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Relatório Final - Projeto Integrador I

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1 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
Camila de Souza Furquim Rodrigues 
Elton da Silva Santana 
Giane Silvestre Santana 
Kátia Astorino Carvalhaes 
 
 
 
 
Os desafios do ensino a distância em tempos de pandemia para o nono ano 
do ensino fundamental II da rede pública estadual do munícipio de Mogi 
das Cruzes/SP na perspectiva docente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vídeo do Projeto Integrador 
 
https://youtu.be/GQ_KBsc3gtg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mogi das Cruzes - SP 
2020 
 
https://youtu.be/GQ_KBsc3gtg
2 
 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os desafios do ensino a distância em tempos de pandemia para o nono ano 
do ensino fundamental II da rede pública estadual do munícipio de Mogi 
das Cruzes/SP na perspectiva docente 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Científico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Licenciatura da Universidade Virtual do Estado de 
São Paulo (UNIVESP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mogi das Cruzes - SP 
2020 
3 
 
 
RODRIGUES, Camila de Souza Furquim; SANTANA, Elton da Silva; SANTANA, Giane 
Silvestre; CARVALHAES, Kátia Astorino. Os desafios do ensino a distância em tempos de 
pandemia para o nono ano do ensino fundamental II da rede pública estadual do 
munícipio de Mogi das Cruzes/SP na perspectiva docente. 00f. Relatório Técnico-
Científico. Licenciatura - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Alexei Jose 
Zaratini. Polo Mogi das Cuzes, 2020. 
 
 
RESUMO 
 
O mundo está vivenciando uma emergência sanitária, uma pandemia, e por este motivo, a 
população mundial foi colocada em isolamento social, de acordo com as determinações da 
Organização Mundial da Saúde. Diversos setores foram atingidos por essa nova realidade, e 
não foi diferente com a educação. O estado de São Paulo, regulamentou estratégias remotas de 
ensino. O objetivo geral deste estudo é apresentar os desafios que os docentes do nono ano do 
ensino fundamental II, da rede pública do estado de São Paulo, focados na cidade de Mogi das 
Cruzes, estão sendo expostos durante a nova regulamentação do ensino a distância no decurso 
do isolamento social devido a pandemia do coronavírus. Para auxiliar na compreensão do 
assunto foram apresentados alguns conceitos por intermédio de uma pesquisa bibliográfica e 
posteriormente foi aplicada uma pesquisa empírica, estatística descritiva simples, com o intuito 
de expor todos os desafios que esses profissionais vêm sofrendo durante o distanciamento 
social. De acordo com os resultados da pesquisa apresentada, foi possível pontuar os desafios 
dos professores para se adaptar a realidade de um ensino não presencial, verificou-se que esses 
profissionais não estavam preparados para a docência da educação online, mas demonstrou 
também que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está tentando diminuir o impacto 
os capacitando durante este percurso. Para todos os aspectos levantados na pesquisa, foram 
propostas ações, na tentativa de diminuir o dano causado por uma nova realidade de ensino a 
distância para os professores do nono ano, do ensino fundamental II, da rede pública de ensino 
do município de Mogi das Cruzes. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Ensino a Distância; Educação Online; Isolamento Social; Ensino 
Fundamental II; Rede Pública de Ensino. 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5 
2. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 7 
2.1. Problema e objetivos ....................................................................................................... 7 
2.2. Justificativa ...................................................................................................................... 7 
2. 3. Fundamentação teórica ................................................................................................... 8 
2.3.1. Breve histórico da Educação a Distância - EaD ....................................................... 8 
2.3.2. O uso das tecnologias como forma de interação e comunicação ........................... 12 
2.3.3. As orientações do governo estadual para o desenvolvimento da educação na rede 
estadual em tempos de pandemia ..................................................................................... 14 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador ........................................... 18 
2.5. Metodologia ................................................................................................................... 18 
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 21 
3.1. Proposta de ação ............................................................................................................ 32 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 35 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 37 
APÊNDICES ............................................................................................................................ 40 
Apêndice A – Plano de Ensino ............................................................................................. 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a disseminação mundial da infecção 
do novo coronavírus (COVID-19), como uma pandemia, no dia 11 de março de 2020, e o 
Ministério da Saúde brasileiro elaborou um plano contingencial para conter o avanço da 
infecção. Em 13 de março de 2020, o governador do Estado de São Paulo editou o decreto n. 
64.862/20 (SÃO PAULO/SP, 2020), onde adotou medidas temporárias e emergenciais para 
todas as áreas, incluindo a educação. Desde então, todas as atividades presenciais em 
instituições de ensino públicas e privadas foram paralisadas. 
Por este motivo, o Ministério da Educação (MEC) atendendo a solicitação da 
Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), bem como as 
orientações do Conselho Nacional de Educação (CNE), regulamentou por intermédio da 
portaria nº 343, de 17 de março de 2020, que regimenta que todas as instituições de ensino 
devam substituir as aulas presenciais pelo ensino não presencial prazo de trinta dias ou, em 
caráter excepcional, podendo ser prorrogada enquanto durar a pandemia (BRASIL, 2020). 
Diante deste contexto, este estudo aborda diversos aspectos vinculados aos desafios do 
ensino a distância para os professores do ensino público estadual diante do isolamento social. 
Destaca-se que a rede pública de ensino brasileira foi a última a aderir a modalidade de ensino 
não presencial, por diversos fatores, que serão também apresentados neste estudo. 
Por se tratar de um assunto extremamente abrangente e para delimitar a pesquisa que 
será aplicada, este projeto será direcionado para os professores do nono ano do ensino 
fundamental II que lecionam nas escolas do estado de São Paulo na cidade de Mogi das Cruzes. 
Trata-se de um tema extremamente atual que será abordado por uma equipe formada 
por discentes do curso de Licenciatura. Alguns componentes do grupo são professores e estão 
experenciando todas as circunstâncias em que a educação pública brasileira está exposta, dentro 
desta nova e inesperada conjuntura social, política e econômica. 
O principal objetivo deste estudo é apresentar os desafios que os docentes, 
principalmente da rede pública, estão tendo que desenvolver um ambiente de ensino digital que 
atenda as expectativas doseducandos, segundo as orientações da Secretaria da Educação do 
Estado de São Paulo (SEDUC), ou seja, de toda a comunidade em que estão inseridos. 
6 
 
Dentro do contexto da realidade brasileira, de uma economia desestruturada, este estudo 
visa analisar a seguinte problemática: os docentes da educação pública brasileira, 
principalmente os do nono ano do ensino fundamental II, da cidade de Mogi das Cruzes, estão 
capacitados e preparados para o ensino não presencial? 
 
 
 
7 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. Problema e objetivos 
A problemática desta pesquisa se baseará na seguinte questão: os docentes da educação 
pública brasileira, principalmente os do nono ano do ensino fundamental II, no município de 
Mogi das Cruzes, estão capacitados e preparados para o ensino EaD? 
O objetivo geral deste estudo é apresentar os desafios que os docentes do nono ano do 
ensino fundamental II, da rede pública do estado de São Paulo, focados na cidade de Mogi das 
Cruzes, estão sendo expostos durante a nova regulamentação do ensino a distância no decurso 
do isolamento social devido a pandemia do coronavírus. 
Os objetivos específicos são: 
• Descrever um breve histórico da educação a distância; o uso das tecnologias 
como forma de interação e comunicação e as orientações do governo estadual 
para o desenvolvimento da educação em tempos de pandemia; 
• Apresentar os desafios do ensino a distância para os professores do nono ano do 
ensino fundamental II, da rede pública estadual, na cidade de Mogi das Cruzes 
por intermédio da aplicação de uma pesquisa; 
• Analisar as informações obtidas por meio do envio de formulários a um grupo 
de docentes do nono ano do ensino fundamental II e sua participação nas 
propostas em EaD pela rede estadual do estado de São Paulo; 
• Elaborar um plano de ensino a distância, levando-se em consideração os 
aspectos levantados neste estudo. 
2.2. Justificativa 
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(ONU, 2020) mais de 1,54 bilhão de estudantes em 165 países foram afetados pelo fechamento 
das escolas devido à pandemia. 
Azoulay (ONU, 2020), diretora-geral da UNESCO, afirmou que nunca havia 
testemunhado a interrupção educacional nesta escala mundial, e que o único caminho a seguir 
será uma ação coordenada e inovadora. 
8 
 
Com a suspensão das aulas, muito se fala sobre o uso das tecnologias para ensino e 
aprendizagem, como uma possível reparação dos danos aos alunos. O EaD é mais palpável 
quando se trata de ensino superior, mas na educação básica, o problema é maior, pois as escolas 
e os profissionais de ensino não estão preparados, mas precisam rapidamente encontrar formas 
de introduzir e principalmente se adaptar às novas tecnologias. 
Existe ainda um outro problema em relação ao ensino online, segundo dados 
preliminares da pesquisa TIC Kids (ONU, 2020) mais de 4 milhões de crianças e adolescentes 
de 9 a 17 anos não tem acesso à internet. 
Este fato é tão grave que a Cátedra da UNESCO em Formação de Professores e o 
Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas (FCC) estão 
coordenando uma pesquisa para entender como os professores estão realizando suas atividades 
docentes neste momento de isolamento social (ONU, 2020). 
Trata-se de um tema vasto e cheio de questões. Sabe-se que o estado de São Paulo, tem 
o maior registro de casos de infectados e que possui a maior rede de ensino do Brasil, portanto 
um estudo direcionado e delimitado poderá trazer perspectivas mais realistas sobre o assunto, 
direcionando qual o melhor caminho a tomar, ou ao menos, descobrir com exatidão os desafios 
dos docentes e discentes para tentar saná-los. 
2. 3. Fundamentação teórica 
Neste tópico serão apresentados conceitos importantes para a melhor contextualização 
acerca do assunto abordado neste estudo científico. Serão apresentados um breve estudo sobre 
o EaD; o uso das tecnologias como ferramentas de comunicação; e as orientações do governo 
estadual para o desenvolvimento da educação em tempos de pandemia. 
2.3.1. Breve histórico da Educação a Distância - EaD 
No mundo globalizado e interconectado, repleto de redes sociais, consumidores, 
internautas, produtores de informação e conhecimento, é preciso que a sociedade tenha a 
capacidade de se conectar e principalmente de repensar papéis como o de professor, de aluno, 
de instrutores, de tutores, de produtores do conhecimento. É necessário ressignificar a atuação 
dos responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem. 
9 
 
Ressaltando que o ensino ocorre de diferentes maneiras em diferentes tempos, com 
diferentes sujeitos, percebe-se que o foco deve ser sempre a aprendizagem, ou seja, o processo 
de ensino deve levar em conta o seu objetivo maior: a aprendizagem, sendo que para isso utilize-
se o recurso que for necessário para facilitar. 
Frente as atuais necessidades da sociedade em tempos de isolamento social, há uma 
modalidade de ensino que pode auxiliar os professores em suas práticas pedagógicas. Essa 
modalidade, que apesar de não ser tão nova como alguns pensam, “por se encontrar em nossas 
vidas desde o século XX, o ensino a distância conta hoje em dia com uma tecnologia avançada 
que favorece alcançar várias pessoas ao mesmo tempo e em diferentes lugares” (TORI, 2010, 
p.4). 
Moran (2011), traz a tecnologia como aquilo que proporcionou as mudanças de 
paradigmas na sociedade rápida e fluida do século XXI permitindo introduzir novas 
ferramentas, novos contextos, novas maneiras de ensinar e aprender, com um contínuo ir e 
vir de dados e informações gerando novos conhecimentos. 
A tecnologia facilita muitas coisas do cotidiano, como viabilizar a educação a distância 
(EaD), que embora tenha inúmeras definições e conceitos, se destaca por uma característica em 
especial: o fato de professores e alunos estarem em espaços físicos distintos, mas conseguirem 
ficar conectados através de algum aparato tecnológico. 
No Brasil, o conceito de Educação a Distância está definido no Decreto nº 5622, em seu 
artigo 1º, de 19 de dezembro de 2005 (BRASIL, 2005): 
Art. 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação a Distância como 
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de 
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação 
e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas 
em lugares ou tempos diversos. 
Para Maia e Matar (2007) a EaD trata-se de uma modalidade de educação em que 
professores e alunos estão separados, mas por utilizarem diversas tecnologias de comunicação 
e terem ações planejadas conseguem que o ensino-aprendizado aconteça. 
Quando se fala nos processos de ensino a distância geralmente se faz a associação a 
aparatos tecnológicos, porém nem sempre esses aparatos foram eletrônicos, ao contrário do que 
se pode imaginar. 
10 
 
(...) uma atividade de ensino e aprendizado sem que haja proximidade entre professor 
e alunos, em que a comunicação bidirecional entre vários sujeitos do processo 
(professor, alunos, monitores, administração seja realizada por meio de algum recurso 
tecnológico intermediário, como cartas, textos impressos, televisão, radiodifusão ou 
ambientes computacionais (ALVES; ZAMBALDE; FIGUEIREDO, 2004, p.6). 
Maia e Mattar (2007) apontam que, na concepção de alguns autores, as cartas de Platão 
e as Epístolas de São Paulo estariam entre as primeiras experiências de educação a distância. 
Para Campos e Silva (2016), a EaD perpassa o longo de gerações, começando pela 
invenção da imprensa, que pode ser tratada como o recurso tecnológico que impulsionou o 
desenvolvimento da educação a distância, pela busca das pessoas ao domínio da escrita, e por 
formas de se comunicar por meio de cartas. 
E foi por meio de correspondência que nasce o primeiro curso regular de taquigrafia em 
meados do século XIX, marcandouma primeira geração do ensino a distância (ALVES; 
ZAMBALDE; FIGUEIREDO, 2004). 
De acordo com Campos e Silva (2016) a utilização do sistema de correspondência, é a 
responsável pela mediação na comunicação pedagógica. Basicamente a troca entre o aluno e o 
professor de documentos de papel, que constituíam o material pedagógico, era enviado do 
correio tradicional. 
Com o surgimento dos recursos de transmissão de dados com imagem e som, surge a 
segunda geração do ensino à distância. A partir do rádio e da televisão os cursos a distância 
passam a ser oferecidos em profusão. Não havendo mais a interação do professor com o aluno. 
Sendo um aparelho para milhares de espectadores. 
Segundo Torres e Fialho (2009) ainda no início do século XX, as emissoras de rádio 
começam a se multiplicar em todo o mundo, dando início a uma segunda geração de educação 
a distância também chamada de ensino multimídia a distância. Essa geração caracterizada pelo 
uso de mídias de comunicação, tais quais: rádio, televisão, fitas de áudio, conferências por 
telefone etc. 
Nesse período nascem projetos como o Telecurso da fundação Roberto Marinho em 
parcerias com instituições públicas e privadas, no intuito de oferecer aulas com conteúdo 
didático, com transmissão em nível nacional. 
11 
 
No contexto da segunda geração em EaD, a partir da popularização da televisão e da 
teledramaturgia, a interação com o professor tradicionalmente se efetivou por meio de materiais 
impressos e videoaulas, recursos estes aos quais, mais recentemente, somaram-se as teleaulas. 
Para Moran (2009) a diferença entre teleaula e videoaula, seria que a teleaula trata-se de uma 
aula realizada a distância na qual o professor é visto pelos alunos ao vivo, em tempo real, e 
videoaula refere-se a aula gravada a qual posteriormente o aluno tem acesso. 
Essa nova característica no ensino a distância foi bem vista por se tratar do alcance do 
conhecimento a várias pessoas ao mesmo tempo, porém tinha a fragilidade quando se tratava 
da interação aluno-professor, pois a ferramenta utilizada era assíncrona, ou seja, o professor e 
o aluno não precisam estar conectados ao mesmo tempo, para que haja efetivação da construção 
do conhecimento. O professor grava a aula e o aluno assiste quando e onde quiser, cabendo-lhe 
o comprometimento com o estudo. 
A terceira geração do ensino a distância é marcada, com o surgimento de uma forma de 
correspondência entre quem ensina e quem aprende, por exemplo: a comunicação por e-mails 
e a participação de fóruns. Softwares educativos e materiais como CD room também tem 
destaque nessa fase. 
A inserção de novos recursos na Educação a Distância para Maia e Mattar (2007) é um 
meio de acesso mais dinâmico. Os autores citam a utilização do microcomputador, tecnologia 
de multimídia como forma de interação o que não se tinha nas gerações anteriores, originando 
uma nova rede de aprendizagem. 
Todos esses recursos citados acima pelos autores, trouxeram avanços, mas a falta de 
conexão e de ferramentas síncronas, ou seja, ferramentas que conectam ao mesmo tempo aluno 
e professor, forçaram um avanço no ensino a distância iniciando a quarta geração com 
teleconferências interativas com recursos áudio visuais. 
Carvalho e Cardoso (2003) afirmam que processos de aprendizagem em que o contato 
presencial aluno-professor é escasso ou inexistente. Em relação à geração anterior, 
introduziram-se ambientes colaborativos de aprendizagem suportados por computador, 
permitindo a criação de turmas online, eliminando o isolamento tradicional dos alunos a 
distância. 
 
12 
 
Contudo a exigência do mundo contemporâneo fez com que a utilização de ferramentas 
assíncronas e síncronas, e recursos tecnológicos de interação virtual, fizessem-se mais presentes 
para que a comunicação fosse efetiva entre o professor e o aluno; de maneira programada e 
vinculada a um programa de ensino que proporcionem a inserção dos alunos no mundo digital. 
Valente e Mattar (2007, p. 20) observam que “recentemente, a EaD, passou a utilizar, 
com maior intensidade, tecnologias de telecomunicação e transmissão de dados, som e imagens 
que convergem cada vez mais para o computador.” Assim é notório que a Educação deve 
utilizar-se da rede mundial de computadores, expandindo sua atuação e integrando cada vez 
mais alunos e professores. 
Para tanto é necessário que os professores sejam preparados nos aspectos pedagógicos 
e tecnológicos para a EaD. Para que o docente possa tanto atuar de forma presencial junto ao 
aluno como também, saber interagir e ensinar na modalidade a distância. Caso contrário, há o 
risco de transposição de aulas presenciais para ambientes online sem aproveitar efetivamente 
os recursos tecnológicos (MAIA e MATTAR, 2007). 
2.3.2. O uso das tecnologias como forma de interação e comunicação 
Thais Pacievitch (2020, p. 01), define as tecnologias da informação e comunicação 
como: “um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada”, sendo a junção 
da informática, telecomunicações e mídias eletrônicas. Possibilitando o acesso com apenas um 
aparelho eletrônico conectado à internet, romper com as tradicionais formas de comunicação 
(televisão, rádio). 
A televisão e o rádio são meios dos quais as mensagens fazem um percurso em linha 
reta (do emissor ao receptor). Contudo quando se tem um aparelho eletrônico conectado à 
internet, estas mensagens se tornam passíveis de alterações e interações, tornando a 
comunicação mais rápida. 
Estas tecnologias veem facilitando atividades diárias, que antes eram demoradas e hoje 
são realizadas com apenas um clique, como compras on-line, procedimentos bancários. E no 
âmbito escolar, não seria diferente. Os alunos têm acesso a informações de forma rápida, seja 
por meio de imagens, sons; e que podem ser utilizadas na escola. 
 
13 
 
Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente por todos os ramos do 
conhecimento. As descobertas são extremamente rápidas e estão a nossa disposição 
com uma velocidade nunca antes imaginada. A internet, os canais de televisão à cabo 
e aberta, os recursos de multimídia estão presentes e disponíveis na sociedade. Em 
contrapartida, a realidade mundial faz com que nossos alunos estejam cada vez mais 
informados, atualizados, e participantes deste mundo globalizado. (KALINKE, 1999, 
p. 15) 
No artigo de Pacievitch (2020), percebe-se o quanto estas tecnologias influenciaram o 
avanço da educação. Por meio dos avanços tecnológicos foi possível criar formas de 
comunicação que facilitaram a interação entre professor e aluno. A principal delas são os 
ambientes virtuais de aprendizagem que possibilitam o envio e correção de atividades e a troca 
de informações entre docente e discente, em tempo real. 
Estas plataformas de ensino possibilitam a interação entre professores e alunos por meio 
de fóruns e grupos criados online, assim é possível que os docentes orientem seus alunos 
durante o processo de aprendizagem. 
E com a atual pandemia todo o ensino no Brasil passou a ser realizado de modo não 
presencial. No estado de São Paulo, com uma nova ferramenta para o auxílio da educação, o 
aplicativo Centro de Mídias de São Paulo (CMSP, 2020). Rolfini (2020), apresenta que a 
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em parceria com a Microsoft, disponibilizou 
gratuitamente o pacote Office 365 para alunos, professores e servidores da rede estadual. 
O Centro de Mídias de São Paulo (CMSP, 2020) comunicou que outra parceria foi feita 
para auxiliar na interação de professores e alunos. A Google disponibilizou e-mails 
institucionais para professores e alunos e permitiu acesso gratuito ao Google Forms, Google 
Docs, Google Sheets, Google Drive e Google Classroom, além de outras plataformas da 
empresa. A CMSP afirma que o Google Classroom é a ferramenta mais acessada por 
professores e alunos para melhorar a interação. Por este motivo, foidesenvolvida uma forma 
de acessar o Classroom dentro do seu próprio aplicativo. 
Contudo, mesmo com todas essas parcerias e facilidades muitos docentes não se sentem 
preparados para o ensino a distância. É o que afirma Cafardo (2020), em sua matéria intitulada 
“Oito em cada dez professores não se sentem preparados para ensinar on-line”. Segundo a 
reportagem 90% dos docentes nunca ensinaram on-line enquanto que 55% afirmam nunca ter 
tido treinamento 
14 
 
Conforme os entrevistados por Cafardo (2020), esse novo método de ensino foi imposto, 
na rede estadual, de um dia para o outro, não dando tempo para que o professores se 
preparassem, e ainda, esta situação está influenciando de forma não positiva a saúde mental dos 
professores, já prejudicada anteriormente à pandemia. 
Diante do exposto é possível observar que as tecnologias de informação e comunicação 
facilitam o acesso a informações que podem ser utilizadas durante o processo educacional, 
gerando assim um espaço online de socialização e comunicação entre alunos e professores por 
meios das plataformas digitais de ensino. 
2.3.3. As orientações do governo estadual para o desenvolvimento da educação na rede 
estadual em tempos de pandemia 
Com a pandemia do COVID-19, diversas redes educacionais tiveram que mudar a 
dinâmica das aulas presenciais em não presenciais. E o estado de São Paulo não foi diferente, 
sobretudo devido a sua importância econômica para o país e América Latina. 
São Paulo acaba sendo uma grande opção para o turismo empresarial e outros modos, 
mas também para migrantes vindos dos diversos cantos do mundo, de um modo geral, em busca 
de novas oportunidades de vida e sobrevivência. Tudo isso faz com que muita gente circule 
pelo Estado, mas também pela cidade de São Paulo, que é uma das maiores metrópoles do 
mundo, e acabe por trazer, como de fato ocorreu, o coronavírus e transmitindo a outras pessoas. 
Assim, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEDUC, 2020) teve que criar 
um planejamento para que as aulas ocorressem para os mais de 2 milhões de alunos, através 
dos mais de 200 mil professores, por meio não presencial, de preferência, via tecnologias. 
Houve uma gradativa suspensão das aulas entre 16 e 20 de março, adiantamento do 
recesso escolar mais férias escolares (quatro semanas) do meio do ano. Com isso, pode-se dizer 
que as aulas presenciais começaram de fato, a partir de 27 de abril, sendo que entre os dias 22 
e 24 de abril, os professores da rede estadual estiveram em planejamento, de forma virtual. Para 
tanto, a SEDUC (2020) lançou ainda em abril o Documento Orientador - Atividades escolares 
não presenciais. Nele há as diretrizes básicas para que os professores possam garantir, ao 
menos, o básico em termos de ensino-aprendizagem aos alunos pela via não presencial, 
especialmente pelo EaD. 
15 
 
De um modo geral, o Documento Orientador (SEDUC, 2020) apresenta as premissas 
para o período de atividades escolares não presenciais nas páginas 11 e 12. As premissas, 
baseadas no Plano Estratégico 2019-2022, e postas como valores básicos são: foco na 
aprendizagem, equidade, colaboração, inovação, gestão baseada em evidências e ética e 
transparência. 
Também apresenta alguns pontos a serem considerados pelas diretorias de ensino, pelas 
unidades escolares e professores para o planejamento escolar. Orienta quanto ao calendário 
escolar, ajustado a esta nova realidade da pandemia, onde toda a rede de ensino se encontra em 
casa, em isolamento social, conforme orientação dos órgãos de saúde. Com data de início das 
aulas não presenciais, conforme já apresentado, mas sem data de retorno das aulas presenciais, 
haja vista a impossibilidade de saber quando será possível um retorno adequado e seguro, do 
ponto de vista da saúde pública. Portanto, com orientações para o ano de 2020 sobre início e 
término dos bimestres, mas considerando a possibilidade de indefinição de um possível retorno 
presencial das aulas. 
O DO (SEDUC, 2020) apresenta uma série de sugestões para que a equipe gestora e 
professores possam considerar as diversas situações e realidades dos alunos para a realização 
das atividades não presenciais. 
A SEDUC (2020) evitou utilizar o termo EaD - Ensino a distância, pois este termo é 
comumente utilizado para o ensino não presencial, mas com o uso de tecnologias. Assim, 
preferiu o termo “não presencial”, pois além de abrangente o termo, possibilita também que se 
considere outros modos de se favorecer o ensino-aprendizado para os alunos, especialmente 
aqueles que não têm acesso as tecnologias. Ex.: o professor pode deixar atividades na escola, o 
aluno ou o seu responsável pega as atividades na escola, o aluno realiza as atividades e depois 
devolve na escola para que o professor possa avaliar as mesmas. É sugerido que inicialmente 
se faça um levantamento prévio de quais recursos os alunos possuem (internet, computador, 
celular etc.). Inclusive, o DO (SEDUC, 2020) apresenta uma sugestão de questionário para ser 
feito aos alunos. Caso o aluno não possua nenhuma das tecnologias necessárias para interação 
com o professor, é sugerido a utilização de material físico (livros, apostilas, caderno do aluno 
etc.) a ser disponibilizado pela unidade escolar. 
16 
 
Dentre as ferramentas criadas pela SEDUC (2020) para facilitar o processo de ensino-
aprendizagem de modo não presencial foi o Centro de Mídias da Educação de São Paulo 
(CMSP). 
O Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP) é uma iniciativa da Secretaria 
da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP) para apoiar a aprendizagem dos 
estudantes e a formação dos professores, com aulas de qualidade ao vivo, ao alcance 
de todos pela TV aberta e aplicativo de celular gratuito, que não desconta da internet 
do aparelho. (SEDUC, 2020, p.19) 
Na página do CMSP, é possível encontrar o DO e outros documentos para orientar 
professores e alunos, sobretudo sobre a programação semanal e diária do CMSP que é veiculada 
diariamente, durante todo o dia, com aulas para crianças do infantil, fundamental, médio e 
jovens e adultos do EJA. A grade de aulas varia conforme as várias faixas etárias em dois canais 
diferentes: pelo aplicativo CMSP ou no canal da TV Educação, voltado para o Fundamental I, 
Médio e EJA; e pelo aplicativo CMSP - anos iniciais ou do canal da TV Univesp, voltado para 
Educação Infantil e Fundamental I ( SEDUC, 2020). 
Para facilitar o acesso de milhares de alunos que não possuem internet, assim, como de 
professores, a SEDUC (2020), em parceria com o setor privado, está fornecendo a internet 
gratuitamente para todos aqueles que utilizarem um dos aplicativos acima apresentados. Há de 
frisar que é necessário que o aluno ou professor tenha internet ao menos para baixar o aplicativo. 
Mas durante o período de uso da programação a internet é paga pela secretaria e pela iniciativa 
privada. 
A SEDUC (2020) também criou outras duas parcerias para facilitar a interação 
professor/aluno de modo virtual: uma com a Microsoft e outra com a Google. Com a primeira 
iniciativa foi possível disponibilizar para professores e alunos de modo gratuito o Microsoft 
365 e o Microsoft Teams. Com o Microsoft 365, alunos e professores têm acesso ao Word, 
Excel e Power Point, entre outros. 
Com o Teams, é possível fazer reuniões remotas ou dar aulas virtualmente, basta acessar 
com o e-mail institucional, disponibilizado a todos os professores e alunos da rede estadual. O 
professor pode criar salas, conforme as turmas que possui, por exemplo, e organizar suas aulas 
conforme quiser. A plataforma ainda possibilita compartilhar e armazenar arquivos, por 
professores e alunos, além de um canal para chat. 
17 
 
Já, através da Google, foi firmada a parceria para que a plataforma Google Sala de Aula, 
pudesse ser disponibilizada dentro do aplicativo do CMSP (2020), garantindo a sua gratuidade 
da internet sempre que utilizadapor aqui, para facilitar a interação entre professores e alunos. 
Nele, além das mesmas ferramentas que a Microsoft, como editor de texto, por exemplo, há o 
Formulário, onde é possível criar atividades, enquetes ou provas e compartilhar com os alunos. 
Inclusive com possibilidade de correção automática da atividade proposta aos alunos. 
Há, também o Hangout Meet, que possibilita interação virtual do professor com suas 
turmas. Além, do Google Drive, que permite o armazenamento de arquivos e a disponibilização 
dos mesmos de modo coletivo. Entre outras opções. 
Essas são algumas das principais opções que a SEDUC (2020) tem orientado os seus 
professores a utilizar para facilitar o aprendizado. A SEDUC (2020) tem criado, também, 
tutoriais para facilitar o uso de tais ferramentas, já que há uma gama de professores e alunos 
que têm dificuldade com o uso das tecnologias. Além do mais, há o incentivo de se utilizar 
outros meios como Facebook, WhatsApp, Zoom, Instagram etc. A SEDUC (2020), inclusive, 
disponibilizou uma lista de plataformas digitais para facilitar o processo de ensino-aprendizado 
com o uso de tecnologias (cf. p.21). 
Também é através do aplicativo CMSP e dos canais de TV (Educação e UNESP) que a 
SEDUC (2020) tem dado formação aos professores, coordenadores e gestores. Tem sugerido 
estes meios para que as diretorias de ensino e unidades escolares realizem as suas reuniões 
formativas e pedagógicas (cf. p.31). 
Outro canal de formação utilizado para dar suporte a equipe gestora, coordenadores e 
professores é a Escola de Formação de Profissionais da Educação (EFAPE). Segundo 
informações do próprio site (EFAPE, 2020): 
A Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação “Paulo 
Renato Costa Souza” (EFAPE) é uma iniciativa pioneira no país. Criada em 2009 
como parte do Programa “Mais Qualidade na Escola”, tem como propósito o 
desenvolvimento profissional dos servidores da SEDUC-SP, com foco na atuação 
prática e incorporando as novas tecnologias como ferramentas da formação 
continuada. 
Os cursos ofertados pela EFAPE combinam o ensino a distância, por meio do sistema 
de videoconferências da Rede do Saber/EFAPE, webconferências e de ambientes 
virtuais de aprendizagem, com atividades presenciais e em serviço para mais de 245 
mil servidores presentes nos órgãos centrais e vinculados, em 91 diretorias de ensino 
e em 5.400 escolas. 
18 
 
Assim, por meio da EFAPE (2020) está havendo a oferta de cursos e outros meios 
formativos para auxiliar os profissionais da educação com o ensino não presencial. 
Por fim, a SEDUC (2020) informou que lançará uma resolução apresentando as 
atribuições dos diversos profissionais da educação durante o período da pandemia e como 
devem proceder para o acompanhamento das aulas e a comprovação das atividades não 
presenciais. 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
Neste estudo foram abordados conteúdos referentes as disciplinas do primeiro semestre 
do curso de Licenciatura, tais como: Políticas Educacionais, estrutura e organização da 
educação básica; Teorias do Currículo; Teorias da Aprendizagem e Didática; Avaliação 
Educacional; Metodologias da Educação e Projeto Integrador para Licenciatura I. 
Todas essas disciplinas foram consideradas neste estudo, pois o mesmo trata-se de uma 
nova metodologia de ensino que foi estruturada para suprir a necessidade educacional em um 
momento emergencial, em que não existe a possibilidade de encontros presenciais, por conta 
de um distanciamento social, estabelecido pelos governantes, para a não disseminação do vírus 
COVID-19. 
Foram colocados em prática os conhecimentos teóricos aprendidos nas disciplinas de 
Metodologia para pesquisa em educação, assim como na disciplina de Produção de Texto e 
Comunicação. 
2.5. Metodologia 
Este estudo iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica para melhorar a compreensão 
acerca do assunto tratado. A pesquisa bibliográfica tem o objetivo de encontrar respostas aos 
problemas formulados por meio de consulta aos livros e demais documentos bibliográficos. 
Assegurando-se que “documento é toda base de conhecimento fixado materialmente e 
suscetível de ser utilizado para consulta, estudo ou prova” (CERVO, 2007, p. 61). 
Posteriormente aplicou-se uma pesquisa empírica, objetivando chegar a conclusões por 
meio de experimentação, de cunho quantitativa. 
19 
 
A abordagem quantitativa é uma modalidade de pesquisa sobre um problema humano, 
social, físico, entre outros, baseada em testagem de uma teoria composta de variáveis 
medidas por valores numéricos e analisadas via procedimentos estatísticos, a fim de 
determinar se as generalizações previstas na teoria se sustentam ou não. Foi 
historicamente muito utilizada e ainda é válida para quantificar e informar dados. 
(FAZENDA, 2017, p. 61) 
Considerando a realidade de pandemia que se encontra a comunidade mundial e a 
necessidade de manter a educação, mesmo que a distância, devido ao distanciamento social. E, 
como a própria proposta do curso, realizar uma pesquisa em grupo sobre a realidade de sala de 
aula e eventuais problemáticas, recorreu-se ao questionário virtual para a aplicação da pesquisa. 
A proposta da pesquisa trata-se da aplicação de um questionário para docentes do nono 
ano do ensino fundamental II, em que as classes possuem alunos com média de 14 a 15 anos de 
idade, sendo matriculados em escolas públicas da rede estadual de São Paulo. Na tentativa de 
se coletar dados de opiniões diversas com cunho interpretativo, com o foco nos métodos 
qualitativos mais indicados para tal investigação. 
Os métodos qualitativos são métodos das ciências humanas que pesquisam, 
explicitam, analisam fenômenos (visíveis ou ocultos). Esses fenômenos, por essência, 
não são passíveis de serem medidos (uma crença, uma representação, um estilo 
pessoal de relação com o outro, uma estratégia face problema, um procedimento de 
decisão...), eles possuem as características específicas dos fatos humanos. O estudo 
desses casos humanos se realiza com as técnicas de pesquisa e análise que, escapando 
a toda codificação e programação sistemáticas, repousam essencialmente sobre a 
presença humana e a capacidade de empatia, de uma parte, e sobre a inteligência 
indutiva e generalizante, de outra parte. (MUCCHIELLI, 1991, p.3) 
Trata-se de uma pesquisa que se vale de estatística descritiva simples, com amostra não 
aleatória e sem significância estatística. Cujo propósito é permitir uma sondagem de aspectos 
relativos ao fenômeno estudado, de modo a permitir também aprofundamentos e busca de 
hipóteses. 
A escolha dos sujeitos pesquisados será fortuita, contando com a disponibilidade e 
interesse em responder o questionário com dez questões (quatro questões dissertativas e seis 
questões de múltipla escolha). O questionário como instrumento de coleta de informações, é 
definido por Mucchielli (1991, p.61), “como uma lista de perguntas mediante a qual se obtém 
informações de um sujeito ou grupo de sujeitos por meio de respostas escritas”. 
Os questionários foram enviados por meio de formulário online e têm o objetivo de 
investigar a opinião dos professores com questões previamente definidas e escritas sobre o tema 
específico, as perguntas foram relacionadas à problematização dos pesquisadores. E as 
20 
 
respostas serão analisadas, favorecendo a interpretação e, de certa forma, encontrar a resposta 
ao problema inicial da pesquisa. 
As ideias centrais que conduzem a pesquisa qualitativa diferem daquelas empregadas 
na pesquisa quantitativa. Os aspectos essenciais da pesquisa qualitativa consistem na 
escolha correta de métodos e teorias oportunas, no reconhecimento e na análise de 
diferentes perspectivas, nas reflexões dos pesquisadores a respeito de sua pesquisa 
como parte de produção de conhecimento, e na variedade de abordagens e métodos. 
(FLICK, 2004, p. 64) 
A pesquisa com os sujeitosinteressados terá no cabeçalho do formulário a explicação 
inicial sobre o foco pesquisado; um informe de consentimento; a informação de que trata-se de 
uma pesquisa sigilosa, que não informará os dados pessoais dos respondentes e o acesso às 
perguntas do formulário online. com as questões previamente definidas. 
Artigo IV – Consentimento Livre e Esclarecido: O respeito devido à dignidade 
humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido 
dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais 
manifestem a sua anuência à participação na pesquisa. (BRASIL, 1996) 
Com base na coleta de dados da pesquisa online, a tarefa passa a ser a análise das 
informações, como Ludke e André (1986, p.13) sugerem, “é uma etapa importante que não deve 
se restringir ao que está explícito no material, mas desvelar mensagens implícitas, com 
dimensões contraditórias e temas sistematicamente silenciados”. Nesse mesmo sentido, Bardin 
(1977, p.102) afirma “que o pesquisador deve extrapolar o olhar imediato das aparências, para 
compreender as significações das mensagens contidas no material coletado”. 
Ademais a estrutura do trabalho, segue com a apresentação e análise dos dados, e 
considerações finais, pautados nas contribuições da pesquisa bibliográfica. 
 
21 
 
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
Com o intuito de evidenciar os desafios que os professores de turmas do nono ano do 
ensino fundamental da rede estadual de São Paulo estão enfrentando nesse momento de 
exigência do distanciamento social, enviou-se um formulário online com dez questões sobre 
como está sendo o ensino a distância, sendo que destes formulários, vinte foram respondidos. 
A primeira questão desse formulário, busca evidenciar a experiência dos professores 
com a modalidade de ensino a distância: 
QUESTÃO 1 - VOCÊ JÁ LECIONOU NA MODALIDADE DE ENSINO A 
DISTÂNCIA? 
PARTICIPANTES SIM NÃO 
20 PROFESSORES 0 20 
 
Por unanimidade os vinte professores participantes da pesquisa, responderam que nunca 
haviam lecionado na modalidade a distância. 
Maia e Matar (2007), citam que a educação não presencial é uma prática em variados 
setores: como na educação básica, no ensino superior, em universidades abertas, universidades 
virtuais, treinamentos governamentais, cursos abertos, livres etc. Porém, percebe-se que nem 
todos os professores têm experiência com essa modalidade. 
Essa informação aponta o primeiro desafio do professor da rede pública de ensino: como 
fazer algo do qual não se tem prática? E que não se pode simplesmente negar a fazê-lo, pois, a 
necessidade de continuar lecionando é confirmada na segunda questão: 
QUESTÃO 2 - ATUALMENTE VOCÊ CONTINUA A LECIONAR MESMO COM 
A SUSPENSÃO DAS AULAS? 
PARTICIPANTES SIM NÃO 
20 PROFESSORES 20 0 
 
Todos os professores participantes da pesquisa, com experiência ou não com educação 
a distância, responderam que continuam lecionando mesmo com as aulas presenciais suspensas. 
22 
 
Morel (2020), explica a necessidade de uma pesquisa para levantamento sobre como os 
professores estão se organizando frente às mudanças tão significativas que a educação vem 
sofrendo. 
O professor foi obrigado a se reinventar no meio dessa confusão. Ele não teve apenas 
que reorganizar sua vida para colocar outras funções dentro do mesmo horário. Os 
docentes terão que aprender, do dia para a noite, a lidar com a tecnologia e fazer dela 
uma aliada, só que não foram preparados para isso. (MOREL, 2020, p. 01) 
Ao considerar que esses professores fazem parte de uma rede de ensino, a terceira 
questão busca saber se eles recebem orientações da Secretaria da Educação do Estado de São 
Paulo (SEDUC, 2020) sobre como agir frente a realidade do isolamento social. 
QUESTÃO 3 - VOCÊ TEM RECEBIDO ORIENTAÇÕES DA SECRETARIA DE 
EDUCAÇÃO ESTADUAL? 
PARTICIPANTES SIM NÃO 
20 PROFESSORES 20 0 
 
Um ponto positivo é que a rede de ensino, por meio da SEDUC (2020), vem fornecendo 
orientações e facilitando o acesso a essas informações pelos professores. 
A SEDUC (2020) realizou o lançamento em abril de 2020 do Documento Orientador 
para as atividades escolares não presenciais. Nele há diretrizes básicas para que os professores 
possam garantir o ensino-aprendizagem dos alunos. 
Resta saber se essas orientações são suficientes para que o professor possa exercer sua 
docência. 
 QUESTÃO 4 - ESSAS INFORMAÇÕES SÃO SUFICIENTES PARA A 
COMPREENSÃO SOBRE QUAIS AS AÇÕES DEVEM SER TOMADAS PARA 
UM ENSINO A DISTÂNCIA COM EFICÁCIA? 
CATEGORIZAÇÃO 
PARTICIPANTES 
20 PROFESSORES 
SIM AS INFORMAÇÕES AUXILIAM O PROFESSOR A 
COMPREENDER QUAIS AÇÕES DEVEM SER 
TOMADAS PARA UM ENSINO A DISTÂNCIA. 
9 
AS INFORMAÇÕES NECESSITAM DE AJUSTES. 5 
AS INFORMAÇÕES NÃO CONTRIBUEM. 6 
23 
 
Gráfico 1 – Análise estatística da questão n. 4 
 
Fonte: Autores, 2020 
As respostas a essa questão foram categorizadas em três pontos: para nove dos vinte 
professores pesquisados, as informações passadas, até o momento, são eficazes, pois, a SEDUC 
(2020) envia com frequência orientações e auxilia o trabalho docente no ensino a distância; já 
para cinco professores, essas informações precisam de ajustes, como por exemplo, as 
orientações para o uso das tecnologias oferecidas como ferramentas para o exercício da 
docência; os demais professores consideram as informações fora da realidade das escolas e da 
prática docente. Relatam que há dificuldade de acesso ao Centro de Mídias de São Paulo 
(CMSP, 2020), que é o suporte tecnológico de informações da rede de ensino estadual e que 
não se tem informações específicas para áreas como a educação especial. 
O momento vigente é único e inesperado, traz consigo a inconstância de informações 
causando certa confusão sobre qual conduta adotar. Essa realidade gera um grande desafio para 
os professores, pois para acompanhar as novidades eles precisam aprender novas habilidades e 
competências ao mesmo tempo que devem ensinar. 
Sem contar que, para que os professores recebam as orientações da SEDUC (2020), 
precisam de recursos e meios tecnológicos, especialmente acesso a rede por meio da internet. 
QUESTÃO 5 – VOCÊ POSSUI ACESSO A INTERNET? 
PARTICIPANTES SIM NÃO 
20 PROFESSORES 20 0 
 
24 
 
A questão acima não tem a pretensão de definir a qualidade do acesso à internet, mas 
apenas confirmar se os professores têm acesso à internet. E pelas respostas, verificou-se que 
todos os professores pesquisados têm esse acesso. 
Martins (2020) faz um alerta sobre as tecnologias da informação e da comunicação, 
abordando os problemas relacionados à circulação de informações e a forma como as 
tecnologias digitais têm sido inseridas em medidas de mitigação de impactos como o 
teletrabalho e educação a distância, ressaltando as desigualdades nesse processo, relativas 
principalmente ao acesso à internet. 
Ter acesso à internet é fundamental para a comunicação, porém só ter acesso não garante 
que o professor desenvolva com qualidade o seu trabalho. Para tanto ele deve dispor de recursos 
tecnológicos para uma interação de qualidade. 
QUESTÃO 6 - VOCÊ TEM DISPOSITIVOS TECNOLÓGICOS (COMPUTADOR, 
TABLET, NOTEBOOK, ENTRE OUTROS) PARA ACESSAR PLATAFORMAS 
EDUCACIONAIS, FERRAMENTAS QUE POSSIBILITAM O SEU TRABALHO A 
DISTÂNCIA? 
 
Gráfico 2 – Análise estatística da questão n. 6 
Fonte: Autores, 2020 
25 
 
A partir do gráfico, pode-se observar que todos os professores possuem algum 
dispositivo tecnológico, dos vinte entrevistados dezenove professores possuem pelo menos um 
celular Smartphone, seguido de oito professores que além do celular, também possuem um 
notebook /laptop. 
Pacievitch (2020, p. 01) evidencia a importância do acesso as tecnologias digitais, 
definindo as tecnologias da informação como: “um conjunto de recursos tecnológicos, 
utilizados de forma integrada”, sendo a junção da informática, telecomunicações e mídias 
eletrônicas, umaforma de possibilitar que o acesso com apenas um aparelho eletrônico 
conectado à internet, rompa com as tradicionais formas de comunicação. 
Ter acesso à internet e a dispositivos tecnológicos favorece muito, porém é necessário 
empregar esses recursos de forma que a ação docente chegue até o discente. E nem todos os 
professores estão acostumados a utilizar recursos tecnológicos nas suas rotinas em sala de aula 
como percebe-se na questão seguinte. 
QUESTÃO 7 - VOCÊ JÁ UTILIZAVA FERRAMENTAS DIGITAIS ANTES DAS 
RESTRIÇÕES DAS ATIVIDADES ESCOLARES PRESENCIAIS? 
PARTICIPANTES SIM NÃO 
20 PROFESSORES 11 09 
 
Gráfico 3 - Análise estatística da questão n. 7 
 
Fonte: Autores, 2020 
26 
 
Dos vinte professores, um pouco mais da metade respondeu que utilizava ferramentas 
digitais em suas atividades escolares presenciais. O que leva a reflexão que essa situação 
inesperada de isolamento social e desenvolvimento do ensino a distância, trouxe um grande 
desafio para os professores que além de nunca terem trabalhado com EaD, nunca tiveram 
contato com ferramentas digitais, portanto precisarão aprender a utilizar as Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TICs) simultaneamente com seus alunos. 
Percebe-se que as tecnologias influenciaram a educação. Como informado por 
Pacievitch (2020), os avanços tecnológicos possibilitaram formas de comunicação que 
facilitam a interação entre professor-aluno. Sendo uma das principais tecnologias: os 
ambientes virtuais de aprendizado, pois esses viabilizam o envio e a correção de atividades 
além da interação em tempo real. 
E quais ferramentas digitais os professores conhecem? Na próxima questão, 
evidencia-se algumas dessas ferramentas e o grau de dificuldade que os professores têm frente 
cada uma delas. 
QUESTÃO 8 - QUAL A FACILIDADE QUE VOCÊ TEM EM UTILIZAR AS 
SEGUINTES FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS, EM UMA ESCALA DE 1 
(MENOR FACILIDADE) À 4 (MAIOR FACILIDADE) 
 
Gráfico 4 - Análise estatística da questão n. 8 
 
Fonte: Autores, 2020 
Para analisar o grau de facilidade de utilizar as ferramentas tecnológicas citadas utilizou-
se uma escala ordinal de 1 a 4. 
27 
 
Uma escala ordinal é aquela em que os números servem para, além de nomear, 
identificar e(ou) categorizar, ordenar, segundo um processo de comparação, as 
pessoas, objetos ou fatos, em relação a determinada característica. (MATTAR, 2010, 
p.88) 
Observa-se que para o uso de programas como: editor de texto, planilhas, apresentações 
e questionário online, parte dos professores tem até uma certa facilidade. Mas em se tratando 
de gravação e edição de vídeos percebe-se o grau de dificuldade. O mesmo acontece com os 
aplicativos Google Classroom e Microsoft Teams. 
A SEDUC (2020) criou parcerias para facilitar a interação professor-aluno de modo 
virtual: uma com a Microsoft e outra com a Google, possibilitando de modo gratuito, a 
realização de reuniões remotas; o armazenamento de arquivos além de um canal para chat. 
Como então se aperfeiçoar em tão pouco tempo, para se adequar a demanda do ensino 
a distância que requer o uso de tecnologias como as mencionadas? Os professores estão 
preparados ou tem condições de se adequarem isolados em seus lares, se conectando por meio 
da internet com as redes de ensino da qual pertencem? Como o professor está se organizando 
para manter condições mínimas de trabalho? 
QUESTÃO 9 - ATUALMENTE EXISTE UM ESPAÇO RESERVADO NA SUA 
CASA PARA VOCÊ TRABALHAR? 
PARTICIPANTES SIM NÃO 
20 PROFESSORES 04 16 
 
Gráfico 5 - Análise estatística da questão n. 9 
 
Fonte: Autores, 2020 
28 
 
Dezesseis dos vintes professores pesquisados disseram que não tem um espaço 
reservado para trabalhar em casa. 
Trabalhadores enfrentam as dificuldades da violação de seu espaço e tempo além da 
desproteção jurídica desse regime. Segundo Ferreira (2020), mesmo sem as formalidades 
determinadas pelo já muito flexibilizado artigo 75A da Consolidação das Leis Trabalhista com 
redação dada pela Lei 13.467/2017 (BRASIL, 2017), respeitando-se um prazo mínimo de 
transição de quinze dias entre um regime de trabalho e outro, e aditivo contratual, se 
transformasse rapidamente em teletrabalho. 
Assim, independentemente de serem dadas as devidas condições para tal aos 
trabalhadores, a despeito de terem equipamentos para o exercício da atividade em 
teletrabalho, sem considerar a existência de espaço adequado para essa tarefa, as 
despesas assumidas por esse regime de trabalho com os equipamentos próprios, o 
aumento no consumo da luz, internet, enfim - encargos que, em tese, deveriam ser 
suportados pelos empregadores ou pelo Estado, se servidores públicos - fomos todos 
conduzidos compulsoriamente ao regime de teletrabalho. (FERREIRA, 2020, p. 01) 
Contudo, como dar conta de uma grande demanda em aprender a ensinar a distância, 
sem conseguir organizar um espaço de trabalho no seu ambiente familiar, torna-se 
imprescindível compreender essa característica marcante desse momento de isolamento social. 
QUESTÃO 10 - QUAIS OS DESAFIOS QUE VOCÊ ENCONTRA PARA 
GARANTIR O ENSINO A DISTÂNCIA COM QUALIDADE? 
 
Gráfico 6 - Análise estatística da questão n. 10 
 
Fonte: Autores, 2020 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm
29 
 
As respostas dos professores sobre os desafios que eles encontram nessa nova realidade, 
pontua alguns itens que podem ser vistos como problematizadores do trabalho docente, sendo 
que a ordem aqui apresentada não indica maior ou menor importância, apenas relata que esses 
são pontos significativos e que podem colocar a qualidade do ensino a distância em 
desvantagem. 
O primeiro ponto a ser considerado é o fato da interrupção abrupta das aulas, sem 
planejamento de ações, data de retorno, diretrizes de como será desenvolvido o trabalho 
docente. E considerando que ter um local para trabalhar é muito, uma vez que as escolas estão 
fechadas. 
Frente a essa realidade, somado a necessidade de todos se isolarem em casa, com 
exceção dos serviços essenciais, percebe-se que os lares se tornaram um porto seguro, onde 
todos devem ficar por tempo indeterminado, convivendo vinte e quatro horas por dia. A casa 
que para muitas famílias, se tratava apenas de um lugar de se chegar do trabalho, tomar banho, 
alimentar-se e dormir, agora passa a ser o único espaço, que durante o dia inteiro serve para as 
crianças brincarem e estudarem, enquanto os adultos exercem teletrabalho e eventualmente 
exercitam-se. 
Considerando que a maior parte das famílias brasileiras não têm casa ampla e sim 
moradias com espaços restritos, a convivência nem sempre é harmônica. E, essa falta de 
harmonia gera um desafio para o teletrabalho, conforme mencionado por alguns dos professores 
pesquisados (VIDALE, 2020). 
Mesmo para aqueles que moram sozinhos, ter harmonia entre o trabalho e a rotina 
doméstica também é um desafio. Pois além de muitos não terem um espaço para trabalhar, 
precisam dar conta dos afazeres da casa, que aumentaram significativamente com os cuidados 
de prevenção contra a doença e com a sua permanência constante em casa (VIDALE, 2020). 
Quando o professor consegue fazer esses ajustes entre a rotina doméstica e o trabalho, 
surge um agravante que se refere a um ponto crucial: o acesso à internet e aos dispositivos 
tecnológicos que favoreçam a conexão. 
Uma vez isolado, a comunicação se dá de forma digital. E nem todos os professores 
contam com um plano de internet compatível com a quantidade de dados necessários. 
30 
 
Pensando nisso a rede estadual em parceria com empresas privadas, viabilizou o acesso 
com dados patrocinados: 
O aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP) foi desenvolvido pela IPTV e doado à 
SEDUC. A pasta patrocinará internet para que alunos e professores da rede tenham 
acesso aos conteúdos via celular, sem qualquer custo. Para isso, firmará contrato com 
cada uma das quatro maiores operadoras de telefonia: Claro,Vivo, Oi e Tim. Dessa 
forma, todo o estudante da rede poderá desfrutar das atividades do aplicativo sem 
utilizar o pacote 4G do celular, sinal de internet wi-fi, ou mesmo quando estiver sem 
créditos. (SEDUC, 2020, p. 01) 
Essa iniciativa da SEDUC (2020) é importante, mas infelizmente não garante 100% de 
acesso dos professores, que apontaram a falta de um aparelho celular e outros dispositivos 
tecnológicos mais atuais como um fator dificultador para o acesso aos aplicativos utilizados 
para a transmissão das aulas e interação com os alunos. 
A falta de dispositivos tecnológicos também é citada quanto a quantidade de aparelhos, 
pois a maioria das famílias que contam com adultos em teletrabalho, jovens e crianças em fase 
de escola, precisam se conectar, muitas vezes ao mesmo tempo, para atender as demandas do 
teletrabalho e a realização das atividades escolares. E como fazê-lo com apenas um ou dois 
aparelhos celulares por moradia? 
Esse cenário traz a reflexão sobre a imagem de jovens e de crianças com o celular nas 
mãos o tempo todo. “Cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes, com idade entre 9 e 17 
anos, são usuários de internet no Brasil, o que corresponde a cerca de 86% do total de pessoas 
dessa faixa etária no país” (CETIC, 2019, p. 01). 
Apesar do aumento do número de jovens e de crianças que utilizam celulares, quando 
se trata da realidade de famílias atendidas pela rede estadual, há o relato dos professores 
pesquisados sobre a falta de acesso por parte dos alunos ao aplicativo CMSP (2020), devido à 
ausência do aparelho celular ou qualquer outro dispositivo tecnológico compatível para acesso. 
Ocasionando a falta de devolutiva das atividades do aluno para o professor. 
Essa ausência de retorno do aluno, deixa o professor com a incerteza se as informações 
e as atividades pertinentes a sua turma, estão chegando até o aluno ou não. O professor fica sem 
saber se esse aluno não está correspondendo as interações por falta de comprometimento ou por 
falta de recursos. E com a necessidade de isolamento social, fica mais difícil de descobrir as 
verdadeiras causas. Criando mais um desafio para o trabalho da docência. 
31 
 
Contudo o professor tenta compreender as demandas tecnológicas que lhes foram 
impostas sem nenhum aviso, reconhece suas limitações e os desafios, mas não deixa de ir em 
busca de novas formas para alcançar o seu aluno. 
A SEDUC (2020) proporciona formações e reuniões online com o intuito de auxiliar os 
docentes, mas para alguns professores pesquisados que lecionam em mais de uma escola, há 
divergências nas informações, o que gera mais tarefas burocráticas que de fato uma 
aprendizagem significativa, e que acaba não ajudando o professor a descobrir novas maneiras 
de interação com seus alunos. 
Diante de tantos desafios, percebe-se um que vai além dos espaços e tempos, trata-se 
das relações, da mudança da rotina, do afastamento daqueles que tinham um convívio próximo 
e da aproximação com o núcleo familiar, com o qual não se tinha o costume de conviver tanto 
tempo. 
Nós já estávamos numa rota de alteração de alguns modos de vivência. Essa pandemia 
nos colocou num redemoinho dessas coisas que, de repente, nós temos que reinventar. 
Alguns mitos também virão abaixo. Essa lógica de “eu quero conviver mais com os 
meus filhos” e a ideia de que os pais antigamente ficavam muito com os seus filhos, 
isso não é verdade. Eu, por exemplo, via meus pais durante o dia por duas ou três 
horas. Na hora das refeições ou na hora de ser acordado de manhã. No restante, eu 
chispava para o mundo. Para o quintal, para a casa dos outros. E no final e semana? 
As crianças e os jovens tinham seus programas. O adulto não ficava tendo que fazer 
a agenda de um menino de 7 anos de idade. Isso significa o quê? De repente, a 
proximidade trará alguns desencontros, alguns choques. Qual será o saldo disso? 
Ainda não sabemos. O que eu sei é que isso também é uma construção histórica social 
cultural e, agora, pandêmica. (VIDALE, 2020, p. 01) 
O ajuste psicológico e emocional necessário para resolver essas novas formas de 
relacionamento entre pessoas já conhecidas, mas que não tinham tanta proximidade; e lidar com 
a ausência dos que não se pode ter um convívio, somada à ausência dos que possam ter perdido 
a batalha para a doença, é um fator preocupante, não só para os professores como para toda a 
sociedade. 
“Assim resta escolher enfrentar os desafios ou deixá-los como pedra de tropeço”, 
segundo Cortella (2020), “o que se vê é que nem todos os professores são tão velhos para que 
não se possa aprender coisas novas. E nem todos os jovens são tão conectados ao passo de já 
saberem de tudo”. 
Portanto, é necessário, mesmo que a distância, que haja o processo de ensino-
aprendizagem, na interação professor-aluno. Utilizando-se de todos os recursos possíveis, 
32 
 
sejam os tecnológicos ou impressos como na primeira geração do ensino a distância. O 
importante é que esses recursos façam a ponte dos docentes aos discentes. 
3.1. Proposta de ação 
Considerando o referencial teórico e análise de dados apresentada, verifica-se os 
desafios apontados pelos professores pesquisados, que em sua totalidade, não têm experiência 
com o ensino a distância, enquanto docentes. E que mesmo diante da falta de experiência 
precisaram adotar alguma medida de ensino não presencial, sobretudo, as medidas sugeridas 
pela SEDUC (2020). 
Para o quadro apresentado, sugerem-se algumas propostas: 
• que os professores da rede pública sigam as orientações contidas no documento 
produzido pela SEDUC (2020), chamada de Documento Orientador, 
disponibilizado no site do Centro de Mídias de São Paulo (CMSP, 2020), assim 
como as demais orientações contidas no site; 
• que os professores acessem o site da Escola de Formação e Aperfeiçoamento 
dos Profissionais da Educação Paulo Renato Costa Souza (EFAPE, 2020) que 
tem como objetivo a formação dos profissionais da educação e tem contribuído 
com informações e orientações sobre o ensino neste período, também há outros 
canais disponibilizados pela própria SEDUC (2020), que ajudam bastante sobre 
como atuar com o ensino não presencial; 
E, como alguns professores não têm o equipamento ou acesso à internet, necessária para 
atuar com as tecnologias mínimas exigidas pela SEDUC (2020) e pela situação de isolamento 
social, ressalta-se que esses professores possam entrar em contato com as advertências feitas 
pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP, 2020), 
quanto a obrigatoriedade do empregador, no caso a SEDUC (2020) de fornecer os equipamentos 
e acesso gratuito à internet. Em seu site, inclusive, é possível encontrar uma série de demandas 
que o sindicato põe em evidência como sendo necessários aos professores, para que possam 
mediar o ensino via tecnologias. 
Considerando quando os alunos e os professores não tenham os equipamentos 
tecnológicos necessários para o EAD, sendo que o Conselho Nacional (2020) fala em ensino 
33 
 
não presencial, ao invés de EaD, uma vez que este último carrega uma concepção dúbia em que 
sugere o uso de tecnologias. 
Desse modo, a própria SEDUC (2020), em seu Documento Orientador, prevê a 
possibilidade do professor, como do aluno, de utilizarem a escola para ter acesso as tecnologias 
necessárias para o ensino-aprendizado. Ou ainda, ter acesso ao material impresso deixado pelo 
professor para a realização das atividades ou retorno destas do aluno ao professor, conforme 
era realizado na primeira geração EaD, já apontada nesta pesquisa. 
Para tanto a ida a escola deve respeitar todas as orientações de segurança conforme 
prescritas pelos órgãos competentes. Esta situação de pandemia que levou todos ao isolamento 
social, não estava prevista. Sendo assim, há de considerar que essa novidade também pede 
compreensão de algo que não se esperava e que agora todos terão que lidar. Inclusivepensando 
na possibilidade de haver novas situações parecidas num futuro próximo ou não. 
Mantendo-se ou não essa situação, sugere-se que o professor crie uma rotina de trabalho, 
haja visto que muitos possuem família, portanto, não moram sozinhos. Assim, precisam saber 
organizar o dia e a semana de modo a atender satisfatoriamente, tanto a demanda profissional 
como a demanda familiar. Para isso, deve definir as ações de cada momento do dia, traçando 
objetivos que precisam ser atingidos. 
Além das ações definidas, é preciso que também o professor organize um espaço em 
casa que seja adequado para a realização das suas atividades educacionais. De modo, que fique 
claro o espaço de trabalho e que quando estiver, todos que convivem ali não devem atrapalhar 
ou invadir o local. Esta delimitação do espaço ajuda, inclusive, para que o professor possa, ao 
definir os momentos de refeição, lazer ou outros afazeres domésticos, afastar-se dali e evitar 
situações de sobrecarga e estresse. Criando, desse modo, uma delimitação clara de tempo e 
espaço em sua rotina, o professor poderá desenvolver melhor o seu trabalho de ensino-
aprendizado com os alunos. 
Por fim, como proposta para enfrentar o desafio que se refere as relações com o outro e 
consigo mesmo sugere-se as ações previstas no programa da SEDUC (2020) chamada Conviva 
SP – Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar. Nele há uma série de sugestões 
sobre resiliência, cyberbullying, violência sexual entre outros. São orientações tanto para a 
convivência com o outro, como para orientar os alunos quando a fatores de risco a sua 
34 
 
integridade, mas, também, ao do professor. Também tem havido diversas orientações aos 
professores, em tempos de isolamento social, sobre estresse, meditação, postura corporal, saúde 
mental etc. 
 
 
35 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Brasil e o mundo estão passando por uma situação nunca vivenciada anteriormente, 
estão todos em isolamento social em suas casas, conforme determinação da Organização 
Mundial da Saúde. 
No estado de São Paulo, este isolamento já tem duração de mais de três meses, e como 
consta neste estudo, várias ações em prol da educação foram tomadas. Dentro deste contexto, 
esta pesquisa teve a pretensão de responder a seguinte problemática: os docentes da educação 
pública brasileira, principalmente os do nono ano do ensino fundamental II, da cidade de Mogi 
das Cruzes, estão capacitados e preparados para o ensino não presencial? 
Por intermédio da aplicação de uma pesquisa, que foi respondida por vinte professores 
da rede pública estadual, especificamente, professores do nono ano do ensino fundamental II, 
verificou-se que nenhum deles está preparado para a docência do ensino EaD nem para o 
trabalho remoto, mas comprovou-se também que todos estão recebendo capacitação por 
intermédio de plataformas digitais criadas pela Secretaria Estadual de Educação e que todos 
estão se esforçando e dedicando para se prepararem para essa nova realidade. 
O objetivo principal deste estudo era apresentar os desafios que os docentes do nono 
ano do ensino fundamental II, da rede pública do estado de São Paulo, focados na cidade de 
Mogi das Cruzes, estão sendo expostos durante a nova regulamentação do ensino a distância 
no decurso do isolamento social devido a pandemia do coronavírus. 
A pesquisa aplicada não foi muito aprofundada, mas conseguiu atingir todos os 
objetivos propostos, inclusive mostrou que dentre os diversos desafios destes professores, o que 
mais se destacou foi o da manutenção de um ambiente favorável de trabalho, assegurando as 
demandas profissionais e pessoais, sendo que estão todos trabalhando a partir de suas casas. 
Os autores deste estudo, elaboraram sugestões de ações para todos os desafios que os 
respondentes levantaram durante a aplicação da pesquisa. Os dados levantados não foram muito 
aprofundados, pois o prazo para aplicação da pesquisa foi curto, atingindo um número limitado 
de respondentes, mas trata-se de uma pesquisa com capacidade de abrangência ampliada, 
podendo servir como base para outras vertentes ou até mesmo outras delimitações de 
municípios, ciclos de ensino, etc. 
36 
 
Se compararmos os dados coletados pela pesquisa aos dados levantados por outras 
instituições apresentadas neste estudo, conseguimos supor que outros professores, estão 
passando pelos mesmos desafios que os professores do nono ano, do ensino fundamental II da 
rede de ensino pública do estado de São Paulo. 
Diante de uma situação, nunca vivenciada, podemos propor diversas possibilidades de 
aprofundamento de pesquisa, tais como: os desafios dos estudantes de diversos níveis de ensino; 
os desafios dos pais destes estudantes, que precisam, assim como os professores, equilibrar seus 
afazeres com a demanda de auxiliar seus filhos durante a aprendizagem; o desafio do ensino 
especial EaD, entre outros. 
De acordo com a experiência dos membros deste grupo de estudo, sabe-se que essas 
estratégias de ensino remoto, são extremamente importantes, mas não atingem as crianças e 
jovens brasileiros da mesma maneira, portanto, deve-se aproveitar o momento para evidenciar 
cada vez mais a desigualdade que existe no nosso país, principalmente no que diz respeito ao 
aprendizado e abrir diversas discussões acerca do futuro da educação no Brasil. 
 
 
37 
 
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40 
 
APÊNDICES 
Apêndice A – Plano de Ensino 
Considerando os desafios que os professores das turmas do nono ano do ensino 
fundamental da rede estadual de estado do estado de São Paulo. Projetando como a tecnologia 
pode dinamizar as aulas em EaD e incorporando as aulas da disciplina Projeto Integrador da 
turma de licenciatura I (3º e 4º

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