Buscar

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
MOREIRA, Camila Gomes[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do curso de Licenciatura em Pedagogia – Segunda Licenciatura, no Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como requisito para a conclusão de curso. ] 
RU: 1731139
LAUFER, Albertina[footnoteRef:2] [2: Professora Orientadora no Centro Universitário Internacional UNINTER. Mestre em Teologia, Pós-graduada em Psicologia Analítica e Counseling. Graduada em Pedagogia, Teologia e Letras. Psicóloga Clínica CRP-PR 08/29582. Pós-graduanda do curso de Produção e Revisão Textual na FAE Business School – Curitiba (PR).] 
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo apresentar o desafio do professor da Séries Iniciais de Ensino no processo de Alfabetização e Letramento. A presente pesquisa é de metodologia bibliográfica onde busca refletir os desafios do professor das séries iniciais diante a alfabetização e letramento. No entanto, diante da problemática, muitos educadores possuem dúvidas em relação a alfabetização das crianças, com insegurança e dúvidas de quais caminhos seguir para promover a aprendizagem dos alunos. A realidade atual exige transformações profundas na prática pedagógica. Em virtude disso, a alfabetização e o letramento vêm sendo uma preocupação constante na educação e, através desse. Estudo buscou-se refletir sobre as práticas da leitura, escrita e compreensão de mundo. Para a realização da nossa pesquisa buscamos embasamento em autores relacionados à alfabetização e letramento, que por meio do estágio nos foi permitido um contato direto com os alunos, nos possibilitando um convívio mais abrangente. Nosso objetivo é refletir este tema e futuramente como esta prática nos ajudará a suceder de maneira com que possamos contribuir com o desenvolvimento dos nossos alunos, os fazendo cidadãos alfabetizados, letrados e críticos perante a sociedade.
Palavras-chave: Alfabetização e Letramento. Educação. Ensino Fundamental.
1 Introdução 
O projeto de pesquisa propõe uma discussão teórica a respeito da alfabetização e letramento nas séries iniciais. A maioria das crianças desenvolve naturalmente habilidades de linguagem verbal ouvindo outras pessoas e observando o processo de comunicação. No entanto, a capacidade de ler e escrever um texto impresso que representa a linguagem falada - isto é, ser alfabetizada - não se desenvolve como uma matéria ou curso. A 'alfabetização' se estende além da definição comum da capacidade de ler e escrever para abranger todos os aspectos da linguagem em uso em uma série de contextos sociais e culturais (CARVALHO, 2015, p. 17).
Assim sendo, o principal deste template é o desenvolvimento de habilidades da alfabetização relacionadas à leitura, e em menor grau escrevendo. Ler e escrever são as principais habilidades que contribuem para o sucesso das crianças na escola e depois da escola.
No entanto, diante da problemática, muitos educadores possuem dúvidas em relação a alfabetização das crianças, com insegurança e dúvidas de quais caminhos seguir para promover a aprendizagem dos alunos. Nesse sentido, a pesquisa tem como objetivo de responder a seguinte questão: Quais os desafios do professor das séries iniciais no processo de alfabetização e letramento? No entanto, é necessário o profissional obter vários olhares referente a alfabetização, diante uma boa preparação que atende as necessidades dos alunos, através de instrumentos adequados que formem o indivíduo atuante na sociedade como cidadão. No entanto, não é com métodos tradicionais e mecânicos que os professores irão formar os alunos alfabetizados e letrados como deveria.
Sendo assim, o estudo visa apontar possibilidades e caminhos no processo de alfabetização e letramento desses alunos para que a escola se torne prazerosa e possibilitem a aquisição do conhecimento. Portanto, a hipótese será apresentar aos alunos a habilidade de entender os conteúdos trabalhados no decorrer do desenvolvimento da alfabetização e letramento, para que cada aluno tenha interesse de participar das aulas e com isso consiga executar o seu papel, adquirindo aprendizados passados no contexto escolar durante os conteúdos oferecidos em cada unidade.
O objetivo geral deste artigo é apresentar o desafio do professor da Séries Iniciais de Ensino no processo de Alfabetização e Letramento e, tendo como objetivos específicos: conceituar e contextualizar a Alfabetização e Letramento; Identificar o papel do professor no processo de alfabetização e letramento; Reconhecer estratégias eficaz na alfabetização dos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental.
É cada vez mais reconhecido que as habilidades para a alfabetização devem ser desenvolvidas desde o nascimento e não no início da escolaridade formal (CASTANHEIRA, MACIEL & MARTINS, 2009, p. 48). 
Esta política enfatiza a necessidade de incluir uma fase negligenciada e ainda crítica na jornada de uma criança em direção à alfabetização: os anos anteriores à entrada na escola (do nascimento aos cinco anos de idade). Este template também destaca o importante papel dos profissionais da educação infantil nos serviços e comunidades no apoio às famílias para fornecer as condições e experiências necessárias para que todas as crianças desenvolvam uma sólida base de alfabetização antes da entrada na escola (DEMO, 2017, p. 32).
O termo “alfabetização” é considerado, às vezes, como leitura e escrita e, portanto, nem sempre é relevante para a oferta do início do ano. Na verdade, a alfabetização abrange uma gama muito maior de aprendizado (FEIL, 2012, p. 21).
A alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental inclui falar sobre livros, marcar e escrever cedo, além de compartilhar livros e ler com crianças pequenas. A estrutura curricular da primeira infância enfatiza a importância fundamental da alfabetização e compartilhamento de livros.
Como praticantes iniciantes, temos a responsabilidade de defender as primeiras experiências de alfabetização. Sabe-se que (FERREIRO, 2014, p. 14): “o desenvolvimento da alfabetização começa cedo na vida e está altamente correlacionado com o sucesso acadêmico.” Todos os domínios do desenvolvimento de uma criança - físico, social-emocional, cognitivo, linguagem e alfabetização - estão inter-relacionados e interdependentes.
Quanto mais limitadas às experiências de uma criança com a linguagem e a alfabetização, mais provável será que ele ou ela tenha dificuldade em aprender a ler. Os principais indicadores preceptores da leitura e do sucesso escolar na primeira infância incluem experiências de linguagem e exposição à impressão. Profissionais altamente capazes do início do ano são obrigados a implementar uma estrutura curricular na prática. O conhecimento, o respeito e o apoio à diversidade das famílias, culturas e origens linguísticas das crianças são importantes no desenvolvimento inicial da alfabetização (FERREIRO, 2014, p. 14).
O principal objetivo deste trabalho é mostrar como é possível oferecer um espaço de acesso à leitura e escrita nas séries iniciais do ensino fundamental, sem que isso prejudique a aprendizagem lúdica que as crianças pequenas devem ter.
A alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental sempre foi um assunto no qual me interessei. Muito ouvir falar que não se alfabetiza nas séries iniciais, pois, é um tempo em que as crianças devem brincar. Porém, pensei sempre ao contrário, acredito que devemos já na primeira infância, oferecer um espaço de acesso à leitura e escrita, para que os pequenos, também possam aprender o que é o mundo escrito.
Nesta pesquisa busca-se trazer pressupostos já determinados, os quais confrontos com situações reais de aprendizagem. Procurei o embasamento teórico de Regina Sodré Almeida (2011), Magda Soares (2007), entre outras escritoras especializadas em alfabetização e letramento.
2 Metodologia
 
A metodologia de pesquisa visa comprometer com a qualidade de um trabalho científico, conforme as ideias de Moresi (2003), “refere-se ao domínio de técnicas de coleta e interpretaçãode dados, manipulação de fontes de informação, conhecimento demonstrado na apresentação do referencial teórico e apresentação escrita ou oral em conformidade com os ritos acadêmicos” (p. 7). Nesse sentido, para elaboração da pesquisa, é preciso seguir uma política, fundamentada na temática selecionada para determinar um trabalho científico. 
No entanto, a presente pesquisa é bibliográfica onde busca refletir os desafios do professor das séries iniciais diante a alfabetização e letramento. Visa explicar o fenômeno por meio da pesquisa bibliográfica com características que apresentam a concepção de alfabetização e letramento nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Portanto:
[...] considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo da pesquisa bibliográfica. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. Ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem (MORESI, 2003, p. 9).
Sendo assim, a coleta de dados é por meio do instrumento de pesquisa, o levantamento bibliográfico ou fontes secundárias com informações e pesquisas já realizadas referente a temática apresentada. Os trabalhos selecionados são como um apoio para compreender o tema, e, para seguir com a diretrizes do trabalho científico, cumpre com a garantia de sua credibilidade. No entanto, são publicações de revistas, artigos, monografia, entre outros. Conforme cita Moresi (2003):
[...] o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece instrumento analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesmo. O material publicado pode ser fonte primária ou secundária.
No entanto para tais resultados dos materiais bibliográficos foi utilizado o mecanismo de pesquisa Google Acadêmico, com descritor “Alfabetização e Letramento”, utilizando o filtro de pesquisa para alcançar os trabalhos mais recentes que abordam sobre o tema.
3. Revisão bibliográfica/Estado da arte
3.1 Discussões acerca da alfabetização e letramento
De acordo com Magda Soares, alfabetizar constitui no processo de ensinar a ler e escrever e letrar requer habilidades para a utilização da língua escrita de modo a se comunicar “socialmente”, ou seja, fazer o uso social da leitura e da escrita (SOARES, 2007). 
Ambos, (letrar e alfabetizar) não são dissociados, contudo, Soares disserta:
[...] no Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem levado, apesar da diferenciação sempre proposta na produção acadêmica, a uma inadequada e inconveniente fusão dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento, [...] o que tem conduzido a um certo apagamento da alfabetização que, talvez com algum exagero, denomino desinvenção da alfabetização [...] (SOARES, 2007, p. 8).
O equívoco denunciado por meio das proposições de Magda, impõe a reflexão sobre os conceitos de alfabetização e letramento. Ao refleti-los será permitido compreender como alfabetizar e letrar se conectam e como os dois, têm poder de tornar o processo de aprendizagem enriquecedor, significativo. E, apesar de denominar como exagero, o que a autora chamou de desinvenção da alfabetização, é por meio do então “exagero” que se pode almejar a ressignificação do conceito de alfabetização e ao invés de buscar o distanciamento das práticas de letrar e alfabetizar, que esses dois se casem, para que aconteça ações que efetivem um ensino de leitura e escrita de qualidade. Cada qual com sua definição e diferenciação, porém, não separados, mas relacionando-se.
Para afunilar as significações que envolve a conceituação de alfabetizar e letrar, cabe, trazer a seguinte assertiva de Freire (1997, p.19) “[...] percebe-se, assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.” Através disso, a compreensão do papel do professor diante ao desenvolvimento de práticas alfabetizadores é enriquecedor para que haja um alinhamento de como atuar em prol de um ensino que seja libertador.
E com o intuito de fomentar ainda mais, Tfouni discorre dizendo que “Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade” (TFOUNI, 2010, p. 4).
De forma sucinta, a alfabetização finda-se no processo de aquisição dos signos e códigos do alfabeto escrito, é “desvendar” a junção dos fonemas e o letramento consiste em colocar em “prática” ferramentas de leitura e escrita de maneira a se comunicar socialmente, nesses dois processos (de alfabetizar e letrar) não há reservas, não há grau de demérito, nem pudera ter, pois os dois se complementam a medida em que acontece, a medida em que são atrelados a ações que valorizam o conhecimento prévio dos educandos, à medida em que há comprometimento com uma educação libertadora.
E segundo Freire “[...] a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica um constante ato de desvelamento da realidade [...]” (FREIRE, 1997, p. 97).
Ao elucidar esse caráter de autenticidade explicitado por Paulo, conclui-se como um ensino libertador pode contribuir para a formação de educandos que tenham posicionamentos com autonomia e criticidade diante a sociedade, partindo da análise crítica e construtiva acerca das desigualdades, sendo capaz de refletir, indagar, pesquisar e mudar suas histórias.
Discutir os problemas que tangem a educação brasileira é necessário e partindo do pressuposto que educação não é neutra, logo alfabetizar também não é, abre-se então, um leque de questões que interferem direta e indiretamente no processo de alfabetização e letramento
Existem diversos empecilhos que ocasionam no fracasso escolar, mas de certa forma, questionar uma prática pedagógica ultrapassada é um dos meios de trazer luz para o problema de leitura e escrita que as séries iniciais vêm carregando.
Nessa perspectiva, Regina Leite Garcia, salienta que:
Discutir alfabetização é discutir o projeto político que se pretende para este país, não apenas pelas consequências sociais do analfabetismo, mas também porque o modo como se direciona a prática pedagógica traz uma determinada concepção de mundo e de homem (GARCIA, 2008, p. 25).
Os apontamentos que causam a desaceleração do aprender a ler e a escrever são diversos, não cabendo neste presente trabalho julgar o professor, nem muito menos martirizá-lo como o principal responsável pelo insucesso no alfabetizar e letrar, mas, a grande ausência de ações pedagógicas inovadoras tem ainda, invadido a forma de mediar esse processo, que deveria ser dotado de sentido, diálogo, prazer e é por isso que a literatura infantil atrelada a uma prática inovadora, tem papel fundamental para formar indivíduos que sejam capazes de fazer o uso social de leitura e escrita.
3.2 Alfabetização e Letramento: um breve panorama histórico
Descrever o cenário histórico acerca do alfabetizar e letrar é importante à medida que possibilita discussões pertinentes a este processo, oportunizando o apontamento de estratégias que visam uma educação transformadora, para que assim construa-se um olhar mais dinâmico sobre as perspectivas da alfabetização e letramento.
Por volta do século XVI com ideais iluministas a educação era vista como meio de transformação do homem, propagando o ideário de que cada indivíduo tinha o controle de seu próprio destino. No entanto, o acesso à cultura letrada era restrito, pois devia ser efetuadoo pagamento para a ministração das aulas, ou seja, a acessibilidade era direcionada a classe nobre e quem atuava como mestre do ensino eram os padres.
Diante desse cenário, a igreja dominava a produção cultural, tornando o acesso as obras restritas, esse panorama permaneceu até o fim do século XVIII, culminando na Revolução Francesa, com isso, José Juvêncio traz importantes apontamentos sobre o período:
Sonhada no século XVIII, a generalização da alfabetização abre uma nova era na história da humanidade. As sociedades ocidentais iniciam, então, um período caracterizado pela revolução permanente que ressoa no plano político, econômico, social e cultural. Época marcada pela emergência das nações democráticas; pelo avanço da industrialização; pelo crescimento das cidades e erupção do individualismo; pela supremacia da cultura visual. E, no centro desse labirinto, a origem da concepção de alfabetização que herdamos (BARBOSA, 2004, p. 15).
Sendo assim, com a Revolução Francesa é instaurado conceitos de uma república democrática e a escola como local de acesso aos livros, rompendo, a princípio, com a projeção de ensino individual, resultando numa adoção nova sobre a perspectiva de escolarização, logo, a escola é o espaço que promove o processo de ensino-aprendizagem.
Com essas transformações, as preocupações com a aprendizagem (especificamente em aprender a ler e escrever) surgiram, pois o domínio da leitura e escrita estava fortemente ligado a um paradigma de exercer um cargo, ou seja, emanava ‘poder’, quem era letrado possuía mais condições para desempenhar ‘sua’ dominação sobre aqueles que pouco ou nada sabiam.
A história dos conceitos sobre alfabetizar esteve em constante mudanças, porque foi conectada aos diversos contextos sociais, econômicos e políticos, eclodindo assim, em diversas concepções e movimentos. No Brasil, o conceito de alfabetização está vinculado à catequese, à conversão dos indígenas e o ensino era ministrado pelos jesuítas, portanto, o ato educativo era de cunho religioso.
As transformações ao longo do tempo revelam as lutas pelo acesso ao ensino, à cultura letrada, e é por meio desses embates, por meio de reflexões sobre o passo, que acontece uma prática educativa que seja capaz de adotar posturas que não exclua, mas que torne a aprendizagem significativa, valorizando a bagagem de vida de cada indivíduo. Segundo Bujes (2001, p. 13): 
Por um bom período na história da humanidade, não houve nenhuma instituição responsável por compartilhar esta responsabilidade pela criança com seus pais e com a comunidade da qual faziam parte.
A criança nesta época era vista como um “número”, uma quantidade de pessoas pequenas, mas membro sem importância na família, e a educação era função das famílias, com regras e costumes, compreendido pelos mesmos jugando assim como correto. Aparentava de que a educação não era tão importante, e era algo para poucos, somente os ricos tinham acesso.
 Partindo da necessidade das mulheres ingressarem ao mercado de trabalho, foi surgindo a necessidade das mesmas deixassem os seus lares e os afazeres domésticos para trabalhar fora ganhando sua tão sonhada liberdade financeira. Então começaram a surgir diversas dúvidas de quem seria a responsabilidade de cuidar e educar essas crianças. Rapidamente começaram a ocorrer mudanças na forma de pensar: O que seria infância, qual sua importância, o que isso reflete na sociedade?
Entende-se que ao longo da história, a educação infantil passou por diversas transformações na sociedade e novos acontecimentos estavam surgindo naquele momento na educação. A sociedade foi mudando, o surgimento de novos mercados trazendo desenvolvimento, e como principal a invenção da imprensa (século XV) as novas portas de mercado de trabalho, novos horizontes se abriram.
A igreja também teve um papel significante na alfabetização, por questões de disputas religiosas (católicos e protestantes), ambos queriam garantir que seus fiéis fossem alfabetizados, a bíblia era muito utilizada sendo uma das principais ferramentas para leituras e de estudos. Todo surgimento, surgiu num olhar mais atencioso sobre a infância, que começava a ganhar destaque que antes não existia (espaços organizados proposto para as crianças). Segundo Oliveira (2013, p. 34):
Gradativamente, surgiram arranjos mais formais para atendimento de crianças fora da família em instituições de caráter filantrópico especialmente delineadas para esse objetivo e que organizavam as condições para o desenvolvimento infantil segundo a forma como o destino da criança atendida era pensado.
As teorias citadas por especialistas que falavam das características da infância estavam interessados em descrever as crianças, sua natureza moral, suas inclinações boas e más. Defendiam ideias de que proporcionar educação era uma forma de proteger a criança das influências negativas do seu meio e preserva-lhes a inocência, e com isso afastaria as crianças das ameaças a explorações, pois a educação que era dada as crianças tinha por objetivo eliminar as suas inclinações para preguiça, a vagabundagem, assim eram “rotuladas” as crianças pobres.
 A ideia de mudar o destino social das crianças (o que se tornariam), o causava uma certa “preocupação por parte dos governos e da filantropia no objetivo de transformar as crianças (pobres), em sujeitos numa sociedade desejada, porém era decidida por poucos (ricos).
 Todo esse conjunto de ideias e conflitos que existiam entre os pequenos, (especialistas/sociedade) vieram a influenciar as instituições que surgiram e marcaram de forma muito forte as propostas e a forma de atuação dos educadores, em cada creche e pré-escola.
As creches e pré-escolas expandiram e passaram por mudanças econômicas, políticas e sociais que ocorreram na sociedade: Porque a mulher ingressando no mercado de trabalho e na organização das famílias baseadas nas mudanças que estavam acontecendo teve seu aparato pelas leis que iam surgindo.
Então, o que se pode notar, no início das creches e pré-escolas é que tinham a função de ser assistencialistas, isto é, o “cuidar” era o principal objetivo por parte destas instituições em relação às crianças, e ao longo dos anos esse papel principal foi passando por diversas mudanças, e questionada até os dias atuais. A inserção das crianças no mundo não seria possível sem que atividades voltadas simultaneamente para cuidar e educar estivessem presentes.
3.3 A função do professor no processo de Alfabetização e Letramento
	A alfabetização inicial é um processo que as crianças precisam adquirir
como parte de seu desenvolvimento. Essas habilidades os ajudarão a desenvolver mais facilmente no futuro. No entanto, internalizar a linguagem escrita requer descobrir o que significa alfabetização e qual a relação que isso tem com a professora. Segundo Demo (2017, p. 17): 
A alfabetização inicial é um termo muito complexo; no entanto, ele consegue defini-lo como um processo pelo qual uma pessoa aprende a ler e escrever. Ele também o define como um termo polissêmico que precisa ser contextualizada como um domínio progressivo da linguagem e que continua ao longo de todo a vida da pessoa.
Na mesma linha, Carvalho (2015) refere que os professores assumem que o alfabetização deve fazer parte da aprendizagem inicial dos alunos, no entanto, por sua vez, não acreditam que seja possível, pois não se trata de um aprendizado simples e o esforço necessário pode criar frustração para algumas crianças.
Da mesma forma, Barbosa (2004) menciona que não há um ponto claro sobre quando deve começar a ler e escrever, uma vez que a aquisição dessas habilidades é progressiva e precisa de várias práticas lideradas por um sujeito chamado professor.
O professor é o personagem principal que ajuda as crianças a desenvolver habilidades de leitura e escrita. Com base nisso, o papel do professor durante o desenvolvimento da alfabetização inicial para Castanheira et. al (2009) é ter a capacidade de promover espaços de aprendizagem em que haja um clima de diálogo que permite relacionar as habilidades,expectativas e autonomia do aluno.
Na mesma linha, Feil (2012), também afirmam que o tema da leitura e da escrita devem ser abordados simultaneamente desde a alfabetização, são os formadores, ou seja, os professores são os responsáveis ​​por motivar os alunos para que possam aprender relacionando o que já sabem e o que estão aprendendo.
Da mesma forma, Júnior; Júnior (2011) mencionam que ensinar a leitura e a escrita precisam estimular diversas situações em que as crianças desenvolvem como aprendizes da linguagem oral e escrita, desta forma propor práticas como explorar e escolher livros, ouvir, ler e trocar impactos e reflexões com outras pessoas, agendar títulos lidos, comentar sobre seu conteúdo e recomendá-los, anote quaisquer fatos interessantes.
Por sua vez, Almeida (2011) considera que atualmente, é necessário um ensino explícito com profundidade, que contenha estratégias para ter uma boa exposição frequente ao vocabulário e que permita compreender facilmente a linguagem oral e escrita.
Nesse sentido, o professor está trabalhando de forma tradicional, sem considerar as características e ritmos das crianças; e em coincidência com o que foi apontado por Almeida (2011), revela a importância de metodologias com estratégias mais inovadoras e de acordo com o tempo.
4. Considerações finais
É possível concluir que a alfabetização é um processo de ensino aprendizagem, que tem como objetivo levar à pessoa a aprendizagem inicial da leitura e escrita. Sendo assim, a criança alfabetizada é que aprendeu habilidades básicas para fazer o uso da leitura e da escrita.
Entende-se que o processo de alfabetização inclui muitos fatores e quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de conhecimento, melhor será a sua prática pedagógica em sala de aula, visto que ele terá condições de entender o desenvolvimento emocional cognitivo, como vem evoluindo o seu processo de interação social da natureza da realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo à alfabetização, mais condições terá esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem, sem os sofrimentos habituais.
Esta pesquisa leva a reflexão da importância das Séries iniciais do ensino fundamental e o ensino aprendizagem nesta fase se dá de uma forma lúdica, porém quanto antes esses pequenos (crianças) tiverem o contato com o mundo da linguagem escrita. Certamente será um leitor mais amplo. Oportunizar em suas vivencia o letramento aproveitando esta´ ansiedade nas suas descobertas com o objetivo de potencializar os seus saberes.
Contudo ao finalizar esta pesquisa, foi visto a necessidade dos professores, pedagogos e profissionais que trabalham com a educação infantil, precisam a cada dia mais buscar informações para melhorar suas ações, pois este processo não é uma prática somente. Ela exige cada vez mais conhecimento para que haja naquele espaço, um ambiente propício, prazeroso e facilitador para as atividades que envolvem a alfabetização e o letramento.
Por fim, pode-se entender que para gerar a internalização desses processos os alunos precisam visualizar e explorar vários materiais em um grande espaço e adequado, o que lhes permite ter um contato mais próximo com a linguagem oral e escrita, pois são as situações cotidianas e recorrentes que contribuem para uma melhor aquisição de conhecimento. Com tudo isso, as perguntas foram respondidas, objetivos e eixos de pesquisa apresentados.
 
Referências
ALMEIDA, Regina Sodré. Alfabetização. São Luís: UEMANET, 2011.
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura: formação de professores. São Paulo: Cortez, 2004.
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: um diálogo entre a teoria e prática. Petrópolis – RJ: Vozes 2015.
CASTANHEIRA, Maria Lúcia; MACIEL, Francisca Isabel Pereira; MARTINS, Raquel; FONTES, Márcia. Alfabetização e letramento na sala de aula. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica: Ceale, 2009.
DEMO. Pedro. Leitores para sempre. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2017.
FEIL, Iselda T. Sausen. Alfabetização: um diálogo de experiências. 2. ed. rev. e ampl. Ijuí: Unijui, 2012. 136 p.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 24. ed. Atualizada. São Paulo: Cortez, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo. Paz e Terra, 1997.
GARCIA, Regina Leite. Alfabetização responsabilidade de todos. Revista Andes, São Paulo, n. 15. P. 25-35, 1987.
JÚNIOR, A.F.B.; JÚNIOR, N. F. A utilização da técnica da entrevista em trabalhos científicos. Evidência, Araxá, v. 7, n. 7, p. 241, 2011.
MORESI, E. Metodologia da Pesquisa. Universidade Católica de Brasília – UCB. Programa de pós-graduação stricto sensu em gestão do conhecimento e tecnologia da informação. Brasília-DF. 2003
OLIVEIRA, Zilma. Educação Infantil: Fundamentos e métodos. São Paulo. Editora Cortez, 2013.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Trabalho apresentado na 26° Reunião Anual da ANPED, Minas Gerais, 2007.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e Alfabetização. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

Continue navegando