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A célula tronco hematopoiética dá origem a diversas células, dentre elas as hemácias, através de estímulos físicos, químicos e mecânicos, se diferenciando e estimulando a produção. A eritropoiese é marcada por dois processos fisiológicos: hemoglobinização do citoplasma e a condensação da cromatina nuclear. A célula primitiva possui um núcleo imaturo, volumoso e cromatina fina. Com o decorrer do processo, ocorre redução progressiva do núcleo até que ele fique picnótico e a célula não se divida mais. Tem capacidade proliferativa devido a cromatina, iniciando a síntese proteica por meio do RNA. A principal proteína sintetizada e acumulada é a hemoglobina pois os genes de globina estão muito ativos produzindo grande quantidade do RNA mensageiro que no citoplasma controla a síntese das cadeias de globina. Quando o eritroblasto perde o núcleo, deixa de sintetizar RNA mensageiro, onde a síntese de hemoglobina permanece por um tempo e vai se esgotando rapidamente. Eritropoetina Tem um papel essencial nos processos de maturação e apoptose dos precursores da linhagem eritroide. Sua produção é controlada pelo teor 02 do sangue arterial que irriga as células peritubulares, produtora de 90% do hormônio. Sua produção é estimulada por hipóxia, não por anemia. A parcela produzida pelo rim (maior parte) é altamente sensível ao nível de oxigenação do sangue renal ou a outros mecanismos que causam redução de oxigenação do sangue renal ou a outros mecanismos que causam redução de oxigenação dos tecidos renais. O hormônio se liga ao Receptor de Eitropoetina (EpoR) expresso especificamente em precursores eritroides, estimulando sua proliferação e diferenciação, aumentando a massa eritrocitária. Aumento de eritropoetina Hipóxia renal, levando ao aumento do hematócrito; DPOC; Cardiopatia congênita; Apneia do sono; Tabagismo. Alta altitude. Diminuição de eritropoetina Anemia da insuficiência renal; Anemia das inflamações crônicas; AIDS; Neoplasias. Transferrina Proteína produzida pelo fígado e tem como principal função o transporte de ferro para a medula, baço, fígado e músculos. Está presente em todas as células do eritroblasto, mas sua expressão maior está no eritroblasto ortocromático e presente em pequenas quantidades nos reticulócitos. O receptor da transferrina desaparece completamente na hemácia madura. Eritropoiese O proeritroblasto e o eritroblasto basófilo possuem um maior número de receptores de eritropetina; Eritroblasto basófilo – mais azulado (presença de RNA mensageiro) Eritroblasto policromático – é azul e vermelho, apresentando um processo intermediário; Eritroblasto ortocromático – possui bastante hemoglobina, tem o número máximo de receptores de transferrina e ainda apresenta núcleo. Seu núcleo é mais lateral em comparação aos outros eritroblastos. À medida que a célula amadurece, a hemoglobina vai sendo acumulada, dando um aspecto rosa ao citoplasma que nas fases intermediárias mescla-se com a basofilia do RNA. O eritroblasto ortocromático perde o núcleo e forma os reticulócitos, que ainda possuem RNA no citoplasma, mitocôndrias e retículo endoplasmático, apresentando traços de basofilia no citoplasma; A fibronectina mantém os reticulócitos na medula, assim quando estão maduros, os receptores são perdidos e as células liberadas; Perdas das organelas (com 1 ou 2 dias na circulação) – se coram de forma escura e são semelhantes as hemácias, cessando a síntese proteica e perdendo capacidade de metabolismo aeróbico; Também perdem pequenas vesículas contendo lipídeos e proteínas de membrana devido exocitose; Obs: um paciente anêmico tem porcentagem de reticulócitos aumentada porque são liberadas precocemente na medula óssea, havendo redução de células maduras. Os eritroblastos são destruídos na própria medula óssea, apresentando uma fração “ineficaz” na eritropoiese. A hemoglobina que é sintetizada não chega a circular, mas dá origem a bilirrubina juntamente com o restante da hemoglobina liberada nas hemácias circulantes. Cerca de 4 a 12% da hemoglobina sintetizada é destruída na própria medula óssea, sendo analisado através do catabolismo de urobilinogênios derivados da destruição das hemácias. Carreadora de oxigênio para os tecidos do corpo, possuindo a porção heme (produzida na mitocôndria) e globinas. É a principal proteína sintetizada e acumulada é a hemoglobina pois os genes de globina estão muito ativos produzindo grande quantidade do RNA mensageiro que no citoplasma controla a síntese das cadeias de globina. As hemácias tem duração de 120 dias em circulação, sendo destruídas após esse intervalo de tempo em virtude de seu esgotamento metabólico e alterações degenerativas; A destruição ocorre no sistema monocítico- macrofágico (em especial no baço, fígado e medula óssea). As hemácias senescentes são reconhecidas por meio da decomposição de anticorpos e moléculas de complementos e oxidação da hemoglobina, sendo assim eliminadas; A hemácia é decomposta em globina (metabolizada e dando origem a aminoácidos) e o heme, que com a abertura da protoporfirina libera o ferro e forma bilirrubina; O ferro permanece no macrófago, sendo reaproveitado peara a síntese da hemoglobina. Para voltar a um eritroblasto em desenvolvimento, é liberado na superfície da célula e transportado para o eritroblasto ligado à transferrina; Bilirrubina lipossolúvel ou indireta ou não conjugada (formada a partir da abertura do anel do grupamento heme e liberação de ferro) – retirada da circulação pelos hepatócitos, gerando ácido glicurônico; Bilirrubina hidrossolúvel formada, direta ou conjugada – excretada pelos canalículos hepáticos até alcançar o duodeno como parte da bile. Existem numerosos compostos derivados da oxidação e do metabolismo da bilirrubina direta no intestino, denominado urobilinogênio fecal, dando coloração as fezes. Tamanho – anisocitose; Forma – poiquilocitose; Cor – hipocromia (pouca hemoglobina).
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