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DENGUE ABORDAGEM COMO FORMA DE PREVENÇÃO NO MUNICÍPIO DE PRUDENTÓPOLIS PR

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Dengue: Abordagem Interativa como Forma de Prevenção no município de Prudentópolis - PR
COSMO, Josemilton
XAVIER, Marina Grein
REMUMO: Afetando principalmente os países tropicais como o Brasil, a proliferação descontrolada do mosquito Aedes Aegypti tornou-se um grave problema de saúde pública. Até abril de 2021, o ministério público havia registrado 745,9 mil casos de dengue, doença mais comum transmitida pelo mosquito. Com o agravamento da situação por conta das outras doenças transmitidas pelo vetor, esforços de prevenção são essenciais para um melhor controle da situação. Estudiosos, como Tauil (2012), apontam que o Brasil possui diversos fatores facilitadores da proliferação do mosquito, sendo que a solução para diminuição do problema encontra-se principalmente na conscientização de toda população no controle dos principais criadouros do Aedes Aegypti. Entretanto, campanhas convencionais acerca do problema não vêm surtindo o efeito desejado. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo principal aprimorar o acesso à informação acerca das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, em especial a dengue, no município de Prudentópolis - PR, (onde em somente em 2021, cerca de 7.618 casos de dengue foram confirmados) no que diz respeito à prevenção através do controle do vetor até o tratamento da doença. Espera-se que o presente projeto de intervenção contribua para o enfrentamento da epidemia das doenças causadas pelo Aedes Aegypti no município de Prudentópolis - PR. Espera-se também que os órgãos públicos se atentem para o problema da desinformação da população no que diz respeito ao combate do vetor e que este projeto possa contribuir para o trabalho de enfrentamento à dengue em outras unidades de saúde do Estado.
Palavras-chave: Aedes Aegypti; Epidemia; Dengue; Comunicação; Educação em Saúde.
1. INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
Dengue: Abordagem Interativa como Forma de Prevenção. Um Estudo da População do município de Prudentópolis - PR.
1.2 SITUAÇÃO-PROBLEMA
Muitas cidades e comunidades no Brasil sofrem todos os anos com epidemias que poderiam ser minimizadas com uma campanha de prevenção bem elaborada. No município de Prudentópolis - PR não é diferente. Até novembro do ano de 2021, 7.618 casos de dengue foram confirmados. Com uma população de 52.513 habitantes, o município foi considerado de grande risco de contaminação pelo vírus da dengue. Em janeiro de 2020, o decreto nº 032/2020 reforça a participação dos Agentes de Saúde no controle do vetor. Além disso, foi autorizado o uso de um carro UBV (Ultra Baixo Volume), com mesma aplicação de inseticida do “fumacê”, mas com menor grau de dissipação da fumaça. O uso deste recurso é questionável devido seu impacto ambiental e possíveis riscos à saúde da população.
1.3 JUSTIFICATIVA
De acordo com um estudo realizado por Pedro Luiz Tauil (2012), a dengue é a arbovirose mais importante no globo. Calcula-se que 2,5 bilhões de pessoas estão em áreas com risco de infecção pela doença, sendo grande parte dessas pessoas residentes em países tropicais onde umidade e temperatura favorecem a proliferação do vetor. Apesar do total conhecimento que se tem hoje sobre as formas de proliferação e contaminação pelo arbovírus, o Brasil é recordista em casos da doença. Até dezembro de 2021, foram 745,9 mil casos registrados segundo o ministério da saúde. Em uma escala micro, a análise do município de Prudentópolis - PR pode servir de ponto de partida para compreensão da relação entre número de casos da doença com os esforços coletivos dos setores públicos, como o PSF e a prefeitura, em difundir informação, orientação e tratamento da doença.
1.4 OBJETIVOS
- Objetivo Geral
Aprimorar o acesso à informação acerca das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, em especial a dengue, no município de Prudentópolis - PR, no que diz respeito à prevenção através do controle do vetor até o tratamento da doença.
- Objetivos Específicos
Analisar o nível de conhecimento e o acesso às informações acerca do problema;
Analisar os fatores facilitadores e os nós críticos para a resolutividade dos problemas de prevenção e tratamento da doença na comunidade.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA DENGUE 
A dengue é uma doença febril aguda. Pode ser assintomática ou causar doença cujo espectro inclui desde formas oligossintomáticas até quadros graves com choque, podendo evoluir para o óbito. Ocorre especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito Aedes aegypti e do Aedes albopictus. No Brasil, a dengue constitui um grave problema de saúde pública (BRASIL, 2014). 
O agente etiológico é um vírus RNA, arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae. Existem quatro sorotipos conhecidos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4. No Brasil há somente registro de transmissão pelo vetor da espécie Aedes aegypti. O Aedes albopictus é o vetor de manutenção da dengue na Ásia (BRASIL, 2014). 
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro e possui uma aparência inofensiva, é de cor preta com listras brancas no corpo e nas patas. Sua picada é indolor e não pruriginosa. Mosquito adulto vive em média 45 dias, costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde. Possui características urbanas alimentando-se de seiva de plantas e prolifera-se principalmente nas proximidades das habitações, em qualquer lugar que acumule água limpa que possa servir de criadouro (SILVA; MARIANO; SCOPEL, 2013). 
A transmissão do vírus ocorre pela picada da fêmea do vetor, no ciclo homem – Aedes aegypti – homem (BRASIL, 2014). As fêmeas colocam seus ovos nos recipientes que acumulam água. Após o desenvolvimento do embrião, que dura por volta de dois a três dias, os ovos tornam-se resistentes a dessecação e assim que recebem nova carga de água são estimulados a eclodir. Logo após a oviposição a fêmea fica faminta e vai à procura de um novo hospedeiro (NATAL, 2002). 
Quando o vírus da dengue circulante no sangue de um humano em viremia (um dia antes do aparecimento da febre até o 6° dia da doença) é ingerido pela fêmea do mosquito durante o repasto, o vírus infecta o intestino médio e depois se espalha sistemicamente ao longo de um período de 8 a 12 dias. Após esse período de incubação extrínseca, o vírus pode ser transmitido para humanos durante futuros repastos. Em seguida, o mosquito permanece infectante até o final da sua vida (BRASIL, 2014).
A primeira manifestação da dengue é a febre alta, entre 39°C a 40°C, de início abrupto que geralmente dura de dois a sete dias, associada à cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retro-orbital, com presença ou não de exantema e prurido cutâneo. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser observados por dois a seis dias. Nessa fase inicial da doença, pode ser difícil diferenciá-la de outras doenças febris, por isso é importante realizar o teste da prova do laço, pois uma prova do laço positiva aumenta a probabilidade de dengue. Manifestações hemorrágicas leves, como petéquias e sangramento de membranas mucosas, podem ocorrer. (BRASIL, 2014). 
No período de desfervescência da febre, geralmente entre o 3º e o 7º dia da doença, pode ocorrer o aumento da permeabilidade capilar, em paralelo com o aumento dos níveis de hematócrito. Isto marca o início da fase crítica da doença. Leucopenia progressiva seguida por uma rápida diminuição na contagem de plaquetas precede o extravasamento de plasma. O grau de aumento do hematócrito acima da linha de base geralmente reflete a gravidade do extravasamento de plasma (BRASIL, 2014). 
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido através do extravasamento, o que geralmente ocorre entre o 4° ou 5° dia da doença, geralmente precedido por sinais de alarme. O choque é de curta duração, e pode levar ao óbito em um intervalo de 12 a 24 horas ou à recuperação rápida, se o paciente receber terapia antichoque apropriada. Após as 24-48 horas da fase crítica, ocorrerá uma reabsorçãogradual do fluido que havia sido extravasado para o compartimento extravascular. Há uma melhora do estado geral, retorno do apetite, os sintomas gastrointestinais diminuem, o estado hemodinâmico estabiliza-se e a diurese retorna (BRASIL, 2014). 
O tratamento baseia-se principalmente em hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença, segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, para decidir condutas, bem como o reconhecimento precoce dos sinais de alarme. É importante lembrar que a dengue é uma doença dinâmica e o paciente pode evoluir de um estágio a outro rapidamente (BRASIL, 2014).
3. METODOLOGIA
Para a elaboração da proposta de intervenção foi utilizado o referencial teórico proposto por Campos, Faria e Santos (2012) no Módulo de Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde, da Unidade Didática I, do Curso de Especialização em Estratégia Saúde da Família. O diagnóstico situacional foi realizado pelo método da Estimativa Rápida que:
Constitui um modo de se obter informações sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para seu enfrentamento, num curto período de tempo e sem altos gastos, constituindo importante ferramenta para apoiar o processo de planejamento participativo (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2012). 
Inicialmente foi realizado o diagnóstico situacional do município. Foram levantados dados referentes aos aspectos geográficos, demográficos, socioeconômicos; perfil epidemiológico e identificação dos problemas da unidade, dentre outros. Os dados foram coletados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), no setor de Vigilância Epidemiológica Municipal e nos relatórios de gestão do município. 
Por meio da análise de dados epidemiológicos e do impacto da doença foi priorizado o problema: “número elevado de casos suspeitos de dengue no município de Prudentópolis-PR”.
Posteriormente realizou-se uma pesquisa bibliográfica na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) para construção do referencial teórico. Elaborou-se uma estratégia de busca usando os descritores dengue, prevenção e educação em saúde constante do Dicionário de especialidades em Ciências da Saúde (DeCs) (BRASIL, 2014). Com base nas informações levantadas elaborou-se a proposta de intervenção por meio de um plano de operações para cada “nó” crítico selecionado.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde. Guia de vigilância em saúde – Brasília: Ministério da saúde, 2014.
CAMPOS, F.C.C.; FARIA H. P.; SANTOS, M.A. Planejamento e avaliação das ações em saúde. Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. 2 ed. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2012. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Planejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_2/3. Acesso em: 09 de julho de 2022.
SILVA, J. S.; MARIANO, Z. F.; SCOPEL, I. A dengue no Brasil e as políticas de combate ao Aedes aegypti: da tentativa as políticas de controle. Hygea – Revista brasileira de geografia médica e da saúde. Uberlândia, v. 03, n. 06 p. 163-175, jun., 2013. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/vie w/16906. Acesso em: 11 de julho de 2022. 
TAUIL, Pedro Luiz. Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil. Critical aspects of dengue control in Brazil. Cad. Saúde Pública, v. 18, n. 3, p. 867-871, 2012.

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