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Geografia política - APOL Objetiva 1

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Questão 1/10 - Geografia política
Leio o texto abaixo:
“Ainda que uma teoria do imperialismo não possa ser encontrada em Marx e Engels, a colonização a
partir da “América” foi posta como marco importante para a acumulação primitiva do capital (Marx,
2013:821), e a polêmica interpretação sobre o colonialismo britânico na Índia revelou a impossibilidade
de emancipação humana fora dos limites do progresso, evolucionismo e eurocentrismo no pensamento
marxiano (Marx e Engels, s/d). Apesar da antiguidade das manifestações imperiais e coloniais ao longo
da história do mundo, a hegemonia da força explicativa pelo marxismo do fenômeno imperial provém
em parte da sua associação diferencial, constitutiva e vinculante com o desenvolvimento do sistema
capitalista na modernidade. Seu início, metaforicamente sugerido no ano de 1492 por Dussel (1993),
constituiu pela primeira vez um sistema econômico globalmente interconectado, o sistema mundo
moderno/colonial (Quijano e Wallerstein, 1992)” (BALLESTRIN, 2017, p. 506-507).
Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O
Elo Perdido do Giro Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2,
2017, pp. 505 a 540. Disponível em:
http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialid
ade.pdf
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia
Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das principais críticas, feita
pelas abordagens contemporâneas do imperialismo às interpretações sobre o fenômeno dos
marxistas clássicos:
Nota: 10.0
A
O pensamento marxista sobre o imperialismo encoraja a centralização da religião 
como instrumento de dominação e marginaliza a consideração das variáveis militares 
e econômicas relacionadas com o fenômeno.
B
A abordagem marxista a respeito do imperialismo favorece uma redução do fenômeno
ao seu caráter cultural e social, negligenciando a influência das capacidades
econômicas e militares para a consolidação do fenômeno.
C A interpretação marxista do imperialismo tende a esvaziar o caráter político desse 
fenômeno, uma vez que prioriza as variáveis sistêmicas e estruturais em detrimento 
da observação das decisões políticas dos atores envolvidos.
Você acertou!
O argumento marxista sobre o fenômeno do imperialismo é essencialmente
tautológico. O imperialismo seria fruto do avanço do capital financeiro
monopolista, e caracterizaria uma fase do capitalismo: o imperialismo seria o
capitalismo avançado. E, nesse sentido, o contrário também é verdadeiro:
capitalismo avançado é sinônimo de imperialismo. Não há qualquer forma de
fugir disso, senão a completa substituição do sistema econômico, o que mais
uma vez conta no argumento da militância política. Mais uma vez, somos
conduzidos a confirmar esses argumentos – e por vezes até acreditar em suas
propostas de solução – porque nos baseamos (ou somos levados a fazê-lo) no
caráter violento das investidas imperialistas. A prescrição da teoria marxista
sobre o fim do capitalismo (e, portanto, do imperialismo) esvazia toda e
qualquer agência política ao redor do fenômeno, como se um sistema fosse
responsável pelos horrores, e não os políticos. Da mesma forma, esvazia-se a
agência do outro, a quem só cabe o papel de dominado. Países figuram
nessas teorias como campos de batalha passivos, sob nenhum aspecto como
participantes ativos (Brewer, 2002). Só há a dominância dos fortes, do capital
financeiro monopolista do estágio mais alto, ou final, do capitalismo.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material
para a Impressão. Tema 3 “O Imperialismo acabou, o Capitalismo não”.
D
A leitura marxista a respeito do imperialismo fomenta uma interpretação economicista
do fenômeno, excluindo as variáveis vinculadas à capacidade militar de um Estado e
à necessidade de expansão territorial da observação.
E
O enquadramento marxista sobre o imperialismo acaba por adicionar excessiva 
importância ao componente político do fenômeno, compreendendo que a dominação 
imperialista permanece em decorrência da passividade dos atores dominados.
Questão 2/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“Na Idade Média, o formato militar mais eficaz era a cavalaria armada: um cavaleiro armado com uma
lança e seu cavalo, ambos cobertos por armaduras. O peso destas tornava necessária a ajuda de um
ou dois escudeiros para que o cavaleiro conseguisse montar e desmontar do cavalo. Isso tudo era
pago pelo próprio cavaleiro e custava caro. Como aponta Finer (1975), somente a malha de aço
utilizada por baixo da armadura custava o equivalente a uma pequena fazenda. Um cavaleiro levar seu
próprio cavalo, armadura e escudeiros, naquela época, equivale a um soldado, na atualidade, levar
seu próprio tanque de guerra para a batalha. Por consequência, a guerra era uma atividade reservada
para os ricos, que, naturalmente, esperavam ser recompensados por ela. Em uma economia
desmonetizada (em que há pouco ou nenhum dinheiro em circulação) como a medieval, essa
recompensa tomava a forma principalmente da concessão da posse de propriedades rurais para os
combatentes. Na Europa, esse arranjo deu origem ao sistema social, político e econômico conhecido
como feudalismo” (SILOTTO et al, 2021).
Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da.
Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021,
Capítulo 2.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política,
assinale a alternativa que expressa, corretamente, que tipo de classe deu origem à nobreza
europeia no contexto de formação dos Estados nacionais:
Nota: 10.0
A Religiosa.
B
Uma classe militar.
Você acertou!
A nobreza europeia, portanto, era, em sua origem, uma classe militar. Guerrear
era a atividade principal não só de príncipes, reis e duques, mas também de
condes e barões. Levou séculos para que essa atividade fosse
"desprivatizada" e monopolizada pelo Estado. Desenvolvimentos na tecnologia
e nos formatos militares foram cruciais para isso. O fim da cavalaria armada
medieval foi trazido pelo desenvolvimento das picas e das albardas, que
permitiam que soldados de infantaria derrubassem os cavaleiros de cima de
seus cavalos, eliminando sua vantagem no campo de batalha. Isso
democratizou a guerra, que passou a ser travada por tropas de infantaria
compostas por pessoas sem origem nobre. Elas só precisavam ser
arregimentadas e equipadas por alguém, o que abriu o caminho para os
mercenários. Não por acaso, a arma característica dos mercenários suíços era
a pica.
Referência: Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro
Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a
partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
C Uma classe política.
D Uma classe parlamentar.
E Uma classe desenvolvimentista.
Questão 3/10 - Geografia política
“Quando Gaetano Mosca publicou o seu Elementi di Scienza Politica, em 1896, lançou com ele um
programa de pesquisa novo e promissor. O sociólogo italiano determinou que as "minorias
politicamente ativas" deveriam ser, para os cientistas políticos, o objeto de análise mais importante.
Dado o caráter oligárquico de todos os governos, um estudo científico da política teria de estar atento
não ao número de governantes (conforme a classificação aristotélica tradicional: um, poucos, muitos),
mas aos mecanismos sociais e políticos responsáveis pela formação, pelo recrutamento, pela
socialização e pela conduta dessas minorias. A Ciência Política, principalmente anglo-saxã, levou a
sério esse decreto. Talvez não seja exagerado afirmar que as "elites políticas"foram um dos assuntos
mais estudados ao longo do século XX. Em especial depois das traduções para o inglês das obras de
Vilfredo Pareto (Mind and Society, editado em 1935) e de Mosca (The Ruling Class, em 1939), uma
série de trabalhos empíricos sobre as minorias dominantes nas sociedades democráticas veio à luz”.
Fonte: PERISSINOTTO, Renato M.; CODATO, Adriano. Apresentação: por um retorno à Sociologia das
Elites. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 16, n. 30, p. 7-15, Jun de 2008. Disponível em
https://doi.org/10.1590/S0104-44782008000100002. Acesso em 17 de maio de 2021.
Leia a contextualização acima e avalie quais dos enunciados abaixo correspondem à tese
elitista sobre a distribuição do poder político.
I. De acordo com a tese elitista, diferentes grupos políticos, com diversas preferências, prevaleciam em
várias decisões, sem que nenhum prevalecesse em todas por todo o tempo.
II. Os elitistas entendiam que a distribuição do poder na sociedade dos Estados Unidos era dispersa
entre grupos formadores, de modo que as decisões não fossem tomadas unilateralmente.
III. A tese elitista afirmava que o poder político era concentrado nas mãos de um grupo restrito de
pessoas, e o restante da população tinha pouco ou nenhum poder sobre questões que lhe diziam
respeito.
IV. Os elitistas perguntavam aos moradores de uma cidade quem eram as pessoas reputadas
poderosas naquele lugar. Diante da constatação de que estas tendiam a ser poucas e as mesmas,
apontava-se esse grupo como a elite governante da cidade
Assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
A Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
B Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
Você acertou!
Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da
disciplina, “A análise de Dahl é, em parte, motivada por sua discordância
substantiva com uma tese sobre a distribuição do poder político na sociedade
dos Estados Unidos, popular à época. Essa tese, chamada de elitista, afirmava
que o poder político era concentrado nas mãos de um grupo restrito de
pessoas – uma elite – e o restante da população tinha pouco ou nenhum
poder sobre questões que lhe diziam respeito. Entre as evidências empíricas
que seus defensores apresentavam, havia resultados de pesquisas de opinião
sobre reputação de poder. Essencialmente, os pesquisadores perguntavam
aos moradores de uma cidade, por exemplo, quem eram as pessoas
reputadas poderosas naquele lugar. Diante da constatação de que estas
tendiam a ser poucas e as mesmas, apontava-se esse grupo como a elite
governante da cidade. Dahl (2005; 2007) discordava da imagem que os
elitistas pintavam da distribuição do poder na sociedade dos Estados Unidos,
entendendo que ela era muito mais dispersa do que eles afirmavam”.
As alternativas I (De acordo com a tese elitista, diferentes grupos políticos,
com diversas preferências, prevaleciam em várias decisões, sem que nenhum
prevalecesse em todas por todo o tempo) e II (Os elitistas entendiam que
distribuição do poder na sociedade dos Estados Unidos era dispersa entre
grupos formadores, de modo que as decisões não fossem tomadas
unilateralmente) estão, portanto, incorretas.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a
partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder
decisório).
C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Questão 4/10 - Geografia política
Leio o texto a seguir:
“Os termos “colonialismo” e “imperialismo” foram cunhados na transição do século XIX para o XX e
tornaram-se indispensáveis para o entendimento das diferentes dinâmicas de expansão do capitalismo
moderno no interior do sistema interestatal. Ao longo do século XX, uma vasta literatura sobre
imperialismo foi desenvolvida por diferentes correntes, destacadamente no domínio do marxismo.
Desde aí, as palavras império e imperialismo foram negativadas tanto pela crítica teórica marxista,
quanto pela luta concreta de movimentos sociais e políticos, vinculando-as às formas de exploração,
dominação e violência econômica internacional” (BALLESTRIN, 2017, p. 505).
Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O
Elo Perdido do Giro Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2,
2017, pp. 505 a 540. Disponível em:
http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialid
ade.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, a definição do termo “imperialismo” elaborada por
Rudolf Hilferding:
Nota: 10.0
A
O imperialismo consiste na fase intermediária do capitalismo, na qual os Estados 
ainda possuem a responsabilidade de usar o seu aparato militar para garantir o 
progresso e o desenvolvimento da sua população.
B
O imperialismo consiste na etapa social do capitalismo, na qual ocorre a exportação 
dos valores e das normas sociais das sociedades desenvolvidas para as populações 
periféricas e subdesenvolvidas.
C O imperialismo consiste na fase final do capitalismo, na qual há a formação dos 
monopólios e a utilização do aparato do Estado, pelo capital financeiro, para garantir a
expansão de mercados.
Você acertou!
Hilferding acreditava que era preciso dar continuidade à obra teórica de K.
Marx e incluir em sua teoria o surgimento e a presença de monopólios no
argumento. A principal contribuição do autor, assim, foi a de caracterizar o
imperialismo como a fase final do estágio do desenvolvimento capitalista
(Hilferding, 1910), distanciando-o do seu predecessor, o colonialismo. A essa
fase é comum a presença de monopólios, segundo Hilferding, e seriam eles
que viabilizariam a empreitada imperialista. Esses monopólios seriam o
resultado da junção do capital bancário e industrial, e seu objetivo não é o
livre-mercado, mas dominar mercados. O Estado, nessa explicação, deveria
ser forte para garantir o sucesso da expansão de mercados e o processo de
acumulação de capital. O capital financeiro teria a ânsia de conquistar novos
mercados internacionais para o interesse dos monopólios garantindo apoio
militar, econômico, e/ou ainda político, lançando mão de tarifas protecionistas
e estratégias imperialistas. Portanto, o capital financeiro, interessado na
expansão de mercados, usaria o Estado para tal.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material
para a Impressão. Tema 2 “Teorias Marxistas Clássicas sobre o Imperialismo”.
D
O imperialismo consiste na etapa inicial do capitalismo, na qual a elite burguesa 
manipula as instituições do Estado para conquistar formalmente novos territórios e 
mão de obra de escrava.
E
O imperialismo consiste no período intermediário do capitalismo, no qual a 
consolidação dos grandes monopólios impede o funcionamento do livre mercado.
Questão 5/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“Governos democráticos são mais sensíveis aos interesses e preferências da população do que
governos autoritários, já que dependem dos votos populares para se manter no poder. Se guerras
geram morte, destruição e privação socioeconômica, elas tendem a ser altamente impopulares, o que
desincentiva governos democráticos a seguir esse curso de ação. Nas palavras dos autores: "as
pessoas tipicamente desejam a paz não apenas pela ausência de mortes, mas pela oportunidade de
viver vidas normais. A paz não é só comum; ela é desejável" (ONEAL; RUSSETT, 2001, p. 81-82).
Desse modo, governantes democráticos autointeressados evitariam as guerras como forma de manter
seu apoio popular. Cabe ressaltar que essa premissa de Oneal eRussett, de resto compartilhada pelo
grosso da literatura no campo, de fato é mais compatível com a tese monádica do pacifismo geral das
democracias. Afinal, se o elemento causal é a repulsa popular pelos efeitos e constrangimentos
impostos por confrontações armadas, o regime político de um eventual oponente em quase nada
importa” (Mendes, 2012, p.82-83).
Fonte: Mendes, Flávio Pedroso. Clausewitz, o realismo estrutural e a paz democrática: uma
abordagem crítica. Contexto Internacional [online]. 2012, v. 34, n. 1, pp. 79-111. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0102-85292012000100003>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale a
alternativa que analisa, corretamente, a correlação entre paz e democracia:
Nota: 10.0
A
A correlação entre democracia e paz acontece apenas nos países da Europa 
Ocidental, uma vez que eles possuem democracias mais consolidadas.
B
A correlação entre democracia e paz é tida como premissa pelas teorias realistas das 
Relações Internacionais para explicar o sistema internacional.
C A correlação entre democracia e paz é espúria, uma vez que o capitalismo é 
considerado como o verdadeiro responsável por diminuir as guerras entre países 
democráticos.
Você acertou!
A ideia de que o liberalismo traz paz às nações não é nova. O argumento é
que a estrutura democrática restringiria países de endossarem guerras
custosas, sobretudo contra outras democracias, e incentivaria os políticos a
optarem por saídas diplomáticas e pacíficas (De Mesquita et al., 1999; Lake,
1992). Haveria, além disso, um elemento normativo: nações perceberiam que
(supostamente) têm valores parecidos, e também teriam a percepção que
julgam como preferidas algumas formas de resolver conflitos e, ao adotar um
governo liberal, se oporiam às guerras contra os Estados (Owen, 1994).
Contudo, Gartzke (2007) mostra que, na verdade, a correlação entre
democracia e paz é espúria, pois, na verdade, o capitalismo foi o responsável
por trazer fim às guerras entre países democráticos. Segundo o autor, o
capitalismo, ao tirar a ênfase econômica da terra e dos recursos minerais,
reduz o uso da força entre os Estados. Isso porque o poder viria da condição
de avanços na produtividade, e não mais da posse de matérias-primas
(Gartzke; Rohner, 2011). Além disso, esse cenário diminuiria o peso da ação
do Estado na economia (McDonald, 2010).
Referências: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material
para a Impressão. Tema 5 “Democracia, Capitalismo e Paz”.
SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA,
Glauco Peres da. Poder e Território: uma abordagem a partir da Ciência
Política. Curitiba: Intersaberes. 2021, p. 132.
D
A correlação entre democracia e paz é observada somente em casos nos quais há a 
combinação entre democracia e valores cristãos, que condenam a guerra.
E
A correlação entre democracia e paz é uma unanimidade na literatura especializada, 
uma vez que países democráticos possuem princípios de atuação condizentes com os
direitos humanos.
Questão 6/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“O primeiro momento desse desenvolvimento devastador do imperialismo foi organizado em torno da
conquista das Américas, no quadro do sistema mercantilista da Europa atlântica da época. As
devastações desse primeiro capítulo da expansão capitalista mundial (genocídio dos índios, tráfico de
escravos africanos) produziram – com atraso – as forças de libertação que questionaram as lógicas
que as comandavam. A primeira revolução do continente foi a dos escravos de São Domingos
(atualmente Haiti), no fim do século XVIII, seguida mais de um século depois pela revolução mexicana
dos anos 1910, e cinquenta anos mais tarde pela de Cuba. E, se não enumero aqui a famosa
"revolução americana", nem a das colônias espanholas que rapidamente se seguiu, é porque, nesses
casos, tratou-se apenas de uma transferência de poder de decisão das metrópoles para os colonos
para fazer a mesma coisa, ou seja, dar continuidade ao mesmo projeto com ainda mais brutalidade –
sem ter que dividir os lucros com as "mães pátrias" de origem” (AMIN, 2005, p. 84).
Fonte: AMIN, Samir. O imperialismo, passado e presente. Tempo, Niterói, v. 9, n. 18, p. 77-123, 2005.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
77042005000100005&lng=en&nrm=iso>. access on 19 May 2021. https://doi.org/10.1590/S1413-
77042005000100005.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e o texto citado
acima, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual era a solução apontada pelos
autores marxistas clássicos para a superação do imperialismo:
Nota: 10.0
A
Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado por meio da 
criação de uma organização internacional de caráter supranacional.
B
Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado a partir da 
realização de uma revolução burguesa e nacionalista.
C
Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado por meio da 
defesa internacional dos direitos humanos.
D
Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado a partir da 
independência dos territórios coloniais.
E Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado por meio da 
revolução socialista.
Você acertou!
No decorrer da aula 3, observamos que para Lenin e Bukharin o imperialismo
consistia na expansão do capitalismo em seu maior estágio (a fase
monopolista), não constituindo apenas uma forma de expansão territorial do
Estado-Nação. Ambos os autores, assim como Rosa Luxemburgo, entendiam
que a revolução socialista era a única saída para o capitalismo e, portanto,
para o imperialismo. Assim, à exceção de Hobson, todos os autores
prescreviam como única solução para os horrores do imperialismo a saída
revolucionária socialista. Esse tipo de leitura era frequente porque, como
ressaltou Callinicos (2009), essa literatura ocupou, sobretudo, autores
ativistas. A literatura sobre imperialismo é essencialmente não acadêmica. Isso
era visto como um problema para alguns, como Hilferding, que se indagava
sobre a exclusão destes autores das universidades, restando a eles o tempo
de lazer para a produção teórica sobre o fenômeno.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material
para a Impressão. Tema 2 “Teorias Clássicas sobre o Imperialismo”; Tema 3 “O
Imperialismo acabou, o Capitalismo não”.
Questão 7/10 - Geografia política
Texto 1
Leia os dois fragmentos de texto a seguir:
“Carolina, cabo da milícia, e Carlos, sargento, estão preocupados com uma invasão estrangeira na
Venezuela. Muito. Estão dispostos a dar suas vidas por Nicolás Maduro e levantam a voz quando
insistem que é preciso estar preparado para defender a pátria. Eles dizem isso uma e outra vez. Até
que relaxam e a conversa flui. Então, baixam o tom e ficam com os olhos marejados quando lembram
que antes vinham todos os domingos para comer bolos e chocolates neste café em Caracas e que
hoje só podem fazê-lo porque não têm de pagar a conta.
Carolina González, de 45 anos, e Carlos Ortegano, de 73, são dois dos quase um milhão de milicianos
que existem na Venezuela, segundo o Governo de Maduro. Um corpo criado por Hugo Chávez para
militarizar a população e que seu herdeiro promete engordar até chegar a dois milhões neste ano. Eles
devem servir para defender o país de uma hipotética invasão estrangeira, mas, enquanto isso, se
dedicam a vigiar habitantes, empresas expropriadas, ajudar no metrô ou encher comícios. Um corpo a
serviço do Governo que recebe 18.000 bolívares, menos de seis dólares (23,54 reais) por mês.”
Fonte: Jornal El País. Milícia, o exército popular a serviço de Maduro. Disponívelem:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/29/internacional/1553824596_128119.html
Texto 2
“O caos começa quando cada um acredita poder interpretar a lei da forma como a entende.” O tom
polido do procurador, um colosso de 150 quilos, não esconde a tensão que reina, nesse 25 de julho de
2014, na procuradoria de Khmelnitski, uma cidade média de 260 mil habitantes no coração da Ucrânia
ocidental. Uma secretária pede aos cerca de vinte jovens de uniforme negro e impecável, com
cassetete na cintura, que esperem enquanto o procurador recebe seus chefes, Yuri Lutsiuk e Ivan
Kushnir.
“Somos uma organização registrada”, reivindica Kushnir. “Respeitamos a lei, recusamos a violência.
Por enquanto, você pode falar com pessoas como nós, empresários; mas em breve, se isso continuar,
você verá uma revolução proletária.” Ao expor a reclamação, os dois empresários, diretores de uma
milícia, vacilam. O escrivão, de óculos e com um terno maior do que seu número, toma nota sem
levantar a cabeça.”
Fonte: Le Monde Diplomatique. O dilema das milícias ucranianas. Disponível em:
https://diplomatique.org.br/o-dilema-das-milicias-ucranianas/
Considerando os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Geografia Política, examine as
afirmativas abaixo a respeito da relação entre a existência de milícias e o Estado moderno:
I. A existência de milícias em um Estado demonstra a sua força e institucionalização.
II. O Estado moderno possui o monopólio legítimo da força e não tolera conviver com outras
organizações políticas que também exerçam coerção e autoridade.
III. O Estado permite a existência de outras organizações políticas, mas estas só podem exercer
coerção se esse poder lhes for delegado, como polícia, exército, já a existência de milícia – política ou
pessoal – demonstra a fraqueza do referido Estado.
IV. As leis de um Estado irão definir as regras internas e o seu poder, uma corte, por exemplo, pode
determinar o confisco dos bens de dada pessoa para pagar a dívida apenas porque as leis do Estado
autorizam, essa autorização do exercício de poder é comum no Estado moderno.
Assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
A Apenas a afirmação I está correta.
B Apenas a afirmação II está correta.
C Apenas a afirmação III está correta
D Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
E Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas.
Você acertou!
O Estado moderno ou nacional, reivindicando, como faz, o monopólio do poder
coercitivo e da autoridade dentro de determinado território, não tolera conviver
com outras organizações
políticas que também exerçam coerção e autoridade. O Estado permite a
existência de outras organizações políticas, mas estas só podem exercer
coerção se esse poder lhes for delegado por ele próprio e se tal delegação
sempre puder ser revogada. Uma corte arbitrai pode eventualmente
determinar o confisco dos bens de dada pessoa para pagar uma dívida
apenas porque as leis do Estado autorizam. Algumas entidades profissionais,
como a dos advogados, podem cassar o direito de exercer a profissão de seus
afiliados, de novo, apenas porque as leis do Estado autorizam. E essas
mesmas leis podem ser alteradas, revogando essas autorizações a qualquer
momento.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de;
SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência
Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 8/10 - Geografia política
Leia o trecho a seguir:
“Todo contrato é uma transferência mútua, uma troca de direitos; e essa é a razão pela qual aquele
que apenas fornece a promessa deve, pelo fato de que ele já recebeu a vantagem que motiva sua
promessa, ser compreendido como se tivesse a intenção de que seu direito passe a outrem: com
efeito, se ele não tivesse consentido a que suas palavras fossem compreendidas desse modo, o outro
não teria se executado primeiro (HOBBES, 1988).”
Fonte: HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Coleção Os
Pensadores. (1º volume). 4ª Edição, Nova Cultural, 1988.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política,
assinale a alternativa que expõe, corretamente, a motivação do surgimento dos Estados
nacionais:
Nota: 10.0
A Surgiram em resposta aos governados, após a conquista de direitos sociais.
B
Surgiram em resposta às demandas das corporações de ofício, da Igreja Católica e as
assembleias locais.
C
Surgiram em resposta aos interesses da Igreja Católica que, para fortalecer o seu 
poder, eliminou a possibilidade de outras organizações políticas.
D
Surgiram em resposta às demandas da população que, empobrecida, almejava a 
conquista de direitos sociais e políticos.
E Surgiram em resposta aos interesses dos governantes em eliminar as organizações
políticas que competiam consigo dentro do mesmo território, como a nobreza, as
corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias locais.
Você acertou!
Os Estados nacionais surgiram em resposta aos interesses dos governantes,
não dos governados. Era do interesse dos governantes eliminar as
organizações políticas que competiam consigo dentro do mesmo território,
como a nobreza, as corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias
locais.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de;
SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência
Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 9/10 - Geografia política
“Assim como acontece com o poder decisório, estabelecer empiricamente o exercício do poder de
agenda depende de que possamos afirmar que há preferências conflitantes a respeito de determinada
questão. Com a diferença de que, no caso deste, trata-se de uma questão que não foi objeto de uma
decisão”.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política.
Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).
Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política, assinale a alternativa 
que descreve, corretamente, a principal dificuldade metodológica ao se estudar poder de 
agenda.
Nota: 10.0
A A grande dificuldade do poder de agenda é que ele só considera parlamentares.
B A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja, decisões que não 
aconteceram.
Você acertou!
A alternativa correta é: (A principal dificuldade é como analisar não decisões,
ou seja, decisões que não aconteceram). De acordo com o livro base da
disciplina, “Em termos metodológicos, a discussão de Bachrach e Baratz
(1963) sugere que, se quisermos entender a distribuição do poder em uma
sociedade, precisamos ir além da análise de decisões específicas e de quem
faz suas preferências prevalecerem nelas, investigando quais questões são
deixadas de fora dos processos políticos decisórios e a quais grupos
pertencem as preferências que são protegidas e as que são comprometidas
por essas “não decisões”. É isso que os autores buscam fazer em sua análise
da política local em Baltimore, ou seja, tentam mostrar como as queixas e as
demandas da população negra e pobre da cidade eram sistematicamente
excluídas do processo político decisório por uma série de expedientes de
baixa visibilidade. O estudo foi criticado por ainda se concentrar em decisões
específicas de líderes políticos, apesar de toda a discussão dos autores sobre
as “não decisões” (Bachrach; Baratz, 1963). Essa crítica aponta para uma
dificuldade fundamental do estudo do poder de agenda: Como analisar “não
decisões”, decisões que não aconteceram? Essa dificuldade,
porém, não deve levar-nos a menosprezar a importância dessa forma de poder
na dinâmica política”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Podere território: uma abordagem a
partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de
agenda).
C
A principal dificuldade é estabelecer uma relação não probabilística entre os agentes 
que detém o poder.
D
O estudo do poder de agenda sugere que intelectuais passam a ter acesso 
privilegiado aos interesses de grupos oprimidos.
E
A principal dificuldade do poder de agenda é que ele só observa aquilo que se 
manifesta nos meios de comunicação de massa.
Questão 10/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“As interpretações sobre a escalada imperial europeia de 1870 até as duas grandes guerras mundiais
marcaram o debate clássico sobre imperialismo da primeira metade do século XX. Neste contexto,
marxistas, sociais-democratas e liberais ofereceram diferentes interpretações sobre suas causas e
dinâmicas de funcionamento. O imperialismo como produto do capitalismo e o colonialismo como
produto do imperialismo foram elaborados em diferentes direções; tratava-se não somente de definir o
conceito de imperialismo, mas também de dispor teoricamente sobre sua vinculação como crise,
sobrevivência e estágio do capitalismo. A noção de “imperialismo capitalista” marcaria a especificidade
do imperialismo no capitalismo (Lenin, 2012; Wood, 2014), ainda que todas as fases do capitalismo
possam ser consideradas como imperialistas (Mascaro, 2013)” (BALLESTRIN, 2017, p. 506).
Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O
Elo Perdido do Giro Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2,
2017, pp. 505 a 540. Disponível em:
http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialid
ade.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e a importância
das contribuições de Lênin para a discussão sobre o imperialismo, analise as afirmações
abaixo, que abordam o pensamento deste autor:
I. O trabalho de Lenin sobre o imperialismo é fundamental para a compreensão da discussão sobre o
conceito. Muito embora, o autor seja frequentemente criticado pelo excessivo academicismo do seu
texto, resultando na sua baixa circulação entre os trabalhadores.
II. De acordo com Lenin, a partir do início do século XX os cartéis, que eram fenômenos transitórios,
converteram-se na base da vida econômica. Como consequência desse processo o capitalismo
tornou-se imperialista.
III. Lenin defende que o imperialismo se consolida a partir de três passos, que envolvem a formação de
monopólios, a militarização da economia e, por fim, a dominação formal dos países periféricos por
países centrais.
IV. Em essência, Lenin defende que o imperialismo não está restrito a um processo de expansão do
Estado-Nação, mas envolve fundamentalmente a expansão do capitalismo em seu maior estágio - a
fase monopolista.
Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
 
Nota: 10.0
A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
B Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
C Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
D Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
E Apenas as afirmações II e IV estão corretas. 
Você acertou!
A afirmação I está incorreta, uma vez que o trabalho de Lenin sobre o
imperialismo é o mais conhecido no campo. Diferentemente dos demais
autores, Lenin editou um panfleto sobre o imperialismo, cujo intuito era de ter
grande alcance, para o público em geral. Para Lenin, o capitalismo
monopolista era a resposta que o sistema econômico teria encontrado para
sair da grande depressão do final do século XIX (McDonough, 1995). A
afirmação II está correta porque, para Lenin, cartéis seriam fenômenos
transitórios, até o início do século XX, a partir do qual passam a ser a
fundação de toda a vida econômica. E seria nesse estágio, precisamente, que
o capitalismo teria se tornado imperialista (Lenin, 1917, p. 181). A afirmação III
está incorreta porque, para Lenin, o imperialismo surge no início do século XX,
sendo caracterizado por cinco passos: a concentração da produção e do
capital cria monopólios, surge o capital financeiro, a exportação do capital
adquire importância pronunciada de forma que se formam associações
capitalistas (trustes) que dividem o mundo entre si e há a divisão de todos os
territórios do globo entre as maiores forças capitalistas estão completadas
(Lenin, 1917, p. 232). A afirmação IV está correta porque tanto para Lenin,
como para Bukharin, mais do que apenas uma forma de expansão do Estado-
Nação, o imperialismo seria a expansão do capitalismo em seu maior estágio
(a fase monopolista.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material
para a Impressão. Tema 2 “Teorias Marxistas Clássicas sobre o Imperialismo”.

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