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2 Cumpr Sent e Proc Execução

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ELEMENTOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
ELEMENTOS SUBJETIVOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Legitimação ativa e passiva
O CPC art. 778 enumera os legitimados ativos para promover a execução forçada:
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido
o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
§ 2º A sucessão prevista no § 1º independe de consentimento do executado.
Consideram-se legitimados ativos originários (ou primários) o credor – conforme se verifica do
conteúdo do próprio título executivo -, e o Ministério Público, nos casos prescritos em lei (vide CPC
arts. 177 e 178; CDC art. 82 e 97[1], dentre outros).
Os legitimados ativos secundários (ou supervenientes), são os indicados no CPC art. 778 § 1º incisos
II, III e IV, acima transcrito, e oriundos das situações jurídicas formadas posteriormente a criação do
título, antes ou depois de iniciada a execução, através das quais se opera a transmissão do direito
resultante do título executivo, nas hipóteses de sucessão causa mortis ou inter vivos.
Sugere-se a leitura do CC arts. 346 e 347, com relação as hipóteses de sub-rogação legal e convencional
e CC art. 831 e CPC art. 794, com relação ao fiador.
Nas hipóteses de sucessão previstas no CPC art. 778 § 1º., os respectivos legitimados poderão tanto
promover a execução, como nela prosseguir, dispensando-se, para tanto, o consentimento do executado.
O CPC art. 779, por sua vez, enumera os legitimados passivos para a execução:
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título
executivo;
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IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Tem legitimidade passiva originária o devedor, reconhecido como tal no título executivo. São
legitimados passivos secundários (ou supervenientes) aqueles indicados no CPC art. 779 II a VI,
acima transcrito, de modo que a execução poderá instaurar-se ou passar a se desenvolver, por sucessão
processual, contra todos eles.
Com relação ao espólio, importante ressaltar que, a teor do CPC art. 796, esse responde pelas dívidas do
falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro só responde por elas até o limite do seu quinhão.
Para a execução já em curso, quando ocorrer o óbito do devedor, o espólio ou sucessores deverão
substituí-lo por meio de habilitação incidente (CPC arts. 110, 687, 692[2]), suspendendo-se o processo
pelo necessário à citação dos interessados (CPC art. 313 I e § 1º[3]). Se a execução for promovida
depois do óbito do devedor, deverá ser ajuizada diretamente em face do espólio, representado pelo
inventariante, se não houver partilha; ou contra os herdeiros, se o inventariante for dativo ou já finda a
partilha. Pode ser nomeado administrador provisório (CPC arts. 613, 614[4]), enquanto não nomeado e
compromissado o inventariante.
A sucessão pelo “novo devedor”, conforme CPC 779 III, deverá ocorrer mediante o consentimento do
credor (vide CC art. CC 299[5]), já que, em regra, no nosso direito não há “cessão de dívida”, mas
apenas de crédito.
O CPC art. 779 IV estabelece que a execução pode ser promovida em face do fiador de título executivo
extrajudicial, o qual, portanto, poderá ser executado diretamente, ou, a depender da situação em
litisconsórcio com o devedor principal, tal como ocorre na hipótese tratada no CC art. 827[6], que trata
do benefício de ordem.
O CPC art. 779 V trata da hipótese da legitimidade passiva do terceiro garante, que constituiu
garantia real sobre bem próprio para assegurar dívida de outrem. Ressalte-se que a teor do CC art. 1419,
nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por
vínculo real, ao cumprimento da obrigação, de modo que o seu proprietário ficará responsável pelo
pagamento, embora sua responsabilidade seja limitada ao valor da coisa.
Com relação ao responsável tributário, previsto no CPC art. 779 V, importante verificar o que dispõe o
CTN art. 121[7] a esse respeito, para identificação dos efetivos responsáveis pelo pagamento do débito
nessa hipótese.
Litisconsórcio na execução
Conforme ressaltado por Humberto Theodoro Júnior, “há consenso em torno da inexistência, em
princípio, do litisconsórcio necessário, mormente ativo, no processo de execução, seja fundado em título
judicial ou extrajudicial. Mesmo sendo múltipla a titularidade do crédito, com ou sem solidariedade
ativa, a cada credor separadamente sempre se reconhece o poder de executar a parte que lhe toca.
Poderão, é verdade, os credores agir em conjunto e executar a totalidade da dívida comum, mas fá-lo-
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ão em litisconsórcio facultativo, apenas”[8].
E assim prossegue o mesmo doutrinador: “no lado passivo, são frequentes os casos de litisconsórcio
necessário, como o de marido e mulher, quando a penhora atinge bem imóvel (NCPC, art. 842). Em tais
circunstâncias a ausência de participação de um dos cônjuges, na formação da relação processual
executiva, é causa de nulidade visceral de todo o processo. Somente não haverá necessidade de citação
do cônjugese forem casados em regime de separação absoluta de bens (art. 842, in fine). A
solidariedade ou a corresponsabilidade, no entanto, é motivo de litisconsórcio passivo apenas
facultativo, porque aí a execução tanto pode ser proposta contra um como contra diversos ou todos
coobrigados” [9].
De uma forma geral, com relação a execução, pode-se resumir que o litisconsórcio será facultativo
quando a obrigação for pecuniária, e necessário quando se tratar de obrigação de entregar coisa, fazer ou
não fazer relativa a objeto indivisível.
Com relação as hipóteses de intervenção de terceiros, há praticamente consenso na doutrina no sentido
de não se admitir a denunciação da lide e o chamamento ao processo na execução, havendo
controvérsias em relação a assistência que, para parte da doutrina, seria cabível apenas quando houver
embargos do executado ou de terceiros.
Cumulação de execuções - Pluralidade de títulos
Pode ocorrer o cúmulo de execuções, em que duas ou mais obrigações, representadas por títulos
distintos são objeto do mesmo processo. Nesse sentido:
CPC. Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes,
quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico
o procedimento.
Vejam que, a teor do mencionado artigo, em regra, para que ocorra a cumulação deverá haver identidade
do devedor – e, também, do exequente -, do juízo competente e da forma do processo, que deverão ser
os mesmos para todas as execuções. Assim, por exemplo, não seria possível a cumulação de execução
por título extrajudicial e de cumprimento de sentença, dada a diversidade de procedimentos adotados.
De outro lado, seria possível a cumulação relativa a um mesmo crédito consubstanciado em dois ou mais
títulos executivos, como, no caso de uma confissão de dívida firmada por duas testemunhas e ainda
garantida por uma nota promissória de mesmo valor
Cabe lembra, aqui, que o CPC art. 327 também estabelece como requisitos de admissibilidade da
cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja
conexão, que os pedidos sejam compatíveis entre si, seja competente para conhecer deles o mesmo juízo
e que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
Competência para a execução civil
Podemos dividir a competência para a execução civil em dois grupos, um deles voltado para o
cumprimento de sentença (execução de títulos executivos judiciais), e que está prevista no CPC art.
516[10], e outro voltado para a execução de títulos executivos extrajudiciais, que é o que nos interessa
nesse momento, tratado basicamente no CPC art. 781, que assim dispõe:
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente,
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observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou,
ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar
onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de
qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato
que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
As regras acima transcritas são de competência territorial e relativa.
As execuções fiscais serão propostas no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar
onde for encontrado, conforme disposto no CPC art. 46 § 5º.
De acordo com o CPC art. 782, não dispondo a lei de modo diverso, a competência para decidir sobre o
eventual cabimento dos atos executivos é do juiz, cabendo ao oficial de justiça o seu cumprimento,
observando-se o seguinte:
§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz também nas comarcas
contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana.
§ 2º Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego de força policial, o juiz a
requisitará.
§ 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de
inadimplentes.
§ 4º A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento, se for garantida a execução
ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo.
§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execução definitiva de título judicial.
ELEMENTOS OBJETIVOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Da responsabilidade patrimonial
Bens sujeitos a execução
Conforme disposto no CPC art. 789, em regra, quem responde pelos pagamentos das dívidas é o
próprio devedor (responsável primário), com todos os seus bens presentes e futuros, corpóreos ou
incorpóreos, desde que tenham valor econômico, salvo as restrições estabelecidas em lei.
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Excluem-se da responsabilidade patrimonial os bens considerados impenhoráveis. Nesse sentido:
CPC. Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo
os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão
de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade
de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os
honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis
necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação,
saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação
imobiliária, vinculados à execução da obra.
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívidarelativa ao próprio bem, inclusive àquela
contraída para sua aquisição.
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de
prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50
(cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no
art. 529, § 3º .
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e
as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto
quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio
jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.
Ainda que essa matéria venha a ser melhor analisada oportunamente, em outro módulo, cabe ressaltar,
desde logo, os seguintes aspectos acerca da impenhorabilidade:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art528%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art528%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art528%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art528%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art529%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art529%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art529%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art529%C2%A73
- a impenhorabilidade é matéria de ordem pública e, portanto, deve ser conhecida de ofício pelo juiz a
qualquer tempo, podendo ser alegada até mesmo por simples petição ou na impugnação ou nos
embargos à execução.
- conforme o CPC art. 833 §1º., a impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao
próprio bem, inclusive aquela contraída para sua aquisição. 
- o CPC art. 833 §2º. estabelece exceção à regra da impenhorabilidade salarial.
Merece, ainda, um breve destaque a questão da impenhorabilidade do “bem de família” tratada na Lei
n. 8.009/90, e que reputa como impenhorável o imóvel residencial da família ou entidade familiar, em
qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se
movido: - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do
imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; - pelo credor
da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor,
integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; - para
cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;
- para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade
familiar; - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória
a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens; - por obrigação decorrente de fiança concedida em
contrato de locação; dentre outras.
Embora o devedor seja o responsável primário, há situações em que a responsabilidade se estenderá a
outras pessoas, conforme disposto no CPC art. 790, que trata da chamada responsabilidade executiva
secundária. Nesse sentido:
CPC Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação
reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem
pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação
autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Passaremos, agora, a análise dessas hipóteses:
CPC Art. 790 I - Excussão dos bens do sucessor a título singular
Havendo, no curso do processo, que versa sobre direito real ou obrigação reipersecutória, alienação de
bem litigioso a terceiro, a respectiva sentença terá efeitos estendidos ao terceiro, permitindo ao credor
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alcançar os bens onde quer que eles estejam. Nessas hipóteses, portanto, a alienação da coisa litigiosa é
ineficaz perante o credor, desde que observada a exigência do CPC 792 I, acerca da averbação da
pendência do processo no respectivo registro público, se houver. Conforme estudaremos a seguir, caso
venha a ser evidenciada a boa-fé do terceiro adquirente na aquisição do bem, eventualmente, poderá ser
descartada a fraude e afastada a aplicação desse dispositivo.
CPC Art. 790 II - Bens dos sócios
Embora a regra seja a distinção entre o patrimônio da empresa e o dos seus sócios, cada um deles
respondendo pelas suas próprias dívidas, verifica-se, em determinados casos, a possibilidade de
corresponsabilidade dos sócios pelas dívidas da sociedade. É o caso da desconsideração da
personalidade jurídica, tratada no CC art. 50, através da qual, “em caso de abuso da personalidade
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la
para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso.”
CPC Art. 790 III - Bens do devedor/executado ainda que em poder de terceiros
Nessa hipótese, na verdade, a responsabilidade recai sobre o próprio devedor e dos seus próprios bens,
ainda que esses estejam em poder de terceiro.
CPC Art. 790 IV - Bens do cônjuge ou companheiro
Se a dívida foi adquirida pelos dois, de igual forma, ambos serão responsáveis pelo seu pagamento. Mas,
caso a dívida tenha sido adquirida por um só deles, a sua eventual incomunicabilidade deixa de existir,
dentre outros motivos, quando as obrigações tiverem sido contraídas e revertidas em benefício do casal
ou da família (vide CC arts. 1.644, 1.663, 1.664, 1666[11]). Como se trata de presunção relativa, o
cônjuge/companheiro prejudicado poderá defender-se por meio de embargos de terceiro (CPC art.
674[12]).
CPC Art. 790 V - Bens alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução
As alienações de bens em fraude à execução são consideradas ineficazes perante o credor e, embora o
adquirente ou cessionário não responda pela dívida, haverá submissão à execução dos bens transferidos
a esses terceiros.
Fraude à execução
Conforme disposto no CPC art. 792:
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que
a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do
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art. 828 ;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição
judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo
à insolvência;
V - nos demais casos expressos em lei.
§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que
adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no
domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a partir da
citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser,
poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.
A fraude à execução é instituto de direito processual civil, ato atentatório à dignidade da justiça, pois o
Estado-Juiz é o prejudicado imediato, sendo, também, tipificada como crime (CP art. 179[13]). A
Súmula 375/STJ dispõe que “o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do
bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”.
O seu reconhecimento não implicará a declaração de nulidade/anulação do ato de alienação, que será
válido, mas apenas a ineficácia do negócio jurídico fraudulento perante o credor/execução (CPC arts.
790 V; 792 § 1º). Configura-se após a citação para o processo de conhecimento ou de execução, já que
exige a existência de ação judicial em curso, em cujos autos poderá ser requerido diretamente o seu
reconhecimento – o que se dará através de decisão interlocutória, que determina a constrição do bem
alienado em poder do terceiro/adquirente - sem a necessidade de ação autônoma.
Incumbe ao exequente proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos
atos de constrição realizados, para conhecimento de terceiros sendo que se presume em fraude à
execução a alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (CPC arts. 799 IX; 828 caput e
§4º[14]). Falhando o credor em proceder ao registro, será seu o ônus de provar que o adquirente sabia da
existência da ação. Caso se trate de bem não sujeito a registro, caberá ao terceiro adquirente o ônus de
provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição (CPC 792 §2º.).
Importante ressaltar, com relação à hipótese tratada no CPC art. 792 I, que o bem alienado em fraude à
execução é o próprio objeto do litígio, e, portanto, o bem sobre o qual deverá recair a execução, ainda
que existam outros bens do devedor passíveis de penhora. O reconhecimento da fraude, contudo, está
condicionado à realização da averbação da pendência do processo no respectivo registro público, se
houver, conforme já mencionado.
Já na hipótese do CPC art. 792 IV, a fraude à execução se caracterizará pela alienação ou oneração de
qualquer bem do patrimônio do devedor contra o qual corre demanda capaz de reduzi-lo à insolvência.
No caso, o estado de insolvência do devedor costuma ocorrer em razão da alienação do referido bem (ou
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bens), e da ausência de outros para fazer frente à execução, e não necessariamente da pendência da
demanda.
O CPC 792 § 4º determina que antes de declarar a fraude à execução, o juiz sempre deverá intimar o
terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias. A
não oposição dos embargos de terceiro nesse prazo não implica, necessariamente, a decadência do
direito de seu ajuizamento posterior, conforme disposto no CPC art. 675[15].
Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a partir da
citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar. Caso o referido incidente venha a ser
acolhido, todos os atos de alienação ou oneração de bens praticados pelo sócio ou sociedade desde sua
citação, poderão ser considerados em fraude à execução (vide CPC arts. 137[16]; 792 §3º; CC art.
50[17]).
Cumpre destacar, ainda, que a alienação de bem penhorado é forma grave de fraude à execução, sendo
ineficaz perante o exequente, ainda que não esteja inscrita a penhora e independentemente de
insolvência do devedor. Portanto, a rigor, o terceiro adquirente não pode, nessa hipótese, opor sua posse
ou propriedade ao credor e ao juízo da penhora.
Fraude contra credores
CPC 790 VI: são sujeitos à execução os bens cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido
anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores.
A fraude contra credores é instituto de direito material, constitui vício social ou defeito do negócio
jurídico, na medida em que ofende direito dos credores, que são os prejudicado imediatos nesse caso.
Além da existência de dano ao direito do credor (eventus damni), é necessária, também, a comprovação
de má-fé do adquirente (consilium fraudis).
A insolvência do devedor deve estar caracterizada, assim como deve haver uma dívida já existente e
ocorre antes da propositura de ação judicial pelos credores com o fim de cobrar/satisfazer seus
créditos, sendo necessária propositura de ação autônoma, própria para o seu reconhecimento. Trata-se da
chamada “ação pauliana” – cujo prazo decadencial é de 4 anos e que poderá ser intentada contra o
devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros
adquirentes que tenham procedido de má-fé -, através da qual anula-se o ato, gerando ineficácia contra o
credor e implicando no retorno do bem ao patrimônio do devedor para responder pela obrigação (vide
CC arts. 158-165 e 178 II [18]).
CPC Art. 791 - Execução que tenha por objeto bem gravado com direito real de superfície
O direito de superfície compreende direito real autônomo, de construir ou plantar em terreno alheio, por
prazo indeterminado. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o proprietário
de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário, responderá pela dívida,
exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado, recaindo a penhora ou outros atos de
constrição exclusivamente sobre o terreno, no primeiro caso, ou sobre a construção ou a plantação, no
segundo caso.
CPC Art. 793. – Bens sujeitos ao direito de retenção
O credor/exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor não
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poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu
poder.
CPC Art. 794. – Excussão de bens do fiador
Pelo contrato de fiança, uma pessoa – o fiador - garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida
pelo devedor, caso este não a cumpra (CC art. 818[19]).
Por sua vez, o fiador, quando executado, exceto se houver renunciado ao benefício de ordem, tem o
direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e
desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora. Os bens do fiador ficarão sujeitos à
execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do
direito do credor. O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo
(CPC art. 794 caput e §§).
CPC Art. 795. - Benefício de ordem na execução de dívida de pessoa jurídica
Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em
lei. O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que
primeiro sejam excutidos os bens da sociedade – é o chamado benefício de ordem -, devendo, para tanto,
nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para
pagar o débito. O sócio que pagar a dívida – lembrando que a responsabilidade dos sócios é sempre
subsidiária – ficará sub-rogado e poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo, sendo que,
para a eventual desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente
previsto nos arts. 133 e ss. do CPC[20].
CPC Art. 796. - Bens de espólio
Conforme já analisamos, o espólio responde pelas dívidas do devedor falecido, mas, feita a partilha,
cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube.
Títulos executivos extrajudiciais e sua classificação
Como já foi estudado em outro módulo, toda execução há de estar fundada em título executivo de
obrigação certa, líquida e exigível, sob pena inclusive de faltar o interesse processual (CPC arts. 783 e
803 I[21]). O título executivo, portanto, é requisito indispensável de qualquer execução.
Os títulos executivos dividem-se, quanto a sua origem, em dois grandes grupos:
(i) os títulos judiciais, em síntese, são aqueles formados através de um processo, emanados do Poder
Judiciário e enumerados no CPC art. 515[22], executam-se através do cumprimento de sentença cujo
meio de defesa do executado é a impugnação (CPC arts. 513 e ss.); 
(ii) os títulos extrajudiciais, em síntese, compreendem os demais títulos executivos, não provenientes
do Poder Judiciário, aos quais a lei atribui eficácia executiva, e que se encontram enumerados no
CPC art. 784, e, também, em leis especiais. Sua execução se faz através do processo de execução, cujo
meio de defesa do executado são os embargos do executado (CPC arts. 771 e ss.).
Convém citar aqui a lição do prof. Humberto Theodoro Júnior, no sentido de que “o sistema do Código
é o da taxatividade dos títulos executivos, de modo que só se revestem dessa qualidade aqueles
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instituídos pela lei. Quanto ao rol enunciado pelo art. 784, convém observar que alguns têm todos os
requisitos formais e substanciais definidos em lei própria. É o caso dos títulos cambiários (inc. I).
Outros são apenas parcialmente identificados, como ocorre com a escritura pública (inc. II) e o
documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas (inc. III). O mesmo se pode dizer
dos demais títulos constantes dos incisos IV a XI, os quais ora se identificam pela forma documental,
ora pelo conteúdo, sem que haja na previsão legal uma completa configuração”
[23]
.
Não obstante os títulos de crédito, de uma forma geral, sejam objeto de exame mais detalhado e
específico perante outras disciplinas, tais como o Direito Civil e o Empresarial, dada a sua importância
para o Direito Processual Civil, passaremos, agora, a análise dos principais títulos executivos
extrajudiciais, previstos no CPC art. 784.
CPC. Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela
Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por
tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele
garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos
acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas
na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de
promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação
para serem executados.
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§ 3º O título estrangeirosó terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos
pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da
obrigação.
- Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture e cheque: são títulos de crédito e, como tais,
devem seguir as exigências do CC arts. 887, 888 e 903[24], dentre outros, além daquelas dispostas em
cada uma das respectivas leis especiais.
Conforme descrito no Decreto n. 2.044/1098, art. 1º, a letra de câmbio é ordem de pagamento que deve
conter os seguintes requisitos: a denominação “letra de câmbio” ou a denominação equivalente na língua
em que for emitida; a soma de dinheiro a pagar e a espécie de moeda; o nome da pessoa que deve pagá-
la, sendo que esta indicação pode ser inserida abaixo do contexto; o nome da pessoa a quem deve ser
paga. A letra pode ser ao portador e, também, pode ser emitida por ordem e conta de terceiro. O sacador
pode designar-se como tomador. Deve conter, ainda, a assinatura do próprio punho do sacador ou do
mandatário especial. A assinatura deve ser firmada abaixo do contexto. Só terá eficácia executiva se
houver o aceite do sacado. 
A nota promissória, em síntese, compreende título de crédito através do qual o emitente/subscritor
promete ao beneficiário/tomador o pagamento, à vista ou a prazo, de determinada quantia. Também se
aplica a ela o disposto no Decreto n. 2.044/1098.
A duplicata é regulada pela Lei nº 5.474, de 08.07.1968, com as modificações da Lei nº 6.458, de
01.11.1977, e tem por objetivo documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador
decorrente de contrato de compra e venda mercantil ou prestação de serviço na qual se extraiu fatura que
discrimina as mercadorias vendidas ou que indica somente os números e valores das notas parciais
expedidas por ocasião das vendas, despachos ou entregas das mercadorias. A duplicata indicará sempre
o valor total da fatura, ainda que o comprador tenha direito a qualquer rebate, mencionando o vendedor
o valor líquido que o comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar.
Conforme disposto na Lei nº 5.474/68 art. 15, a cobrança judicial da duplicata será efetuada de
conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do
Código de Processo Civil, desde que se trate de duplicata, ou triplicata aceita, protestada ou não. Caso
não tenha sido aceita, será necessário, cumulativamente, que haja sido protestada, esteja acompanhada
de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e o sacado não tenha,
comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º
da referida lei[25]. 
Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas (sociedades anônimas), representativos de
empréstimos a ela concedidos, e negociados no mercado de capitais. O credor/investidor é remunerado
com uma determinada rentabilidade em forma de taxa de juros, e caso não ocorra o resgate do título na
data prevista o credor poderá promover a execução do crédito perante a empresa emissora. Conforme
disposto na Lei n. 6.404/76, art. 68 caput e § 3º, o agente fiduciário que representa, nos termos desta lei
e da escritura de emissão, a comunhão dos debenturistas perante a companhia emissora, pode usar de
qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses dos debenturistas, sendo-lhe especialmente
facultado, no caso de inadimplemento da companhia.
O cheque pode ser definido como uma ordem de pagamento à vista emitida pelo devedor/titular da
conta bancária, contra um banco (sacado), em seu próprio benefício ou de terceiro
(tomador/beneficiário). A sua execução independe de protesto, sendo que pode o portador promover a
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execução do cheque nos prazos previstos na Lei n. 7.357/85[26].
- Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor: em síntese, é o documento
público, lavrado por tabelião que goze de fé pública, ou funcionário público no exercício de suas
funções, que contém a obrigação de pagamento de determinada quantia. Não requer assinatura de
testemunhas.
- Documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas: a confissão de dívida firmada
pelo devedor, por meio de instrumento particular, através da qual ele assume determinada obrigação,
também compreende título executivo extrajudicial, desde que assinado por duas testemunhas que
estejam aptas, inclusive nos termos do CPC art. 447[27], a depor em juízo.
- Transação referendada pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública,
pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal: em
qualquer dessas hipóteses, caso tenha sido estabelecida obrigação líquida, certa e exigível entre os
transatores, haverá título executivo extrajudicial. Se a transação for levada a homologação judicial,
haverá título executivo judicial. Referendo significa que houve efetiva aprovação dos respectivos
membros subscritores com relação à transação e ao seu conteúdo.
- Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele
garantido por caução: são títulos executivos extrajudiciais os contratos cujas obrigações – líquidas,
certas e exigíveis - neles fixadas estejam asseguradas por um direito real de garantia. Havendo
inadimplemento, nos contratos garantidos por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia
fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação (CC art. 1.419). Caso se trate de contrato de
alienação fiduciária em garantia, vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial
ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas
de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor (CC art. 1.361). Os contratos garantidos por
fiança (caução/garantia fidejussória), também são considerados títulos executivos extrajudiciais, e,
portanto, sujeitos a execução.
- Seguro de vida em caso de morte: é o contrato através do qual o segurador se obriga a pagar
determinada indenização ao beneficiário, em caso de morte do segurado, e que poderá ser exigida por
meio de execução, cuja petição inicial deverá ser instruída com a apólice ou bilhete do seguro e com o
comprovante de falecimento do segurado. Conforme expresso no próprio dispositivo, apenas o contrato
de seguro de vida é título executivo extrajudicial, o que não ocorre em relação ao contrato de seguro de
acidentes pessoais, ainda que em caso de morte.
- Foro e laudêmio: conforme disposto no CC art. 2.038, fica proibida a constituição de novas enfiteuses
e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior,
Lei n o 3.071, de 1 o de janeiro de 1916 , e leis posteriores, de forma que ainda se pode considerar o
crédito decorrente daquelas ainda existentes como título executivo extrajudicial.
A teor do revogado CC/16, compreende a enfiteuse um direito real, quando por ato entre vivos, ou de
última vontade, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa, que o
adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão, ou foro, anual, certo e invariável.
O enfiteuta pode doar, dar em dote,ou trocar por coisa não fungível o prédio aforado, avisando para
tanto o senhorio direto, sob pena de continuar responsável pelo pagamento do foro. Realizada a penhora,
por dívida do enfiteuta, sobre o prédio emprazado, o senhorio direto terá preferência sobre os demais
interessados, na arrematação ou adjudicação. A enfiteuse extingue-se pela natural deterioração no prédio
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aforado, quando chegue a não valer o capital correspondente ao foro e mais um quinto deste; pelo
comisso, deixando o foreiro de pagar as pensões devidas, por três anos consecutivos, caso em que o
senhorio o indenizará das benfeitorias necessárias; pelo falecimento do enfiteuta, sem herdeiros, salvo o
direito dos credores.
Conforme a explicação do prof. Humberto Theodoro Júnior: “Foro é a pensão anual certa e invariável
que o enfiteuta paga ao senhorio direto pelo direito de usar, gozar e dispor do imóvel objeto do direito
real de enfiteuse (art. 678 do Código Civil de 1916). Esse direito real foi abolido no Código Civil de
2002, subsistindo em vigor os constituídos anteriormente sob regência do Código anterior até sua
extinção (art. 2.038 do Código de
2002). 
Laudêmio é a compensação que é devida ao senhorio direto pelo não uso do direito de preferência,
quando o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro (art. 686 do Código Civil de 1916)” [28].
- Aluguel de imóvel e encargos acessórios: o contrato de locação, escrito e assinado, é título executivo
extrajudicial, inclusive quanto aos encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio.
- Certidão de dívida ativa: a teor da Lei n. 6.830/80 art. 2º., constitui dívida ativa da Fazenda Pública
aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320/64, podendo compreender qualquer
valor, cuja cobrança seja atribuída por lei à União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
respectivas autarquias. A inscrição da dívida ativa será feita pelo órgão competente para apurar a
liquidez e certeza do crédito, e a sua certidão é título executivo extrajudicial.
- Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício: desde que
documentalmente comprovado, constituirá título executivo extrajudicial o crédito referente às
contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou
aprovadas em assembleia geral.
- Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais
despesas devidas pelos atos por ela praticados: as certidões expedidas pelos tabelionatos oficiais de
registros públicos, para cobrança de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela
praticados, possuem força de título executivo extrajudicial.
- Outros títulos previstos em lei: - também caberá execução a todos os demais títulos aos quais, por
disposição expressa, a lei atribuir força executiva. São os títulos executivos extrajudiciais criados por
leis especiais, a exemplo das cédulas de crédito industrial e rural (Dec.-Lei n. 413/69 e Dec.-Lei n.
167/67), da cédula de crédito bancário (Lei n. 10.931/04), do compromisso de ajustamento de conduta
(Lei n. 7.347/85), dentre outras.
- Títulos estrangeiros: a teor dos §§ 2º e 3º do CPC art. 784, os títulos executivos extrajudiciais
oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação perante o STJ para serem executados, e só
terão eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua
celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação (vide CPC art.
376[29]).
- Concurso de execução forçada e ação de conhecimento sobre o mesmo título: conforme o CPC art.
784 § 1º, a propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe a
propositura da execução, nem a suspende.
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Por fim, cabe destacar a possibilidade de opção do credor pela obtenção de título executivo judicial,
não havendo impedimento legal para tanto, ainda que ele já possua título executivo extrajudicial,
conforme previsto no CPC art. 785. Por vezes, tal opção se justifica como meio de eliminar qualquer
dúvida a respeito da exigibilidade, certeza e liquidez do título.
[1] CPC. Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições cons�tucionais.
CPC. Art. 178. O Ministério Público será in�mado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica
nas hipóteses previstas em lei ou na Cons�tuição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - li�gios cole�vos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A par�cipação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
CDC. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legi�mados concorrentemente: I - o Ministério Público (...).
CDC. Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela ví�ma e seus sucessores, assim como
pelos legi�mados de que trata o art. 82.
[2] CPC. Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores,
observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º .
CPC. Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-
lhe no processo.
CPC. Art. 692. Transitada em julgado a sentença de habilitação, o processo principal retomará o seu curso, e cópia da
sentença será juntada aos autos respec�vos.
[3] CPC. Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu
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procurador;
[...]
§ 1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689.
[4] CPC. Art. 613. Até que o inventariante preste o compromisso, con�nuará o espólio na posse do administrador provisório.
CPC. Art. 614. O administrador provisório representa a�va e passivamente o espólio, é obrigado a trazer ao acervo os frutos
que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fez e responde
pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa.
[5] CC. Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consen�mento expresso do credor, ficando
exonerado o devedor primi�vo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-
se o seu silêncio como recusa.
[6] CC. Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam
primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o bene�cio de ordem, a que se refere este ar�go, deve nomear bens do devedor, sitos
no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.
[7] CTN. Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que cons�tua o respec�vo fato gerador;
II - responsável, quando, sem reves�r a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
[8] Theodoro Junior, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, volume 3. - 52 ed. – Rio de Janeiro. Forense, 2019. p. 310.
[9] Ibidem.
[10] CPC. Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença
estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marí�mo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo
juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de
fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art689
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[11] CC. Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do ar�go antecedente obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
CC. Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges.
§ 1º As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os bens comuns e par�culares do cônjuge que os
administra, e os do outro na razão do proveito que houver auferido.
§ 2º A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a �tulo gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos
bens comuns.
§ 3º Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a administração a apenas um dos cônjuges.
CC. Art. 1.664. Os bens da comunhão respondem pelas obrigações contraídas pelo marido ou pela mulher para atender aos
encargos da família, às despesas de administração e às decorrentes de imposição legal.
CC. Art. 1.666. As dívidas, contraídas por qualquer dos cônjuges na administração de seus bens par�culares e em bene�cio
destes, não obrigam os bens comuns.
[12] CPC. Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua
ou sobre os quais tenha direito incompa�vel com o ato constri�vo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por
meio de embargos de terceiro.
[13] CP. Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.
[14] CPC. Art. 828. O exequente poderá obter cer�dão de que a execução foi admi�da pelo juiz, com iden�ficação das partes
e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto
ou indisponibilidade.
(...)
§ 4º Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada após a averbação.
[15] CPC. Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não
transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da
adjudicação, da alienação por inicia�va par�cular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respec�va carta.
[16] Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução,
será ineficaz em relação ao requerente.
[17] CC. Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens par�culares
de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.
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§ 1º Para os fins do disposto neste ar�go, desvio de finalidade é a u�lização da pessoa jurídica com o propósito de lesar
credores e para a prá�ca de atos ilícitos de qualquer natureza.
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por:
I - cumprimento repe��vo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;
II - transferência de a�vos ou de passivos sem efe�vas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente
insignificante; e 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste ar�go também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de
administradores à pessoa jurídica.
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste ar�go não autoriza a
desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
§ 5º Não cons�tui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da a�vidade econômica
específica da pessoa jurídica.
[18] CC. Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os pra�car o devedor já insolvente,
ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos
dos seus direitos.
§ 1 o Igual direito assiste aos credores cuja garan�a se tornar insuficiente.
§ 2 o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
CC. Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou
houver mo�vo para ser conhecida do outro contratante.
CC. Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não �ver pago o preço e este for, aproximadamente, o
corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor
real.
CC. Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159 , poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele
celebrou a es�pulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
CC. Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará
obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
CC. Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garan�as de dívidas que o devedor insolvente
�ver dado a algum credor.
CC. Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de
estabelecimento mercan�l, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
CC. Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha
de efetuar o concurso de credores.
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Parágrafo único. Se esses negócios �nham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou
an�crese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.
CC. Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
[...]
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
[...].
[19] CC. Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante sa�sfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor,
caso este não a cumpra.
[20] CPC. Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do
Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
CPC. Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento
de sentença e na execução fundada em �tulo execu�vo extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na pe�ção inicial,
hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
§ 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da
personalidade jurídica.
CPC. Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas
cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
CPC. Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
CPC. Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução,
será ineficaz em relação ao requerente. 
[21] CPC. Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em �tulo de obrigação certa, líquida e exigível.
CPC. Art. 803. É nula a execução se:
I - o �tulo execu�vo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquidae exigível;
[...]
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[22]CPC. Art. 515. São �tulos execu�vos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os ar�gos previstos neste
Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quan�a, de fazer, de não
fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a cer�dão de par�lha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a �tulo
singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da jus�ça, quando as custas, emolumentos ou honorários �verem sido aprovados por decisão
judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Jus�ça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Jus�ça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação
no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha
sido deduzida em juízo. 
[23] Ibidem, p. 365-366, grifo nosso.
[24] CC. Art. 887. O �tulo de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele con�do, somente
produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
CC. Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que �re ao escrito a sua validade como �tulo de crédito, não implica a
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
CC. Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os �tulos de crédito pelo disposto neste Código.
[25] Lei nº 5.474/68. Art . 7º A duplicata, quando não fôr à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante
dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de
declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite.
§ 1º Havendo expressa concordância da ins�tuição financeira cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder
até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a retenção.
§ 2º - A comunicação de que trata o parágrafo anterior subs�tuirá, quando necessário, no ato do protesto ou na execução
judicial, a duplicata a que se refere. 
Lei nº 5.474/68. Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por mo�vo de:
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I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quan�dade das mercadorias, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
[26]Lei n. 7.357/85:
Art. 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei
assegura ao portador.
Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses,
contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado.
Art. 60 A interrupção da prescrição produz efeito somente contra o obrigado em relação ao qual foi promovido o ato
interrup�vo.
Art. 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-
pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e
seu parágrafo desta Lei. 
[27] CPC. Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acome�do por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-
los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmi�r as percepções;
III - o que �ver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sen�dos que lhes faltam.
§ 2º São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma
das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa rela�va ao
estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e
outros que assistam ou tenham assis�do as partes.
§ 3º São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo ín�mo;
II - o que �ver interesse no li�gio.
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§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admi�r o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor
que possam merecer.
[28] Ibidem. p. 385.
[29] CPC. Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
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