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e-book-eneagrama-2019

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�po 1
Descubra como voce pode 
alcançar todo seu potencial.
^
 
Índice
O início da jornada!................................ 2
O que é Eneagrama?............................... 3
A origem do Eneagrama ........................ 3
Os objetivos do Eneagrama ................... 4
O Eneagrama se trabalha ....................... 4
Os três Centros de Energia ..................... 5
O conceito dos Instintos ......................... 6
Instintos Autopreservação ...................... 6
Instintos Social ....................................... 7
Instintos Sexual ...................................... 7
Conceito de Subtipos ............................. 7
Tipo 1 ..................................................... 8
Tipo 2 ..................................................... 9
Tipo 3 ................................................... 10
Tipo 4 ................................................... 11 
Tipo 5 ................................................... 12
Tipo 6 ................................................... 13
Tipo 7 ................................................... 14
Tipo 8 ................................................... 15
Tipo 9 ................................................... 16
A criança ferida .................................... 17
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O inico da jornada!
Imagina você descobrir tudo o que há por baixo dessas nuvens? Descobrir o que há por trás de 
atitudes padrões e pensamentos repetitivos e conseguir enxergar sem nebulosidade tudo o que 
você tem a oferecer para o mundo, tudo o que é seu e está ali disponível, para você ter uma vida 
melhor, uma vida mais plena? 
Descobrir como você consegue alcançar tudo isso, que está bem a sua frente, mas muitas vezes 
você não sabe como, quantas vezes você se pergunta, porque eu estou fazendo isso, porque isso 
me incomoda tanto, por que sou assim? 
A chave para todas essas respostas é o autoconhecimento, descobrir a nós mesmos é o caminho 
para alcançar nosso real potencial. Porém o caminho do autoconhecimento, pode se assemelhar 
muito a uma trilha como essa da imagem, pode não ser um dos caminhos mais fáceis na vida e 
com certeza haverá muitos altos e baixos, muitas curvas, as vezes muito sol, as vezes tempesta-
des e cansaço, mas também tenho certeza que a vista vai valer a pena!
O Eneagrama é como um mapa que te mostra onde você está, o caminho que você já percorreu 
e que estrada pegar para uma vida mais feliz, mais plena. Quando analisamos todo o trajeto que 
fizemos até aqui conseguimos entender melhor a nós mesmos e aos que estão ao nosso redor, 
somos capazes de olhar para nós mesmos de forma mais honesta. 
Mostra-nos que estamos presos dentro de uma caixa, mantendo-nos numa mesmice com nossos 
vícios psicológicos e vai nos direcionar rumo à liberdade de nós mesmos. Só descobriremos 
todo o nosso verdadeiro potencial se nos libertarmos, olharmos para dentro e confrontarmos 
nossos medos, nossos vícios e retiramos nossas mascarás, abrirmos espaço entre essas nuvens 
que usamos para nos protegermos. 
Esse pequeno E-book, é só uma ponta de toda a extensão que o Eneagrama possui, aqui quero 
te mostrar por onde começar, te ajudar a dar o primeiro passo, mas nosso caminho ainda é 
muito longo e espero que possamos percorrer ele juntos.
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O que é Eneagrama? 
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A palavra Eneagrama tem origem no grego ENNEA = 9 
e GRAMMOS= pontos.
E é representado por uma figura-símbolo composta por:
Círculo: representa a totalidade do ser, simboliza a ideia 
da unidade de todas as coisas e da qual fazemos parte.
 
Triângulo: simboliza a Lei de Três da criação de tudo a 
partir da interação das Três Forças: Passiva ou Receptiva, 
Ativa e a Neutralizadora ou Reconciliadora. 
Hexade: simboliza o processo de desenvolvimento de 
tudo que é criado, obedecendo a Lei de Sete que rege o 
movimento de tudo. Ela afirma que nada é estático; tudo 
está em movimento e no processo para tornar-se outra 
coisa. 
Perde-se no tempo, havendo estudiosos que falam de sua existência há mais de 3.000 anos a.C. aparecendo 
na história das tradições iniciáticas orientais da humanidade. Hoje temos que veio da Alexandria a partir do 
encontro entre sábios que através de trocas de saberes estruturaram o Eneagrama. Foi um greco-armênio, o 
filósofo Georges Ivanovich Gurdjieff, que após uma viagem pelo oriente, no final do século XIX e início do 
século XX, trouxe o Eneagrama para o mundo ocidental.
O Eneagrama como estudamos hoje, foi estruturado pelo filósofo boliviano Oscar Ichaso, que também diz 
ter feito uma viagem pelo oriente e recuperou conhecimentos perdidos. Descobre que esses 9 tipos de perso-
nalidade provêm de uma antiga tradição que lembrava os nove atributos Divinos conforme se refletem na 
natureza humana. Entraram na distorção dos atributos Divinos dando origem aos Sete Pecados Capitais 
acrescidos de mais dois, o medo e a mentira ou autoengano. Como fazemos parte do todo, temos todos eles, 
mas, um se destaca e, ele é a origem do nosso desequilíbrio, e de nosso apego ao ego.
Atualmente, o Eneagrama é utilizado no mundo todo, em empresas, escolas, consultórios de psicologia e 
psiquiatria, e em todo lugar onde tem gente querendo ser um ser humano mais humano. Já conta com a 
credibilidade acadêmica e científica na Europa e EUA com diversas teses de mestrado e doutorado, no 
mundo empresarial, vem sendo estudado em alguns cursos de MBA como em Stanford e Loyola, nos EUA 
e no Brasil, na FGV e USP. 
A origem do Eneagrama 
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O Eneagrama é um sistema de personalidade que fala da existência de 9 tipos de padrões de comportamen-
tos, pensamentos e emoções. Descreve nove maneiras básicas de ver, sentir e de atuar no mundo. Essas 
personalidades expressam dons específicos, limitações, pontos cegos, maneira própria de pensar, de com-
portar-se e de ser. 
Estes padrões são adquiridos em tenra idade como mecanismos de sobrevivência, sem que tenhamos de 
fato uma escolha. Então é importantíssimo entender que estamos personalidade, mas que somos essência, 
somos o divino que existe dentro de nós. 
Como qualquer jornada, o Eneagrama tem várias etapas e a primeira delas é a auto-observação. A partir 
dela podemos reconhecer nossos vícios psicológicos, nossos padrões mecânicos habituais. A segunda é a 
partilha. Vivenciar o Eneagrama, experimentá-lo com o outro, nos possibilita sentir e compreender toda a 
força e sabedoria dessa riqueza que é esse mapa de autoconhecimento. 
O Eneagrama abre portas para a oportunidade de vermos o mundo com outros olhos, vivermos relaciona-
mentos mais ricos, intensos e verdadeiros. É como se eu tivesse trocado as lentes dos meus óculos e enxer-
gasse o mundo com outro olhar. Um olhar de solidariedade, fraternidade, de amor.
Logo é importante pontuarmos que esse E-book é apenas o comecinho dessa jornada, podemos dizer que é 
apenas o primeiro passo. Mas uma caminhada como essa não é para ser feita sozinho, então não pare no 
primeiro passo, procure um curso presencial de Eneagrama para que você possa ter acesso a essa maravi-
lhosa experiencia por completo. 
Os objetivos do Eneagrama 
- Desvencilhar-se de hábitos que limitam nossa liberdade, conhecendo-se mais profundamente; 
- Ajudar as pessoas a se conhecerem melhor e, assim, capacitá-las para trabalhar aspectos que perturbam 
sua vida e a de outros indivíduos; 
- Conscientizar-se do próprio potencial, reconhecendo pontos fortes e frágeis;
- Compreender que a personalidade se torna flexível, na medida em que desenvolvemos nosso nível de 
consciência; 
- Facilitar relacionamentos pessoais e profissionais, aprendendo a lidar melhor com as emoções, levando a 
relacionamentos mais saudáveis, facilitando resoluções de conflitos. 
- Agir de forma mais assertiva e consciente, saindo do estado sonambúlico no qual se vive;
- Entender que ninguém é melhor que ninguém, compreendo a si mesmo e aos outros, ampliando a capaci-
dade de aceitação e tolerância.
-Reconhecer as próprias motivações para estar no mundo, encontrando mais sentido para a vida;O Eneagrama se trabalha 
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Ou Centros de Inteligência. Para começarmos a entender o Eneagrama precisamos antes entrar em contato 
com três dimensões do nosso ser. Essas dimensões são denominadas, Centros de Energia ou Centros de 
Inteligência, caracterizadas especificamente pelo fato de sermos razão, sentimento e ação. Temos, portanto, 
o Centro Racional, o Centro Emocional e o Centro Ativo. 
Quando nascemos, estes três centros estão equilibrados. Entretanto, à medida que crescemos, passamos a 
privilegiar um centro, a nos apoiarmos em outro e a nos esquecermos do terceiro. Quando estamos sendo 
guiados pela nossa essência e não pelo ego, dizemos que estamos “centrados” que é quando os centros 
vitais, cabeça, coração e ventre, estão em harmonia.
Lembremos que o objetivo básico do Eneagrama é o autoconhecimento, pretende-se ao tentar descobrir 
nossa fixação num tipo de personalidade, procurar por todos os meios viver centrados em nossas qualidades 
essenciais. Por isso a importância de conhecer o nosso ego para nos libertar-nos de sua tirania e viver guia-
dos pelo nosso eu essencial.
Os três Centros de Energia 
Centro Emocional – Coração 
O grupo do Centro Emocional busca o reconhecimento 
mais do que as demais pessoas. Estão sempre preocupa-
dos com a aprovação, dos outros para conservar a autoes-
tima e a sensação de ser amado. Quando estão bem, 
levam esperança e estimulam na outra pessoa sua capaci-
dade para acreditarem num mundo melhor por isso são 
considerados como o “Centro do Caminho”. 
Centro Ativo ou da Ação - Ventre 
As pessoas desse Centro tendem a perceber o mundo 
através do instinto. O que dificulta enormemente o cres-
cimento dessas pessoas: esquece-se de si. De uma manei-
ra geral, são pessoas fortes e se destacam na busca pela 
justiça. Quando estão centradas são “Centro da Vida”, 
onde impulsiona o nascer, e onde tudo começa e acontece 
por puro Amor. 
Centro Racional – Cabeça 
As pessoas do Centro Racional funcionam com a cabeça. Pensam muito e fogem da emoção, pois ela gera 
a sensação de insegurança. Precisam entrar em contato com a segurança maior que é a fé, pois através dela 
terão a firme certeza da verdade que tanto buscam e que lhe dá a segurança tão desejada. Em função disso, 
são considerados o "Centro da Verdade". 
Centro Ativo
Centro 
Racional
Centro 
Emocional
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Precisamos também entrar em contato com nossa dimensão biológica, instintiva, que vem de uma 
estrutura cerebral mais primitiva, reptiliana. Os instintos são nosso ponto de apoio para sobreviver-
mos. 
Ficam localizados no Centro Instintivos e situados na barriga ou ventre. Podem ser considerados 
uma evolução da inteligência animal que nos auxiliam em nossa sobrevivência, em três diferentes 
âmbitos: na Autopreservação, no âmbito Social, e no Sexual. 
Nossa personalidade distorce os instintos e por isso eles entram em ação de acordo com nossa per-
cepção alterada da realidade, independentemente de ser de fato necessário. Por exemplo, uma pessoa 
Autopreservação dominante tem como preocupação a sobrevivência física, a questão financeira, o 
cuidar-se bem, alimentar-se de forma saudável, tornam-se motivo de apreensão constante para esse 
indivíduo
. 
O instinto é distorcido de tal maneira, que de forma inconsciente, tem a sensação de que sua autopre-
servação está ameaçada, mesmo quando não é real. Essa distorção acontece tanto com o dominante 
quanto com o reprimido, que no caso, é como se a gente o acessasse menos do que deveria.
 
O mais forte é o dominante. Este é aquele que se faz mais presente no nosso dia a dia, nele temos um 
excesso de atenção e o mais fraco, operando de forma menos intensa, é o reprimido, que é aquele 
instinto que eu esqueço que eu desprezo e deixo de lado na minha vida.
Instinto Autopreservação 
Diante de um perigo para a vida, reagimos para assegurar a própria existência. Quando a serviço da 
essência, a preocupação é em conservar a vida. Mas dentro da Personalidade haverá sempre distor-
ções. 
No caso do Instinto Dominante, expressões do tipo: “minha vida está permanentemente ameaçada”, 
são comuns. A ansiedade às vezes é tamanha que outras áreas de sua vida podem ficar relegadas a 
um segundo plano, ou então serem deixadas totalmente de lado. Em situação de stress, são comuns 
distúrbios de alimentação e sono. 
Quando o que desponta é o Instinto Reprimido, teremos expressões do tipo: “minha vida não é 
importante” e manifestações de propensão ao risco, distração, desorganização, desatenção às suas 
necessidades de sobrevivência como hora para se alimentar ir ao banheiro, falta de atenção à saúde, 
se apresentam, parecendo ter regredido como se fosse uma eterna criança precisando ser cuidada.
O conceito dos Instintos 
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Instinto Social 
Somos seres sociais e por conta disso, dependemos uns dos outros, das estruturas sociais e ativida-
des grupais. A serviço da essência o Instinto Social estará sempre disponível ao absoluto, “Faço 
parte de um todo”.
Mas, quando a Personalidade se apresenta distorcendo o Instinto Dominante, vai apresentar pessoas 
que possuem um desejo muito forte de serem apreciadas, reconhecidas, necessárias, aceitas e preci-
sando do outro para se sentirem seguras. Preocupam-se muito com a própria imagem perante o 
grupo. 
Quando esse Instinto Reprimido se manifestando, podem tornar-se profundamente antissociais, a 
ironia para lidar com situações grupais, seu individualismo, o desconectam do grupo, passam a não 
acreditar nas pessoas, no coletivo, na humanidade, evitando intimidade a qualquer custo. 
Instinto S�ual 
Tal instinto enfatiza a importância dos relacionamentos com indivíduos específicos. Na maioria das 
vezes essa motivação biológica focaliza toda a sua energia para a conquista e manutenção de convi-
vências importantes, abrangendo conexões sexuais, atração interpessoal e ligação afetiva. 
Manifestando a distorção da Personalidade, teremos o Instinto Dominante em situações grupais 
buscando contato intenso com todas as coisas: um salto de esqui, um filme cheio de emoções, agres-
sividade, sempre com alta energia, apresentando-se de maneira sedutora, persuasiva, erótica. 
O Instinto Sexual Reprimido vai revelar-se através da falta de energia, desanimado, calma em 
demasia, baixa impulsividade, desmotivação com a vida, inexpressivo, pouco carismático, timidez, 
excessiva timidez, além de não acreditar em relações íntimas. 
O conceito dos Subtipos 
Dentro do Eneagrama os instintos formam os subtipos que são a junção do pecado de raiz com o 
instinto. Podemos afirmar que é o modo como a energia própria de cada tipo se manifesta através de 
um dos instintos. É o canal por onde energia do tipo se expande, gerando uma determinada maneira 
de pensar, sentir e agir distintos no ambiente em que vivemos. Cada subtipo tem uma denominação 
própria.
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A fixação ou pecado de raiz é a IRA ou RAIVA. Essa compulsão coincide com a fuga. A pessoa vive a com-
pulsão da ira e ao mesmo tempo foge dela inconscientemente, evitando-a por sentir vergonha, uma vez que 
se apresenta como uma “imperfeição”. Ferve de raiva muitas vezes, mas dificilmente admite expressar este 
sentimento e culpa os outros pela sua manifestação. Aqui e ali explode em acessos de fúria, às vezes por 
questões de pouca importância. 
Essa ira reprimida pode gerar uma “panela de pressão” no interior da pessoa e geralmente só é percebida 
quando somatizada. Assim, a armadilha deste tipo é a irritabilidade, o ressentimento, o melindre e a susceti-
bilidade, um sentimento constante de ressentimento, com uma personalidade que se “fere”, se irrita, se sente 
incomodada por qualquer coisa. 
Por isso, a tentação do tipo é a perfeição; sua busca domina toda a vida da pessoa, numa ânsia de “não ser 
criticada” pelo seu crítico interno ou pelos outros. Essa busca se torna compulsiva, massacrando a pessoa e 
fazendo que seu relacionamento com os outros se torne estressante, para si mesma e para os outros.
Quando centradoé um líder natural. Coerente com seus ideais. Sacrifica-se por uma missão ou uma causa e 
trabalhará enérgica e responsavelmente para atingi-la. Honesto, centrado no que quer levar adiante. 
É pessoa visionária com o olhar claro do correto e da maneira de alcançá-lo. Busca as verdades eternas e 
confia nelas. Pessoa de princípios fortes e muita energia orientada para a ação. Suas atitudes e repostas são 
bem pensadas e ponderadas. Preocupa-se com os resultados e o significado de seus atos. Disciplinado, obje-
tivo e determinado, é comprometido com o melhor para si e para o outro. 
Tem extremamente desenvolvido o senso do dever e da ordem por um bem maior, conseguindo manter um 
perfeccionismo equilibrado e alegre que consegue harmonizar com o perdão e a compaixão. É gentil, 
amável, porém consegue ser firme com os outros quando necessário. 
Percebe e aceita que a tão sonhada quietude interior pode ser conseguida acolhendo o que não pode transfor-
mar em si ou no outro. Perfeito é saber-se e admitir-se imperfeito.
�po 1 É a pessoa obcecada pela perfeição, não aceita erros ou imperfeição 
alguma, sempre as achando no ambiente, sempre tem algo para recla-
mar. Presume-se moralmente superior, considerando os outros incapa-
zes e “coitados”, bons apenas se forem mandados. É muito organizada, 
disciplinada e responsável. 
Quando entra num projeto planeja passo a passo todos os procedimen-
tos, cronogramas e responsabilidades de cada membro da equipe. Não 
aceita opiniões diferentes, acha que só existe uma visão correta e um 
único jeito certo de fazer as coisas. 
Entretanto possui um crítico interno poderoso dentro de si mesmo. 
Encanta-se quando algo lhe parece perfeito, mas logo se decepciona e 
fica frustrada quando começa a notar as imperfeições, por isso logo 
passa a ver tudo negativo. 
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A fixação ou pecado de raiz é o ORGULHO, não tanto no sentido da vaidade ou narcisismo, mas sobretudo 
como um eu “inchado”. Acha que todos precisam dela e ela não precisa de ninguém. 
A armadilha é a adulação ou amabilidade; lisonjear o outro, despertando nele dependência que o leve a ter 
manifestações de gratidão. Isso gera um sentimento constante de “ser utilizado”, o que pode deixar a pessoa 
retraída, amargurada, ou levá-la a se prender com unhas e dentes à sua liberdade. Também pode gerar certo 
“complexo de vítima”, o achar que “estão todos contra mim”. 
A tentação é a ajuda; a pessoa vive no dilema constante de ajudar sempre os outros e fugir de si. No fundo, 
sua compulsão de ajudar é a forma de egoísmo: ajuda para receber reconhecimento, gratidão, dependência 
do outro em relação a ela, porque, no fundo, ama a si mesma. 
Estando centrado esse tipo reconhece que não é o centro do mundo ou maior que o mundo. Todas as trans-
formações podem ocorrer e fluir naturalmente sem necessidade de sua intervenção. 
Passa a manifestar um jeito singular de ver o lado positivo do outro e incentivá-lo, deixando-o à vontade, 
sem precisar invadir ou seduzir ninguém, sem cobranças ou necessidades de que precisem dele. 
Cuidadoso e consciente das necessidades das pessoas, principalmente das marginalizadas; valoriza muito as 
relações interpessoais. É terno e carinhoso. Brilha pela generosidade. Possui empatia, responsabilidade e 
simplicidade, sem complicações. É caloroso e cheio de emoção. 
É alguém que está junto nas boas e nas más horas. É espontâneo e natural na ajuda, sem buscar recompensa 
ou privilégios por contribuir com alguma pessoa. Amigo sincero, incentivador e apoiador. Na vida tem uma 
missão que não é “fazer o bem”, nem “dar” amor a quem quer que seja, mas sim estar aberto à ação do 
amor.
Vive querendo ajudar os outros, chegando a ser de forma compulsiva. 
Tem necessidade de atender as necessidades dos outros e acha que 
todos precisam dela, a ponto de fazer com que precisem realmente 
dela. Prática toda essa ajuda esperando receber em troca carinho e a 
aprovação dos outros. 
Quando não recebe o reconhecimento por aquilo que faz ou não é 
elogiada, se queixa e fica ressentida. Costuma até reclamar dizendo: 
“Como podem fazer isso comigo, depois de tudo que eu fiz por eles?” 
Queixa-se chamando a atenção para a ajuda que prestou e para a obri-
gação que os outros têm de reconhecer e retribuir isso.
Ela tem muitos amigos porque se faz amiga de muita gente, mas os 
manipula e os manobra para que gostem dela, os “compra” com seus 
agrados para que se sintam dependentes. Ela sempre se orgulha de que 
muita gente desabafa com ela e vive dando conselhos e soluções que 
prometem êxito. 
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Esse tipo vive sob a compulsão do êxito e do sucesso evitando a todo 
custo o fracasso, pois acha que só será amada se obtiver sucesso naquilo 
que faz. Parece sempre em competição com os outros, tentando apare-
cer, dar nas vistas, causar boa impressão, criar impacto, projetar uma 
imagem vitoriosa e de sucesso. 
É capaz de se identificar tanto com aquilo que faz ou com a instituição 
a que pertence, que os outros chegam ao ponto de não saber quem ela é 
realmente, até porque vive constantemente mudando sua maneira de ser 
para se adaptar às expectativas dos outros e se sair bem. 
Vive fugindo do fracasso e da rejeição. Essas duas palavras, inclusive, 
não existem no seu dicionário. Quando não pode esconder o fracasso, 
“enverniza-o” como vitória parcial, joga a culpa nos outros ou então 
abandona rapidamente o projeto e se lança em outro. É workaholic.
A fixação ou pecado de raiz é a MENTIRA. A mentira se estrutura como 
“forma de vida”, devido à pressão do êxito, por sentir a compulsão de criar uma imagem de si que seja agra-
dável, que crie impacto, que lhe permita vencer.
A pessoa engana a si mesma, achando que a mentira é a verdade, pensando que verdadeiro é o que funciona, 
vendendo sua imagem, sem desejo de profundidade. A mentira leva a pessoa a “ignorar” aspectos negativos, 
a ocultar o que cheire a fracasso, a “envernizar” o que realmente não foi êxito. 
A armadilha é a vaidade; esta pode materializar-se em exterioridades secundárias como a roupa, a aparência e 
num sentimento de arrogância, autossuficiência, superioridade. A vaidade é também armadilha que a faz tropeçar 
na superficialidade. Por tudo isso, a pessoa tem como tentação a eficiência; é o dilema constante de sua vida. 
Quando centrada a pessoa é companheira, engenhosa e criativa. Positiva, confiante, de muita energia. Tem 
um entusiasmo contagiante para o trabalho. É atraente, genuíno, sensitivo e bom no esporte. 
Entende que o sucesso não é sempre possível e que por vezes é no fracasso que o sucesso se instaura. Se 
aceita incompleto, é humilde, sabe pedir desculpas quando falha. Paciente, amigo sincero e acolhedor, não 
exige que o outro seja como ele quer. Difunde otimismo. 
Preocupado com valores espirituais e o autoconhecimento. Quer ser melhor internamente, sair do vazio, 
lutar contra si mesmo, contra sua mentira, contra o autoengano, sua falsa imagem. Entende que autenticida-
de é para ele mesmo e que Verdade é uma poderosa virtude. 
Está aberto a desenvolver a neutralização do vício emocional (Autoengano, Vaidade) e o contato consigo 
mesmo por meio da Virtude da Sinceridade. Esta ferramenta lhe auxilia a reconhecer o que quer a partir de 
si mesmo, não mais por meio do sucesso, admiração e reconhecimento, permitindo uma integração maior 
de seus sentimentos, pensamentos e ações.
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Ela vive basicamente voltada para si mesma e com a sensação de que 
falta algo à sua vida que os outros têm, o que a leva a viver se comparan-
do e sentindo inveja de tudo e de todos. 
Mesmo quando alcança sucesso, sente-se insatisfeita, concentrando sua 
atenção em detalhes refinados que faltam, fazendo das pequenas falhas 
motivo de irritação. Vive como que ausente das coisas, mergulhada em 
si mesma, procurando o inalcançável.
 
Ela se acha especial, diferente do comum dos mortais. É romântica, 
excêntrica e original, seja no vestir ou no falar. Não espere dela métodostradicionais e burocráticos. Quando lhe exigem que seja como os outros 
ou assuma regras, entra em pânico. 
Pretende aparecer como simples e espontânea, mas planeja tudo meticu-
losamente para ser atraente, estética. Detesta e despreza tudo o que é 
comum, rotineiro, banal. Demonstra um ar melancólico e tem a depres-
são como estado de espírito frequente. 
A fixação ou pecado de raiz é a INVEJA. Por carregar em si um sentimento de “inferioridade”, fruto da 
sensação de perda, a pessoa vive se comparando com os outros e achando que eles têm o que lhe falta. Essa 
sensibilidade aguçada pela inveja faz com que a pessoa seja capaz de perceber imediatamente tudo o que 
nos outros possa ser superior a ela. 
Como mecanismo de defesa, a pessoa desenvolve uma sensibilidade e capacidade de sublimação artística, 
o que a ajuda a minimizar a dor da “rejeição”. Vive mergulhada sempre, ou num vai-e-vem constante, no 
mundo de sua imaginação, vivendo “na sua”, e o interesse pelos outros tanto vem como se vai. 
A armadilha que atrai e onde ela tropeça, é a melancolia, a “doce tristeza”; sente-se bem quando fica depri-
mida, pois na tristeza encontra a felicidade. Mas isso faz com que a pessoa fique remexendo ainda mais na 
negatividade de seus sentimentos, na morbidez de suas experiências frustrantes, na mágoa de seu sentimen-
to ferido e fecha-se cada vez mais “na sua”. 
Quando centrado possui um senso agudo de beleza. O mundo não seria tão bonito se esse tipo não existisse. 
Tem bom gosto, é educado e atraente. Valoriza a beleza e a harmonia das pessoas e do universo ao seu redor, 
sendo sensível ao meio ambiente. 
Original, criativo e grande artista: transforma algo ordinário em extraordinário. Solidário, sensível e com-
passivo capta o tom do grupo ou do indivíduo. Possui auto aceitação. É atuante, busca dinamismo e por não 
gostar de rotina está sempre propondo novas formas de se ver e resolver problemas. 
Vive mais o momento presente, aceitando o que tem como satisfatório, permite-se ser bem-aventurado. Sen-
te-se reconhecido e respeitado pela pessoa que é. Encontrou dentro de si o equilíbrio e reconhece que para 
manter-se neste estado, é importante integrar-se, entrando em contato com a sua essência: a equanimidade. 
Já não se sabota quando a felicidade se faz presente
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�po 5 É uma pessoa distante e mais parece um castelo impenetrável. Retira-se sistematicamente evitando o contato, o relacionamento, refugiando-se 
no mundo isolado de suas ideias e conhecimentos. 
Para se sentir feliz necessita de muito pouco e precisa de solidão. 
Possui um vazio interior muito profundo que a leva a se apegar a tudo 
o que tem. É profundamente observador e para ter boa produção profis-
sional precisa ficar sozinho, isolado mesmo. Pensa muito antes de agir 
e para ela o poder está no saber
Só experimenta o prazer de viver quando está sozinha, tendo aversão a 
colocar seu tempo à disposição dos outros por achar que vão roubar-lhe 
sua energia. É capaz de grandes amizades, mas não se pode exigir dela 
iniciativa, proximidade corporal ou doação constante, pois teme esten-
der o dedo para que não lhe tomem a mão. 
A fixação ou pecado de raiz é a COBIÇA. A compulsão de armazenar, 
de guardar, de acumular, sejam bens materiais ou espirituais. A cobiça 
é um apego ao que se tem, mesmo que seja pouco, para não correr o 
risco de precisar de alguém e ter que interagir para pedir ajuda. 
A cobiça nasce do sentimento de “vazio” que carrega consigo, o sentimento de algo não preenchido, uma 
“sede” de se preencher, um “complexo” de que nunca sabe o suficiente. Por isso a pessoa foge desse vazio, 
procurando preenchê-lo continuamente. 
A armadilha é a avareza, uma ânsia de ter, sobretudo o que se refere ao seu eu. Pensa que possuindo, ficará 
seguro e teme doar-se, por achar que assim vai se perder. Isso pode chegar ao caso patológico do avarento, 
mas certamente se manifesta mais na “sede” insaciável de saber, pesquisar, que o faz sentir-se sempre “não 
preparado”. 
A tentação é o conhecimento; vive compulsivamente atraído por conhecer, mas isso cava ainda mais o seu 
vazio, que ele tanto evita! Geralmente, brilha por ser “intelectual”, mas sua “força” é na verdade seu 
pecado. 
Quando centrado é sábio, entrega-se, confia e nessa doação, desenvolve uma forma muito rica de ensinar. 
De todos os tipos é o melhor professor, uma vez que tem o pensamento focado e bem definido. 
Permanece calmo nas crises, pois utiliza sua racionalidade exuberante na resolução de conflitos. Lembre-
mos que é grande observador e atento a tudo o que o envolve; quer desvendar os enigmas que existem nesse 
universo, que para ele é sedutor. 
É muito tolerante. Na amizade é fiel, suave, pacífico e discreto. É presente, evitando a solidão em sua vida. 
Acredita, espera, oferece sua ajuda. Pela sua enorme força interior não se deturpa com a opinião do outro, 
é bastante receptivo e ouve o fato como foi contado, com clareza de ideias. 
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É uma pessoa que não confia em si mesma, sente-se insegura, cautelosa, 
medrosa, desconfiada, sempre farejando perigo, às vezes até com “com-
plexo de perseguição”. Sente o mundo como algo perigoso, é cética e 
por isso fica sempre de pé atrás buscando segurança externas. 
Costuma ser emocionalmente dependente dos outros por não achar em 
si motivos de confiança. Busca segurança nas autoridades, nas leis, nos 
sistemas rígidos e em que tudo está bem definido, se apegando a isso 
com unhas e dentes, ou às vezes se revolta e passa por cima de tudo. É 
capaz de ser extremamente obediente ou agressivamente desobediente. 
Pensa muito e vai retardando a ação por medo de tomar atitudes erradas. 
Tem medo da raiva aberta e por isso a projeta nos outros. Não aceita 
crítica ou rejeição daquilo que acha ser correto e defende isso até o fim. 
A fixação ou pecado de raiz é o MEDO. Esse medo se configura com a 
hesitação, a dúvida constante, o questionamento permanente. É um 
medo que impede de confiar, um medo que faz a pessoa desconfiar 
sistematicamente de tudo e de todos, sobretudo nas intenções dos outros. 
A armadilha na pessoa fóbica é a covardia; recuar, refugiar-se nas suas seguranças, não se expor, esconder--
se, omitir-se, podendo levar a pessoa a uma atitude de passividade e de obediência cega. Na pessoa contra 
fóbica a armadilha é a ousadia; reagir ao medo encarando-o de frente, de forma audaciosa, mas sempre 
movida pelo medo, e isso pode levar a atitudes agressivas e comportamentos radicais. A tentação é a busca 
constante de segurança. 
Esse é o grande dilema da pessoa: ela se sente compulsivamente empurrada para procurar segurança nas 
leis, nos sistemas ortodoxos, no fundamentalismo, nas instituições, nas pessoas, nas coisas, fora dela. E, 
enquanto não a descobrir dentro de si, sempre será insegura. 
Quando centrado identifica-se é exemplo de coragem e de lealdade. Apoia bastante o outro, alegra-se com 
o seu sucesso, tem jeito para ouvi-lo e entendê-lo; possui bastante sensibilidade. 
Nos conflitos pondera e, de maneira tranquila, os resolve conseguindo harmonizar o ambiente. Quando o 
trabalho ou o que se espera dele está bem definido, é dedicado e pontual. Tem boa autoestima, sente-se valo-
rizado. Generoso na amizade: é responsável, alegre e brincalhão. 
Percebe que é muito mais qualificado do que imagina e que todos precisam de apoio e ajuda em algum 
momento da vida. Aprende a discernir os problemas reais dos potenciais. Já consegue imaginar que tudo vai 
dar certo no final da história. 
Passa a reconhecer que o apoio que tanto procurava está justamente dentro dele. Lugar de liberdade, de 
abertura e de sabedoria. Com isso, sente-se seguro, torna-se mais corajoso, percebe o quanto é inteligente e 
capaz. Ousa fazer o que manda seu coração.
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É um tipo que usa um charme desarmado e a jovialidade para enrolar os 
outros. Está sempre entregue aos mais diversos prazeres e a muitos 
planos. Falta-lhefoco: interessada em diversas coisas ao mesmo tempo, 
não consegue se concentrar em nenhuma. 
Gosta de manter abertas todas as opções e por isso dificilmente assume 
compromissos definitivos. Vê bondade e beleza em tudo e não consegue 
enxergar as dificuldades nem o lado negativo das pessoas e das coisas. 
É capaz de trabalhar duro, mas apenas quando o projeto em questão lhe 
agrada. Prazer é a palavra de ordem mesmo na hora do trabalho. 
Quando os outros não reconhecem seus méritos, racionaliza, isto é, fica 
inventando justificativas racionais para minimizar seu sofrimento ou 
tentar disfarçar seu fracasso. 
No fundo é autoritária e por isso não gosta de trabalhar dependendo dos 
outros. Faz contatos muito facilmente, mas ainda mais facilmente 
esquece as pessoas, não conseguindo também aprofundar as amizades. 
Tem uma visão exageradamente positiva de si mesma, fugindo sempre da dor e, quando as coisas se apresen-
tam complicadas, logo escapa dizendo que tudo vai melhorar
A fixação ou pecado de raiz é a INTEMPERANÇA/IMODERAÇÃO/GULA. Isso se traduz numa “fome 
compulsiva” de excitações e experiências prazerosas. É o vício da adrenalina, a necessidade de estimulação 
mental, da energia física que precisa ser “bebida” fora. 
É a compulsão do exagero: “Mais é sempre melhor” - comer, beber, trabalhar, fazer projetos, criar relaciona-
mentos, comprar, brincar, divertir-se... por isso, foge do sofrimento; tudo o que possa cheirar sofrimento ou 
tudo onde a dor possa espreitar, a pessoa evita instintivamente. 
A armadilha é o planejamento; ficar continuamente fazendo planos de experiências agradáveis, prazerosas, 
com o objetivo de intensificar o prazer, de energizar a vida. Isso leva a pessoa a viver “na fantasia do futuro”, 
para “almofadar” a dureza que o presente pode representar. 
Quando centrado é idealista e muito perceptivo. Pessoa de desmedida energia e capacidade. Sabe utilizá-las 
no momento que interessa. Muito alegre e entusiasmado com a vida, enxerga o lado positivo de tudo. 
Excelente professor, com facilidade para explicar, pois é muito criativo e entusiasta, além de animado e brin-
calhão. Suas aulas são sempre um deleite. Atento, ligado às pessoas e possuidor de senso de comunhão. Com 
ele a vida fica mais alegre e festiva, sem muitas exigências. 
Sabe-se grande improvisador, mas incorpora objetividade assimilando a fundo suas experiências, logo se 
tornando reconhecido e agradecido. Para ele é certo que não perderá a liberdade que tanto busca. Já não mais 
persegue a felicidade, entende que ela é um estado do presente que é existir e passa a apreciar profundamen-
te a própria vida.
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É um tipo que acha que os fortes dominam o mundo e os fracos levam a 
pior e, por isso, desenvolve a força como autoproteção. Sua questão 
central é o controle; quer saber quem está no poder, quer controlar todas 
as situações e assegurar seu domínio pessoal. 
Quer tudo bem claro e previsível, mas sente tédio quando não tem uma 
posição para defender e brigar. Gosta de regras bem definidas, mas é a 
primeira a quebrá-las. Cria problemas, compra brigas por qualquer 
besteira e intromete-se na vida dos outros. 
Nota com muita rapidez os pontos fracos dos outros e disso se aprovei-
ta, sem escrúpulos, para tirar vantagem. Sua agressividade provoca 
também agressividade, o que a faz ser facilmente odiada. Tende a consi-
derar sua opinião e visão como as únicas corretas e se fecha às opiniões 
contrárias. 
É uma pessoa para quem o mundo é dividido em preto e branco, amigos 
e inimigos, e prefere estar “totalmente errada” que “ligeiramente certa”. 
Diz sempre o que pensa sem perceber que está atropelando os sentimen-
tos alheios, acredita estar ajudando o outro e não fica satisfeito enquanto não recebe uma resposta à altura. 
Cinco minutos depois de uma discussão, convida-o para o almoço como se nada tivesse acontecido.
A fixação ou pecado de raiz é a LUXÚRIA, como utilização do outro por prazer. Isso se concretiza na falta 
de respeito pela vulnerabilidade do outro, fazendo dele objeto, usando-o, pisando em cima dele, oprimindo-
-o e fazendo-lhe sérias exigências morais, sem que a própria pessoa as cumpra. 
A armadilha é a vingança ou a retribuição, já que assim é seu conceito de justiça: se a balança da justiça foi 
desequilibrada, é preciso recolocar as coisas no lugar, punindo o culpado, resgatando o oprimido, para repor 
a justiça. 
A tentação é a luta pela justiça. Aí está seu dilema, pois, sendo também seu ponto forte, pode destruir a 
pessoa, uma vez que é levada instintivamente a confundir justiça com retribuição e vingança. Isso pode 
levar a pessoa a buscar sempre um culpado a quem possa castigar.
Quando centrado tem um poder interior muito forte e jeito de capacitar as pessoas. Sente a dor do outro. 
Instintivamente reconhece a injustiça e a falsidade. Não se pode mentir porque ele nota e diz. Capaz de lide-
rança inspiradora com jeito de ajudar o outro a viver sua verdade. 
Cheio de energia e comprometimento. Em tudo o que faz investe grande zelo e dedicação. Coerente, corajo-
so, honesto, tenaz, otimista, generoso e objetivo. É magnânimo, um grande líder. 
Sua grandeza de espírito e maneira de comunicar sua visão faz com que as pessoas gostem de segui-lo e 
imitá-lo, de fazê-lo rei. Ninguém é indiferente a ele. Quando chega, sua presença física é marcante. Assim, 
consegue resgatar e desenvolver a Virtude da Inocência, de sua Criança Interior, e não sente mais necessida-
de de estar em constantes batalhas.
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É aparentemente muito tranquilo, mas pode estar fervendo de raiva, 
guardando-a só para si. Não sabe o que quer e por isso se deixa absorver 
pelos desejos dos outros, andando a reboque, dispersando sua atenção 
com coisas secundárias e esquecendo as essenciais. 
Dificilmente diz não, mas também não diz sim, preferindo ficar na posi-
ção cômoda de sonolência contínua, de maneira a manifestar indireta-
mente o seu não querer sem se expor a grandes consternações. É teimo-
so e quando se sente forçado não mexe nem um milímetro. Se estiver 
chateado, sabendo o que os outros esperam dele, não o faz, precisamen-
te para “chatear”. 
Vive no “automático”, agindo pelo hábito, dando a impressão de viver 
desligado das coisas, das pessoas e da realidade. Tem tendência a se 
anestesiar, se narcotizar, isto é, arrumar um vício como escape para sua 
indecisão. Sempre precisa de alguém que a cutuque para poder agir e dá 
a impressão de viver no mundo da lua, divagando, sem se concentrar no 
que faz ou no que fala. 
O pecado de raiz é a PREGUIÇA, não tanto no sentido de não fazer nada, mas no sentido de não perceber o 
curso correto da ação nem conseguir ficar no rumo sem se desviar para coisas não essenciais. 
A armadilha é a indolência ou o comodismo: “deixa estar para ver como é que fica”, “não vale a pena fazer 
esforço, porque tudo é muito complicado e cansativo”. O lema é “não esquentar”. Sua indecisão acaba 
iludindo a pessoa, levando-a a achar que não é capaz, que pouco vale, que o melhor é resignar-se. 
A tentação é o auto rebaixamento: é o dilema de sua vida, pois constantemente a pessoa sente-se inclinada 
a se menosprezar, a achar que não tem valor, diminuindo-se, não mostrando seus dons, o que à primeira vista 
pode parecer humildade, é no fundo uma falsa modéstia e um medo de se expor. Mas isso afasta a pessoa 
ainda mais do engajamento e a deixa mergulhada no mundo interno de sua confusão paralisante. 
Quando centrado é grande mediador, diplomata, pacificador. Nos conflitos, sabe acalmar com o dom da 
franqueza e sem magoar, pois, consegue ver bem todos os lados de uma questão. Assume com dignidade a 
imensa tarefa de recompor as relações da convivência na verdade, na justiça, no amor, na liberdade. 
Acolhedor, bom líder, receptivo e atento. Tem senso de humor, é agradável, intuitivo e preocupa-se com a 
unidade e complementaridade. Conquista todo mundo pela afabilidade dos seus modos, dos quaistranspare-
ce singular bondade de ânimo.
Tem clareza do que quer, saiu da acomodação, da apatia, da sensação de paz e confronta a realidade. Ofere-
ce-nos uma rajada de novidades expostas num estilo todo próprio no falar e no atuar; com muita simpatia, 
se relaciona com pessoas comuns e com os poderosos da terra. 
Preocupado com o bem comum, cria possibilidades de um mundo novo de paz. Os que o acompanham 
sentem-se impelidos a buscarem essa paz com renovada coragem e com uma atenção mais vigilante aos 
"sinais" do tempo presente. 
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A criança Ferida
Quando nascemos somos príncipes e princesas, mas, ao longo de nossas vidas, nos transforma-
mos em sapos. Acreditamos em ogros, bruxas e fadas madrinhas, o mundo era mágico e rico em 
fantasias. Assumimos posições e tomamos decisões baseadas nas condições precárias de criança.
Montaram uma história, um script para seguirmos, dando uma direção a nossa conduta nos 
aspectos mais importantes de nossa vida, estruturadas em mensagens parentais, chamadas man-
datos, enviadas pelos pais ou substitutos, normalmente, de forma não verbal e recebida como 
ordens pelos filhos. 
Estes, frequentemente decidem obedecer por não possuírem outras informações e por quererem 
ser amados e reconhecidos por essas figuras. Existem muitos mandatos, alguns positivos tais 
como: seja um sucesso, seja feliz, cresça, seja um ser humano brilhante e outros mandatos nega-
tivos tais como: "não viva", "não sinta", "não pense", "não cresça", "não seja você mesmo", "não 
faça", "não consiga", dentre outros. 
Os mandatos agem por toda uma vida sem que o indivíduo tenha consciência da existência dos 
mesmos. Os pais ou substitutos, por sua vez, também não têm consciência que estão transmitin-
do tais mensagens. Portanto, tudo fica perfeitamente "camuflado". 
Às vezes alguns indivíduos apenas suspeitam que exista "algo errado" em suas vidas, mas fica 
por isso mesmo. Crescemos nos deformando em nossa humanidade estruturando nossa máscara, 
nossa personalidade, nosso tipo, nos distanciando de nossa essência.
No meu curso presencial de Eneagrama temos um modulo especial onde vamos lidar com essa 
criança que ainda vive dentro de nós e que a muito se perdeu em meio a esse mar de mantados, 
insegurança e necessidades. Entrar em contato com nossa criança interior é chamar por nossa 
essência e descobrir todo o potencial que temos, mas que vive protegido dentro de nós por uma 
barreira de personalidade. 
Espero que você possa fazer bom uso desse material e que ele seja um guia para o início dessa 
jornada. E que você continue nessa caminhada de autoconhecimento em busca de uma vida com 
muito mais, mais felicidade, mais amor, mais compreensão, mais misericórdia. 
Lembre-se que esse é só o primeiro passo e que uma jornada como essa não é para ser feita 
sozinho!
Mineira, psicanalista, formada em psicologia. Outras for-
mações que ajudam no trabalho dentro do Consultório e 
nos Cursos de Autoconhecimento como Arterapia e Técni-
ca Leitura e Dinâmica de Grupo.
Trabalha hoje com crianças, adolescentes e adultos, tanto 
individualmente como em grupo, casal e famílias, e insti-
tuições que trabalham junto com pessoas de modo geral. 
Para saber mais sobre os Cursos ou Atendimentos.
facebook.com/eneagrama.ccyrino
instagram.com/carmen.cyrino
Telefone: (21) 98085-3868
Carmen Cyrino

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