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DIARREIA - Semiologia Médica

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D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A
U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S
FA C U L D A D E D E M E D I C I N A
A U L A 1 0
D I A R R E I A
BIBLIOGRAFIA
TRATADO DE CELMO CELENO PORTO
MANUAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
A N AT O M I A ♠ F I S I O L O G I A
PAT O L O G I A
“Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me
lembro. Envolva-me e eu aprendo”. (Benjamin Franklin)
h t t p : / /www.pau lode ta r so l i be ra l esso . c om
PAULO DE TARSO
D I A R R E I A
CONCEITO
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Diar re ia
FREQUÊNCIA
SINTOMA
VOLUME CONSISTÊNCIA
PAULO DE TARSO
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CONCEITO
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D I A R R E I A
É o aumento do teor l íqu ido das fezes com 
consequente d iminu ição da cons is tênc ia das mesmas; 
f requentemente assoc iado ao aumento do vo lume feca l , 
ass im como ao aumento do número de de jeções, 
usua lmente t rês ou mais ao d ia .
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CONCEITO
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Disenter ia
SINTOMAS SÍNDROME SINTOMAS
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CONCEITO
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D I S E N T E R I A
É uma s índrome, comumente observada
na amebíase e na sh igue l lose , qua l i f i cada pe la 
assoc iação da d ia r re ia à có l ica abdomina l (dor em 
const r ição e in tensa) , ao tenesmo no f ina l da 
evacuação (sensação do lo rosa no es f ínc te r ana l ) e às 
fezes mucossangu ino len tas (com muco e sangue) .
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ETIOLOGIA
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Mecan ismos
MOTORA EXUDATIVAOSMÓTICA SECRETORA
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ETIOLOGIA
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M E C A N I S M O S
Do ponto de v is ta e t iopa to lóg ico , a d ia r re ia
é gênero que admi te quat ro espéc ies , qua is se jam a 
osmót ica , a secre to ra , a exsudat iva e a motora .
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ETIOLOGIA
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Diar re ia motora
H2O
MOTOR EFEITOSACELERADO
HIPER
HIPER
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ETIOLOGIA
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D I A R R E I A M O TO R A
O h iper t i reo id ismo, ass im como a d ia r re ia func iona l , 
p romove o aumento da mot i l idade do in tes t ino de lgado 
com consequente ace le ração do t râns i to in tes t ina l do 
que decor re a menor absorção de água e e le t ró l i tos , 
res tando aos mesmos d i r ig i rem -se às fezes .
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ETIOLOGIA
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Diar re ia osmót ica
MÁ ABSORÇÃO OSMOSE EFEITOS
PO
L
F
S
G
H2O∄
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ETIOLOGIA
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D I A R R E I A O S M Ó T I C A
A s índrome de má absorção re ta rda a absorção de 
água e e le t ró l i tos no in tes t ino de lgado. Por 
consegu in te , há acúmulo dessas subs tânc ias , o que 
e leva a p ressão osmót ica in t ra lumina l .
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ETIOLOGIA
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Diar re ia secre to ra
AMPc
H2O
T
TOXINA SECREÇÃO EFEITOS
T
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ETIOLOGIA
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D I A R R E I A S E C R E TO R A
Entero tox ina bacter iana (ex. Escher ich ia co l i , Vib r io
cho lerae ) ou med icamento (ex. an t i - in f lamatór io , 
ant ib ió t ico , an t iác ido , an t i -h iper tens ivo , an t ia r r í tm ico , 
card io tôn ico) es t imu la à s ín tese de AMP c íc l i co 
in t race lu la r ao que a mucosa do de lgado responde 
secre tando a t ivamente água e e le t ró l i tos .
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ETIOLOGIA
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Diar re ia exsudat iva
POROS
H2O
C
EXSUDAÇÃO EFEITOS
C
LESÃO
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ETIOLOGIA
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D I A R R E I A E X S U D AT I VA
Um processo in f lamatór io (ex. co l i te ) , i squêmico
(ex. vo lvo de s igmoide) ou neop lás ico (ex. l in foma 
d i fuso) desencade ia o aumento da permeab i l idade da 
mucosa in tes t ina l do que decor re uma maior passagem 
de água e e le t ró l i tos do meio in te rno para o lúmen.
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Decá logo feca l
CONSISTÊNCIA VOLUME DURAÇÃOFREQUÊNCIA RELAÇÕES
CONTEÚDO GASES JEJUMASPECTO ODOR
1 2 3 4 5
6 7 8 9 0
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D E C Á L O G O F E C A L
O médico deve inves t igar dez carac ter ís t i cas , qua is 
se jam a cons is tênc ia , o vo lume, a f requênc ia , a 
duração, os fa to res que acompanham, o con teúdo, o 
aspecto , os gases , o odor e a re lação com o je jum.
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Cons is tênc ia
DRENO BOM WALT DISNEY DRENO RUIM
DRENO
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C O N S I S T Ê N C I A
Pode ser pas tosa , l íqu ida ou semi l íqu ida . No pr ime i ro 
caso houve pouco pre ju ízo da absorção in tes t ina l , logo 
a in te rcor rênc ia deu -se no in tes t ino g rosso . Nos 
demais , inversamente , ocor reu grande pre ju ízo da 
absorção in tes t ina l , de modo que, aqu i lo que lhe deu 
causa ag iu ao n íve l do in tes t ino de lgado, no duodeno.
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Volume
ASPIRADOR BOM MANUEL URIBE ASPIRADOR RUIM
ASPIRADOR
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V O L U M E
O vo lume pode es ta r aumentado ou aumentad íss imo. 
No pr ime i ro caso, a absorção no in tes t ino de lgado 
ocor reu de modo regu la r, logo t ra ta -se de d ia r re ia 
ba ixa . Por ou t ro lado , na segunda s i tuação, a absorção 
no in tes t ino de lgado ocor reu de mane i ra i r regu la r, pe lo 
que res ta c la ro es ta r a í a sede do d is tú rb io d ia r re ico .
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Frequênc ia
NORMAL SAMUEL COLT AUMENTADA
GATILHO
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F R E Q U Ê N C I A
A f requênc ia pode es ta r aumentada ou mui to 
aumentada. No pr ime i ro caso , ver i f i ca -se que a sede 
da in te rcor rênc ia d ia r re ica encont ra -se no in tes t ino 
de lgado. Já , na segunda s i tuação, percebe -se que a 
sede da in te rcor rênc ia es tá no grosso, porções d is ta is .
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Duração
NEWTONCURTA LONGA
DOENÇA
CRÔNICA
DOENÇA
AGUDA
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D U R A Ç Ã O
A d ia r re ia pode ser aguda ou c rôn ica . Na pr ime i ra 
s i tuação, é decor ren te de doença aguda, momentânea, 
uma in tox icação a l imentar ou um vo lvo de s igmoide .
Já no segundo caso, é p roven ien te de uma doença 
c rôn ica , que pers is te no tempo, como, por exemplo , 
uma s índrome de má absorção ou um h iper t i reo id ismo. 
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Relações func iona is
ESPECÍFICAS GERAIS ESPECÍFICAS
DESIDRATAÇÃO
OSM MOT F
MOT S EXU SEC
E E
DESENTERIA
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R E L A Ç Õ E S F U N C I O N A I S
A perda de peso advém da má absorção (d ia r re ia 
osmót ica) , a febre da in fecção in tes t ina l bac ter iana 
(d ia r re ia secre to ra) , a dor da in f lamação, da isquemia 
ou da neop las ia (d ia r re ia exsudat iva ) e a ag i tação 
ps icomotora do h iper t i reo id ismo (d ia r re ia motora) . A 
có l ica , o tenesmo, o muco e o sangue, da d isen ter ia .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Conteúdo
GORDURA ALIMENTO SANGUE
OSM
NL
<
7 G
>
14 G
7 A
14 G
NL DI ES ME EN HE
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C O N T E Ú D O
Al imentos d iger íve is ind icam má absorção de 
macronut r ien tes (carbo id ra to , p ro te ína e gordura) . 
Gordura (es tea tor re ia ) susc i ta fezes c la ras , b r i lhan tes , 
f lu tuantese exp los ivas , ind icando má absorção de 
l ip íd ios . Sangue pode ser v ivo ( en teror rag ia ) ou 
degradado, em bor ra de ca fé (me lena) .
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Aspecto
BORRA DE CAFÉ LUSTROSA SANGUE CLARO
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A S P E C TO
As fezes c la ras , lus t rosas e f lu tuantes ocor rem na 
v igênc ia do excesso de gordura , a es tea tor re ia . As 
fezes com co lo ração vermelho v ivo ind icam a presença 
de sangramento p róx imo ao ânus ( en teror rag ia ) . E , as 
fezes em bor ra de ca fé re t ra tam o sangramento 
d is tan te do ânus, degradando -se o sangue (me lena) .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Gases
TÍPICOS EXPLOSIVO
TODAS ESTEATORREIA
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G A S E S
A d ia r re ia pode cursar com gases em quant idade 
esperada hab i tua lmente ou mui to aumentada e com 
cará te r exp los ivo . No pr ime i ro caso , percebe -se a 
p resença de gordura moderada (14 gramas) . Na 
segunda s i tuação, acentuada (a lém de 14 gramas) , 
res tando ra t i f i cada a v igênc ia da es tea tor re ia .
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Odor
FECAL MÍSERO SANIOSO
BACTÉRIAS
ENZIMAS
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O D O R
A d ia r re ia pode te r odor san ioso ou pú t r ido . No 
pr ime i ro caso, t ra ta -se do t íp ico odor desagradáve l das 
exonerações, o que ocor re na ausênc ia de in fecção 
(d ia r re ia osmót ica , exsudat iva e motora) . Na segunda 
s i tuação, o odor é excess ivamente san ioso , o que se 
ver i f i ca na presença da in feção (d ia r re ia secre to ra) .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Relação com je jum
MELHORA TESTE NÃO MELHORA
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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R E L A Ç Ã O C O M J E J U M
A in t rodução de je jum pode, con forme o resu l tado 
a lcançado, o r ien ta r o mecan ismo e t iopa togên ico da 
d iar re ia . Se o processo d ia r re ico d iminu i ou cessa, 
será osmót ica . Por ou t ro lado , se permanece 
imper tu rbado, secre tora ou exsudat iva .
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CARACTERES SEMIOLÓGICOS
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Al ta versus ba ixa
ALTA DIARREIA BAIXA
ALTA
BAIXA
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D I A R R E I A A LTA V E R S U S D I A R R E I A B A I X A
A d ia r re ia a l ta , va lendo d izer na t iva do duodeno,
tem cons is tênc ia mui to d iminu ída ( fezes l íqu idas) , 
vo lume mui to aumentado e f requênc ia pouco 
aumentada. Já a d ia r re ia ba ixa , ou se ja do có lon , tem 
cons is tênc ia pouco d iminu ída ( fezes pas tosas) , vo lume 
pouco aumentado e f requênc ia mu i to aumentada.
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D I A R R E I A
TRATAMENTO
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Tr íade
CAUSA HIDRATAÇÃO DROGA
3 L
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PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
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T R ATA M E N TO
Remover o fa to r causa l : a l imento (osmót ica) , 
ant ib ió t ico (secre tora) , cor t i co ide (exsudat iva) e 
l evo t i rox ina (motora) . H id ra tação v ia o ra l ou in t ra -
venosa com vo lume de 3 l i t ros por d ia . Med icamentos 
como F lo ra t i l , En terogermina , Imosec e Imod ium para 
regu la r izar a f lo ra in tes t ina l e in te r romper o p rocesso.
PAULO DE TARSO
D I A R R E I A
CONCLUSÃO
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INTRODUÇÃO
FISIOLOGIA
PATOLOGIASEMIOLOGIA
ANATOMIA
F I M

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