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GEOGRAFIA POLÍTICA APOL 1.3

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Ao contrário, somente se pode, afinal, definir sociologicamente o Estado moderno por um meio específico que lhe é próprio, como também a toda associação política: o da coação física. "Todo Estado fundamenta-se na coação", disse em seu tempo Trotski, em Brest-Litovsk. Isto é de fato correto. Se existissem apenas complexos sociais que desconhecessem o meio da coação, teria sido dispensado o conceito de "Estado"; ter-se-ia produzido aquilo a que caberia o nome de "anarquia", neste sentido específico do termo. Evidentemente, a coação não é o meio normal ou o único do Estado - não se cogita disso -, mas é seu meio específico. No passado, as associações mais diversas - começando pelo clã - conheciam a coação física como meio perfeitamente normal. Hoje, o Estado é aquela comunidade humana que, dentro de determinado território - este, o "território", faz parte da qualidade característica -, reclama para si (com êxito) o monopólio da coação física legítima, pois o específico da atualidade é que a todas as demais associações ou pessoas individuais somente se atribui o direito de exercer coação física na medida em que o Estado o permita. Este é considerado a única fonte do "direito" de exercer coação” (WEBER, 2009).
Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009, pp. 525-526.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, examine as afirmativas acerca das diferenças entre o Estado Moderno e do período medieval:
I. A principal diferença entre os Estados está no grau de exclusão de outros grupos políticos no exercício da coerção e da autoridade e a restrição do poder.
II. No mundo antigo, nos impérios, havia o compartilhamento de poder com outros grupos e organizações políticas que eram tolerados pela autoridade do império, diferente do Estado moderno.
III. Na Europa medieval, o poder político era concentrado em uma organização forte e que monopolizava o uso da violência com as pessoas que viviam no território, por conseguinte, a ampliação de poder se dava na luta entre Estados.
IV. Na Europa medieval, o poder político era disperso entre várias organizações, como, por exemplo, no interior havia uma figura predominante, o senhor feudal, que exercia o poder absoluto sobre aqueles ligados ao território e, esse senhor, por sua vez, devia lealdade a outro, em virtude de relações de suserania e vassalagens, que era subordinado a outra figura, como o rei ou imperador, já no Estado moderno, o poder está nessa instituição.
Assinale a alternativa que contém características corretas acerca das diferenças entre o Estado Moderno e do período medieval:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
A conjunção desses três fatores - poder coercitivo, autoridade e monopólio desses dois dentro de um território - em um mesmo grupo de pessoas não é a regra ao longo da história. A definição de Weber pode ser apropriada para descrever os Estados ditos modernos, isto é, a forma de Estado que se tornou gradualmente predominante desde o fim da Idade Média, também chamados de nacionais. Contudo, historicamente Estados assumiram as mais diversas formas. Em comum, há o fato de todos exercerem o poder coercitivo e tenderem a apresentar esse exercício como legítimo, justo ou bom de acordo com alguma ideologia. A variação está no terceiro componente da definição de Weber: o monopólio da coerção e da autoridade dentro de um território. O grau de exclusão de outros grupos políticos do exercício da coerção e da autoridade e a restrição do poder, da autoridade e da reivindicação de exclusividade dos Estados a um espaço geográfico bem delimitado variaram ao longo da história. Os impérios do mundo antigo, como o romano, frequentemente compartilhavam o poder com as organizações políticas próprias dos povos conquistados. O representante do Império Romano era tipicamente a autoridade máxima na localidade que administrava. O funcionamento de outras organizações políticas, anteriores à conquista, era frequentemente tolerado, contudo, desde que suas ordens e seus comandos para aqueles sujeitos a seu poder não conflitassem com os interesses romanos. A autoridade dessas organizações não advinha dos romanos, tendo base própria, ainda que dependessem da tolerância destes para continuar a funcionar. Os romanos também não buscavam exercer um controle estrito do território, mantendo fronteiras bem demarcadas e uma presença militar permanente no interior, sendo mais importante para eles a manutenção do controle das cidades. Na Europa medieval, o poder político era disperso entre uma miríade de organizações. No interior, uma figura predominante era a do senhor feudal, que exercia poder quase absoluto sobre aqueles ligados ao território por ele controlado. Esse senhor, por sua vez, tipicamente devia lealdade a outro, em virtude de relações de suserania e vassalagem, as quais eram, todavia, contratuais, envolvendo direitos e obrigações para ambas as partes.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 2/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“As interpretações sobre a escalada imperial europeia de 1870 até as duas grandes guerras mundiais marcaram o debate clássico sobre imperialismo da primeira metade do século XX. Neste contexto, marxistas, sociais-democratas e liberais ofereceram diferentes interpretações sobre suas causas e dinâmicas de funcionamento. O imperialismo como produto do capitalismo e o colonialismo como produto do imperialismo foram elaborados em diferentes direções; tratava-se não somente de definir o conceito de imperialismo, mas também de dispor teoricamente sobre sua vinculação como crise, sobrevivência e estágio do capitalismo. A noção de “imperialismo capitalista” marcaria a especificidade do imperialismo no capitalismo (Lenin, 2012; Wood, 2014), ainda que todas as fases do capitalismo possam ser consideradas como imperialistas (Mascaro, 2013)” (BALLESTRIN, 2017, p. 506).
Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O Elo Perdido do Giro Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2, 2017, pp. 505 a 540. Disponível em: http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialidade.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e a importância das contribuições de Lênin para a discussão sobre o imperialismo, analise as afirmações abaixo, que abordam o pensamento deste autor:
I. O trabalho de Lenin sobre o imperialismo é fundamental para a compreensão da discussão sobre o conceito. Muito embora, o autor seja frequentemente criticado pelo excessivo academicismo do seu texto, resultando na sua baixa circulação entre os trabalhadores.
II. De acordo com Lenin, a partir do início do século XX os cartéis, que eram fenômenos transitórios, converteram-se na base da vida econômica. Como consequência desse processo o capitalismo tornou-se imperialista.
III. Lenin defende que o imperialismo se consolida a partir de três passos, que envolvem a formação de monopólios, a militarização da economia e, por fim, a dominação formal dos países periféricos por países centrais.
IV. Em essência, Lenin defende que o imperialismo não está restrito a um processo de expansão do Estado-Nação, mas envolve fundamentalmente a expansão do capitalismo em seu maior estágio - a fase monopolista.
Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas.D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações II e IV estão corretas. 
A afirmação I está incorreta, uma vez que o trabalho de Lenin sobre o imperialismo é o mais conhecido no campo. Diferentemente dos demais autores, Lenin editou um panfleto sobre o imperialismo, cujo intuito era de ter grande alcance, para o público em geral. Para Lenin, o capitalismo monopolista era a resposta que o sistema econômico teria encontrado para sair da grande depressão do final do século XIX (McDonough, 1995). A afirmação II está correta porque, para Lenin, cartéis seriam fenômenos transitórios, até o início do século XX, a partir do qual passam a ser a fundação de toda a vida econômica. E seria nesse estágio, precisamente, que o capitalismo teria se tornado imperialista (Lenin, 1917, p. 181). A afirmação III está incorreta porque, para Lenin, o imperialismo surge no início do século XX, sendo caracterizado por cinco passos: a concentração da produção e do capital cria monopólios, surge o capital financeiro, a exportação do capital adquire importância pronunciada de forma que se formam associações capitalistas (trustes) que dividem o mundo entre si e há a divisão de todos os territórios do globo entre as maiores forças capitalistas estão completadas (Lenin, 1917, p. 232). A afirmação IV está correta porque tanto para Lenin, como para Bukharin, mais do que apenas uma forma de expansão do Estado-Nação, o imperialismo seria a expansão do capitalismo em seu maior estágio (a fase monopolista.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a Impressão. Tema 2 “Teorias Marxistas Clássicas sobre o Imperialismo”.
Questão 3/10 - Geografia política
“Assim como ocorre com o poder, o conceito de soberania é contestado, tal que diferentes autores discordam a respeito de seus aspectos fundamentais, de acordo com os projetos políticos com os quais se comprometem. Uma dessas divergências, por exemplo, está atrelada ao seu caráter necessariamente popular ou não, ou seja, trata-se de questionar se apenas “o povo”, seja lá como essa entidade for caracterizada, pode deter a titularidade da soberania ou não. Respostas negativas e positivas a essa questão frequentemente são associadas a diferentes atitudes em relação às instituições políticas estabelecidas, respectivamente, sua defesa e consolidação ou sua contestação, reforma ou, até mesmo, derrubada”.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Soberania).
Considerando o conteúdo discutido na disciplina “Geografia Política”, sobre o conceito de soberania desenvolvido por Hobbes em O Leviatã, classifique as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) I. Para Hobbes, a soberania é mais bem vista como uma articulação das pretensões de grupos políticos que integram ou passaram, posteriormente, a integrar um Estado.
( ) II. O Leviatã é frequentemente interpretado como um trabalho de investigação intelectual, sem qualquer relação com a prática política, que visava defender um projeto constitucional específico.
( ) III. Soberania foi o artifício retórico que grupos políticos mobilizaram para reivindicar uma autoridade cujo poder subjacente eles ainda não detinham, para uma vez conquistado, apresentá-lo como justo, bom ou vantajoso.
( ) IV. Trata-se de um método de decisão política. Para Hobbes, a soberania é o instrumento institucional para se chegar a decisões políticas. Segundo esse método, cada indivíduo adquire o poder de decidir, ante uma concorrência, cujo objeto é o voto popular.
Selecionar a alternativa que dispõe a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V – V – V – F
A sequência correta é: (V – V – V – F). De acordo com o livro base da disciplina, “Desde os tempos de Hobbes, o conceito de soberania ocupa um lugar central na teoria e na retórica política. Políticos e teóricos justapuseram o adjetivo popular para dar apoio retórico a ações políticas que visavam à reforma ou à derrubada das instituições políticas estabelecidas. Também o aplicaram às relações entre países, a fim de dar similar suporte a ações que visavam retirá-los da esfera de influência política de organizações que competiam localmente com o poder estatal, como a Igreja Católica. Essas jogadas foram tão bem-sucedidas que, atualmente, parece natural que o grupo que ocupa posições na organização política que chamamos de Estado exerça poder e reivindique autoridade sobre um território contra todos os demais grupos políticos que ali atuam. Em outras palavras, parece natural que a soberania seja um elemento constitutivo do Estado e descreva sua realidade. Na verdade, a soberania é mais bem vista como uma articulação das pretensões de grupos políticos que integram ou passaram, posteriormente, a integrar um Estado. O Leviatã, uma fonte clássica para discussões sobre soberania, é frequentemente interpretado como um trabalho de investigação intelectual, sem qualquer relação com a prática política, quando se trata de uma obra retórica, que visava defender um projeto constitucional específico. Longe de excepcional, esse caráter retórico e politicamente engajado é a regra do uso do conceito de soberania. Partidários do parlamento justapuseram-na ao adjetivo popular para reivindicar a supremacia desse órgão sobre o rei na Inglaterra do século XVII, no que foram seguidos por revolucionários nos atuais Estados Unidos, reivindicando seu direito de se autogovernar, e na França, pleiteando a possibilidade de derrubar e refazer do zero as instituições políticas estabelecidas. Já sua variante hobbesiana, autoritária, foi mobilizada para criticar a lentidão e os impasses do processo decisório parlamentar e defender a usurpação de competências constitucionais por chefes do Executivo. Em todas essas instâncias, soberania foi o artifício retórico que grupos políticos mobilizaram para reivindicar uma autoridade cujo poder subjacente eles ainda não detinham e, para uma vez conquistado, apresentá-lo como justo, bom ou vantajoso” (Adaptado).
A alternativa IV (Trata-se de um método de decisão política. Para Hobbes, a soberania é o instrumento institucional para se chegar a decisões políticas. Segundo esse método, cada indivíduo adquire o poder de decidir, ante uma concorrência cujo objeto é o voto popular) é, portanto, falsa.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Soberania)
	
	B
	F – V – F – F
	
	C
	V – F – V – V
	
	D
	V – V – F – F
	
	E
	F – F – V – V
Questão 4/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“Na Idade Média, o formato militar mais eficaz era a cavalaria armada: um cavaleiro armado com uma lança e seu cavalo, ambos cobertos por armaduras. O peso destas tornava necessária a ajuda de um ou dois escudeiros para que o cavaleiro conseguisse montar e desmontar do cavalo. Isso tudo era pago pelo próprio cavaleiro e custava caro. Como aponta Finer (1975), somente a malha de aço utilizada por baixo da armadura custava o equivalente a uma pequena fazenda. Um cavaleiro levar seu próprio cavalo, armadura e escudeiros, naquela época, equivale a um soldado, na atualidade, levar seu próprio tanque de guerra para a batalha. Por consequência, a guerra era uma atividade reservada para os ricos, que, naturalmente, esperavam ser recompensados por ela. Em uma economia desmonetizada (em que há pouco ou nenhum dinheiro em circulação) como a medieval, essa recompensa tomava a forma principalmente da concessão da posse de propriedades rurais para os combatentes. Na Europa, esse arranjo deu origem ao sistema social, político e econômico conhecido como feudalismo” (SILOTTO et al, 2021).
Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de GeografiaPolítica, assinale a alternativa que expressa, corretamente, que tipo de classe deu origem à nobreza europeia no contexto de formação dos Estados nacionais:
Nota: 0.0
	
	A
	Religiosa.
	
	B
	Uma classe militar.
A nobreza europeia, portanto, era, em sua origem, uma classe militar. Guerrear era a atividade principal não só de príncipes, reis e duques, mas também de condes e barões. Levou séculos para que essa atividade fosse "desprivatizada" e monopolizada pelo Estado. Desenvolvimentos na tecnologia e nos formatos militares foram cruciais para isso. O fim da cavalaria armada medieval foi trazido pelo desenvolvimento das picas e das albardas, que permitiam que soldados de infantaria derrubassem os cavaleiros de cima de seus cavalos, eliminando sua vantagem no campo de batalha. Isso democratizou a guerra, que passou a ser travada por tropas de infantaria compostas por pessoas sem origem nobre. Elas só precisavam ser arregimentadas e equipadas por alguém, o que abriu o caminho para os mercenários. Não por acaso, a arma característica dos mercenários suíços era a pica.
Referência: Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
	
	C
	Uma classe política.
	
	D
	Uma classe parlamentar.
	
	E
	Uma classe desenvolvimentista.
Questão 5/10 - Geografia política
Leio o texto a seguir:
“Seguindo o estilo de Marx, Rosa Luxemburgo escreveu: a acumulação de capital mediante a recomposição e análise crítica das grandes polêmicas em torno do problema da reprodução do capital (seções I e II), para depois (seção III) articular os temas explicitando as condições históricas da acumulação. Neste processo, o seu raciocínio é apresentado. Portanto, apenas tendo em vista os seus objetivos e o conjunto da argumentação, isto é, somente após a sua tentativa de reformular radicalmente o problema da reprodução do capital tal como ele era tratado na virada do século XIX para XX, é que a sua interpretação do imperialismo ganha sentido” (MARIUTTI, 2015, p. 57).
Fonte: MARIUTTI, Eduardo Barros. Rosa Luxemburgo: imperialismo, sobreacumulação e crise do capitalismo. • Crítica Marxista, n.40, p.49-61, 2015. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo2016_08_03_12_32_38.pdf
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como Rosa Luxemburgo define o fenômeno do imperialismo:
Nota: 0.0
	
	A
	O imperialismo é a expressão da política de acumulação capitalista, uma vez que a acumulação dentro do capitalismo só é possível por estar baseada na venda e exploração de estratos não capitalistas.
Uma noção ainda persistente (por exemplo, em Harvey, 2003) sobre o imperialismo é a caracterização do capitalista como aquele que domina um “outro” não capitalista. Essa noção é central no trabalho de Rosa Luxemburgo (Luxemburgo, 2003), para quem essa seria a base do processo de acumulação do capital: faz parte do processo de acumulação de capital a dominância de um sobre o outro. Nesse contexto, o imperialismo é – como em Hobson – uma consequência necessária do desenvolvimento capitalista, uma força empregada como arma de expansão do sistema econômico. O imperialismo, nesse contexto, é a expressão clara da política de acumulação da forma competitiva de capitalismo. A acumulação, para Luxemburgo, só era possível num sistema não plenamente capitalista, porque se baseia na venda e exploração de estratos não capitalistas. Essa exploração acontecia de forma violenta, em que um capitalista domina “o outro”, não capitalista.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a Impressão. Tema 1 “O Campo de Estudos sobre o Imperialismo”.
	
	B
	O imperialismo é o resultado da fraqueza política e econômica das populações ameríndias, que não tiveram êxito em seu esforço de derrotar os europeus e expandir os seus valores culturais e sociais para outras partes do mundo.
	
	C
	O imperialismo é sinônimo de colonialismo e os seus efeitos para o continente europeu envolvem a miscigenação das populações e o enfraquecimento do nacionalismo frente a posição do império.
	
	D
	O imperialismo é o resultado natural da competição por recursos e territórios entre os Estados, de modo que aqueles que possuem instituições mais fracas terminaram por sucumbir às investidas dos Estados mais poderosos.
	
	E
	O imperialismo é o resultado da política cosmopolita dos Estados europeus no Congresso de Viena, uma vez que esta objetivava a criação de uma instituição supranacional e de normas coletivas.
Questão 6/10 - Geografia política
Leia o trecho a seguir:
“A luta constante, em forma pacífica e bélica, entre Estados nacionais concorrentes pelo poder criou as maiores oportunidades para o moderno capitalismo ocidental. Cada Estado particular tinha que concorrer pelo capital, que estava livre de estabelecer-se em qualquer lugar e lhe ditava as condições sob as quais o ajudaria a tornar-se poderoso. Da aliança forçada entre o Estado nacional e o capital nasceu a classe burguesa nacional - a burguesia no sentido moderno da palavra. É, portanto, o Estado nacional fechado que garante ao capitalismo as possibilidades de sua subsistência e, enquanto não cede lugar a um império universal, subsistirá também o capitalismo” (WEBER, 2009).
Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009, pp. 517.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de Estado de Max Weber:
Nota: 0.0
	
	A
	O Estado é a sua burocracia.
	
	B
	Um grupo de pessoas que transfere e destitui o seu poder de força.
	
	C
	Um grupo de pessoas que desenvolve a iniciativa de construir a burocracia de Estado.
	
	D
	Um conglomerado de grupos que se alternam na disputa pelo poder e oligopolizam o direito do uso da violência, com sucesso.
	
	E
	Um grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da violência dentro de um determinado território.
A mais famosa definição de Estado foi oferecida pelo sociólogo Max Weber (2011): um grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da violência dentro de um território determinado.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 7/10 - Geografia política
“Pode parecer surpreendente que não haja um consenso sobre o conceito de poder entre cientistas políticos ou cientistas sociais em geral. Suas análises costumam envolver questões do tipo: Quão bem-sucedido é um presidente em aprovar medidas legislativas de sua iniciativa no congresso? Quão intenso é o controle de lideranças partidárias sobre o comportamento legislativo dos parlamentares do partido? Cortes constitucionais tendem a contrariar ou referendar as decisões de órgãos eleitos? A existência de uma câmara congressual alta, como o Senado, dificulta a aprovação de medidas legislativas? Em que circunstâncias o resultado de uma eleição é respeitado e em que circunstâncias é vetado por grupos com recursos para fazê-lo, como o governo derrotado nas urnas ou o exército? Todas essas questões claramente envolvem o conceito de poder”.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021. (Capítulo 1: O que é poder?).
A contextualização acima abre o leque de questões que envolvem o tema do poder, tal como ele é discutido na disciplina “Geografia Política”. Examine nos enunciados abaixo quais são as características do conceito de poder decisório.
I. Essa noção de poder pressupõe um cenário contrafactual que significa, questionaro que B faria se A não tivesse nenhuma preferência a respeito de suas ações.
II. O agente que detém essa espécie de poder pode impor suas decisões àqueles sobre os quais tem poder, pode decidir em seu lugar e ter suas decisões obedecidas.
III. Podemos afirmar que poder decisório é a capacidade de um agente de impedir que uma questão que envolve conflito entre preferências venha a ser objeto de uma deliberação.
IV. A noção intuitiva de poder decisório pode ser expressa da seguinte forma: A tem pode sobre B na medida em que A pode fazer B agir de maneira como B não agiria em outras circunstâncias.
Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Uma discussão clássica sobre essa espécie de poder (poder decisório) é a de Robert Dahl (2005; 2007). A noção intuitiva de poder da qual parte o autor (Dahl, 2005; 2007) pode ser expressa da seguinte forma: A tem pode sobre B na medida em que A pode fazer B agir de maneira como B não agiria em outras circunstâncias. A definição também pode ser expressa em termos probabilísticos: Se a probabilidade de que B faça X quando A não tem qualquer preferência a respeito da ação de B é p e a probabilidade de que B faça X quando A prefere que B faça X é p’, então o poder de A sobre B é igual à diferença p’ – p. Seja como for, ambas as formulações evidenciam os elementos centrais dessa noção de poder. Primeiro, trata-se de uma relação entre agentes, no caso, entre A e B. Segundo, essa relação é unidirecional, assimétrica, de A para B: uma vez que A decide por X, B faz X (ou a probabilidade de que faça X aumenta). E, terceiro, essa noção de poder pressupõe um cenário contrafactual: o que B faria se A não tivesse nenhuma preferência a respeito de suas ações. Os dois primeiros elementos apontam para a relação entre poder, coerção e dominação, casos centrais do conceito de poder. Tanto a coerção quanto a dominação são relações unidirecionais, assimétricas entre agentes, nas quais um comanda e o outro obedece. Esses elementos também esclarecem a razão de ser útil caracterizar essa concepção como poder decisório: o agente que detém essa espécie de poder pode impor suas decisões àqueles sobre os quais tem poder, pode decidir em seu lugar e ter suas decisões obedecidas” (Adaptado).
A alternativa III (Podemos afirmar que poder decisório é a capacidade de um agente de impedir que uma questão que envolve conflito entre preferências venha a ser objeto de uma deliberação) está, portanto, incorreta. A noção de poder decisório concentra nossa atenção em quem prevalece em uma decisão controversa. Essa noção, contudo, deixa de lado o que acontece antes de essa questão se tornar objeto de uma decisão.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021. (Capítulo 1: Poder decisório).
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Questão 8/10 - Geografia política
Leia o trecho a seguir:
“Todo contrato é uma transferência mútua, uma troca de direitos; e essa é a razão pela qual aquele que apenas fornece a promessa deve, pelo fato de que ele já recebeu a vantagem que motiva sua promessa, ser compreendido como se tivesse a intenção de que seu direito passe a outrem: com efeito, se ele não tivesse consentido a que suas palavras fossem compreendidas desse modo, o outro não teria se executado primeiro (HOBBES, 1988).”
Fonte: HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Coleção Os Pensadores. (1º volume). 4ª Edição, Nova Cultural, 1988.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, a motivação do surgimento dos Estados nacionais:
Nota: 0.0
	
	A
	Surgiram em resposta aos governados, após a conquista de direitos sociais.
	
	B
	Surgiram em resposta às demandas das corporações de ofício, da Igreja Católica e as assembleias locais.
	
	C
	Surgiram em resposta aos interesses da Igreja Católica que, para fortalecer o seu poder, eliminou a possibilidade de outras organizações políticas.
	
	D
	Surgiram em resposta às demandas da população que, empobrecida, almejava a conquista de direitos sociais e políticos.
	
	E
	Surgiram em resposta aos interesses dos governantes em eliminar as organizações políticas que competiam consigo dentro do mesmo território, como a nobreza, as corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias locais.
Os Estados nacionais surgiram em resposta aos interesses dos governantes, não dos governados. Era do interesse dos governantes eliminar as organizações políticas que competiam consigo dentro do mesmo território, como a nobreza, as corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias locais.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 9/10 - Geografia política
Considere o trecho a seguir:
“Política significaria para nós, portanto, a tentativa de participar no poder ou de influenciar a distribuição do poder, seja entre vários Estados, seja dentro de um Estado entre os grupos de pessoas que este abrange. Isto corresponde, essencialmente, ao uso da palavra na linguagem corrente. Quando se diz de uma questão que é uma questão "política", de um ministro ou funcionário que é um funcionário "político", de uma decisão que é "politicamente" condicionada, sempre se tem em mente que interesses de distribuição, conservação ou deslocamento de poder são decisivos para a solução daquela questão, condicionam aquela decisão ou determinam a esfera de ação daquele funcionário. Quem pratica política, reclama poder: poder como meio ao serviço de outros fins - ideais ou egoístas -, ou poder "pelo próprio poder", para deleitar-se com a sensação de prestígio que proporciona” (WEBER, 2009).
Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009, pp. 526
Levando-se em conta os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e a contextualização acima, analise as afirmações abaixo sobre as características do Estado nacional, a partir da definição weberiana:
I. É aquele que reivindica e possui a legitimidade para fazer uso da coerção.
II. O uso da coerção é monopólio do Estado, não podendo ser transferido a outros agrupamentos de pessoas sem a devida autorização.
III. A autoridade do Estado está presente no aceite dos integrantes do território – na legitimidade – da reivindicação do seu poder e monopólio do uso da violência.
IV. O Estado é revestido de poder e a cada eleição é concedida a sua legitimidade, podendo haver a destituição de sua força a qualquer momento, bem como de suas instituições.
Assinale a alternativa correta sobre as características do Estado nacional, a partir da definição weberiana:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
A mais famosa definição de Estado foi oferecida pelo sociólogo Max Weber (2011): um grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da violência dentro de um território determinado. Três componentes dessa definição merecem destaque.
O primeiro é o uso da violência. O Estado é um grupo de pessoas que usa a violência. O que está implícito nessa afirmação é o fato de que esse uso não é despropositado, senão tem um objetivo: motivar as pessoas a fazer aquilo que tal grupo quer que elas façam. O uso ou a ameaça do uso da violência é uma maneira de impor sua vontade sobre os demais. Isso remeteàs definições de coerção e de poder coercitivo, uma forma de poder decisório, apresentadas no primeiro capítulo. O Estado, portanto, consiste em um grupo de pessoas que exerce o poder por meio da coerção. O segundo componente da definição de Weber a ser destacado é a reivindicação da legitimidade desse uso da violência. O Estado, nessa perspectiva, não é apenas um grupo de pessoas que consegue exercer poder por meio da coerção, mas um grupo que reivindica que esse exercício do poder é legítimo. Isso remete à definição de autoridade, uma forma de poder ideológico, também apresentada no primeiro capítulo. O Estado, portanto, é um grupo de pessoas que exerce um poder coercitivo que reivindica e, na medida em que essa reivindicação é aceita, é revestido de autoridade. Assim, o Estado é diferente do ladrão que ameaça alguém com uma arma para motivar que este lhe entregue seu dinheiro - ou, pelo menos, reivindica ser.
O terceiro elemento é o monopólio desse poder coercitivo revestido de autoridade dentro de um território determinado. O Estado, nessa definição, não é apenas um grupo de pessoas que consegue exercer poder por meio da coerção e reivindicar autoridade para esse exercício, mas também reivindica o monopólio do poder e da autoridade dentro de um território determinado. Isto é, ele busca impedir que outros grupos exerçam poder por meio da coerção dentro desse território e afirma que aqueles que por ventura o fizerem não têm autoridade para isso. O Estado é diferente do ladrão, mas os demais grupos que eventualmente exercerem poder coercitivo dentro do mesmo território, não - ou, pelo menos, é o que o Estado afirma.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
	
	E
	Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas.
Questão 10/10 - Geografia política
“Assim como acontece com o poder decisório, estabelecer empiricamente o exercício do poder de agenda depende de que possamos afirmar que há preferências conflitantes a respeito de determinada questão. Com a diferença de que, no caso deste, trata-se de uma questão que não foi objeto de uma decisão”.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).
Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política, assinale a alternativa que descreve, corretamente, a principal dificuldade metodológica ao se estudar poder de agenda.
Nota: 0.0
	
	A
	A grande dificuldade do poder de agenda é que ele só considera parlamentares.
	
	B
	A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja, decisões que não aconteceram.
A alternativa correta é: (A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja, decisões que não aconteceram). De acordo com o livro base da disciplina, “Em termos metodológicos, a discussão de Bachrach e Baratz (1963) sugere que, se quisermos entender a distribuição do poder em uma sociedade, precisamos ir além da análise de decisões específicas e de quem faz suas preferências prevalecerem nelas, investigando quais questões são deixadas de fora dos processos políticos decisórios e a quais grupos pertencem as preferências que são protegidas e as que são comprometidas por essas “não decisões”. É isso que os autores buscam fazer em sua análise da política local em Baltimore, ou seja, tentam mostrar como as queixas e as demandas da população negra e pobre da cidade eram sistematicamente excluídas do processo político decisório por uma série de expedientes de baixa visibilidade. O estudo foi criticado por ainda se concentrar em decisões específicas de líderes políticos, apesar de toda a discussão dos autores sobre as “não decisões” (Bachrach; Baratz, 1963). Essa crítica aponta para uma dificuldade fundamental do estudo do poder de agenda: Como analisar “não decisões”, decisões que não aconteceram? Essa dificuldade,
porém, não deve levar-nos a menosprezar a importância dessa forma de poder na dinâmica política”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).
	
	C
	A principal dificuldade é estabelecer uma relação não probabilística entre os agentes que detém o poder.
	
	D
	O estudo do poder de agenda sugere que intelectuais passam a ter acesso privilegiado aos interesses de grupos oprimidos.
	
	E
	A principal dificuldade do poder de agenda é que ele só observa aquilo que se manifesta nos meios de comunicação de massa.

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