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ESTRUTURAS METÁLICAS EM PERFIS LAMINADOS E SOLDADOS - Unidade 5 - parte 3

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ESTRUTURAS METÁLICAS EM PERFIS LAMINADOS 
E SOLDADOS - DIMENSIONAMENTO
Professora: Robertta Dantas Rezende
E-mail: robertta.rezende@hotmail.com
Notas de aula fornecidas pela Mestre em Ciências Tauana de Oliveira Batista
7.1.1 Flexão de vigas
Quando uma barra horizontal, apoiada em seus extremos, é solicitada por
cargas transversais ao seu eixo, ocorre uma deformação na mesma, onde
suas seções transversais giram em torno do seu eixo horizontal, tendendo
a escorregar umas em relação às outras.
O giro das seções é provocado por um binário
de forças internas, chamado momento fletor.
A tendência de escorregamento entre as
seções é provocada por uma força vertical
interna, denominada força cortante.
Portanto, o eixo da viga, antes horizontal reto,
deforma-se verticalmente. Aos deslocamentos
verticais do eixo de uma viga dá-se o nome
de flecha.
7.1 Introdução
7.1.2 Vigas de aço
Na maioria das aplicações, as vigas de aço são perfis I fletidos em torno
do eixo de maior inércia (perpendicular à alma).
Uma viga de aço pode ser conectada a um pilar ou a outras vigas por
meio de uma ligação rotulada ou engastada.
Nas ligações rotuladas, as mesas do perfil são soltas, somente a alma
fica conectada, o que permite a rotação relativa entre os elementos
conectados, havendo então transferência somente de esforço cortante.
Exemplos de ligações flexíveis. Adaptada de Martins (2011)
7.1 Introdução
7.1.2 Vigas de aço
Nas ligações engastadas, tanto as mesas quanto a alma são conectadas, o
que praticamente não permite rotação relativa entre os elementos
conectados, havendo então transferência de momento fletor e esforço
cortante.
7.1 Introdução
Plastificação da seção (rótula plástica)
Passarela em Carolina do Norte (EUA)
2000
Estados limites últimos relacionados ao momento fletor:
✓ Plastificação total da seção transversal;
✓ Flambagem global da viga (chamada de Flambagem lateral por torção);
Flambagem lateral por torção
7.2 Estados limites para vigas
✓ Flambagem local de um ou mais componentes comprimidos da seção
transversal.
Estados limites últimos relacionados ao momento fletor:
✓ Plastificação total da seção transversal;
✓ Flambagem global da viga (chamada de Flambagem lateral por torção);
✓ Flambagem local de um ou mais componentes comprimidos da seção
transversal.
Flambagem Local da Mesa (FLM)
Flambagem Local da Alma (FLA)
7.2 Estados limites para vigas
7.2 Estados limites para vigas
Estados limites últimos relacionados ao momento fletor:
✓ Plastificação total da seção transversal;
✓ Flambagem global da viga (chamada de Flambagem lateral por torção);
✓ Flambagem local de um ou mais componentes comprimidos da seção
transversal.
Estados limites últimos relacionados ao esforço cortante:
✓ Escoamento;
✓ Flambagem dos elementos resistentes a esse esforço.
Estados limites de serviço:
✓ Flecha excessiva;
✓ Vibração.
Seja a viga bi-rotulada de vão L, com seção transversal duplamente
simétrica I, submetida a um carregamento qualquer e fletida em relação ao
eixo central de inércia x.
Interessa-nos examinar em detalhes o comportamento da seção de
momento máximo (seção C), na medida que se aumenta progressivamente
o carregamento.
Para isso, será adotado o diagrama tensão-deformação teórico, formado
por um trecho elástico e outro plástico, na tração e na compressão.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
Analisando o comportamento da viga na seção de momento máximo, na
medida que o carregamento vai aumentando, tem-se:
(a) O carregamento ainda é relativamente pequeno, a viga encontra-se em
regime elástico, com a tensão variando linearmente na altura da seção
transversal. As tensões são menores que fy. O eixo de tensão nula, em
regime elástico, passa pelo centro geométrico da seção transversal e é
chamado de Linha Neutra Elástica, LNE.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
O momento fletor nessa fase é elástico (Me), portanto, 
as tensões de compressão e tração são dadas:
𝜎𝑐 =
𝑀𝑒
𝑊𝑐
𝜎𝑡 =
𝑀𝑒
𝑊𝑡
Módulo de 
resistência elástico
relacionado a fibra
comprimida:
𝑊𝑐 =
𝐼𝑥
𝑦𝑐
Módulo de 
resistência elástico
relacionado a fibra
tracionada:
𝑊𝑡 =
𝐼𝑥
𝑦𝑡
(b) Aumento o carregamento, a máxima tensão nas fibras extremas atinge o
valor da resistência ao escoamento do aço. O momento fletor nessa
condição é chamado de momento fletor correspondente ao início do
escoamento, Mr, e é dado por:
Mr = W fy
onde W é o módulo resistente elástico.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
(c) Continuando a aumentar o carregamento, o escoamento se espalha das
fibras extremas para o interior da seção transversal. As partes mais
externas da seção encontram-se plastificadas, submetidas à tensão
constante fy, e a parte interna encontra-se ainda elástica, com diagrama
linear.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
(d) Elevando ainda mais o carregamento, toda a seção transversal de
momento máximo se plastifica. A parte da seção acima do eixo de tensão
nula fica submetida a tensão constante de compressão igual à tensão de
escoamento, e a parte situada abaixo deste eixo à tensão constante de
tração, também igual à tensão de escoamento.
As deformações crescem sem qualquer aumento do momento fletor.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
Com a parte acima do eixo de tensão nula plastificada por compressão e a
parte abaixo do eixo plastificada por tração, a seção torna-se uma rótula,
uma vez que as deformações aumentam indefinidamente. Essa rótula
recebe o nome de rótula plástica, e o momento fletor que provoca a sua
formação é chamado de momento de plastificação, representado por Mpl.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
A figura abaixo mostra a sequência da formação de uma rótula plástica na
seção central de uma viga bi-apoiada, submetida a uma força transversal
localizada nesta mesma seção.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
A rigor, pelo fato das vigas reais possuírem tensões residuais, o
comportamento somente permanece completamente elástico até que a
máxima tensão atinja um valor igual à resistência ao escoamento subtraída
da máxima tensão residual sr. Logo, o momento fletor de início de
escoamento, representado por Mr, é igual a:
Mr = W (fy - sr)
A formação da rótula plástica em uma viga bi-apoiada provoca o seu
colapso, pois a viga isostática torna-se hipostática.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
A figura abaixo mostra a distribuição de tensões em uma seção
transversal I duplamente simétrica totalmente plastificada. O equilíbrio
horizontal da seção faz com que: C = T
onde C é a força de compressão da parte situada acima do eixo de
tensão nula e T é a força de tração da parte situada abaixo do referido
eixo. Esta equação pode ser reescrita como:
Ac fy = At fy
onde Ac e At são as áreas da seção acima e abaixo, respectivamente, 
do eixo de tensão nula.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
Conclui-se então que:
Ac = At
O eixo de tensão nula divide a seção transversal em duas partes de
áreas iguais, quando a seção encontra-se totalmente plastificada. Em
regime elástico, o eixo de tensão nula é chamado de linha neutra
elástica (LNE) e, na seção totalmente plastificada, linha neutra plástica
(LNP). No caso do eixo de flexão ser um eixo de simetria, a LNE
coincide com a LNP.
O momento de plastificação é o momento devido a atuação das forças 
C e T. 
Mpl = C y
onde y é o braço de alavanca. Pode-se escrever também que:
Mpl = Ac fy y1 + At fy y2 = (Ac y1 + At y2 ) fy
onde y1 e y2 são respectivamente as distâncias de C e T à LNP.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
Mpl = Ac fy y1 + At fy y2 = (Ac y1 + At y2 ) fy
Nota-se que o momento de plastificação é sempre igual à resistência
ao escoamento do aço multiplicada por uma expressão que depende
apenas da geometria da seção transversal. Essa expressão é
chamada de módulo resistente plástico, Z. Portanto:
Mpl = Z fy
onde Z = Ac y1 +At y2.
A relação entre o módulo plástico Z e o módulo elástico W recebe o
nome de fator de forma b. Então:
b = Z/W
Esse fator indica o acréscimo de momento fletor que a barra pode
suportar do início do escoamento, sem levar em conta as tensões
residuais, até a plastificação total da seção transversal.
7.3 Plastificação da seção (rótula plástica)
7.4 Flambagem Lateral com Torção
Tipo de estado limite que pode ocorrer em vigas, em decorrência do
momento fletor, que se manifesta na flambagem da viga como um todo
Seja, por exemplo, uma viga de perfil I, na qual a parte da seção situada
acima do eixo x está submetida a tensão normal de compressão e a parte
situada abaixo do eixo x, a tensão de tração.
A mesa comprimida tende a flambar, entretanto, como está ligada à alma,
esta exerce um efeito estabilizador fazendo com que a flambagem seja
caracterizada por um deslocamento lateral acrescida de uma torção na viga.
7.4.1 Contenção lateral
Quando uma seção é impedida, por travamentos externos, de sofrer
flambagem lateral com torção, recebe o nome de seção contida
lateralmente.Como a flambagem é constituída por dois deslocamentos,
translação lateral e torção, o impedimento da ocorrência de apenas um
deles é suficiente para tornar a seção contida.
Muitas vezes é difícil caracterizar se um travamento externo é adequado
para tornar uma seção contida lateralmente. Admite-se então, que se a
mesa comprimida do perfil tiver a translação lateral impedida, a seção onde
esse impedimento ocorre fica contida lateralmente.
Tipos de contenção lateral
7.4 Flambagem Lateral com Torção
7.4.1 Contenção lateral
Cuidado! A simples interceptação de uma viga por outra, pode não fornecer
contenção lateral. Na figura abaixo à esquerda, a viga AB pode se movimentar
lateralmente, uma vez que as vigas que a interceptam na sua seção central
não estão fixadas em nenhuma posição. Para tornar a viga AB contida na
seção central é necessário fixar as vigas que a interceptam em um sistema de
contraventamento, figura abaixo à direita.
7.4 Flambagem Lateral com Torção
7.4.1 Contenção lateral
O comprimento situado entre duas seções contidas lateralmente é chamado de
comprimento destravado, e tem como símbolo Lb. Se a contenção é contínua, o
comprimento destravado é nulo. A contenção contínua ocorre quando um
diafragma rígido (laje de concreto armado ou elemento em aço de grande
inércia, como as fôrmas de aço incorporada) é fixado mecanicamente na mesa
comprimida da viga.
Quanto maior o comprimento
destravado Lb, menor o
momento fletor resistente à
flambagem lateral com torção
7.4 Flambagem Lateral com Torção
7.5 Momento fletor resistente nominal
Para uma viga em perfil I duplamente simétrico, fletido em relação ao eixo
perpendicular à alma, pode-se demonstrar que o valor do momento fletor
resistente nominal à Flambagem Lateral por Torção (FLT), chamado de
momento crítico elástico e representado por Mcr, em um determinado
comprimento destravado Lb, é dado por:
Onde Iy é a inércia em relação ao eixo y, J é a constante de torção, Cw é a
constante de empenamento.
- Quanto maior Iy, mais difícil é a ocorrência de translação lateral (um dos
deslocamentos que compõem a FLT);
- Quanto maior J (constante de torção) e Cw, (constante de
empenamento) mais difícil é a ocorrência da torção (outro
deslocamento que compõe a flambagem);
- Quanto menor Lb, maior é o Mcr (o que é óbvio).
Para relembrar...
7.5 Momento fletor resistente nominal
Para uma viga em perfil I duplamente simétrico, fletido em relação ao eixo
perpendicular à alma, pode-se demonstrar que o valor do momento fletor
resistente nominal à Flambagem Lateral por Torção (FLT), chamado de
momento crítico elástico e representado por Mcr, em um determinado
comprimento destravado Lb, é dado por:
Para uma viga em perfil I duplamente simétrico, fletido em relação ao eixo
perpendicular à alma, pode-se demonstrar que o valor do momento fletor
resistente nominal à FLT, chamado de momento crítico elástico e
representado por Mcr, em um determinado comprimento destravado Lb, é
dado por:
Cb é um coeficiente que leva em consideração diagramas de momento
não uniformes. O valor de Cb é:
𝐶𝑏 =
12,5𝑀𝑚𝑎𝑥
2,5𝑀𝑚𝑎𝑥 + 3𝑀𝐴 + 4𝑀𝐵 + 3𝑀𝐶
≤ 3,0
Momento máximo, em
módulo, no comprimento
destravado
USADO NA 
VERIFICAÇÃO DA FLT
Momento, em módulo,
situado a ¼ do
comprimento destravado
Momento, em módulo, situado na seção
central do comprimento destravado
Momento, em módulo, situado a
¾ do comprimento destravado
7.5 Momento fletor resistente nominal
Para uma viga em perfil I duplamente simétrico, fletido em relação ao eixo
perpendicular à alma, pode-se demonstrar que o valor do momento fletor
resistente nominal à FLT, chamado de momento crítico elástico e
representado por Mcr, em um determinado comprimento destravado Lb, é
dado por:
Alguns casos práticos do valor de Cb:
Vigas com carga distribuída
Vigas com carga concentrada no meio do vão
Em vigas em balanço, Cb pode ser adotado
conservadoramente, igual a 1,0.
7.5 Momento fletor resistente nominal
A FLT somente ocorre em regime elástico se Mcr for inferior ao momento
correspondente ao início do escoamento, ou seja:
< Mr = W (fy – sr)
Igualando os dois termos dessa equação, pode-se obter o valor de Lb acima do
qual a flambagem ocorre em regime elástico. Chamando esse valor de Lr e
dividindo-o pelo raio de giração em relação ao eixo y, ry, obtém-se uma
expressão para lr que é igual a Lr, / ry
A FLT ocorrerá em regime elástico se a esbeltez da viga l (Lb/ry) for superior a lr
(esbeltez correspondente ao início do escoamento)
7.5 Momento fletor resistente nominal
É possível demonstrar que não ocorre FLT, com o colapso se dando por
plastificação total da seção (formação de rótula plástica) se o parâmetro de
esbeltez da viga l for bastante reduzido, ou seja, se esse parâmetro for inferior
ou igual a lp, denominado parâmetro de esbeltez correspondente à
plastificação.
𝜆 ≤ 𝜆𝑝 = 1,76
𝐸
𝑓𝑦
Neste caso, MRk = Mpl. 
Para o intervalo de lp < l < lr, a flambagem ocorrerá em regime inelástico, e o
valor do momento fletor resistente nominal é dado simplificadamente por uma
reta de transição.
7.5 Momento fletor resistente nominal
FLT em regime inelástico para 𝜆 = 𝐿𝑏/𝑟𝑦
intermediário (𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟)
FLT em regime elástico para 𝜆 =
𝐿𝑏/𝑟𝑦 elevado (𝜆 > 𝜆𝑟)
FLT não ocorre para 𝜆 = 𝐿𝑏/𝑟𝑦 reduzido 
(𝜆 ≤ 𝜆𝑝). 
O colapso se dá por rótula plástica (Mpl)
(momento
correspondente à
rótula plástica)
(momento
correspondente
ao final do regime
elástico
7.5 Momento fletor resistente nominal
Adotar sr = 0,3 fy
Em perfis compactos, não há possibilidade de flambagem local. Portanto,
os seguintes estados limites últimos relativos ao momento fletor, foram
apresentados: plastificação total da seção transversal e flambagem lateral
com torção.
7.5.1 Momento fletor resistente de projeto
7.5 Momento fletor resistente nominal
7.6 Estados limites para vigas
Estados limites últimos relacionados ao esforço cortante:
✓ Escoamento;
✓ Flambagem dos elementos resistentes a esse esforço.
Flambagem lateral por esforço cortante
EXERCÍCIO 
Um Perfil VS 400x49 foi selecionado para uma viga contínua de quatro
vãos, de 8 m, conforme ilustra a figura. A viga é de Aço MR250 e só possui
contenção lateral nos apoios. Calcular a carga máxima P a ser aplicada nos
vãos da viga, utilizando o critério de projeto da NBR 8800. Admite-se que o
carregamento seja aplicado pela alma ou pela mesa inferior.
Tabela de consulta
Roteiro
a) Cálculo da constante de empenamento Cw
b) Quanto à Flambagem local, este perfil é classificado como seção
compacta, portanto deve-se verificar a classificação quanto à
flambagem lateral
-λp
-λr
c)Momento resistente de projeto Mrd=Mcr/(γa1=1,3)
c.1) Momento crítico elástico
- Cb
d) Definindo a carga P máxima:
- Mmáx=0,170PL=0,170.800.P=136P kNcm
- Md = Mmáx.1,3
- Md=Mcr – encontrarP
Exercício – parte 2
Para o mesmo perfil, admitir que as cargas P sejam aplicadas por vigas
transversais apoiadas nos centros dos vãos, calcular o momento fletor
resistente na região do momento máximo solicitante. Admite-se a existência
de contraventamento no plano das vigas de modo a fornecer contenção
lateral. (Ou seja, agora Lb = 400cm)
Roteiro
a) Lb=400cm
b) Cálculo de Cb, levando em consideração somente o trecho de 1-B
a) Quanto à Flambagem local, este perfil é classificado como seção
compacta, portanto deve-se verificar a classificação quanto à
flambagem lateral
-Lb – 400cm
-Lr – Já sabemos = 622,7cm, então Lr>Lb, por isso é necessário encontrar
Lp, para definir se a viga é curta ou intermediária
-Lp ?
d) Cálculo do Momento resistente
-Mr
-Mp
-Mn
7.7 Colapso sob força cortante
Seja a viga bi-rotulada em perfil mostrado abaixo, com uma força
concentrada atuando na seção central e o correspondente diagrama de
esforço cortante. A alma é o elemento mais solicitado pelo esforço
cortante, pois fica submetida a tensões de cisalhamento maiores que às
das mesas. As tensões de cisalhamento na alma provocam tensões de
compressão e tração nas direções principais desse elemento. .
A compressão em uma das direções principais pode causar ondulações na
alma ao longo de cada metade do vão da viga, caracterizando o estado
limite último chamado de Flambagem por Cisalhamento. A Figura abaixo
mostra um ensaio em que o colapso ocorreu devido à Flambagem por
Cisalhamento em um perfil de aço formado a frio, com seção transversal
em U e mesas tubulares.
Extraído de: Keerthan & Mahendran (2010), http://dx.doi.org/10.1016/j.engstruct.2010.06.012
7.7 Colapso sob força cortante
A colocação de enrijecedores transversais (espaçados de a) aumenta a
capacidade resistente da alma à flambagem por cisalhamento, uma vez
que a mesma fica subdivida em painéis de menores comprimentos e,
portanto, mais rígidos.
Os enrijecedores transversais são constituídos por chapas dispostas dos
dois lados da alma e devem ser soldados à alma e às mesas do perfil. ]
Opcionalmente podem ser interrompidos do lado da mesa tracionada, a
uma distância de aproximadamente 4 vezes a espessura da alma.
7.7 Colapso sob força cortante
Se a alma com ou sem enrijecedores possuir resistência suficiente para
não flambar, essa alma atinge a força cortante de plastificação e o
colapso se dá por deformação excessiva.
Na realidade, o deslizamento teórico não ocorre pois, após o escoamento
da alma, as mesas passam a trabalhar como dois elementos isolados,
fornecendo ao perfil uma capacidade resistente adicional.
Extraído de: Coelho et. al. (2009), http://dx.doi.org/10.1016/j.engstruct.2009.02.023
Teórico
Real
7.7 Colapso sob força cortante
7.7.1 Força cortante resistente de projeto
Para o cálculo da força cortante resistente de projeto, é necessário inicialmente
calcular os seguintes parâmetros de esbeltez:
Considera as condições de
contorno da placa
Distância entre enrijecedores intermediários
7.7 Colapso sob força cortante
7.7.1 Força cortante resistente de projeto
A força cortante resistente será dada por:
Aw é a área efetiva de cisalhamento, igual
ao produto da altura total da seção pela
espessura da alma:
Aw = hw tw
Para vigas sem enrijecedores:
69,6 – MR250 e 58,8 - AR350
Para vigas sem enrijecedores:
86,6 – MR250 e 58,8 - AR350
7.7 Colapso sob força cortante
7.7.2 Enrugamento da alma
Em trechos não enrijecidos de almas de vigas, sujeitas a cargas concentradas produzindo
compressão transversal, a resistência ao enrugamento da alma com flambagem localizada é
dada, de acordo com a Norma Brasileira por:
𝑅𝑑 𝑟𝑒𝑠 =
0,825
𝛾𝑎1
∙ 𝑅𝑛
𝑅𝑛 = 𝐾𝑡0² 1 + 3
𝑎′
ℎ
𝑡0
𝑡𝑓
1,5
𝐸𝑓𝑦
𝑡𝑓
𝑡0
𝐾 =0,8 para cargas intermediárias quando aplicadas a uma distância da extremidade da viga maior que h/2 
𝐾 =0,4 para cargas de extremidade, quando aplicadas a uma distância menor que h/2 do extremo da viga
Para cargas de extremidade a equação de Rn é válida somente para a’/h ≤ 0,2. Contrário,
utiliza-se a expressão:
𝑅𝑛 = 0,4040𝑡0² 1 + 4
𝑎′
ℎ
− 0,2
𝑡0
𝑡𝑓
1,5
𝐸𝑓𝑦
𝑡𝑓
𝑡0
7.7 Colapso sob força cortante
7.7.3 Escoamento local da alma
Nos pontos de aplicação de cargas concentradas, em seções sem enrijecedores, verifica-se a
compressão ou tração transversal da alma, que pode provocar o escoamento da mesma. De
acordo com a NBR 8800, a resistência é dada por:
𝑅𝑑 𝑟𝑒𝑠 =
1,10
𝛾𝑎1
∙ 𝑅𝑛
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑙 > ℎ
𝑅𝑛 = (5𝑐 + 𝑎
′)𝑓𝑦𝑡0
𝑎′ = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
c = espessura da mesa carregada mais o lado do filete em perfis soldados e a espessura da mesa mais o 
raio de concordância com a alma, no caso de perfis laminados.
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑙 < ℎ
𝑅𝑛 = (2,5𝑐 + 𝑎
′)𝑓𝑦𝑡0
Se a resistência necessária exceder Rd,res deve-se prover um par de enrijecedores
transversais no ponto de aplicação da carga.
Esses enrijecedores devem se estender, pelo menos até a metade da altura da alma e ter
ajuste para contato perfeito com a mesa carregada ou a ela devem ser soldados.
7.7 Colapso sob força cortante
Resistência a escoamento local da alma sem enrijecedores de apoio
7.7 Colapso sob força cortante
7.7.3 Escoamento local da alma
As flechas máximas devem ser limitadas para evitar danos nos 
elementos que as vigas suportam, aspecto desagradável, 
empoçamento, vibrações excessivas
Dmax ≤ d
No dimensionamento de barras fletidas deve ser atendido o critério de
RIGIDEZ relativo ao estado limite de serviço de deslocamento excessivo.
Para isso:
7.7 Colapso sob força cortante
7.8.1 Flechas máximas admitidas pela NBR 8800
7.8 Estado limite de serviço de flecha excessiva
7.8.2 Contra-flecha
Quando o perfil de uma viga somente não atende o estado limite de flecha
excessiva, pode-se aplicar uma pequena contra-curvatura (contra-flecha),
para compensar as deformações permanentes, propiciando uma
importante redução de massa linear e consequentemente economia de
material.
7.8 Estado limite de serviço de flecha excessiva
Exercício
Dado um perfil W530x92,0, determinar qual a carga distribuída máxima
que o perfil suporta para um vão livre de 5,0m. Supor a viga apoiada
lateralmente, portanto, sem efeito de flambagem lateral. Material: Aço
MR250.
Tabela de consulta
Roteiro
a) Cárga máxima de projeto:
a.1) classificação da seção
a.2) Momento resistente de projeto – Md=Zx.fy/1,1
a.3) Carga máxima de projeto – qd=8Md/L²
b) Resistência ao esforço cortante:
b.1) Esforço cortante solicitante no apoio – Vd=qd.L/2
b.2) Esforço cortante resistente – verificar a alma!
FIM!

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