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Fichamento de artigo - Processo Civil IV

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Resumo sobre TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO
Execução é a atividade processual de transformação da realidade prática, havendo algum ato certificador de um direito (como uma sentença, ou algum ato cuja eficácia lhe seja equiparada), a atividade processual destinada a transformar em realidade prática aquele direito, satisfazendo seu titular, chama-se execução. A execução de que se trata no Direito Processual Civil é sempre forçada. Este adjetivo estará sempre (pelo menos) subentendido quando se fala de execução no campo processual civil. E é explicitamente utilizado no art. 778 e art. 788.
O procedimento executivo destina-se a realizar o credito exequendo. Fala-se, por isso, em um “principio” do desfecho único. É que a extinção sem que o crédito esteja satisfeito é anômala. Observa-se o art. 797 do CPC. Ressalva-se apenas as chamadas execuções universais (falência e insolvência civil). Deverá o Juiz – de oficio ou mediante requerimento – determinar as medidas necessárias ao cumprimento da ordem de entrega de documentos dados (art.773), preservando o sigilo dos dados confidenciais (art773, parágrafo único).
Na execução se exige de todos os sujeitos do processo, inclusive e especialmente do executado, que atuem de forma cooperativa e de boa-fé. Por isso, incumbe ao Juiz advertir o executado de que seu modo de proceder constitui ato atentatório à dignidade da Justiça (art. 722, II) tendo o executado cometido ato atentatório a dignidade da justiça, o juiz fixará multa de até vinte por cento sobre o valor atualizado do débito em execução, a qual reverterá em proveito do exequente, sendo exigível nos próprios autos (art. 774, parágrafo único). Essa sanção é cumulável com outras, de natureza material (como, por exemplo, a pena pela prática do crime de fraude à execução, previsto no art. 179 do Código Penal) ou processual (como sanção por litigância de má-fé).
Ocorrendo a desistência da execução, será o procedimento extinto.
Deve-se observar o Princípio da menor onerosidade Possível (art.805), ou seja, o juiz através dos vários meios para deferir a execução, devera faze-la do modo menos gravoso possível para o executado, de modo a causar-lhe o menor sacrifício possível. Caso o executado entenda que isso não está acontecendo, o mesmo deve alegar o ônus, e assim tem de indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados (art. 805, parágrafo único).
A execução de crédito inexistente gera, para o exequente a obrigação de reparar os danos indevidamente suportados pelo executado (art.776). Assim, caso venha uma sentença a declarar inexistente, no todo ou em parte, o crédito exequendo, o exequente responderá, independentemente da verificação de culpa sua, por esses danos.
Meios de coerção: mecanismo empregado pelo Estado-Juiz para constranger psicologicamente o executado, a fim de que este pratique os atos necessários à realização do crédito exequendo.
Meio de sub-rogação: são aqueles onde o Estado-Juiz desenvolve atividade que substitui a atuação do executado, dispensando-a, e que se revela capaz de produzir resultado prático equivalente ao que se teria se o próprio executado tivesse adimplido a execução.
O procedimento executivo terá um (ou mais de um) sujeito a ocupar a posição ativa e, de outro lado, um (ou mais de um) sujeito a ocupar a posição passiva. Tem legitimidade ativa para execução aquele a quem a lei confere título executivo (art. 778). Assim, aquele que a sentença reconhece como credor, o credor apontado no cheque ou na nota promissória, aquele em favor de quem se confessa um credito, entre outros, são legitimados ativos para execução. E sua legitimidade ativa é originaria. Outro legitimado ativo originário é o MP (art.778 §1°, I), nos casos previstos em lei, e, existe ainda os legitimados secundários (ou supervenientes): o espolio, os herdeiros ou sucessores do credor, sempre que, por morte deste lhes for transmitido o direito reconhecido do título executivo.
Já a legitimidade passiva originaria é do “devedor” reconhecido como tal no título executivo (art. 779, I). Não apenas o caso daquele que o título judicial condena ao cumprimento da obrigação, mas também o emitente do cheque ou da nota promissória, o sacado na letra de câmbio, entre outros.
	Competência:
Quando processo de conhecimento for de competência originaria do tribunal: competência do próprio tribunal (art. 516, I). – Regra aplicável a todos os tribunais inclusive STJ e STF, onde se observará o regimento interno acerca da competência.
Nos casos em que o processo de conhecimento (rectius, fase cognitiva do processo sincrético) tiver tramitado originariamente perante juízo de primeira instancia, será do mesmo órgão jurisdicional a competência funcional para a execução (art. 516, II).
Nos casos de execução de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira homologado pelo STJ, a competência será fixada pelas regras gerais de determinação de competência interna (art. 516, III e arts. 42 a 66). Vale recordar que, no caso especifico de execução de sentença estrangeira homologada, a competência é da Justiça Federal (art. 516, parágrafo único)
Na execução fundada em título extrajudicial, o regime é distinto. A regra geral é a da fixação da competência pelos critérios gerais de determinação de competência interna (art. 781, caput), o que remete aos artigos de 42 a 66 o trato da matéria. 
Existe no CPC dois requisitos que se qualificam como essenciais para qualquer execução: o título executivo r a exigibilidade da obrigação. Se tem a exigência de que o exequente, ao demandar a execução, afirme a existência de obrigação certa, liquida, e exigível representada por título executivo, sob pena de se considerar ausente o interesse de agir in executivis
	Título executivo:
Chama-se de título executivo ao ato jurídico dotado de eficácia executiva.  “Título executivo é um ato ou fato jurídico indicado em lei como portador do efeito de tornar adequada a tutela executiva em relação ao preciso direito a que se refere. ” Candido Rangel Dinamarco (1997, p.208).
O título executivo é o ato jurídico capaz de legitimar a prática dos atos de agressão a serem praticados sobre os bens que integram um dado patrimônio, de forma a tornar viável sua utilização na satisfação de um crédito. A exigência de que exista um título executivo para que possa desenvolver-se a execução é um mecanismo de proteção do demandado. Não existisse esta exigência e qualquer pessoa que se dissesse credora de outra poderia demandar a execução forçada. Exigindo a lei, porém, que exista título executivo para que isto ocorra, protege-se o devedor, que só poderá ter seu patrimônio agredido se o demandante apresentar um título executivo.
Os títulos executivos dividem-se em 2 grandes grupos: Títulos executivos judiciais (Art. 515) e de outro lado os Títulos executivos extrajudiciais (art.784, CPC); (tratados por outras áreas do Direito)
“Art. 515 do novo CPC: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste título:
 I – As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
O texto normativo fala em reconhecer a exigibilidade da obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa. Como, porém, estão incluídas nessa enumeração todas as espécies de obrigação conhecidas, basta fazer alusão às decisões que reconhecem a exigibilidade de obrigação (seja de que natureza for).
II – A decisão homologatória de auto composição judicial;
Caso as partes consigam/cheguem a uma solução consensual do litígio, esta deverá ser homologada (art. 487, III) através de um pronunciamento judicial que servira como título executivo judicial. Caso tal solução abranja todo o objeto, sua homologação será feita por sentença. Se abranger apenas uma parte se dará por decisão interlocutória. Quanto a auto composição, significa dizer que, no caso de as partes, no curso do processo, celebremum acordo, este poderá ser subjetiva ou objetivamente mais amplo que o processo.
III – a decisão homologatória de auto composição extrajudicial de qualquer natureza;
Nos casos onde existe conflito entre a parte, mas não tem o processo judicial, e, não obstante isso, já alcançaram um acordo/solução consensual para o litigio e assim, de comum acordo querem dar a esse acordo a eficácia de título judicial. Para isso devem instaurar um processo de jurisdição voluntaria, solicitando ao juízo para que homologue a autocomposição que celebraram, dando força de título judicial.
IV – o formal E a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
Formal de partilha, que deve conter as peças elencadas no art. 655, é o documento extraído dos autos do inventário que constitui a prova da propriedade dos bens pelos sucessores do falecido. Quando o valor do quinhão hereditário não exceder a cinco salários mínimos, o formal de partilha pode ser substituído por um documento mais simplificado, denominado certidão de partilha (art. 655, parágrafo único, CPC/2015). O formal e a certidão têm força executiva exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título universal e singular. Contra essas pessoas pode o interessado requerer o cumprimento da sentença, para receber a quantia ou a posse dos bens que lhe couberam na partilha. Contra estranhos ao inventário, todavia, o título não permite o cumprimento, devendo o interessado se valer do processo de conhecimento.
V – O crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
Refere-se o dispositivo aos créditos devidos por serviços prestados no processo pelos auxiliares da justiça e que não tenham sido pagos na execução do principal ou adiantados pelas partes. O dispositivo é de escassa aplicação, porquanto os honorários do perito, intérprete ou tradutor, uma vez aprovados pelo juiz, são depositados pela parte requerente, antes da realização dos trabalhos. Quando não depositados, são incluídos na conta final e, tal como as custas e honorários, passam a constituir objeto do cumprimento da sentença. Esse crédito, apesar de ter origem judicial, estava disposto no rol de títulos executivos extrajudiciais do art. 585 do CPC/1973. Atualmente, em vez de requerer a expedição de certidão comprobatória da fixação e aprovação das custas, emolumentos e honorários, para posterior propositura de ação de execução autônoma, o credor poderá, nos mesmos autos em que se originou o crédito, pleitear a sua execução, ou melhor, o seu cumprimento.
VI – A sentença penal condenatória transitada em julgado;
A sentença penal condenatória torna certa a obrigação de indenizar (art. 91, I, do CP), ou seja, a condenação criminal, por si só, constitui título executivo cível. A propósito, o juiz, ao proferir sentença condenatória, fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido (art. 387, IV, do CPP). Por não ter sido parte na relação que fixou o valor mínimo a título de reparação, o ofendido não precisa se submeter, necessariamente, a essa decisão. É que sobre ele não se podem estender os efeitos da coisa julgada. Ao não fazer parte da relação processual-penal, travada, em regra, entre Ministério Público e réu, não se pode cogitar de coisa julgada abarcando o ofendido. Desse modo, poderá ele, ainda, promover a liquidação do dano que o delito realmente tenha causado, sem se prender ao valor previsto na sentença criminal. Se, no entanto, o ofendido entender razoável o valor arbitrado, poderá promover desde logo o cumprimento da sentença no juízo cível. Sendo o caso de liquidação, esta observará o procedimento comum, nos termos do art. 509, II, CPC/2015. Liquidada a sentença, o seu cumprimento tramitará na forma dos arts. 520 a 522 do novo CPC (obrigação de pagar quantia certa), sendo que, em vez de intimar o devedor, o juiz mandará citá-lo para cumprir a obrigação (art. 515, § 1º).
VII – a sentença arbitral;
Sentença arbitral é o ato que põe fim à arbitragem (arts. 29 e 31 da Lei nº 9.307/1996). A sentença arbitral, que tem eficácia de título executivo independentemente de homologação judicial, produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário. Caso seja ilíquida, antes do cumprimento, a sentença arbitral deverá ser liquidada no juízo cível competente. Porque não se observa o processo jurisdicional para edição da sentença arbitral, o primeiro ato de comunicação do devedor, no que se refere à liquidação ou execução, será a citação (art. 515, § 1º). A sentença arbitral estrangeira também pode ser executada na Justiça brasileira, mais especificamente na Justiça Federal (art. 109, X, da CF), desde que previamente homologada pelo STJ (art. 105, I, “i”, da CF).
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
O Brasil admite a jurisdição estrangeira, mediante controle, desde que a decisão não se refira a imóveis situados no território brasileiro, nem a inventários e partilha de tais bens (art. 23 do CPC). O controle se faz por meio de homologação, ato jurisdicional da competência do STJ, de natureza constitutiva, pois não só reconhece a validade do julgado, como lhe confere eficácia. A homologação é um plus que se acrescenta à sentença estrangeira para que esta possa produzir efeitos no Brasil. 
A homologação, cuja competência, de regra, é do presidente do STJ, é regulada pelas seguintes normas: art. 105, I, “i”, da CF; arts. 960 a 965 do CPC/2015; arts. 12 a 17 da LINDB e Resolução nº 9/2005 do STJ. Para que a sentença seja homologada, o requerente deverá comprovar o trânsito em julgado, nos termos da Súmula nº 420 do STF. A sentença estrangeira homologada será executada por carta de sentença, no juízo federal competente (art. 109, X, da CF e art. 12 da Resolução nº 9/2005 do STJ). No juízo federal cível competente, o devedor será citado para o cumprimento da sentença homologada pelo STJ, ou, se for o caso, para a liquidação (art. 515, § 1º, CPC/2015). Frise-se que a competência do STJ para a homologação de sentenças estrangeiras limita-se à análise quanto aos requisitos formais do ato. Questões atinentes ao mérito fogem desse “juízo de delibação” e, portanto, não podem ser examinadas por esta Corte. 
IX – A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do executar à carta rogatória pelo 
Superior Tribunal de Justiça; ”
Submete-se à homologação pelo STJ a decisão estrangeira que tenha natureza de sentença. No caso de decisão interlocutória estrangeira – que não tem natureza de sentença, mas de mero ato processual –, a sua exequibilidade está condicionada à prévia apreciação pelo STJ, o qual concederá uma espécie de autorização para que as diligências eventualmente requisitadas pela autoridade estrangeira possam ser executadas no Brasil.
Para que produzam efeitos dentro da ordem jurídica nacional, as decisões interlocutórias serão cumpridas por meio de carta rogatória, que observará o disposto nos arts. 36 e 960 e seguintes do CPC/2015.
§1. ° nos casos dos incisos VI e IX, o devedor será citado no juízo civil para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 dias.
§2. ° A auto composição judicial sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
	TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS:
1) Letra de Câmbio, nota promissória, duplicata, cheque e debenture:
Letra de Câmbio: Título de credito abstrato correspondente a um documento formal, que decorre da relação de crédito entre suas ou mais pessoas pela qual o sacador dá a ordem de pagamento pura e simples, à vista ou a prazo, a outrem (sacado), a seu favor ou de terceira pessoa (tomador), no valor e condições dela constantes.
Nota promissória: Título abstrato e formal, onde uma pessoa faz a outra uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, a vista ou a prazo, em seu favor ou aoutrem à sua ordem, nas condições que nela constam.
Duplicata:  trata-se de título de crédito emitido em favor do vendedor ou prestador de serviço contra o adquirente da mercadoria ou do serviço. A duplicata é circulável via endosso. O endosso é uma forma de transmissão dos títulos de crédito. O proprietário do título faz o endosso lançando sua assinatura no verso do documento. A duplicata precisa ser aceita pelo sacado para ter força executiva. O aceite é o reconhecimento da validade da ordem, mediante a assinatura do sacado, que passa então a ser o aceitante. Se não for aceita, deve estar protestada e acompanhada do comprovante de entrega da mercadoria. O protesto é a apresentação pública do título ao devedor, para o aceite ou para o pagamento. A apresentação é o ato de submeter uma ordem de pagamento ao reconhecimento do sacado. Pode significar também o ato de exigir o pagamento. A duplicata não terá força executiva se houver a recusa do aceite pelos meios e nas condições legais. Os títulos de crédito devem ser apresentados no original em juízo para a cobrança executiva.
Cheque: Título cambiário abstrato e formal, resultante de mera declaração unilateral de vontade, pela qual o emitente, com base em previa e disponível provisão de fundos em poder de uma instituição financeira (sacado), da contra tal instituição uma ordem incondicional de pagamento a vista. 
Debentures: . As debêntures são aplicações de renda fixa em que você faz um empréstimo para uma empresa. É bem parecido com a dinâmica dos títulos públicos do Tesouro Direto, só que, em vez de emprestar dinheiro para o governo, você financia uma empresa privada. Em troca, recebe juros sobre o valor que foi aplicado.
2) Confissão de dívida constante de escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor:
Devedor reconhece a dívida através de ato praticado por documento público, qualquer documento público pode conter o registro da confissão de dívida;
3) Confissão de dívida por documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas:
A exigência estabelecida pela lei processual é, tão somente, que o documento particular esteja subscrito pelo próprio devedor e por duas testemunhas (estas apenas instrumentarias, não sendo necessário que oponham suas assinaturas no documento no momento da pratica do ato de confissão da dívida.
4) Transação referendada pelo ministério público, pela defensoria pública, pela advocacia pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado pelo tribunal:
Essa transação é aquela que é formalizada fora do Poder Judiciário, ou seja, transação extrajudicial, sem necessidade de testemunhas, só a assinatura das partes com o referendo do Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia Pública, advogado se dos transatores, conciliador ou mediador credenciado pelo tribunal, não homologada judicialmente. Se for homologa da judicialmente deixa de ser extrajudicial para ser judicial e poderá ser submetida ao procedimento aplicado ao cumprimento de sente encha. Essa espécie de título extrajudicial já existia no C PC/197 3 e o NCPC trouxe a inclusão da transação referendada pelo c conciliador o u medida o crê encilhado pelo tribunal, que estarão habilitados a atuar fora do juízo na atividade cones sua dos conf. leitos, sendo capaz de refere andar a solução, criando um título executivo e extrajudicial 
5) Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese, ou outro direito real de garantia a aquele garantido por caução:
O bem dado em garantia fica sujeito a obrigação. Assim não tendo sido cumprida a prestação poderá o credor demandar a execução forçada.
6) Contrato de seguro de vida:
Negocio jurídico pelo qual a pessoa (segurador) se obriga, mediante pagamento do prêmio, a garantir interesse legitimo do segurado, reativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.
7) Credito decorrente de foro laudêmio:
Decorre de contrato de enfiteuse, que se trata de uma espécie de contrato de arrendamento de terras de longo prazo onde o enfiteuta (arrendatário) paga um valor de pensão (chamado de foro), ao proprietário pelo uso da terra. Quanto o enfiteuta não mais tiver interesse no contrato deve oferecer a terra de volta ao proprietário, em razão do direito de preferência deste mas se este não o quiser e o contrato for passado para um novo enfiteuta, será devido um montante denominado laudêmio que pode ser executado. O título executado é o próprio contrato.
8) Credito, documentalmente comprovado, de aluguel de imóvel e de encargos acessórios da locação
O contrato de locação de imóvel, celebrado por escrito, gera, para o locador, o direito de receber o aluguel e uma serie de outras verbas, conhecidas como encargos acessórios. 
9) Inscrição no termo de divida ativa da Fazenda Pública
Nesse caso, a ação a ser proposta não receberá o nome de execução por título extrajudicial. Após a expedição da certidão de dívida ativa, o Ente Público dará início à execução fiscal, que segue o rito previsto na Lei 6830/80 e subsidiariamente o CPC.
10) Credito referente a contribuições de condomínio edilício
Esse inciso é uma novidade do CPC de 2015. Na vigência do CPC anterior, os condomínios tinham que ingressar com uma ação de cobrança, que é uma ação de conhecimento. Agora, basta o condomínio ajuizar uma execução por título extrajudicial, na qual a satisfação do crédito é geralmente mais rápida, já que os atos executórios ocorrem logo após a citação. As contribuições ordinárias são aquelas descritas no § 1º do art. 23 da Lei 8245/91 (Lei de Locações) e são devidas pelo locatário do bem imóvel (art. 23, XII). Já as extraordinárias estão listadas no parágrafo único do art. 22 da referida lei e são de responsabilidade do locador (art. 22, X).  Contudo, vale lembrar que as obrigações condominiais são propter rem, ou seja, ainda que o bem esteja locado e as obrigações ordinárias sejam de responsabilidade do locatário (inquilino), o inadimplemento (não pagamento) das cotas condominiais pode resultar em penhora do bem imóvel para pagamento da dívida, ainda que ele seja o Bem de Família do locador.
11) Credito de serventia notarial ou de registro, relativo a emolumentos ou outras despesas devidas pelos atos por ela praticados
Esse inciso também foi incluído no novo CPC e não era previsto no anterior. As serventias notariais ou de registro são aquelas nas quais se registra casamento, união estável, nascimento, divórcio, dissolução de união estável, entre outros.
12) Demais títulos que, por disposição expressa, recebem da lei eficácia executiva
O rol do art. 784, do CPC, não é taxativo, é exemplificativo. Ou seja, leis podem criar novos títulos executivos extrajudiciais. Como exemplo, há Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) e Cédula de Crédito Bancário (CCB) que são títulos executivos extrajudiciais, por força do disposto, respectivamente, artigos 20 e 28 da Lei 10.931/2004.  A Cédula de Crédito Imobiliário é instituída para representar créditos imobiliários e é emitida pelo credor imobiliário (art. 18 da referida lei). Já a CCB é título de crédito emitido em favor de instituição financeira ou entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro (art. 26 da lei). Quando se pede um empréstimo, o Banco obriga o devedor a assinar a CCB, ou seja, caso o devedor não pague as prestações poderá sofrer uma execução por título extrajudicial.
	RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL:
Com o advento de princípios jurídicos como o da dignidade humana, entendeu-se ser incompatível com o sistema, no campo do processo de execução, a responsabilidade pessoal sobre as obrigações não cumpridas. A única exceção é a hipótese de dívida de alimentos, em que a responsabilidade pessoal é vislumbrada como meio de coerção. O art. 789 do Novo CPC, então, trata da responsabilidade patrimonial, em uma remissão ao art. 591 do CPC/1973. Todavia, fala-se de duas espécies de responsabilidade patrimonial:
· primária, ou seja, quando incide sobre os bens do devedor obrigado;
· secundária, ou seja, quando incide sobre bens deterceiro não obrigado;
Diante dessa classificação, o enunciado do caput do art. 789, CPC/2015, prevê a responsabilidade patrimonial primária. Determina, então, que o devedor responderá, pela obrigação, com todos os seus bens, exceto quando defeso em lei. Logo, a submissão dos bens do devedor não é absoluta.
Conforme o caput, responderão tanto os bens presentes quanto os bens futuros. Contudo, Neves [1] critica a indefinição do artigo. Segundo o autor, o maior problema do dispositivo se encontra na ausência de estipulação do momento presente sobre o qual fala. Consequentemente, não há parâmetros, dentro do próprio dispositivo para estabelecer quais os bens passíveis, ou não, de serem executados. Em face desse questionamento, a melhor interpretação seria a de que o momento presente do legislativo seria não o momento do surgimento da obrigação, mas o momento de início do processo de execução. Nesse casos, os bens futuros seriam aqueles adquiridos após o início do trâmite.
Consideram-se bens presentes aqueles que integram o patrimônio do executado no momento da instauração da execução. E por bens futuros devem ser compreendidos aqueles bens que o executado adquirir no decorrer da execução, após sua instauração. Ficam porem, sujeitos a execução outros bens que não pertencem ao executado. (art. 790 e incisos)
O art. 790, Novo CPC refere-se ao conteúdo antes previsto no art. 592 do CPC/1973 e dá, assim, continuidade às previsões de responsabilidade patrimonial. Entretanto, enquanto o art. 789 do Novo CPC dispõe apenas acerca de responsabilidade patrimonial primária, o art. 790 do Novo CPC prevê hipóteses tanto de responsabilidade patrimonial primária (em seus incisos I, III, V, VI e VII), quanto secundária (em seus incisos II e IV).
Nas hipóteses de responsabilidade patrimonial secundária, todavia, é assegurado ao terceiro a interposição de embargos de terceira, visando a proteção de seu direito sobre o bem, em conformidade aos artigos 674 e 792, § 4º, do Novo CPC. Do mesmo modo, a responsabilidade secundária não exclui a responsabilidade primária.
Por fim, constitui o patrimônio penhorável do devedor, os bens, corpóreos ou incorpóreos, de expressão econômica. Ou seja, quando o valor do bem for irrisível, será desconsiderado para fins de execução. Cabe ressaltar, ainda, que, apesar da previsão do dispositivo, é preciso atentar-se às regras de impenhorabilidade dos bens, dispostas no art. 833, Novo CPC.
Art. 790, incisos I, III, V, VI e VII, do Novo CPC
Como vislumbrado, esses incisos especificam a responsabilidade patrimonial primária prevista já no art. 789, Novo CPC. Portanto, responderão os bens do devedor:
· Ainda que em posse de terceiros (inciso III), uma vez que o bem ainda pertence ao devedor, ressalvados os direitos do possuidor;
· Ainda que tenham sido alienados ou gravados com ônus real (inciso V), caso se configure fraude à execução nos molde do art. 792, Novo CPC, e nos casos em que a alienação ou gravação, por essa razão, tenha sido anulada (inciso VI);
O inciso I não trata de hipótese de responsabilidade patrimonial sobre o bem do devedor originário. Contudo, prevê que responderá com os bens aquele que o suceder a título singular. Uma vez que a hipótese pode-se confundir com aquela prevista no inciso V, a doutrina entende referir-se o artigo à sucessão causa mortis.
O inciso VII, por fim, trata da questão de processo de execução contra pessoa jurídica. Nesses casos, pode-se proceder à desconsideração da personalidade jurídica (artigo 50, Código Civil) e, consequentemente, responderá, com seu patrimônio, o responsável. Entretanto, deve-se observar as disposições do artigo 795, Novo CPC.
Art. 790, incisos II e IV, do Novo CPC
Já os incisos II e IV do art. 790 introduzem a responsabilidade patrimonial secundária. Portanto responderão com seus bens, além do devedor originário:
· O sócio (inciso II), nos termos legais e em conformidade ao art. 795, Novo CPC;
· O cônjuge ou companheiro (inciso IV), quando os bens próprios ou aquelas cuja sua meação, pelo regime de bens, respondam pela dívida. Na hipóteses de responsabilidade do cônjuge ou companheiro, contudo, é possível que seja primária, quando a dívida for contraída para satisfação da economia doméstica (artigos 1.643 e 1.644, Código Civil);
Neves, todavia, faz uma importante ressalva quanto à participação do responsável no processo de execução:
Parte da doutrina entendia que não se devia considerar o responsável patrimonial como parte na demanda executiva, ainda que sejam os seus bens que respondam pela satisfação da obrigação, em interpretação que limita a legitimação passiva da execução aos sujeitos previstos no art. 568 do CPC/1973. Por esse entendimento, não se devem confundir a legitimidade passiva e a responsabilidade secundária, uma vez que o sujeito passivo é o executado, enquanto o responsável não é executado, tão somente ficando seus bens sujeitos à execução. O entendimento deve ser mantido com o Novo CPC, pois a legitimidade passiva na execução continua a ser expressamente prevista, agora pelo art. 779.
ALIENAÇÕES FRAUDULENTAS:
Alienação de bens pelo devedor, na pendência de um processo capaz de reduzi-lo à insolvência, sem a reserva - em seu patrimônio - de bens suficientes à garantir o débito objeto de cobrança.
Vê-se desde logo que trata-se de um instituto de direito processual, regulado na lei adjetiva - CPC art. 593 - e que não se confunde com a fraude contra credores prevista nos arts. 106 e ss. do CCB.
A fraude contra credores é um dos defeitos dos atos jurídicos, que depende de ação própria para ser declarado e que, se procedente, implica na anulação do ato. A fraude de execução é instituto de direito processual, um incidente do processo, que não reclama ação própria e cujo reconhecimento implica na ineficácia da alienação em relação à outra parte, não desfazendo a alienação.
Mas, talvez, a mais relevante diferença entre um e outro instituto, é que a ocorrência da fraude contra credores reclama a prova de existência de consilium fraudis, enquanto que, na fraude de execução, a existência da fraude é presumida pela simples alienação.
O consilium fraudis caracteriza-se pela existência de um conluio fraudulento entre alienante e comprador ou, ainda, que este conheça a situação de insolvência daquele. Ensina Liebmam que na fraude de execução "a intenção fraudulenta está in re ipsa; e a ordem jurídica não pode permitir que, enquanto pende o processo, o réu altere a sua posição patrimonial dificultando a realização da função jurisdicional.
Caso o bem alienado seja objeto de ação fundada em direito real, a alienação é ineficaz em relação ao ganhador da demanda, não podendo o adquirente resolver o direito real indicando outros bens do alienante ou mediante pagamento em dinheiro ou entrega de outro bem.
A configuração da fraude à execução exige a observância de dois requisitos objetivos, o dano, eventus damni, e a existência de processo pendente, litispendência. Ou seja, a fraude à execução é a alienação ou oneração de bens, no curso de um processo, quando tal ato reduzir o devedor à insolvência. 
O primeiro requisito, dano, é o mesmo exigido na fraude contra credores, não havendo qualquer esclarecimento adicional a ser realizado. Entretanto, o segundo requisito, litispendência, merece maior atenção, fazendo-se necessárias algumas observações. 
A primeira observação a ser feita é de que, apesar do nome, “fraude à execução“, não é exigido que o processo em curso, quando da alienação ou oneração do bem, seja um processo executivo ou em fase de execução. 
Isso se dá por diferentes razões, primeiro, porque prevê o artigo 593, I da Lei n. 5.869, de 11 jan. 1973 (Código de Processo Civil), que haverá fraude à execução, quando pender, sobre o bem alienado, ação fundada em direito real. A fraude prevista no inciso supracitado, não possui relação com a fraude contra credores, vez que, é uma hipótese peculiar, destinada às obrigações de entrega de coisa, porém, não é exigida a instauração do módulo processual executivo. Já no inciso seguintedo referido artigo, está prevista a hipótese da ocorrência da fraude à execução quando a alienação se der no curso de demanda capaz de reduzir o devedor à insolvência. Esta hipótese refere-se às obrigações pecuniárias e, a lei não prevê expressamente que deva ser processo executivo e, a doutrina, em consenso, corrobora tal entendimento.
A ocorrência da fraude à execução, como se viu, pode se dar em processos executivos ou de conhecimento, no entanto, o seu reconhecimento se dá, sempre, quando instaurado o módulo processual executivo e tem como efeito a ineficácia/inoponibilidade do ato de alienação ou oneração contra o credor. Em outras palavras, o credor, requer o reconhecimento da fraude à execução, no curso da execução ou módulo executivo, demonstrando que a alienação do bem que tornou o devedor insolvente se deu no curso da própria execução, ou do processo de conhecimento que o antecedeu. 
Assim, uma vez configurada à fraude à execução, o bem alienado responderá pela dívida do devedor/alienante, de imediato, sem a necessidade de propositura de ação judicial autônoma para atribuir a inoponibilidade do negócio jurídico ao credor.
	BENS INPENHORAVEIS:
1) Bens absolutamente impenhoráveis:
Art. 833 – São impenhoráveis:
I – Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II – Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV – Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º; 
V – Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
VI – O seguro de vida; 
VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX – Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X – A quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; 
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; 
XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra” (Lei nº13.105, de 16 de março de 2015)
Para exemplificar, são absolutamente impenhoráveis os bens gravados com cláusula de inalienabilidade ou qualquer outro bem que, as partes, por meio de negocio processual, tenham resolvido que não poderá ser penhorado em uma execução estas figurem.
Nesse ponto, cumpre esclarecer que a impenhorabilidade não se aplica nos casos de execução de dívida relativa ao próprio bem imóvel ou contraída para sua aquisição, consoante expresso no artigo 833 § 1º.
São também tratados como absolutamente impenhoráveis, os bem que guarnecem o imóvel residencial do devedor, com exceção daqueles de elevado valor, ou seja, que não são de premente necessidade para um padrão comum de vida. Sendo assim, o mesmo entendimento se aplica para os vestuários e pertences de uso pessoal, de modo que apenas o mínimo existencial será tido como impenhorável.
Ainda, qualquer tipo de remuneração percebida por alguém em decorrência do seu labor é impenhorável, porém insta salientar que existe uma exceção para o caso de execução de prestação alimentícia, caso em que será possível a apreensão do salário, nos termos do artigo 833,§2º, do Código de Processo Civil.
Ora, se a remuneração pelo trabalho é bem absolutamente impenhorável, por certo que são também impenhoráveis os instrumentos utilizados para exercer o labor, como por exemplo, não se podem penhorar os livros de um advogado (artigo 833, V).
Do mesmo modo, são absolutamente impenhoráveis o seguro de vida, os materiais usados em obra não acabada, a pequena propriedade rural, os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação em saúde, educação ou assistência social, o valor depositado em caderneta de poupança que não exceda 40 (quarenta) salários-mínimos e, por fim, os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação, vinculados à execução da obra.
Sendo assim, o rol taxativo previsto no Código de Processo Civil objetiva resguardar os bens que são de uso essencial para sobrevivência do cidadão, levando em conta um padrão médio de vida e o princípio do mínimo existencial.
Conquanto existam os bens acima elencados, também existem bens impenhoráveis da espécie denominada de bens relativamente impenhoráveis. Estes bens poderão ou não ser penhorados conforme a capacidade patrimonial do Executado.
Nesse aspecto, observa-se que o artigo 834 no novo Código de Processo Civil elenca os bens que serão penhorados na hipótese do devedor não possuir outros que possam satisfazer a obrigação: “Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis”.
Logo, se existirem outros bens que não aqueles previstos no artigo 834 e que possa garantir a execução, não será possível aprender estes bens indicados no dispositivo legal supra.
Perceba-se que os bens inalienáveis são absolutamente impenhoráveis, por força do disposto no artigo 833, I do Código de Processo Civil. No entanto, os frutos e rendimentos destes bens podem ser penhorados, na hipótese única da falta de outros bens 
Por último, também recebe o status de bem impenhorável, o chamado bem de família: 
- INSTITUTO DE IMPENHORABILIDADE DO IMOVEL RESIDENCIAL - “Dois são os motivos que levam a isso. O primeiro deles é o fato que a denominação bem de família é empregada para designar outro fenômeno […] e que é regido pelos arts. 1.711 a 1.722 do CC. […] O segundo motivo está em que a caracterização de uma família exige, pelo menos, duas pessoas (já que, no mínimo, uma entidade familiar é formada por cônjuges, companheiros ou um ascendente e um descendente). Daí resultaria que a expressão “bem de família” poderia gerar a equivocada impressão de que o beneficio criado pela Lei nº8.009/1990 não protegeria pessoas que residem sozinhas” 
Portanto, é impenhorável o imóvel destinado a garantir a residência do devedor e de sua família, razão pela qual não importa se o imóvel em que reside é o de menor valor ou ainda, se o Executado possui outros imóveis.
Para que o imóvel residencial seja considerado impenhorável basta que ele sirva para moradia, ainda que o devedor tenha outros ou que seja este o mais valioso. Ou seja, no caso do devedor utilizar mais de um imóvel para residência, somente um deles será considerado impenhorável, qual seja, o aquele dentre os usados para residência que tenha o menor valor.
Por fim, existe exceção expressa na lei para a impenhorabilidade do imóvel residencial:
“Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: I – em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;III — pelo credor de pensão alimentícia;IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou paraexecução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens;VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação”(Lei 8.009 de 29 de março de 1990).
Portanto, a impenhorabilidade do bem de família não é absoluta, conforme se depreende da leitura do dispositivo legal supra, existem exceções que permitem a penhora do aludido bem.
Destarte, a legislação processual civil ao prever expressamente exceções para a regra de que todos os bens do Executado respondem pela obrigação, mostra-se coerente com os princípios constitucionais que balizam a interpretação do ordenamento jurídico.
Assim, a previsão de impenhorabilidade de determinados bens, seja absoluta ou relativa, pretende garantir um mínimo existencial, ou seja, uma condição minimamente digna de vida para o devedor.

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