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1 
884 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Aqui é Ricardo Torques, coordenador do Estratégia Carreira Jurídica e do 
Estratégia OAB. Além disso, sou professor de Direito Processual Civil, Direito 
Eleitoral e Direitos Humanos. 
Instagram: www.instagram.com/proftorques 
E-mail da coordenação: ecj@estrategiaconcursos.com.br 
Aguardo seu contato. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas! 
Em nome dos nossos professores, gostaria de lhes apresentar o e-book "Principais Códigos Compilados 
para Procuradorias". Elaborado com muito carinho e cuidado por nós, você terá uma visão dos temas 
mais importantes para fins de prova. 
Aproveito, ainda, para convidá-los a nos seguir nas redes sociais. Todos os dias, postamos aulas, notícias, 
informativos e muitos outros conteúdos gratuitos relativos a concursos jurídicos! 
Esperamos por vocês lá! ;) 
 
 
 
 
Grande abraço, 
Ricardo Torques. 
 
 
 
 
 
http://www.instagram.com/proftorques/
mailto:ecj@estrategiaconcursos.com.br
https://www.instagram.com/estrategiacarreirajuridica/
https://t.me/estrategiaprocuradorias
https://www.youtube.com/c/Estrat%C3%A9giaCarreiraJur%C3%ADdica
https://twitter.com/estratjuridica
 
 
 2 
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Sumário 
Código Civil ..................................................................................................................................... 3 
Código de Processo Civil ............................................................................................................. 161 
Código Penal ............................................................................................................................... 340 
Código de Processo Penal ........................................................................................................... 435 
Consolidação das Leis do Trabalho ............................................................................................. 514 
Código Tributário Nacional ......................................................................................................... 702 
Código do Consumidor ............................................................................................................... 771 
Estatuto da Criança e do Adolescente ........................................................................................ 816 
Código Florestal .......................................................................................................................... 840 
 
 
 
 
 3 
884 
CÓDIGO CIVIL 
* ATUALIZADO ATÉ 24/08/2021 
Institui o Código Civil. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
P A R T E G E R A L 
LIVRO I 
DAS PESSOAS 
TÍTULO I 
DAS PESSOAS NATURAIS 
CAPÍTULO I 
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE 
Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos do nascituro. 
3"DIREITOS DO NASCITURO. PENSÃO POR MORTE. TERMO INICIAL. DATA DO 
NASCIMENTO. (...) 2. O benefício previdenciário possui nítido caráter alimentar, e o direito à 
percepção de alimentos não surge com a concepção, mas sim com o nascimento com vida, ainda 
que a lei ponha a salvo os direitos do nascituro. 3. O art. 2º do Código Civil condiciona a 
aquisição de personalidade jurídica ao nascimento, enquanto que a lei 8.213/1991 não prevê a 
possibilidade do nascituro receber o benefício de pensão por morte, resguardando sua 
concessão apenas a partir do nascimento, quando efetivamente adquire a condição de 
dependente do de cujus. O Decreto 3.048/1999 estabelece, em seu artigo 22, inciso I, alínea 
"a", que a inscrição do dependente do segurado será promovida através da apresentação da 
certidão de nascimento". (REsp 1779441/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, julgado em 
20/08/2019, DJe 13/09/2019). 
 "ALIMENTOS GRAVÍDICOS. GARANTIA À GESTANTE. PROTEÇÃO DO NASCITURO. NASCIMENTO COM 
VIDA. EXTINÇÃO DO FEITO. NÃO OCORRÊNCIA. CONVERSÃO AUTOMÁTICA DOS ALIMENTOS 
GRAVÍDICOS EM PENSÃO ALIMENTÍCIA EM FAVOR DO RECÉM-NASCIDO. MUDANÇA DE TITULARIDADE. 
(...) 1. Os alimentos gravídicos, previstos na Lei n. 11.804/2008, visam a auxiliar a mulher gestante nas despesas 
 
 
 4 
884 
decorrentes da gravidez, da concepção ao parto, sendo, pois, a gestante a beneficiária direta dos alimentos 
gravídicos, ficando, por via de consequência, resguardados os direitos do próprio nascituro. 2. Com o 
nascimento com vida da criança, os alimentos gravídicos concedidos à gestante serão convertidos 
automaticamente em pensão alimentícia em favor do recém-nascido, com mudança, assim, da titularidade dos 
alimentos, sem que, para tanto, seja necessário pronunciamento judicial ou pedido expresso da parte, nos 
termos do parágrafo único do art. 6º da Lei n. 11.804/2008". (REsp 1629423/SP, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, 3ª Turma, julgado em 06/06/2017, DJe 22/06/2017). 
 "ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO. ABORTO. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. 
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO NASCITURO. ART. 2º DO CÓDIGO CIVIL 
DE 2002. EXEGESE SISTEMÁTICA. ORDENAMENTO JURÍDICO QUE ACENTUA A CONDIÇÃO DE PESSOA 
DO NASCITURO. VIDA INTRAUTERINA. PERECIMENTO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. (...) 1. A despeito da 
literalidade do art. 2º do Código Civil - que condiciona a aquisição de personalidade jurídica ao nascimento -, o 
ordenamento jurídico pátrio aponta sinais de que não há essa indissolúvel vinculação entre o nascimento com 
vida e o conceito de pessoa, de personalidade jurídica e de titularização de direitos, como pode aparentar a 
leitura mais simplificada da lei. 2. Entre outros, registram-se como indicativos de que o direito brasileiro 
confere ao nascituro a condição de pessoa, titular de direitos: exegese sistemática dos arts. 1º, 2º, 6º e 45, 
caput, do Código Civil; direito do nascituro de receber doação, herança e de ser curatelado (arts. 542, 1.779 e 
1.798 do Código Civil); a especial proteção conferida à gestante, assegurando-se-lhe atendimento pré-natal 
(art. 8º do ECA, o qual, ao fim e ao cabo, visa a garantir o direito à vida e à saúde do nascituro); alimentos 
gravídicos, cuja titularidade é, na verdade, do nascituro e não da mãe (Lei n. 11.804/2008); no direito penal a 
condição de pessoa viva do nascituro - embora não nascida - é afirmada sem a menor cerimônia, pois o crime 
de aborto (arts. 124 a 127 do CP) sempre esteve alocado no título referente a "crimes contra a pessoa" e 
especificamente no capítulo "dos crimes contra a vida" - tutela da vida humana em formação, a chamada vida 
intrauterina (MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito penal, volume II. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2007, p. 
62-63; NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 8 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, p. 
658). 3. As teorias mais restritivas dos direitos do nascituro - natalista e da personalidade condicional - fincam 
raízes na ordem jurídica superada pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil de 2002. O 
paradigma no qual foram edificadas transitava, essencialmente, dentro da órbita dos direitos patrimoniais. 
Porém, atualmente isso não mais se sustenta. Reconhecem-se, corriqueiramente, amplos catálogos de direitos 
não patrimoniais ou de bens imateriais da pessoa - como a honra, o nome, imagem, integridade moral e 
psíquica, entre outros. 4. Ademais, hoje, mesmo que se adote qualquer das outras duas teorias restritivas, há 
de se reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao nascituro, dos quais o direito à vida é o mais 
importante. Garantir ao nascituro expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao nascimento, só 
faz sentido se lhe for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é direito pressuposto a todos 
os demais. 5. Portanto, é procedenteo pedido de indenização referente ao seguro DPVAT, com base no que 
dispõe o art. 3º da Lei n.6.194/1974. Se o preceito legal garante indenização por morte, o aborto causado 
pelo acidente subsume-se à perfeição ao comando normativo, haja vista que outra coisa não ocorreu, senão a 
morte do nascituro, ou o perecimento de uma vida intrauterina". (REsp 1415727/SC, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, 4ª Turma, julgado em 04/09/2014, DJe 29/09/2014). 
Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 (PGE-SC 2018) 
 É inadmissível a declaração de incapacidade absoluta às pessoas com enfermidade ou deficiência mental. (REsp 
1.927.423/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, por unanimidade, julgado em 27/04/2021) 
I - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 
 
 5 
884 
II - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
III - (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada 
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 (PGE-SC 2018) 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
 (PGE-SC 2018) 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência) 
 (PGE-SC 2018) 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 (PGE-SC 2018) 
IV - os pródigos. 
 (PGE-SC 2018) 
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos; 
 "AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ATROPELAMENTO. LESÕES CORPORAIS. INCAPACIDADE. DEVER DE 
INDENIZAR. (...) RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PAIS. EMANCIPAÇÃO. (...) 2. A emancipação voluntária, 
diversamente da operada pela força de lei, não exclui a responsabilidade civil dos pais pelos atos praticados 
por seus filhos menores. (Agrg na Ag 1239557/RJ, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, 4ª Turma, julgado em 
09/10/2012, DJe 17/10/2012). 
II - pelo casamento; 
 
 
 6 
884 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Art. 6 o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos 
após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida 
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do 
falecimento. 
Art. 8 o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se 
algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
 (PGE-PR 2015) 
Art. 9 o Serão registrados em registro público: 
 (PGE-PR 2015) 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
 (PGE-PR 2015) 
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
 
 
 7 
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I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação 
judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 (PGE-AM 2016) 
 O exercício dos direitos da personalidade pode ser objeto de disposição voluntária, desde que não permanente 
nem geral, estando condicionado à prévia autorização do titular e devendo sua utilização estar de acordo com o 
contrato estabelecido entre as partes. "A polêmica central repousa sobre o direito de indenização pelo uso de 
mensagem de voz em gravação de saudação telefônica. Não se discute que a voz encontra proteção nos 
direitos da personalidade, garantidos pela Constituição da República e previstos no Capítulo II da Parte Geral 
do Código Civil. O simples fato de se tratar de direito da personalidade não afasta a possibilidade de 
exploração econômica da voz e, a despeito da redação literal do art. 11 do CC/02, a possibilidade de 
limitação voluntária de seu exercício. Nesse sentido tem-se o enunciado 4 da I Jornada de Direito Civil: 'O 
exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem 
geral'. Perfeitamente possível e válido, portanto, o negócio jurídico que tenha por objeto a gravação de voz, 
devendo-se averiguar apenas se foi ela gravada com autorização do seu titular e se sua utilização ocorreu 
dentro dos limites contratuais". (REsp 1.630.851/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, julgado 
em 27/4/2017, DJe 22/6/2017). 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar 
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
 A conduta da agressão, verbal ou física, de um adulto contra uma criança ou adolescente, configura elemento 
caracterizador da espécie do dano moral in re ipsa. "De início, cumpre salientar que o STJ já decidiu que as 
crianças, mesmo da mais tenra idade, fazem jus à proteção irrestrita dos direitos da personalidade, 
assegurada a indenização pelo dano moral decorrente de sua violação, nos termos dos arts. 5º, X, in fine, da 
CF e 12, caput, do CC/02. (...) Logo, a injustiça da conduta da agressão, verbal ou física, de um adulto contra 
uma criança ou adolescente, independe de prova e caracteriza atentado à dignidade dos menores". (REsp 
1.642.318/MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, julgado em 7/2/2017, DJe 13/2/2017). 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto 
grau. 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando 
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
 
 
 8 
884 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no 
todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 
 Não há exigência de formalidade específica acerca da manifestação de última vontade do indivíduo sobre a 
destinação de seu corpo após a morte, sendo possível a submissão do cadáver ao procedimento de criogenia 
em atenção à vontade manifestada em vida. "(...) não exigindo a Lei de Registros Públicos forma especial para 
a manifestação em vida em relação à cremação, será possível aferir a vontade do indivíduo, após o seu 
falecimento, por outros meios de prova legalmente admitidos. É de se ressaltar que, em casos envolvendoa 
tutela de direitos da personalidade do indivíduo post mortem (direito ao cadáver), o ordenamento jurídico 
legitima os familiares mais próximos a atuarem em favor dos interesses deixados pelo de cujus. Logo, na falta 
de manifestação expressa deixada pelo indivíduo em vida acerca da destinação de seu corpo após a morte, 
presume-se que sua vontade seja aquela apresentada por seus familiares mais próximos". (REsp 1693718/RJ, 
Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 3ª Turma, julgado em 26/03/2019, DJe 04/04/2019). 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico 
ou a intervenção cirúrgica. 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 É admissível a exclusão de prenome da criança na hipótese em que o pai informou, perante o cartório de 
registro civil, nome diferente daquele que havia sido consensualmente escolhido pelos genitores. (REsp 
1.905.614-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, por unanimidade, julgado em 04/05/2021, DJe 
06/05/2021) 
 "Transexual. Identidade de gênero. Direito subjetivo à alteração do nome e da classificação de gênero no 
assento de nascimento. Possibilidade independentemente de cirurgia de procedimento cirúrgico de 
redesignação. Princípios da dignidade da pessoa humana, da personalidade, da intimidade, da isonomia, da 
saúde e da felicidade. Convivência com os princípios da publicidade, da informação pública, da segurança 
jurídica, da veracidade dos registros públicos e da confiança. (...) 2. É mister que se afaste qualquer óbice 
jurídico que represente restrição ou limitação ilegítima, ainda que meramente potencial, à liberdade do ser 
humano para exercer sua identidade de gênero e se orientar sexualmente, pois essas faculdades constituem 
inarredáveis pressupostos para o desenvolvimento da personalidade humana. (...) 5. Assentadas as seguintes 
teses de repercussão geral: i) O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e 
de sua classificação de gênero no registro civil, não se exigindo, para tanto, nada além da manifestação da 
vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como diretamente pela via 
administrativa. ii) Essa alteração deve ser averbada à margem no assento de nascimento, sendo vedada a 
inclusão do termo ‘transexual’. iii) Nas certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a origem 
do ato, sendo vedada a expedição de certidão de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio interessado ou 
por determinação judicial. iv) Efetuando-se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado determinar, 
de ofício ou a requerimento do interessado, a expedição de mandados específicos para a alteração dos 
demais registros nos órgãos públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a 
origem dos atos". (RE 670422, Rel. Min. Dias Toffoli, Tribunal Pleno, julgado em 15/08/2018, DJe 
10/03/2020). 
 
 
 9 
884 
 O direito dos transexuais à retificação do prenome e do sexo/gênero no registro civil não é condicionado à 
exigência de realização da cirurgia de transgenitalização. "AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO DE 
NASCIMENTO PARA A TROCA DE PRENOME E DO SEXO (GÊNERO) MASCULINO PARA O FEMININO. 
PESSOA TRANSEXUAL. DESNECESSIDADE DE CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO. (...) 2. Nessa 
perspectiva, observada a necessidade de intervenção do Poder Judiciário, admite-se a mudança do nome 
ensejador de situação vexatória ou degradação social ao indivíduo, como ocorre com aqueles cujos prenomes 
são notoriamente enquadrados como pertencentes ao gênero masculino ou ao gênero feminino, mas que 
possuem aparência física e fenótipo comportamental em total desconformidade com o disposto no ato 
registral. 3. Contudo, em se tratando de pessoas transexuais, a mera alteração do prenome não alcança o 
escopo protetivo encartado na norma jurídica infralegal, além de descurar da imperiosa exigência de 
concretização do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, que traduz a máxima antiutilitarista 
segundo a qual cada ser humano deve ser compreendido como um fim em si mesmo e não como um meio 
para a realização de finalidades alheias ou de metas coletivas. 4. Isso porque, se a mudança do prenome 
configura alteração de gênero (masculino para feminino ou vice-versa), a manutenção do sexo constante no 
registro civil preservará a incongruência entre os dados assentados e a identidade de gênero da pessoa, a 
qual continuará suscetível a toda sorte de constrangimentos na vida civil, configurando-se flagrante atentado 
a direito existencial inerente à personalidade. (...) 10. Consequentemente, à luz dos direitos fundamentais 
corolários do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, infere-se que o direito dos transexuais à 
retificação do sexo no registro civil não pode ficar condicionado à exigência de realização da cirurgia de 
transgenitalização, para muitos inatingível do ponto de vista financeiro (como parece ser o caso em exame) ou 
mesmo inviável do ponto de vista médico. 11. Ademais, o chamado sexo jurídico (aquele constante no 
registro civil de nascimento, atribuído, na primeira infância, com base no aspecto morfológico, gonádico ou 
cromossômico) não pode olvidar o aspecto psicossocial defluente da identidade de gênero autodefinido por 
cada indivíduo, o qual, tendo em vista a ratio essendi dos registros públicos, é o critério que deve, na 
hipótese, reger as relações do indivíduo perante a sociedade". (REsp 1626739/RS, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, 4ª Turma, julgado em 09/05/2017, DJe 01/08/2017). 
 O brasileiro que adquiriu dupla cidadania pode ter seu nome retificado no registro civil do Brasil, desde que 
isso não cause prejuízo a terceiros, quando vier a sofrer transtornos no exercício da cidadania por força da 
apresentação de documentos estrangeiros com sobrenome imposto por lei estrangeira e diferente do que 
consta em seus documentos brasileiros. "REGISTRO CIVIL. NOME CIVIL. RETIFICAÇÃO. DUPLA CIDADANIA. 
ADEQUAÇÃO DO NOME BRASILEIRO AO ITALIANO. ALTERAÇÃO DO SOBRENOME INTERMEDIÁRIO. 
JUSTA CAUSA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. RAZOABILIDADE DO REQUERIMENTO. 1. Pedido de retificação 
de registro civil, em decorrência da obtenção da nacionalidade italiana (dupla cidadania), ensejando a 
existência de sobrenomes intermediários diferentes (Tristão ou Rodrigues) nos documentos brasileiros e 
italianos. 2. Reconhecimento da ocorrência de justa causa, em face dos princípios da verdade real, da simetria 
e da segurança jurídica, inexistindo prejuízo a terceiros". (REsp 1310088/MG, Rel. Min. João Otávio de 
Noronha, Rel. P/ Acórdão Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, julgado em 17/05/2016, DJe 
19/08/2016). 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção 
difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
 "RESPONSABILIDADE CIVIL. OFENSA AO DIREITO DE IMAGEM. UTILIZAÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO. DANO 
MORAL "IN RE IPSA". PRECEDENTES. ENUNCIADO 278 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL. (...) 2. 
 
 
 10 
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Jurisprudência firme desta Corte no sentido de que os danos extrapatrimoniais por violação ao direito de 
imagem decorrem diretamente do seu próprio uso indevido, sendo prescindível a comprovação da existência 
de outros prejuízos por se tratar de modalidade de dano "in re ipsa". 3. Aplicável ao caso o Enunciado nº 278, 
da IV Jornada de Direito Civil que, analisando o disposto no art. 18 do Código Civil, concluiu: "A publicidade 
que divulgar, sem autorização, qualidades inerentes a determinada pessoa, ainda que sem mencionar seu 
nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a direito da personalidade". (REsp 1432324/SP, Rel. 
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, julgado em 18/12/2014, DJe 04/02/2015). 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteçãoque se dá ao nome. 
 "PROPRIEDADE INDUSTRIAL. NOME ARTÍSTICO. PROTEÇÃO A DIREITO DA PERSONALIDADE (CC/1916, 
ART. 74; CC/2002, ARTS. 11, 12 E 19). AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULA 211/STJ). GRUPO 
MUSICAL. NOME ARTÍSTICO E TÍTULO GENÉRICO. DISTINÇÃO. REGISTRO COMO MARCA. 
POSSIBILIDADE (LEI 9.279/96, ARTS. 122, 124, XVI, E 129). PROTEÇÃO DEVIDA. DISSÍDIO 
JURISPRUDENCIAL. (...) 1. A designação de grupo musical por título genérico não se confunde com aquela 
por pseudônimo, apelido notório ou nome artístico singular ou coletivo, esses quatro últimos utilizados por 
pessoas físicas para se apresentarem no meio artístico, identificando-se como artistas. Para pseudônimo, 
apelido notório e nome artístico singular ou coletivo são assegurados atributos protetivos inerentes à 
personalidade, inclusive a necessidade de prévio consentimento do titular como requisito para o registro da 
marca (Lei 9.279/96, art.124, XVI)". (REsp 678.497/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, 4ª Turma, julgado em 
20/02/2014, DJe 17/03/2014). 
 "Direito civil. Uso de pseudônimo. "Tiririca". Exclusividade. Inadmissibilidade. I. - O pseudônimo goza da 
proteção dispensada ao nome, mas, por não estar configurado como obra, inexistem direitos materiais e morais 
sobre ele. II. - O uso contínuo de um nome não dá ao portador o direito ao seu uso exclusivo. Incabível a 
pretensão do autor de impedir que o réu use o pseudônimo "Tiririca", até porque já registrado, em seu 
nome, no INPI". (REsp 555.483/SP, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, 3ª Turma, julgado em 14/10/2003, DJ 
10/11/2003). 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição 
ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem 
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, 
ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) 
 (PGE-SP 2018) 
 "Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins 
econômicos ou comerciais". (Súmula STJ 403). 
 "DIREITO DE IMAGEM. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC/2015. PRESCRIÇÃO. TERMO 
INICIAL. CADA PUBLICAÇÃO NÃO AUTORIZADA. DANOS MORAIS. CABIMENTO. QUANTUM 
INDENIZATÓRIO. NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO. JUROS DE MORA. TERMO A QUO. 
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL. EVENTO DANOSO. (...) 1. A jurisprudência deste Tribunal se 
firmou no sentido de que a publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou 
comerciais gera o dever de indenização por danos morais, embora não haja conotação ofensiva ou vexatória". 
(AgInt no AREsp 1467664/SP, Rel. Min. Raul Araújo, 4ª Turma, julgado em 08/06/2020, DJe 25/06/2020). 
 
 
 11 
884 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa 
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, 
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta 
norma. (Vide ADIN 4815) 
 (PGE-SP 2018) 
 Existindo evidente interesse social no cultivo à memória histórica e coletiva de delito notório, incabível o 
acolhimento da tese do direito ao esquecimento para proibir qualquer veiculação futura de matérias 
jornalísticas relacionadas ao fato criminoso cuja pena já se encontra cumprida. "AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER. MATÉRIA JORNALÍSTICA. 
REVISTA DE GRANDE CIRCULAÇÃO. CRIME HISTÓRICO. REPORTAGEM. REPERCUSSÃO NACIONAL. 
DIREITO À PRIVACIDADE. PENA PERPÉTUA. PROIBIÇÃO. DIREITO À RESSOCIALIZAÇÃO DE PESSOA 
EGRESSA. OFENSA. CONFIGURAÇÃO. DIREITO AO ESQUECIMENTO. CENSURA PRÉVIA. 
IMPOSSIBILIDADE. MEMÓRIA COLETIVA. DIREITO À INFORMAÇÃO. LIBERDADE DE EXPRESSÃO. ESPOSO 
E FILHOS MENORES. EXTENSÃO DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO. (...) 3. Enquanto projeção da liberdade 
de manifestação de pensamento, a liberdade de imprensa não se restringe aos direitos de informar e de 
buscar informação, mas abarca outros que lhes são correlatos, tais como os direitos à crítica e à opinião. Por 
não possuir caráter absoluto, encontra limitação no interesse público e nos direitos da personalidade, 
notadamente, à imagem e à honra das pessoas sobre as quais se noticia. (...) 7. A exploração midiática de 
dados pessoais de egresso do sistema criminal configura violação do princípio constitucional da proibição de 
penas perpétuas, do direito à reabilitação e do direito de retorno ao convívio social, garantidos pela 
legislação infraconstitucional nos artigos 41, VIII e 202 da Lei nº 7.210/1984 e 93 do Código Penal. 8. Diante 
de evidente interesse social no cultivo à memória histórica e coletiva de delito notório, incabível o 
acolhimento da tese do direito ao esquecimento para o fim de proibir qualquer veiculação futura de matérias 
jornalísticas relacionadas ao fato criminoso, sob pena de configuração de censura prévia, vedada pelo 
ordenamento jurídico pátrio". (REsp 1736803/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, julgado em 
28/04/2020, DJe 04/05/2020). 
CAPÍTULO III 
DA AUSÊNCIA 
SEÇÃO I 
DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver 
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-
lhe-á curador. 
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar 
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes 
forem insuficientes. 
 
 
 12 
884 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as 
circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. 
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por 
mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 
§ 1 o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos 
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. 
§ 2 o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 
§ 3 o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. 
SEÇÃO II 
DA SUCESSÃO PROVISÓRIA 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante 
ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a 
ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: 
I - o cônjuge não separado judicialmente; 
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; 
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
SEÇÃO III 
DA SUCESSÃO DEFINITIVA 
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão 
provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções 
prestadas. 
 "SEGURO DE VIDA. DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA DA SEGURADA. ABERTURA DE SUCESSÃO 
PROVISÓRIA. PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO. NECESSIDADE DE SE AGUARDAR A ABERTURA DA 
SUCESSÃO DEFINITIVA, QUANDO SERÁ PRESUMIDA A MORTE DA PESSOA NATURAL. 1. O instituto da 
ausência e o procedimento para o seu reconhecimento revelam um iter que se inaugura com a declaração, 
perpassa pela abertura da sucessão provisória e se desenvolve até que o decênio contado da declaração da 
morte presumida se implemente. 2. Transcorrido o interregno de um decênio, contado do trânsito em julgado 
da decisão que determinou a abertura da sucessão provisória, atinge sua plena eficácia a declaração de 
 
 
 13 
884ausência, consubstanciada na morte presumida do ausente e na abertura da sua sucessão definitiva. 3. A lei, 
fulcrada no que normalmente acontece, ou seja, no fato de que as pessoas, no trato diário de suas relações, 
não desaparecem intencionalmente sem deixar rastros, elegeu o tempo como elemento a solucionar o 
dilema, presumindo, em face do longo transcurso do tempo, a probabilidade da ocorrência da morte do 
ausente. 4. Estabelecida pela lei a presunção da morte natural da pessoa desaparecida, é o contrato de 
seguro de vida alcançado por esse reconhecimento, impondo-se apenas que se aguarde pelo momento da 
morte presumida e a abertura da sucessão definitiva". (REsp 1298963/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino, 3ª Turma, julgado em 26/11/2013, DJe 25/02/2014). 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta 
oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou 
algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no 
estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais 
interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum 
interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do 
Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se 
ao domínio da União, quando situados em território federal. 
 (PGE-GO 2021) 
TÍTULO II 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
 (PGE-SC 2018) 
I - a União; 
 (PGE-SC 2018) 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
 (PGE-SC 2018) 
 
 
 14 
884 
III - os Municípios; 
 (PGE-SC 2018) 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) 
 (PGE-SC 2018) 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 (PGE-SC 2018) 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se 
tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu 
funcionamento, pelas normas deste Código. 
 "A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente 
podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais". (Súmula STJ 525). 
 "MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO POR CÂMARA MUNICIPAL PARA DISCUTIR RETENÇÃO DE 
VALORES DO FPM. ILEGITIMIDADE ATIVA. (...) 2. A Câmara Municipal não possui personalidade jurídica, mas 
apenas personalidade judiciária, a qual lhe autoriza apenas atuar em juízo para defender os seus interesses 
estritamente institucionais, ou seja, aqueles relacionados ao funcionamento, autonomia e independência do 
órgão, não se enquadrando, nesse rol, o interesse patrimonial do ente municipal". (REsp 1429322/AL, Rel. Min. 
Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, julgado em 20/02/2014, DJe 28/02/2014). 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
 (PGE-SC 2018) (PGE-AP 2018) 
I - as associações; 
 (PGE-SC 2018) (PGE-AP 2018) 
II - as sociedades; 
 (PGE-AP 2018) 
III - as fundações. 
 (PGE-SC 2018) (PGE-AP 2018) 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
 (PGE-SC 2018) (PGE-AP 2018) 
 
 
 15 
884 
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
 (PGE-SC 2018) (PGE-AP 2018) 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 
2011) (Vigência) 
 (PGE-AP 2018) 
§ 1 o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro 
dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003) 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação 
do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou 
administradores. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de 
alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular 
empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de 
todos. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou 
pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas 
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios 
da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
 (PGE-PR 2015) (PGE-MA 2016) 
 "Não há condenação em honorários advocatícios em incidente de desconsideração da personalidade jurídica." 
(REsp 1.845.536-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Marco Aurélio Bellizze, 3ª Turma, por maioria, 
julgado em 26/05/2020, DJe 09/06/2020) 
 "DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA. AÇÃO DE DIVÓRCIO. POSSIBILIDADE. 
EVIDÊNCIAS DA INTENÇÃO DE UM DOS CÔNJUGES DE SUBTRAIR DO OUTRO DIREITOS ORIUNDOS DA 
SOCIEDADE AFETIVA. (...) 3. A jurisprudência desta Corte admite a aplicação da desconsideração inversa da 
personalidade jurídica toda vez que um dos cônjuges ou companheiros utilizar-se da sociedade empresária que 
detém controle, ou de interposta pessoa física, com a intenção de retirar do outro consorte ou companheiro 
 
 
 16 
884 
direitos provenientes da relação conjugal". (REsp 1522142/PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 3ª Turma, 
julgado em 13/06/2017, DJe 22/06/2017). 
 "ARTIGO 50, DO CC. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. REQUISITOS. 
ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES OU DISSOLUÇÃO IRREGULARES DA SOCIEDADE. INSUFICIÊNCIA. 
DESVIO DE FINALIDADE OU CONFUSÃO PATRIMONIAL. DOLO. NECESSIDADE. INTERPRETAÇÃO 
RESTRITIVA. ACOLHIMENTO. 1. A criação teórica da pessoa jurídica foi avanço que permitiu o 
desenvolvimento da atividade econômica, ensejando a limitação dos riscos do empreendedor ao patrimônio 
destacado para tal fim. Abusos no uso da personalidade jurídica justificaram, em lenta evolução 
jurisprudencial, posteriormente incorporada ao direito positivo brasileiro, a tipificação de hipóteses em que se 
autoriza o levantamento do véu da personalidade jurídica para atingir o patrimônio de sócios que dela 
dolosamente se prevaleceram para finalidades ilícitas. Tratando-se de regra de exceção, de restrição ao 
princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, a interpretação que melhor se coaduna com o art. 50 
do Código Civil é a que relega sua aplicação a casos extremos, em que a pessoa jurídica tenha sido 
instrumento para fins fraudulentos, configurado mediante o desvio da finalidade institucional ou a confusão 
patrimonial. 2. O encerramento das atividades ou dissolução, ainda que irregulares, da sociedade não são 
causas, por si só, para a desconsideração da personalidade jurídica, nos termos do Código Civil. (EREsp 
1306553/SC, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, 2ª Seção, julgado em 10/12/2014, DJe 12/12/2014). 
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica 
com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de2019) 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, 
caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-
versa; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor 
proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 
2019) 
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 
2019) 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata 
o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da 
atividade econômica específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
 
 17 
884 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
 (PGE-PR 2015) (PGE-SC 2018) 
 "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral". (Súmula STJ 227). 
 "DANO MORAL À PESSOA JURÍDICA NÃO PRESUMÍVEL. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO 
PREJUÍZO OU ABALO À IMAGEM COMERCIAL. PRECEDENTES. (...) 3. A jurisprudência do Superior Tribunal 
de Justiça é consolidada no sentido de que o dano moral à pessoa jurídica não é presumível, motivo pelo qual 
deve estar demonstrado nos autos o prejuízo ou abalo à imagem comercial". (AgInt no REsp 1850992/RJ, Rel. 
Min. Benedito Gonçalves, 1ª Turma, julgado em 25/05/2020, DJe 27/05/2020). 
 O condomínio, por ser uma massa patrimonial, não possui honra objetiva apta a sofrer dano moral. "5. No 
âmbito das Turmas que compõem a Segunda Seção do STJ, prevalece a corrente de que os condomínios são 
entes despersonalizados, pois não são titulares das unidades autônomas, tampouco das partes comuns, além 
de não haver, entre os condôminos, a affectio societatis, tendo em vista a ausência de intenção dos 
condôminos de estabelecerem, entre si, uma relação jurídica, sendo o vínculo entre eles decorrente do direito 
exercido sobre a coisa e que é necessário à administração da propriedade comum. 6. Caracterizado o 
condomínio como uma massa patrimonial, não há como reconhecer que seja ele próprio dotado de honra 
objetiva, senão admitir que qualquer ofensa ao conceito que possui perante a comunidade representa, em 
verdade, uma ofensa individualmente dirigida a cada um dos condôminos, pois quem goza de reputação são 
os condôminos e não o condomínio, ainda que o ato lesivo seja a este endereçado. 7. Diferentemente do que 
ocorre com as pessoas jurídicas, qualquer repercussão econômica negativa será suportada, ao fim e ao cabo, 
pelos próprios condôminos, a quem incumbe contribuir para todas as despesas condominiais, e/ou pelos 
respectivos proprietários, no caso de eventual desvalorização dos imóveis no mercado imobiliário". (REsp 
1736593/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, julgado em 11/02/2020, DJe 13/02/2020). 
CAPÍTULO II 
DAS ASSOCIAÇÕES 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, 
a transferência daquela não importará, de per si , na atribuição da qualidade de associado ao 
adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
CAPÍTULO III 
DAS FUNDAÇÕES 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, 
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
 (PGE-AM 2016) 
 
 
 18 
884 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei 
nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, 
de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas 
de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei 
nº 13.151, de 2015) 
 (PGE-AM 2016) 
IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 
 
 19 
884 
 (PGE-AM 2016) 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de 
outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim 
igual ou semelhante. 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
 (PGE-AM 2016) 
TÍTULO III 
DO DOMICÍLIO 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. 
 (PGE-RS 2015) 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o 
lugar onde esta é exercida. 
 (PGE-RS 2015) 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá 
domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
 (PGE-RS 2015) 
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde 
for encontrada. 
 (PGE-AL 2021) 
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 
 (PGE-RS 2015) (PGE-AL 2021) 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos 
lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com 
as circunstâncias que a acompanharem. 
 
 
 20 
884 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
 (PGE-RS 2015) 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor 
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, 
sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente 
subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que 
cumprir a sentença. 
 (PGE-RS 2015) (PGE-AL 2021) 
LIVRO II 
DOS BENS 
TÍTULO ÚNICO 
DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS 
CAPÍTULO I 
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS 
SEÇÃO I 
DOS BENS IMÓVEIS 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
 (PGE-SE 2017) (PGE-AL 2021) 
 Na dação em pagamento de imóvel sem cláusula que disponha sobre a propriedade das árvores de 
reflorestamento, a transferência do imóvel inclui a plantação. "DAÇÃO EM PAGAMENTO DO IMÓVEL SEM 
CLÁUSULA QUE DISPUSESSE ACERCA DA PROPRIEDADE DA COBERTURA VEGETAL LENHOSA. (...) 2. 
Conforme consta dos artigos 79 e 92 do Código Civil, salvo expressa disposição em contrário, as árvores 
incorporadas ao solo mantêm a característica de bem imóvel, pois acessórios do principal, motivo peloqual, 
em regra, a acessão artificial recebe a mesma classificação/natureza jurídica do terreno sobre o qual é 
plantada. 2.1 No entanto, essa classificação legal pode ser interpretada de acordo com a destinação 
econômica conferida ao bem, sendo viável transmudar a sua natureza jurídica para bem móvel por 
antecipação, cuja peculiaridade reside na vontade humana de mobilizar a coisa em função da finalidade 
econômica. (...) Ademais, diante da presunção legal de que o acessório segue o principal e em virtude da 
ausência de anotação/observação quando da dação em pagamento acerca das árvores plantadas sobre o 
terreno, há que se concluir que essas foram transferidas juntamente com a terra nua". (REsp 1.567.479/PR, 
Rel. Min. Marco Buzzi, 4ª Turma. julgado em 11/06/2019, DJe 18/06/2019). 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
 
 
 21 
884 
 (PGE-AL 2021) 
II - o direito à sucessão aberta. 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; 
 (PGE-AL 2021) 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 (PGE-AL 2021) 
SEÇÃO II 
DOS BENS MÓVEIS 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
 (PGE-AL 2021) 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 (PGE-AL 2021) 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio. 
 (PGE-RS 2015) 
SEÇÃO IV 
DOS BENS DIVISÍVEIS 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
 
 
 22 
884 
 (PGE-RS 2015) 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou 
por vontade das partes. 
 (PGE-RS 2015) 
SEÇÃO V 
DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , 
independentemente dos demais. 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à 
mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas 
próprias. 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. 
 (PGE-RS 2015) 
CAPÍTULO II 
DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal. 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
 (PGE-RS 2015) (PGE-SE 2017) 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
 (PGE-RS 2015) 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto 
de negócio jurídico. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
 
 
 23 
884 
 (PGE-SE 2017) 
§ 1 o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
 (PGE-SE 2017) 
§ 2 o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
 (PGE-SE 2017) 
§ 3 o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
 (PGE-SE 2017) 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem 
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
 (PGE-SE 2017) 
CAPÍTULO III 
DOS BENS PÚBLICOS 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
 (PGE-SC 2018) 
Art. 99. São bens públicos: 
 (PGE-AM 2016) (PGE-SC 2018) 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
 (PGE-SC 2018) 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 (PGE-AM 2016) (PGE-SC 2018) 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
 
 24 
884 
 (PGE-AM 2016) (PGE-SC 2018) 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito 
privado. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 (PGE-SC 2018) (PGE-MA 2016) 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 (PGE-PR 2015) (PGE-SC 2018) (PGE-MA 2016) 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 (PGE-PR 2015) 
 "A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de 
retenção ou indenização por acessões e benfeitorias". (Súmula STJ 619). 
 "AÇÃO REIVINDICATÓRIA DE BENS PÚBLICOS OBJETO DE CONTRATO DE CONCESSÃO DE DIREITO 
REAL DE USO CELEBRADO COM TERCEIRO. (...) 8. Nesse quadro, também sobressai a exegese firmada no 
STJ no sentido de que, no tocante aos bens públicos, não se pode falar em posse, mas em mera detenção de 
natureza precária, o que afasta a pretensão a qualquer direito típico de possuidor em detrimento do Poder 
Público - a exemplo da indenização por benfeitorias ou por acessões previsto no artigo 1.219 do Código Civil 
de 2002 -, ainda que à luz de alegada boa-fé". (REsp 1403493/DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, 
julgado em 11/06/2019, DJe 02/08/2019). 
 "É cabível a aquisição de imóveis particulares situados no Setor Tradicional de Planaltina/DF, por usucapião, 
ainda que pendente o processo de regularização urbanística." (REsp 1.818.564-DF, Rel. Min. Moura Ribeiro, 
Segunda Seção, por unanimidade, julgado em 09/06/2021) 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
LIVRO III 
DOS FATOS JURÍDICOS 
 
 
 25 
884 
TÍTULO I 
DO NEGÓCIO JURÍDICO 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
 (PGE-AC 2017) 
I - agente capaz; 
 (PGE-AC 2017) 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
 (PGE-AC 2017) 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em 
benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível 
o objeto do direito ou da obrigação comum. 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se 
cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. 
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando 
a lei expressamente a exigir. 
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios 
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre 
imóveisde valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
 "PROCEDIMENTO DE DÚVIDA SUSCITADO PELO OFICIAL DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS - 
DISCUSSÃO SOBRE A INTERPRETAÇÃO DO ART. 108 DO CC - PROCEDÊNCIA DA DÚVIDA NAS 
INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - ENTENDIMENTO PELA NECESSIDADE DE ESCRITURA PÚBLICA PARA 
REGISTRO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL CUJO VALOR DA AVALIAÇÃO PELO FISCO 
FOI SUPERIOR A TRINTA SALÁRIOS MÍNIMOS, AINDA QUE O VALOR DO NEGÓCIO DECLARADO PELAS 
 
 
 26 
884 
PARTES TENHA SIDO INFERIOR. (...) 1. A interpretação dada ao art. 108 do CC pelas instâncias ordinárias é 
mais consentânea com a finalidade da referida norma, que é justamente conferir maior segurança jurídica aos 
negócios que envolvem a transferência da titularidade de bens imóveis. 2. O art. 108 do CC se refere ao valor 
do imóvel, e não ao preço do negócio. Assim, havendo disparidade entre ambos, é aquele que deve ser 
levado em conta para efeito de aplicação da ressalva prevista na parte final desse dispositivo legal. 3. A 
avaliação feita pela Fazenda Pública para atribuição do valor venal do imóvel é baseada em critérios objetivos 
previstos em lei, refletindo, de forma muito mais consentânea com a realidade do mercado imobiliário, o 
verdadeiro valor do imóvel objeto do negócio". (REsp 1099480/MG, Rel. Min. Marco Buzzi, 4ª Turma, julgado 
em 02/12/2014, DJe 25/05/2015). 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de 
sua celebração. 
 (PGE-AC 2017) 
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
III - corresponder à boa-fé; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida 
das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as 
informações disponíveis no momento de sua celebração. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
 
 
 27 
884 
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas 
e de integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. 
 (PGE-AC 2017) 
CAPÍTULO III 
DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO 
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, 
subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. 
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos 
bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio 
jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. 
 (PGE-SP 2018) 
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: 
 (PGE-PR 2015) 
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; 
 (PGE-PR 2015) 
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; 
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias. 
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer 
coisa impossível. 
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se 
não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa. 
 (PGE-PE 2018) 
 
 
 28 
884 
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer 
quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem 
incompatíveis. 
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, 
podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. 
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela 
se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, 
salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que 
compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé. 
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é 
permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. 
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. 
 (PGE-PE 2018) 
CAPÍTULO IV 
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
SEÇÃO I 
DO ERRO OU IGNORÂNCIA 
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de 
erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das 
circunstâncias do negócio. 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 139. O erro é substancial quando: 
 (PGE-AC 2017) 
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das 
qualidades a ele essenciais; 
 (PGE-AC 2017) 
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de 
vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; 
 (PGE-AC 2017) 
 
 
 29 
884 
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do 
negócio jurídico. 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão 
determinante. 
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, 
não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a 
coisa ou pessoa cogitada. 
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. 
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a 
manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real 
do manifestante. 
SEÇÃO II 
DO DOLO 
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. 
 (PGE-PE 2018) (PGE-RS 2021) 
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu 
despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. 
 (PGE-RS 2021) 
SEÇÃO III 
DA COAÇÃO 
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente 
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. 
 (PGE-PE 2018) 
SEÇÃO IV 
DO ESTADO DE PERIGO 
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, 
ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação 
excessivamente onerosa. 
 
 
 30 
884 
 (PGE-SP 2018) (PGE-PE 2018) 
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá 
segundo as circunstâncias. 
 (PGE-SP 2018) 
SEÇÃO V 
DA LESÃO 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, 
se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
 (PGE-SP 2018) (PGE-PR 2015) (PGE-PE 2018) 
§ 2 o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a 
parte favorecida concordar com a redução do proveito. 
SEÇÃO VI 
DA FRAUDE CONTRA CREDORES 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o 
devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser 
anulados pelos credores quirografários,como lesivos dos seus direitos. 
 (PGE-AM 2016) (PGE-PR 2015) 
§ 1 o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. 
§ 2 o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. 
 "ANULAÇÃO DE COMPRA DE IMÓVEL POR TERCEIROS DE BOA-FÉ. IMPOSSIBILIDADE. LIMITAÇÃO DA 
PROCEDÊNCIA AOS QUE AGIRAM DE MÁ-FÉ, QUE DEVERÃO INDENIZAR O CREDOR PELA QUANTIA 
EQUIVALENTE AO FRAUDULENTO DESFALQUE DO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR. PEDIDO QUE ENTENDE-
SE IMPLÍCITO NO PLEITO EXORDIAL. (...) 3. 'Quanto ao direito material, a lei não tem dispositivo expresso 
sobre os efeitos do reconhecimento da fraude, quando a ineficácia dela decorrente não pode atingir um 
resultado útil, por encontrar-se o bem em poder de terceiro de boa-fé. Cumpre, então, dar aplicação 
analógica ao artigo 158 do CCivil [similar ao artigo 182 do Código Civil de 2002], que prevê, para os casos de 
nulidade, não sendo possível a restituição das partes ao estado em que se achavam antes do ato, a 
indenização com o equivalente. Inalcançável o bem em mãos de terceiro de boa-fé, cabe ao alienante, que 
adquiriu de má fé, indenizar o credor'.". (REsp 1100525/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, julgado 
em 16/04/2013, DJe 23/04/2013). 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a 
insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. 
 
 
 31 
884 
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor 
insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros 
adquirentes que hajam procedido de má-fé. 
 (PGE-PR 2015) 
 "Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores". (Súmula STJ 195). 
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida 
ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar 
o concurso de credores, aquilo que recebeu. 
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o 
devedor insolvente tiver dado a algum credor. 
CAPÍTULO V 
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na 
substância e na forma. 
 (PGE-PR 2015) (PGE-AC 2017) 
 A nulidade de negócio jurídico simulado pode ser reconhecida no julgamento de embargos de terceiros. (REsp 
1.927.496/SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, Terceira Turma, por unanimidade, julgado em 27/04/2021) 
§ 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
 (PGE-PR 2015) (PGE-AC 2017) 
 
 
 32 
884 
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se 
conferem, ou transmitem; 
 (PGE-PR 2015) (PGE-AC 2017) 
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
 (PGE-PR 2015) (PGE-AC 2017) 
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
 (PGE-PR 2015) (PGE-AC 2017) 
§ 2 o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico 
simulado. 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, 
ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. 
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio 
jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que 
a requerimento das partes. 
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso 
do tempo. 
 (PGE-PR 2015) (PGE-AL 2021) 
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este 
quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem 
previsto a nulidade. 
 (PGE-PR 2015) (PGE-RS 2021) 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
 (PGE-PR 2015) 
I - por incapacidade relativa do agente; 
 (PGE-PR 2015) 
 
 
 33 
884 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 (PGE-PR 2015) 
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. 
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de 
ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo 
o caso de solidariedade ou indivisibilidade. 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio 
jurídico, contado: 
 (PGE-SP 2018) (PGE-AM 2016) 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
 (PGE-RS 2021) 
 "AÇÃO DE ANULAÇÃO DE PARTILHA POR COAÇÃO. DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PRAZO 
DECADENCIAL DE QUATRO ANOS. ART. 178 DO CÓDIGO CIVIL. SEGURANÇA JURÍDICA. 1. É de quatro 
anos o prazo de decadência para anular partilha de bens em dissolução de união estável, por vício de 
consentimento (coação), nos termos do art. 178 do Código Civil. 2. Não houve alterações de ordem jurídico-
normativa, com o advento do Código Civil de 2002, a justificar alteração da consolidada jurisprudência dos 
tribunais superiores, com base no Código Civil de 1916, segundo a qual a anulação da partilha ou do acordo 
homologado judicialmente na separação consensual regulava-se pelo prazo prescricional previsto no art. 178, 
§ 9º, inciso V, e não aquele de um ano preconizado pelo art. 178, § 6º, V, do mesmo diploma. Precedentes do 
STF e do STJ. 3. É inadequada a exegese extensiva de uma exceção à regra geral - arts. 2.027 do CC e 1.029 
do CPC/73, ambos inseridos, respectivamente, no Livro "Do Direito das Sucessões" e no capítulo intitulado 
"Do Inventário e Da Partilha" - por meio da analogia, quando o próprio ordenamento jurídico prevê 
normativo que se amolda à tipicidade do caso (CC, art. 178)". (REsp 1621610/SP, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, 4ª Turma, julgado em 07/02/2017, DJe 20/03/2017). 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou 
o negócio jurídico; 
 (PGE-SP 2018) (PGE-AM 2016) (PGE-RS 2021) 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para 
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. 
 
 
 34 
884 
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, 
invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de 
obrigar-se, declarou-se maior. 
 (PGE-PR 2015) 
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se 
não provar que reverteu em proveito dele a importância paga. 
TÍTULO III 
DOS ATOS ILÍCITOS 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 (PGE-RS 2015) (PGE-PR 2015) (PGE-PE 2018) (PGE-GO 2021) 
 "São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato". (Súmula STJ 37). 
 "Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado". (Súmula STJ 370). 
 "É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral". (Súmula STJ 387). 
 "A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral". (SúmulaSTJ 388). 
 O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros 
da vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a ação indenizatória. (Súmula STJ 642). 
 "A omissão de socorro à vítima de acidente de trânsito, por si, não configura hipótese de dano moral in re 
ipsa". (REsp 1.512.001-SP, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Quarta Turma, por unanimidade, julgado em 
27/04/2021) 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes. 
 (PGE-RS 2015) (PGE-PR 2015) (PGE-PE 2018) (PGE-MA 2016) 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
 (PGE-AM 2016) (PGE-RS 2015) 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; 
 (PGE-RS 2015) 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo 
iminente. 
 
 
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 (PGE-AM 2016) (PGE-RS 2015) 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o 
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção 
do perigo. 
 Caracteriza abuso de direito ou ação passível de gerar responsabilidade civil pelos danos causados a 
impetração do habeas corpus por terceiro com o fim de impedir a interrupção, deferida judicialmente, de 
gestação de feto portador de síndrome incompatível com a vida extrauterina. "Necessidade de perquirir sobre 
a ilicitude do ato praticado pelo recorrido, buscando, na existência ou não - de amparo legal ao 
procedimento de interrupção de gestação, na hipótese de ocorrência da síndrome de body stalk e na 
possibilidade de responsabilização, do recorrido, pelo exercício do direito de ação - dizer da existência do 
ilícito compensável; Reproduzidas, salvo pela patologia em si, todos efeitos deletérios da anencefalia, 
hipótese para qual o STF, no julgamento da ADPF 54, afastou a possibilidade de criminalização da 
interrupção da gestação, também na síndrome de body-stalk, impõe-se dizer que a interrupção da gravidez, 
nas circunstâncias que experimentou a recorrente, era direito próprio, do qual poderia fazer uso, sem risco de 
persecução penal posterior e, principalmente, sem possibilidade de interferências de terceiros, porquanto, 
ubi eadem ratio, ibi eadem legis dispositio. (Onde existe a mesma razão, deve haver a mesma regra de 
Direito). Nessa linha, e sob a égide da laicidade do Estado, aquele que se arrosta contra o direito à liberdade, 
à intimidade e a disposição do próprio corpo por parte de gestante, que busca a interrupção da gravidez de 
feto sem viabilidade de vida extrauterina, brandindo a garantia constitucional ao próprio direito de ação e à 
defesa da vida humana, mesmo que ainda em estágio fetal e mesmo com um diagnóstico de síndrome 
incompatível com a vida extrauterina, exercita, abusivamente, seu direito de ação". (REsp 1467888/GO, Rel. 
Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, julgado em 20/10/2016, DJe 25/10/2016). 
TÍTULO IV 
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA 
CAPÍTULO I 
DA PRESCRIÇÃO 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, 
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. 
 (PGE-SE 2017) 
 "RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL TERMO 
INICIAL PRINCÍPIO DA ACTIO NATA. DATA DA VIOLAÇÃO DO DIREITO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO 
DE DEMANDA PRECEDENTES. 1. A orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de 
que o termo inicial do prazo prescricional para a propositura de ação de indenização, pelo princípio da actio 
nata, ocorre com a violação do direito, segundo o art. 189 do novo Código Civil. 2. Se houver pendência de 
ação judicial, nos termos do art. 202 , I , do novo Código Civil e do art. 219 do CPC , aplicável ao mandado 
de segurança, a contagem do prazo prescricional fica interrompida". (AgRg no REsp 1060334/RS, Rel. Min. 
Humberto Martins, 2ª Turma, julgado em 24/03/2009, DJe 23/04/2009). 
 
 
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Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem 
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume 
de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 
 (PGE-AC 2017) (PGE-PE 2018) 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
 (PGE-AM 2016) (PGE-PR 2015) (PGE-AC 2017) 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem 
aproveita. 
Art. 194. (Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006) 
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes 
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. 
 (PGE-AC 2017) 
SEÇÃO II 
DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
 "CAUSA IMPEDITIVA DA PRESCRIÇÃO QUE CESSA COM A SEPARAÇÃO JUDICIAL, COM O DIVÓRCIO E 
TAMBÉM COM A SEPARAÇÃO DE FATO POR LONGO PERÍODO. TRATAMENTO ISONÔMICO PARA 
SITUAÇÕES DEMASIADAMENTE SEMELHANTES. PRESCRIÇÃO AQUISITIVA CONFIGURADA. APURAÇÃO 
DOS DEMAIS REQUISITOS CONFIGURADORES DA USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA. (...) 2- O propósito 
recursal consiste em definir se a separação de fato do casal é suficiente para cessar a causa impeditiva da 
fluência do prazo prescricional prevista no art. 197, I, do CC/2002, e, assim, para deflagrar o cômputo do 
prazo para a prescrição aquisitiva do imóvel previsto no art. 1.240 do CC/2002.(...) 4- A causa impeditiva de 
fluência do prazo prescricional prevista no art. 197, I, do CC/2002, conquanto topologicamente inserida no 
capítulo da prescrição extintiva, também se aplica às prescrições aquisitivas, na forma do art. 1.244 do 
CC/2002. 5- A constância da sociedade conjugal, exigida para a incidência da causa impeditiva da prescrição 
extintiva ou aquisitiva (art. 197, I, do CC/2002), cessará não apenas nas hipóteses de divórcio ou de separação 
judicial, mas também na hipótese de separação de fato por longo período, tendo em vista que igualmente não 
subsistem, nessa hipótese, as razões de ordem moral que justificam a existência da referida norma". (REsp 
1693732/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, julgado em 05/05/2020, DJe 11/05/2020). 
 
 
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II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3° ; 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: 
 (PGE-AC 2017) 
I - pendendo condição suspensiva; 
II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
 (PGE-AC 2017) 
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a 
prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
 "4. O ordenamento jurídico estabelece a relativa independência entre as jurisdições cível e penal, de tal 
modo que quem pretende ser ressarcido dos danos sofridos com a prática de um delito pode escolher, de 
duas, uma das opções: ajuizar a correspondente ação cível de indenização ou aguardar o desfecho da ação 
penal, para, então, liquidar ou executar o título judicial eventualmente constituído pela sentença penal 
condenatória transitada em julgado. 5. A decretação da prescrição da pretensão punitiva do Estado impede, 
tão-somente, a formação do título executivo judicial

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