ICTERÍCIA - Semiologia Médica

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D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A
U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S
FA C U L D A D E D E M E D I C I N A
A U L A 1 1
I C T E R Í C I A
BIBLIOGRAFIA
TRATADO DE CELMO CELENO PORTO
MANUAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
A N AT O M I A ♠ F I S I O L O G I A
PAT O L O G I A
“Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me
lembro. Envolva-me e eu aprendo”. (Benjamin Franklin)
h t t p : / /www.pau lode ta r so l i be ra l esso . c om
PAULO DE TARSO
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CONCEITO
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“O Jeca Tatu não é ass im, e le es tá ass im. ”
PELE SINTOMA E SINAL MUCOSAS
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CONCEITO
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A M A R E L Ã O
I c te r íc ia ou amare lão é um s ina l , ou se ja é a lgo que o 
méd ico percebe ao examinar o seu pac ien te e que 
cons is te na co lo ração amare lada da pe le , das mucosas 
e das esc le ró t icas em razão do excesso e do 
consequente acúmulo de b i l i r rub ina no sangue. 
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CONCEITO
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Nem todo amare lo é ic te r íc ia
NÃO É ICTERÍCIA ICTERÍCIA NÃO É ICTERÍCIA
PELE
MUCOSAS
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CONCEITO
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N Ã O É I C T E R Í C I A
A co lo ração amare lada exc lus ivamente da pe le por 
impregnação de p igmentos a l imentares (ex. caro teno 
da cenoura , do mamão e do tomate) ou de 
med icamentos (ex. qu inacr ina ) . Tão pouco, a co lo ração 
amare lada apenas da esc le ró t ica por impregnação 
loca l de l ip ídeos , fenômeno t íp ico da raça negra .
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Quat ro ambien tes
PLASMA
FÍGADO
INTESTINOS
RINS
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FISIOLOGIA
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Q U AT R O A M B I E N T E S
Todos os fenômenos f i s io lóg icos , aqu i envo lv idos , 
ocor rem ao longo de quat ro compar t imentos do corpo 
humano e de mane i ra sequenc ia l , qua is se jam o 
p lasma, o f ígado, os in tes t inos e os r ins .
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Plasma
HEMOGEO
GLOBINA
HEME
Fe
BILIVERD B I
ALBU
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FISIOLOGIA
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N O P L A S M A
Após 120 d ias , a hemác ia so f re hemocaterese . A 
hemoglob ina l iberada so f re l i se em g lob ina e g rupo 
heme. O grupo heme so f re l i se em fe r ro e b i l i ve rd ina . A 
b i l i ve rd ina so f re redução pe la enz ima b i l i ve rd ina 
redutase or ig inando a b i l i r rub ina ind i re ta . Es ta 
assoc ia -se a a lbumina e passa a v ia ja r rumo ao f ígado.
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No f ígado
B I B D
B I
AMBU
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FISIOLOGIA
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N O F Í G A D O
O hepatóc i to absorve por endoc i tose a b i l i r rub ina 
i nd i re ta acop lada à a lbumina. Então , no re t icu lo 
endop lasmát ico do hepatóc i to , a b i l i r rub ina ind i re ta 
so f re con jugação, dando or igem à b i l i r rub ina d i re ta . 
Essa é um p igmento h id rosso lúve l que é excre tado na 
b í l i s para a ves ícu la b i l ia r e da í para o duodeno.
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Nos in tes t inos
B D
ESTERCO
ESTERCO
BILINOGÊNIO
BILINACONJUGADA
M O
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N O S I N T E S T I N O S
A b i l i r rub ina d i re ta so f re metabo l ização pe las
bactér ias da f lo ra in tes t ina l e res ta conver t ida em 
estercob i l inogên io . Esse so f re ox idação sendo 
t rans fo rmado em es tercob i l ina . Essa é um p igmento 
marrom que é , jun tamente com as vezes , e l im inado.
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Nos r ins
B D
B D
URUBIL INOG ÊNIO
URUBIL INAB D
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FISIOLOGIA
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N O S R I N S
Par te da b i l i r rub ina d i re ta que se encont ra nos 
i n tes t inos é absorv ida no duodeno. Essa b i l i r rub ina 
d i re ta , agora no sangue, c i rcu la e acaba sendo f i l t rada 
pe los r ins . Nos r ins , a b i l i r rub ina d i re ta é conver t ida 
em urob i l inogên io que é ox idado à u rob i l ina , um 
p igmento amare lado, que é excre tado na ur ina .
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PATOLOGIA
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Hiperb i l i r rub inemia
COLESTASE MET HEMÓLISE COLESTASE OBS
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PATOLOGIA
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H I P E R B I L I R R U B I N E M I A
Pode dar -se por hemól ise (doença hemol í t i ca
per ina ta l , anemia fa lc i fo rme, púrpura t romboc i to -
pên ica , doenças au to imunes, in fecções e re t rov i ra is ) , 
co les tase metabó l ica (neonata l f i s io lóg ica , ges tac iona l , 
enz imát ica e hepat i tes) ou co les tase obs t ru t iva (a t rés ia 
b i l ia r, co le l i t íase e tumor da cabeça do pâncreas) .
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SEMIOLOGIA
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Carac teres semio lóg icos
COR
FEZES
GRAU
TAQUI
COR
URINA
GRAU
PRURIDO
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SEMIOLOGIA
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A R A C T E R E S S E M I O L Ó G I C O S
Em face da ic te r íc ia impõe -se a inves t igação de t rês 
carac teres semio lóg icos , qua is se jam a co lo ração da 
ur ina , a co lo ração das fezes e a ex is tênc ia de prur ido .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Cor das fezes
ENEGRECIDA FISIOLOGIA ESBRANQUIÇADA
LISE
B I
COLE
B I
COLE
B D
ESTERCOBILINA ▲
TODO CICLO EM EXCESSO
HEMÓLISE
ESTERCOBILINA 0
CICLO BLOQUEADO
COLESTASE
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CARACTERES FISIOLÓGICOS
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C O R D A S F E Z E S
Fezes mui to escurec idas carac te r izam o excesso de 
estercob i l ina e por tan to de hemól ise ; todo o c ic lo da 
fo rmação das b i l i r rub inas es tá ocor rendo em excesso. 
Fezes mui to c la ras ( aco l ia ) ass ina lam a fa l ta de 
es te rcob i l ina e que por tan to o c ic lo es tá b loqueado no 
f ígado ou no co lédoco (co les tase metabó l ica ou obs . ) .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Cor da ur ina
LISE
B I
COLE
B I
COLE
B D
ENEGRECIDA FISIOLOGIA ESBRANQUIÇADA
URUBILINA ▲
TODO CICLO EM EXCESSO
HEMÓLISE
URUBILINA 0
CICLO BLOQUEADO
COLESTASE
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CARACTERES FISIOLÓGICOS
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C O R D A S F E Z E S
Ur ina mui to escurec ida (coca co la ) carac te r iza o 
excesso de urub i l ina e por tan to de hemól ise ; todo o 
c ic lo da fo rmação das b i l i r rub inas es tá ocor rendo em 
excesso. Ur ina mu i to c la ra ass ina la a fa l ta de urub i l ina
e que por tan to o c ic lo es tá b loqueado no f ígado 
(co les tase metabó l ica ou no co lédoco (co l . obs t ru t iva) .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Relações func iona is
PRURIDO MARCADORES TAQUICARDIA
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SEMIOLOGIA
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R E L A Ç Õ E S F U N C I O N A I S
A taqu icard ia e o p ru r ido ocor rem em função do 
acúmulo de sa is b i l ia res na cor ren te c i rcu la tó r ia . 
Evidenc ie -se que a in tens idade daque le s ina l e des te 
s in toma es tá d i re tamente re lac ionado coma a 
grav idade da doença v ivenc iada pe lo pac ien te . 
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SEMIOTÉCNICA
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Exame f ís ico gera l
PELE INSPEÇÃO MUCOSAS
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SEMIOLOGIA
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E X A M E F Í S I C O G E R A L
Ava l ia -se a pe le de todo o corpo e ne la se reconhece 
co lo ração que va i do amare lo ao amare lo esverdeado.
As mucosas con jun t iva is e do f re io da l íngua são os 
loca is idea is para se reconhecer os casos mais leves .
As esc le ró t icas devem ser ava l iadas , cu idando -separa 
ev i ta r e r ros d iagnóst icos em pac ien tes de pe le negra .
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SEMIOLOGIA
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Concent ração p lasmát ica de b i l i r rub ina
B I TOTAL B D
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C O N C E N T R A Ç Ã O P L A S M Á T I C A D E B I L I R R U B I N A
O to ta l norma l é de a té 1mg/d l . A ic te r íc ia é percep t íve l 
a par t i r de 2mg/d l . O l im i te da b i l i r rub ina ind i re ta é de 
0,7mg/d l ; ac ima d isso conota hemól ise aumentada ou 
hepatopat ia (co les tase metabó l ica) . O l im i te da 
b i l i r rub ina d i re ta é de 0 ,3mg/d l ; ac ima ind ica co les tase 
obs t ru t iva (a t rés ia b i l ia r, co ledoco l i t íase , tumores) .
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TRATAMENTO
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Vincu lado ao grau da ic te r íc ia
ESPECTANTE FOTOTERAPIA HEMODIÁLISE
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TRATAMENTO
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A ic te r íc ia leve d ispensa t ra tamento especí f i co , 
desaparecendo espontaneamente . A moderada reso lve -
se com fo to te rap ia , p rocesso no qua l fó tons são 
absorv idos pe la pe le e degradam a b i l i r rub ina em 
excesso. A in tensa pede pe la hemodiá l i se , na qua l o 
d ia l i sador f i l t ra o sangue removendo a b i l i r rub ina .
PAULO DE TARSO
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CONCLUSÃO
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INTRODUÇÃO
FISIOLOGIA
PATOLOGIASEMIOLOGIA
ANATOMIA
F I M