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DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ART.328 CP – USURPAÇÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA • Basta que você usurpe a função publica • Ex: não é policial mas age como se fosse; • Pena: detenção, três meses a dois anos e multa • Se auferir vantagem; • Pena: reclusão, de dois a cinco anos e multa. ART. 329 CP – RESISTÊNCIA • Opor-se a resistência de ato legal (ilegal – deve reagir); • Para configurar crime há necessidade de violência a funcionário competente; • Conduta ativa; • Pena: dois meses a dois anos. ART. 330 CP – DESOBEDIÊNCIA • Desobedecer a ordem legal; • Não poderá haver “bis in idem”; • Pena: quinze dias a seis meses e multa. ART. 331 – DESACATO • Ofender a honra do funcionário público no exercício da função ou em razão dela; • Haver vontade de ofender; • Pena: detenção, seis meses a dois anos. ART. 332 CP – TRÁFICO DE INFLUÊNCIA • Crime comum; • Praticado por particular; • Obter vantagem ou promessa de vantagem para si ou para outrem sob pretexto de influência em ato praticado por funcionário público no exercício da função; • Pena: reclusão, de dois a cinco anos e multa; • Pena aumenta da metade se agente alega que a vantagem também é para o funcionário público. ART. 333 CP – CORRUPÇÃO ATIVA • Simples ato de oferecer a vantagem é considerado crime; • Se o funcionário concorda com a proposta oferecida e realiza o que lhe foi solicitado pelo particular, a pena do mesmo é aumentada em 1/3; • Pena: dois a doze anos e multa. ART. 334 CP – DESCAMINHO • Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou consumo de mercadoria; • Podem ser importados ou exportados, mas os impostos sobre eles não são pagos; • Se aplica o princípio da insignificância até r$20.000,00 segundo o STF; • Pena: um a quatro anos, tem fiança. ART. 334-A CP – CONTRABANDO • Importar ou exportar mercadoria proibida; • Produto não pode ser importado ou exportado; • Não cabe princípio da insignificância; • Pena: dois a 5 anos, não tem fiança. ART. 335 CP – IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE CONCORRÊNCIA • Promovida pela administração pública federal, estadual, municipal ou paraestatal; • Procurar afastar licitante por meio de violência, grave ameaça, fraude ou vantagem; • Pena: seis meses a dois anos, ou multa + pena da violência • Mesma pena a quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida. ART. 336 CP – INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU SINAL • Rasgar ou inutilizar edital afixado por ordem funcionário público; • Se a conduta for praticada após o prazo de utilidade do edital não há crime; • Pena: um mês a um ano ou multa. ART. 337 CP – SUBTRAÇÃO/INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO • Subtrair ou inutilizar livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário público, em razão de sua função, ou de particular em serviço público; • Pode ser total ou parcial; • Pena: dois a cinco anos, se não constituir crime mais grave; ART 337-A CP – SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA • Crime omissivo; • Crime material (exige a obtenção da vantagem); • Extinção da punibilidade: se antes do início da ação do fisco, o agente presta as informações corretas; ou, com o pagamento integral do tributo antes do recebimento da denúncia; • Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária; • Mediante seguintes condutas: (lista taxativa) o Omitir folhas de pagamento/documento; o Deixar de lançar mensalmente as quantias descontadas dos segurados ou devidas pelo empregador; o Omitir receitas, lucros, remunerações; • Requisitos do perdão judicial: o Agente ter bons antecedentes; o Ser primário; o Valor das contribuições inferior ao mínimo para ajuizamento de execuções fiscais; • Pena: dois a cinco anos e multa. CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA ART. 338 CP – REINGRESSO DE ESTRANGEIRO EXPULSO • Admite tentativa; EXPULSO • Pena: de um a quatro anos; EXTRADITADO • Sem prejuízo de nova expulsão depois de cumprido a pena. DEPORTADO ART. 339 CP – DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA • Aquele que provoca direta ou indiretamente instauração de procedimento oficial, acusando determinada pessoa inocente a crime de infração ético- disciplinar ou ato ímprobo; • Pena: de doía a oito anos e multa; • Pena aumentada de sexta parte se anonimato ou nome suposto; • Se tratando de contravenção, haverá diminuição de pena até pela metade. ART. 340 CP – COMUNICAÇÃO FALSA DE INFRAÇÃO PENAL • Fato criminoso que não existiu; • Infração penal gênero do crime de contravenção penal • Não há pessoalidade; • Pena: Um a seis meses; ART. 341 CP – AUTOACUSAÇÃO FALSA • Assumir crime que não ocorreu ou o crime cometido por outra pessoa; • Pena: de três meses a dois anos, ou multa. ART. 342 CP – FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA • Fazer afirmação falsa, negar ou se calar quando em juízo; • Não há necessidade do ato ter produzido consequências; • Não admite tentativa; • Fato deixa de ser punível se o agente se retrata antes da sentença • Pena: de dois a quatro anos e multa; • Aumenta de 1/6 a 1/3 se praticado mediante suborno ou com o fim de obter prova a produzir efeito em processo penal ou civil; • Deixa de ser punível se antes da sentença o agente se retrata ou diz a verdade. • Mão Própria: ART. 343 CP – CORRUPÇÃO ATIVA DE TESTEMUNHA, CONTADOR, PERITO, INTÉRPRETE OU TRADUTOR • Crime formal; • Exige dolo específico; • Praticado por qualquer pessoa; • Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou outra vantagem a: testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete com o fim de falsear a verdade e outras condutas descritas no tipo; • Meio: palavra, gestos, escrita; • Pena: três a quatro anos e multa • A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se para obter a prova para produzir efeito em processo penal ou civil em que for parte a administração pública. ART. 344 CP – COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO • Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra: autoridade, parte ou qualquer outro que intervenha; • Exige dolo específico; • Se consuma quando a coação é exercida; • Pena: um a quatro anos e multa + pena da violência ART. 345 CP – EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES • Fazer justiça pelas próprias mãos para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permita; • Pretensão tem que ser legítima; • Se não houver emprego de violência, só se procede mediante queixa; • Pena: quinze dias a um mês ou multa + pena da violência.