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…MÓDULO 3 Reconhecer os aspectos referentes à drenagem super�cial TIPOS DE DRENAGEM Drenagem super�cial 04:24 Uma drenagem super�cial consiste na coleta e remoção das águas super�ciais que atingem ou possam atingir a obra. A forma que esse impedimento pode ocorrer é pela construção de vários dispositivos de drenagem, por exemplo, de canais para coleta de remoção. Tais dispositivos podem ser divididos em dois tipos: Drenagem super�cial Destina-se a coletar as águas super�ciais que atingem ou que possam atingir a obra (iremos estudar neste módulo). Drenagem profunda Aquela que se destina a coletar as águas que estão in�ltradas dentro dos taludes e das obras de terra (iremos estudar no próximo módulo). Em uma drenagem super�cial feita em uma rodovia, podemos citar os seguintes dispositivos: Valetas de proteção de corte Valetas de proteção de aterro Sarjetas de pé de corte Sarjetas de crista de aterro Descidas d'água Saídas d'água Sarjeta de canteiro central Caixas coletoras Bueiros de greide Dissipadores de energia Escalonamento de taludes Corta-rios Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Ilustração dos tipos de drenagem. Setas �nas e pretas representam as águas super�ciais; setas brancas e espessas, as águas subterrâneas. Ilustração simpli�cada dos dispositivos de drenagem super�cial. Vamos conhecer, a seguir, um pouco sobre os dispositivos de drenagem super�cial mais utilizados. DISPOSITIVOS DE DRENAGEM SUPERFICIAL Neste módulo, vamos apresentar um pouco de cada dispositivo de drenagem super�cial, mas centralizamos nosso estudo sobre as sarjetas de corte e de aterro. Vamos conhecer também os principais cálculos necessários de capacidade hidráulica. Objeto com interação. VALETA DE PROTEÇÃO DE CORTE As valetas de proteção de corte têm por principal objetivo impedir que as águas que escorrem pelo talude natural atinjam o talude de corte. Essas valetas são necessárias onde o escoamento super�cial oriundo de terrenos adjacentes possa atingir o talude de corte, o que pode comprometer a estabilidade estrutural do corpo estradal. Na imagem a seguir, você vai conhecer dois exemplos de valetas de proteção de corte. Exemplos de valetas de proteção de corte: superior, com leito e aterro compactado coberto por gramíneas; inferior, com leito da sarjeta em concreto e aterro compactado coberto por gramíneas. VALETAS DE PROTEÇÃO DE ATERRO SARJETAS DE PÉ DE CORTE SARJETA DE CRISTA DE ATERRO DESCIDAS D´ÁGUA SAÍDAS D´ÁGUA DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DE SARJETAS O dimensionamento hidráulico da sarjeta consiste na determinação de uma seção transversal com capacidade hidráulica su�ciente para atender à descarga de projeto. Pela comparação entre a descarga a�uente e a capacidade de vazão da sarjeta, determina-se o seu comprimento crítico, isto é, a distância máxima da sarjeta para que não haja transbordamento. Para descobrir a descarga de projeto, calcula-se a contribuição por metro linear da rodovia pela aplicação da chamada fórmula racional, que é apresentada a seguir: Em que: = descarga por metro linear da rodovia (m³ /s/m) = coe�ciente médio de escoamento super�cial (adimensional) = intensidade de precipitação (cm/h) = área de contribuição por metro linear da sarjeta (m² /m) Q = CiA 36. 10 4 Q C i A Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A área de contribuição geralmente é formada por superfícies de diferentes coe�cientes de escoamento; desse modo, deve-se adotar a média ponderada de seus valores, usando-se como peso as respectivas larguras dos implúvios. Em que: = faixa da plataforma da rodovia que contribui para a sarjeta. Será a largura da semiplataforma nos trechos em tangente e toda a plataforma contribuinte para a sarjeta na borda interna das curvas. = largura da projeção horizontal equivalente do talude de corte. C = L 1 XC 1 +L 2 XC 2 L T L 1 L 2 Cálculo de área de contribuição de uma sarjeta de corte. = coe�ciente de escoamento super�cial da plataforma da rodovia. = coe�ciente de escoamento super�cial do talude de corte. C 1 C 2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A capacidade hidráulica máxima da sarjeta é dada por uma fórmula derivada da fórmula de Manning. Veja: Em que: = raio hidráulico (m) = declividade da sarjeta (m/m) = coe�ciente de rugosidade (adimensional) = vazão máxima admissível (m³/s) = área molhada da sarjeta (m²) Q = 1 n × A × R 2 / 3 × I 1 / 2 R I n Q A Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em sarjetas triangulares, temos: Em que: Área molhada ( ) é toda área da seção transversal da estrutura de drenagem perpendicular ao �uxo de água, ou é toda área da seção transversal da estrutura de drenagem molhada pela água. Perímetro molhado ( ) é o comprimento da linha de contorno transversal da estrutura de drenagem, que é molhada pela água. Raio hidráulico ( ) é a relação entre a área molhada e o perímetro molhado de uma estrutura de drenagem. Lâmina d´água ( ) é a altura que a água chega dentro de um dispositivo hidráulico. A = by/2 P = y + √ b 2 + y 2 R = by 2(y+L) A P R y Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal TEORIA NA PRÁTICA Calcule o perímetro molhado, a área molhada e o raio hidráulico de um dispositivo de drenagem de seção transversal retangular. Objeto com interação. Vamos aprender a calcular os parâmetros que serão importantes para dimensionar um dispositivo de drenagem. A �gura retangular é bem fácil, então você será capaz de desenvolvê-la bem! Área molhada é toda área da seção transversal da estrutura de drenagem molhada. Nesse caso, temos: Perímetro molhado é o comprimento da linha de contorno transversal da estrutura de drenagem, que é Cálculo dos parâmetros de um dispositivo de drenagem 04:09 A = by molhada pela água. Olhando a �gura, temos: O raio hidráulico é o quociente entre a área molhada e o perímetro molhado. Assim, temos: P = b + 2y R = by b+2y Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal MÃO NA MASSA 1. Determine a vazão admissível na extremidade a jusante de uma sarjeta situada em uma área com as seguintes características: A = 2ha; C = 0,40; i = 72,50mm/h. Comentário 161,2l/sA) 171,2l/sB) 181,2l/sC) 191,2l/sD) 206,2l/sE) A alternativa correta é "A". A saída é utilizar a equação da vazão para encontrar a resposta: Q = CiA 36. 10 4 Q = 0,40×7,25×2×10 4 36.10 4 Q = 0, 1612m 3 /s = 161, 2l/s Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Determine a vazão admissível na extremidade de jusante de uma sarjeta situada em uma área com as seguintes características: A = 0,6ha; C = 0,60; i = 100mm/h. Comentário A alternativa "D" está correta. A saída é utilizar a equação da vazão para encontrar a resposta: Q = CiA 36.10 4 25l/sA) 50l/sB) 75l/sC) 100l/sD) 200l/sE) Q = 0,60×10×0,6×10 4 36.10 4 Q = 0, 1m 3 /s = 100l/s Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 3. Uma valeta retangular possui largura de 1,00m e lâmina d’água máxima de 0,80m. Determine seu raio hidráulico: Comentário A alternativa "C" está correta. Vamos veri�car a fórmula direta do raio hidráulico já demonstrada na atividade mão na massa anterior. R = by b+2y = 1,0x0,8 1,00+1,60 = 0,31m Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 4. Uma sarjeta triangular de concreto possui altura inundada com água igual a 0,25m e largura inundada com água igual a 1,3m. Determine seu raio hidráulico: 0,21mA) 0,26mB) 0,31mC) 0,36mD) 0,41mE) Comentário A alternativa correta é "A". Em sarjetas triangulares, temos: 0,10mA) 0,12mB) 0,15mC) 0,18mD) 0,20mE) A = by/2 = (1, 3 ⋅ 0, 25)/2 = 0, 162m P = y + √ b 2 + y2 P = 0,25 + √ 1,3 2 + 0,25 2 P = 1, 57 m R = by 2(y+L) = 0,162 1,57 = 0,103 m Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 5. Determine a vazão admissível na extremidade a jusante de uma sarjeta situada em uma área com as seguintes características: A = 1,5 ha; i = 112,50mm/h. Dados: Largura da plataforma = 7,2m Largura do talude de corte = 5m Coe�ciente C da plataforma = 0,9 Coe�ciente C do talude de corte = 0,4 Comentário A alternativa correta é "D". 313,1l/sA) 318,1l/sB) 323,1l/sC) 328,1l/sD) 333,1l/sE) O primeiro passo é encontrar o coe�ciente de escoamento resultante: Agora vamos utilizar a equação da vazão para encontrar a resposta: C = L 1 XC 1 +L 2 XC 2 L T C = 7,2×0,9+5×0,4 7,2+5,0 = 0, 695 ≈ 0, 7 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Q = CiA 36.10 4 Q = 0,70×11,25×1,5×10 4 36.10 4 Q = 0, 3281m 3 /s = 328, 1l/s Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 6. Determine a capacidade da sarjeta (n = 0,018), como a da �gura, sabendo que essa sarjeta se encontra em um greide de 1%. Dados: b = 1,3m; y = 0,25m; L = 1,4m Comentário A alternativa "C" está correta. 100 l/sA) 150 l/sB) 200 l/sC) 250 l/sD) 300 l/sE) Cálculo da capacidade de uma sarjeta 06:04 VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Assinale o dispositivo que não se presta a auxiliar a drenagem super�cial de rodovias: SarjetaA) ValetaB) EnleivamentoC) Lençol freáticoD) Descida d’águaE) Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. Dentre os elementos que vimos neste módulo, o lençol freático é o único que não é um dispositivo adequado de drenagem super�cial. 2. Entradas d'água são: Comentário Parabéns! A alternativa "E" está correta. Dissipadores de energia que servem para quebrar e diminuir a velocidade da água.A) Dispositivos que servem para captar a água ascendente oriunda de lençóis freáticos.B) Dispositivos para captação das águas que se precipitam sobre a plataforma, os taludes de corte e as banquetas dispositivos destinados a conduzir as águas coletadas pelas sarjetas de aterro para as descidas d’água. C) Canais ou tubos fechados construídos nos taludes de corte ou aterro, em degraus ou não, com a �nalidade de captar toda a água das sarjetas de das valetas e afastá-las das adjacências do talude ou da estrada. D) Dispositivos destinados a conduzir as águas coletadas pelas sarjetas de aterro para as descidas d’água. E)
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