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Comércio Internacional

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Comércio Internacional 
– Fonte de riqueza e desenvolvimento social 
1. Países comercializam, pois são diferentes e como indivíduos podem ser beneficiados por diferenças atingindo 
um arranjo no qual cada um produz as coisas que faz relativamente bem. 
 
2. Países comercializam para obter economias de escala, pois se produzem uma variedade ampla podem 
produzir cada vez mais com mais eficiência do que produzir tudo. 
 
Quem quer se desenvolver precisa vender no exterior 
 
Fonte de riqueza e redução da pobreza, o comércio internacional é assunto estratégico para todos os países, pois afeta 
o nível de desenvolvimento social e teve impulso na década de 1950 e no Brasil, ganhou força na abertura comercial 
dos anos 1990. 
Ramo que engloba normas e leis que regulam as relações externas entre nações, organizações internacionais e 
empresas além dos limites da soberania nacional que devem ser respeitadas por nações que integram a comunidade 
internacional. 
Direito Internacional Público 
 Ramo jurídico que regula vínculos entre Estados por meio de tratados, acordos e convenções e normaliza 
compatibilidades e conflitos entre membros e aplica-se à OMC e ONU. 
Direito Internacional Privado 
 Ramo jurídico que regula conflitos entre Estados e particulares, por meio da formulação de critérios e indicação da 
legislação para definir uma relação jurídico-privada internacional e que envolve interesses de particulares, com a 
necessidade de análise em mais de um país. 
 
Ramos do Direito nacional relacionados às decisões internacionais: 
 Direitos Humanos e do Trabalho 
 Direito Financeiro e Investimentos 
 Direito Comercial e Tributário 
 Direito à Concorrência e Propriedade Intelectual 
 Direito Ambiental 
 Relações Internacionais 
– Origens 
Lex Mercatoria – Sistema jurídico europeu aplicado a comerciantes e marinheiros até séc. XVII. 
“Regras costumeiras desenvolvidas em negócios internacionais aplicáveis em cada área determinada do comércio 
internacional, aprovadas e observadas com regularidade. ” (AMARAL, 2004) 
 Fenícia (1550 a.C. – 300 a.C.) através da ocupação da Síria, Líbano e Israel. 
 Entrepostos comerciais através dos oceanos utilizados por gregos e romanos. 
 Desenvolvimento na Idade Média através das grandes navegações e a colonização. 
 
– Nova Lex Mercatoria após Segunda Guerra Mundial 
 Nova dinâmica comercial como forma de evitar guerras e promover crescimento; 
 Diminuição de barreiras alfandegárias e uso de novas tecnologias; 
Nova ordem no comércio internacional com base em Tratados e Acordos; 
 Padronização das normas do comércio internacional; 
 Criação de organizações internacionais multilaterais (ONU, GATT, FMI, Banco Mundial); 
 Formação de blocos econômicos e difusão dos acordos regionais de comércio. 
 
Efeitos da integração comercial no nível de desenvolvimento social e econômico 
1. Aumento da oferta de produtos 
2. Ampliação do mercado consumidor 
3. Redução dos preços dos produtos 
4. Aumento do bem-estar dos consumidores 
5. Aumento da concorrência 6. Incentivo à inovação e tecnológico 
7. Ganhos de escala 
8. Aumento da corrente de comércio 
9. Incentiva a entrada de investimentos 
 
Comércio Internacional e Globalização 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, o comércio internacional acelerou a globalização em 4 dimensões: 
 Comercial 
 Produtiva 
 Financeira 
 Tecnológica 
 
– Princípios do Sistema Multilateral de Comércio 
Definição de Organizações Internacionais: 
“Associações entre Estados (ou outras entidades possuindo personalidade internacional), estabelecidas por meio do 
tratado, possuindo constituição e órgãos comuns com personalidade legal distinta dos Estados-membros” (ACCIOLY, 
2012). 
Princípios Jurídicos do Sistema Multilateral 
 Princípio da não discriminação de nação; 
 Princípio da transparência e previsibilidade; 
 Princípio da concorrência leal; 
 Princípio da proibição das limitações quantitativas; 
 Tratamento diferenciado para países em desenvolvimento (norte x sul). 
 
OMC (1995) – O comércio cresce e o mundo muda, para melhor... 
Sucessora do GATT (47) com 164 países-membros e sede em Genebra, assume o desafio de dar novo impulso ao 
comércio internacional a partir da globalização em curso com as metas: 
 Promover e facilitar a implementação de acordos comerciais (regionais/multilaterais); 
 Ser local para negociações e prover estrutura para ajudar nas negociações; 
 Organismo de Solução de Controvérsias e julgamento de ações de defesa comercial; 
 Apelação e Arbitragem. 
 
– OMC, negociações e abertura comercial 
 O Multilateralismo comercial desenvolveu-se a partir da realização periódica de rodadas de negociações visando à 
abertura (redução tarifária) gradual do comércio através de rodadas. 
1. Participação crescente 
2. Ampliação dos temas 
3. Temas sensíveis 
4. Meio ambiente 
5. Leis trabalhistas 
6. Propriedade Intelectual 
7. Compliance 
 
OMC – Atribuições e princípios 
 
Atribuições 
 Facilitar a administração dos acordos regionais de comércio. 
 Servir de foro para negociações entre os países-membros. 
 Disponibilizar estrutura técnica para as negociações. 
 Arbitrar controvérsias e litígios comerciais entre os países-membros. 
 Examinar as políticas e práticas comerciais dos países-membros. 
 Cooperar com o FMI e com o Bird. 
 
Princípios 
 Acordos multilaterais e rodadas de negociações. 
 Regulação de atividades comerciais dos países. 
 Compartilhamento da soberania interna e crescimento econômico. 
 
OMC – Acordos Comerciais 
 Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS); 
 Acordo sobre a Agricultura; 
 Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS); 
 Acordo sobre Têxteis e Confecções; 
 Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT); 
 Acordo sobre as Medidas em Matéria de Investimentos com o Comércio (TRIMS); 
 Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual (TRIPS); 
 Acordo sobre a Aplicação do Artigo VI do GATT (dumping); 
 Acordo sobre a Aplicação do Artigo VII do GATT (valoração aduaneira); 
 Acordo sobre a Inspeção Prévia à Expedição; 
 Acordo sobre Regras de Origem; 
 Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias. 
 
Blocos Econômicos – Uma nova realidade 
A partir da década de 1950 (Europa) dissemina-se a realização de acordos comerciais em torno de interesses 
comerciais comuns e localização próxima em 5 modelos principais 
 Acordos Bilaterais 
 Acordos Regionais 
 Acordos Continentais 
 Acordos Megablocos 
 
 
Mercosul – (Mercado Comum do Sul) 
 
União Aduaneira criada no Tratado de Assunção (1991) com Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai. 
 Consolidar a integração regional política, econômica e social. 
 A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos. 
 Política comercial comum e criação da Tarifa Externa Comum (TEC) a partir de 1994. 
 A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais. 
 Harmonização de legislações nas áreas pertinentes. 
Protocolo de Ouro Preto (1994) criou a estrutura institucional e jurídica por consenso decisório, definiu as fontes 
jurídicas e o princípio da vigência simultânea das normas. 
Estrutura 
 Conselho do Mercado Comum (CMC) – condução política do processo de integração; 
 Grupo Mercado Comum (GMC), órgão executivo; 
 Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) – monitora políticas locais. 
 
União Europeia 
Grupo de 27 países criado em 1992 no Tratado de Maastricht (Holanda) com os pilares: 
 União política com parlamento próprio (Bruxelas) 
 União econômica e monetária (Euro/Frankfurt) 
 Política externa comum e cooperação policial e judiciária em matéria penal. 
Estrutura administrativa 
 Comissão Europeia – define objetivos e orientações gerais. 
 Composição: chefes de estado/governo + presidente da CE. 
 Parlamento Europeu –representa a população, assegura liberdade de expressão e imunidade penal. 
 Tribunal de Justiça – Corte constitucional independente que profere juízos e zela por ordem jurídica. 
 
Teorias do comércio internacional e de investimento externo 
O enfoque econômico examina tendências econômicas nacionais e internacionais. 
 
Aspectos principais: 
 Ambiente de negócios e comércio; 
 Localização geográfica dos mercados; 
 Situação do Balanço de Pagamentos Internacionais e taxa de câmbio; 
 Aspectos microeconômicos e disponibilidade de recursos locais; 
 Regulamentações internacionais e locais. 
 
Teorias de Internacionalização de Empresas 
 Teoria do ciclo do produto 
 Saturação do mercado local e aumento da competição no país da matriz. 
 Produção pode ser transferida para uma subsidiária abrindo mercados. 
 Status de produto novo. 
 
 Teoria do poder de mercado 
 As empresas exportam o “poder de mercado”. 
 Criação de barreiras de mercado à entrada. 
 Eliminar a competição internacional. 
 Exportar ativos como know-how, tecnologia, ativos e competências gerenciais. 
Internacionalização de Empresas 
 As empresas transnacionais são responsáveis pela maior parte da produção mundial, sendo o principal agente dos 
processos de internacionalização, centralização e concentração do capital. 
 Internacionalização é um processo crescente e contínuo de atuação em outros países de forma que parte do 
faturamento seja proveniente do exterior. 
 A presença de empresas estrangeiras é secular. 
 Início do processo de desenvolvimento econômico nacional. 
 O investimento brasileiro no exterior intensificou-se na década de 1990. 
 Abertura de mercado e entrada de estrangeiros com aumento da concorrência. 
 
Integração do Brasil e internacionalização das empresas 
 A integração do Brasil no comércio internacional é reduzida com cerca de 1,2% do volume mundial em razão de 
vários fatores estruturais como baixa produtividade e grau de abertura comercial com poucas empresas com atuação 
externa com exportações de produtos básicos como agroexportadores e produtores de commodities minerais. 
 Índice de Internacionalização (II) 
Mede a participação dos negócios no exterior no total da empresa e é calculado entre 0 e 1 
0 (menor participação) a 1 (maior participação) e considera três indicadores; 
1. Receitas no exterior/total 
2. Número de funcionários no exterior/total 
3. Valor dos ativos alocados no exterior/total 
 
Os investimentos internacionais aceleraram na década de 1990 com intensa entrada, compra e venda de empresas no 
mundo através das multinacionais dos países centrais das empresas nacionais dos países em desenvolvimento. 
Principais formas de expansão empresarial no comércio internacional 
 Exportação indireta (menor risco) 
 Exportação direta 
 Franquias 
 Licenciamentos 
 Parcerias e Joint-ventures 
 Greenfield (maior risco) 
 
Evolução da Internacionalização de Empresas 
Muitas empresas iniciam sua expansão global como exportadores e modificam sua estratégia para uma das outras 
estratégias para servir a um mercado no exterior. 
 Prover economias de escala. 
 Evitar custos de fabricação em outros países. 
 Ser consistente com uma estratégia global de fabricação centralizada em um só local. 
 Economias de escala substanciais em função de seu volume de vendas global. 
 
Fusões, Aquisições e Parcerias internacionais 
 
Joint ventures 
 Acordo formal de negócios. 
 Atividade de cooperativa de negócio. 
 Formam-se por duas ou mais organizações separadas. 
 Criam um negócio independente. 
 
Fusões 
 Duas ou mais empresas formam uma única corporação. 
 Acordo mútuo. 
 Necessidade de sobrevivência. 
 Pressões competitivas para atingir concorrentes maiores. 
 
Aquisições 
 Ocorre a compra de uma empresa por outra e pode ser parcial ou total. 
 Transação satisfatória para ambas as partes. 
 Conhecer a cultura do país da adquirida. 
 Mensurar os impactos na fase de integração. 
Comércio Internacional – Norte (Desenvolvido) x Sul (Desenvolvimento) 
Abertura Comercial e Protecionismo 
 O desenvolvimento no Pós-Guerra mostrou-se desigualdade entre países desenvolvidos e não desenvolvidos, 
promovendo reações às políticas comerciais com ações de protecionismo 
 Controle governamental do comércio internacional através de aspectos regulatórios e legais. 
 Defesa do mercado interno protegendo da concorrência as indústrias locais, combate às práticas ilegais e segurança 
nacional estratégica. 
 Utilização de barreiras tarifárias e não tarifárias. 
 Proteção à criação local de indústrias nascentes pouco competitivas. 
 
Sistemas Preferenciais de Comércio Internacional (SGP) 
No âmbito da ONU, o SGP é um programa em que países desenvolvidos podem conceder benefícios tarifários aos 
países em desenvolvimento na forma de redução/isenção do imposto de importação de produtos agrícolas e 
industriais com os objetivos: 
 Aumentar as exportações dos países em desenvolvimento. 
 Promover a industrialização. 
 Acelerar as taxas de desenvolvimento econômico. 
 
Para obter a qualificação aos benefícios, são considerados: 
1. Nível de desenvolvimento econômico e industrial. 
2. Padrões de atuação no comércio internacional. 
3. Políticas locais de comércio e os sistemas comerciais. 
4. Comprovar através do certificado de origem a procedência e local de fabricação. 
 
Defesa comercial e práticas comerciais ilegais 
Práticas Ilegais: 
1. Dumping – prática privada comercial de discriminação de preços em que o preço de exportação é inferior ao preço 
local. 
2. Subsídio – prática pública ilegal em que o exportador se beneficia de ajuda do Estado que desequilibrada as 
condições concorrenciais e ajuda a venda no exterior a preço inferior. 
Direitos Antidumping (rodada Uruguai/1994): 
 Medidas antidumping. Caso a indústria local sofra dano em decorrência de importações de produtos similares, 
podem ser aplicados direitos antidumping; 
 Medidas compensatórias. Objetivo de compensar subsídios concedidos no país exportador, cuja exportação cause 
dano à indústria doméstica do país importador; 
 Salvaguardas. Objetivo de aumentar, temporariamente, a proteção à indústria local sofrendo prejuízo grave 
decorrente do aumento das importações. 
 
 
OMC e a solução de controvérsias 
Sistema de solução de controvérsias: 
 Busca a conciliação entre as partes e funciona como tribunal arbitral, com a criação de painéis específicos para cada 
caso. 
 Concede segurança jurídica e eficácia aos acordos multilaterais, de modo que os países prejudicados pudessem 
resolver a questão, por meio de um acordo satisfatório ou mediante a aplicação das sanções cabíveis. 
Procedimentos do Sistema de Solução de Controvérsias: 
1. Caso um país avalie que outro país está violando normas, solicita consultas na OMC. 
2. Após a consulta e constada a violação, forma-se um painel composto por árbitros da OMC. 
3. Com a decisão final, reclamante e reclamado podem apelar na OMC. 
4. Caso a decisão final reitere a violação, o reclamante poderá impor sanções comerciais. 
 
Contratos Internacionais 
Representam a vontade das empresas nas transações comerciais com aspectos distintos da legislação nacional que 
exigem controle público em três níveis: 
 Cambial – As empresas devem informar aos reguladores dos países o teor financeiro da negociação, pois os 
pagamentos são em moedas distintas com regras e conversão e remessa. 
 
 Tributário – As transações incidem tributos, condição básica para o desembaraço aduaneiro. 
 
 Administrativo – Avaliar se a mercadoria atende, em termos de adequação à legislação local, aos requisitos 
como idioma, embalagem, rótulo, saúde pública e direito do consumidor. 
 
Identificação dos contratantes: 
 Descrição detalhada das mercadorias e forma de entrega dos bens. 
 Forma depagamento e condições da venda. 
 Moeda utilizada, data de embarque e seguros. Cláusulas básicas: 
 Necessitam de cuidados no manuseio e na embalagem. 
 Na omissão opera-se a desoneração da parte culpada. 
 Em arcar com as responsabilidades decorrentes da perda ou dano. 
Cláusulas específicas: 
 Eventos como tempestades, furacões, incêndios, terremotos. 
 Acontecimentos políticos, perturbações da ordem social, como guerras ou greves. 
 
Incoterms – Termos Internacionais de Comércio 
 A Câmara de Comércio Internacional (CCI) criou em 1936 uma tabela codificada que atribui normas e 
responsabilidades sobre transporte e custos nos contratos comerciais e determinam a condição de entrega dos 
produtos do vendedor ao comprador e define a responsabilidade entre comprador/vendedor. 
 No Incoterms 2020 existem 11 termos que devem ser utilizados por importadores/exportadores 
Por exemplo, o termo EXW (Ex Works) (na origem) 
 A responsabilidade do vendedor é mínima; 
 A obrigação do exportador é produzir e disponibilizar para retirada na empresa ou outro local para que o importador 
ou representante que se responsabiliza pelo envio ao exterior. 
 Aspectos jurídicos 
 Aspectos comerciais 
 Aspectos financeiros 
 Aspectos tributários 
 
Direito Tributário e Comércio Internacional 
 É atribuição da Receita Federal (SRF) gerenciar operações externas de forma similar às internas com funções de 
arrecadação tributária, fiscalização e controle específicos do setor externo. 
 Tributos Federais: Imp. Importação (II), Imp. Exportação (IE), Imp. Produtos Industriais (IPI), Contribuição 
PIS/COFINS. 
 Tributos Estaduais: ICMS 
 Taxas locais: Adicional de Frete para a Renovação da Marinha, taxas Siscomex. 
 
Direito Aduaneiro 
Premissas internacionais aplicadas ao Direito como princípios aduaneiros: 
 Princípio da Transparência: Estados soberanos que operam mediante entendimento recíproco e 
consentimento com comunicação sobre normas, controles e exigências. 
 
 Princípio da boa-fé nas transações comerciais: as administrações aduaneiras devem considerar, a priori, as 
informações legitimamente apresentadas pelas empresas. 
 
 Prevalência das Normas de Direito Internacional: os tratados decorrem do concerto entre as nações e 
condicionam a produção de normas internas. 
 
 Universalidade do controle aduaneiro: o controle aduaneiro alcança bens, veículos e pessoas, salvo quando 
houver disposição internacional específica. 
 
 Princípio da circulação econômica: a cobrança de tributos faz sentido se o bem efetivamente integrar a 
economia brasileira. 
Crimes em fronteiras 
Com o aumento do intercâmbio comercial, cresceram os crimes aduaneiros nas fronteiras como contrabando e 
descaminho atingindo um total de R$ 3,03 bilhões de reais em 2020. 
 Cigarros 37% 
 Eletrônicos 10% 
 Vestuário 8% 
 Veículos 4% 
 Informática 3% 
Crimes tributários: contrabando, descaminho, fraude de documentos, sonegação fiscal. 
Sociais/Financeiros: violência local, pirataria, lavagem de dinheiro, drogas, evasão escolar, corrupção local. 
 
Crimes em fronteiras e evasão fiscal 
 Destinação das cargas apreendidas após instauração de processo administrativo e avaliação de cargas apreendidas 
que caracteriza o perdimento de carga. 
 Destruição. 
 Doação. 
 Leilão 
Crimes financeiros: 
 Envio de recursos a paraísos fiscais. 
 Lavagem de dinheiro. 
 Tráfico de drogas. 
 
Integração Financeira Regional – Sistema de Pagamentos – Moeda Local 
Com o objetivo de fortalecer a integração através da utilização das moedas locais no comércio, firmou-se acordo entre 
Brasil e Argentina, Brasil e Uruguai, Brasil e Paraguai em que as operações comerciais empresariais podem, de forma 
opcional, efetuar pagamentos e recebimentos nas próprias moedas locais visando: 
 Fortalecer e ampliar o mercado cambial entre o real/peso, em detrimento do dólar. 
 Reduzir custos operacionais, em razão da eliminação dos contratos de câmbio. 
 A utilização é facultativa e ajuda os pequenos empresários binacionais. 
 Criou-se a Taxa SML diária calculada na razão entre a taxa de fechamento da cotação do real em relação ao dólar 
para compra e para venda e a taxa de cotação do peso argentino. 
 
Sistema Financeiro Internacional – modalidades de pagamento 
 Pagamento antecipado: realizado antes do embarque. É inseguro para o comprador. 
 Cobrança documentária: Os documentos da exportação saem do exportador para o importador por bancos, traz 
segurança e pode ser à vista ou a prazo. 
 Remessa sem saque: os documentos da exportação saem do exportador para importador por courrier sem passar 
por bancos, não tem seguro e pode ser à vista ou a prazo. 
 Carta de crédito: modalidade segura em que o banco entra na operação e assume o compromisso de pagar se a 
exportação cumprir as condições elencadas na carta. 
 A carta de crédito tem o banco em uma parte e o exportador (beneficiário) na outra parte. 
Brasil – Gestão de Comércio Internacional 
Principais características operacionais/contexto – aumento do intercâmbio para o perfil popular. 
 
Forte atuação do Estado regulador (Ministérios + Autarquias), sendo os principais gestores: 
 Receita Federal – gestor tributário e aduaneiro. 
 Banco Central – legislação cambial. 
 Camex – Política industrial/comercial, tarifas de importação. 
 Apex – promoção comercial, capacitação, feiras, exposições, missões. 
 SRF – Gestor do território aduaneiro (cargas, pessoas, bagagens). 
 Desafio: controlar: 8,5 mi km2, 7.300 km mar, 16.000 km terrestre. 
 Infra: 181 portos, 37 aeroportos, 27 fronteiras, 66 portos secos, 13 milhões passageiros/ano. 
 Objetivos: equilíbrio entre celeridade x controle + segurança. 
 
Nova geografia comercial: 
 Estrutura – 10 regiões fiscais (auditores fiscais). 
 Superintendência, Delegacia, Inspetoria, Alfândega. 
 Maior movimentação: Santos, Guarulhos, Congonhas. 
 Controle por amostragem. 
 
Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior 
 Integra as atividades da Secretaria de Comércio Exterior, Receita Federal e Banco Central no registro e controle das 
etapas das operações de exportação e importação. 
 O acesso pode ser efetuado, desde que em agências do Banco do Brasil. 
 Demais bancos que operem em câmbio; corretoras de câmbio; despachantes aduaneiros; o próprio estabelecimento 
do exportador ou importador, observados os critérios específicos para ligação; outras entidades habilitadas; salas de 
contribuintes da Receita Federal. 
 
 
 
Questionário 
 
O Direito Econômico Internacional tem como objeto de estudo: 
 
a) As fontes do Direito Internacional Privado. 
b) A atividade comercial e mercantil entre Estados Nacionais. 
c) O comércio nacional com potencial internacional. 
d) Os tratados internacionais e os princípios constitucionais. 
e) Qualquer atividade econômica. 
 
A partir da criação das organizações internacionais multilaterais após a II Guerra Mundial, o Direito Econômico 
Internacional desenvolveu novas fontes normativas, principalmente: 
 
a) Organização Mundial do Comércio (OMC) e cortes nacionais dos países signatários de tratados comerciais 
internacionais. 
b) Organização Mundial do Comércio (OMC) e Tribunais de Conciliação e Arbitragem dos países signatários. 
c) Câmaras de Arbitragem Internacional e dos tratados internacionais regionais. 
d) Organização Mundial do Comércio (OMC) e Cortes Internacionais de Arbitragem. 
e) Organização das Nações Unidas e Organização Mundial de Aduanas. 
 
A natureza jurídica predominante na Lex Mercatoria são: 
 
a) Costumes comerciais. 
b) Sabedoria prática formada a partir de julgados judiciais. 
c) Legislação positiva. 
d) Doutrina científica do Direito. 
e) Moralidade. 
 
A internacionalização empresarial está condicionada as características dos mercados externos, a existência de riscose a capacidade de investimentos disponível e o método de expansão definido. Entre os métodos de expansão possíveis, 
o que envolve o maior nível de risco e comprometimento no exterior denomina-se: 
 
a) Exportação direta. 
b) Greenfield. 
c) Franquias. 
d) Fusões e Aquisições. 
e) Exportação indireta. 
 
O Brasil possui poucos acordos comerciais, notadamente, com países com mercados pequenos e reduzida capacidade 
de trocas comerciais e o maior acordo regional é o MERCOSUL. Assinado em Assunção, em 1991, com Argentina, 
Paraguai e Uruguai e pode ser classificado como: 
 
a) União Aduaneira. 
b) Zona de Livre Comércio. 
c) União monetária. 
d) Mercado Comum. 
e) União Política. 
 
Existem várias teorias sobre os fundamentos do comércio internacional e internacionalização empresarial que se 
desenvolveram com o decorrer da evolução comercial. Assinale a opção incorreta. 
 
a) A teoria do poder de mercado pressupõe que as empresas exportam suas vantagens competitivas conquistas nos 
mercados locais para os mercados internacionais. 
b) A teoria do ciclo do produto pressupõe a redução gradativa da força de mercado nos países desenvolvidos e 
posterior introdução nos mercados dos países em desenvolvimento. 
c) As teorias se baseiam nas perdas trazidas pela economia de escala e pela diferenciação dos produtos. 
d) As teorias assumem que a especialização das funções produtivas de cada nação é em grande parte fruto da 
desigualdade que existe na distribuição dos recursos naturais no mundo. 
e) Destacam a internacionalização das empresas através de investimentos diretos para a criação de filiais em diversos 
países de modo a obter vantagens competitivas. 
 
A nova Lex Mercatoria enquanto difusão de um novo modelo de ordenação jurídica e comercial entre as nações 
permitiu a evolução das trocas comercias entre as nações porque, exceto: 
 
a) Criou uma nova dinâmica comercial como forma de evitar guerras e promover crescimento. 
b) Permitiu o aumento das barreiras alfandegárias entre os países dificultando o intercâmbio. 
c) Definiu uma nova forma de ordenação internacional com base nos Tratados e nos Acordos 
d) Permitiu a padronização das normas do comércio internacional. 
e) Possibilitou a criação de organizações internacionais multilaterais (ONU, GATT, FMI). 
 
Entre as consequências e efeitos do processo de integração comercial mundial no nível de desenvolvimento social e 
econômico das nações podemos destacar várias, exceto: 
 
a) Aumento da oferta de produtos. 
b) Ampliação do mercado consumidor. 
c) Redução dos preços dos produtos. 
d) Aumento do bem-estar dos consumidores. 
e) Redução da concorrência empresarial. 
 
Os acordos regionais de comércio evoluíram com o decorrer dos anos em termos de pauta e abrangência geográfica 
e desenvolveram-se por todo o mundo no pós-guerra. Os acordos comerciais iniciais foram: 
 
a) Acordos Multilaterais. 
b) Acordos Regionais. 
c) Acordos Bilaterais. 
d) Acordos Megablocos. 
e) Acordos Mundiais. 
 
A partir da evolução do Direito Econômico Internacional, as legislações nacionais precisaram adaptar-se às decisões 
definidas nas esferas multilaterais com a necessidade de recepção de diversos ordenamentos jurídicos nacionais, 
exceto: 
 
a) Direitos Humanos e do Trabalho. 
b) Direito Financeiro e Investimentos. 
c) Direito Comercial e Tributário. 
d) Direito Natural. 
e) Direito Aduaneiro e Propriedade Intelectual. 
 
Assinale alternativa correta: 
 
a) O Mercosul foi criado em 1991, por meio do Tratado de Assunção. 
b) O Mercosul foi criado em 1994, pelo Protocolo de Olivos. 
c) O Mercosul foi criado em 2012, pelo Protocolo de Brasília. 
d) O Mercosul foi criado em 2009, pelo Protocolo de Ouro Preto. 
e) O Mercosul foi criado em 1994, pelo Tratado de Assunção. 
 
A estrutura pública do Brasil para a gestão do comércio internacional é composta por vários órgãos públicos que atuam 
desde a elaboração de políticas estratégicas até a operação diária das transações comerciais e financeiras. Em termos 
de gestão cambial é o interveniente: 
 
a) Banco Central. 
b) Receita Federal. 
c) Ministério da Economia. 
d) Alfândega. 
e) Polícia Federal. 
 
A tributação incidente sobre as operações internacionais tem a função de regular fluxos de importação/exportação de 
um país conforme os objetivos de produção interna, ampliar a oferta no mercado local e conciliar com a capacidade 
de pagamento em moeda estrangeira e está dividida entre os entes da federação. São impostos federais: 
 
a) IPI E ICMS. 
b) II E IPI. 
c) ICMS E IE. 
d) PIS/Cofins E ICMS. 
e) IPI E IR. 
 
Além das ações do setor privado, a internacionalização das empresas e promoção das exportações exige ação do setor 
público em várias frentes e uma destas refere-se à promoção de feiras e eventos no exterior para divulgação dos 
produtos nacionais. Esta função é coordenada pelo órgão: 
 
a) Sebrae. 
b) Camex. 
c) Apex. 
d) Receita Federal. 
e) Alfândega. 
 
Em relação às consequências para o Brasil das práticas criminais ilegais que ocorrem nas importações nas regiões de 
fronteira como contrabando e descaminho, avalie as alternativas e assinale a opção incorreta. 
 
a) Reduz o nível de emprego no país. 
b) Introduz uma concorrência desleal aos fabricantes nacionais. 
c) Aumenta a arrecadação de impostos e tributos. 
d) Cria um ambiente favorável à criminalidade. 
e) Diminui a disposição dos empresários para novos investimentos produtivos. 
 
Conforme a legislação aduaneira vigente, a destinação final das mercadorias importadas apreendidas por práticas 
ilegais como contrabando e descaminho é função da Secretaria da Receita Federal e prevê três destinações possíveis: 
 
a) Devolução, venda e doação. 
b) Doação, destruição e leilão. 
c) Destruição, leilão e venda. 
d) Leilão, devolução e destruição. 
e) Devolução, destruição e doação. 
O desenvolvimento social do pós-guerra foi desigual entre países desenvolvidos e não desenvolvidos promovendo 
reações às novas políticas comerciais prescritas e surgem ações de protecionismo comercial, entre as quais citamos, 
exceto: 
 
a) Controle governamental do comércio internacional através de aspectos regulatórios e legais. 
b) Defesa do mercado interno protegendo da concorrência indústrias locais. 
c) Combate às práticas ilegais e segurança nacional estratégica. 
d) Redução das tarifas de importação de produtos produzidos no país. 
e) Utilização de barreiras tarifárias e não tarifárias. 
 
O Sistema Geral de Preferências (SGP) criado na Organização das Nações Unidas (1971) concede vantagens tarifárias 
para os países em desenvolvimento na forma de redução e isenção de impostos de agrícolas e industriais com os 
objetivos, exceto: 
 
a) Reduzir as desigualdades competitivas das empresas dos países em desenvolvimento. 
b) Aumentar as exportações dos países em desenvolvimento. 
c) Promover o desemprego nos países centrais com a transferência de tecnologia. 
d) Promover a industrialização. 
e) Acelerar as taxas de desenvolvimento econômico. 
 
Com a evolução do comércio internacional surgem práticas empresariais e governamentais prejudiciais à justa e livre 
concorrência comercial entre as nações. Entre as práticas ilegais, a que avalia a prática privada comercial de 
discriminação de preços entre mercados em que o preço de exportação é inferior ao preço no mercado local: 
 
a) Fairplay. 
b) Dumping. 
c) Subsídio. 
d) Salvaguardas. 
e) Medidas compensatórias. 
 
Na OMC, existe o mecanismo de solução de controvérsias comerciais em que as nações devem instruir procedimentos 
de verificação para apuração de prejuízos às empresas e nações. No caso em que um país avalia que outro país está 
violando normas solicita consultas na OMC. Entre as etapas que compõem a instrução do painel de discussão, aponte 
a etapa incorreta. 
 
a) A aplicação dos direitos de defesa comercial autorizados pela OMC não pode ser feita antesda decisão arbitral. 
b) Após a consulta e constatada a violação, forma-se um painel composto por árbitros da OMC. 
c) O pedido de instalação de Painel poderá ser feito sem comprovação de danos ao país. 
d) Com a decisão final, reclamante e reclamado podem apelar na OMC. 
e) Caso a decisão final reitere a violação, o reclamante poderá impor sanções comerciais unilaterais. 
 
Em relação à redação dos contratos internacionais de exportação e importação que devem ser elaborados com 
cláusulas específicas para este instrumento jurídico e comercial, avalie as alternativas e assinale a que não está 
prescrita na legislação internacional contratual: 
 
a) Identificação dos contratantes e descrição detalhada das mercadorias e forma de entrega. 
b) Forma de pagamento e condições da venda. 
c) Moeda utilizada, prazos de embarque e seguros. 
d) Não é necessário formalizar as necessidades de cuidados no manuseio e na embalagem. 
e) Na omissão opera-se a desoneração da parte culpada. 
 
A defesa comercial busca defender a produção local contra práticas desleais de comércio. A prática em que as 
empresas vendem no exterior a preços inferiores aos praticados no mercado de origem denomina-se: 
 
a) Contrabando. 
b) Descaminho. 
c) Dumping. 
d) Salvaguardas. 
e) Trading 
 
Em relação às atribuições da Organização Mundial do Comércio (OMC), assinale a correta: 
 
a). Solucionar controvérsias surgidas entre os países-membros. 
b). Preservar as políticas comerciais dos países-membros estabelecidas pelo Gatt. 
c). Não cooperar com o FMI e com o Bird. 
d). Firmar acordos unilaterais e pouco transparentes. 
e). Incentivar as práticas de dumping.

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