenia - é a diminuição na contagem de plaquetas Agregação Plaquetária e Satelitismo Profa Dra Adriana Pina 88 Plaquetas normais Profa Dra Adriana Pina 89 Macroplaquetas Profa Dra Adriana Pina 90 Hemograma automatizado Profa Dra Adriana Pina 91 • Técnica mais utilizada em todos os laboratórios clínicos do mundo. • Mais rápida, reprodutível e confiável do que a técnica manual. • Amostra de sangue é aspirada pelo equipamento. • Após tratamento com soluções específicas, ela passa por eletrodos que medem o tamanho da célula e sua complexidade. • Desta maneira é possível distinguir entre os diversos tipos celulares do sangue. Hemograma automatizado Profa Dra Adriana Pina 92 Sysmex- XE-2100 Sysmex- XE -2100 Profa Dra Adriana Pina 93 • Análise individual em tubo fechado • Princípios de medição: – Impedância elétrica (corrente direta): RBC, PLT, HCT (medido) e diferencial de células imaturas – Citometria de fluxo fluorescente: WBC, contagem de reticulócitos, eritroblastos, plaquetas imaturas e contagem optica de plaqueta – Radiofrequencia: diferencial de céls imaturas – Fotometria: HGB. Reação livre de cianeto Sysmex- XE -2100 Profa Dra Adriana Pina 94 – WBC: leucócitos RBC: eritrócitos HGB: hemoglobina – HCT : hematócrito MCV: VCM MCH: HCM – MCHC: CHCM RDW-SD RDW-CV – PLT: plaquetas MPV: volume médio plaquetáro – NEUT : neutrófilos LYMPH: linfocitos MONO:monócitos – EOS: eosinófilos BASO: basófilos IG : granulócitos imaturos RET:reticulóticos – LFR , MFR e HFR: análise da maturação de reticulócitos pela intensidade de fluorescência em baixa, alta e média fluorescência – IRF: porcentagem de reticulócitos imaturos – RETHe: conteúdo de hemoglobina dos reticulócitos – PLT-O: contagem optica de plaquetas – IPF: plaquetas imaturas NRBC: eritroblastos Sysmex- XE -2100 Profa Dra Adriana Pina 95 • Capacidade de processamento –Módulo manual: 20 amostras por hora –Módulo automático - 150 amostras por hora Citometria de fluxo Profa Dra Adriana Pina 96 SSC- avalia a granulosidade intracelular através da luz dispersada FSC – avalia o tamanho da célula pela difração e refração da luz FL: Sensores especializados em medir fluorescência: avalia tamanho núcleo CD cluster Contagem total e diferencial de leucócitos Citometria de fluxo flourescente Profa Dra Adriana Pina 97 Profa Dra Adriana Pina 98 AUTOMAÇÃO HEMOGRAMA MANUAL Você é a favor da automação ? • Pesquise e faça uma tabela com os exames hematológicos relacionando as vantagens e desvantagens entre automação e manual 101 Profa Dra Adriana Pina 102 103 ANEMIAS 1. PERDA SANGUÍNEA2. ERITROPOESE INEFICAZ . Deficiência nutricional . Requerimento aumentado (gravidez) . Insuficiência da medula óssea (infiltração maligna, infecções ou drogas) 3. DESTRUIÇÃO AUMENTADA (anemias hemolíticas) . Genéticas - defeito de membrana (esferocitose) - enzima (G6PD) - hemoglobinopatias (falciforme e talassemia) . Adquirida – anticorpo - infecções (malária) - Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) - Agentes físicos (calor) e químicos (HPN) Profa Dra Adriana Pina 104 105 Profa Dra Adriana Pina 106 Profa Dra Adriana Pina 107 Profa Dra Adriana Pina 108 • O ferro é fornecido ao organismo pela dieta habitual na quantidade média de 14 mg/dia, porém apenas 1-2 mg são absorvidos, dos quais cerca de 65% estão presentes na hemoglobina. Cerca de 4% estão presentes na mioglobina, 1% nos diversos compostos hêmicos que promovem a oxidação celular, 0,1% combinado à proteína transferrina no plasma sanguíneo e 15 a 30% armazenados, principalmente no fígado, sob a forma de ferritina. Profa Dra Adriana Pina 109 Profa Dra Adriana Pina 110 • Transferrina é uma glicoproteína sintetizada principalmente no fígado e é a principal proteína plasmática transportadora de ferro. • Ferritina é uma glicoproteína de alto peso molecular, que armazena 20% a 25% do ferro do organismo. Sua concentração sérica (soro) correlaciona-se com os estoques de ferro total do organismo 111 Apoferritina - Proteína formada na mucosa intestinal que capta o ferro contido nos alimentos e assegura a sua passagem através da mucosa sob a forma de ferritina. Profa Dra Adriana Pina 112 113 ANEMIA FERROPRIVA • Incidência: 40% das crianças na Região Sul 60% das crianças na Região Nordeste METABOLISMO DO FERRO • Absorção do ferro: duodeno e região proximal do jejuno, sob a forma ferrosa ou heme Etiologia da deficiência do Ferro 1. Aumento da demanda: - Primeiro ano de vida - Adolescentes - Sangramento menstrual - Gravidez 2. Fatores nutricionais Leite materno: 50% Fe absorvido Leite vaca: 10% Fe absorvido 2. Fatores nutricionais Fe origem animal: 10 a 30% Fe origem vegetal: 1 a 7% Inibem absorção Fe: fitatos (trigo), fosfoproteínas (ovos), fibras 3. Doenças intestinais Diarréias graves Doença de Crohn Doença celíaca não tratada Ressecção intestinal 4. Perdas sanguíneas - Perda no período pré-natal - Enteropatia exsudativa: hipersensibilidade ao leite de vaca - Lesões anatômicas intestinais: pólipos, divertículo de Meckel, duplicação intestinal, hemangiomas - Verminoses: Necator americanus, Ancylostoma duodenalis QUADRO CLÍNICO • Palidez, astenia • Irritabilidade, dificuldade de concentração, distúrbios na atenção e percepção, • atraso no desenvolvimento intelectual, • alteração na função cognitiva: SEQUELA QUADRO CLÍNICO • Anorexia, geofagia, disfagia, perversão alimentar • Infecções recorrentes, principalmente em vias aéreas: diminuição linfócitos T; inibição da atividade bactericida dos neutrófilos nos desnutridos EXAMES LABORATORIAIS • Fase I: diminuição níveis de Ferritina: < 12ng/mL • Fase II: diminuição do Ferro sérico: < 50mcg/dL, aumento da capacidade de ligação do Fe: > 400mcg/dL, diminuição da saturação da transferrina: < 10% • Fase III: anemia hipocrômica microcítica e elevação da protoporfirina eritrocitária livre: > 70mcg/dL ANEMIA FERROPRIVA • Alterações do esfregaço sangüíneo: microcitose, hipocromia, anisopoiquilocitose ANEMIA FERROPRIVA • Hb < 11g/ld, VCM < 80µ3, HbCM < 26pg • Reticulócitos: normais ou diminuídos • RDW: aumentado (VR: 11,5 a 14,5%) (intensidade anisocitose) TRATAMENTO I - Orientação alimentar: - Leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses - Carnes, vísceras, peixes, feijão, frutas cítricas - Evitar: chá, café(tanino), ovos e leite concomitante com refeições principais TRATAMENTO II – Terapia medicamentosa: Sulfato ferroso 5mg/kg/dia Fe elementar ÷ 3 doses 30min antes refeições: 4 a 6 m * Evitar transfusões sanguíneas Profa Dra Adriana Pina 128 ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS Anemias macrocíticas causadas por distúrbios na síntese do DNA ocasionadas por deficiência de ácido fólico ou vitamina B12