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SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL 1. Estado Século XX Sujeitos originários/clássicos Organização jurídico-político (estrutura legal e política de um Estado, abrangendo sua constituição, instituições governamentais e sistema legal) Pessa Jurídica de Direito Internacional 2. Organizações internacionais Cada uma tem sua própria estrutura, mandato e conjunto de membros Coletividade interestatal Acordo Vontade do Estado 3. Indivíduo Pós Segunda Guerra Mundial Capacidade limitada – peticionamento e réu Tribunais – julgamento indivíduo - Nuremberg (tribunal de exceção – instabilidade, pois foi feito para a situação) - Ex-Iuguslavia e Ruanda (tribunal de exceção – instabilidade, pois foi feito para a situação) - Tribunal Penal de Roma (permanente, países decidem se assinam ou não) 4. Outras situações – coletividades não estatais Reconhecidos pelos outros sujeitos para atuar no cenário internacional a) Beligerantes: movimento armado e politicamente organizado, detenção de parte do reconhecimento (temporários) Ex: Sandinistas na Nicarágua e Confederados da Guerra de Sucessões b) Insurgentes: conflito dentro do Estado, com finalidade específica, sem território, sem guerra civil *divergência na doutrina (situações pontuais, não tem força de atuação) c) Movimento de Libertação Nacional: processo de descolonização Ex: Organização para Libertação da Palestina d) Soberana Ordem Militar da Malta: subordinação à Santa Sé, regulamentação própria “constituição”, sem personalidade *divergência na doutrina - Pseudo relação diplomática (ausência de independência) 5. Santa Sé e Estado Cidade do Vaticano Santa Sé: cúpula do governo da Igreja Católica (sede: Vaticano; não tem limitação territorial) História: 1º papa direito temporal e direito espiritual 2º questão romana (papa perdeu poder temporal; unilateral; PJ Santa Sé; soberania do papa) 3º Tratado de Latrão (PJ Santa Sé; Estado Vaticano; papa direito temporal e espiritual) 6. Comitê Internacional da Cruz Vermelha Organização de direito privado Independente e neutra Sui generis (único no seu gênero) 7. Sujeitos não formais a) Empresas transnacionais (doutrina não aceita) b) Mídia global ESTADO Ente jurídico, dotado de personalidade internacional, formado de uma reunião de indivíduos, estabelecido de maneira permanente em um território determinado, sob autoridade de um governo independente e com finalidade específica. Elementos: - Conjunto de indivíduos - Território fixo e determinado *embaixada - Governo autônomo e independente - Finalidade 1. Formação Fundação direta (criação original de um Estado) Emancipação (independência de um território sob controle estrangeiro) Separação ou desmembramento (divisão de um Estado existente) Fusão (junção de Estados em um novo) 2. Reconhecimento de Estado e Governo ➢ para participar da sociedade internacional • ato livre: reconhecimento voluntário de existência. Admite existência do Estado como sujeito de Direito Internacional e tem condições para participar das relações internacionais • natureza jurídica: baseado em consideração legais e jurídicas, possuindo duas teorias quanto existência: - teoria constitutiva: reconhecimento cria Estado para campo internacional - teoria declaratória: admite existência, não cria personalidade • não reconhecimento: Estado nasceu de violação das normas • conselho de segurança da ONU: envolvimento nas decisões de reconhecimento. Formas ou modalidades de reconhecimento a) individual ou coletivo b) de direito ou de fato c) expresso ou tácito d) incondicionado ou condicionado e) reconhecimentos especiais: - beligerância (reconhecido em determinados fóruns ou organismos internacionais, mesmo que esse reconhecimento não seja global) - insurgência (=) - nação - governo (um Estado pode reconhecer um governo específico como o representante legítimo de um país, de mandeira indivual ou coletiva ou expressa ou tácita) Doutrinas Tobar: não devem os demais estados reconhecerem o estado que assumiu através de golpe, violando a lei, de forma violenta, só vai reconhecer o governo através de aceitação popular, ex: Equador Doutrina Estrada: um estado estrangeiro não deve atuar sobre os interesses de outro estado, outro estado não deve interferir, ex: México 3. Classificação Estado unitário ou simples: centralizados, descentralizados ou desconcentrados Estados compostos: 1. por coordenação (igualdade): a) União pessoal (acidental e temporária, ex: dois monarcas se casam) b) União real (autonomia, mas um Chefe apenas, ex: Grã- Bretanha) c) União incorporada (vários Estados independentes se unem e formam novo Estado) d) Confederados (estados independentes – soberania – se associando através de Tratados com finalidades específicas, cabendo direito de cessão) e) Estado Federal (Estado soberano, entes com autonomia) f) Associação sui generis (outra) 2. por subordinação (hierarquia) a) Estados vassalos (não existem mais, limitado interno e internacionalmente) b) Estados protegidos (Tratado: Estado é protegido por outro Estado; soberania externa = estado protetor; militar e justiça = estado protetor; mantém nacionalidade; não automático) c) Estados clientes (interesse interno – pode tomar decisões) d) Territórios não autônomos: administra territórios que não tem capacidade plena de governo – Estado membro da ONU) e) Território sob tutela (proteção da ONU até independência) • Estados permanentemente neutros: Suíça, Vaticano e Áustria) 4. Extensão Anexação (parcial ou total) - incorporar, de maneira unilateral, o território de outro Estado ao seu próprio território Fusão Divisão 5. Sucessão Convenção de Viena sobre Sucessão de Estados em matéria de Tratados/em matéria de bens - Efeitos: o Quanto aos Tratados: continuam valendo (sucessão automática) ou necessidade de aceite dos Tratados para valer a regra (Tabula Rasa) o Quanto a nacionalidade: adota do novo estado (tradicional) ou opção do indivíduo (apenas anexação parcial) o Quanto às obrigações financeiras: dívidas (na teoria, fica com Estado, na regra, ficam com novo Estado – pratica alega ser odiosa) - anexação total: do Estado anexador – natureza da dívida (exceto fins bélicos para separação) - anexação parcial: obrigação geral (proporcional) ou obrigação local (completa) o Quanto a legislação interna: segue lei do Estado incorporador; respeito ao direito adquirido; Novo Estado = novo ordenamento) o Quanto ao domínio: transfere para novo Estado o Quanto a participação em Organização internacional: regra é não sucessão; DIREITOS E DEVERES DOS ESTADOS 1. Direitos básicos Igualde jurídica Direito à existência a) Direito de conservação e defesa: manter existência e proteção, pode adotar todas as medidas necessárias desde que razoáveis e justificadas b) Direito de liberdade e soberania: independente – liberdade de atuar, criar leis, aplicar e organizar c) Direito à igualdade: nenhum Estado deve obrigar ou submeter-se a outro d) Direito ao comércio internacional: todos os Estados podem participar (*sanções econômicas são a exceção)
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