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GEOGRAFIA POLÍTICA APOL2.2

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Questão 1/10 - Geografia política
Leia o trecho a seguir:
“Diferentes formas de financiar a guerra levavam monarcas a envolverem-se em conflitos com diferentes grupos e instituições políticas. Esses conflitos e suas resoluções configuraram o caráter dos Estados incidentalmente construídos no processo. Monarcas que puderam contar, inicialmente, com recursos de outras fontes que não a tributação, evitaram os embates que, necessariamente, teriam de enfrentar se tentassem tributar seus súditos. Também deixaram de adquirir a capacidade de tributar quando recursos de outras fontes não fossem mais suficientes para pagar pela guerra. Já os monarcas que não tinham essa alternativa tiveram de quebrar a resistência de seus súditos à tributação, com o efeito colateral de reduzir o poder de instituições concorrentes com o Estado e, eventualmente, eliminá-las por completo” (SILOTTO et al, 2021).
Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como se consolidou o poder político dos príncipes:
Nota: 0.0
	
	A
	Cobrando impostos e descentralizando a burocracia leal.
	
	B
	Obtendo consentimento da Igreja Católica, dos nobres e do povo.
	
	C
	Compartilhando o poder com as diversas organizações e descentralizando a organização.
	
	D
	Vencendo as guerras e dividindo o poder entre as diversas cidades europeias, fazendo com que a nobreza perdesse poder.
	
	E
	Vencendo a resistência das várias organizações políticas existentes, as esvaziando e construindo a sua capacidade administrativa.
Para adquirir a capacidade de tributar seus súditos, príncipes precisavam vencer a resistência da miríade de organizações políticas com que tinham de conviver. Aqueles que tinham sucesso nisso, foram também, como efeito colateral, esvaziando essas organizações. Ao longo do tempo, isso levou à consolidação do poder político em um conjunto de organizações centralizado, isto é, o Estado nacional. Isso não significa que esses príncipes, no fim das contas, gozaram de poder absoluto. A expressão absolutismo monárquico, embora seja de uso consagrado, pode dar lugar a mal-entendidos. Em nenhum lugar, príncipes governavam sozinhos. Em todo lugar eles dependiam do apoio da nobreza. Frequentemente, o príncipe tinha poder absoluto em teoria, mas dependia da nobreza na prática. Mas a expressão reflete o fato de que os príncipes absolutistas governavam organizações políticas muito mais centralizadas que seus predecessores. Mesmo onde a expressão não se aplica, como na Inglaterra, o poder foi ao longo do tempo sendo consolidado em um pequeno número de organizações centralizadas, com autoridade sobre todos os súditos e sobre todo o território.
A consolidação do poder não é um fenômeno puramente formal. Não diz respeito apenas a quem é formalmente titular da autoridade. Para tributar seus súditos, não basta que o príncipe tenha a autoridade formal para tanto. Ele também precisa da capacidade administrativa para fazê-lo: ele precisa de pessoas que coletem os impostos e os depositem nos cofres da coroa. Em outras palavras, ele precisa de uma burocracia leal. A dependência do príncipe no consentimento dos nobres, nas assembleias dos Estados, não era uma questão formal, apenas. O príncipe dependia do consentimento dos nobres porque dependia deles para coletar os impostos na prática. Os nobres coletavam impostos para o príncipe como parte das diversas prerrogativas de origem feudal de que gozavam. Para poder tributar seus súditos, o príncipe, portanto, precisava contar com o apoio da nobreza ou estar em condições de dispensá-la. Em alguns lugares, o príncipe foi adquirindo autonomia em relação à nobreza por meio da criação de uma burocracia própria, paralela às organizações políticas comandadas pela nobreza, que foi gradualmente absorvendo os poderes dessas.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1, tema 5, “Consolidando o poder”.
Questão 2/10 - Geografia política
Leia o texto abaixo:
“Na Idade Média, o formato militar mais eficaz era a cavalaria armada: um cavaleiro armado com uma lança e seu cavalo, ambos cobertos por armaduras. O peso destas tornava necessária a ajuda de um ou dois escudeiros para que o cavaleiro conseguisse montar e desmontar do cavalo. Isso tudo era pago pelo próprio cavaleiro e custava caro. Como aponta Finer (1975), somente a malha de aço utilizada por baixo da armadura custava o equivalente a uma pequena fazenda. Um cavaleiro levar seu próprio cavalo, armadura e escudeiros, naquela época, equivale a um soldado, na atualidade, levar seu próprio tanque de guerra para a batalha. Por consequência, a guerra era uma atividade reservada para os ricos, que, naturalmente, esperavam ser recompensados por ela. Em uma economia desmonetizada (em que há pouco ou nenhum dinheiro em circulação) como a medieval, essa recompensa tomava a forma principalmente da concessão da posse de propriedades rurais para os combatentes. Na Europa, esse arranjo deu origem ao sistema social, político e econômico conhecido como feudalismo” (SILOTTO et al, 2021).
Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que expressa, corretamente, que tipo de classe deu origem à nobreza europeia no contexto de formação dos Estados nacionais:
Nota: 10.0
	
	A
	Religiosa.
	
	B
	Uma classe militar.
Você acertou!
A nobreza europeia, portanto, era, em sua origem, uma classe militar. Guerrear era a atividade principal não só de príncipes, reis e duques, mas também de condes e barões. Levou séculos para que essa atividade fosse "desprivatizada" e monopolizada pelo Estado. Desenvolvimentos na tecnologia e nos formatos militares foram cruciais para isso. O fim da cavalaria armada medieval foi trazido pelo desenvolvimento das picas e das albardas, que permitiam que soldados de infantaria derrubassem os cavaleiros de cima de seus cavalos, eliminando sua vantagem no campo de batalha. Isso democratizou a guerra, que passou a ser travada por tropas de infantaria compostas por pessoas sem origem nobre. Elas só precisavam ser arregimentadas e equipadas por alguém, o que abriu o caminho para os mercenários. Não por acaso, a arma característica dos mercenários suíços era a pica.
Referência: Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
	
	C
	Uma classe política.
	
	D
	Uma classe parlamentar.
	
	E
	Uma classe desenvolvimentista.
Questão 3/10 - Geografia política
Leia o texto a seguir:
“Ao contrário, somente se pode, afinal, definir sociologicamente o Estado moderno por um meio específico que lhe é próprio, como também a toda associação política: o da coação física. "Todo Estado fundamenta-se na coação", disse em seu tempo Trotski, em Brest-Litovsk. Isto é de fato correto. Se existissem apenas complexos sociais que desconhecessem o meio da coação, teria sido dispensado o conceito de "Estado"; ter-se-ia produzido aquilo a que caberia o nome de "anarquia", neste sentido específico do termo. Evidentemente, a coação não é o meio normal ou o único do Estado - não se cogita disso -, mas é seu meio específico. No passado, as associações mais diversas - começando pelo clã - conheciam a coação física como meio perfeitamente normal. Hoje, o Estado é aquela comunidade humana que, dentro de determinado território - este, o "território", faz parte da qualidade característica -, reclama para si (com êxito) o monopólio da coação física legítima, pois o específico da atualidadeé que a todas as demais associações ou pessoas individuais somente se atribui o direito de exercer coação física na medida em que o Estado o permita. Este é considerado a única fonte do "direito" de exercer coação” (WEBER, 2009).
Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009, pp. 525-526.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, examine as afirmativas acerca das diferenças entre o Estado Moderno e do período medieval:
I. A principal diferença entre os Estados está no grau de exclusão de outros grupos políticos no exercício da coerção e da autoridade e a restrição do poder.
II. No mundo antigo, nos impérios, havia o compartilhamento de poder com outros grupos e organizações políticas que eram tolerados pela autoridade do império, diferente do Estado moderno.
III. Na Europa medieval, o poder político era concentrado em uma organização forte e que monopolizava o uso da violência com as pessoas que viviam no território, por conseguinte, a ampliação de poder se dava na luta entre Estados.
IV. Na Europa medieval, o poder político era disperso entre várias organizações, como, por exemplo, no interior havia uma figura predominante, o senhor feudal, que exercia o poder absoluto sobre aqueles ligados ao território e, esse senhor, por sua vez, devia lealdade a outro, em virtude de relações de suserania e vassalagens, que era subordinado a outra figura, como o rei ou imperador, já no Estado moderno, o poder está nessa instituição.
Assinale a alternativa que contém características corretas acerca das diferenças entre o Estado Moderno e do período medieval:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
A conjunção desses três fatores - poder coercitivo, autoridade e monopólio desses dois dentro de um território - em um mesmo grupo de pessoas não é a regra ao longo da história. A definição de Weber pode ser apropriada para descrever os Estados ditos modernos, isto é, a forma de Estado que se tornou gradualmente predominante desde o fim da Idade Média, também chamados de nacionais. Contudo, historicamente Estados assumiram as mais diversas formas. Em comum, há o fato de todos exercerem o poder coercitivo e tenderem a apresentar esse exercício como legítimo, justo ou bom de acordo com alguma ideologia. A variação está no terceiro componente da definição de Weber: o monopólio da coerção e da autoridade dentro de um território. O grau de exclusão de outros grupos políticos do exercício da coerção e da autoridade e a restrição do poder, da autoridade e da reivindicação de exclusividade dos Estados a um espaço geográfico bem delimitado variaram ao longo da história. Os impérios do mundo antigo, como o romano, frequentemente compartilhavam o poder com as organizações políticas próprias dos povos conquistados. O representante do Império Romano era tipicamente a autoridade máxima na localidade que administrava. O funcionamento de outras organizações políticas, anteriores à conquista, era frequentemente tolerado, contudo, desde que suas ordens e seus comandos para aqueles sujeitos a seu poder não conflitassem com os interesses romanos. A autoridade dessas organizações não advinha dos romanos, tendo base própria, ainda que dependessem da tolerância destes para continuar a funcionar. Os romanos também não buscavam exercer um controle estrito do território, mantendo fronteiras bem demarcadas e uma presença militar permanente no interior, sendo mais importante para eles a manutenção do controle das cidades. Na Europa medieval, o poder político era disperso entre uma miríade de organizações. No interior, uma figura predominante era a do senhor feudal, que exercia poder quase absoluto sobre aqueles ligados ao território por ele controlado. Esse senhor, por sua vez, tipicamente devia lealdade a outro, em virtude de relações de suserania e vassalagem, as quais eram, todavia, contratuais, envolvendo direitos e obrigações para ambas as partes.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 4/10 - Geografia política
Considere o trecho a seguir:
“Política significaria para nós, portanto, a tentativa de participar no poder ou de influenciar a distribuição do poder, seja entre vários Estados, seja dentro de um Estado entre os grupos de pessoas que este abrange. Isto corresponde, essencialmente, ao uso da palavra na linguagem corrente. Quando se diz de uma questão que é uma questão "política", de um ministro ou funcionário que é um funcionário "político", de uma decisão que é "politicamente" condicionada, sempre se tem em mente que interesses de distribuição, conservação ou deslocamento de poder são decisivos para a solução daquela questão, condicionam aquela decisão ou determinam a esfera de ação daquele funcionário. Quem pratica política, reclama poder: poder como meio ao serviço de outros fins - ideais ou egoístas -, ou poder "pelo próprio poder", para deleitar-se com a sensação de prestígio que proporciona” (WEBER, 2009).
Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009, pp. 526
Levando-se em conta os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e a contextualização acima, analise as afirmações abaixo sobre as características do Estado nacional, a partir da definição weberiana:
I. É aquele que reivindica e possui a legitimidade para fazer uso da coerção.
II. O uso da coerção é monopólio do Estado, não podendo ser transferido a outros agrupamentos de pessoas sem a devida autorização.
III. A autoridade do Estado está presente no aceite dos integrantes do território – na legitimidade – da reivindicação do seu poder e monopólio do uso da violência.
IV. O Estado é revestido de poder e a cada eleição é concedida a sua legitimidade, podendo haver a destituição de sua força a qualquer momento, bem como de suas instituições.
Assinale a alternativa correta sobre as características do Estado nacional, a partir da definição weberiana:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
Você acertou!
A mais famosa definição de Estado foi oferecida pelo sociólogo Max Weber (2011): um grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da violência dentro de um território determinado. Três componentes dessa definição merecem destaque.
O primeiro é o uso da violência. O Estado é um grupo de pessoas que usa a violência. O que está implícito nessa afirmação é o fato de que esse uso não é despropositado, senão tem um objetivo: motivar as pessoas a fazer aquilo que tal grupo quer que elas façam. O uso ou a ameaça do uso da violência é uma maneira de impor sua vontade sobre os demais. Isso remete às definições de coerção e de poder coercitivo, uma forma de poder decisório, apresentadas no primeiro capítulo. O Estado, portanto, consiste em um grupo de pessoas que exerce o poder por meio da coerção. O segundo componente da definição de Weber a ser destacado é a reivindicação da legitimidade desse uso da violência. O Estado, nessa perspectiva, não é apenas um grupo de pessoas que consegue exercer poder por meio da coerção, mas um grupo que reivindica que esse exercício do poder é legítimo. Isso remete à definição de autoridade, uma forma de poder ideológico, também apresentada no primeiro capítulo. O Estado, portanto, é um grupo de pessoas que exerce um poder coercitivo que reivindica e, na medida em que essa reivindicação é aceita, é revestido de autoridade. Assim, o Estado é diferente do ladrão que ameaça alguémcom uma arma para motivar que este lhe entregue seu dinheiro - ou, pelo menos, reivindica ser.
O terceiro elemento é o monopólio desse poder coercitivo revestido de autoridade dentro de um território determinado. O Estado, nessa definição, não é apenas um grupo de pessoas que consegue exercer poder por meio da coerção e reivindicar autoridade para esse exercício, mas também reivindica o monopólio do poder e da autoridade dentro de um território determinado. Isto é, ele busca impedir que outros grupos exerçam poder por meio da coerção dentro desse território e afirma que aqueles que por ventura o fizerem não têm autoridade para isso. O Estado é diferente do ladrão, mas os demais grupos que eventualmente exercerem poder coercitivo dentro do mesmo território, não - ou, pelo menos, é o que o Estado afirma.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
	
	E
	Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas.
Questão 5/10 - Geografia política
Leia o trecho a seguir:
“Todo contrato é uma transferência mútua, uma troca de direitos; e essa é a razão pela qual aquele que apenas fornece a promessa deve, pelo fato de que ele já recebeu a vantagem que motiva sua promessa, ser compreendido como se tivesse a intenção de que seu direito passe a outrem: com efeito, se ele não tivesse consentido a que suas palavras fossem compreendidas desse modo, o outro não teria se executado primeiro (HOBBES, 1988).”
Fonte: HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Coleção Os Pensadores. (1º volume). 4ª Edição, Nova Cultural, 1988.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, a motivação do surgimento dos Estados nacionais:
Nota: 10.0
	
	A
	Surgiram em resposta aos governados, após a conquista de direitos sociais.
	
	B
	Surgiram em resposta às demandas das corporações de ofício, da Igreja Católica e as assembleias locais.
	
	C
	Surgiram em resposta aos interesses da Igreja Católica que, para fortalecer o seu poder, eliminou a possibilidade de outras organizações políticas.
	
	D
	Surgiram em resposta às demandas da população que, empobrecida, almejava a conquista de direitos sociais e políticos.
	
	E
	Surgiram em resposta aos interesses dos governantes em eliminar as organizações políticas que competiam consigo dentro do mesmo território, como a nobreza, as corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias locais.
Você acertou!
Os Estados nacionais surgiram em resposta aos interesses dos governantes, não dos governados. Era do interesse dos governantes eliminar as organizações políticas que competiam consigo dentro do mesmo território, como a nobreza, as corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias locais.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
Questão 6/10 - Geografia política
“O sucesso legislativo de um presidente deve-se à sua capacidade de fazer os parlamentares votarem conforme sua preferência ou à sua capacidade de decidir quais medidas serão votadas, deixando de lado aquelas em que acredita que será derrotado? Parlamentares são partidariamente disciplinados em virtude da capacidade dos líderes partidários de orientarem seus votos ou de sua capacidade de impedir que medidas controversas dentro do partido cheguem à votação? Questões como essas são motivadas pela discussão clássica de Peter Bachrach e Morton Baratz (1963) sobre as “duas faces do poder”. A análise de Bachrach e Baratz é uma resposta tanto à discussão conceitual de Dahl (2005; 2007) quanto à sua aplicação empírica. Todo sistema político é, em alguma medida, enviesado em favor do status quo” (Adaptado).
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021. (Capítulo 1: Poder de agenda).
Leia a contextualização acima e depois examine as características do poder de agenda que são abordadas nos enunciados abaixo.
I. Essa noção de poder consiste em uma relação unidirecional e assimétrica entre agentes.
II. O agente que detém o poder de agenda faz prevalecer suas preferências impondo suas decisões aos demais.
III. Essa espécie de poder é exercida sobre a agenda ou pauta de questões que serão objeto de decisões expressas, restringindo-a àquelas que não contrariam as preferências daqueles que a detêm.
IV. Nessa perspectiva se investiga quais questões são deixadas de fora dos processos políticos decisórios e a quais grupos pertencem as preferências que são protegidas e as que são comprometidas por essas “não decisões”.
Assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I, III estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas II, IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Você acertou!
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Da mesma forma que o poder decisório, essa noção de poder consiste em uma relação unidirecional e assimétrica entre agentes. Contudo, o agente que detém o poder de agenda não faz prevalecer suas preferências impondo suas decisões aos demais, mas impedindo que decisões contrárias a elas venham a ser tomadas. Por isso é útil caracterizar essa concepção como de poder de agenda: essa espécie de poder é exercida sobre a agenda ou pauta de questões que serão objeto de decisões expressas, restringindo-a àquelas que não contrariam as preferências daqueles que a detêm. Ao final, eles são igualmente bem-sucedidos em fazer prevalecer suas preferências, mas por outros mecanismos. Todavia, assim como acontece com o poder decisório, estabelecer empiricamente o exercício do poder de agenda depende de que possamos afirmar que há preferências conflitantes a respeito de determinada questão. Com a diferença de que, no caso deste, trata-se de uma questão que não foi objeto de uma decisão. Se agentes fazem prevalecer suas preferências porque impedem que certas questões se tornem objeto de decisões, é necessário haver outros com preferências contrárias a respeito delas. Caso contrário, não é possível estabelecer que determinada “não decisão” se deve ao exercício do poder de agenda ou ao fato de que todos estão satisfeitos com o status quo. Nesse segundo caso, inclusive, ninguém tentará propor quaisquer alterações no status quo. Não há ocasião para o poder de agenda ser exercido contrapropostas que não existem. Em termos metodológicos, a discussão de Bachrach e Baratz (1963) sugere que, se quisermos entender a distribuição do poder em uma sociedade, precisamos ir além da análise de decisões específicas e de quem faz suas preferências prevalecerem nelas, investigando quais questões são deixadas de fora dos processos políticos decisórios e a quais grupos pertencem as preferências que são protegidas e as que são comprometidas por essas “não decisões”. (Adaptado).
A alternativa II (O agente que detém o poder de agenda faz prevalecer suas preferências impondo suas decisões aos demais) está, portanto, incorreta.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
Questão 7/10 - Geografia política
“A noção de poder ideológico ou dominação ideológica ocupa lugar central em algumas interpretações das elaborações do pensador marxista Antonio Gramsci, a respeito do conceito de hegemonia (Lukes, 1974). De acordo com essas interpretações, nas sociedades contemporâneas, a dominação da classe trabalhadora pela burguesia não é mantida por meio da força ou da coerção, senão do consentimento daquela à exploração praticada por esta.Esse consentimento, por sua vez, é produto do monopólio da burguesia sobre os meios de produção culturais, como o sistema educacional e os meios de comunicação”.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).
Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política”, observe nos enunciados abaixo aqueles que tratam de características do poder ideológico.
I. Tal como ocorre com “poder decisório” e “poder de agenda”, a expressão “poder ideológico” se refere a uma relação entre agentes que é, ao mesmo tempo, unidirecional e assimétrica.
II. Poder ideológico se refere ao poder de fazer os demais adotarem como suas as preferências dos poderosos, o poder de convencer os demais a agir contra seus próprios interesses.
III. Podemos afirmar que quem exerce o poder ideológico faz prevalecer suas preferências sobre os demais. Por consequência, fazendo os demais adotarem preferências contrárias aos seus próprios interesses.
IV. A verificação empírica do exercício do poder ideológico depende da existência de preferências conflitantes. Na ausência desse conflito, não é possível estabelecer se um agente está agindo conforme a preferência de outro ou conforme a sua própria.
Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
Você acertou!
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. Conforme o livro base da disciplina, “De acordo com essa abordagem, o maior poder seria justamente o de fazer agentes adotarem como suas as preferências dos poderosos. Embora tenha uma longa história na tradição marxista, a concepção de poder ideológico não é restrita a ela ou à noção de exploração da classe trabalhadora que lhe é central. Em uma discussão clássica, Steven Lukes (1974) formula essa concepção em termos gerais: o poder de fazer os demais adotarem como suas as preferências dos poderosos, contra seus próprios interesses, o poder de convencer os demais a agir contra si mesmos. Assim como o poder decisório e o de agenda, o poder ideológico é uma relação unidirecional e assimétrica entre agentes. Entretanto, aquele que exerce essa “terceira dimensão do poder” não faz prevalecer suas preferências impondo suas decisões aos demais, nem impedindo que decisões contrárias às suas preferências venham a ser tomadas, mas fazendo os demais adotarem preferências contrárias aos seus próprios interesses. Por isso, essa noção não necessita de preferências conflitantes entre poderosos e não poderosos.
Em seu lugar, ela introduz dois elementos. Primeiro, os não poderosos adotam sinceramente as preferências dos poderosos como suas. E, segundo, essas preferências são contrárias aos seus próprios interesses” (Adaptado).
A alternativa IV (A verificação empírica do exercício do poder ideológico depende da existência de preferências conflitantes. Na ausência desse conflito, não é possível estabelecer se um agente está agindo conforme a preferência de outro ou conforme a sua própria) está, portanto, incorreta.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Questão 8/10 - Geografia política
Leia o trecho a seguir:
“Nos oito ou dez milênios depois que surgiu o primeiro casal, as cidades e os estados oscilaram entre o amor e o ódio. Conquistadores armados muitas vezes arrasaram cidades e chacinaram os seus habitantes apenas para erguer novas capitais em seu lugar. O povo da cidade resguardou a sua independência e reclamou da interferência do rei nas questões urbanas, mas solicitou a proteção de seu rei contra os bandidos, os piratas e os grupos rivais de mercadores. A longo prazo e a certa distância, as cidades e os estados revelaram-se indispensáveis um ao outro.
Durante a maior parte da história, os estados nacionais - aqueles que governam múltiplas regiões adjacentes e as suas cidades por intermédio de estruturas centralizadas, diferenciadas e autônomas — surgiram muito raramente. A maioria deles eram não-nacionais: impérios, cidades-estado, ou algo semelhante. Para nosso pesar, o termo "estado nacional" não significa necessariamente estado-nação, um estado cujo povo compartilha uma forte identidade linguística, religiosa e simbólica. Embora alguns estados, como a Suécia e a Irlanda, se aproximem hoje desse ideal, pouquíssimos estados nacionais da Europa se qualificaram algum dia como estados-nação (TILLY, 1996).”
Fonte: TILLY, Charles (1996). Coerção, capital e estados europeus (990-1992). São Paulo: EDUSP.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como se deu a formação dos Estados nacionais europeus:
Nota: 10.0
	
	A
	Ela se deu de forma regular e linear ao longo dos séculos e ao mesmo tempo.
	
	B
	Ela se deu como um efeito colateral da atividade de guerrear dos governantes europeus.
Você acertou!
A história europeia é de guerras praticamente incessantes, que não apenas foram constantes ao longo da história do continente, mas também, quando ocorriam, frequentemente envolviam quase todos os Estados da região. Príncipes e reis europeus estavam todos emaranhados em uma rede de alianças por parentesco, casamento ou conveniência. Todos tinham algo a ganhar ou a perder em uma guerra. Se não fossem ganhos territoriais diretos, seriam ganhos indiretos por meio do fortalecimento de um aliado ou enfraquecimento de uma ameaça. Sucessões incertas, com a morte de um monarca que não deixa um herdeiro direto, por exemplo, eram um convite para que outros intervissem, apoiando candidatos ao trono alinhados consigo e escalonando a crise, que, eventualmente, resultava em guerra civil e internacional. Nesses casos, a primeira raramente acontecia sem a segunda. A guerra era o jogo em que se desenrolavam as ambições da nobreza real europeia. Esse ponto é central para o surgimento dos Estados nacionais. Como explica Tilly (1985; 1993), os Estados nacionais surgiram como um efeito colateral da atividade de guerrear dos governantes europeus. Para fazer e vencer guerras, estes precisaram tomar uma série de decisões e resolver inúmeros de problemas. A cada momento, tomaram um curso de ação quando havia outros disponíveis. Essas escolhas influenciavam quais cursos estariam disponíveis dali em diante. Algumas trajetórias tomadas dessa forma se mostraram bem-sucedidas no longo prazo; outras, não. Houve, ainda, aquelas que pareceram bem-sucedidas por muito tempo, até que deixaram de ser. Tudo isso, contudo, aconteceu em um prazo muito mais longo do que aqueles que os governantes que adotaram esses cursos de ação tinham em mente. Eles estavam apenas tomando as melhores decisões para que pudessem ganhar as guerras em que estavam envolvidos ou as próximas e, dessa forma, sobreviverem.
Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.
	
	C
	Ela se deu como resultado da ampliação do leste europeu, em acordos de paz com o sul.
	
	D
	Para vencer as guerras, os governantes desejavam organizar a sua estrutura e com isso criaram as cidades-estados.
	
	E
	Ela se deu como um resultado da conquista e autonomia da Prússia e do Império Romano-Germânico, sendo esses os únicos do continente.
Questão 9/10 - Geografia política
“Assim como acontece com o poder decisório, estabelecer empiricamente o exercício do poder de agenda depende de que possamos afirmar que há preferências conflitantes a respeito de determinada questão. Com a diferença de que, no caso deste, trata-se de uma questão que não foi objetode uma decisão”.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).
Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política, assinale a alternativa que descreve, corretamente, a principal dificuldade metodológica ao se estudar poder de agenda.
Nota: 10.0
	
	A
	A grande dificuldade do poder de agenda é que ele só considera parlamentares.
	
	B
	A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja, decisões que não aconteceram.
Você acertou!
A alternativa correta é: (A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja, decisões que não aconteceram). De acordo com o livro base da disciplina, “Em termos metodológicos, a discussão de Bachrach e Baratz (1963) sugere que, se quisermos entender a distribuição do poder em uma sociedade, precisamos ir além da análise de decisões específicas e de quem faz suas preferências prevalecerem nelas, investigando quais questões são deixadas de fora dos processos políticos decisórios e a quais grupos pertencem as preferências que são protegidas e as que são comprometidas por essas “não decisões”. É isso que os autores buscam fazer em sua análise da política local em Baltimore, ou seja, tentam mostrar como as queixas e as demandas da população negra e pobre da cidade eram sistematicamente excluídas do processo político decisório por uma série de expedientes de baixa visibilidade. O estudo foi criticado por ainda se concentrar em decisões específicas de líderes políticos, apesar de toda a discussão dos autores sobre as “não decisões” (Bachrach; Baratz, 1963). Essa crítica aponta para uma dificuldade fundamental do estudo do poder de agenda: Como analisar “não decisões”, decisões que não aconteceram? Essa dificuldade,
porém, não deve levar-nos a menosprezar a importância dessa forma de poder na dinâmica política”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).
	
	C
	A principal dificuldade é estabelecer uma relação não probabilística entre os agentes que detém o poder.
	
	D
	O estudo do poder de agenda sugere que intelectuais passam a ter acesso privilegiado aos interesses de grupos oprimidos.
	
	E
	A principal dificuldade do poder de agenda é que ele só observa aquilo que se manifesta nos meios de comunicação de massa.
Questão 10/10 - Geografia política
Leio o texto a seguir:
“Seguindo o estilo de Marx, Rosa Luxemburgo escreveu: a acumulação de capital mediante a recomposição e análise crítica das grandes polêmicas em torno do problema da reprodução do capital (seções I e II), para depois (seção III) articular os temas explicitando as condições históricas da acumulação. Neste processo, o seu raciocínio é apresentado. Portanto, apenas tendo em vista os seus objetivos e o conjunto da argumentação, isto é, somente após a sua tentativa de reformular radicalmente o problema da reprodução do capital tal como ele era tratado na virada do século XIX para XX, é que a sua interpretação do imperialismo ganha sentido” (MARIUTTI, 2015, p. 57).
Fonte: MARIUTTI, Eduardo Barros. Rosa Luxemburgo: imperialismo, sobreacumulação e crise do capitalismo. • Crítica Marxista, n.40, p.49-61, 2015. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo2016_08_03_12_32_38.pdf
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como Rosa Luxemburgo define o fenômeno do imperialismo:
Nota: 10.0
	
	A
	O imperialismo é a expressão da política de acumulação capitalista, uma vez que a acumulação dentro do capitalismo só é possível por estar baseada na venda e exploração de estratos não capitalistas.
Você acertou!
Uma noção ainda persistente (por exemplo, em Harvey, 2003) sobre o imperialismo é a caracterização do capitalista como aquele que domina um “outro” não capitalista. Essa noção é central no trabalho de Rosa Luxemburgo (Luxemburgo, 2003), para quem essa seria a base do processo de acumulação do capital: faz parte do processo de acumulação de capital a dominância de um sobre o outro. Nesse contexto, o imperialismo é – como em Hobson – uma consequência necessária do desenvolvimento capitalista, uma força empregada como arma de expansão do sistema econômico. O imperialismo, nesse contexto, é a expressão clara da política de acumulação da forma competitiva de capitalismo. A acumulação, para Luxemburgo, só era possível num sistema não plenamente capitalista, porque se baseia na venda e exploração de estratos não capitalistas. Essa exploração acontecia de forma violenta, em que um capitalista domina “o outro”, não capitalista.
Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a Impressão. Tema 1 “O Campo de Estudos sobre o Imperialismo”.
	
	B
	O imperialismo é o resultado da fraqueza política e econômica das populações ameríndias, que não tiveram êxito em seu esforço de derrotar os europeus e expandir os seus valores culturais e sociais para outras partes do mundo.
	
	C
	O imperialismo é sinônimo de colonialismo e os seus efeitos para o continente europeu envolvem a miscigenação das populações e o enfraquecimento do nacionalismo frente a posição do império.
	
	D
	O imperialismo é o resultado natural da competição por recursos e territórios entre os Estados, de modo que aqueles que possuem instituições mais fracas terminaram por sucumbir às investidas dos Estados mais poderosos.
	
	E
	O imperialismo é o resultado da política cosmopolita dos Estados europeus no Congresso de Viena, uma vez que esta objetivava a criação de uma instituição supranacional e de normas coletivas.

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