FITOPATOLOGIA exercicios

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FITOPATOLOGIA – PROVA 3
Controle químico
Diferencie os tipos de fungicida:
Protetores e erradicantes: Os protetores surtem efeito apenas quando aplicados antes da introdução do fungo nos tecidos da planta, agem formando uma espécie de barreira tóxica que impede a penetração de fungos através da inibição da germinação de esporos. Já os erradicantes, o princípio ativo do fungicida é absorvido pela planta e deslocado para outras partes que não a de aplicação, têm a capacidade de inibir a proliferação do patógeno em locais distantes ao que foi aplicado.
Inibitórios ou letais: inibitórios inibem a capacidade do fungo em causar a doença e letais matam o fungo.
Amplo espectro ou seletivo: amplo espectro podem ser utilizados para vários fungos, o seletivo para apenas determinado grupo.
De contato ou sistêmico: de contato tem atividade no local onde foram aplicado e o sistêmico circula por toda a planta através do xilema (nunca pelo floema).
Quais são os métodos de aplicação de fungicidas?
Foliares (pulverização e aplicação de pó), imersão, imersão de sementes, encharcamento/molhamento, injeções.
Quais as características dos fungicidas inorgânicos? Quem são eles?
Estes são os pesticidas originais, não possuem carbono em sua composição. Tem como alvo muitas rotas enzimáticas do patógeno, rompe enzimas e resistência é rara. Podem ser compostos a base de cobre (calda bordalesa), enxofre (em pó, bom para controle de oídios), carbonatos (oídios em rosa), fosfatos e compostos fosfonatos (podem ser translocados no floema e mover-se para a raíz), mercúrio.
Quais as características dos fungicidas orgânicos?
Contém átomos de carbono. Tem como alvo uma ou poucas rotas enzimáticas no patógeno, a resistência é comum, baixa toxicidade para humanos, plantas e outros microrganismos, degradados pela luz solar e por microrganismos de tal forma que não acumulam no ambiente como os compostos inorgânicos, mais amigáveis para com o ambiente do que compostos inorgânicos.
Quais são os fungicidas orgânicos protetores de contato? Explique-os.
Ditiocarbamatos, desativam enzimas e aminoácidos, atacando os grupos sulfidrila; heterocíclicos, interferem com a respiração fungica e é pouco tóxico; compostos aromáticos, fungicida de longa duração.
Quais são os fungicidas orgânicos sistêmicos?
Benzimidazóis e acilalaninas.
O que são os fungicidas inibidores da síntese do ergosterol?
Nova classe de fungicidas que interfere com a síntese do ergosterol e portanto, lipídios encontrados na membrana plasmática fungica (Imidazóis).
Conclusões: fungicidas modernos são muito seguros para as pessoas, provavelmente como resultado de sua alta especificidade para fungos. Mas o custo de alta especificidade é o risco maior de resistência a fungicidas.
Controle biológico.
Qual o principio do método de biofumigação com crussíferas?
Estas plantas contem glucosinolatos que são convertidos a glicosídeos cianogênicos, isotiocianatos, nitrilas e tiocianato, que são convertidos em toxinas como gás cianeto e isotiocianatos. Fungos do solo são sensíveis ao isotiocianato (gás volátil que ocupa os poros do solo). As plantas são utilizadas em rotação de cultura ou como adubo verde, no momento da incorporação sua enzimas fazem essa conversão contribuindo para eliminação de fungos no solo e aumento da produção dos solos.
Defina solo conducivo e solo supressivo.
Solo conducivo facilita doenças ou possibilita que doenças se desenvolvam. Solo supressivo a doença não se desenvolve ou se desenvolve lentamente (pode ocorrer patógeno, ambiente favorável, mas, não ocorre a doença). Solos supressivos podem ser de supressão geral: Tende a ser relacionado com a quantidade total de atividade microbiana em um momento que é crítico para o patógeno. por exemplo. durante a germinação de propágulos e crescimento de penetração na rizosfera; ou de supressão específica: Se refere aos efeitos específicos de um microrganimso ou poucos microrganismos que são antagônicos ao patógeno durante uma parte importante do ciclo de vida do patógeno.
Como o controle biológico se difere das outras formas de controle de doenças? 
Pela utilização de organismos biológicos para controlar fitopatógenos, por meio de predação, competição, hiperparasitismo, antagonismo, etc.
2. O que é biofumigação? Como a biofumigação funciona no controle de patógenos comuns no solo? 
A biofumigação consiste na incorporação de matéria orgânica ao solo, principalmente com resíduos de brássicas ricos em enxofre e compostos ricos em nitrogênio, que durante a decomposição liberam substâncias tóxicas aos patógenos, reduzindo sua viabilidade no solo.
Descreva a doença do mal-do-pé no trigo. Qual uma boa estratégia de rotação de cultura para controlar a doença do mal-do-pé? Descreva o declínio do mal-do-pé. O que causa o declínio do mal-do-pé no campo?
Raízes e colmos apodrecem, a planta se reproduz precocemente mas as espiguetas são inviáveis, planta morre. Rotação de cultura com milho, centeio ou aveia. Solo supressivo com presença de Pseudomonnas causa o declínio.
 4. O que causa o declínio (ou a diminuição de incidência) da podridão de raízes em beterraba-açucareira?
O solo supressivo, que contém até 3x mais bactérias, especialmente Bacillus spp. que fazem o controle do patógeno causador da doença.
 5. Qual a diferença entre solos supressivos a doenças de solos e solos condutivos a doenças? 
No solo supressivo, mesmo que tenho hospedeiro suscetível, ambiente favorável e o patógeno, a doença não ocorre ou demora mais para ocorrer. No solo conducivo a doença ocorre na presença de um hospedeiro suscetível e ambiente favorável .
6. Descreva dois tipos de experimentos que podem ser usados para mostrar que a supressividade possui mais bases biológicas do que bases químicas. 
7. Qual a diferença entre supressão geral e supressão específica? 
8. Descreva três mecanismos que podem conduzir um solo a se tornar supressivo à doença. 
Antagonismo, competição, fungistase.
9. O que são sideróforos e como eles estão relacionados com a fungistase? 
10. Uma vez que um solo supressivo tenha sido identificado, porque os agricultores não tentam convertê-lo em solo supressivo pela mistura de solos supressivo com o solo condutivo? 
Pq o solo é muito pesado, não tem como transportá-lo de um lugar para outro.
11. Explique os mecanismos que contribuiram para a supressividade do solo de Chateaurenard, na França. 
12. Descreva dois casos onde o princípio da exclusão competitiva é usado para biocontrole. Explique como o biocontrole funciona em ambos os casos.
Aspergillus flavus em algodão, principio de gause, duas espécies não podem ocupar o mesmo nicho ao mesmo tempo...
 13. O que é hiperparasitismo? O que é hipovirulência? Explique como a hipovirulência está envolvida no controle do cancro da castanheira. Por que a hipovirulência é menos eficaz da América do Norte do que na Europa?
hiperparasitismo 
sm (hiper+parasito+ismo) Fenômeno que consiste em um parasito ser parasitado por outro, de espécie diferente (parasito secundário), o qual pode ser parasitado por um terceiro (parasito terciário), e assim sucessivamente. A cada um dos parasitos dá-se o nome de hiperparasito.
A hipovirulência foi mais tarde associada à presença de partículas virais denominadas Hypovirus. Estes multiplicam-se apenas no fungo parasita (C. parasitica) e são transmitidos das estirpes hipovirulentas para as agressivas. Em termos práticos, este meio de luta só pode ser utilizado com eficácia quando se conhecem as características da população do parasita de cada local de aplicação. O método apresenta muitas outras vantagens ecológicas, uma vez que o vírus se multiplica exclusivamente no fungo que ataca os castanheiros, num processo de autorreplicação que garante a ausência de efeitos adversos para o ecossistema castanheiro.
A hipovirulência, mecanismo baseado na redução da agressividade em C. parasítica, mostrou ser eficaz levando à cicatrização dos cancros e recuperação dos castanheiros em muitos locais na Europa (Heiniger e Rigling 1994,Hoegger et al, 2003, Robin at al. 2010) e desenvolvido para aplicação no campo como meio de luta biológico.
A luta biológica por hipovirulência baseia-se na aplicação de estirpes de C. parasitica com micovirus (CHV) na extremidade dos cancros.
As estratégias para a resistência durável (Tipo de estratégia de resistência e de distribuição de genes) 1. Use genes simples (um único) de grande efeito e que sejam duráveis (resistência de gene maior). 2. Descarte a resistência de genes maiores e centre-se na resistência quantitativa. 3. Faça pirâmides de genes R maiores. 4. Rotacionar genes R no tempo e no espaço. 5. Use multilinhas ou misturas de cultivares.
2-) Explique quais características os patógenos devem apresentar para serem controláveis pela rotação de culturas. Como fazer para manter a durabilidade do efeito da rotação de culturas?
R: Devem sobreviver saprofiticamente em restos culturais do hospedeiro, não trocar de substrato e não apresentarem habilidade de competição; não formam estruturas de resistência; apresentam pouco ou nenhum hospedeiro secundário; apresentam esporos grandes, pesados, transportados pelo vento a distâncias relativamente curtas e apresentam esporos relativamente pequenos e leves, porém transportados pelo vento e respingos a distâncias relativamente curtas. 
Associando o uso de sementes sadias ou tratadas e adotar variedades resistentes a doença. 
3-) Qual a importância do melhoramento genético visando resistência a doenças de plantas e quais os passos de um programa de obtenção e utilização de variedades resistentes?
R: O melhoramento genético visa obter variedades resistentes a doenças de plantas, para que se tenham melhores condições de produção e rentabilidade, tendo-se assim, um aumento de produtividade e retornos financeiros, diminuindo perdas por doenças.
Os passos são: Identificar fontes de resistência, incorporar genes de resistência em cultivares comerciais (melhoramento) e após a obtenção de uma cultivar resistente, traçar a estratégia para que a resistência seja durável. 
O melhoramento visando resistência a doenças é importante pois garante resistência a doenças de forma que torna o manejo da doença mais barato e mais simples (é só cultivar a variedade resistente, sem ter que gastar mais dinheiro com fungicidas). Para obter uma variedade resistente, devemos encontrar a fonte de resistência, incorporar na variedade resistente, esse processo pode levar vários anos sem o auxilio da engenharia genética. Devemos tomar cuidadospara manter a resistência durável, para isso é importante conhecer o potencial evolucionário do patogeno.
4-) Relacione as principais características da resistência vertical e da resistência horizontal. Quais as características epidemiológicas desse tipo de resistência?
R: Aspecto genético, Aspecto melhoramento genético e Aspecto durabilidade.
 Resistência Horizontal (RH) = Resistência a todas as raças do patógeno: Geralmente oligo/poligênica, dificuldade de incorporação e avaliação, tende a ser duradora e estável. 
 Resistência Vertical (RV) = Resistência a algumas raças do patógeno: Geralmente monogênica, +fácil de ser incorporada e avaliada, tende a ser efêmera/instável. 
 Característica epidemiológica: 
RV= Atraso no início da epidemia;
RH=Redução da taxa de desenvolvimento;
RV+RH= RH acentua o efeito do RV, maior atraso no início, que, quando se inicia evolui mais lentamente.
Resistencia vertical: Tem efeito grande, é monogênica e tem especificidade quanto a raças de um patogeno, é comum o patogeno adiquirir resistência.
Resistencia horizontal: Tem efeito pequeno, e poligênica e não tem especificidade portanto age em todas as raças de um patogeno, é raro o patongeno adquirir resistência.
Caracteristicas epidemiológicas: A resistência vertical vai prevenir epidemias ou retardar seu inicio, já a resistência horizontal vai reduzir o desenvolvimento da epidemia.
5-) O que é controle biológico? Quais os mecanismos das interações antagônicas envolvidas no controle biológico?
R: É a destruição total ou parcial de populações de patógenos por outros organismos, visando o controle de um microrganismo através de outro microrganismo, sendo seus componentes: patógeno, hospedeiro e antagonista + ambiente. 
Os mecanismos são: antibiose, competição, parasitismo, hipovirulência e indução de resistência. 
6-) O que é solarização do solo? Quais os procedimentos para seu emprego e quanto tempo o solo deve permanecer nesse processo para poder ser considerado útil para uso?
R: É a desinfestação do solo através do uso da energia solar para controle de pragas, fitopatógenos e plantas daninhas, visando a cobertura do solo com filme de plástico transparente antes do plantio (período de maior incidência de radiação solar). O solo deve estar úmido para ativar os propágulos dormentes e aumentar a eficiência de distribuição do calor pelo solo. É eficiente para os 5-7 cm do solo, podendo chegar a 50 graus (37 graus até 15 cm). Ocorre efeito estufa nos 10 cm superiores do solo. Cobrir por algumas semanas ou alguns meses.
7- ) Quais as principais diferenças entre fungicidas protetores e sistêmicos? Quais as vantagens do uso de fungicidas sistêmicos?
R:Tabela 
Vantagem de usar fugicida sistêmico é que precisa aplicar menos vezes porque ele entra dentro da planta e circula via xilema, o protetor vai agira na superfície da folha, é lavado com a chuva e tem que aplicar regularmente pra ele cobrir os tecidos novos que vão nascendo. Alem disso o fungicida sistêmico dificilmente vai acarretar fitotoxidade e o fungicida protetor pode acarretar fitotoxidade.
Diferenças:
	
	Protetor
	Sistemico
	Ação
	Profilatico
	Terapeutico
	Base da toxicidade
	Atuam em vários sitios
	Atuam em um único sitio
	Fitotoxidade
	comum
	rara
	Resistencia do patogeno
	rara
	comum
	Movimento
	Apenas na superfície, é lavado pela chuva, tem quefazer aplicações regulares pra cobrir tecidos novos
	Se move pelo xilema indo das raízes pras partes superiores, ficas semanas ou meses nas plantas, precisa aplicar menos vezes.
8- ) Explique quais características os patógenos devem apresentar para não serem controláveis pela rotação de culturas. 
R: Apresentam habilidade de competição saprofítica e trocam de substrato, possuem estruturas de resistência, apresentam numerosos hospedeiros secundários e apresentam esporos pequenos, que podem ser transportados pelo vento a longas distâncias. 
3° Prova de Fitopatologia
Quais são as medidas de controle de doenças proposta por whetzel?
Exclusão(não deixar o patogeno entrar na area), erradicação(eliminar o patogeno da area), proteção(proteger com barreira fisica), imunização(genes resistentes), terapia(tratar plantas doentes), regulação(medidas baseadas na mudança do ambiente), evasão(plantar em época q o inoculo seja ausente)
O que é período de carência e DL50? 
Quantidade de produto químico (mg/kg de peso vivo do animal) que causa 50% na mortalidade da população.
Defina fungicidas erradicantes ou de controle de fungicidas sistêmicos.
Fungicidas de contato q tem por função erradicar o patogeno da planta, os sistêmico tem a função de prevenção, de ser curativo e erradicar
Quais são as estratégias para prevenir resistência a fungicidas sistêmicos?
Não aplicar após aparecerem os primeiros sintomas, aplicar de modo preventivo, não aplicar em mistura com outro fungicida especifico, 
Quais são as causas de insucesso do controle químico de plantas?
Custo elevado, utilização do mesmo fungicida varias vezes assim criando resistência, diagnose errada do patogeno, utilização de subdoses ou doses altas, tecnologia de aplicação, mistura em tanque de inseticidas fungicidas e micronutrientes
O que é controle biológico?
Controle feito por um microrganismo por antibiose, predação competição ou hipervirulencia contra o patogeno
O que é epidemiologia, e o que são resistência vertical e horizontal?
Resistência vertical ou monogênica: resistência controlada porum par de genes, aonde se consegue a maior resistência a doença, caráter mais fácil de se conseguir no melhoramento
Resisencia horizontal ou oligogenica: controlada por vários genes, resistente a algumas raças do patogeno, mais difícil de se conseguir no melhoramento
Quais são medidas de melhoramento genético?
Seleção de resistência Monogênicas: Retrocruzamento.
 e seleção de resistência oligo/poligênicas: Seleção massal (alógamas), seleção por pedigree e por bulk (autógamas).
Quais são as medidas de controle cultural?
Uso de material propagativo sadio, roguing, eliminação ou queima de restos culturais, inundação de campos e pomares, incorporação de MO no solo, preparo de solo, adubação, irrigação, densidade de plantio, época de plantio e colheita, enxertia e poda, barreiras físicas.
Diferencie rotação de sucessão.
Rotação: cultivo alternado de espécies vegetais diferentes no mesmo local e na mesma estação anual.
Sucessão: cultivo alternado de espécies vegetais diferentes no mesmo local em estações diferentes.
Quais são as características dos patógenos controláveis pela rotação de cultura? E as dos patógenos não controláveis?
Controláveis:Sobrevivem saprofiticamente e não apresentam habilidade de competição saprofítica. Não formam estruturas de resistência. Apresentam esporos grandes, pesados, transportados pelo vento a distâncias relativamente curtas. Ou esporos pequenos transportados por vento e respingos a distâncias curtas. Apresentam pouco ou nenhum hospedeiro secundário.
Não controláveis: Apresentam habilidade de competição saprofítica. Possuem estruturas de resistência, apresentam numerosos hospedeiros secundários, apresentam esporos pequenos, que podem ser transportados pelo vento a longas distâncias.
O que é patologia de sementes? Cite 3 usos (interações) da patologia de sementes.
São doenças causadas por fungos que se desenvolvem na semente, 3 uso de métodos para detectar fungos com incubação sem emcubação e bioensaios, ,