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D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A A U L A 1 5 P E L E BIBLIOGRAFIA TRATADO DE CELMO CELENO PORTO MANUAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO A N AT O M I A ♠ F I S I O L O G I A PAT O L O G I A “Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me lembro. Envolva-me e eu aprendo”. (Benjamin Franklin) h t t p : / /www.pau lode ta r so l i be ra l esso . c om PAULO DE TARSO P E L E ANATOMIA 6 / 51 Microscóp ica EPIDERME PELE DERME EPIDERME DERME BASAL ESPINHOSA GRANULOSA LÚCIDA CÓRNEA PAPILAR RETICULAR PAULO DE TARSO D E R M ATO L O G I A ANATOMIA 7 / 51 M I C R O S C Ó P I C A É composta da ep iderme e da derme. A pr ime i ra compõe-se de c inco camadas: germinat iva , esp inhosa, granu losa , lúc ida e córnea; des taca -se o quera t inóc i to . A segunda, da camada pap i la r e da re t icu la r. A h ipoderme ou tec ido ce lu la r subcutâneo é fo rmada por tec ido con jun t ivo f rouxo e por tec ido ad iposo. PAULO DE TARSO P E L E FISIOLOGIA 8 / 51 Funções ÁGUA PROTEÇÃO OSSOS PAULO DE TARSO P E L E FISIOLOGIA 9 / 51 F U N Ç Õ E S A pe le p ro tege con t ra t raumas de o rdem f ís ica , qu ímica e b io lóg ica . Prev ine a des id ra tação e o encharcamento do corpo , sendo a quera t ina impermeáve l . E par t i c ipa da homeostase : a rad iação U V age no quera t inóc i to que t rans fo rma 7 -des id roco les te ro l em v i tamina D3 que es t imu la absorção de cá lc io e fós fo ro no in tes t ino . PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 10 / 51 Tempos de exame f ís ico INSPEÇÃO PALPAÇÃO SENSAÇÃO PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 11 / 51 T E M P O S D E E X A M E F Í S I C O O exame f ís ico da pe le compor ta t rês tempos, qua is se jam a inspeção, a pa lpação e a ava l iação da sens ib i l idade. Destaca -se o p r ime i ro de les . PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 12 / 51 Inspeção MORFOLOGIA ARRANJO TOPOGRAFIA MÁCULA MÁCULA LÍQUIDO SÓLIDO LINEAR ZOSTERI CIRCULAR ZONIFORME LOCAL LOCAL REGIONAL DIFUSA PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 13 / 51 I N S P E Ç Ã O As lesões devem ser ana l isadas med ian te t rês aspectos , qua is se jam: a mor fo log ia (aspecto , fo rma) , o ar ran jo (d ispos ição loca l ) e a topogra f ia (d is t r ibu ição corpora l . A lâmpada de Wood emi te rad iação u l t rav io le ta , favorecendo o d iagnóst ico de a lgumas lesões, como a p t i r íase vers ico lo r. PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 14 / 51 Palpação PRESSIONAR DESLIZAR ESTIRAR ERITEMA PÚRPURA ERITEMA MICOSE PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 15 / 51 PA L PA Ç Ã O O des l izamento in tu i sobre loca l ização, tamanho, cons is tênc ia , mob i l idade e sens ib i l idade da lesão. A pressão do po legar con t ra mácu la avermelhada permi te d i fe renc ia r o e r i tema (esvaece) da púrpura (pers is te ) . O es t i ramento de borda de mácu la descamat iva , na p t i r íase , l ibera escamas fu r fu ráceas (s ina l de Z i le r i ) . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 16 / 51 Palpação ZIRELI KOEBNER VELA AUSPITZ MICOSE VIT / LIQ PSORÍASE PSORÍASE PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 17 / 51 PA L PA Ç Ã O Zi re l i (p t i r íase vers ico lo r ) : es t i ra r a pe le a fe tada gera descamação. Ausp i tz ou orva lho sangrante (psor íase) : remover escamas gera pontos de sangue. Da ve la (psor íase) : cure ta r lesão desco la escamas branco amare ladas. Koebner (psor íase , v i t i l igo e l íquen) : t raumat izar a pe le sã gera lesão t íp ica da doença. PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 18 / 51 Palpação DERMOGRAFISMO D. BRANCO NIKOLSKY DARIE URTICARIA DERMATITE PÊNFIGO MASTOC. PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 19 / 51 PA L PA Ç Ã O Dermatogra f ismo (ur t i cár ia ) : a t r i ta r a pe le sã gera l esão l inear u r t i car i fo rme . Dermogra f ismo branco (a top ia ) : idem, mas a lesão é b ranca e edematosa . N iko lsky (pênf igo) : p ress ionar pe le normal per i les iona l desco la a ep iderme. Dar ie (mastoc i tose ) : a t r i ta r mácu la ou pápu la p rop ic ia o aparec imento da ur t i ca . PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 20 / 51 Ava l iação da sens ib i l idade TÉRMICA DOLOROSA TÁTIL PAULO DE TARSO P E L E SEMIOLOGIA 21 / 51 AVA L I A Ç Ã O D A S E N S I B I L I D A D E Usada em caso de mácu la . Venda -se o pac ien te . Tes ta - se na pe le sã e duv idosa, a l te rnadamente . A té rmica ava l ia -se com tubos de ensa io com água f r ia e quente ; a do lo rosa , com a ponta e o cabo de agu lha de in jeção; e a tá t i l , com chumaço de a lgodão. Na hanseníase , perde-se a sens ib i l idade na ordem supra exp l ic i tada . PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 22 / 51 Class i f i cação LESÃO PRIMÁRIA MÁCULA ERITEMA, CIANOSE... SÓLIDA PÁPULA, NÓDULO... LÍQUIDA VESÍCULA, BOLHA... SECUNDÁRIA ESCAMA, CROSTA, PLACA, EROSÃO... PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 23 / 51 C L A S S I F I C A Ç Ã O A lesão pr imár ia é a o r ig ina l , aque la que pr ime i ro apareceu na pe le . É gênero de t rês espéc ies , qua is se jam a mácu la (mancha) , a só l ida (con teúdo só l ido) e a l íqu ida (con teúdo l íqu ido) . A lesão secundár ia é a consequente , a lesão resu l tan te de mod i f i cações (escama, c ros ta , p laca , e rosão dent re ou t ras) . PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 24 / 51 Mácu las vascu lossanguíneas POSITIVA VITROPRESSÃO NEGATIVA ERITEMA CIANOSE ANÊMICA ANGIOMA PÚRPURA PETÉQUIA EQUIMOSE HEMATOMA PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 25 / 51 ´M Á C U L A S VA S C U L O S S A N G U Í N E A S As pos i t i vas desaparecem à v i t ropressão : e r i tema (avermelhada) , c ianót ica (azu lada) , anêmica (pá l ida) e ang iomatosa (mis ta ) . As negat ivas pers is tem à v i t ropressão : pe téqu ia (punt i fo rme) , equ imose (mancha) e hematoma (neocav idade com sangue) . Essas t rês ú l t imas são espéc ies do gênero púrpura . PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 26 / 51 Mácu las p igmentadas ENDÓGENAS PIGMENTO EXÓGENAS DENTRO HIPER HIPO ACRÔMICA FORA ICTERÍCIA CAROTENO TATUAGEM PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 27 / 51 M Á C U L A S P I G M E N TA D A S As endógenas compor tam a h iperc rômica (ex. c loasma grav íd ico) , a h ipocrômica (ex. micose an t iga) e a acrômica (ex. v i t i l igo) . As exógenas admi tem a ic te r íc ia (h iperb i l i r rub inemia ) , a caro tenemia (caro teno) e a ta tuagem ( t in ta ) . Endógena tem haver com melan ina e exógena tem a ver com p igmento ou t ro qua lquer. PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 28 / 51 Pr imár ias só l idas REGULAR E DURO DIGITI OU PSEUDO OUTROS PÁPULA NÓDULO TUBÉRCULO TUMOR VEGETAÇÃO PAPILOMA VERRUGA URTICA EDEMA INFILTRAÇÃO QUERATOSE LÍQUEN PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 29 / 51 L E S Õ E S P R I M Á R I A S S Ó L I D A S São duras e regu la res a pápu la (a té 1cm) , o nódu lo (1 - 2cm), o tubércu lo (2 -3cm) e o tumor (a lém de 3cm) . O pap i loma é d ig i t i fo rme. A vegetação, um agrupamento de pap i lomas. A ver rucos idade tem super f íc ie dura . A u r t i ca cursa com er i tema, edema e p rur ido . O edema tem Godet . O l íquen tem acentuação das pregas. PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 30 / 51 Pr imár ias l íqu idas ABCESSO BOLHA PÚSTULAVESÍCULA PUS SEROSO ? SEROSO SG PUS PUS > 1 < 1 < 1 PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 31 / 51 A B C E S S O , B O L H A , V E S Í C UL A E P Ú S T U L A O abcesso es tá na h ipoderme e é puru len to . Os t rês ou t ros es tão en t re a ep iderme e derme. A bo lha tem d iâmet ro super io r a 1cm e o con teúdo seroso , sangu ino len to ou puru len to . A ves ícu la tem d iâmet ro in fe r io r a 1cm e conteúdo seroso . E , a pús tu la tem d iâmet ro in fe r io r a 1cm e conteúdo puru len to . PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 32 / 51 Secundár ias ESPÉCIES ESPÉCIES ESPÉCIES PLACA CROSTA ESCLEROSE ESCAMAS EROSÃO ULCERAÇÃO FISSURA FÍSTULA ATROFIA POIQUILO C. ATRÓFICA QUELÓIDE PAULO DE TARSO P E L E LESÕES ELEMENTARES 33 / 51 S E C U N D Á R I A S Placa : fusão de pápu las . Cros ta : l íqu ido ressecado. Esc lerose: á rea dura à pa lpação. Escamas: lamelar ou fu r fu rácea . Erosão: ep iderme. U lceração: derme. F issura : ragad ia . F ís tu la : d rena abcesso. A t ro f ia : pe le f ina . Po iqu i lodermia : a t ro f ia e p igmentação. C ica t r iz : h ipo t ró f ica ou h iper t ró f ica (que lo ide) . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 34 / 51 Doenças da in fânc ia 5 DIAS 10 DIAS RUBÉOLA CAUSA E EFEITO SARAMPO PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 35 / 51 D O E N Ç A S D A I N F Â N C I A A rubéo la – sarampo a lemão ou sarampinho – cursa com febre ba ixa , adenomega l ia occ ip i ta l e masto idea e exantema cé fa lo -cauda l , reso lvendo -se em c inco d ias . O sarampo cursa com febre a l ta , mancha de Kop l i l (em face in te rna da bochecha) , exantema cé fa lo -cauda l , reso lvendo-se em dez d ias ; quadro ma is exuberan te . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 36 / 51 Acne CAUSA CLÍNICA TRATAMENTO 1 2 3 4 PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 37 / 51 A C N E Decor re de h iperquera t in ização , h ipersecreção sebácea e contaminação bac ter iana. In ic ia -se com o comedão (g rau 1) e evo lu i para pús tu la (g rau 2) , acesso (g rau 3) e c ica t r iz (g rau 4) . O t ra tamento é fe i to com ant issebor re ico , an t ib ió t ico , l impeza de pe le , d renagem de abcesso e ev i ta r agravantes . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 38 / 51 Doenças sexua lmente t ransmiss íve is VERRUGA MOLUSCO SÍFILIS PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 39 / 51 D O E N Ç A S S E X U A L M E N T E T R A N S M I S S Í V E I S A ver ruga é causada pe lo pap i loma v í rus humano, podendo ser vu lgar, p lan ta r ou gen i ta l e não operáve l . O molusco também é v i ra l , lesão c i rcu la r, b r i lhan te e com o cent ro depr imido e ap l icamos v i t r io lagem. A s í f i l i s é bac te r iana , podendo ser p r imár ia (cancro) , secundár ia ( roséo la ) ou te rc iá r ia (goma) ; beze tac i l . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 40 / 51 Lesões herpé t icas VARICELA HERPES SIMPLES HERPES ZOSTER PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 41 / 51 H E R P E S S I M P L E S , H E R P E S Z O S T E R E VA R I C E L A O herpes s imp les carac te r iza -se por ves ícu las que se agrupam e fo rmam uma bo lha que se rompe e c ica t r i za . O herpes zos te r apresenta essa mesma evo lução, mas com ar ran jo l inear ao longo de um nervo qua lquer. A var ice la man i fes ta -se por um po l imor f ismo, p rur ido e febre . Todos são t ra tados com av ic lov i r ou va lac ic lov i r. PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 42 / 51 In f lamações FOLICULITE DERMATITE CELULITE ATB COR ATB PAULO DE TARSO P E L E ERMATOSES 43 / 51 I N F L A M A Ç Õ E S A fo l i cu l i te é uma pús tu la cen t rada por um pe lo e sobre um er i tema; pode evo lu i r para o fu rúncu lo e o an t raz . A dermat i te pode ser sebor re i ra , das f raudas, des id róp ica ou de conta to ; u rsa com er i tema e p rur ido . A ce lu l i te man i fes ta -se por dor, ca lo r, rubor e tumor, acompanhados de febre a l ta , ca la f r io e ma l -es ta r. PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 44 / 51 Micoses CLÍNICA CAUSA E EFEITO CLÍNICA PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 45 / 51 M I C O S E S A t inha é causada por fungos . Man i fes ta -se por e r i tema anu lar com bordos de f in idos e descamação (cent ro ) ; e ves ícu la , pápu la , pús tu la e c ros ta (per i fe r ia ) , sendo marcante o p rur ido . É gênero de espéc ies : do couro cabe ludo , da barba , do corpo . O t ra tamento é fe i to com ant i fúng ico , tóp ico ou s is têmico . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 46 / 51 Neop las ia e doenças au to imunes VITILIGO MELANOMA PSORÍASE A B CE D PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 47 / 51 D O E N Ç A S A U TO I M U N E S O v i t i l igo carac te r iza -se por mácu las h ipocrômicas ou acrômicas , em espec ia l na face , no dorso , nas ar t icu lações e nos gen i ta is ; t ra ta -se com Hipocromim. A psor íase carac te r iza -se por pápu las e r i tematosas que coa lescem fo rmando p lacas prur ig inosas ; t ra ta -se com cor t ico ides e an t i -mi tó t icos (meto t rexa to) . PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 48 / 51 Medicamentos LESÕES AGENTES LESÕES PAULO DE TARSO P E L E DERMATOSES 49 / 51 M E D I C A M E N TO S Os pr inc ipa is agentes são as ce fa lospor inas , a ampic i l ina , a amoxac i l ina , o a lopur ino l , a carbamazep ina e o sangue to ta l em t rans fusões. As p r inc ipa is lesões – em ordem de f requênc ia – são o exantema, a u r t i ca r ia , o ang ioedema, o e r i tema, a s índrome de Steven -Johnson e a ana f i lax ia . PAULO DE TARSO P E L E CONCLUSÃO 50 / 51 INTRODUÇÃO FISIOLOGIA PATOLOGIASEMIOLOGIA ANATOMIA F I M
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