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Rascunho de Redação - Desafios do ensino à distância no Brasil


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Desafios do ensino à distância no Brasil 
 
A escrita cuneiforme, criada pelos sumérios em 3500 a.C., é considerada uma das primeiras 
formas de escrita do mundo, que era ensinada em casa, de pai para filho, e tinha como objetivo 
principal o uso na área de contabilidade e administração, pois facilitava o registro de bens, 
marcação de propriedade, cálculos e transações comerciais. Mesmo que haja um abismo de 
mais de 5 mil anos de distância, nota-se, na contemporaneidade verde-amarela, a crescente do 
ensino a distância que, assim como o povo sumério, realiza-se em casa, mas que conta com 
diversos desafios modernos. A partir desse viés, faz-se necessária a análise dos desafios do 
ensino a distância no Brasil. 
É válido ressaltar, em uma primeira análise, que um dos principais desafios do EAD é que os 
estudantes e professores tenham aparelhos que possibilitem acesso à internet, uma realidade 
ainda não muito satisfatória no Brasil. Isso porque o acesso, qualidade e velocidade das 
conexões de internet no país ainda deixam a desejar e podem dificultar o acompanhamento das 
aulas online. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em 2020, 4,8 
milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, não têm acesso à internet em casa 
no Brasil. O dado corresponde a 17% da população brasileira nesta faixa etária. Dessa forma, é 
inegável a necessidade de uma plataforma confiável, um alinhamento pedagógico e uma equipe 
preparada para um novo jeito de ensinar, mas, principalmente, garantir que os alunos tenham 
acesso à internet de qualidade. 
Ademais, é incontestável o fato de que o crescimento do ensino a distância deu-se 
principalmente por causa da Covid-19, porém não apenas a internet tornou-se um desafio para 
a efetivação dessa forma de ensino, como também a necessidade de contar com aparelhos 
eletrônicos. Smartphones, tablets, computadores de mesa ou notebooks são um dos meios que 
possibilitam a realização das atividades. Todavia, esses equipamentos são caros por conta dos 
impostos incidentes no país e a falta dele torna o acesso impossível. Segundo a pesquisa TIC 
Educação 2019, 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas não têm computador ou tablet 
em casa. Nas escolas particulares, o índice é de 9%. Desse modo, é irrefutável a segregação 
existente no ensino, ainda mais no EAD. 
Urge, portanto, a necessidade de resolução dos principais problemas do EAD, visto que a 
educação é um instrumento capaz de desenvolver qualquer nação. Cabe, então, ao Governo 
Federal, em parceria com as Secretarias Municipais, a criação de órgão público regulamentador, 
a nível municipal, que assegure tanto os principais objetos necessários para o ensino EAD, 
quanto a internet de qualidade para essa interação. Ainda assim, deve haver a criação de leis e 
fiscalização para garantir tal efetivação. O mapeamento dessas questões estudantis deve 
acontecer por meio de pesquisas de profissionais qualificados pelo governo, gratuitamente, 
que, de forma objetiva e rápida, cadastre os alunos da rede e solicite seus instrumentos. 
Aproximando-se, então, da realidade suméria e estudando em casa.

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