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O Crescimento da EAD no Brasil – 44h Voltar para: Formação de Professores e Tutores(as) para Educação a Distância – 220h Olá, querido (a) estudante! Vamos iniciar este módulo, falando um pouco sobre o Crescimento da EaD no Brasil, mas para não perdermos o costume, faço a você uma pergunta quantos cursos EaD você já ouviu falar? Inúmeros né? Pois é, o número de cursos a distância cresceu quase dez vezes na última década. Há uma pesquisa que irão crescer ainda mais nos próximos cinco anos! Histórico do EaD no Brasil Período Evento 1923 Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro 1934 Criação da Escola-Rádio Municipal do RJ 1936 Doação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação e Saúde 1937 Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação 1939 Criado a Escola de Comando do Estado Maior e o Centro de Estudos Pessoal (CEPE) 1939 A Marinha utiliza os correios para qualificação em EAD 1941 Criado o Instituto Universal Brasileiro A Educação a Distância no Brasil: iniciativas pioneiras de 1923 a 1941 Fonte: (UNESCO, 2005); (DIPITY, 2005) Ano Projeto de Lei Autor Matéria 1974 PL 1878 Deputado Pedro Faria Instituir uma Universidade Aberta. 1983 PL 1751 Deputado Clark Planton Autorizava o poder executivo a instituir na educação brasileira um sistema de universidade aberta 1987 PL 203 Deputado Lucio Alcântara Indicava a criação da Universidade Nacional de Ensino a Distância (UNED), dedicando-se a cursos de extensão. 1990 PL 4.592-C/90 Ministério da Educação Propunha a criação da Universidade Aberta do Brasil, vinculada ao Ministério da Educação, com objetivo https://e-gaio.com.br/curso/formacao-de-professores-e-tutores-as-para-educacao-a-distancia-120h-ead-2/ de democratizar e ampliar o acesso ao ensino superior. Principais iniciativas de Governo para a criação da UAB no Brasil de 1974 a 1990 Fonte: (COSTA & PIMENTEL, 2009, p. 75-76) No período de 1964 a 1979, o processo de industrialização brasileiro adotou padrões internacionais de produção. Isto significou o aumento da internacionalização do mercado e a incorporação de modernas tecnologias à produção nacional. Para isso, o Estado se apresentou como mediador entre os interesses nacionais e internacionais. A mediação proposta se concretizou por meio de leis, regulamentações e planejamentos elaborados pelos governos militares, como, por exemplo, a Lei da Reforma Universitária – Lei 5.540/68, que propôs a racionalidade das estruturas[1]. Promulgada em 1971, a Lei nº. 5.692/71 também reforçou a profissionalização, garantindo a terminalidade do ensino médio[2] – antigo 2º grau – e o benefício da economia nacional por meio da qualificação de pessoal. À época, esperava-se que o investimento em educação pudesse garantir o crescimento econômico do país. É nesse contexto que a educação a distância surge no Brasil. Veja quais são os cursos mais procurados na modalidade de ensino EaD O Brasil está descobrindo – e se apaixonando – pelos cursos de capacitações e de graduação a distância. A ideia de estudar em qualquer lugar, seguindo seu próprio ritmo e conciliando outras atividades tem cultivado um número cada vez maior de adeptos. O avanço da tecnologia também ajuda bastante a transformar esse cenário. Hoje você pode estudar pelo celular, tablets, notebook entre outros equipamentos. Com internet mais rápida, já somos capazes de acompanhar aulas ao vivo, assistir a vídeos, acessar materiais de aula e trocar informações com colegas e tutores com mais tranquilidade. Além disso tudo, existe o quesito economia: fazer um curso a distância sai, na maioria das vezes, bem mais barato que um tradicional. O crescimento do EAD na última década Você sabia que cerca de 17% de todos os 8,2 milhões de estudantes matriculados em cursos superiores no Brasil estão fazendo uma graduação a distância. Pode parecer pouco numa primeira olhada, mas acompanhe a seguir como essa modalidade vem se expandindo no Brasil: Em 2003, o Brasil tinha 52 cursos a distância em atividade. A maioria era de licenciatura e, em 92% dos casos, os matriculados estudavam em universidades públicas (federais ou estaduais). Hoje o cenário é completamente diferente. O número de matrículas em cursos a distância aumentou de forma impressionante. De quase 50 mil alunos inscritos nessa modalidade em 2003, passamos a mais de 1,3 milhão atualmente! Desse total, temos hoje: • 40,3% matriculados em licenciaturas • 31% matriculados em cursos de bacharelado • 28,7% matriculados em cursos superiores de tecnologia (cursos de tecnólogo) Os números que reforçam esse crescimento também são surpreendentes. Confira alguns: De 52, saltamos para 1.365 cursos a distância oferecidos em faculdades públicas e particulares de todo o país. A previsão é que esse número continue a se multiplicar nos próximos anos. Do total de cursos superiores a distância disponíveis hoje, 595 são de licenciatura, 480 são de formação tecnológica e 290 de bacharelado. As universidades privadas viraram o jogo e agora detêm a maioria dos cursos nessa modalidade. Se em 2003, 92% dos alunos de EaD estavam em faculdades públicas, atualmente esse número é de apenas 10,4%. Isso significa que 89,6% dos alunos que fazem alguma graduação a distância hoje, no Brasil, está matriculado em uma instituição particular. Comparado com 2013, o número de ingressos nos cursos a distância no ano seguinte cresceu 41,2%, enquanto nos cursos presenciais o aumento foi de 7,0%. É um sinal claro que a EAD está se popularizando no Brasil. Há também algumas curiosidades: as mulheres são maioria entre os que optam pela modalidade a distância. E enquanto a idade média nos cursos presenciais é de 21 anos, no EAD é de 32! A maioria opta por cursos de licenciatura. Por que as pessoas escolhem um curso a distância? Os motivos que as pessoas escolhem um curso a distância são inúmeros! Conheça alguns dos principais: Mais tempo livre – O ensino a distância permite estudar onde e quando quiser, sem ter, na maioria das vezes, que estar em sala de aula em determinado horário. Assim, você pode organizar seu tempo e conciliar o curso com outras atividades (trabalho, família, afazeres diários, etc.). Menor custo de formação – Além das mensalidades dos cursos a distância serem, de forma geral, mais acessíveis que os tradicionais, quem opta por essa modalidade ganha um bônus: a economia com deslocamentos diários e alimentação. Sem ter que ir para a faculdade todos os dias, o aluno economiza bastante em transporte público ou com combustível e estacionamento. Conhecimento sempre à mão – Nos ambientes virtuais de aprendizagem, onde ocorrem as aulas a distância, o aluno pode acessar o conteúdo sempre que quiser: aulas gravadas, textos, documentos. Também pode interagir a qualquer momento com outros alunos ou com professores e tutores, publicar dúvidas a qualquer hora da noite e compartilhar conhecimento nos fóruns. Cursos reconhecidos no mercado – Se você pensa que o diploma de um curso superior vale menos que o de um curso tradicional, talvez fique feliz em saber que ambos têm a mesma validade. O que importa, nesses casos, é o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). A forma como o estudante aprende, se pelo computador ou na sala de aula, não faz a menor diferença. Mas fique atento a um fato: no Brasil, o curso a distância não pode ser 100% remoto. A lei obriga as universidades a oferecerem pelo menos 20% da grade curricular em atividades presenciais. Isso pode se traduzir em encontros para apresentação de trabalhos, provas finais, aulas em laboratório ou aulas de integração. Por isso, é importante escolher um curso que tenha um polo de apoio presencial próximo à sua casa. Algumas vezes por semestre você terá que se deslocar até lá. Fique atento a esse detalhe! Quais cursos de graduação por exemplos o Brasil hoje oferece? No Brasil já existe curso a distância em todasas áreas do conhecimento: Saúde, Ciências Humanas, Ciências Exatas e Ciências Biológicas. Separamos um vídeo de uma reportagem da Globo News sobre a EaD Material Complementar – Formação de Tutoria EAD [1] A racionalidade na universidade foi representada pela estruturação do ensino de graduação em básico e profissional; o aparecimento da pós-graduação em dois níveis: mestrado e doutorado; na adoção do sistema de créditos; na proposta de departamentalização e na extinção das cátedras (RIBEIRO, 2003) [2] Ao concluir o ensino médio (à época, 2º grau), o egresso estaria habilitado a ingressar no mercado de trabalho para desempenhar ocupações técnicas. Vamos avançar mais uma aula! https://e-gaio.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Material-Complementar-%E2%80%93-Forma%C3%A7%C3%A3o-de-Tutoria-EaD.pdf