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RESUMO 3p - FORMAÇÃO DO BRASIL

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HISTÓRIA é a ciência que estuda a evolução das ações humanas ao longo do tempo. É a ciência que estuda a evolução das ações humanas ao longo do tempo, analisando o passado com base nos problemas do tempo presente, buscando construir o conhecimento e o respeito necessário no entendimento das diferenças humanas. Deve Ser A Ciência do presente, comprometida com toda ação do homem, desde as formas mais simples até as mais complexas e também com a construção das respostas necessárias à sobrevivência, perpetuação e evolução.
HISTÓRIA – É o estudo das interpretações do passado acerca do homem no tempo. As noções de passado, presente e futuro são, portanto, fundamentais para a existência humana, e entendê-las é uma necessidade. Nesse sentido, quando essa compreensão está relacionada às experiências coletivas, ou a experiências individuais que se tornaram importantes para um grupo, estamos falando de História.
O PATRIMÔNIO DA HISTÓRIA A História estuda as relações humanas em sua complexidade, portanto, as imagens, músicas, brincadeiras, festas, comida e outras tantas coisas, fazem parte do patrimônio da História. Além é claro das datas, dados e nomes.
 
HISTÓRIA Ñ É SÓ PASSADO E PRESENTE, É SENSIBILIDADE E SENSIBILIZAÇÃO. É comum ouvir que a História possibilita a compreensão do presente, porém isto só acontece se a pessoa estiver sensibilizada para a importância e presença do processo histórico em nossa vida diária. Como não somos capazes de prever o futuro, é para o passado que nos voltamos, na tentativa de compreender problemas do presente. Também estamos falando de História quando interrogamos o passado para tentar compreender características do tempo presente. A construção da evolução do conhecimento humano tem força para mudar a forma com que vemos o mundo, possibilitando a formação de uma consciência de si, dos outros e do espaço que vivemos.
DE ONDE VEM A GUERRA E O ÓDIO? As Ciências Humanas estariam falhando? Todo conhecimento acumulado não é capaz de mudar as ações violentas do homem? Sendo o homem um animal racional que pode ser educado a viver em sociedade, porque não é educado para o bem e o respeito?  Existiria uma falha? Basicamente a guerra e o ódio existem e continuarão a existir por causa de  dois fatores: CRESCIMENTO DO SENSO CRÍTICO e PREDOMÍNIO DO TER SOBRE O SER (CONSUMISMO). 
· CRESCIMENTO DO SENSO CRÍTICO – É preciso deixar claro que a formação e desenvolvimento do senso crítico é muito importante, pois a falta desse senso é uma das respostas possíveis ao consumismo. Pessoas menos críticas e conscientes colaboram para piorar as coisas por falta de uma análise aprofundada do processo como um todo, mas dentro das condições existentes pode-se dizer que a foto é ruim, mas a evolução quadro a quadro é boa. Os nossos pais e avós não tinham acesso a médico, hoje criticamos a demora no atendimento. Eles tinham pouco acesso a escolas, hoje, quando não há vaga na escola que queremos, mobilizamos a vizinhança e fazemos um protesto contra as autoridades constituídas. Não estou fazendo um discurso conformista. Nem acho que este é o limite. Acredito ser possível uma melhora das condições de vida para a maioria da população, mas é preciso saber construir as respostas necessárias ao atual tempo histórico.
· O CONSUMISMO (PREDOMÍNIO DO TER) – Esse é o maior dos desafios de nosso tempo. Praticamente todas as grandes crises dos últimos séculos têm a mesma raiz: a crença de que o homem tudo pode. Toda civilização que preteriu o equilíbrio e o respeito, substituindo-os pela valorização abstrata da posse, sucumbiu em meio à crise. Basta olhar a história dos grandes impérios. Pela experiência das últimas décadas, sabe-se que não será possível o acesso de todos aos padrões de consumos comuns à parte da população privilegiada do mundo. Por isso é preciso repensar nosso consumo! É preciso ter em mente três indagações: Quero? Posso? Devo? Precisamos somar forças e fazer a nossa parte. O que não se pode nunca é deixar de acreditar e trabalhar por aquilo que se acredita.
O PAPEL DA HISTÓRIA E DA EDUCAÇÃO É: possibilitar o acesso às informações que dêem condições ao homem de tomar as decisões necessárias. Jamais eliminaremos o erro, mais é plenamente possível sua diminuição, para isso basta acesso ao conhecimento e reflexão.
CONSTRUINDO A CONSCIÊNCIA POLÍTICA. Só a Educação tem poder de produzir intervenção, interação e transformação política, mudando as formas de construção do saber e moldando a práxis transformadora da sociedade. Se houver continuidade do modelo de subordinação da política ao sistema econômico-financeiro haverá a "perpetuidade" dos modelos colonialistas, que só interessam a uma minoria inculta, despreparada e privilegiada pela manutenção da ignorância. O mundo necessita da Política com "P" maiúsculo, capaz de valorizar  a cidadania e o ser humano com suas diferenças. O PIOR ANALFABETO É O ANALFABETO POLÍTICO. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da farinha... dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha dizendo que odeia a política. Não sabe que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra e corrupto.
CONSTRUINDO A CIDADANIA. A melhor forma de construção da Cidadania é pensar no conceito grego de Política, que nasceu da 'polis' grega. Primeiramente o poder era descentralizado. Havia um espaço central público destinado ao amplo debate das ações política. O homem é um ser político, portanto participar ou não das decisões é um ato político e na polis grega o cidadão era um agente de ação, nunca um passivo  diante das questões comuns. O homem da 'polis grega' estava pronto a servir a coletividade em nome do bem comum, que era colocado muitas vezes acima dos interesses pessoais. Precisamos reformular o conceito de política a partir do conceito grego.
COMPREENDENDO O BRASIL A LUZ DA HISTÓRIA – O povo brasileiro foi constituído a partir de uma mistura entre diferentes culturas, unidas diante da realidade da colonização. Os problemas que vemos como: Desigualdade Social; necessidade de reforma agrária, preconceito racial e de gênero, e tudo mais que hoje vemos em nossa sociedade é reflexo deste longo e conturbado processo de consolidação desta nação.
A COMPREENSÃO DOS ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS EM SEU CONTEXTO
· ANACRONISMO – Não podemos ser anacrônicos, do grego “Ana” contra, sem, “Cronos” tempo, ou seja, anacronismo é um erro de tempo, um erro cronológico, é atribuir a uma época ou a um personagem idéias e sentimentos que não são dele, é ter uma atitude para com um fato que não está de acordo com a época. Quando olharmos para um fato, um evento somente com o nosso olhar, com nosso julgamento, com nossa maneira de pensar hoje estamos sendo anacrônicos. Temos que avaliar as coisas no seu contexto, entender que tudo que existe tem um recorte temporal e espacial. Claro que sempre que pesquisamos levamos o nosso olhar, mas para não se anacrônico é preciso buscar entender a história de acordo com o tempo em que ele está sendo vivido, com o contexto daquele tempo. Todo conceito deve ser compreendido no seu tempo, por exemplo, conceito de família, de amor, de amizade, de trabalho, nem sempre trabalho significou o que significa hoje.
 
· HISTÓRIA COMO UM PROCESSO, COM RUPTURAS E PERMANÊNCIAS – “Não existe evolução dentro da história”. Não dá pra dizer que hoje vivemos um período melhor que do passado, talvez do modo tecnológico sim, mas e no quisito relacionamento? E no quisito violência, preconceito? Tudo depende da perspectiva. História é um processo de mudanças e de continuidade, coisas que mudam e coisas que continuam. O problema é que nós temos a tendeência de ver as continuidades, as permanências como relativas a natureza e não ligadas a tradição. É comum tirar coisas que são da cultura e trazer para natureza, a gente naturaliza discursos que são em si culturais, é diz sempre foi assime vai continuar sendo assim. EXEMLO DE PERMANENCIA CULTURAL: “A sociedade colonial desdenhava as mulheres brancas portuguesas que quisessem permanecer solteiras. Essas não tinham espaço na vida social da Colônia. Nessa época, foi criado o mito da “encalhada”, ou seja, mulheres rejeitadas. Por causa disso o ideal de toda mulher casada com um colono era o casamento e a fecundação de uma prole numerosa”. (Ribeiro, n.d). Criamos um preconceito que permanece por muito tempo, que naturaliza. O mesmo se diz do preconceito com negros que é cultural e se naturalizou.
Historiador do século 20 Fernan Brodel, percebeu que a história é constituída de tempos diferentes, a longa, a média e a curta duração. Na LONGA DURAÇÃO também chamado de TEMPO DAS ESTRUTURAS, as mudanças ocorrem de forma lenta, séculos, milênios e eras. Na MÉDIA DURAÇAÕ, também chamada de TEMPO DAS CONJUNTURAS, as mudanças ocorrem nas décadas,10, 20, 30, 50 anos, ou seja ao longo da vida de uma pessoa. Na CURTA DURAÇÃO, há aquelas mudanças rápidas, imediatas. Sobre isso podemos dizer sobre RUPTURAS E PERMANÊNCIAS
· Os aspectos políticos e econômicos são em geral mudanças rápidas. Uma canetada feita a meia noite no planalto pode mudar uma nação, a quebra da bolsa de valores num momento muda tudo, mas apesar do evento ser em si de curta duração, ráido, as...
· “As mentalidades e as mudanças acontecem a longo prazo”. (Lucien Febvre). A maneira de pensar, a cultura se constrói muito devagar.
· Nosso objeto é o “homem e suas ações no tempo”. (Marc Bloch)
· Não devemos naturalizar os processos históricos. Quando isso acontece não há espaço para mudanças, não abre espaço para modificações.
O PERÍODO COLONIAL
ANTECEDENTES DO DESCOBRIMENTO (O QUE IMPULSIONOU A COLONIZAÇÃO)
· A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO PARA O CAPITALISMO, com o nascimento da Burguesia e dos Estados Nacionais, impulsionando o colonialismo, a monarquia absolutista e uma economia mercantilista.
· O RENASCIMENTO COMERCIAL, que impulsionou o Renascimento Urbano.
· UMA SÉRIE VULCÕES EM ATIVIDADE MÁXIMA NA EUROPA, com ações mais freqüentes nos países baixos, na península Ibérica e na Itálica.
· OS PORTUGUESES SE LANÇARAM AO MAR EM BUSCA DE ESPECIARIAS E OURO. No século 14 os portugueses lucravam muito com a rota da Índia (Àsia), mas aquela área também era explorada por outros países da Europa. Queriam algo só para eles.
· PIONEIRISMO PORTUGUÊS. No século 14 a história portuguesa mude de rumo e Portugal se torna uma país marítimo tornando-se a principal potência marítima. Tinham caravelas muito eficientes, estavam bem colocados geograficamente e tinham planos audaciosos querendo sair de Portugal e chegar a Ásia atravessando o cabo da boa esperança, ou seja, passando pela África. 
· O NOVO MUNDO E UM NOVO EUROPEU. Essa idéia do novo mundo permeava o imaginário europeu, eram muitas histórias de mundos fantásticos que haviam em outros lugares. A idéia era explorar, comércio.
· A REFORMA PROTESTANTE, que se opôs ao poder da Igreja Católica e às forças dos movimentos comerciais e burgueses.
· MERCANTILISMO – A definição mais aceita informa que esse termo compreende um conjunto de idéias e práticas econômicas dos Estados da Europa ocidental entre os séculos XV, XVI e XVIII voltadas para o comércio, principalmente, e baseadas no controle da economia pelo Estado. Mercantilismo dá nome, nesse sentido, às diferentes práticas e teorias econômicas do período do Absolutismo europeu. CARACTERÍSTICAS DO MERCANTILISMO:
1) Intervencionismo do Estado nas práticas econômicas, através de políticas monopolistas e fiscais relativamente rígidas.
2) Metalismo ou bulionismo, isto é, crença de que a acumulação de metais preciosos era a única forma de enriquecimento dos Estados;
3) Busca de uma balança comercial favorável, ou seja, a superação contábil das importações pelas exportações.
· O DESCOBRIMENTO – Até hoje questiona-se a intencionalidade da frota de Cabral, que atracou  aqui, após 43 dias de viagem, em 1500. Segundo a 'HISTÓRIA OFICIAL', a frota estaria indo para as Índias e uma forte tempestade a empurrou para o Brasil. Pura Invenção: A Expansão Marítima foi fruto da organização dos Estados Nacionais em resposta às necessidades de proteção e fortalecimento da burguesia nascente. A fundamentação macro econômica teve suas origens nas práticas comerciais desenvolvidas pelo Antigo Regime ao longo dos séculos XVI e XVII, denominadas de MERCANTILISMO. Eram 13 embarcações, sendo provavelmente três caravelas, com aproximadamente 1500 homens incluindo GRUMETES - rapazes  muito jovens obrigados a servir a bordo. Muitos deles viviam em condições subumanas, daí as fugas; CLÉRIGOS – Padres jesuítas e DEGREDADOS - são condenados pela justiça expulsos de Portugal e condenados a viver nas colônias por um período ou pela vida toda. que cruzaram o Oceano tendo em mente que "Navegar é Preciso", e sabendo que era necessário assegurar as posses do Tratado de Tordesilhas, que garantiu ao Reino Português uma pedaço do "novo mundo". Os portugueses procuraram o que explorar e encontraram o “PAU BRASIL”, eles o exploraram nos primeiros 30 anos.
· A COLONIZAÇÃO – Porque colonizar? Uma resposta simplista diria "para não perder", haja vista a presença constante de outros povos em nosso litoral, principalmente na  Extração do Pau-Brasil. Mas essa é só parte da verdade, outros fatores motivaram a colonização do Brasil:
· O COMÉRCIO COM AS ÍNDIAS ESTAVA EM CRISE PELA ABUNDÂNCIA DE PRODUTOS.
· A DELICADA SITUAÇÃO ECONÔMICA DO REINO APÓS A SAÍDA/EXPULSÃO DOS JUDEUS
· FRAGILIDADE NO ESPÍRITO AVENTUREIRO DO PORTUGUÊS
· AMEAÇA DE INVASÃO POR PARTE DA ESPANHA, DA FRANÇA, HOLANDA
Desta forma o Colonialismo Mercantil Português se dá em meio a uma profunda crise vivida na Península Ibérica, no final do século XV, capaz de comprometer a economia e a sociedade por séculos. 
Surge no Brasil o PACTO COLONIAL, considerado um dos elementos constitutivos das práticas mercantilistas do Antigo Regime, trouxe a ideia do exclusivismo, do monopolismo comercial dos dois países: Portugal, a metrópole que decide e Brasil, a colônia subordinada. A metrópole vai explorar os gêneros tropicais da colônia, o café, o algodão, a cana de açúcar, tudo isso ia para metrópole portuguesa, ela vai trabalhar essa matéria prima e devolver esses produtos manufaturados para serem comprados no Brasil colônia por preços altíssimos. Regime de monopólio, apenas os portugueses podiam explorar o Brasil. Começou aqui na colônia monocultura de exportação agricola, (plantatium). A produção era voltada quase que totalmente para o mercado externo, Portugal, e esse sistema de monocultura era baseado em latifundios e mão de obra escrava. Essa é a nossa história, um prolongamento da história da Europa. 
· ORGANIZANDO O NOVO TERRITÓRIO (1530 – Início da colonização)
a) CAPITANIAS HEREDITÁRIAS – O rei dividiu o Brasil em 13 faixas de terra e concedeu aos donatários o poder de criar vilas e escravizar nativos para o cultivo de terras. Tudo que havia dentro da faixa de terra, do território concedido ao donatário, pessoas, animais, recursos naturais e etc, era propriedade do dono da terra. O rei fazia isso em troca de impostos e do cumprimento do pacto colonial, tudo que era produzido era mandado para Portugal. Com isso o objetivo central das navegações foi atingido, comércio, riquezas, com esses recursos o Brasil sustentou Portugal por muito tempo. O problema é que as capitanias não deram certo, era muita terra, só funcionou a de São Vicente e de Pernambuco.
b) GOVERNOS GERAIS – Diante do fracasso Portugal decidiu trazer para o Brasil um governo mais centralizado, um governo geral fazendo as mesmas coisas que nas capitanias hereditárias, promover atividade produtivas que gerassem lucro e ao mesmo tempo impostos. Nossa economia sempre esteve subordinada a esse fim, tudo se organizava para produzir gêneros.
· ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA 
a) Grande propriedade
b) Cultivo da cana-de-açúcar. 
c) OS ENGENHOS DE AÇÚCAR – Inicialmente a denominação “Engenho” era simplesmente o lugar onde semanipulava a cana de açúcar, mas com o tempo, toda propriedade açucareira, a terra, as lavouras, as edificações, senzala, moenda, roças, casa grande, canaviais, igrejas e etc forma chamadas de engenho. 
· ESCRAVIDÃO – Com as grandes propriedades monoculturais no Brasil começa o trabalho escravo. Primeiro porque Portugal não tinha condições de trazer tanta mão de obra. Para resolver isso começa a escravidão.
a) A ESCRAVIDÃO INDÍGENA – Os indígenas tinham 170 linguas, tinham leis, costumes, cultura, tinham uma produção agrícola capaz de produzir para sua subsistência e fornecer excedentes, tinham conhecimento da fauna, flora, farmácia, não eram atrasados como pensam. Mesmo assim foram escravizados pelos portugueses com a permissão do rei. Quando o rei autorizou a escravidão dos nativos, a igreja católica interviu e mandou a ordem dos jesuítas junto com os colonizadores nos navios pra poder colocar o novo país na ordem religiosa mundial. Quando viram os nativos disseram que era um povo que tinha alma, mas ainda não tinha encontrado o caminho da luz, eram inocentes. A partir de então eles vão catequisar esses índios eles vão tentar introduzir na cultura indígena os preceitos religiosos cristãos. Ele foram os primeiros a combater a escravidão indígena. Muitos índios morreram em confronto, pois os portugueses tinham armas de fogo e os índios não e morreram por doenças que o povo branco trouxe para o Brasil.
b) A ESCRAVIDÃO AFRICANA – A instabilidade indígena e as controvérsias religiosas fizeram o governo português encontrar no cultivo da cana e no tráfico de escravos um casamento perfeito. A escravidão era algo muito comum na áfrica naquele tempo, e assim os portugueses começaram a comprar escravos para trabalhar no Brasil. MAS PORQUE OS CATÓLICOS NÃO INTERVIRAM DESSA VEZ? Os jesuítas viam no índio uma alma a ser catequisada, mas porque não viam no negro uma alma a ser catequisada? Por causa dos cultos que havia na áfrica que teoricamente são demoníacos, alguns jesuítas disseram então que o negro não tinha alma, outros diziam que eles tinham alma, mas que esta já estava perdida. Então eles batizavam o africano e deixavam ele passar a vida dele inteira em escravidão, sofrendo, para purificar a alma e assim, quando morrer, conseguir a salvação da sua alma. Para igreja o trabalho era uma ação disciplinadora e civilizadora.
c) OS NAVIOS NEGREIROS – Os escravos comprados na áfrica eram transportados em navios diferentes, chamados navios negreiros, e neles os portugueses separavam as pessoas, não colocavam juntas pessoas da mesma família, da mesma tribo, para diminuir as chances de uma rebelião. O número de escravos no navio era o máximo possível, alguns carregavam 500, outros 750, até 900 pessoas, essas viagens duravam de 30 a 50 dias e os escravos eram transportados em baixo, sem ventilação, com alimentação precária, e correntados para não se rebelarem nem se atirarem no mar. Ao chegar aqui os negros eram maquiados, passava óleo neles, limpavam os dentes e eram vendidos para as fazendas para trabalhar a cana de açucar. Quando chegavam nos engenhos eram apresentados ao famoso “quebra negro” chicotadas para educar, para que fossem obedientes.
Nos engenhos de açúcar os escravos viviam nas SENZALAS, termo que se refere a residência dos serviçais em propriedades agrícolas, uma morada separada da casa principal. Na senzala ficavam dezenas e até centenas de escravos presos por correntes no chão.
A RESISTÊNCIA NEGRA – Resistiam de muitas formas, negavam-se a fazer tarefas, quebravam os instrumentos, contrariavam a vontade do senhor, se suicidavam, matavam senhores e fugiam. A própria cultura era uma forma de resistência. Os que fugiam se refugiavam em pontos distantes da fazenda que receberam o nome de quilombos. QUILOMBOS, a palavra significa acampamento, fortaleza, trincheira, esse termos era usado pelos potugueses para falar do lugar onde ficam os africanos fugidos.
· A SOCIEDADE COLONIAL
a) PORTUGUESES NO BRASIL - Nem todo branco português possuía terras, nem todos eram senhores de engenho, haviam pessoas pobres, prisioneiros, comerciantes, profissionais liberais, funcionários do governo e etc. A nobreza foi se constituindo pelo trabalho, por títulos de nobreza dadis aos barões de cana
b) OS PROPRIETÁRIOS DE TERRAS E FAMILIARES – PATRIARCALISMO, esse era o modelo dominante, o modelo de um pai que governa todos e todos estão submetidos a ele. Ele tinha que suprir a vida de todo mundo e em troca deviam a ele obediência e lealdade. Reclusão das mulheres ricas
c) NOVOS ARRANJOS SOCIAIS – Poucas mulheres no primeiro século, Afrouxamento das regras morais européias, Com a Igreja Católica distante eles se aproximaram das escravas e começou a mestiçagem.
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O PERÍODO IMPERIAL
· JEAN JAQUES ROUSSAU – Surge no Século 18, em Genebra na Suiça um filósofo que falava sobre a existência de um direito natural, o direito a liberdade. Seu nome eram. Segundo ele o direito a liberdade é algo universal, ou seja, é para todas as pessoas. Veja só, neste momento, no Brasil, nós temos uma divisão entre senhores e escravos e na suíça alguém começa a dizer que todo e qualquer humano tem direito a liberdade. Em decorrência da aplicação desse pensamento a todas as pessoas, as pessoas começaram a pensar nas colônias e perceber que essa idéia de superiores e inferiores, senhores e escravos está entrando em cheque. Outros filósofos com Hobbes, Locke vão tentar entender o homem em seu estado de natureza, mas apenas o Housseau nos interessa aqui porque esse filósofo vai dizer que o homem em seu estado de natureza é bom, livre e feliz (TEORIA DO BOM SELVAGEM). O homem perde a liberdade, a felicidade quando surge a propriedade privada, quando ele circunscreve um espaço e diz: “É meu!!” Para ele a desigualdade nasce a partir da propriedade privada, porque ela traz consigo uma maneira de enxergar as coisas uma maneira de pensar que está ligada a quem tem mais e quem tem menos, a superiores e inferiores, a senhores e escravos. Isso colocou em cheque as colônias que se baseava na propriedade privada, nos grandes latifúndios e na relação de senhores e escravos, ricos e pobres. Nessa perspectiva Rousseauniana para repor a justiça que deveria ser natural na vida social, era preciso um governo que reúna e execute a partir da vontade geral. Governar seria simplesmente representar a vontade, os desejos e anseios de cada pessoa daquele país. Esse modelo tanto o direito como a filosofia chama de “jus-naturalismo” entende que o homem no seu estado de natura é livre, igual e feliz. O que é comum a todos os homens e que faz deles iguais e livres é a RAZÃO. Todo homem é racional. A capacidade humana de pensar se expressa coletivamente através do CONTRATO SOCIAL como a constituição. Essas idéias ecoaram pelo mundo inteiro e fomentaram uma série de revoluções, fazendo o antigo regime entrar em ruína. Uma das revoluções fomentadas por este pensamento é a revolução francesa, revolução haitiana...
· No cenário mundial havia uma disputa entre FRANÇA e INGLATERRA, duas super potências. PORTUGAL se mantinha neutro nessa disputa, não ficava nem do lado de um nem do outro. Mas em 1807, a França, através de Napoleão Bonaparte, dá um ultimato a Portugal dizendo que se eles não abandonassem a Inglaterra e ficassem a favor da frança eles invadiriam Portugal. Isso faz a história do nosso país mudar, porque a monarquia ameaçada foge para sua colônia, o Brasil. O príncipe Dom João e conseqüentemente Dom Pedro, veio para o Brasil, para o Rio de Janeiro, transladando de Portugal até o Brasil a família real, instituições e a própria corte imperial. Não era simplesmente indivíduos isolados fugindo para o Brasil, era a própria sede do governo português com todo seu aparato administrativo e burocrático, os seus tesouros, as suas instituições, seus tribunais, seus arquivos e seus funcionários, com isso vieram pra cá cerca de 15.000 pessoas e chegaram aqui no ano de 1808. Quando a corte portuguesa chegou aqui o que mais assustou foio modo como os africanos eram tratados, castigados, expostos, algo muito cruel, muito terrível. A cidade de SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO foi preparada para receber toda essa corte de 15.000 pessoas afim de se tornar a sede da monarquia lusitana. A colônia se transformou em metrópole e uma série de coisas tiveram que acontecer para receber a corte portuguesa. O QUE MUDOU:
a) Fim do bloqueio para material impresso e foi trazido em 1808, 1809 a primeira prensa. Surge o primeiro jornal: A GAZETA, mas até então foi criada só pra fazer elogios a coroa e divulgar documentos oficiais. 
b) Após 1811 foi construído um horto botânico (jardim), a escola real, a escola de ciências e ofícios, o museu real e também 1819 a criação do real jardim botânico.
c) D.João decretou na Bahia, em janeiro de 1808, a Abertura dos Portos do Brasil às Nações Amigas. Na prática, foi o fim do Pacto Colonial, base do Sistema Mercantil, e resposta às pressões  e necessidades inglesas que com o bloqueio continental napoleônico, necessitava garantir mercados consumidores à crescente produção industrial.
d) No Rio de Janeiro, sede da Família Real, houve um salto nos valores dos  aluguéis  (lei da oferta e da procura). Tal demanda foi solucionada pelo príncipe regente D. João com a “LEI DA APOSENTADORIA” que intimidava os proprietários das melhores casas do país a sair da sua casa deixando-a para corte portuguesa. Eles escreviam de giz na porta da casa a sigla PR que é PRÍNCIPE REAL, mas alguns diziam que era prédio roubado ou ponha-se na rua.
e) Outro problema que aterrorizava a Corte eram os gastos excessivos com baixa arrecadação, principalmente após os Tratados  de 1810, que mudou todo o sistema tributário, reduzindo os impostos sobre os importados. A solução foi instituir um banco e 'fazer dinheiro'. O resultado não poderia ser pior: mais inflação.
· Após a expulsão da tropa napoleônica lá em Portugal, não se vê mais motivo pra corte portuguesa ficar aqui, até porque lá só ficou a população, sem a presença do rei, isso podia gerar revoltas, isso somado a uma crise agrícola e econômica que Portugal estava passando. Dom João decide votar então para Portugal, mas seu filho Dom Pedro I, com seus 23, 24 anos, decide ficar. Ele vai abdicar do trono português e declarar a independência do Brasil para então reinar sobre ele. A partir desse momento há uma mudança de rumo de certo modo, houve a independência do Brasil da monarquia portuguesa, mas no Brasil se manteve a monarquia, o sistema escravocrata e o domínio senhorial. A independência criou um estado, mas não criou uma nação, não criou uma identidade brasileira. 
RESUMO - Após a independência do Brasil, um país surgiu. A nação brasileira, entretanto, foi constituída sob o silenciamento de inúmeras culturas, que desde os tempos coloniais, viviam nestas terras: índios, africanos, portugueses que estavam aqui mas não são nobres, a nobreza portuguesa, enfim, é uma grande mistura.
O BRASIL COMO PAÍS INDEPENDENTE
BRASIL IMPERIAL
1º REINADO: 1822 -1831- Vai do decreto da Independência do Brasil até o 1º reinado com Dom Pedro I 
REGÊNCIAS: 1831-1840
2º REINADO: 1840 – 1889 – Reinado de Dom Pedro II
· PRIMEIRO REINADO – CONTROVÉRSIAS DE NOSSA INDEPENDÊNCIA:
- UMA REALEZA PORTUGUESA NO TRONO BRASILEIRO. A decisão de realizar a independência trouxe para o Brasil uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL REPRESENTATIVA. Esse modelo não é totalmente tirano, vai ter uma constituição representativa, que representa a vontade do povo e da maioria. Esse modelo nada mais é que uma tentativa que misturar o antigo com o novo.
- UMA POPULAÇÃO COM SUA VIDA INALTERADA. Pra população no Brasil não mudou muita coisa, se manteve a escravidão e o latifúndio.
- OS SÍMBOLOS PARA CRIAR UM ESTADO NACIONAL. Em sociedades com muitos analfabetos os símbolos e cerimônias tem uma importância muito grande. Os símbolos como: o Hino nacional, a bandeira, brasão, leis, Forças Armadas unem as pessoas de um mesmo país. Entre os que estão no norte e no sul podem haver muitas diferenças, culinária, costumes, mas a bandeira é a mesma, o hino é o mesmo, isso une a nação. A BANDEIRA – O que representa o verde da bandeira? As florestas? E o amarelo? O ouro? Não o verde representava a tradição da casa dos braganças e o amarelo também, eram as cores da dinastia de Dom Pedro I. A coroa representava a monarquia e os ramos de tabaco e café eram símbolos da nossa economia. A cruz representa a religião oficial que é o catolicismo. Então há uma mistura de uma série de elementos na bandeira.
- A LEGITIMAÇÃO DA MONARQUIA. Coroação de D. Pedro I (1/12/1822). Entre pompas, festejos e simbologias.
- O TRATADO DE RECONHECIMENTO DA NOSSA INDEPENDENCIA. Para o Brasil se tornar independente o Brasil teve que pagar muito caro financeiramente falando. O Brasil teve que pagar a Portugal pra poder receber esse reconhecimento, como não tinha dinheiro, pegou emprestado com a Inglaterra, começa aqui a dívida externa do Brasil. Nesse processo em que o Brasil se compromete com a Inglaterra a Inglaterra obriga o Brasil a pensar em certas questões, principalmente a questão do trabalho que até então era o trabalho escravo e a Inglaterra vai impor o trabalho assalariado e a produção capitalista. Com essa dívida enorme, livrar-se dos escravos seria muito difícil e o Brasil estava obrigado a pensar essa questão.
- A CONSTITUIÇÃO DE 1824 – Dom Pedro se reúne com vários parlamentares representantes do povo, liberais, conservadores, gente que queria o fim da escravidão, outros que eram donos de escravos e esses homens debatem a constituição, só que muitas das sugestões não o agradavam. Dom Pedro resolveu isso deixando o parlamento de lado e fazendo uma reunião com apenas 10 parlamentares de sua confiança. A portas fechadas ele elaborou em apenas 15 dias a nossa primeira constituição. Veja detalhes da constituição de 1824:
a) CIDADÃO: No final, o que foi feito é uma constituição que reconhecia como cidadãos todo os moradores do latifúndio: nascidos, índios, libertos e portugueses, mas deixou os escravos de fora. O Brasil tinha assumido um compromisso com a Inglaterra de acabar com a escravidão, mas a constituição num primeiro momento dizia que só os libertos eram cidadãos, só quem tinha liberdade e propriedade.
b) QUATRO PODERES: Lutava-se muito pela inserção dos 3 poderes que era uma teoria européia. Executivo, Legislativo e Judiciário, mas Dom Pedro não gostava dessa idéia porque colocava em igualdade ele e esses 3 poderes. Ele decide aceitar a sugestão do parlamento e instala os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, mas cria um poder acima deles que é o poder Moderador, um poder exclusivo do monarca, o poder de moderar os outros 3 poderes. Ele era o chefe supremo da nação e portanto acima de todo mundo, seus atos são inquestionáveis e invioláveis, o imperador estava acima da lei, acima de todos.
c) IGREJA CATÓLICA SUBORDINADA AO ESTADO E OFICIAL NO BRASIL. A religião católica continuava a ser a religião oficial do povo brasileiro.
d) VOTO CENSITÁRIO E INDIRETO. Só teria direito ao voto aqueles que tivessem uma renda anual de 100.000 reis. Censitário está relacionado a isso. Quem não tinha esse dinheiro não tinha direito ao voto. E o voto era indireto, ou seja, ou voto num grupo de pessoas e são eles que escolhem os principais representantes do povo. Então não há grandes mudanças, apenas os homens brancos ericos votavam. As mulheres ficavam de fora, os escravos ficavam de fora, e assim funcionava no Brasil.
CRISE NO GOVERNO DE DOM PEDRO I – Vários fatores contribuíram para esta crise:
1º) O IMPERADOR FICOU MAU VISTO – Todos perceberam que a constituição brasileira foi imposta a sociedade, o imperador ouviu até a página 3 o parlamento, mas no final fez o que ele quis. Isso deixou os políticos muito irritados e afetou a imagem dele. 
2º) REUNIFICAÇÃO BRASIL PORTUGAL - Além disso havia uma preocupação com a reunificação de Brasil e Portugal, afinal de contas Dom Pedro era filho de Dom João e mantinha uma relação muito íntima com os portugueses. 
3º) CENTRALIZAÇÃO DO PODER - Dom Pedro também estava o tempo todo tentando centralizar o poder o que era complicado, afinal de contas nós viemos de uma cultura de 6 marias, cultura de capitanias hereditárias, então havia uma certa descentralização no Brasil e cada qual queria governar segundo suas próprias leis.
4º) PROBLEMAS ECONÔMICOS – Havia uma insatisfação dos brasileiros com a questão enconômica, pois pra poder declarar o brasil independente, Dom Pedro fez uma dívida gigantesca com a Inglaterra e para tentar honrar essa dívida passou a cobrar impostos muito altos do povo.
Devido a todas essas crise política, enconômica e territoriais a confiança do povo em Dom Pedro I foi acabando e por todo Brasil começaram a acontecer pequenas revoltas contrárias ao imperador. A pressão foi tão alta que Dom Pedro abdicou do trono no Brasil e voltou para Portugal deixando no Brasil o filho, Dom Pedro II com apenas 5 anos de idade. Segundo a constituição dizia que o imperador deveria ter pelo menos 18 anos então enquanto não atingia a idade o Brasil seria governado por regentes, por uma elite que cuidaria do Brasil até Dom Pedro II ter idade para governar. Entramos então no período regencial. 
· PERÍODO REGENCIAL
AS REVOLTAS POPULARES. Essa nova situação provocou grandes disputas entre grupos políticos distintos, os liberais e os conservadores. Os novos dirigentes ou regentes pensavam e agiam conforme a lógica iluminista, a lógica da soberania popular que era de arrecadar de todos e dar pra todos. Só que até então as pessoas entendiam que quem pagava altos impostos era quem produzia mais, as pessoas ricas e quem recebia ajuda eram os que tinham menos, os mais pobres, ou seja, era arrecadar de alguns e dar para alguns. Mas isso muda com os regentes sob a ótica iluminista e isso causa uma série de conflitos e revoltas. Pra piorar, o Ministério indicado pelos regentes também passou a cortar gastos para tentar equilibrar as finanças e estes cortes foram principalmente no dinheiro público, para não pagar mais altos cargos do governo principalmente nas forças armadas, que sofreu o mais duro dos cortes o que causou muitos problemas. Daí as REVOLTAS DE HERÓIS SEM NOMES, ou seja, de personagens que não foram historicamente representados. Isso MOSTRA UMA SOCIEDADE NÃO RESIGNADA, que não aceitou esses padrões, que questionou esses padrões. As revoltas armadas eclodiram em todos os lugares: A cabanagem no Pará, A Revolução Farropilha no Rio Grande do Sul, conflitos decorrentes do fracasso econômico do período regencial e do desgosto da nação com o governo central. Esses acontecimentos quebram o MITO DA “DOCILIDADE” DO BRASILEIRO; acreditavam na índole pacífica do brasileiro, que não é capaz de reagir, mas esse mito acaba.
· SEGUNDO REINADO
Por causa de todo esse cenário caótico durante a regência, alguns políticos se reuniram e decidiram antecipar a nomeação de Dom Pedro II. Eles fizeram o que ficou conhecido como “GOLPE DA MAIORIDADE”, fizeram uma emenda constitucional que permitia de certo modo que Dom Pedro II se tornasse o imperador com apenas 14 anos. O império dele durou 49 anos e tomou boa parte da história do Brasil.
A imagem de Dom Pedro II – Jornais e panfletos distribuídos na corte não cansavam de enaltecer a figura deste menino que era um homem totalmente prodigioso, era inteligente, educado, falava línguas mortas, vivas, era esgrimista, enfim mostraram que era um homem capaz e maduro apesar da pouca idade. Dizia-se que Dom Pedro I estava constuindo um novo Brasil só que A IDENTIDADE NACIONAL É HISTÓRICA, ela é criada, não é natural. Então o que é tomado como paradigma, como modelo para a criação dessa nação, desse novo Brasil é a Europa, A EUROPA COMO PARADIGMA (civilização e progresso). O que temos é a nação como construção elaborada por um grupo dominante que unifica um Estado a partir de uma cultura específica.(Max Weber). A partir daí começa a tentativa de integração do Brasil, a instauração do primeiro banco, a estrada de ferro, uma série de questões novas.
D. Pedro II: “MECENAS” da Arte, História e Literatura. Dom Pedro vai financiar vários órgãos de natureza cultural do Brasil, a idéia era criar universiade, grandes obras de arte, trazendo a Europa para o Brasil. O que se queria era criar uma HISTÓRIA NACIONAL baseada em Heróis, num Passado romanceado de futuro e de Progresso. O problema é que nesse projeto de nação eles vão ignorar a escravidão e vão voltar os seus olhos para os índios e eles serão considerados um povo doce, dócil, pacífico, como retratado por Vitor Meirelles “A Primeira Missa no Brasil” (1861). Algumas obras literárias também vão contribuir para isso como a obra “O GUARANI” de José de Alencar. O INDÍGENA nesse processo de BRASILIDADE é mostrado como sendo passivo, predisposição à civilidade. Ao mesmo tempo há um “Silenciamento” da identidade africana, mesmo sendo os negros uma grande parte da população brasileira. 
LUTAS CONTRA A ESCRAVIDÃO – Desde a época da independência o Brasil vinha sofrendo uma série de pressões inglesas para acabar com o tráfico de escravos, porém, tanto o governo imperial como as elites agrárias não concordavam com isso, pra eles a escravidão era extremamente lucrativa. Só que as pressões foram ficando cada vez maiores. Em 1845 o parlamento inglês decretou a lei Bil Aberlin (nome do conde que o criou), essa lei autorizou a capitania britânica a capturar qualquer navio que estivesse com suspeita de estar carregando escravos. Além dessa as leis inglesas, a inserção dessa cultura, desse pensamento, começa a causar uma séris de revoluções, os escravos se revoltavam cada vez mais de várias formas, principalmente com revoltas e fugas que eram utilizadas pelos escravos como forma de pressionar os senhores a negociar melhores condições de vida, pois o abandono do serviço causava um grande prejuízo para o fazendeiro. Quando fugiam eles se reuniam em lugares escondidos chamados de QUILOMBOS. Comunidade de escravos estabelecidas no interior das matas, em lugares de difícil acesso. Nesse contexto de lutar há também AÇÕES JUDICIAIS pois havia uma espécie de escravo chamado ESCRAVO DE GANHO, ele tinha que trabalhar um número determinado de horas na fazenda do seu Senhor e o resto do tempo podia trabalhar na rua, com o dinheiro que juntavam eles geralmente compravam a sua liberdade. Muitos negros entravam nessas questões judiciais, muitos deles perdiam, mas não deixavam de questionar o sistema escravocrata. Começa o MOVIMENTO ABOLICIONISTA.
LEIS ABOLICIONISTAS – A pressão da Inglaterra foi ficando cada vez maior e em 1850 ela se tornou insustentável, o jovem rei tinha lidar com essas questões. Pra acalmar os ânimos são criadas uma série de leis que são chamadas de “Leis pra Inglês ver”.
- LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS (1850) – É uma lei que vai proibir o tráfico de africanos dentro do Brasil.
- LEI DO VENTRE-LIVRE (1871) – Considera livres todos os filhos de mulher escrava a partir dessa data. Só que era tudo fachada, pra inglês ver pois ao nascer, mesmo sendo livre, a criança não tinha pra onde ir, não podia se manter sozinha, então fica na senzala com a mãe e ali tem que trabalhar. Ou seja, não é livre de fato.
- LEI DO SEXAGENÁRIO (1885) – Concedia liberdade ao escravo quando completava 60 anos de idade. Só pode ser piada, a maioria dos escravos não chegava aos 60 anos e quando chegava, depois de trabalhar a vida todacomo escravo, ele era improdutivo, era um peso para o senhor que queria mesmo é manda embora.
- LEI ÁUREA (1888) – Essa lei finalmente extinguiu a escravidão. Só que mais uma vez foi só fachada porque aquela camada da população que saiu da escravidão não teve assistência, passaram de trabalho escravo a trabalho assalariado, mas sem nenhuma condição de trabalho, ou seja, continuam a margem da sociedade. 
LEI DE TERRAS (1850) – Até 1850 as terras brasileiras eram propriedade do estado que doava as terras (as chamadas seis marias) aos interessados. Mas com a lei de terra se estabeleceu que toda terra deveria ser vendida, a terra era um bem a ser comercializado, virou uma mercadoria. O estado recuperou essas terras e vendeu. O objetivo da lei era desistimular os pequenos agricultores e impedir a aquisição de terras pelos fuuros imigrantes e aos ex escravos. Assim impediu o acesso a terras aos homens livres, não podia mais chegar e plantar, tinha que comprar, mas se fosse ex escravo ou imigrante não podia. Além disso, manteve o trabalhador à “terra” por contrato trabalhista. As pessoas muitas vezes trabalhavam na terra que não era sua. Assim, no período imigratório europeu, a “terra” encareceu.
IMIGRAÇÃO – A imigração aumentou muito no final do século 19 e estes imigrantes vieram para atender duas questões: para atender a mão de obra assalariada e para atender a “TEORIA DO BRANQUEAMENTO”. No Brasil haviam muitos negros, então começaram a misturar os negros com brancos para ter uma linhagem mais clara, superior e assim ao longo das décadas haveria o branqueamento que tornaria o Brasil um país melhor.
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· O BRASIL REPUBLICANO
· MOTIVOS PARA A QUEDA DE DOM PEDRO II:
a) CRISE MILITAR – Essa crise tem a ver com a GUERRA DO PARAGUAI, um confronto que durou 5 anos e tomou uma proporção enorme. Podemos dizer que durante esses 5 anos nós estabelecemos no Brasil um exército tipicamente brasileiro. Inicialmente nós tínhamos 18.000 soldados, no final da guerra o exército contava com 78.000 soldados. Durante esse conflito o exército se separou da chamada guarda imperial e se formou enquanto instituição. Após o combate, o exército ganha projeção social e ganha uma representatividade pública nunca vista. O exército passa a ter valor e brigar por uma série de questões entendendo-se como representante da nação e despertando o patriotismo brasileiro. Até os negros que lutaram na guerra voltaram recusando-se a voltar a suas antigas atividades que era basicamente perseguir escravos fugidos.
b) MOVIMENTO ABOLICIONISTA – Com o final do tráfico de escravos em 1845 a partir da Inglaterra e 1850 no Brasil, a escravidão se tornar algo que precisam resolver de uma vez por todas. Em 1865 os Estados Unidos acabam com a escravidão e isso de certo modo influencia a população e a elite brasileira que começa a pensar na questão e percebem que a escravidão não cabe mais nesse contexto, a liberdade precisava ser iniciada justamente porque havia medo que explodisse no Brasil uma revolta civil como aconteceu nos estados unidos ou uma revolta dos escravos como aconteceu no Haití. 
c) CONFLITO ESTADO e IGREJA CATÓLICA – Sabemos que durante o império a igreja católica era a religião oficial, entretanto sabemos também que o imperador era Maçom e boa parte das teorias iluministas vão chegar ao Brasil através da Maçonaria. O catolicismo e a Maçonaria não combinam, alguns bispos chegaram a proibir rituais maçônicos o que incomodou o imperador que mandou prender os bispos. Daí o conflito.
e) INTELECTUAIS E O POSITIVISMO – Uma idéia permeia o pensamento do mundo nesse período, epecialmente no Brasil. É uma teoria Frances de AUGUSTO COMTE que vai ser importada a nossa constituição. É o POSITIVISMO, este pensamento acreditava que para a sociedade melhorar ela precisava passar por uma revolução e toda revolução tem três estágios diferentes: O primeiro estágio seria o TELEOLÓGICO, onde basicamente o exército, os militares e a igreja vão ter a função de reestruturar a sociedade. O segundo é o METAFÍSICO, meta significa além, meta física além da física, seria quando os filósofos teriam o poder e criariam uma base mais intelectual. O terceiro é um momento mais econômico, mais prático, seria quando a burguesia tomaria o poder e a revolução aconteceria. A idéia do positivismo, o lema é: “amor por princípio, ordem na base e progresso no fim” É o que está na bandeira do Brasil.
Essas são as 4 rachaduras que vão acontecer no Império de Dom Pedro e isso se soma a uma série de denúncias feitas pela imprensa a partir de 1970 falando sobre alguns gastos absurdos do governo de Dom Pedro II. Durante uma viagem longa de Dom Pedro II a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, assina a carta da abolição da escravatura e com isso houve um rompimento dos grandes cafeicultores, da elite brasileira e o próprio conceito de Império já que o Imperador não podia dar mais aos grandes proprietários de terra o que eles mais precisavam que era a manutenção da escravatura. O principal descontentamento com o Imperador vinha de dentro do exército, então a proclamação da república foi conduzida por setores do Exército com o apoio dos republicanos paulistas, que em sua maioria eram cafeicultores. Desse modo, sob a liderança do marechal Deodoro da Fonseca, a monarquia foi derrubada em 15 de novembro de 1889, por meio de um golpe de Estado que não teve participação popular. Ao tomar o poder, os militares expulsaram do país o imperador D. Pedro II e organizaram um GOVERNO PROVISÓRIO. Em seguida, convocaram uma Assembléia Constituinte, formada por representantes dos grupos de elite que participaram do golpe, a fim de elaborar uma nova Constituição.
RESUMO - No Brasil República, com as mudanças ocasionadas em diversos segmentos da sociedade, o povo brasileiro vivenciou momentos em que a vivência plena de sua cidadania pareceu muito distante do ideal.
· REPÚBLICA – O termo vem do latim: Res publica que significa “coisa pública”, ou seja, a idéia do POVO ESCOLHER SEUS REPRESENTANTES, O ESTADO GOVERNARIA PARA TODOS GARANTINDO OS DIREITOS POLÍTICOS E CIVIS, O DIREITO DE CADA CIDADÃO.
OS (DES)CAMINHOS DA REPÚBLICA
- Início da República: 1889 – 1930
- Governo Vargas: 1930 -1945
- Período democrático: 1945 -1964 (Janio Kuadros e João Goular)
- Ditadura Civil/Militar: 1964 – 1985
- Período democrático: 1985 – hoje
· OS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA (1889 -1930) 
A constituição de 1891 definiu as bases desse novo regime, ele seria FEDERALISTA e PRESIDENCIALISTA. Significa que uma série de mudanças separariam de uma vez por todas o tempo do Império e o tempo da República. Entre essas mudanças ela instaura podemos citar:
- LIBERDADE RELIGIOSA – Acontece a separação total entre igreja e estado, ou seja, o Brasil se torna laico, a partir de então você pode ter outra religião sem ser perseguido por isso. O estado se livra desse vínculo com a burocratização das questões, por exemplo, o registro de nascimento, casamento e morte era até então emitidos pela igreja, agora cabe ao estado fazer o registro civil.
- FEDERALISMO - Se a gente passa a organizar o país através de uma base descentralizada, ou seja, as províncias agora estavam sendo transformadas em estados e elas tinham mais autonomia para o controle fiscal, escolha de governadores e etc. Acaba a centralização do poder característico do Império. Os estados eram livres porém unidos por uma federação.
- 3 PODERES - A república vai substituir o poder moderador, que era a chave da cetralização do poder no regime imperial, pelo poder tripartido: Legislativo, executivo e judiciário. Há equilíbrio entre os três poderes.
- SUFRÁGIO UNIVERSAL – Todo mundo vai votar? Não, todos os homens quesabem ler tem o direito a votar, as mulheres ficam de fora, os mendigos ficam de fora, os soldados também não, algumas ordens religiosas e assim por diante. O voto não mais Censitário  era fortemente controlado pelo poder latifundiário, graças ao sistema de voto aberto.
- MUDANÇA DOS SÍMBOLOS – Pra mostrar que a república veio pra ficar mudou-se rapidamente os símbolos do Brasil. Assim a aceitação da república veio por meio de símbolos: bandeira; hino e de heróis nacionais como Tiradentes, que teve sua imagem comparada a Cristo, um salvador, que morreu pela república. 
CONFLITOS NA REPÚBLICA 
- O CONFLITO DE CANUDOS (1896-1897). Canudos era um arraial que nasceu no interior da Bahia e era conhecido como um resquício da monarquia. Eles lutavam contra esse regime que separava eles da terra pois cada vez mais eram cobrados impostos muito altos mesmo pra gente humilde. Os moradores de canudos buscavam viver numa comunidade justa e harmônica, faziam o uso coletivo das terras, era uma nova maneira de viver, quem chegava lá ganhava um pedaço de terra pra plantar ou criar gado e o ganho que tinha divida com a coletividade. Só que isso não combinava com o capitalismo e por isso incomdou. Eles eram liderados por um homem, quase que um místico, ANTÔNIO CONSELHEIRO e ele e sua comunidade causaram uma grande dor de cabeça para o governo republicano. Foram enviadas 4 tropas para acabar com essa revolta. Mandaram também um jornalista, EUCLIDES DA CUNHA para cobrir esse revolta e mostrar para todo Brasil o quanto os moradores desse arraial eram inferiores, mas não foi isso que ele fez. Em 1902 ele publicou um livro “Os Sertões” onde ele denuncia a igreja católica, a república, o governo baiano e principalmente o exército pelo massacre dessas pessoas. A república fez de canudos um exemplo. Outras revoltas surgiram com a de LAMPIÃO O JUSTICEIRO DO CANGAÇO.
IMIGRAÇÃO EUROPÉIA E ASIÁTICA – Com o fim da escravidão e a necessidade de mão de obra, se torna extremamente necessário trazer mão de obra de fora para o país. Nesse momento diversos grupos europeus vem pra cá pra trabalhar nas grandes lavouras por causa da EXPANSÃO CAFEEIRA E DO COMÉRCIO. HOUVE UMA POLÍTICA OFICIAL EM BUSCA MÃO-DE-OBRA subsidiando a viagem de famílias imigrantes. Os principais grupos que vieram para o Brasil eram Italianos, Portugueses, Espanhóis, Alemães, Japoneses, Libaneses e até Sírios, PAÍSES QUE ESTAVAM PASANDO POR GRANDES MUDANÇAS NO MUNDO. Esses imigrantes eram gente pobre, passando necessidade, gente em situação de risco, vindo para o Brasil para ter o básico. Só que muitos desses europeus foram enganados por uma propaganda mentirosa, achando que iam ter terra e trabalho aqui, mas não acontecia e se cobravam taxas muito altas para a viagem. Além disso era instaurado aqui um regime de COLONATO ou seja eles eram colonos. Se estabelecia um contrato de colonato pra trabalhar nos cafezais, eles recebiam um pedaço de terra pra plantar e parte do que conseguiam era deles, a outra parte era entregue ao Senhor da terra para pagar a dívida da sua vinda. Só que não podiam sair dali, eram mau tratados e por isso buscavam pagar o que deviam e sair de onde estavam buscando a liberdade.
- O VOTO E O CORONELISMO. Tivemos a proclamação da república, mas tivemos a continuidadde de um processo eleitoral que controlava tudo, a continuidade de todas as fraudes que aconteciam até então. As fraudes aconteciam do princípio ao fim, era o chamado VOTO DE CABRESTO. Grandes proprietários rurais no poder exigiam a lealdade dos seus subordinados criando um curral eleitoral. Lembrando que o VOTO ERA ABERTO, ou seja, se sabia em quem você estava votando. O CORONEL era um posto do exército, o mais alto grau da hierarquia militar da guarda nacional, do exército imperial. Com a república o exército imperial é desfeito, mas o título ficou apesar dele ser simplesmente um grande proprietário de terra. Então quando a gente fala de um coronel a gente não fala sobre exército, mas sobre um grande proprietário de terra.
- OS RECÉM LIBERTOS – Eles vão viver numa SITUAÇÃO DE POBREZA porque passada a euforia da lei áurea, ficou evidente a enganação porque não contemplou uma política de inclusão. Além disso temos uma VEICULAÇÃO DE IDEIAS RACISTAS, a explicação da época para falta de sucesso social e econômica dos negros e mestiços tinha explicação biologia e não histórica. Dizia quem era uma raça que não tinha evoluído, uma raça inferior. Então a Abolição da escravatura, apesar de garantir a liberdade na forma da lei não garantiu aos ex-escravos e mestiços a inserção no mercado de trabalho livre. Desta forma vamos ver no inicio do Brasil Republicano uma alta taxa de negros enveredando para os caminhos da criminalidade ou em ocupações braçais desgastantes e com baixa remuneração, como a construção civil.
- TRANSFORMAÇÃO URBANA NO RIO DE JANEIRO – De 1880 até 1930 a sociedade Brasileira via passar por uma industrialização, uma série de mudanças vai acontecer. Essas transformação vai se concentrar em duas cidades: o Rio de Janeiro que o coração da república e São Paulo que é a cabeça. Boa parte da população se concentra nessas cidades. Nesse processo de ruptura, no desejo de deixar o império pra traz e trazer novos ares, era preciso embelezar estas cidades para que pudesse representar o império. Assim, com o INTUITO CIVILIZATÓRIO, o presidente do momento, RODRIGUES ALVES, montou uma equipe técnica pra mudar a cidade conforme os DITAMES EUROPEUS. Vai se MODERNIZAR O PORTO e URBANIZAR A CIDADE através do prefeito da cidade do rio Pereira Passos que queria transformar o Rio de Janeiro numa nova Paris. Também vai se higienizar a cidade através um PROJETO DE SANEAMENTO feito pelo sanitarista Oswalgo Cruz. Nesse momento estávamos tendo no rio uma epidemia muito séria ligada aos maus hábitos de higiene e a falta das questões sanitárias. Era comum nesse momento que Barões do Café além de sua casa no campo, construísse na cidade grandes palacetes para suas relações comerciais. Contudo, muito abandonavam esses palacetes que eram ocupados por ex-escravos e imigrantes virando CORTIÇOS. Não havia higiene, e com isso vieram grandes doenças. O projeto trouxe a questão das vacinas obrigatórias e fez uma limpeza na cidade, não só higiênica, mas também étnica, pois não combinava com a cidade essa gente mestiça, pobres e negros, portanto houve a EXCLUSÃO DOS CORTIÇOS DO CENTRO e com os restos dos palacetes derrubados eles vão para os morros fora do centro e vão FORMAR AS PERIFERIAS, surgem assim as favelas. No centro eles criam ruas largas, luzes foram colocadas, transportes vão ser iniciados e o próprio teatro municipal vai ser inaugurado com uma atriz francesa.
Surge depois disso tudo a REVOLTA DE 1930. Os brasileiros vão as urnas pra escolher um novo presidente e o presidente que é o candidato oficial não é o presidente que a população queria. Ele ganhou as eleições, mas através de fraudes, o nome desse presidente é PRESTES. Logo depois ele vai anunciar duas medidas que se assemelham muito a medidas de ordem comunista. Nesse período com a 2ª Guerra, a questão do comunismo causava muito medo e aversão. Sendo assim, os militares e grande parte da população faz a revolta de 30, derruba o governo e coloca o poder nas mãos de GETÚLIO VARGAS.
· VARGAS E O ESTADO NOVO (1930- 1945)
Getúlio inicia o seu governo em 1930 como GOVERNO PROVISÓRIO, ou seja, ele não é necessariamente institucional, ele não é o presidente do país, ele é apenas um governante provisório. Ele fecha o congresso nacional, ele fecha a assembléia legislativa, ele dissolve todas as questões municipais e substitui governadores e vereadores por gente da sua confiança. O assunto que recebe sua atenção é a REFORMA TRABALHISTA, ele simplesmente mudou tudo, ele instaura a CLT: Jornada de oito horas e regulamentação do trabalho feminino de menores de idade; Justiça do Trabalho; salário mínimo; carteira de trabalho e o descanso semanal remunerado. Com isso ele ganha a população porque meche justo com os trabalhadores com grandes avanços.Em 1937, véspera de eleição, era pra os cidadão escolherem um novo presidente e Getúlio sair do poder, mas aí ele dá um golpe e ficou mais alguns anos. Nesse momento ele iniciou um processo ainda mais ditatorial e fechou praticamente tudo. Começa o que chamamos de ESTADO NOVO. É um período ditatorial caracterizado pela: CENSURA; SUPRESSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS E FIM DAS ELEIÇÕES. A combinação, de censura, repressão e propaganda produziu uma tempestade ideológica nos brasileiros que demonizou o comunismo e endeusou a figura, a imagem de Vargas. O estado tinha traços do fascismo europeu, embora fosse bastante autoritário. O Estado Novo dependia do consentimento das pessoas, então, para legitimizar suas idéias políticas Vargas criou em 1939 o DIP (DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA). A responsabilidade do departamento era a construção da imagem de Vargas e do Estado Novo através da música, do rádio, teatro, todas as artes até então. Através do DIP houve perseguição a inimigos políticos, repressão as manifestações políticas e sociais, controle de sindicatos e etc. O DIP colocou no ar uma propaganda oficial diária no rádio, A HORA DO BRASIL. Com isso popularizou a própria voz de Getúlio Vargas que todos os dias fazia um breve discurso para toda população brasileira. Depois disso vinha os programas de humor e as grandes canções do rádio. A CULTURA NO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS ERA ENTENDIDA COMO ASSUNTO DE ESTADO. O que você ouve, o que escreve, o que lê, era o governo de Getúlio que decidia.
· REGIME MILITAR NO BRASIL (1964-1985)
Os militares assumiram o governo de uma forma inconstitucional, eles conferiram a si próprios o poder de exceção, eles estavam acima da sociedade, acima da constuição e portanto eles é que deviam governar. Após assumirem o governo os militares tomaram uma série de medidas absurdamente autoritárias e passaram a exercer o controle da nação como um todo, nas questões econômicas, culturais e políticas. O GOVERNO MILITAR ACONTECEU ATRAVÉS DE ATOS INCONTITUCIONAIS E SUPRESSÃO DE DIREITOS. Houveram 17 atos inconstitucionais para dar legitimidade a esse governo.
ATO 1 – Manteve eleições legislativas e executivas nos municípios e estados, mas instituiu a eleição direta para presidente. 
ATO 2 – Acabaram os partidos políticos no Brasil, ficaram apenas dois partidos: ARENA (ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL) era um partido totalmente alinhado ao regime militar e MDB (MOVIMENTO DEMOCRÁRICO BRASILEIRO) era o opositor, mas funcionava quase como um fantoche, pois a censura era tão violenta que eles não podiam fazer nada. Então pra que existiu? Só pra dar ares de democracia no país, pra dar a impressão de que havia um debate político no Brasil... tudo mentira.
ATO 5 – Permitia intimidação através do uso do medo, permitindo inclusive a tortura como política de estado. Os militares queriam legitimar o regime, então passaram a caçar, torturas e exilar todos que eram contra eles.
CRIMES CONTRA OS INDIGENAS – O estado ditatorial teve uma política de distribuição de terras para as grandes elites e estes não somente usavam aquele espaço como acabavam invadindo território indígena e nesse processo tribos indígenas foram praticamente dizimadas. 
A PROPAGANDA DO REGIME MILITAR – Ao mesmo tempo que proibia idéias e informações consideradas antipatrióticas e subversivas, o governo brasileiro divulgava massivamente a sua própria ideologia por meio da propaganda pregando um nacionalismo exacerbado: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Surge a partir de 1969, nas escolas do Brasil, a matéria obrigatória de MORAL E CÍVICA, pregava-se nas escolas valores alinhados a ideologia militar.
A CONTESTAÇÃO AO REGIME MILITAR – Foram vários os movimentos Sociais no início da década de 1960 com adesão dos meios artísticos, intelectuais e religiosos. Destaca-se do meio artístico: Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré, Tom Zé e etc. Essa arte ficou conhecida como ARTE INGANJADA, é a arte mais ligada as questões políticas.
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· RETRATOS DO BRASIL
- COLONIAL – O Brasil Colônia se baseava principalmente nos grandes latifúndios e na mão de obra escrava. A educação dos indígenas ficava basicamente a critério do jesuítas pois eles eram os responsáveis a trazer a civilização, não pra todas as pessoas, apenas para aquele que tinham uma alma, diferente dos negros.
- IMPERIAL – Com a independência houve no Brasil o surgimento de um regime Parlamentarista, mas era um parlamentarismo as avessas, um parlamentarismo diferente do modelo inglês, no parlamento inglês o poder emana do povo para o parlamento, no parlamento brasileiro, o poder vem de cima pra baixo, do imperador, do poder moderador. Vimos que apesar da independência houve uma manutenção dos padrões do modelo colonial, entre eles a escravidão.
- REPULICA – Dentro desse conceito existem diferentes repúblicas. Num primeiro momento existia uma república que ficou conhecida como a república dos coronéis, ou república oligárquica. A ponto que quando Vargas sobe ao poder ele tenta fazer uma ruptura em 1930, ele chama a era dos coronéis de república velha e se propõe a instaurar um estado novo. Para ele no estado novo nasce a verdadeira república. De que maneira Getúlio faz pra manifestar essa questão? Através das leis trabalhistas, da inserção da mulher no processo eleitoral. Pra Getúlio cultura é uma questão de estado então é através da propagando que ele vai chegar a grande maioria da população. Dentro desse contexto chega a DITADURA MILITAR, momento onde todos os direitos foram jogados por terra e governou-se por atos institucionais, acima da própria constituição. A censura falava mais alto e qualquer pensamento ou movimento que parecesse contrário ao regime trazia perseguição, prisão, tortura, morte e etc.
RESUMO - Nesta aula, pensaremos sobre a construção do Brasil e dos brasileiros na historiografia. Ao mesmo tempo, veremos de que maneira, tais visões influenciam, ainda, o modo como nos enxergamos.
HISTÓRIA – Quando falo sobre história estou falando basicamente acerca do passado, aquilo que aconteceu, eventos passados. HISTORIOGRAFIA – Fala dos discursos construídos acerca do passado. Então quando alguém escreve sobre a história, os relatos que os historiadores fizeram chama-se historiografia. É esse corpo de texto, de pensamento, acerca do passado.
· IDENTIDADE – É o caráter daquilo que permanece idêntico a si próprio, ou seja, é aquilo que não se altera, aquilo que não muda, aquilo que é essencial, que é da essência (Conceito na perspectiva filosófica). Então a idéia de identidade se constróis como uma característica de continuidade que o ser mantém consigo mesmo. Então quando eu paro e penso quem sou eu, estou procurando compreender o que há de eterno em mim, oqu eh á de essencial, que coisas que não mudam independente do contexto. A essência é uma característica individual que se percebe ao longo do tempo. Isso é a identidade individual e dela chegamos a identidade coletiva, uma identidade cultural. Daí a pergunta: Quem é o brasileiro? Qual a sua identidade? Muitas vezes nos vemos por representações e identidades hegemônicas, instituídas por grupos que detém o poder e isso muitas vezes acaba por minimizar um Brasil complexo e multifacetado.
“A IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA É “HISTÓRICA”, isto é, (re) construída em cada presente, em uma relação de recepção e recusa de passados e de abertura e fechamentoaos futuros. E cada brasileiro continua a “reconhecer” em sua diferença a identidade histórica brasileira, apesar de reconstruída, heterogênea, contraditória, plural e múltipla”. (REIS, 2007, xviii)
	
VISÕES QUE PREDOMINAM SOBRE O BRASIL – Na década de 40 chegou a hora dos norte americanos voltarem os seus olhos para o Brasil. Entre o ano de 1933 e 1945, durante o governo de Frankling Housevelt os Estados Unidos passou a estabelecer uma relação diferente com seus vizinhos. O EUA ameaçados pela União Soviética e pelo nazismo Alemão começa a fazer alianças e estabelece o panamericanismo ou seja, ser a cabeça da América, estabelecer uma relação com os países da América. Eles passam a fazer aquela política da boa vizinhança, ou seja, estabelecer uma relação com seus vizinhos oferecendo capital, empréstimos, tecnologia, é nesse período que começa a vir para o Brasil a geladeira, a televisão, o fogão e etc. Nesse processo de boa vizinhança os EUA vão vir aqui pra investigar o Brasil e construir uma imagem desse aliado, uma imagem que vai ficar para o resto do mundo. A imagem construída nesse momento é a imagem que os americanos e que o mundo inteiro tem do Brasil. Em 1941 essa imagem ficou ainda mais forte quando a Disney criou o Zé Carioca e estetizou o estereótipo do que é ser brasileiro: - Malandragem; - Preguiça; - Pouca eficiência; - Predomínio da emoção sobre a razão; - Sensualidade; - Alegria; - Hospitalidade; - Receptividade aos estrangeiros. Essas idéias foram estudadas, pensadas, criadas e é a maneira como se vê o Brasil até o dia de Hoje. Bem mais recente nós temos o filme “RIO” de 2011 e temos nele a mesma idéia. O PROBLEMA é que essa imagem oficial não retrata a insensibilidade, a crueldade e o sofrimento da nossa gente. No quadro apresentado para fora minimiza-se os preconceitos de todo tipo (gênero, étnico, religioso, social); minimiza-se os problemas de um passado colonial; minimizamos os problema da Desigualdade social e Hierarquização cultural. PARA DEFINIR O BRASIL E OS BRASILEIROS: - É preciso conhecer para se posicionar; - É preciso eleger uma posição que mostre o Brasil que se deseja e - É preciso que o povo tenha consciência racional de sua vida (Hegel).
· RETRATOS DO BRASIL:
Muitas visões que foram formuladas por pesquisadores, acabaram sendo difundidas pela escola como fiéis retratos de um Brasil das elites. Entre esses autores que formularam idéias sobre o Brasil temos vários nomes, mas tem dois que são os mais importantes: VARNHAGEN e FREYRE.
FRANCISCO ADOLFO DE VARNHAGEN
Foi um militar, diplomata e historiador profissional vinculado ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, filho de uma portuguesa e de um alemão. Um homem muito inteligente e interessados nas questões do Brasil que investiga os documentos. Só que ele foi um historiador patrocinado por Dom Pedro II (O Imperador Filósofo). Dom Pedro está querendo criar uma identidade brasileira e pra isso ele vai pagar um historiador pra dizer quem é o Brasil e a SUA VERSÃO DA HISTÓRIA LEGITIMAVA O PASSADO COLONIAL ESTABELECIDO POR PORTUGUESES. Via um futuro promissor, haja vista a instauração de um governo imperial, que se não fosse os portugueses colonizando o Brasil nós seríamos um bando de selvagens. Ele vai fazer um primeiro livro que pensa sobre a história do Brasil chamado: História Geral do Brasil. Ao falar que foi importante sermos colonizados porque traz uma civilização para o Brasil, ele vai justificar uma série de teorias complicadas, como a do branqueamento por exemplo.
GILBERTO FREYRE: Obra - Casa Grande e Senzala
- No ano de 1930 é o momento do Vargas no poder e pra ele cultura é uma questão de estado e ele vai chamar os intelectuais a participar do estado e convocá-los a pensar na identidade brasileira. Freyre vai trazer uma abordagem diferente do Brasil tentando mostrar de onde vem a nossa miséria, de onde vem a nossa mazela. Gilberto Freire é o primeiro que vai esboçar a idéia de um país miscigenado, ELE TROUXE UMA MUDANÇA FUNDAMENTAL NA MANEIRA DA GENTE VER AS QUESTÕES RACIAIS. Quando ele nasceu todas as pessoas negras eram escravos, ou filho de escravos, ou ex escrvos, nesse contexto é que ele vai escrever. Ele publicou no ano de 1933 o livro “CASA GRANDE E SENZALA”, justo quando Hitler sobe ao poder com seu discurso racista. A Europa no Séc XIX tinha uma série de teorias como o Darwinismo social, o evolucionismo social que dizia que todo ser humano tinha um ponto em comum, as raças, mas existiam raças superiores e inferiores, raças mais evoluídas e menos evoluídas. Segundo essa teoria o índio, o negro e o mestiço representavam um atraso para o Brasil pois na escala de evolução o Branco é o topo então o Brasil não tinha futuro porque na população tinha muita gente inferior. Gilberto Freire vai romper com essa visão negativa e valorizou a mestiçagem e colocou o negro em um papel fundamental no Brasil. A MISCIGENAÇÃO NÃO TORNARA O BRASIL EM UMA SUB-RAÇA, MAS CRIARA UM TIPO IDEAL NOS TRÓPICOS. Outra coisa revolucionária é que ELE NÃO VÊ OS ESCRAVOS E SENHORES COMO CATEGORIAS ANTAGÔNICAS, MAS COMPLEMENTARES, que se miscigenavam gradualmente formando quem eles são. Por causa dessa idéias foi acusado de uma serie de questões racistas, foi acusado de amenizar a escravidão, de não ver atrás dela a segregação, a exploração, atribuem ao Freire o MITO DA DEMOCRACIA RACIAL e com isso minimiza ódios raciais ou sociais. Para Darcy Ribeiro, para se viver em uma democracia racial seria preciso uma democracia social.
SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA: Obra – Raízes do Brasil
Sérgio Buarque de Holanda ficou muito conhecido e reconhecido no mundo todo por criar a teoria do HOMEM CORDIAL. Ele importa esse idéia de Rui Ribeiro Couto que vai pensar isso acerca da população da América Latina de forma geral, Sergio Buarque vai trazer isso pra dentro do contexto brasileiro. Esse historiador vai dizer que o BRASIL É UMA EXTENSÃO DE PORTUGAL NOS TRÓPICOS, ele foi um dos únicos intelectuais da época a estar comprometido com a DEMOCRACIA e ele vai criar um partido pra defender isso o PT, ele morre pouco temo depois. De certo modo ele prefere na sua obra avaliar o Brasil pelos aspectos mentais e não pelos aspectos econômico, assim ele vai dizer que sendo esse um mundo criado pelo português, eles é que são responsáveis pelos nossos problemas. Os portugueses trouxeram para o Brasil a hierarquização e os privilégios, nessa falta de cuidado do português com nossa colonização, o Brasil herdou todas as mazelas e problemas que tem hoje. Pra ele, há um sentimento de estranheza com o Brasileiro e sua própria terra, ele não se reconhece pois tudo é de fora, nada é original. No ano de 1936 Sérgio Buarque publica o livro RAÍZES DO BRASIL, falando da influência portuguesa. Para ele a contribuição do Brasil para o mundo é: o HOMEM CORDIAL. Para ele O HOMEM CORDIAL É O HOMEM DO ARBÍTRIO, ou seja, o homem que vai pelo impulso do coração e não só pelas regras, pela burocracia, pra ele o homem brasileiro não é um democrata, não é um homem que constrói as coisas a partir de um conceito de igualdade, ao contrário, o homem cordial é aquele que diz: “Eu posso mais que você! Eu mando, eu sou arbitrário!” Então pra ele nós podemos ver traços escondidos atrás de expressões de generosidade, de hospitalidade, então é uma cordialidade que esconde uma série de questões. É UMA CORDIALIDADE NA ESFERA PÚBLICA, QUE NÃO SE LIMITA AO AMBIENTE PRIVADO. Essa cordialidade acaba por esconder características muito típicas do brasileiro que são características autoritárias. O brasileiro não sabe distinguir o que é público e o que é privado, não sabe a diferença do que é família e o que é estado, o que é individual e o que é coletivo, isso causa uma série de problemas. O mesmo cara que briga, é cordial, mas na hora do vamos ver dá um jeito de resolver. Em palavras atuais: “O jeitinho brasileiro”. Mas pra ele essa personalidade do brasileiro vem de influências devido a compadrios e ao paternalismo. O BRASILEIRO É AQUELE QUE É AVESSO A DISCIPLINA. O brasileiro não quer igualdade,ele quer privilégios, uma frase de Buarque que ilustra isso é: “aos inimigos a lei, aos amigos tudo”. Chega no hospital quer ser atendido primeiro porque conhece o atendente e deixa pessoas mais doentes na fila mais tempo. Então podemos dize que o Sérgio Buarque está fazendo é uma crítica ao Brasil, e nisso ele SALIENTA A NECESSIDADE DE UM PROJETO DE NAÇÃO. Defende que precisamos: racionalidade na administração pública; separação entre o público e o privado; fim dos privilégios; a integração da população excluída à cidadania; superação de nossas raízes ibéricas.
CAIO PRADO JUNIOR
Nascido em 1907, filho de membros da elite paulista, viveu uma vida intensa na política e se filiou ao partido comunista o que fundamentou a sua maneira de pensar, pois estava muito ligado a teoria Marxista, o MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO. É a idéia de que a vida humana se baseia na economia, na maneira como os homens produzem, daí MATERIALISMO. HISTÓRICO porque roda, essa engrenagem gira, se altera com o tempo e DIALÉTICO por causa das contradições, senhores e escravos, coronel e servo. Então o Materialismo Histórico entende tudo a partir da vida econômica e o nosso historiador Caio também, vai tentar entender o Brasil numa perspectiva muito mais capitalista. Ele está LIGADO AO PENSAMENTO DE ESQUERDA e BUSCAVA AUTONOMIA PARA O BRASIL EM DETRIMENTO DE MODELOS ESTRANGEIROS. O Brasil é um pais formado a partir das necessidades da coroa portuguesa, é preciso fazer uma ruptura nisso, ele briga por uma país mais independente, menos ligado as questões de fora.
FLORESTAN FERNANDES
Foi o primeiro grande sociólogo brasileiro. Ele vai abordar as questões acerca da identidade do Brasil a partir da idéia da DESIGUALDADE SOCIAL, ele é um dos maiores críticos a democracia racial do Gilberto Freire colocando o tema dentro de uma questão bem mais complexa. Pensava sobre esta dependência brasileira e que parecia intransponível, o Brasil por muito tempo foi uma colônia portuguesa e com a independência se tornou quase uma colônia inglesa, então ele vai dizer que para a mudança ocorrer deveria haver uma teoria adequada e ação eficiente. “A mudança significaria: democracia política, participação popular, crescimento econômico e soberania nacional”. Ou seja, precisamos tornar o Brasil cada vez mais independente na prática.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Buscou uma redefinição para o conceito de soberania nacional das esquerdas. Ele vai dize que não precisa haver uma revolução comunista, é preciso mudar a partir do capitalismo. Nesse momento o LIBERALISMO está em jogo. Para ele AS ELITES DO PAÍS DEVERIAM GARANTIR O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS MESMO EM MEIO À DEPENDÊNCIA. E para haver desenvolvimento, não era preciso romper com o exterior, o que precisamos é a Integração do Brasil ao capitalismo mesmo na dependência. Segundo ele a ruptura com o externo não era condição essencial ao desenvolvimento; pelo contrário, seria preciso atrair os capitais externos e torná-los mobilizadores das energias brasileiras. A solução para o crescimento econômico associado à democracia política e à distribuição justa de riqueza seria a ‘internacionalização do mercado interno’, a abertura do Brasil ao mundo e não seu afastamento e isolamento”. São medidas liberais. Para ele DEPENDÊNCIA # de SUBMISSÃO. Devemos evitar a submissão não a dependência, pois dependência é articulação, interação, negociação, integração e desenvolvimento.

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